Directora de pediatria no IPO defende
A directora do serviço de pediatria do IPO de Lisboa defende a criação de um espaço intermédio para o internamento de...

A solução precisa de espaço, coisa que falta ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, onde todos os anos dão entrada 160 crianças. As limitações de espaço, segundo a responsável, levam a que no serviço de pediatria só se tratem crianças até aos 16 anos. Com mais condições, este serviço atenderia as crianças até aos 18 anos, impedindo assim que fossem internadas com adultos e idosos.

“Podíamos fazer melhor com mais recursos financeiros”, disse Filomena Pereira, para quem a criação de um hospital pediátrico oncológico permitiria trabalhar com mais condições e atender crianças até uma idade mais avançada.

A especialista recorda que “a oncologia pediátrica é um assunto médico, dos pediatras, da oncologia, dos doentes, mas é um assunto da sociedade civil”.

“É uma área que precisa imenso do suporte da sociedade civil, não para o básico, para ter o que precisamos de ter, mas para termos suporte que nos permita avançar, em conjunto com a sociedade cientifica internacional, para formas de investigação e terapêutica que não se compadecem com a falta de recursos, nomeadamente económicos e humanos”, adiantou.

Segundo Filomena Pereira, “não é incomum em locais como os Estados Unidos ou Inglaterra existirem alas e serviços com nomes de instituições, empresas, fundações, que investiram nesse sentido”.

“É importante que toda a sociedade, nomeadamente quem tenha capacidade de intervenção, nomeadamente financeira e económica, se chegue à frente para fazer suporte, não o básico, mas aquilo que queremos que seja o excepcional e o avançado”, defendeu.

 

Crianças do IPO não recebem
As crianças com cancro tratadas no IPO/Lisboa não recebem células dendríticas por ser um tratamento experimental e faltar...

“É importante dizer que aquelas terapêuticas que não fazemos – nomeadamente as células dendríticas –, não as fazemos por falta de fundamentação científica e por não haver qualquer indicação para serem feitas”, disse Filomena Pereira.

A especialista do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, que dirige um serviço que acolhe anualmente cerca de 160 novas crianças com cancro, das quais perto de 30 acabam por morrer, sublinhou que esta opção não tem qualquer razão económica.

“Não tivemos qualquer constrangimento, corte, redução ou recusa em nenhum tipo de terapêutica”, frisou.

Filomena Pereira lamenta toda a confusão que se segue aos anúncios nas redes sociais de campanhas para a ida de crianças com cancro até clínicas onde são administradas as células dendríticas.

Alguns estudos indicam que as células dendríticas – que actuam ao nível do sistema imunitário e são usadas em tratamentos ainda experimentais – “têm alguns efeitos que mais não são do que prolongar alguns meses a vida de alguns doentes com determinado tipo de tumores, nomeadamente da próstata e alguns tipos de tumores cerebrais”.

Segundo a especialista, não há qualquer indicação para a aplicação de dendríticas em pediatria e, dentro das células dendríticas, "é importante fazer a diferenciação entre o que é investigação séria e o que é negócio”.

Para Filomena Pereira, “há um centro europeu e um nos Estados Unidos onde está a ser feita investigação séria sobre a utilização de células dendríticas e, depois, há as redes de negócios montadas, por exemplo, na Alemanha”.

“É bizarro que, na clínica tão anunciada por aí fora, os doentes [daquele país] não possam ser tratados, porque a clínica não tem autorização para tratar os doentes alemães”, sublinhou.

Questionada sobre quem, na sua opinião, ganha com esse “negócio”, a especialista enumerou: “Ganham os do transporte, os do alojamento, os tradutores, as coisas paralelas, como as chamadas alimentações saudáveis”.

“Há toda uma série de coisas que, organizadas em grupo, em peso, fazendo de certa forma o contra à medicina convencional ou científica, e pelo facto de serem chamados alternativos, imediatamente se tornam em corpo e como corpo têm mais força, não só para embater com a medicina convencional, como para poderem ganhar dividendos de natureza vária”, adiantou.

Ainda assim, Filomena Pereira acredita que “haja gente que seja o mais honesto possível quando pensa que está a fazer bem nessa área”.

“Acredito solenemente, mas, de facto, alimentam-se redes de negócio”, disse.

A especialista lembrou que já são três as crianças que apanham um avião para vir morrer em Portugal, depois de fazerem tratamentos com as células dendríticas.

“Nas redes sociais há o apelo à ida, mas depois não há o seguimento, nem sequer há muitas vezes a suspensão da angariação de fundos”, afirmou.

Filomena Pereira considera que existe “um abuso das redes sociais, nomeadamente um abuso de exposição das crianças”.

Isto, “quando, cada vez mais, nós estamos sujeitos a segredo profissional, a confidencialidade, a uma série de regras de confidencialidade”, afirmou.

“São as próprias famílias que expõem as crianças das formas mais incríveis”, disse, defendendo o fim do “vazio legislativo nesta área”.

Estas notícias mediáticas envolvendo crianças com cancro “prejudicam” o trabalho dos profissionais do IPO, mas também os pais e os próprios doentes, declarou.

“Fica sempre um pouco de descrença, de insegurança. Prejudica o nosso trabalho e, sobretudo, prejudica os outros pais, pois transmite-lhes essa mesma insegurança e descrença”.

Sobre o ato de decidir, a médica sublinha: “Não somos deuses. Mas temos que usar aquilo que acreditamos ser ou que internacionalmente se usa como melhor prática clínica”.

Chantelle Brown-Young
A modelo canadiana Chantelle Brown-Young, portadora de vitiligo, tem chamado a atenção do mundo da moda e do reality show ...

Nascida em Toronto, Chantelle Brown-Young, portadora de vitiligo desde os quatro anos de idade, foi descoberta por uma jornalista local aos 16 anos. O seu rosto perfeito e porte de modelo, distribuído em 1,78m de altura, já a fizeram dar os primeiros passos na carreira, arranjando alguns trabalhos que mais serviam para construir portfólio do que propriamente para ganhar dinheiro. O vitiligo caracteriza-se pela redução ou ausência de melanina em certas regiões do corpo, manifestando-se com manchas brancas bem delimitadas e com tendência para a simetria.

Agora Chantelle Brown-Young chamou a atenção de Tyra Banks no seu reality show “America's Next Top Model” e teve oportunidade de contar a sua história, que tem servido para quebrar as barreiras do preconceito no mundo da moda.

Na época, um vídeo em que contava a sua história tornou-se viral e foi a partir deste que Tyra Banks ficou a saber da existência de Chantelle. A jovem, que integrou a 21ª temporada do programa (actualmente no ar), tem visto a sua carreira transformar-se, principalmente por causa da atenção dos meios de comunicação.

Agora, com apenas 20 anos de idade, a canadiana é a imagem da casa espanhola Desigual e comenta que tem tido abertura na indústria da moda - mas que também não entra em grandes crises quando é negada para algum trabalho. “Nem todos terão a mesma mentalidade para certas coisas”, argumenta. “Se alguém não quer trabalhar comigo, não vejo isso como algo negativo. Apenas entendo que o meu perfil não se encaixa no actual conceito do cliente para determinada campanha ou desfile.

A exemplo do bullying sofrido, logo na sua primeira aparição no “America's Next Top Model”, Chantelle comentou que já chegaram a perguntar, em tom jocoso, se a mãe dela era branca e o pai negro para justificar as tais manchas tão definidas - fora os apelidos de “vaca” ou “zebra”. “Precisei de muito tempo para construir dentro de mim a força e a coragem necessária para subir numa passarela e sentir-me poderosa”, contou.

“Não acho que o grande problema da nossa sociedade se encontre em como lida com a beleza. Para mim, a questão maior está mais relacionada com os julgamentos. Quanto menos julgarmos e construirmos estereótipos, menos inseguras as pessoas se sentirão”.

Chantelle afirma que a sua maior dificuldade, na transição da infância para a adolescência, foi a auto-aceitação. “Acredito que as maiores batalhas que se têm na vida são com nós mesmos”, diz. Segundo ela, a base da construção da auto-estima está, primeiramente, em conseguir orgulhar-se e ser feliz com quem você é por dentro. “Há sempre espaço para melhorias, somos seres em desenvolvimento. Mas é necessário conseguir amar-nos durante esse processo”. As pessoas relacionam sempre tudo com a beleza, quando ela apenas está nos olhos de quem a vê”.

 

Técnica nunca mais foi utilizada em adultos
Cirurgiões australianos disseram ter transplantado para três adultos, com sucesso, corações que pararam de bater, acreditando...

Os cirurgiões do hospital St. Vincent e do instituto de investigação cardíaca Victor Chang, ambos em Sydney, desenvolveram uma técnica que reanima e transplanta corações que já pararam de bater.

Peter MacDonald, director da unidade de transplantes do coração do hospital St. Vincent, em Sydney, disse que é possível que os primeiros transplantes de coração, realizados na década de 1960, tenham sido realizados com órgãos que já tinham parado de bater, mas, desde então, a técnica nunca mais foi utilizada em adultos.

Apenas três crianças receberam corações desta forma, mas doadores e receptores estavam no mesmo hospital.

No caso de adultos, até agora, os médicos apenas transplantavam corações que ainda batiam, de doares em morte cerebral, e que tinham de ser transportados rapidamente e em câmaras frigoríficas. “Sabemos que, dentro de um certo período de tempo, o coração, como outros órgãos, pode ser reanimado, reiniciado, mas só agora fomos capazes de o fazer”, explicou o cirurgião Kumud Dhital, professor associado na Universidade de Nova Gales do Sul, em Sydney.

Até agora, os cirurgiões australianos transplantaram corações que já pararam de bater para três pessoas – duas estão a recuperar bem, embora a terceira ainda exija cuidados intensivos.

Os corações em questão foram transportados de diferentes hospitais australianos, com tempos de viagem entre cinco e oito horas. Se a técnica se generalizar, os cirurgiões australianos poderão realizar entre 20 a 30% mais transplantes, com recurso a doadores em morte cerebral, estima o director executivo do instituto Victor Chang, Bob Graham.

Para além disso, esta técnica poderá “inaugurar o transplante cardíaco em países como Japão, Vietname e outros, onde a definição de morte é cardíaca e não cerebral”, disse o responsável à Australian Broadcasting Corporation.

 

27 de Outubro, pelas 14h30
O Bastonário dos Enfermeiros e do Presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros visitam no dia 27 de Outubro...

A Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros promove no próximo dia 27 de Outubro, pelas 14h30, uma Visita de Acompanhamento do Exercício Profissional ao Centro Materno Infantil do Norte. A visita contará com a presença do Bastonário da OE, Enfermeiro Germano Couto, e do Presidente da Secção Regional do Norte da OE, Enfermeiro Jorge Cadete. A Ordem dos Enfermeiros será recebida por representantes do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Porto e representantes de direcção do Centro Materno.

A visita será antecedida de uma Visita de Acompanhamento do Exercício Profissional a serviços da Unidade Hospitalar de Santo António do Centro Hospitalar do Porto que será acompanhada pelo Enfermeiro Director e restantes elementos da direcção de Enfermagem.

Esta iniciativa, inserida no âmbito do plano de actividades 2014, prevê diversas Visita de Acompanhamento do Exercício Profissional aos contextos de cuidados hospitalares da Região Norte, tendo como objectivos principais:

. Identificar as condições assistenciais ao cidadão;

. Verificar as condições do exercício profissional dos enfermeiros;

. Contactar com os enfermeiros nos contextos da prática clínica

. Incentivar os Serviços Clínicos à acreditação da idoneidade formativa para a Prática Tutelada de Enfermagem.

O Centro Materno Infantil do Norte, previsto desde 1991, tem já as valências de internamento de Ginecologia e Obstetrícia em funcionamento, estando a mudança de Pediatria agendada para o 27 de Outubro.

Desta visita resultará a elaboração de um relatório detalhado da observação efectuada e dos dados recolhidos. Esse relatório integrará as indicações e recomendações consideradas pertinentes pela OE para a melhoria das condições favoráveis à prática clínica dos profissionais e das condições de atendimento de que os cidadãos necessitam e desejam, e será enviado ao Conselho de Administração do Centro Materno Infantil do Norte.

 

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra promove
Iniciativa evoca artigo 25º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. População é convidada a fazer um grande número 25...

A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) associa-se, amanhã, à acção global em defesa do Artigo 25º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (que proclama, entre outras coisas, o direito à saúde e ao bem-estar), uma iniciativa que a nível planetário deverá envolver activistas de dezenas de países.

Em Coimbra, o ponto alto desta mobilização, que a nível local se subordina ao tema “O Direito à Saúde é para Todos!”, acontecerá às 18h00, com uma concentração na Praça 8 de Maio (junto à Câmara Municipal de Coimbra), a qual resultará, segundo se espera, num grande número 25 feito por pessoas.

O apelo da ESEnfC, feito através da respectiva Unidade Científico-Pedagógica (UCP) de Enfermagem de Saúde Pública, Familiar e Comunitária, vai no sentido de que os defensores desta causa se mostrem unidos.

“A crise económica mundial tem levado a um decréscimo na cobertura universal de saúde e a um aumento da participação do sector privado nos cuidados de saúde, aumentando as iniquidades em saúde. Este é um convite para chamar a atenção de que ainda é possível construir um futuro justo e equitativo em matéria de saúde”, afirmam as professoras Irma Brito e Clarinda Cruzeiro, promotoras da iniciativa.

A mobilização “O Direito à Saúde é para Todos!” conta com o apoio do Projecto PEER (Peer-Education Engagement and Evaluation Research) e da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra.

 

Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais
Apenas 10% das 300 consultas externas previstas para hoje no Hospital de São José se realizaram, devido à greve dos...

Depois de um primeiro balanço relativo aos turnos da noite, durante os quais apenas foram prestados os serviços mínimos, nos primeiros turnos da manhã os níveis de adesão à greve andaram entre os 80% e os 90%, tendo em alguns casos chegado a 100%, disse à Lusa Luís Pesca, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FP).

Frente à pouco movimentada porta de entrada das consultas externas do Hospital de São José, Luís Pesca fez um balanço da greve de hoje e avançou que uma nova greve está já prevista para os meses de Novembro e Dezembro.

“A partir de 1 Novembro nós metemos um pré-aviso de greve ao trabalho prestado para além do período normal de trabalho, ou seja, todo aquele trabalho que é prestado para além do período normal obrigatório de trabalho. Os trabalhadores irão fazer greve até 31 de Dezembro e vamos provar que existem trabalhadores a fazer mais do que um turno e que existe falta de pessoal”, afirmou.

Segundo as contas do sindicato, para fazer face às necessidades dos serviços de saúde seria necessário contratar cerca de seis mil funcionários.

Na opinião de Luís Pesca, o problema, e a dificuldade em aferir números concretos, é que “o Ministério da Saúde consegue mascarar estes números indo chamar aos centros de emprego os trabalhadores em contrato de emprego e inserção social”.

“Trabalhadores que não são trabalhadores, são desempregados, que são chamados a prestar funções no Serviço Nacional de Saúde, sem nenhuma preparação, sem formação profissional, só podem estar um ano e ao fim de um ano vão-se embora e vem outro”, acusou.

Segundo dados do sindicato, naquela unidade de saúde estavam previstas 300 consultas, mas ”nem 10% estão a acontecer”.

Na sala de espera deste serviço, havia duas funcionárias no atendimento, que iam dando vazão aos utentes. Apesar de cheia a sala, a confusão ou sobrelotação não eram significativamente notórias.

De acordo com fonte hospitalar, foram apenas algumas as consultas que não se realizaram, tendo sido a área das análises a mais afectada, sem que nenhuma se tenha realizado até ao final da manhã.

Sobre os motivos da greve, Luís Pesca aponta a existência de trabalhadores a prestar 16 horas de trabalho diário, com 40, 50 ou 60 dias de trabalho para compensar, o bloqueio na negociação das carreiras específicas da saúde e a falta de abertura do ministro da Saúde, que “nunca recebeu o sindicato”.

Além disso, os trabalhadores lutam pela reposição das 35 horas semanais, por “horários de trabalho justo, em que o trabalho prestado a mais deve ser pago como horas extraordinárias, mesmo nos valores insignificantes que hoje está a ser pago, derivado da política da troika”.

“No Serviço Nacional de Saúde ninguém paga, fica para compensar. Estas horas a mais são englobadas num banco de horas ilegal: a nível da contratação colectiva não existe nenhum instrumento que contemple um banco de horas”, denunciou.

A greve começou às 00:00 e termina às 24:00 de hoje.

 

Nas consultas externas
O Centro Hospitalar do Baixo Vouga afirmou que não perdeu nenhuma especialidade e assinalou que o tempo médio de espera para as...

“O Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) tem vindo a aumentar, e de forma significativa, a capacidade de resposta aos utentes que necessitam de consulta de especialidade. Efectivamente, constata-se uma redução do tempo médio de espera em 80% das especialidades”, afirmou o conselho de administração do CHBV, em comunicado.

O centro hospitalar, que integra os hospitais de Aveiro, Águeda e Estarreja, reagiu assim às declarações da comissão de utentes de Saúde de Aveiro, que alertou para a existência de múltiplas carências, como a perda de algumas especialidades na unidade de Aveiro ou o aumento das listas de espera para consultas.

Segundo o CHBV, o aumento da capacidade de resposta nos diferentes serviços foi conseguido com a contratação de oito médicos especialistas e a melhoria dos Cuidados Primários.

Quanto à Urgência, o CHBV diz que nos últimos seis meses registaram-se quase 76 mil episódios de urgência, tendo sido cumprido o tempo médio de espera entre a triagem e a consulta médica, segundo o que está protocolado pelo sistema de triagem de Manchester.

“Perante estes dados que retratam a realidade dentro de uma amostra significativa, poderão existir casos particulares, mas que são excepções, eventualmente motivadas por elevados afluxos de doentes ao serviço de Urgência em períodos de tempo curtos, que naturalmente são situações imprevisíveis”, diz o conselho de administração do CHBV.

Na mesma nota, é ainda referido que neste momento, estão a decorrer obras no serviço de Urgência com vista à criação de uma sala de triagem para a Via Verde Coronária e de Trauma.

No que diz respeito à Maternidade, o CHBV adiantou que vai iniciar em Novembro as consultas de Ginecologia nas unidades de Estarreja e Águeda e também a actividade de cirurgia de ambulatório desta especialidade.

Esta semana, a comissão de utentes de Saúde de Aveiro realizou uma reunião pública com vista a elaborar uma "Carta de Intenções" para a Saúde. Demora excessiva nas urgências hospitalares, aumento de listas de espera para consultas, falta de especialidades, médicos de família em número insuficiente e dificuldades no transporte de doentes são os traços do retrato à Saúde em Aveiro, feito pela comissão de utentes.

Estudo revela:
Quase metade (48%) dos imigrantes inquiridos num estudo promovido pela Liga Portuguesa Contra a Sida disse estar “muito...

O inquérito faz parte do projecto de promoção e educação para a saúde "Vamos Ganhar Defesas", desenvolvido nos últimos quatro anos junto de 395 imigrantes oriundos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, residentes na área metropolitana de Lisboa.

O objectivo foi caracterizar esta população e avaliar os seus conhecimentos, comportamentos e práticas de alimentação, segurança alimentar, higiene oral e corporal e de prevenção do VIH/Sida, através da realização de acções de sensibilização e (in)formação, adaptadas às necessidades e características desta população.

A maioria dos participantes (56,2%) são mulheres, 51,4% são solteiros, 20,3% não estudou ou tem 1º Ciclo incompleto, 19% estudou até ao 9º ano e 11,9% tem o ensino Superior.

A grande maioria (80,2%) vive em Portugal há mais de cinco anos, 92% têm a situação legalizada, sendo que 29,3% residem na margem sul e 21,5% no concelho da Amadora.

Quanto à situação profissional, 42,6% estão empregados, 41,2% desempregados, 8,9% são estudantes e 7,4% reformados,

Os resultados do projecto, divulgados na conferência promovida pela Liga “Vamos Ganhar defesas”, revelam que 27% dos inquiridos não estão “nada preocupados” com a possibilidade de poder contrair o VIH, 16% estão “moderadamente” preocupados e 9% pouco preocupados. Questionados sobre se o VIH é responsável pela sida, 73% afirmaram que sim, 6% que não e 21% não sabiam.

À pergunta “Existe uma vacina para prevenir o vírus que causa a sida”, 46% disseram que não, 30% que sim e 24% não sabiam. Quando questionados sobre se “existe cura para a sida”, 66% afirmaram que sim, contra 16% que reponderam negativamente.

A maioria (65%) pensa que “as pessoas infectadas mostram rapidamente sintomas” da doença e 62% consideram que “só homossexuais, toxicodependentes e trabalhadores do sexo correm risco”.

10% dos inquiridos consideram que “beijar, abraçar, apertar a mão são vias de transmissão do vírus” e 71% que o “uso correcto de preservativos é a protecção eficaz do vírus”.

Mais de metade (54,6%) disse ter actualmente um parceiro sexual, 27,8% não têm nenhum e 17,6% confessaram ter vários. Já sobre o uso de preservativo, 52% das mulheres inquiridas disseram que “nunca” usam, contra 38% dos homens.

O projecto, co-financiado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), avaliou, o estilo de vida, os hábitos de higiene e alimentares desta população.

“Sendo esta uma população que vive em bairros sociais com grandes problemas económicos devido à falta de trabalho, a alimentação, a higiene oral e os comportamentos sexuais mais seguros nem sempre são prioridade, podendo assim potenciar os riscos de doenças”, refere a Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS).

Segundo o estudo, 11,1% dos participantes consomem bebidas alcoólicas regularmente, 15,2% fumam, 46,3% têm um problema de saúde e 43,8% fazem exercício físico.

Sobre os hábitos de higiene corporais e orais, 75,7% disseram tomar banho mais de cinco vezes por semana e 97,5% usam escova e dentífrico na escovagem dos dentes.

Questionados sobre a última vez que foram ao dentista/higienista, 41,3% disseram há mais de um ano e 25,1% nunca foi.

Analisando os hábitos de higiene e segurança alimentar, o estudo aponta que 85,6% dos inquiridos lavam as mãos antes de cozinhar e 83,6% antes de comer.

Refere ainda que 72,6% confirmam a data de validade dos alimentos, 40,5% provam a comida directamente do tacho e 29,4% voltam a congelar os alimentos depois de descongelados.

Conselho do Governo dos Açores autoriza
O Centro de Saúde da Madalena, na ilha do Pico, vai passar a ter um médico para responder a “situações de urgência aguda” em...

O Conselho do Governo dos Açores, que esteve reunido no Pico na terça-feira [21 de Outubro], decidiu autorizar “a celebração de um protocolo entre a Unidade de Saúde de Ilha do Pico e o Hospital da Horta [na vizinha ilha do Faial] para garantir a permanência de um médico internista 24 horas por dia no centro de saúde da Madalena”, revelou o executivo.

“A presença deste médico visa assegurar a capacidade de resposta em situações de urgência aguda e dar apoio aos internamentos, permitindo evitar a maioria das deslocações de doentes que actualmente ocorrem”, segundo o comunicado com as conclusões do Conselho de Governo de terça-feira.

Na mesma reunião, o executivo autorizou também a contratualização das primeiras 15 camas para cuidados continuados no Pico com a unidade de saúde de ilha.

Ainda no capítulo da saúde, e como já tinha sido prometido ao Conselho de Ilha, o Governo Regional decidiu apoiar a criação de uma secção destacada de bombeiros na freguesia da Piedade (concelho das Lajes), atribuindo à corporação uma ambulância de socorro.

Fica desta forma “completa a rede de emergência pré-hospitalar da ilha do Pico, que passará a contar com quatro ambulâncias de socorro e uma viatura SIV [Suporte Imediato de Vida]”, reforça o executivo açoriano.

Segundo o comunicado divulgado, o Conselho do Governo Regional aprovou também a atribuição de 10 mil euros para comparticipar o equipamento e formação de uma equipa de busca e socorro “em cenário de neve” na Reserva Natural da Montanha do Pico.

O Governo dos Açores esteve esta semana no Pico, numa visita oficial durante a qual foi anunciada outra medida relacionada com a montanha da ilha, que atrai cada vez mais visitantes.

Segundo declarações do secretário regional do Ambiente, a chamada Casa da Montanha, que dá apoio a quem sobe até ao ponto mais alto do país, vai ser ampliada para criar zonas de descanso e um parque de estacionamento.

A Casa da Montanha, que integra a rede de centros de interpretação ambiental dos Açores, passará a ter, em 2016, após a conclusão da ampliação, zonas de descanso e balneários destinados a quem desce a montanha.

Desde a inauguração desta infra-estrutura, há cerca de quatro anos, tem aumentado continuamente o número de subidas ao topo da montanha, havendo neste momento “constrangimentos dado o espaço disponível”, disse o secretário regional do Ambiente.

Este projecto de ampliação da casa da Montanha, orçado em cerca de 240 mil euros, prevê também a construção de um parque de estacionamento com capacidade para 44 autocarros e duas viaturas.

No ano passado, 17.500 pessoas subiram até ao topo do Pico e a Casa da Montanha recebeu mais 10.500 visitantes. Este ano há, até agora, uma diminuição de mil subidas, mas mantém-se o número de visitantes. Em 2008, ano anterior ao da inauguração da Casa da Montanha (onde têm de se registar todos aqueles que iniciam a subida), houve 7 mil subidas. O Pico, com 2.351 metros de altitude, é a montanha mais alta de Portugal.

 

Estudo mostra
Novo estudo mostra como as discussões dentro de um casal, principalmente se houver historial de depressão, mudam a forma como o...

Um estudo da Universidade do Ohio, cujos resultados foram apresentados numa conferência esta segunda-feira, sugere que homens e mulheres com historial de depressão ganham mais peso depois de discutirem com o parceiro, escreve o Diário de Notícias na sua edição digital.

A investigação comprovou que as pessoas com um casamento mais hostil e que diziam ter tido problemas de depressão no passado queimavam em média menos 31 calorias por hora do que os participantes com casamentos menos conflituosos. Também tinham níveis 12% superiores de insulina no sangue.

No comunicado da Universidade do Ohio, Jan Kiecolt-Glaser, psicóloga e autora do estudo, disse que os resultados “não só identificam como os factores crónicos de stress podem levar à obesidade, mas também o quão importante é tratar as doenças psicológicas. As intervenções na saúde mental poderiam claramente beneficiar a saúde física também”.

Os investigadores observaram 43 casais saudáveis de várias idades, que fizeram comer refeições muito calóricas, e a quem depois pediram para discutir e resolver alguns assuntos que lhes causassem conflito - temas como dinheiro, comunicação, ou os sogros.

Os casais foram gravados enquanto discutiam, e essas gravações foram depois analisadas para verificar a presença de abuso psicológico ou hostilidade. Os participantes responderam também a um inquérito, para saber se tinham historial de depressão ou desordens de humor.

Depois das refeições, durante 20 minutos de cada hora pelas sete horas seguintes, os investigadores mediam quantas calorias queimavam os participantes do estudo. Verificou-se que os participantes que tinham casamentos mais conflituosos gastavam menos calorias e tinham níveis superiores de insulina no sangue, tendo também picos muito mais altos nos valores de triglicéridos. Todos estes são factores de risco para diabetes, doenças cardíacas e obesidade.

 

Sociedade Portuguesa de Anestesiologia
A Sociedade Portuguesa de Anestesiologia vai lançar um documento que cada pessoa deve preencher e trazer na carteira,...

“Preencha o seguinte questionário pré-anestésico e guarde-o na sua carteira. Este documento pode um dia salvar-lhe a vida”, refere o documento, que estará disponível no site da Sociedade Portuguesa de Anestesiologia e que é hoje lançado no âmbito da reunião científica desta organização.

Segundo Rui Guimarães, dirigente da Sociedade, todas as recomendações internacionais apontam para a necessidade de uma avaliação do doente antes da anestesia para “precaver quaisquer complicações”. “Muitos dos acidentes anestésicos têm a ver com alergias que eram desconhecidas”, exemplificou o médico em declarações à agência Lusa.

O documento agora lançado pode tornar-se útil sobretudo nos casos em que uma pessoa entra inconsciente num hospital ou numa situação de urgência em que não é possível fazer uma avaliação atempada dos problemas. Mas, de acordo com Rui Guimarães, o questionário também pode ter utilidade nas consultas de anestesia que antecedem as cirurgias, nem que seja para servir de guia para o médico e para o doente.

Além disso, o especialista lembrou que, apesar de ser uma prática recomendada, não é ainda rotina de todos os hospitais realizarem consultas de anestesia antes de uma cirurgia programada.

“Os números disponíveis no Portal da Saúde apontam para a realização, num ano, de 300 mil consultas de anestesia e mais de meio milhão de anestesias realizadas”, justificou Rui Guimarães. No documento, os doentes devem assinalar eventuais problemas de alergias, cirurgias anteriores, possíveis infecções e outras doenças, como asma.

“O grande objectivo desta iniciativa é colocar o doente no centro das nossas atenções. Visa dar um papel mais activo à população em geral, permitindo que possa participar no processo da anestesia”, resumiu o dirigente da Sociedade de Anestesiologia. O médico lembrou que a “anestesia está mais segura do que nunca”, mas mesmo assim não é um procedimento isento de risco.

 

Em Albufeira
Uma centena de médicos vai participar, em Albufeira, numa corrida de sensibilização para as doenças ortopédicas, que podem ...

Os médicos pretendem também advertir para a particularidade de as doenças ortopédicas serem “a principal causa de incapacidade no Mundo” e de “mais de metade dos doentes” não procurarem ajuda médica e viverem com dores crónicas, segundo a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), organizadora da corrida.

A corrida não tem objectivos competitivos, integra-se na Campanha “Vida é Movimento”, com o mote “Articule-se”, e realiza-se por ocasião do 34.º Congresso Nacional de Traumatologia e Ortopedia, que se iniciou na quinta-feira e termina no sábado, numa unidade hoteleira de Albufeira.

Com um percurso de cinco quilómetros e início marcado para as 07:00, na Herdade dos Salgados, em frente ao Centro de Congressos de Albufeira, a corrida tem como objectivo “apelar aos doentes para que se articulem e continuem a movimentar-se, pela sua saúde”, disse o presidente da SPOT, Jorge Mineiro.

“As doenças ortopédicas limitam a mobilidade, reduzem a produtividade e afectam gravemente a qualidade de vida das pessoas, em qualquer idade. No entanto, por desconhecimento ou medo, mais de metade dos doentes não procura ajuda médica para resolver o seu problema, vivendo diariamente com dor, sem qualquer articulação ou movimento”, observou Jorge Mineiro.

“A campanha ‘Vida é Movimento’ é uma iniciativa da SPOT e da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED), que visa aumentar o conhecimento sobre as doenças ortopédicas que afectam ossos e articulações e que são a maior fonte de dor e incapacidade em todo o mundo”, contextualizou a Sociedade.

Além deste objectivo, a SPOT quer também “desmistificar o tratamento cirúrgico das doenças ortopédicas e a colocação de próteses, e clarificar os mitos ainda existentes sobre a qualidade de vida das pessoas portadores destes dispositivos médicos”, referiu ainda a sociedade que representa dos médicos ortopedistas.

 

Devido à greve
Os administrativos e auxiliares dos hospitais estão a funcionar em serviços mínimos nos hospitais portugueses devido à greve...

Luís Pesca, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), disse que, apesar de a greve se cumprir hoje, já ontem [23de Outubro] se sentiram os efeitos da greve, “sobretudo ao nível dos auxiliares de saúde” que começavam os turnos às 20:00, 21:00 e 23:00, embora fosse neste último que se sentiu o maior impacto".

“Os trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) sentem-se exaustos com a completa desregulação de horários de trabalho, além de que exigem a contratação de mais pessoal”, disse o dirigente sindical, sublinhando “a forte adesão à greve”.

A greve terá mais impacto junto dos utentes, sobretudo nos serviços regulares não urgentes, adiantou Luís Pesca. Os administrativos e auxiliares da saúde vão estar em greve hoje, mas embora o protesto se tenha iniciado às 00:00, o turno da noite já foi afectado, dado que começam a trabalhar às 20:00, referiu Luís Pesca.

O dirigente sindical afirmou à Lusa que a “enorme falta de pessoal” nos serviços de saúde faz com que funcionários auxiliares, técnicos e administrativos trabalhem diariamente 10, 12 ou 16 horas.

O dirigente sindical saudou ainda os trabalhadores pela “forte adesão à greve, que, tudo leva a crer, será das mais participadas nos últimos tempos”.

Luís Pesca referiu que os trabalhadores fazem horários superiores a 40 horas semanais sem que haja pagamento de horas extraordinárias e que as horas de trabalho a mais são transformadas “ilegalmente” numa bolsa de horas que dificilmente são depois utilizadas pelos profissionais. “Temos casos de pessoas que têm 50 a 60 dias para gozar de compensação. Este trabalho não pago é desumano e há trabalhadores exaustos”, referiu.

Segundo o sindicato, a greve, a realizar entre as 00:00 e as 24:00 do dia de hoje [24 de Outubro], terá “impactos enormes” nos hospitais e centros de saúde e pode causar “muitas perturbações em vários actos ou procedimentos”, incluindo até cirurgias.

 

Fundação prevê
O representante em Portugal da Fundação Friedrich Ebert, Reinhard Naumann, afirmou que a privatização dos serviços públicos...

“A privatização dos serviços públicos em si pode criar graves problemas para os cidadãos” e “é muito importante despertarmos para esta questão”, defendeu Reinhard Naumann, que falava em Coimbra, durante a conferência internacional ‘Os consumidores face aos serviços públicos essenciais’, promovida pela União Geral dos Consumidores (UGC).

Esta Fundação visa “promover a democracia e o desenvolvimento, contribuir para a paz e a segurança e criar uma globalização solidária”, segundo informação disponível no seu site.

“A ‘troika’ [Banco Central Europeu, Comissão Europeia, e Fundo Monetário Internacional] deixou-nos com pouca disponibilidade para olharmos para outras coisas”, como o Tratado Transatlântico (acordo de comércio que está a ser negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos), exemplificou Reinhard Naumanna.

A intervenção da ‘troika’ em Portugal criou uma situação como aquela em que “o coelho está perante a cobra” e só se preocupa em não ser engolido por ela, comparou o representante da fundação alemã, que tem cooperado com a UGC na “promoção e protecção dos direitos dos consumidores”.

Entregar um serviço público a “franceses ou chineses não faz grande diferença”, embora pareça que “ficamos mais alerta" quando os compradores “são chineses”, mas, no fundo, o importante é que, através de uns ou de outros, “estamos a privatizar serviços públicos” e esta opção política pode criar “problemas muito graves”, sublinhou.

A educação e a saúde “também são serviços públicos” e tão “essenciais como a água ou as telecomunicações”, sustentou Reinhard Naumanna, advertindo que “a saúde é um sector muito apetecível e apetitoso” para os privados.

“Temos de discutir os novos poderes no futuro e intervir para criar balizas” capazes de defenderem “o novo modelo social europeu”, advogou Reinhard Naumanna, apelando “ao movimento sindical, aos partidos políticos e a outras forças” para se concentrarem neste problema que é também uma das principais preocupações da Fundação Friedrich Ebert.

 

Nordeste Transmontano
Os doentes e famílias dos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Vinhais, vão contar, no próximo ano, com um novo apoio...

A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste divulgou que vai alargar a mais três concelhos os cuidados que até agora são prestados apenas na zona do Planalto Mirandês em toda a área de abrangência correspondente aos 12 concelhos do distrito de Bragança.

Aquela entidade informa ainda, em comunicado, que “o carácter inovador” desta iniciativa para criação de Unidades Domiciliárias de Cuidados Paliativos venceu o concurso promovido pelo Programa “Inovar em Saúde”, da Fundação Calouste Gulbenkian, “o que lhe garante um financiamento de 250 mil euros, a atribuir em três anos”.

Os cuidados serão prestados por médicos, enfermeiros, assistente social, terapeuta ocupacional e psicólogo, a partir de 2015, e consistem, de acordo com a instituição no “apoio no domicílio a doentes com patologias crónicas e incuráveis, às suas famílias, atenuando o sofrimento nas fases avançadas da doença e possibilitando simultaneamente que os doentes permaneçam o maior tempo possível nos seus domicílios”.

A nova unidade estará integrada nos restantes serviços de Cuidados Paliativos já existentes na ULS Nordeste, nomeadamente a Unidade de Cuidados Paliativos do hospital de Macedo de Cavaleiros, Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos nas três unidades hospitalares da região (Bragança, Macedo e Mirandela) e a Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos – “Planalto Mirandês”, que abrange os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso.

Com a segunda unidade prometida para 2015, metade dos concelhos do Nordeste Transmontano ficarão servidos com cuidados paliativos domiciliários.

 

Nas praias algarvias
Os 32 postos de saúde instalados nas praias do Algarve contabilizaram, durante o verão, um total de 9.557 atendimentos, na sua...

Os postos de praia instalados ao longo da costa algarvia funcionaram durante os meses de Julho e Agosto e na primeira quinzena de Setembro, ao abrigo do Plano de Verão 2014, que prevê que os casos considerados mais graves sejam encaminhados para outras unidades de saúde.

De acordo com os dados divulgados pela Administração Regional de Saúde (ARS)/Algarve, do total de atendimentos, 5.743 foram para tratamentos e suturas, 1.861 para medições de pressão arterial, 936 devido a picadas de peixe-aranha e insectos, 295 para realizar testes de glicemia e 530 para administrar injecções, tendo sido encaminhadas 192 pessoas para outras unidades de saúde.

Dos utentes atendidos nos postos de saúde de praia, 73,3% não são residentes no Algarve (60,3 % são residentes noutras regiões do país e 13% são estrangeiros).

Os postos com maior número de atendimentos registados durante este período foram os de Armação de Pêra (782), no concelho de Silves, Manta Rota (647) e Monte Gordo (643), em Vila Real de Santo António, e Quarteira (642), em Loulé.

Os recursos afectos aos postos de saúde de praia são potenciados através da comunicação por telefone entre os enfermeiros dos postos e o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM, permitindo uma integração com o dispositivo pré-hospitalar.

Traumatismos por quedas, escoriações, equimoses, picadas de peixe-aranha, golpes de calor, queimaduras solares e indisposições resultantes de abusos de exposição ao sol, são algumas das principais ocorrências registadas todos os anos nos postos.

 

Ébola:
O Governo aprovou a criação de uma Comissão Interministerial de Coordenação da Resposta ao Ébola, coordenada pelo ministro da...

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, com esta decisão, o executivo pretende ver “reforçada a coordenação ao nível político do trabalho já desenvolvido pela Plataforma de Resposta à Doença pelo Vírus Ébola”.

Esta comissão vai ser “coordenada pelo ministro da Saúde e integrada pelos membros do Governo responsáveis pelos Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional, Administração Interna e Infra-estruturas e Transportes, e por representantes dos Governo Regionais das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores”, refere o mesmo comunicado.

Na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares afirmou que o executivo português está a actuar “preventivamente”, e não com base em “dados novos”, até porque “não há novos desenvolvimentos” da doença por vírus Ébola no espaço europeu.

Mencionando a evolução dos casos registados em Espanha, Luís Marques Guedes considerou que “as notícias mais recentes até são positivas, encorajadoras” e salientou que “não há nenhuma escalada a nível europeu, pelo contrário, até ao momento”, acrescentando: “De qualquer maneira, nestas matérias mais vale prevenir do que remediar”.

O ministro da Presidência referiu que tem havido um “acompanhamento permanente” da propagação do Ébola pelas autoridades da União Europeia e disse que o Governo português quer estar pronto “a nível político, para qualquer questão que venha a colocar e que tenha de ser decidida rapidamente de uma forma concertada”.

A criação de uma comissão interministerial vai “dotar a Administração portuguesa de todos os mecanismos ágeis, céleres para qualquer resposta que a todo o momento se torne necessária”, sustentou.

“Não há, de facto, nenhum dado novo, mas pode haver, de repente, uma indicação por parte da União Europeia para se subir o patamar de segurança”, apontou Marques Guedes, concluindo: “Esperamos que não venha a acontecer, mas nestas matérias não podemos actuar depois das coisas acontecerem, temos de actuar antes”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Ébola matou mais de 4.800 pessoas desde o início do ano, sendo os países mais afectados a Libéria, a Serra Leoa e a Guiné-Conacri.

 

Estado gasta mais de 4 milhões de euros com dor crónica
Segundo um estudo realizado no passado mês de Maio, que envolveu mais de 1.200 portugueses, concluiu-se que as costas são a...

Se a dor não for adequadamente tratada, pode evoluir para dor crónica, custando mais de 4 mil milhões de euros por ano ao Estado português2. De acordo com este estudo, 56% da população sofre de dor nas costas, seguindo-se os joelhos e as pernas1. Este tipo de dor é transversal a todas as faixas etárias, atingindo de forma idêntica tanto a população mais jovem como a mais idosa. Igualmente, não se verificam diferenças significativas na incidência deste tipo de dor entre o sexo masculino e feminino.

A dor não tratada pode evoluir para uma condição de dor crónica, intensificando o sofrimento do doente resultando num impacto significativo na rotina e na qualidade de vida. Nomeadamente a diminuição do rendimento no local de trabalho, incapacidade de realizar actividades quotidianas, dependência medicamentosa, apoio da família e profissionais de saúde, tendência para a introversão e isolamento social e familiar3.

De acordo com os dados apresentados no Fórum Futuro 2014, os custos directos anuais relacionados com consultas, exames e tratamentos para a dor e os custos indirectos devidos ao absentismo, aposentação precoce e perda de emprego, contabilizam um total de 4.611 milhões de euros.

Ficam alguns conselhos que o podem ajudar a minimizar o impacto da dor nas costas:

 

1 Body Pain Portugal, GFK Maio 2014

2 Dados apresentados no Fórum Futuro 2014, em Junho, pelo Investigador Luís Azevedo, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP)

3 Pain Associates’ Internacional Network Portugal – Dor Crónica Músculo-esquelética

40 mil portugueses sofrem da doença
A artrite reumatóide afecta cerca de 40 mil pessoas em Portugal e 5 milhões em todo o mundo. Sendo uma doença tão debilitante e...

Assim, a farmacêutica UCB vai promover nos dias 28 e 29 de Outubro em Lisboa e no Porto, respectivamente, duas reuniões científicas com os mais conceituados reumatologistas portugueses, tendo como orador José María Álvaro-Gracia, do Hospital Universitário de la Princesa de Madrid e especialista em terapias biológicas.

A artrite reumatóide afecta três vezes mais as mulheres, podendo manifestar-se em qualquer idade, mas com mais frequência na população entre os 40 e os 60 anos. Caracteriza-se pela inflamação das articulações, provocando dor, calor, inchaço e limitação de movimentos. Esta é uma doença que causa uma rápida erosão óssea e deformidade articular, no entanto é uma patologia que pode afectar outros órgãos, como pele, olhos, pulmões e vasos sanguíneos.

Recentemente, a UCB lançou em Portugal o Certolizumab Pegol para a artrite reumatóide moderada a grave em adultos. Esta é uma terapêutica biológica já comparticipada pelo SNS sob o modelo de risco partilhado. Este acordo permite negociar modelos de utilização do medicamento definidos pelo sucesso da terapêutica, ou seja o Sistema Nacional de Saúde (SNS) apenas assumirá os encargos do tratamento em doentes cuja resposta ao medicamento seja positiva. Caso o doente não apresente melhoria dos sintomas após um período definido de tempo, 12 semanas, com o Certolizumab Pegol, a UCB assume o custo do medicamento, ficando o SNS excluído de encargos.

O Certolizumab Pegol é um medicamento inovador que reforça a posição da UCB no mercado nacional. Este medicamento distingue-se pela rapidez de acção e resposta terapêutica logo na primeira semana de tratamento, é seguro e eficaz a longo prazo, melhorando a qualidade de vida dos doentes.

Para debater os avanços nos tratamentos biológicos para a artrite reumatóide, um grupo de especialistas reunir-se-á, no dia 28 de Outubro no Hotel Tivoli Jardim, em Lisboa, e no dia 29 a reunião acontecerá no Porto, no Bessa Hotel, sendo que esta última será transmitida em tempo real para todos os reumatologistas que não tenham oportunidade de assistir.

 

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