Dos rituais religiosos à utilização recreativa
Embora existam algumas drogas alucinogénias que são naturais, pois estão presentes em vários tipos d
Alucinogénios

Apesar de algumas populações indígenas terem sempre recorrido à utilização de alucinogénios naturais durante os seus rituais religiosos, o consumo destas substâncias no ocidente, nomeadamente do LSD, apenas começou a ser mais comum a partir da década de 60, através do movimento hippie, embora o seu consumo após esta fase tenha começado a diminuir.

A administração dos alucinogénios sintéticos efectua-se por via digestiva e os efeitos de uma intoxicação aguda costumam evidenciar-se ao fim de 30 a 120 minutos, podendo persistir por várias horas.

Os efeitos mais significativos são:

  • Alucinações visuais, auditivas e tácteis;
  • Sensação de bem-estar físico e emocional;
  • Euforia e ansiedade;
  • Alteração da própria imagem corporal;
  • Sensação de abrandamento da passagem do tempo;
  • Dilatação das pupilas;
  • Tremor;
  • Palpitações;
  • Debilidade muscular;
  • Irritabilidade;
  • Depressão;
  • Pânico;
  • Crise de profunda perda de personalidade, que pode dar origem a traços de alguma agressividade contra o próprio ou de hostilidade.

O consumo de alucinogénios pode provocar dependência psíquica e tolerância, mas não provoca dependência física, nem síndrome de abstinência.

A manifestação mais significativa da intoxicação crónica é a psicose esquizofreniforme, que se manifesta por uma deterioração da personalidade, com consideráveis alucinações e delírios persecutórios.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Palestras de sensibilização para a dor
A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor assinala, no próximo dia 6 de Junho, o seu 23º aniversário, com um conjunto de...

“Nos últimos 20 anos, o panorama nacional no estudo e no tratamento da dor apresentou uma enorme evolução, mas teremos ainda um caminho longo e árduo a percorrer. Reafirmamos o nosso compromisso para com todos os portugueses que o alívio da dor é um direito dos doentes e um dever dos profissionais, que constitui um imperativo ético, promover o seu tratamento precoce e adequado”, refere o médico Duarte Correia, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor.

E acrescenta: “é contudo necessário melhorar a acessibilidade dos doentes, promover uma rede de referenciação para a medicina da dor, aumentar o número de Unidades de Tratamento da Dor, e dos recursos humanos afectos a estes serviços, apostar na formação dos profissionais de saúde nesta área”.

O médico alerta ainda que “em Portugal, à semelhança de outras patologias, na dor crónica apenas uma reduzida percentagem da população está correctamente diagnosticada com dor orofacial, quer por desconhecimento que existe tratamento, quer pela desvalorização deste problema”.

A dor orofacial é uma situação de dor associada aos tecidos da cabeça, face, pescoço e estruturas da cavidade oral. Incluem-se, entre outras, a dor de cabeça, garganta, por doenças graves como tumor, a dor com origem no sistema nervoso, e a disfunção da articulação temporomandibular.

Até Outubro deste ano celebra-se o ano mundial contra a dor orofacial, instituído pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP).

A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) tem por objectivos promover o estudo, o ensino e a divulgação dos mecanismos fisiopatológicos, meios de prevenção, diagnóstico e terapêutica da dor. Para mais informações: www.aped-dor.com ou [email protected]

Representar o país no BioCamp 2014
A Novartis Portugal está a recrutar estudantes universitários das áreas de medicina, biotecnologia, farmácia, economia e gestão...

O Biotechnology Leadership Camp realiza-se entre os dias 24 a 27 de Agosto na sede da Novartis, em Basileia. Os estudantes interessados em participar devem enviar as suas candidaturas até ao dia 12 de Junho. A participação dos alunos seleccionados é gratuita.

A Novartis Portugal está a recrutar estudantes universitários das áreas de medicina, biotecnologia, farmácia, economia e gestão, para participar no Biotechnology Leadership Camp (BioCamp), um seminário de quatro dias que reúne na sede da empresa, em Basileia, um grupo restrito de 60 estudantes de todo o mundo, dando-lhes a conhecer a indústria farmacêutica.

Este programa pioneiro tem como objectivo atrair jovens talentos de universidades de todo mundo, oferecendo-lhes a possibilidade de conhecer melhor a indústria farmacêutica, em especial a Novartis, contactando com os representantes de topo da empresa e gerando uma aproximação à biotecnologia. Ao interagir com um conjunto de gestores experientes, investigadores de sucesso e outros especialistas convidados, os alunos aprendem o que é preciso para criar os avanços biotecnológicos que estão a mudar o mundo. É também uma oportunidade para construir uma rede de contactos com outros estudantes de todo o mundo.

Entre os temas a abordar destacam-se: a biotecnologia e tendências globais, o desenvolvimento de um produto biotecnológico e as oportunidades de carreira na indústria farmacêutica e biotecnológica. Para além disso, os participantes serão desafiados a delinear um plano de negócio, ficando a conhecer melhor o que é preciso e quais os desafios a enfrentar na criação e desenvolvimento de uma companhia biotecnológica. Os melhores alunos são distinguidos pela organização, contudo, a participação no BioCamp pode considerar-se por si só um prémio, pois proporciona aos alunos um olhar muito próximo do mundo empresarial e inovador da biotecnologia.

As candidaturas para a edição de 2014 deste programa estão abertas até ao dia 12 de Junho. Todas as despesas relacionadas com a viagem e alojamento dos participantes escolhidos serão asseguradas pela Novartis. Os estudantes seleccionados para representar Portugal serão divulgados em Julho.

Para mais informações sobre o BioCamp e sobre como participar, consulte o website:

http://www.novartis.com/careers/biocamp/index.shtml

 

Programa de educação nacional
A Cruz Vermelha Portuguesa arranca hoje com um programa nacional de formação sobre protecção solar, que vai ensinar a 300...

A iniciativa “Os conselhos da Vic e Victor” é realizada em parceria com a Vichy, especialista em cuidados da pele, e pretende dar a cada voluntário as ferramentas e informações indispensáveis para que melhor possam acompanhar cerca de 14 mil crianças, a nível nacional.

Embora a Cruz Vermelha com o apoio da Vichy realizem esta iniciativa há já 7 anos consecutivos, o que lhes permitiu levar as suas mensagens de protecção solar a cerca de 100 mil crianças dos 5 aos 12 anos, esta é a primeira vez que dispõem de dermatologistas para formação dos seus voluntários, preparando-os melhor para transmitir às crianças conselhos que vão desde o índice de protecção adequado a cada tipo de pele à hora ideal para exposição solar, passando pela utilização de chapéu e óculos de sol ou pela renovação das aplicações de protector solar a cada duas horas.

 “Este projecto que se desenvolve há vários anos no verão, com a parceria e apoio fundamental da Vichy, visa sensibilizar os mais novos para os cuidados a ter na exposição solar. Sendo as crianças um grupo alvo da nossa intervenção humanitária, faz todo o sentido alertá-las para os malefícios da exposição solar excessiva, sensibilizando-as para os comportamentos adequados no que respeita a esta matéria”, refere Cristina Louro, Vice-Presidente Nacional da Cruz Vermelha. 

Anualmente, a Cruz Vermelha conta com várias centenas de voluntários que, durante a época balnear, acompanham cerca de 14 mil crianças em actividades de verão realizadas junto de praias fluviais, marítimas, piscinas municipais, escolas e noutros eventos ao ar livre, promovidos pelas autarquias a nível local

Exactamente para chegar a todas estas crianças, “Os conselhos da Vic e Victor” serão levados pela Juventude da Cruz Vermelha a 47 localidades de norte a sul do país, entre Junho e Setembro. Além dos conselhos, a Vichy oferece proteção solar, disponibilizando ainda materiais e jogos pedagógicos de apoio à implementação do projecto para as crianças. 

Estudo avaliou mais de 170 empresas em Portugal
A Bayer foi considerada a empresa farmacêutica com melhor reputação em Portugal, de acordo com a edição de 2014 do estudo...

Neste estudo, a Bayer ficou em primeiro lugar no ranking das empresas do sector farmacêutico, uma distinção que reflecte a confiança, estima, admiração e respeito da opinião pública portuguesa pela Companhia.

RepTrakTM Pulse, realizado anualmente em cerca de 5.500 empresas em mais de 40 países, avalia as percepções dos consumidores em relação às marcas, com base em sete dimensões estudadas: Produtos e Serviços, Inovação, Ambiente de Trabalho, Governo de Sociedade, Responsabilidade Social, Visão e Liderança e Performance Financeira.

Em Portugal, cerca de 40 mil cidadãos avaliaram um universo de mais de 170 empresas e marcas existentes no mercado nacional. A inclusão da Bayer neste estudo deve-se a ter sido espontaneamente referida quando os inquiridos eram questionados sobre marcas farmacêuticas com reputação positiva. Mediante essa familiaridade e notoriedade espontânea, procedeu-se então ao estudo qualitativo das componentes da reputação da Bayer, e chegou-se a valores que lhe dão a liderança quando comparada com outras empresas da indústria farmacêutica a operar em Portugal.

De acordo com o Reputation Institute, a boa reputação das marcas e empresas é decisiva para os consumidores com 73% destes a recomendar e assumir ter intenção de compra de produtos e serviços das empresas no top 10 das mais reputadas. O ranking das marcas e empresas mais reputadas também é relevante para os investidores, onde 52% referem estarem dispostos a investir no grupo das 10 com melhor reputação.

O Reputation Institute afirma-se líder mundial em consultoria de reputação corporativa, está presente em mais de 25 países e dedica-se ao desenvolvimento do estudo e pesquisa da reputação das empresas e à partilha das melhores práticas com os seus clientes e membros. Está em Portugal através da associada On Strategy.

Faculdade de Motricidade Humana organiza iniciativa
A Faculdade de Motricidade Humana organiza de 11 a 14 de Junho de 2014, no Hotel Cidadela, em Cascais, o 10th International...

O evento, subordinado ao tema Linking Functional Body Composition to Nutrition, Exercise and Health, irá contar com a participação de um conjunto de especialistas nacionais e internacionais e constituirá um fórum privilegiado para a discussão desta temática.

Durante este fórum internacional serão apresentadas e debatidas das mais recentes pesquisas sobre composição corporal. O tema principal, Linking Functional Body Composition to Nutrition, Exercise and Health, reflecte as mais recentes tendências actuais desta área, quer ao nível da pesquisa quer em termos da sua aplicação na saúde pública e prática clínica.

Um dos simpósios em destaque será “Hydration and body composition: health, function and modeling”, onde três especialistas internacionais irão abordar temas como o novo uso de bioimpedância para classificar a hidratação; o papel da água no corpo, alterações precoces na perda e ganho de peso e a avaliação da composição corporal através do modelo de quatro componentes.

O evento irá reunir cientistas, médicos, políticos, e outros intervenientes com interesse na investigação da composição corporal e os abstractos apresentados serão posteriormente publicados num suplemento online especial do European Journal of Clinical Nutricion. A iniciativa conta com o apoio institucional da Coca-Cola Company.

Actual lei do Álcool estabelece limite inferior para o vinho e cerveja
Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas defende que a interdição de venda de bebidas alcoólicas a menores de 18...

A posição foi apresentada hoje num Colóquio sobre Jovens e Álcool na presença de deputados e entidades públicas e privadas que se associaram a uma iniciativa conjunta da Assembleia da República e Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE).

Um ano após a alteração à Lei do Álcool, a ANEBE considera que o último relatório da OMS sobre álcool e saúde demonstra claramente que o vinho e a cerveja são as bebidas alcoólicas mais consumidas em Portugal. Estes dados colocam em causa a discriminação da lei actual, que apenas estabelece o limite de 18 anos para as bebidas espirituosas.

A ANEBE também destacou as assimetrias existentes nas medidas fiscais para o sector do álcool, e o respectivo impacto na competitividade do sector dos produtos intermédios e das bebidas espirituosas. Apesar do segmento das bebidas espirituosas representar apenas 7% do álcool consumido no país, contribui com cerca de 53% das receitas que o Estado arrecada com as bebidas alcoólicas. Este peso nas receitas fiscais resulta de um aumento da carga fiscal sobre as bebidas espirituosas de cerca de 43% nos últimos 10 anos e de 21% só nos últimos três anos.

De acordo com Mário Moniz Barreto, Secretário-Geral da ANEBE: “A produção nacional de bebidas espirituosas tem um peso considerável - cerca de 35% - no total de bebidas espirituosas consumidas no país. Estas bebidas são produzidas em empresas familiares, algumas seculares, sendo fundamentais para a economia e cultura das regiões onde se encontram. Deste modo, não se compreendem algumas distorções que têm vindo a ser introduzidas no mercado em termos de legislação e política fiscal, que beneficiam algumas bebidas e prejudicam outras. Como sabemos, cientificamente o álcool é todo igual, mas politicamente existem uns mais iguais que outros ”.

No caso dos jovens adultos, a ANEBE considera que medidas de carácter pedagógico tendem a ter maior impacto e eficácia na alteração dos comportamentos de consumo do que outro tipo de medidas mais repressivas. Aliás, o amplo sucesso e notoriedade nacional da campanha de prevenção rodoviária 100% Cool promovida há 10 anos pelas ANEBE assenta no seu espírito pedagógico. Tendo como público-alvo os jovens entre os 18 e os 30 anos e por objectivo sensibilizar os jovens para um consumo moderado de álcool, esta campanha de prevenção rodoviária difere, em larga medida, de muitas outras desenvolvidas pois tem procurado evitar o lado repressivo, apostando antes na educação, motivação e responsabilização dos jovens maiores de 18 anos para um consumo moderado de álcool.

6 de junho| S. Martinho do Bispo | Coimbra
No âmbito do Roteiro para o Empreendedorismo e Inovação, a farmacêutica Bluepharma recebe, no dia 6 de Junho, sexta-feira,...

Para além da Bluepharma, os ministros vão ainda visitar a Luzitin, empresa farmacêutica que iniciou na semana passada os ensaios clínicos para o primeiro medicamento português indicado para o tratamento do cancro da cabeça e do pescoço.

 

Programa da visita:

9h30 - Visita à Bluepharma/Luzitin/Treat U, S. Martinho do Bispo, Coimbra

9h50 - Saída para o Biocant, em Cantanhede

10h15 - Chegada ao Biocant

10h20 - Apresentação do Biocant pelo Professor Carlos Faro

10h30 - Intervenção do Healthcluster – Luis Portela

10h40 - Intervenção Ministro da Economia

10h50 - Intervenção Ministro da Saúde

11h00 - Visita à Cell2b e Coimbra Genomics conduzida pelos respetivos CEO’s

11h30 – Declarações à imprensa

 

Sobre a Bluepharma:

A Bluepharma S.A. iniciou actividade em Fevereiro de 2001 e tem sede em Coimbra. É uma empresa do sector da Indústria Farmacêutica de capital exclusivamente nacional, cuja Administração é constituída por um grupo de profissionais ligados à área da saúde.

A actividade da Bluepharma engloba toda a cadeia de valor do medicamento, desenvolvendo-se em três áreas distintas: I&D, produção e comercialização de medicamentos. É uma empresa de cariz fortemente exportador, com mais de 80% das vendas para o mercado internacional (mais de 40 países).

O Grupo Bluepharma participa já em 10 empresas, nomeadamente em start-ups inovadoras, considerando a área da investigação clínica crítica para a sua estratégia de desenvolvimento de medicamentos.

 

Perturbação da Hiperactividade e Défice de Atenção
Tem lugar no próximo dia 11 de Junho o lançamento de um livro sobre Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção, para...

Uma equipa multidisciplinar de pediatras, neuropediatras, pedopsiquiatras, psicólogos e outros técnicos com intervenções distintas nas crianças, coordenada pela Unidade de Neurodesenvolvimento do Centro da Criança do Hospital CUF Descobertas, lança a 11 de Junho, um livro essencial para pais e professores sobre a Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção (PHDA).

Apesar dos conhecimentos científicos actuais, há ainda muitas pessoas, nomeadamente professores e pais, que continuam a entender as dificuldades comportamentais das crianças com PHDA como meras faltas de educação. No entanto, a PHDA atinge 5 a 8 por cento das crianças em idade escolar, o que significa que existem mais de 80 mil casos em Portugal.

A obra, editada pela Verso de Kapa, revisita a história da PHDA permitindo identificar as suas causas, as diversas apresentações clínicas, modos e critérios de diagnóstico, evidencia as implicações na vida quotidiana dos envolvidos e apresenta estratégias práticas, possíveis intervenções no comportamento e terapêuticas. São ainda abordados os diferentes problemas associados à PHDA, bem como a sua evolução, além de testemunhos de pais e crianças, que possibilitam uma visão abrangente desta perturbação.

Para Ana Serrão Neto, pediatra e coordenadora da equipa responsável por este livro e pela Unidade de Neurodesenvolvimento do Centro da Criança do Hospital CUF Descobertas “esta é uma oportunidade de fazer a diferença na vida das crianças, que são o futuro da sociedade. Sabemos que as crianças com PHDA podem ser bem-sucedidas e serem adultos realizados. Para tal, basta que tenham um acompanhamento adequado e individualizado e se puderem usufruir de intervenção multimodal e pluridisciplinar, estas crianças podem modificar substancialmente o seu comportamento”.

Para responder a estes e outros desafios, o livro “Hiperactividade e Défice de Atenção” tem lançamento marcado para o dia 11 de Junho, às 18h30, no El Corte Inglês, numa sessão que conta com a presença dos autores e com Presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria, Teresa Bandeira.

Crianças felizes, todos os dias
BioGaia®, que integra desde finais de 2013 o portefólio da Jaba Recordati após a aquisição dos laboratórios Casen-Fleet pelo...

A nova imagem do BioGaia® abarca todo o espectro de pediatria, não só do lactente como da criança e aposta na assinatura “Crianças Felizes”. O conceito criativo gira à volta do copy “Tenho o rei na barriga” reforçando a ideia da criança estar no centro das atenções e cuidados.

Biogaia© é um dos mais bem documentados probióticos no que diz respeito a evidência científica na cólica do lactente e na diarreia. A pediatria moderna recomenda a administração preventiva diária do probiótico Lactobacillus reuteri protectis.

O Lactobacilus reuteri protectis é o agente activo de BioGaia®. Trata-se de um probiótico cujo agente activo foi isolado a partir do leite materno, o que praticamente elimina a possibilidade de rejeição do produto no corpo humano.

Estudo revela:
Uma equipa de cientistas dinamarqueses e britânicos revelou que o autismo pode estar relacionado com o grau de exposição a...

A experiência foi feita através da recolha de amostras de líquido amniótico (o líquido que envolve a criança dentro do útero materno e que, entre outras funções, lhe garante o oxigénio e os nutrientes) proveniente de registos médicos de 128 rapazes dinamarqueses que foram diagnosticados com autismo.

A equipa comparou as amostras com outras de um grupo de controlo e chegou à conclusão de que os rapazes autistas estiveram expostos a níveis maiores de testosterona (a hormona masculina) e ao cortisol, outra hormona, durante a gestação. É natural que os rapazes estejam mais expostos à testosterona, mas o que a equipa anglo-dinamarquesa descobriu foi uma alteração significativa dos níveis da hormona.

“No útero materno, os rapazes produzem cerca do dobro da testosterona em relação às raparigas”, explica Simon Baron-Cohen, director do Centro de Estudos do Autismo na Universidade de Cambridge, e que integrou a equipa deste estudo. “Mas comparados com os rapazes típicos, os diagnosticados com autismo têm níveis ainda maiores. É uma diferença significativa e pode ter um grande efeito no desenvolvimento do cérebro”, conclui o especialista, citado pelo diário The Guardian.

De qualquer modo, ainda não é possível ligar directamente esta alteração ao autismo: “Não podemos concluir que é um fenómeno causal a partir deste estudo, mas ele está a dizer-nos de que parte da biologia do autismo começa numa fase pré-natal”, acrescenta Baron-Cohen.

Trabalhos anteriores realizados em animais mostram uma correlação entre a testosterona na formação do cérebro dos machos ainda in utero. O estudo agora apresentado vai ter sequência, com a comparação entre grupos de raparigas com autismo e outras sem o problema.

 

Investigadores de Espanha
Uma equipa de investigadores de Espanha conseguiu reproduzir modificações nos cromossomas de células humanas idênticas às do...

A leucemia mielóide aguda é um tipo de cancro do sangue e da medula óssea, enquanto o sarcoma de Ewing é um tipo de tumor ósseo que afecta crianças e adolescentes. O estudo, realizado por cientistas do Centro Nacional de Pesquisas Cardiovasculares (CNIC) e do Centro Nacional de Pesquisas Oncológicas (CNIO), foi publicado na revista Nature Communications.

A possibilidade de reproduzir em células humanas as translocações cromossómicas próprias do cancro tem duas vantagens: geram modelos de trabalho inéditos até hoje para o estudo da biologia dos tumores e a sua aplicação permite buscar novas formas terapêuticas e tratamentos, explica o CNIO em comunicado.

As alterações provocadas pelo desenvolvimento de tumores obedecem a múltiplas mudanças na fisiologia e do genoma das células. Nos casos de leucemias e outros tumores denominados sarcomas, ocorre intercâmbios de grandes fragmentos de ADN entre cromossomas diferentes, um fenómeno conhecido como translocação cromossómica. Estas translocações são necessárias tanto para a geração quanto para a progressão de vários tipos de cancro.

Até agora não foi possível estudar estes tipos de tumores “pela falta de modelos celulares e animais adequados”, assinala o investigador do CNIC Juan Carlos Ramírez, que acrescenta que a dificuldade de gerar as translocações cromossómicas impediu a disposição de células alteradas unicamente no que é uma "marca" da doença: a presença de translocações cromossómicas específicas.

 

Instituto de Investigação e Cancro de Aveiro
Um investigador português desenvolve uma aplicação para telemóveis que pretende ajudar a prevenir o cancro, que se prevê estar...

Um investigador português do Instituto de Investigação e Cancro de Aveiro está a desenvolver uma aplicação para telemóveis que pretende ajudar a prevenir o cancro, induzindo as pessoas a apostarem em hábitos de vida saudável.

Depois de apresentar o conceito de "HAPPY" - Health Awareness and Prevention Personalized for You - no 2º. Congresso de Comunicação de Ciência, Nuno Ribeiro disse que a ideia de prevenção de cancro no telemóvel é “ter uma aplicação que vai enviando mensagens personalizadas adaptadas ao perfil e contexto da pessoa e que vão tentando induzir comportamentos mais adequados, em detrimento dos comportamentos que se reportam à aplicação e que não são tão bons”.

O pesquisador português, do programa de doutoramento de Multimédia e Educação, no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular, da Universidade do Porto, garantiu ter-se baseado no conhecido modelo de Mudança Comportamental de Fogg, psicólogo que estuda como a tecnologia pode ser usada para mudar o comportamento humano na nova ciência chamada Captologia.

O investigador português sublinhou que a Mudança Comportamental de Fogg defende que o comportamento das pessoas depende fundamentalmente de três factores: a motivação, capacidade e activadores, “que são uma espécie de lembrete”.

“Quando a pessoa estiver no supermercado e receber uma mensagem que diz: compre fruta para ter em casa e mais tarde poder consumi-la, essa é uma boa forma de aumentar a sua capacidade, ou seja, de fazer com que a pessoa coma fruta”, exemplificou.

Através de um questionário, o utilizador do telemóvel vai introduzir dados pessoais sobre as suas características num processo contínuo, pelo que “esta evolução vai influenciar as mensagens personalizadas que vão sendo enviadas à pessoa” como, por exemplo, quando lhe for sugerido fazer exercício físico.

“Se a pessoa ainda assim continuar a não realizar os exercícios físicos, vão ser enviadas mais mensagens que vão tentar criar motivação”, sendo que uma delas, poderá, por hipótese, dizer no dia anterior àquele em que o indivíduo tiver que praticar exercícios: “amanhã ponha a roupa de exercício físico. Isso é um elemento simples, mas que vai facilitar a pessoa a ter este mesmo comportamento. É um estímulo que se pode dar”, afirmou Nuno Ribeiro.

Nuno Ribeiro pretende atingir um público-alvo dos 18 aos 35 anos, que poderão começar a usar a aplicação no máximo de um ano.

A escolha deste grupo deveu-se ao facto de ser o que mais adere ao mercado de 'Smartphones' comparativamente às restantes faixas etárias e por serem o grupo ainda na idade “em que a prevenção de cancro significa muito em termos biológicos”, podendo ter “muita influência no tipo de doenças que vão desenvolver mais tarde, por volta de 50 anos”.

“São pessoas que têm autonomia para serem responsáveis para o seu próprio comportamento, ou seja, tomam decisões quanto à sua alimentação e são quase todos possuidores de 'Smartphones'”, por isso, a ideia “é tentar induzir nas pessoas o melhor comportamento possível”, até porque “isso é uma ajuda que se está a tentar dar para que as pessoas consigam fazer esta mudança e consigam dar um salto e mudar o seu comportamento e, em última análise, ter um estilo de vida saudável”, frisou.

O investigador prevê que dentro de um ano o projecto esteja pronto, assegurando que este "será gratuito" por se tratar de um projecto académico.

“Eventualmente estabeleça uma parceria com o Ministério da Saúde, ou alguma instituição para que possa trazer financiamento para completar e complementar este projecto. Mas directamente não há nenhum ganho para o investigador”, concluiu.

 

Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Quase todo o sul de Portugal apresenta hoje riscos de exposição à radiação ultravioleta, avança o Instituto Português do Mar e...

De acordo com o instituto de meteorologia, as regiões com maiores riscos são Beja, Évora, Faro, Portalegre, Sagres, Santarém, Setúbal e Sines, no sul e interior do país, mas também Lisboa e, nas ilhas, Porto Santo, Horta, Angra do Heroísmo e Ponta Delgada.

Para estas zonas, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) aconselha a população a utilizar óculos de sol com filtro ultravioleta (UV), chapéu, t-shirt, guarda-sol e protector solar e a evitar a exposição das crianças ao sol.

Com risco alto – níveis seis e sete para um máximo de 11 – estão nove regiões de Portugal, sobretudo do norte: Bragança, Coimbra, Penas Douradas e Viseu, mas também no centro do país - Castelo Branco, Guarda e Leiria, além das cidades do Funchal e Santa Cruz, nos arquipélagos da Madeira e Açores.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê para hoje uma pequena descida da temperatura mínima e céu pouco nublado, tornando-se temporariamente muito nublado a partir da manhã, nas regiões norte e centro.

O instituto também prevê períodos de chuva no Minho e Douro Litoral a partir do fim da manhã e vento fraco ou moderado no litoral e nas terras altas a partir da tarde.

Na Madeira, a previsão aponta para céu muito nublado e aguaceiros fracos em especial nas vertentes norte, enquanto os Açores poderão esperar muitas nuvens no céu e aguaceiros fracos

As temperaturas deverão chegar aos 22 graus Célsius em Lisboa e Faro, ficando-se pelos 19º no Porto.

Na Madeira, as máximas vão chegar aos 23 graus e, nos Açores, aos 20º em Ponta Delgada e aos 19º em Santa Cruz das Flores, Horta e Angra do Heroísmo.

 

Em Portugal
O presidente da Associação Psiquiátrica Alentejana disse que o suicídio é a “principal complicação e o risco mais temível” das...

“Há uma relação de causa efeito entre as duas situações”, ou seja, depressão e suicídio, o qual, nos casos de depressões graves, é “a principal complicação” em Portugal, sobretudo no Alentejo, disse António José Albuquerque, presidente da Associação Psiquiátrica Alentejana (APA).

O psiquiatra falava a propósito do 3.º congresso da APA, que decorre na cidade alentejana de Serpa, no distrito de Beja, entre hoje e sábado, para analisar causas que levam ao suicídio, nomeadamente a depressão e o alcoolismo.

As depressões graves surgem “a partir de uma idade relativamente jovem, 20 e tal anos”, são “muito profundas”, têm quadros de depressão que se apresentam repetidamente da mesma forma, com uma frequência “relativamente elevada” e, muitas vezes, sazonal e têm o suicídio como “o risco principal e o mais temível”, explicou.

Trata-se de depressões que têm “uma facilitação hereditária”, “um carácter genético muito marcado, além do contexto social e histórico”, como “o gravíssimo que o Alentejo tem passado”, frisou António José Albuquerque.

No Alentejo, onde as taxas de incidência de depressão grave e de suicídio são “elevadíssimas”, sendo que a taxa de suicídio “é mais elevada” do que a taxa de depressão grave, “há muitos casos de suicídio na mesma família”, o que “denota, um pouco, a influência genético-familiar”, disse.

“O alcoolismo, como o suicídio, é também, muitas vezes, um desenvolvimento secundário, uma consequência da depressão”, disse o psiquiatra, referindo que a “tríade” depressão, alcoolismo e suicídio é “muito comum no panorama psicopatológico da depressão no Alentejo”.

 

Serviço Nacional de Saúde
No primeiro trimestre deste ano realizaram-se mais 6.580 cirurgias nos hospitais públicos em relação a 2013, tendo crescido...

Os números da monitorização da actividade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) referentes a Março deste ano mostram um crescimento de 4,7% nas intervenções cirúrgicas, mas graças a um aumento das cirurgias em ambulatório, escreve o Publico Online.

As cirurgias convencionais tiveram um decréscimo de 1,4% no primeiro trimestre do ano em comparação com o período homólogo do ano anterior. Pelo contrário, as operações em ambulatório cresceram 9,6% e representam já 57,8% das 147.104 cirurgias realizadas entre Janeiro e Março de 2014.

A Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS), que elabora o relatório de monitorização, lembra que as cirurgias de ambulatório “realizam-se com a possibilidade de o doente ser operado e ter alta no mesmo dia, melhorando a sua comodidade”.

As consultas nos hospitais do SNS também aumentaram - 5,4% no primeiro trimestre em comparação com o anterior período homólogo, tendo-se registado um acréscimo superior a 160 mil consultas.

As primeiras consultas nos hospitais continuam a ter um peso reduzido em relação às consultas subsequentes. Nos centros de saúde, o número de consultas sofreu poucas alterações, com uma variação positiva de 0,9%, o que significou a realização de mais de 7,6 milhões nos três primeiros meses do ano.

“É desejável que ocorra transferência de cuidados nos hospitais para os cuidados de saúde primários, aumentando o acesso às primeiras consultas hospitalares e uma redução das consultas subsequentes”, refere o relatório da ACSS.

Quanto às urgências, registou-se um decréscimo quer nos hospitais quer nos centros de saúde.

Nos hospitais houve menos 18.955 atendimentos de urgência no primeiro trimestre deste ano, num total de 1,53 milhões de episódios. Em comparação com o período homólogo do ano anterior, a redução foi de 1,2%.

Nos Serviços de Atendimento Permanente (nos centros de saúde), a redução foi mais significativa, com menos 99 mil atendimentos, o que representa um decréscimo de 17,1%.

Uma responsabilidade com muitos benefícios
Os animais domésticos representam para a maioria das pessoas que os têm, o mesmo que um amigo próxim
Animais domésticos

Desde há muitos anos que são realizados, um pouco por todo o mundo, inúmeros estudos que comprovam o contributo dos animais de estimação na prevenção de algumas doenças dos seus donos.

Comparativamente a quem não tem animais de estimação, a probabilidade de sofrer de obesidade, de pressão arterial e colesterol elevados, é menor em pessoas que têm animais de estimação. Estes factores poderão estar relacionados com o relaxamento e bem-estar proporcionado pelo sentimento puro e sincero que o animal tem pelo dono.

Os donos de animais têm também, geralmente, mais auto-estima, são mais extrovertidos, tendem a ser menos solitários, conseguem resolver melhor as diferenças individuais e são menos receosos e preocupados.

Embora seja às crianças e aos idosos a quem os animais proporcionam mais benefícios de saúde, qualquer pessoa que tenha gosto em ter um animal de estimação irá com toda a certeza retirar efeitos benéficos da sua companhia.

O sentido de responsabilidade que é desenvolvido pelas crianças através de algo que lhes proporciona momentos de diversão e bem-estar é sem dúvida um benefício que pode contribuir para o seu crescimento saudável individual e nas relações sociais. Nas crianças, o convívio com animais pode ainda ser uma ajuda para reforçar o sistema imunitário, ajudando a prevenir problemas de alergias.

O problema da solidão e do isolamento nos idosos é, infelizmente, uma realidade crescente na nossa sociedade. Muitas vezes, nestes casos, os animais acabam mesmo por se tornar nos melhores, senão mesmo nos únicos, companheiros com capacidade de dar algum sentido à sua existência.

No entanto, antes de ter um animal deve ter consciência que é preciso ter tempo e reunir algumas condições para que, tal como nós, possam ter uma vida estável. O abandono de animais é também um grave problema na nossa sociedade e que depende, em muito, de uma avaliação inicial que terá de fazer – por exemplo, tempo, paciência, gosto, etc. - antes de decidir levar um animal para sua casa.

São muitos os benefícios para quem tem animais de estimação. Contudo os animais são uma responsabilidade, e embora estejam sempre lá para apoiar os donos, eles também necessitam que lhes seja retribuída essa dedicação. Não precisam de luxos, pois o seu maior luxo é ter um dono capaz de lhes dar afecto e atenção.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
O equilíbrio do corpo e da mente
A união de exercícios físicos e meditação, com capacidades muito além do bem-estar físico.
Yoga

O yoga é proveniente da Índia e caracteriza-se, não só pelos exercícios que desenvolvem a flexibilidade de quem o pratica, mas também pelos estados de paz, harmonia e serenidade que se conseguem alcançar.

Para que se verifiquem resultados consistentes, é necessário praticar yoga de forma regular e durante um longo período de tempo. Apesar de se sentirem de imediato, é após alguns meses de prática que se começam a sentir de forma clara e intensa os efeitos da prática do yoga.

 

Ao praticar yoga, os benefícios irão fazer parte da sua vida física, mental e emocional.

Benefícios do yoga:

- quase todos os exercícios resultam numa maior flexibilidade;
- o esforço exigido, em exercícios mais avançados, para suportar o peso do corpo resulta num aumento da força;
- por sua vez, este aumento da força contribui para a tonificação muscular;
os alinhamentos corporais específicos para cada exercício, tornam o corpo mais resistentes a dores musculares;
- o treino de uma respiração correcta, vai contribuir positivamente para reduzir o stress e a - ansiedade, controlando o sistema nervoso;
- ajuda a aliviar problemas de saúde como a diabetes, obesidade, asma, e problemas digestivos ou no sistema cardiovascular.

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Portugal é 3º país europeu com maior incidência
O cancro da laringe é o mais frequente dos cancros da cabeça e do pescoço, depois do cancro da pele.
Cancro laringe

O cancro da laringe refere-se a um tumor maligno da laringe (cordas vocais). A laringe está localizada acima da traqueia e desempenha um papel importante na respiração, deglutição e fala. Segundo o Registo Oncológico Nacional, em Portugal são diagnosticados cerca de 600 novos casos de cancro da laringe por ano, o que corresponde a uma percentagem de 2 por cento de todos os tumores diagnosticados, sendo o terceiro país da Europa com maior incidência.

A origem do cancro da laringe, como acontece com todos os cancros, ainda não é suficientemente clara. Todavia, ao contrário do que sucede nos outros tipos de cancro, no da laringe são conhecidos alguns factores intimamente ligados ao seu desenvolvimento, os quais podem ser considerados factores causadores.

O desenvolvimento de um tumor maligno na laringe está, na maioria dos casos associado ao hábito de fumar. Inúmeros estudos indicam que no mínimo 90 por cento das pessoas afectadas são fumadoras.

O fumo do tabaco contém substâncias cancerígenas cuja repetida inalação pode provocar a transformação anómala de algumas células da mucosa laríngea. Deste modo, começam a multiplicar-se exageradamente, o que dá origem a um tumor que cresce, invade as estruturas adjacentes e se dissemina para outros tecidos e órgãos afastados, formando tumores secundários metástases).

Além do tabagismo, determinaram-se outros factores de risco, como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e também a laringite crónica, provocada por infecções agudas repetidas, má utilização da voz ou inalação persistente de ar contaminado por pó ou vapores irritantes.

O diagnóstico precoce é da maior importância, pois o tratamento depende das dimensões e da localização do tumor. Em Portugal o carcinoma das cordas vocais constitui a forma mais frequente do cancro da laringe.

Sintomas
Os sintomas iniciais dependem do sector da laringe onde o tumor se desenvolve.

Este cancro surge frequentemente nas cordas vocais e provoca rouquidão. Se uma pessoa estiver rouca durante mais de duas semanas, deverá consultar o médico.

O cancro noutras partes da laringe provoca dor e dificuldade de deglutição. Nalguns casos, no entanto, antes de qualquer outro sintoma, detecta-se primeiro um volume no pescoço, provocado pela extensão do cancro a um gânglio linfático (metástase).

O tumor na glote costuma manifestar-se através de sintomas precoces, pois a alteração na mobilidade das cordas vocais provoca rouquidão e afonia, inicialmente de maneira intermitente, mas ao fim de algum tempo permanente. Além disso, em alguns casos, provoca uma tosse seca, ardor ou sensação de corpo estranho na garganta e, quando o tumor cresce, dificuldade respiratória e dor na deglutição.

Por outro lado, caso o tumor se situe no espaço supraglótico ou no subglótico, ou seja, por cima ou por baixo das cordas vocais, os sintomas iniciais não são tão claros, pois não se produzem alterações evidentes da voz.

Em caso de cancro supraglótico, as primeiras manifestações são semelhantes as de uma faringite crónica, com sensação de ardor na garganta ou de presença de um corpo estranho no seu interior, o que pode induzir a expectoração - apenas quando o tumor cresce é que surgem dores e alterações da voz.

Nos casos de cancro subglótico, o tumor pode crescer durante muito tempo sem originar problemas na fonação nem na respiração, os quais apenas surgem nas fases mais avançadas, quando invade as cordas vocais e obstrui a passagem do ar para os pulmões.

Caso não seja detectado e tratado a tempo, o cancro da laringe, independentemente da sua localização, costuma disseminar-se por via linfática para os gânglios do pescoço, os quais acabam por aumentar de tamanho.

Nas fases mais avançadas da doença, o doente apresenta um grande cansaço, perda de apetite, emagrecimento e uma deterioração evidente do estado geral. Sem o tratamento adequado, a evolução desta doença é fatal a curto ou médio prazo, sem quaisquer excepções.

Diagnóstico
Para fazer o diagnóstico, o médico observa a laringe através de um laringoscópio (um tubo utilizado para a visualização directa da laringe) e faz uma biopsia (recolhe-se uma amostra de tecido que se examina ao microscópio) do tecido que se suspeita ser canceroso.

Depois o cancro é classificado conforme o seu estadio, de I a IV, tomando como base até onde se propagou.

Tratamento
O tratamento baseia-se em três medidas terapêuticas: a cirurgia, a radioterapia (aplicação de radiações) e a quimioterapia (administração de medicamentos citostáticos que impedem a proliferação das células cancerosas). A escolha ou combinação destes procedimentos terapêuticos depende, acima de tudo, da localização e extensão do tumor.

Para um cancro num estado primário, o tratamento usual consiste em cirurgia ou radioterapia. Quando as cordas vocais são afectadas, a radioterapia costuma ser o tratamento de eleição porque geralmente preserva o tom normal da voz.

Para o cancro num estado avançado, o tratamento usual é a cirurgia, que pode consistir em extirpar parcial ou totalmente a laringe (laringectomia parcial ou total), geralmente seguida de radioterapia.

A ressecção total das cordas vocais deixa a pessoa afectada sem voz. Nestes casos, é possível criar uma nova voz por meio de um de três métodos: a fala esofágica, uma fístula traqueoesofágica ou uma electrolaringe. No caso da fala esofágica, ensina-se a pessoa a recolher ar no esófago enquanto inspira e a expulsá-lo gradualmente para produzir um som.

Uma fístula traqueoesofágica é uma válvula unidirecional que se insere cirurgicamente entre a traqueia e o esófago. A válvula faz entrar ar no esófago enquanto a pessoa inspira e, assim, é produzido som. Se a válvula funcionar mal, os líquidos e os alimentos podem entrar acidentalmente na traqueia.

A electrolaringe é um dispositivo que actua como uma fonte de som quando é colocado junto ao pescoço. Os sons produzidos pelos três métodos são convertidos em palavras como as da fala normal (utilizando a boca, o nariz, os dentes, a língua e os lábios). No entanto, a voz produzida por estes métodos é artificial e é muito mais fraca do que a normal.

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Semana Digestiva
A obesidade, a doença celíaca e outras doenças até agora associadas a stress ou ansiedade podem vir a ser explicadas com...

Este é um dos temas que dominará o Congresso da Semana Digestiva da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia, que decorre até sábado no Estoril.

"Muitas das perturbações do nosso organismo que têm sido atribuídas a factores como o ambiente, os hábitos de vida ou o stress são muito mais influenciadas pelo ambiente microbiológico do tubo digestivo e não tanto pelos factores a que atribuíamos responsabilidade", explicou o presidente da Sociedade de Gastrenterologia, Leopoldo Matos.

Até a obesidade pode estar relacionada e ser influenciada pelas alterações do ecossistema microbiano que habita o intestino humano -- a microbiota.

Modificações na microbiota estão actualmente a motivar a curiosidade e investigação da comunidade científica e surgem como estando cada vez mais associadas a distúrbios intestinais como a doença inflamatória do intestino, doença celíaca ou doenças metabólicas.

Na Semana Digestiva que tem início hoje [4 de Junho], as doenças do fígado são outros dos assuntos em destaque, em particular a nova medicação contra a hepatite C.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia frisou que os novos fármacos “garantem, pela primeira vez, uma eficácia muito perto de 100%, o que significa a erradicação do vírus do organismo infectado”.

Outra das características da nova medicação é a ausência de efeitos secundários significativos.

A autoridade do medicamento em Portugal ainda não aprovou o uso do novo fármaco para a hepatite C, que tem sido reclamado de forma insistente pelas associações de doentes e até pela Ordem dos Médicos.

Leopoldo Matos lembrou que as dificuldades de acesso à nova terapêutica são "um problema universal e não exclusivo de Portugal", indicando que o preço dos novos medicamentos é “inatingível”, na maioria das economias nacionais, para o número de doentes infectados com hepatite C. Contudo, o especialista recordou que as sociedades científicas têm criado regras rigorosas que permitem avaliar os doentes que mais cedo precisam das novas moléculas de tratamento.

“Não é paradigma da comunidade médica discutir o preço ou os modelos de financiamento [dos fármacos]. Entendemos que o caminho que os governos financiadores e a indústria [farmacêutica] devem fazer é o de um encontro de interesses e objectivos. Da parte médica, qualquer terapêutica com a qualidade e eficácia da que estamos a falar, desejamos sempre que seja para ontem”, declarou o presidente da Sociedade de Gastrenterologia.

 

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