Bill Gates dá
Bill Gates
O americano Bill Gates vai doar cerca de 400 milhões de euros para ajudar a combater várias epidemias nos países em...

O ex-presidente da Microsoft anunciou a sua decisão durante a 63.ª Reunião Anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, que está a decorrer em Nova Orleães.

A Fundação Gates irá gastar ainda este ano mais de 399 milhões de euros (500 milhões de dólares) "para reduzir o fardo da malária, pneumonia, diarreia e uma série de infecções parasitárias, que são as principais causas de morte e invalidez nos países em desenvolvimento".

O multimilionário decidiu aumentar em 30% a verba que já destinava anualmente para o combate à malária.

Lembrando a epidemia de febre hemorrágica Ébola, que matou este ano quase cinco mil pessoas na África Ocidental, o filantropo sublinhou "a necessidade de maiores esforços para lidar com doenças resistentes a medicamentos, como a malária e a dengue."

Para Bill Gates, a erradicação da malária em meados deste século é "um objectivo que é necessário e possível": "Nós não podemos fazê-lo em pequenos passos. A história mostra que a única maneira de parar a malária é colocar um fim definitivo", afirmou.

A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2012, tenham ocorrido cerca de 207 milhões de casos de malária que provocaram a morte a cerca de 627 mil pessoas.

Neste momento, os media e a comunidade internacional olha com maior preocupação para o fenómeno do Ébola, uma epidemia que também preocupa Bill Gates que, em meados de setembro, anunciou um apoio de cerca de 40 milhões de euros.

A Fundação Gates, que nasceu em 2000, é uma organização filantrópica que tem por principais objectivos promover a pesquisa sobre a sida e outras doenças que atingem, principalmente, os países em desenvolvimento.

Serra Leoa
Ébola Casos aumentam
O vírus Ébola está a espalhar-se nove vezes mais rapidamente em algumas regiões rurais da Serra Leoa, comparando com a situação...

“Enquanto na Libéria, (o aparecimento) de novos casos parecerem ter abrandado, o Ébola continua a espalhar-se de forma assustadoramente rápida em algumas partes da Serra Leoa”, refere o relatório da Africa Governance Initiative (AGI), uma organização apoiada pelo ex-primeiro ministro britânico Tony Blair.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), há dois meses havia cerca de 1.146 pessoas infectadas na Serra Leoa, numero que subiu para 2.304 em setembro e que em novembro já chegava aos 5.338.

O relatório da AGI refere que em outubro surgiram, em média, 12 novos casos em algumas zonas rurais próximas de Freetown, o que revela um grande aumento quando comparado com a média registada em setembro, mês em que foram detectados 1.3 casos diários.

De acordo com o relatório, estes números mostram que os novos casos nas zonas rurais aumentaram nove vezes.

Também na capital da Serra Leoa, Freetown, o número de novos casos aumentou seis vezes nos dois últimos meses, segundo números divulgados pelo ministro da Saúde daquele país.

Segundo os últimos números da OMS, divulgados na semana passada, o surto de Ébola já atingiu 13.567 pessoas e provocou 4.951 mortes, a maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa.

ONG
Ébola discriminação
Uma organização britânica criticou ontem os governos que colocam em quarentena o pessoal médico que chega aos seus países...

O director-geral da organização “Save the Children”, Justin Forsyth, criticou ontem o facto de países como a Austrália e o Canadá terem decidido fechar as suas fronteiras aos cidadãos de países afectados pela epidemia de febre hemorrágica.

Durante uma visita à Serra Leoa, um dos três países africanos com mais problemas, Justin Forsyth criticou também as medidas de quarentena impostas por alguns estados norte-americanos aos profissionais de saúde que lidam com aqueles doentes.

“É muito importante que os enfermeiros e os médicos possam viajar facilmente para a Serra Leoa, a Libéria e a Guiné, mas também é importante que possam chegar ao seus países sem a ameaça da quarentena”, defendeu o responsável pela organização não-governamental de defesa dos direitos da criança em todo o mundo.

A posição de Justin Forsyth surge depois da polémica instalada em Nova Jersey por terem colocado em quarentena uma enfermeira que regressava de Serra Leoa e não tinha sintomas considerados perigosos e de a Califórnia ter instituído, esta semana, a medida de quarentena para todo o pessoal médico que tenha estado em contacto com doentes com Ébola.

Já na Austrália e no Canadá, os governos decidiram suspender a emissão de vistos para os nacionais dos países afectados pela epidemia, numa tentativa de ficar longe do vírus.

Em declarações à agência de notícias AFP, Forsyth considerou estas medidas “completamente anormais”, defendendo que deveriam ser “facilitadas as idas e vindas de pessoal médico, porque eles são heróis”.

Segundo os últimos números da Organização Mundial da Saúde (OMS), o surto de Ébola já atingiu 13.567 pessoas e provocou 4.951 mortes, a maioria na Libéria, Guiné e Serra Leoa.

Este ano
Cuidados de saúde primários
O número de utilizadores dos cuidados de saúde primários aumentou este ano, com 6,4 milhões de utentes a terem pelo menos uma...

Os dados dizem respeito ao período de janeiro a setembro deste ano, tendo aumentado o número de utilizadores dos cuidados de saúde primários em 2,2 por cento relativamente a igual período do ano passado. As consultas médicas também subiram no mesmo período 2,7 por cento.

Nos hospitais, de acordo com a mesma fonte, as primeiras consultas aumentaram 1,4 por cento e as subsequentes 2,5 por cento, num total de mais 187.816 consultas do que no mesmo período do ano passado.

Em relação às cirurgias foram feitas mais 4.584 do que no mesmo período de 2013, representando um crescimento de 1,2 por cento. Do total de cirurgias 58 por cento foi feito em ambulatório.

Nas urgências houve um decréscimo de 0,1 por cento, com menos 3.001 casos, e nos internamentos “constatou-se uma ligeira redução do número de doentes saídos (-2,1%), essencialmente devido à desejável transferência da cirurgia convencional para a cirurgia de ambulatório”, segundo um comunicado da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

De acordo com o boletim de monitorização mensal referente a setembro deste ano, a ACSS resume assim a evolução no Serviço Nacional de Saúde: “Até setembro de 2014 continua a registar-se um aumento do acesso aos cuidados de saúde primários, não só em termos do número de utilizadores como também em relação ao aumento da produção de consultas médicas realizadas”.

E acrescenta: “Em relação aos cuidados hospitalares, regista-se uma estabilização da actividade realizada em relação ao período homólogo, com ligeiras variações positivas no número de consultas e de intervenções cirúrgicas, e um desejável ajustamento em baixa da actividade de urgência e de internamento”.

Ébola
Ébola Serra Leoa
O Reino Unido está a construir três novos laboratórios na Serra Leoa para tratar o vírus Ébola na África Ocidental, disse ontem...

O executivo disponibilizou novos fundos, avaliados em 25,5 milhões de euros, para construir e gerir esses centros, nos quais se vão fazer exames de sangue e recolher amostras do vírus em pessoas infectadas.

O primeiro laboratório foi inaugurado na semana passada em Kerry Town, ao lado de um centro de tratamento do Ébola, financiado pelo Reino Unido, e duplicou a capacidade do país em fazer despistes da doença.

Está prevista a construção dos outros dois centros em Port Loko e em Makeni. Quando os três laboratórios entrarem em funcionamento vai quadruplicar o número de exames diários.

Os laboratórios terão resultados dos exames em 24 horas, muito menos do que os cinco dias que são agora necessários.

“Erradicar o Ébola na sua origem é a chave para o vencer e evitar que se propague”, disse a ministra.

Nos próximos dias cerca de 50 voluntários dos serviços de Saúde britânicos, universidades e o Laboratório de Tecnologia do Reino Unido irão formar as equipas que vão gerir os laboratórios.

O Governo de Londres comprometeu-se até agora com cerca de 287 milhões de euros para a luta contra o vírus, que desde o início do ano já causou 4.922 mortos e infectou pelo menos 13.703 pessoas, quase todas na Serra Leoa, Libéria, e Guiné-Conacri, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde.

IPO de Coimbra
Cancro massagens
No Instituto Português de Oncologia de Coimbra, um grupo de enfermeiros ajuda a retirar a dor de doentes oncológicos a partir...

Dentro de uma sala da Unidade de Dor, ouve-se uma música calma e relaxante, enquanto a enfermeira Graça Folhas faz uma massagem nas costas a Maria Filomena, doente oncológica.

"Isto é mesmo bom", aponta a doente, que fez uma mastectomia há cinco anos e que há dois foi à sua primeira sessão de massagens no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra.

Apesar da música relaxante, uma panóplia de discos perto da aparelhagem pretende responder aos gostos de cada doente, ouvindo-se dentro daquela sala "desde pimba a Chopin".

A primeira vez que Maria Filomena entrou na sala, estava céptica. E mesmo depois de sair não mudou de opinião.

Contudo, na terceira sessão, "tudo correu bem". Para além da massagem, fez perguntas sobre a terapia e sobre como lidar com a dor.

"Pensava que era como um spa, mas não é", conta, sublinhando que, enquanto recebia a massagem, foi aprendendo como se haveria de deitar, de descer e subir escadas, andar e tomar banho.

De noites não dormidas, consegue hoje "dormir cinco ou seis horas perfeitas, sem a ajuda de fármacos", tendo voltado a ganhar a autonomia perdida com as dores cervicais.

Quando sai da sala, na qual se lê numa placa "aqui a dor não entra", todo o seu corpo reage.

"Parece que sai a porcaria toda", conta.

Depois do cepticismo, defende hoje que aquelas sessões deveriam ser "um serviço hospitalar" como o é a cirurgia, pedindo ainda um "local melhor e maior" para as sessões.

O projecto "Bem-estar", criado em 2005, começou com três enfermeiros do serviço de cirurgia do IPO de Coimbra, que tiveram formação na área da massagem, tendo neste momento 10 enfermeiros na iniciativa, que se encarregam de garantir o serviço dois dias por semana, informou Dulce Helena, enfermeira-chefe do serviço de cirurgia do IPO.

Contudo, haveria procura "para cinco dias por semana", disse à agência Lusa Dulce Helena, notando que, de momento, há uma lista de espera de 20 pessoas.

A terapia, que pode envolver técnicas como a termoterapia, reflexologia, aromaterapia ou reiki, ajuda a "reduzir a dor, a medicação e a ansiedade" dos doentes.

"A maior parte dos casos são de sucesso e os doentes pedem sempre mais sessões", congratula-se, sendo este projecto uma complementaridade à terapia farmacológica, havendo uma avaliação do doente antes de ser integrado nesta terapia.

No decorrer das sessões, regista-se no paciente uma "estabilização dos sinais vitais, um aumento da saturação de O2 (oxigénio) e uma diminuição da dor", sendo que nas primeiras 24 horas após a massagem os doentes não recorrem à "medicação SOS (normalmente paracetamol)", refere Graça Folhas, que entrou neste projecto em 2006.

Para a enfermeira, as massagens dão-lhe "uma satisfação imensa".

"Há uma vontade expressa de ajudarmos os outros", num ambiente em que a relação "com o doente é muito diferente" e em que este se abre e "fala da dor", podendo o enfermeiro perceber melhor o que o afecta.

França recebe
Ébola França
A França recebeu um funcionário das Nações Unidas que trabalhava na Serra Leoa e está infectado com o vírus Ébola, anunciou...

De acordo com um comunicado do ministério, o funcionário foi transportado numa ambulância aérea, tendo sido colocado "em isolamento de alta segurança" num hospital militar situado perto de Paris.

A febre hemorrágica Ébola causou desde o início do ano e até 27 de outubro pelo menos 4.922 mortos em 13.703 casos registados, na sua quase totalidade em três países: Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Trata-se de uma doença com uma letalidade entre os 25 e os 90 por cento, para a qual não existe tratamento específico, nem vacinas comercialmente disponíveis.

A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, 44 anos, foi a primeira pessoa a ser contagiada fora de África, tendo sido internada a 06 de outubro e, após vários tratamentos, considerada curada.

O Ébola é um vírus que foi pela primeira vez identificado em 1976.

Perguntas e respostas
Ébola dúvidas
Perguntas e respostas sobre o vírus Ébola que já matou quase cinco mil pessoas desde o início deste surto, em fevereiro deste ano.

O que é?
O Ébola é um vírus que foi pela primeira vez identificado em 1976 e provoca febres hemorrágicas. Não existe vacina, nem tratamentos específicos e a taxa de mortalidade situa-se entre os 25 e os 90 por cento.

Como a pessoa é infectada?
A infecção resulta do contacto directo com líquidos orgânicos de doentes - como sangue, urina, fezes, sémen. A transmissão da doença por via sexual pode ocorrer até sete semanas depois da recuperação clínica. O período de incubação da doença pode durar até três semanas.

Os surtos?
Desde 1976 registaram-se vários surtos, nenhum com tantos infectados e países atingidos como o actual, que começou em fevereiro e, até hoje, causou em vários países africanos perto de 5.000 mortos.

As vítimas?
A 29 de outubro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que foram registados 13.703 casos de vírus do Ébola desde o início da epidemia, o qual já matou 4.922 pessoas.

Desse total, 13.676 casos foram registados na Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, os três países da África ocidental mais afectados pela febre hemorrágica e onde se concentram os esforços internacionais para controlar a epidemia.

Paciente zero?
Uma criança com dois anos que vivia na Guiné-Conacri foi, segundo o The New England of Medicine, o paciente zero deste surto, tendo morrido em dezembro de 2013.

Países afectados?
Até ao momento registaram-se surtos na Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.

Fora de África?
A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, 44 anos, foi a primeira pessoa a ser contagiada fora de África. Foi internada a 06 de outubro e, após vários tratamentos, foi dada como curada.

Quais os sintomas?
A febre costuma ser o principal sinal, acompanhada de fraqueza e dores musculares, de cabeça e de garganta. Outros sintomas nos tempos seguintes são náuseas, diarreia, feridas na pele, problemas hepáticos e hemorragia interna e externa.

Entre a infecção pelo vírus e os primeiros sintomas podem decorrer entre dois e 21 dias.

Como se trata?
Não existe cura nem um tratamento específico para a febre hemorrágica provocada pelo vírus do Ébola.

A estes doentes são dados os tratamentos que costumam ser administrados nos cuidados intensivos, com destaque para a hidratação.

A vacina?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou, no final de outubro, o arranque dos primeiros testes de uma vacina experimental contra o vírus do Ébola.

Os reguladores suíços autorizaram o início dos testes – que envolverão 120 pessoas - desta vacina experimental, desenvolvida pela britânica GlaxoSmithKline (GSK).

O vírus e os cães?
Em Espanha, as autoridades optaram por abater o cão da auxiliar de enfermagem contaminada com Ébola.

Em Portugal, o director-geral da Saúde, Francisco George, esclareceu que o vírus do Ébola nunca foi detectado num cão, apesar de a infecção ser comum a animais e seres humanos.

Quais os hospitais de referência?
Em Portugal, os hospitais para onde serão encaminhados os doentes suspeitos de estarem infectados com o vírus do Ébola são os hospitais Curry Cabral (com o Egas Moniz em segunda linha) e Dona Estefânia (para crianças), em Lisboa, e São João, no Porto.

Qual o laboratório de referência?
O laboratório de referência em Portugal é o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Qual é a resposta de emergência médica?
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem equipas especializadas, com formação específica e equipamento de proteção elevado. Serão estas equipas que irão acompanhar os casos suspeitos ou de doença e encaminhá-los para os hospitais de referência.

Que medidas as autoridades portuguesas têm em vigor (anunciadas pela Direcção Geral da Saúde)?

- A DGS analisa actualmente os equipamentos de protecção individual a utilizar pelos profissionais de saúde e também o contexto da sua utilização;

- Reforço da articulação internacional, nomeadamente com a Organização Mundial de Saúde (OMS), com o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), em Estocolmo, e com outros Estados;

- Recomendação aos cidadãos para que ponderem viajar apenas em situações essenciais, tendo em atenção o princípio da precaução, apesar de não estarem interditadas, actualmente, viagens internacionais para áreas afectadas;

- Os viajantes são alertados para procurarem aconselhamento médico caso se verifique exposição ao vírus ou desenvolvam sintomas de doença;

- Portugal tem em estado de prontidão mecanismos para detectar, investigar e gerir casos suspeitos de doença por vírus Ébola, incluindo capacidade laboratorial para confirmação da doença;

- Estão previstas medidas para facilitar a repatriação dos cidadãos que possam ter estado expostos ao vírus;

- Desde o dia 27 de outubro que a DGS disponibiliza um site com informação específica sobre o vírus: www.ebola.dgs.pt .

ONU revela
Alterações climáticas
As propagações, nos últimos anos, de doenças infeciosas como a malária, a chicungunha e mesmo o ébola são exemplos de como a...

O director executivo do Conselho de Administração do Programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Meio Ambiente, Achim Steiner, revelou que "a mudança climática afecta as temperaturas e as condições climáticas das regiões, pelo que, por exemplo, em África, os mosquitos podem propagar-se de uma região para outra com mais facilidade que antes, tal como na América latina.

Steiner, em declarações à EFE na véspera da apresentação da última parte do Quinto Relatório de Avaliação, elaborado pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), acrescentou que "em muitas partes do mundo se verá o regresso ou a chegada de doenças que simplesmente não se tinham reportado antes, devido às altas temperaturas".

O responsável salientou que tal afectará a "infraestrutura sanitária e o sistema de saúde e, em última instância, a saúde e o bem-estar de cada uma das populações do planeta".

Por isso, a comunidade científica ambiental está a estreitar laços com os organismos sanitários a nível global e Steiner referiu-se à reunião da Organização Mundial de Saúde, em Genebra, Suíça, há meses.

"A conclusão foi a de que o tratado climático que é assinado em Paris também será um acordo para a saúde global, porque, claramente, há uma conexão muito directa entre as mudanças ambientais que resultam do aquecimento global e as grandes ameaças à saúde".

Outro efeito na saúde da mudança climática é a contaminação, uma vez que a "emissão de dióxido de carbono e outro contaminante causam agora a morte prematura de aproximadamente sete milhões de pessoas no mundo em cada ano".

"Esse registo é maior do que o número de mortes prematuras por VIH/Sida e a malária", referiu Achim Steiner, que preconiza a implementação de políticas ambientais.

No seu entender, "há grandes economias como o Brasil que tomaram medidas significativas para resolver as principais fontes de emissões de gases de efeito estufa, neste caso o dióxido de carbono".

"O Brasil tem ajudado muito para reduzir o desmatamento, que é, talvez, um dos passos mais importantes", disse, elogiando a Nicarágua pela "incorporação de tecnologias de energias renováveis para gerar electricidade."

Estudo
Acidentes Canábis
Um estudo do Instituto Nacional de Medicina Legal conclui que é detectada a presença de canabinóides em três de cada cem...

A presença de canabinóides foi detectada em 3,2% (52 vítimas) das autópsias realizadas pelo Instituto de Medicina Legal, divulgou Jorge Rosmaninho, do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML), durante a I Conferência do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, que decorreu no auditório da reitoria da Universidade de Coimbra, na passada quinta e sexta-feira.

Em 44,2% desses casos, os canabinóides foram detectados em associação com o etanol, tendo, em 46% das vítimas, sido detectada apenas a presença de cannabis, referiu.

Apesar da presença desta droga, o etanol - álcool - continua a ser a substância mais presente, tendo sido detetado em 15,5% das vítimas mortais, em acidentes rodoviários.

Jorge Rosmaninho, recordando um estudo europeu, sublinhou que "o risco de um condutor com cannabis sofrer um acidente de viação fatal é o dobro do experimentado por um indivíduo sem essa substância", referindo que essa probabilidade aumenta "até 15 vezes", se a cannabis estiver associada ao álcool.

O vice-presidente do INML, João Pinheiro, disse à agência Lusa que "houve uma aceitação do consumo desta droga e isso não é bom", apontando para o estudo como forma de demonstrar que a cannabis "não é uma droga inócua".

Contudo, "não se pode dizer que foi por consumir que a pessoa teve o acidente, como também não se pode garantir o contrário".

O vice-presidente do instituto realçou ainda a maior presença da substância em homens entre os 20 e os 25 anos e os 40 e os 45 anos.

14 de Novembro
O projecto “Quiosque da Saúde”, destinado a “idosos sem médico de família ou com acesso dificultado aos serviços de saúde”, vai...

Segundo Duarte Paiva, o primeiro quiosque vai ser inaugurado no dia 14 de Novembro, mas “o projecto pretende implementar uma rede de ‘Quiosques da Saúde’ na cidade de Lisboa, nas zonas de maior carência de acesso aos cuidados de saúde primários”.

A ideia é “criar uma nova relação com a saúde, fácil, simples, próxima, com interacção social, tal como é comprar uma revista ou um jornal a um quiosque", explicou.

O “Quiosque da Saúde” visa “facilitar o acesso aos cuidados de saúde aos idosos, ao mesmo tempo que promove a autonomia e independência, com interacção social e comunitária, minimizando o isolamento e a exclusão social”.

Para o responsável da Associação Conversa Amiga (ACA), trata-se de “uma resposta inovadora, que se constitui como um novo modelo de saúde e bem-estar de pessoas idosas e das comunidades locais”.

O projecto será implementado em estruturas do tipo quiosque adaptadas para funcionarem como pequenos consultórios médicos e de enfermagem e será desenvolvido sobretudo num regime de voluntariado.

Com o apoio do programa Bip-Zip (Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária) da Câmara de Lisboa, a ACA investiu “cerca de 6 mil euros” no primeiro “Quiosque da Saúde” em Olaias, que será um piloto de 12 meses.

A idealização de uma rede de “Quiosques da Saúde”, em Lisboa, surgiu da experiência da ACA no terreno, com os projectos “Saúde à Porta” e “Conversas de Saúde” no âmbito do combate ao isolamento e apoio na saúde junto de pessoas idosas.

A identificação de problemas no acesso aos cuidados de saúde primários em Lisboa tem por base “os dados do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Lisboa Central, que identifica 43 mil pessoas sem médico de família”, refere o documento do projecto “Quiosque da Saúde”.

Também o estudo da Fundação Calouste Gulbenkian “O Futuro da Saúde”, realizado em Setembro deste ano, indica que “deve haver novos modelos de serviços para cuidados integrados e centrados nas pessoas: serviços domiciliários e de proximidade mais disponíveis, com a participação das instituições de solidariedade e voluntariado”.

“Cabe ao Serviço Nacional de Saúde [SNS] responder às necessidades das pessoas ao nível da saúde. No entanto, são tantas estas necessidades que um projecto como o ‘Quiosque da Saúde’ pode ter o seu espaço e intervir onde um sistema da dimensão do SNS não consegue ou tem dificuldades de responder”, considerou a Associação Conversa Amiga.

 

Como rentabilizar a Farmácia de Oficina
Programa de formação cujo principal objectivo é mudar o modo de pensar do farmacêutico, tornando-o u
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Perguntas e respostas
Como o nome faz supor, o Papiloma Vírus Humano (PVH) é um vírus frequente nos humanos, responsável p
Mulher com dúvidas

Existem diferentes tipos de PVH que podem levar a diferentes resultados em saúde - alguns tipos podem infectar a área anogenital, enquanto outros infectam áreas como os pés ou as mãos, onde podem originar verrugas ou “cravos”.

Os vírus que infectam a área anogenital podem ser transmitidos durante o sexo vaginal, oral ou anal, ou durante o contacto íntimo de pele com pele, entre pessoas em que pelo menos uma esteja infectada.

O PVH é detectado em praticamente todos os casos de cancro cervical. Também pode estar associado a outros casos de cancro como o da vulva, pénis, ânus, entre outros.

Estima-se que o PVH seja uma das infecções de transmissão sexual mais frequente em todo o mundo. Foram identificados muitos tipos de PVH, poucos tendo o potencial de levar ao cancro.

A infecção (sexual) por Papiloma Vírus Humano é frequente?

É estimado que cerca de 75% dos homens e mulheres sexualmente activos, irão ter pelo menos uma infecção por PVH em alguma altura da sua vida. Não há cura conhecida para as infecções por PVH, mas a grande maioria das pessoas tem um sistema imune adequado e consegue eliminar a infecção do seu organismo. Embora uma elevada percentagem de pessoas sexualmente activas seja infectada pelo PVH, só numa pequena proporção irá ter o potencial de evoluir para cancro.

A maioria dos sintomas relacionados com o PVH, como as verrugas, pode ser tratada. No entanto, algumas infecções podem persistir e os sintomas recorrerem.

A prática de sexo seguro com recurso ao preservativo e a redução do número de parceiros, pode ajudar a reduzir as possibilidades de ter infecção persistente por PVH, assim como qualquer outra infecção de transmissão sexual.

O teste citológico de rotina – colpocitologia ou Papanicolau – é uma ferramenta de rastreio importante, pois não há forma de saber previamente em que pessoa o vírus vai persistir e evoluir para cancro.

Quais os sintomas de infecção pelo Papiloma Vírus Humano?

O PVH provoca frequentemente uma infecção silenciosa em que muitos dos infectados não têm sintomas, nem sinais óbvios. Por vezes as verrugas estão presentes, mas não visíveis, por se encontrarem numa parte interna do corpo, ou por serem muito pequenas.

As verrugas anogenitais, também chamadas condilomas, podem apresentar-se como pequenas lesões elevadas, tipo couve-flor, ou podem ser planas. Nas mulheres, as verrugas podem aparecer na vulva, colo do útero, coxas, ânus, recto, ou uretra. Além do componente físico, podem associar-se a problemas emocionais e sociais.

O PVH não parece afectar a capacidade de engravidar. Em situações muito raras, o PVH pode alojar-se na orofaringe da criança infectada durante o parto. A sua excepcionalmente rara ocorrência, não constitui recomendação para cesariana como procedimento de rotina, a não ser que existam outras razões envolvidas. Durante a gravidez, o número e tamanho das verrugas pode aumentar, mas normalmente diminuem depois do parto.

Como podem ser tratadas?

Podem ser tratados de acordo com a orientação médica, no consultório ou em casa, com aplicação de produto nas lesões. Os métodos podem variar entre crioterapia, electrocoagulação, laser, ou ainda, muito raramente, excisão cirúrgica. Por vezes, as verrugas podem retornar depois do tratamento, sendo necessário repeti-lo.

Para as mulheres, o colo do útero é um local comum da infecção por PVH. Esta infecção pode estar activa ou não. Com uma infecção activa, as células alteradas podem ser observadas através do microscópio na leitura da citologia. Uma infecção activa pode tornar-se inactiva por acção de um sistema imunitário competente. Por razões ainda não compreendidas, uma infecção pode reactivar. Por vezes, as células anormais progridem lentamente para cancro.

A realização regular do teste de Papanicolau, ajuda a identificar alterações precoces das células do colo, permitindo o seu tratamento ou vigilância apertada. Se estas alterações não forem identificadas precocemente, há a possibilidade de evoluírem para lesões mais graves e, eventualmente para o cancro.

O teste do PVH-DNA, que possibilita a caracterização genética do vírus, está disponível em Portugal. Este teste mais específico pode estar recomendado em situações de alterações do colo, detectadas pelo teste de rastreio.

Como minimizar o risco de Papiloma Vírus Humano?

1. Comportamentos

Aprender sobre medidas preventivas e utilizá-las de forma consistente. Aprender sobre sinais e sintomas de Infecções de Transmissão Sexual (ITS), consequências e métodos de transmissão.

A mulher deve realizar regularmente um exame ginecológico e fazer a colpocitologia e/ou o teste dePVH-DNA, se recomendado e disponível, mesmo que tenha feito a vacina. Na vigilância ginecológica pode discutir com o médico o rastreio de situações a que possa ter estado exposta.

2. Preservativos

O uso de preservativos de látex e de poliuretano está indicado na prevenção de todas as infecções de transmissão sexual. É de lembrar que as áreas de pele não cobertas pelo preservativo não estão protegidas.

3. Infecções

Falar com o parceiro/a sobre as infecções de transmissão sexual e sua prevenção.

Ter em conta que os comportamentos prévios de um parceiro/a também são um factor de risco, principalmente se este teve múltiplos parceiros anteriores.

4. Vacinas

Fazer a vacina na mulher, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação, ou consoante recomendação médica.

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O que deve saber
Pode ser muito difícil observar o seu bebé com a sua primeira constipação.
Bebé a ser auscultado

O seu bebé irá, provavelmente, constipar-se em média 8 vezes apenas no primeiro ano. São muitos lenços e longas noitadas.

O que causa as constipações?

As constipações são infecções da boca, nariz e garganta (tracto respiratório superior) causadas por um de diferentes vírus. Os bebés tendem a constipar-se muito porque os seus sistemas imunitários ainda estão em desenvolvimento e a ganhar defesas.

O contágio acontece quando alguém constipado, espirra ou tosse, libertando o vírus para o ar e que é inalado por outrem. Também pode acontecer por contacto mão-a-mão. Portanto proteja sempre a sua boca quando espirrar e lave as mãos frequentemente e principalmente depois de se assoar.

Como é que as constipações afectam os bebés?

Se o seu bebé estiver com uma constipação comum, pode notar alguns dos seguintes sintomas:

  • Febre superior a 38º;
  • Tosse;
  • Olhos avermelhados;
  • Garganta inflamada;
  • Nariz avermelhado e a pingar;
  • Perda de apetite;
  • Irritabilidade e cansaço;
  • Nódulos linfáticos inchados (debaixo das axilas, no pescoço e na parte de trás da cabeça).

O seu bebé pode ter dificuldade em respirar pelo nariz se este estiver congestionado, assim alimenta-lo será provavelmente um pouco mais difícil. Uma criança normalmente não se consegue assoar sozinha até aos 4 anos de idade, portanto deve ajudá-la a limpar o nariz.

Durante a noite é provável que ela acorde várias vezes porque o seu nariz está entupido. Esteja atento e perto dela para a confortar limpar-lhe o nariz. A sua constipação deverá passar num período de sensivelmente 10 dias. Em bebés, com pouco tempo de vida, pode demorar 2 semanas.

Como tratar uma constipação?

A constipação do seu bebé desaparece normalmente por si própria. Existem no entanto algumas coisas que pode fazer para aliviar o seu desconforto:

  • Certifique-se que o seu bebé descansa bastante;
  • Dê-lhe um pouco mais de leite materno ou de suplemento consoante o caso. Se o seu bebé já come papas ou alimentos sólidos dê-lhe também muita água, assim irá mantê-lo hidratado e ajuda a baixar a febre, se for o caso;
  • Se o seu bebé é demasiado jovem para se assoar sozinho, ajude-o limpando as secreções. Pode também aplicar creme hidratante para bebés no exterior das narinas para reduzir a irritação;
  • Poderá, mediante conselho médico, administrar paracetamol infantil ou ibuprofeno para baixar a febre, mas apenas se ele tiver 3 meses de idade ou mais. Verifique sempre as doses recomendadas pelo seu médico ou farmacêutico;
  • Se o seu bebé está com as narinas muito congestionadas e tem dificuldade em alimentar-se, umas gotas de água salgada podem ajudar. Após adquiri-las na farmácia, aplique o número de  gotas recomendado em cada narina, 15 minutos antes das refeições;
  • Toalhitas de vapor podem ajudar o seu bebé a respirar melhor. Podem ser compradas na farmácia. Aplique no peito e costas – não coloque nas narinas pois pode dificultar a respiração.
  • Respirar num ambiente com vapor de água pode ajudar a desentupir o nariz congestionado do seu bebé, contudo, não o coloque demasiado perto do calor devido ao risco de escaldão. Um procedimento de segurança é levar o seu bebé para a casa de banho consigo. Ligar a água quente ou chuveiro, fechar a porta e manter-se na casa de banho durante alguns minutos. Não se esqueça, depois de lhe vestir roupa seca.

Se o seu bebé tiver o nariz entupido sem mais sintomas, verifique se ele não introduziu nada no nariz. Mesmo os bebés mais pequenos conseguem colocar coisas no nariz.

Não dê ao seu bebé medicamentos sem receita médica ou medicinas alternativas.

Quando deve levar o seu bebé ao médico?

Se o seu bebé tem menos de 3 meses, leve-o ao médico ao primeiro sinal de doença.

Para um bebé com mais de três meses, é aconselhável levá-lo ao médico para confirmar se é uma constipação comum.

Também deve levá-lo ao médico nas seguintes situações:

  • A constipação não melhora após 5 dias;
  • A temperatura sobe acima dos 38ºC;
  • Estiver com dificuldades de respiração;
  • Tosse persistente que não desaparece;
  • Se estiver a esfregar as orelhas e parecer irritado – pode indicar otites;
  • Se tiver expectoração verde, amarela ou castanha, por tosse ou a sair do nariz;

Como prevenir que o seu bebé apanhe uma constipação?

O leite materno é uma das melhores maneiras de melhorar as defesas do seu bebé. Transmite-lhes os anticorpos da mãe, químicos que circulam no sangue e que combatem infecções. Não é uma protecção a 100%, mas está provado que os bebés que são amamentados têm mais defesas de combate às constipações e outras infecções.

Se você ou o seu parceiro fumam, deixem de fumar e não levem o bebé para locais com fumo. Bebés que vivem com fumadores têm mais constipações e as suas constipações duram mais do que as de bebés que não estão expostos ao fumo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Como actuam e como usar?
A actual cosmética auto bronzeadora não tem nada a ver com os produtos que se vendiam há alguns anos
Auto bronzeadores

As novas fórmulas melhoraram e, hoje, são muito mais hidratantes, têm um odor agradável e garantem um bronzeado invejável.

Daí a sua utilização ser cada vez mais comum. Para quem prefere apenas um leve tom bronzeado, dispõe ainda de auto bronzeadores progressivos, com fórmulas com baixa concentração de agentes auto bronzeadores que permitem construir um bronzeado gradual aplicação após aplicação. Pode usá-los durante todo o ano para manter um aspecto saudável. Dão um tom dourado sem envelhecer a pele e pode tê-los em casa, sempre à mão.

 

Como actuam
Os auto bronzeadores não danificam a pele porque só tingem a camada externa. Quando se aplica o auto bronzeador na pele, o contacto com o ar oxida-o e as camadas mais superficiais da epiderme tingem-se com um tom castanho torrado que não afecta o sistema de melanina nem a defesa natural da pele, por isso não a danificam.

O segredo é saber aplicá-los

Para conseguir um efeito natural e evitar que se formem manchas é preciso espalhá-los muito bem. Os seguintes passos vão ajudá-la a consegui-lo:

- Faça uma exfoliação a fundo com um creme, insistindo nas zonas onde a pele é mais rugosa;

- Se tiver a pele seca, antes de aplicar um auto bronzeador, espalhe no rosto uma camada muito fina de creme hidratante e espere que absorva;

- Coloque um pouco de produto nos dedos e aplique-o como se fosse maquilhagem. Não abuse na quantidade;

- Espalhe-o bem, de maneira uniforme, sem esquecer o pescoço e evitando a zona de contorno dos olhos;

- Tenha especial atenção às zonas com pelos, como as entradas do cabelo e as sobrancelhas, espalhando-o muito bem nessas áreas. Para o corpo faça o mesmo, insistindo com o creme exfoliante;

- Depois da aplicação, lave bem as mãos;

- O mais recomendável é utilizar produtos específicos para o rosto ou para o corpo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Investigação desenvolvida conclui
Investigação desenvolvida por professor da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, com base em inquéritos a mais de 900...

Uma parte significativa dos enfermeiros inquiridos num estudo realizado por um investigador da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) revela que, “durante a maioria do tempo” em que exerce actividade, “trabalha demasiado depressa e sob pressão, tentando fazer muito”.

São 59% os profissionais – de uma amostra de 926 enfermeiros com domicílio profissional hospitalar na área de jurisdição da Secção Regional do Centro da Ordem do Enfermeiros – que o afirmam, sendo que “somente 46% garante que nunca se sacrifica a segurança do doente quando há mais trabalho”, destaca o autor do estudo de doutoramento, professor António Manuel Fernandes.

De acordo com o levantamento feito pelo docente da ESEnfC, “a cultura de segurança do doente apresenta-se como um factor crítico da qualidade dos cuidados de saúde hospitalares e a necessitar de melhoria”.

Os dados recolhidos pelo investigador António Manuel Fernandes mostram que a maioria das dimensões da cultura de segurança do doente, entendida como um modelo de comportamentos tendente e minimizar os danos nos pacientes que podem resultar da prestação de cuidados, apresenta debilidades.

O professor da ESEnfC nota, por exemplo, que “as dotações de enfermeiros identificadas são medianamente comprometidas com a sua missão de segurança profissional e dos doentes, correndo um sério risco de não a garantirem, uma vez que revelam debilidades nos seus aspectos de cariz qualitativo e são deficitárias no provimento de horas de cuidados de Enfermagem necessárias, registando-se um défice médio de 23%”.

Também “o compromisso do hospital com os enfermeiros e a Enfermagem, a existir, é pouco sentido por estes profissionais”, que “tão-pouco sentem que o seu esforço e perícia sejam adequadamente reconhecidos e recompensados”, acrescenta António Manuel Fernandes.

Excepção positiva nos factores que dão forma à cultura de segurança do doente é a dimensão “cooperação/trabalho em equipa dentro das unidades/serviços”, perspectivada pelos enfermeiros como um aspecto forte.

Salienta o professor António Manuel Fernandes que “a cultura de segurança do doente identificada neste estudo é caracterizada pelo paradigma da culpabilização e punição – com os profissionais convictos de que, quando notificados, são eles o centro da atenção e não o incidente/evento e preocupados que este seja registado no processo pessoal, podendo ser usado contra si – e pelo paradigma da ocultação do erro e do evento adverso”.

Para o investigador da ESEnfC, “confirma-se que contextos clínicos, quaisquer que eles sejam, com dotações em enfermagem qualitativamente mais seguras, particularmente onde se promove equilíbrio de competências e supervisão de cuidados e, sobretudo, se fomenta um bom ambiente relacional entre profissionais clínicos, com estimulação da autonomia profissional, contribuem para a existência de níveis inferiores de riscos clínicos”.

O estudo do professor António Manuel Fernandes, intitulado “Dotação segura em Enfermagem e a cultura de segurança: subsídios para a segurança do doente”, foi realizado entre Setembro de 2011 e Novembro de 2013.

 

 

 

Ricardo Araújo Pereira é o embaixador
O Centro de Congressos do Estoril acolhe no próximo domingo, dia 2 de Novembro, o 8.º Fórum Nacional da Diabetes. Único no país...

Este ano, Ricardo Araújo Pereira será o embaixador do Fórum juntando-se, assim, à luta contra a Diabetes pela via da sensibilização. No encontro, os participantes serão ainda mobilizados para fazer parte do recorde mundial do Maior Círculo Humano pela Diabetes.

“A Diabetes é a maior causa de cegueira e de amputações, insuficiência renal, ataque cardíaco e morte súbita. Nos últimos 30 anos, o número de pessoas que vive com diabetes tem vindo a aumentar consideravelmente. Em 1985, estimava-se que existissem 30 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo. Uma década depois, os números cresciam para mais de 150 milhões. Hoje, de acordo com a Federação Internacional da Diabetes e a Organização Mundial de Saúde, os números ultrapassam os 360 milhões. Se não forem tomadas fortes medidas de prevenção e implementados programas de controlo, prevê-se que o número total de pessoas com diabetes atinja os 500 milhões em 2030”, alerta José Manuel Boavida, Director do Programa Nacional para a Diabetes.

Espaço de encontro e de debate por excelência das questões relacionadas com a doença crónica que afecta mais de um milhão de portugueses, o 8.º Fórum Nacional da Diabetes mantém o seu formato, pensado para juntar participantes de todas as idades, reunir pessoas com diabetes e todos aqueles que se interessam pelo tema e que contribuem para a luta contra a doença em Portugal.

Ricardo Araújo Pereira é uma das figuras que este ano se associa à causa da diabetes, pelo que participará no módulo “Os políticos pela diabetes”, juntando-se ao painel de importantes convidados. Estarão em debate no Fórum outros temas como: a alimentação dos portugueses, os estilos de vida dos jovens com diabetes, os números da diabetes, o que há a fazer – Programa Nacional para a Diabetes, entre outros.

Estima-se a participação de mais de 2.500 pessoas no encontro que, este ano, pretende colocar um marco na história desta luta com a criação do Maior Círculo Azul Humano pela Diabetes. Os participantes terão ainda oportunidade de praticar actividade física e aprender receitas saudáveis para o dia-a-dia. Para os mais jovens, haverá ténis de mesa, um espaço interactivo e muitos jogos divertidos, com a actriz Ana Paula Mota (Picolé).

O 8.º Fórum Nacional da Diabetes é suportado por uma plataforma abrangente de Sociedades Científicas, constituídas pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia, pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo e pelo Programa Nacional para a Diabetes da Direcção-Geral da Saúde.

 

Investigação:
A Universidade de Lisboa é a instituição portuguesa com melhor posição no 'ranking'.

Há quatro universidades portuguesas entre as 500 melhores do mundo na área da investigação científica. As instituições de ensino superior nacionais integram o índice norte-americano 'Best Global University Rankings', promovido pela U.S. News & World Report com o apoio da Reuters e recentemente actualizado.

A Universidade de Lisboa é a escola portuguesa mais bem posicionada neste 'ranking', ocupando o 265.º lugar a nível mundial com uma pontuação total de 41,8. Os critérios em que mais se distingue são, de acordo com a lista, o número total de publicações científicas e o número de citações.

Segue-se-lhe, em 333.º lugar do mundo (e 144.º da Europa), a Universidade do Porto, com 36,4 pontos. Uma vez mais, o número de citações e de publicações científicas são os factores que mais contribuem para o lugar que ocupa no 'ranking', bem como a reputação internacional da investigação ali desenvolvida.

A terceira universidade portuguesa a aparecer na lista é a Universidade de Coimbra, a quem foi atribuída a 430.ª posição (30,6 pontos). Tal como acontece para as restantes, as citações e o número de publicações são determinantes para o desempenho da instituição universitária, que se distingue também pelo impacto das citações e pelas colaborações internacionais.

A fechar a presença portuguesa no 'ranking' da U.S. News & World está a Universidade de Aveiro, colocada já perto do final, no 484.º lugar, com 28 pontos, sendo o factor que mais a destaca a colaboração levada a cabo a nível mundial.

A lista é liderada pela Universidade de Harvard, nos EUA, e a completar o pódio estão duas outras escolas norte-americanas: o Massachusetts Institute of Technology e a Universidade da Califórnia - Berkeley.

Entre os outros critérios considerados para a elaboração da classificação estão também, por exemplo, a reputação regional e global dos trabalhos de investigação produzidos em cada universidade, o número de doutorados e académicos premiados e a quantidade de artigos científicos citados.

 

Estudo identifica genes mais activos
Estudo em modelo de laboratório identifica genes diferentes mais activos em desfechos de morte ou de sobrevivência ao vírus. A...

A evolução do surto de Ébola que está a afectar sobretudo três países da África Ocidental - a Guiné-Conacri, a Serra Leoa e a Libéria - mostra que a diferença entre sobreviver ou sucumbir à infecção do vírus não é linear, escreve o Diário de Notícias. É certo que os cuidados de saúde atempados podem fazer a diferença entre a vida e a morte (e, em muitos casos, tem sido assim), mas agora começa a emergir um outro dado que parece decisivo para o desfecho da infecção: o factor genético.

É para aí que aponta uma investigação publicada hoje na revista Science, que desenvolveu um novo modelo de estudo da doença, utilizando ratos geneticamente diferentes entre si. Infectados todos o animais com o vírus (foi usada a estirpe do Zaire), uns sofreram apenas infecções leves ou praticamente indetectáveis, enquanto outros tiveram um quadro geral mais grave, e uma grande parte morreu.

 

Exigem revisão da carreira
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica começaram hoje, às 00:00, a cumprir o primeiro de dois dias de greve nacional, uma...

O Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde exige a revisão da carreira, contesta a interrupção de negociações por parte do Ministério da Saúde e reclama da sobrecarga de trabalho, devido à falta de substituição de funcionários que se foram aposentando.

O presidente do Sindicato, Almerindo Rego, disse que o pré-aviso da greve, marcada para hoje e para segunda-feira, abrange cerca de 10 mil profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), do ensino superior e do especial do Ministério da Educação, assim como serviços de saúde do Ministério da Defesa e serviços forenses e de investigação do Ministério da Justiça.

Almerindo Rego reconhece que é no SNS que o impacto da greve será maior, afectando serviços como radiografias, análises e outros exames de diagnóstico, podendo levar até ao cancelamento de cirurgias programadas.

O sindicalista salienta, contudo, que “nunca será posta em causa a vida dos doentes”, aludindo ao cumprimento de serviços mínimos.

Sobre os motivos da greve, o Sindicato frisa que a necessidade de revisão das carreiras dos profissionais de diagnóstico e terapêutica tem sido reconhecida pelos governos nos últimos 14 anos sem que ainda se concretizasse a alteração pretendida.

Relativamente ao diálogo com o actual Ministério da Saúde, Almerindo Rego disse que as negociações “foram bloqueadas” em Junho, porque o Governo só pretenderia resolver a questão se isso não implicasse gastar mais dinheiro.

“Somos os únicos licenciados na área da saúde que não recebemos como tal”, lamentou o presidente do Sindicato, vincando ainda a “sobrecarga de trabalho” a que estão sujeitos os actuais profissionais.

“Lamentamos ter de recorrer à greve, mas face à violência institucional que se abateu sobre os profissionais que representamos só temos que atribuir as responsabilidades das consequências desta luta a um Governo que não nos respeita”, refere o Sindicato.

 

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