Recorrendo a células que formam o nosso sentido de olfato
Darek Fidyka era paraplégico, mas voltou a caminhar depois de ser submetido a uma terapia pioneira. Foi sujeito a um...

Em 2010, Darek Fidyka foi agredido com uma navalha. O ataque deixou-o paralisado nos membros inferiores. Quatro anos depois, ele recupera o andar. Um tratamento inovador na Polónia devolveu-lhe a esperança de uma vida “normal”. Darek já caminha, com a ajuda de um andarilho, e até pode conduzir, escreve a TSF no seu portal.

Os detalhes do tratamento podem ser lidos na revista Cell Transplantation e podem, também, ser vistos logo mais num programa especial da BBC, que acompanhou a reabilitação deste doente ao longo do último ano.

“Quando podes mexer apenas metade do teu corpo sentes-te impotente. Quando recomecei a andar foi como se tivesse renascido”, explicou este cidadão búlgaro.

Para Geoff Raismam, responsável pelo Departamento de Regeneração no Instituto de Neurologia da Universidade de Londres, este episódio é “ainda mais impressionante do que ver um homem a caminhar na Lua”. O tratamento revolucionário recorreu a células que formam o nosso sentido de olfacto e que actuam como uma caminho que possibilita que as fibras ópticas do sistema olfactivo se regenerem continuamente.

Essas células contribuem para a reparação dos nervos danificados que transmitem mensagens olfactivas. Quando transplantadas para a medula espinal, elas permitem que as extremidades das fibras nervosas que estão danificadas voltem a crescer e se unam, algo que até agora era impossível.

Antes deste tratamento, Darek Fidyka poderia demorar dois anos a mostrar algum sinal de recuperação, apesar das intensas sessões de fisioterapia.

Após o transplante, Darek realizou um programa de exercícios diários de cinco horas, cinco vezes por semana. Ao fim de 3 meses, os primeiros resultados apareceram, quando a sua coxa esquerda começou a desenvolver músculo. Seis meses depois deu os primeiros passos apoiado em barras paralelas.

 

Ébola:
O secretário-geral da ONU apelou à comunidade internacional para seguir o exemplo da Aliança Bolivariana para os Povos da...

“Exortamos a todos os países da região e de todo o mundo a seguir a liderança da Aliança Bolivariana para os Povos da América (ALBA), particularmente de Cuba e da Venezuela, que deram um exemplo louvável com a sua rápida resposta de apoio aos esforços para travar o Ébola”, escreveu Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, numa mensagem divulgada durante a sessão de abertura de uma cimeira, promovida por Havana e Caracas, para debater esta doença que já matou milhares de pessoas na África Ocidental.

O coordenador da ONU para a luta contra o Ébola David Navarro, que viajou até Havana na qualidade de enviado especial de Ban Ki-moon, leu a mensagem no início da cimeira extraordinária, que está a reunir na capital cubana representantes e mandatários dos países que integram a ALBA.

Os representantes de Antigua & Barbados, Bolívia, Cuba, República Dominicana, Equador, Nicarágua, Santa Lucia, San Vicent & Granadinas, Venezuela e Haiti, na qualidade de convidado permanente, pretendem debater a coordenação da prevenção e da luta contra o Ébola.

Também estão em Havana representantes de Granada e de San Cristóbal & Nieves, cuja integração na organização regional já foi aprovada.

Na mesma mensagem, o secretário-geral da ONU realçou que o Ébola é “um grande problema global que exige uma resposta global maciça e imediata”, manifestando ainda a sua satisfação pela realização deste encontro.

Ban Ki-moon elogiou, em particular, “a resposta extraordinária” das autoridades cubanas, que enviaram no início deste mês um grupo de 165 médicos e enfermeiros para combater o surto do vírus do Ébola na Serra Leoa.

O Presidente cubano, Raul Castro, anunciou hoje, durante a mesma cimeira, que na terça-feira outro grupo de 91 profissionais da saúde vai viajar para a Libéria e a Guiné-Conacri, outros dois países que estão no epicentro da epidemia.

Após a divulgação desta informação, a ONU sublinhou que Cuba, no total, “terá enviado 255 profissionais para a linha da frente na África Ocidental”.

“Isto é mais do que foi enviado pelos Médicos Sem Fronteiras ou pela Federação Internacional da Cruz Vermelha, mais do que foi enviado pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido, mais do que foi enviado pela China”, destacou Ban Ki-moon, na mesma mensagem.

A directora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, também enviou uma mensagem de vídeo aos países participantes na cimeira em Havana.

A responsável insistiu que o bloco regional (ALBA) está a fazer “a coisa certa”, recordando que qualquer país com um aeroporto internacional está em risco face a esta crise “implacável” e “grave”.

Margaret Chan fez ainda questão de alertar que os meios de protecção contra o vírus são importantes, mas que não são “infalíveis” e que é importante prevenir possíveis erros.

O Ébola já matou desde o início do ano 4.500 pessoas entre mais de 9.200 infectados, segundo a OMS.

 

Deliberação n.º 114/CD/2014
Foram incluídos dois novos grupos homogéneos na lista, para os quais foi aprovado o respectivo preço de referência.

A lista dos Grupos Homogéneos e dos preços de referência unitários a vigorar no 4.º trimestre de 20141, aprovada pela Deliberação n.º 114/CD/2014, de 18 de Setembro de 2014 do Conselho Directivo, será actualizada com a inclusão de dois novos grupos homogéneos, para os quais foi aprovado o respectivo preço de referência, avança o Infarmed, em comunicado.

De acordo com o estabelecido na alínea b) do n.º 1 do artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 48-A/2010, de 13 de Maio, na sua redacção actual, o Infarmed define e publica até ao 20.º dia do mês, para produzir efeitos no 1.º dia do mês seguinte, os novos grupos homogéneos criados após a comercialização de novos medicamentos genéricos, quando a criação do novo grupo ocorra em mês diferente do último mês de cada trimestre civil.

Assim, o Infarmed divulga a Deliberação do Conselho Directivo que aprova o aditamento à lista do 4.º trimestre de 2014 dos novos Grupos Homogéneos, o qual entra em vigor no dia 1 de Novembro de 2014.

 

Sociedade Portuguesa de Nefrologia alerta
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia alerta para a relação entre a prevalência da doença renal e o risco de desenvolvimento de...

De acordo com Fernanda Carvalho, nefrologista e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, “a probabilidade de morte por doença cardiovascular é cerca de 15 a 30 vezes mais elevada nos doentes que sofrem de doença renal, em causa está a prevalência dos habituais factores de risco da doença cardiovascular aliados à progressiva deterioração da função renal”.

“É importante salientar que o risco de desenvolvimento das doenças cardiovasculares nos doentes renais está relacionado com o grau de alteração da função renal, ou seja, quando a progressão da doença já é significativa, os riscos de sofrer de doença cardiovascular aumentam proporcionalmente”, acrescenta a especialista, referindo ainda que “ muitos doentes renais morrem devido a doenças cardiovasculares e, em alguns casos, nem chegam a fazer diálise”.

A Sociedade Portuguesa de Nefrologia recomenda: andar a pé pelo menos 30 minutos por dia, durante cinco vezes por semana e beber bastantes líquidos. Estes são alguns dos procedimentos simples que podem ajudar a prevenir o aparecimento da doença renal e que consequentemente diminuem o risco de doença cardiovascular.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica, considerando qualquer uma das suas cinco fases ou estádios de evolução. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, isto é, sem grandes sintomas, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem possibilidade de qualquer recuperação.

Todos os anos surgem mais de dois mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca dois mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

A Sociedade Portuguesa de Nefrologia é uma organização de utilidade pública, sem fins lucrativos, fundada em 1978 que tem por missão, através do desenvolvimento da actividade científica dentro da área da nefrologia, ajudar a prevenir e a curar as doenças renais e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas afectadas de doença renal.

 

Ébola:
Falta de formação, desconhecimento sobre os protocolos ou uso de equipamento desadequado são algumas das deficiências...

As conclusões fazem parte de uma investigação detalhada realizada por especialistas do Conselho Geral de Enfermagem (CGE) sobre o primeiro caso de contágio de Ébola fora de África, o da auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, infectada em Madrid.

“Os profissionais asseguram que não receberam formação necessária e não conhecem os protocolos. Não se sentem com garantias suficientes para atender estes pacientes. E queixam-se de ter estado em situações em que não sabiam o que fazer”, disse Maximo Gonzalez Jurado, um dos autores da investigação.

Óculos inadequados fornecidos para o tratamento e outras deficiências nos uniformes, contacto com resíduos, uso de antisséticos inadequados na medicina preventiva (que podiam provocar danos nos próximos uniformes), e falta de formação para o processo pós-morte são outros dos problemas.

Além do uniforme em si, o estudo detectou erros na forma como o seu uso foi explicado, tanto na colocação como, posteriormente, e depois de contacto com o paciente, na retirada.

“Em matéria de vigilância da saúde, o profissional deve ser consultado e isso nunca foi tido em conta na hora de avaliar o risco. Os profissionais tiveram que ser eles, em vários casos, a pedir formação às autoridades. Quando há uma lei que obriga a que isto se faça e como se tem que fazer”, explicou.

Em conferência de imprensa, Gonzalez Jurado disse que, mesmo antes do contágio, um primeiro relatório sobre a resposta ao vírus do Ébola, conhecido na véspera do alerta pela infecção de Teresa Romero, 05 de Outubro, confirmava que “havia deficiências importantes do ponto de vista da segurança dos profissionais”, algo confirmado com o relatório final.

A investigação detalhada começou a 06 de Outubro e, horas depois, “surge o alerta” do contágio da auxiliar de enfermagem, que, disse, acabou por ser “bode expiatório” do caso de infecção.

“Quando ocorreu o contágio era claro desde o primeiro momento que se ia penalizar e culpabilizar Teresa como a responsável do seu contágio. Não tínhamos dúvidas. Porque este é o manual que existe normalmente”, disse.

“Jamais o sistema erra, só erram os profissionais. Sempre achámos que se ia encontrar um bode expiatório que, neste caso, seria a profissional”, afirmou.

A divulgação do relatório ocorre no dia em que, previsivelmente, será conhecido o resultado da última prova a Teresa Romero que, a ser negativa como a anterior, realizada no domingo, confirmaria que superou a doença.

O relatório - centrado nos âmbitos profissionais, jurídicos e éticos - analisa três aspectos fundamentais: a formação dos profissionais, avaliação dos riscos e a vigilância da saúde, recordando que, além dos protocolos específicos para o Ébola, Espanha e a UE têm um quadro jurídico importante no que toca à protecção da saúde dos profissionais e à protecção dos riscos laborais.

Recordando que a resposta ao Ébola é um processo “novo”, com contágios também noutros países, com sistemas de saúde muito avançados, como é o caso dos Estados Unidos, Gonzalez Jurado afirmou que todo o relatório foi feito com “transparência e humildade”.

“O nosso objecivo é tentar procurar a verdade, do que podia estar a ocorrer neste processo que pusesse em risco a segurança dos profissionais que lidam com pacientes com Ébola. E dizer às autoridades o que se pode melhorar no futuro para que eventuais deficiências se possam corrigir”, disse.

“O relatório foi feito com veracidade, transparência, independência e com finalidade profissional, ética e jurídica. Queremos saber como devemos intervir e actuar, eticamente o que deve ser feito e o que se fez bem e mal neste caso” sublinhou.

O relatório foi feito por uma equipa de especialistas, fundamentalmente enfermeiras e enfermeiras que tiveram contacto com pacientes contagiados e afectados pelo Ébola em Espanha.

“São testemunhos vivos do que aconteceu, de como viram este processo e possíveis carências ou deficiências. Participam ainda especialistas do direito laboral, civil e penal para dar o enquadramento adequado”, explicou.

 

Waveweb
Uma empresa portuguesa, a Waveweb, desenvolveu uma aplicação gratuita para iPhone que permite seguir a evolução do Ébola no mundo.

A "Ebola App" disponibiliza informação actualizada sobre o número de casos do vírus, mortes, ocorrências dividas por países e também uma listagem de links das notícias mais recentes sobre o Ébola.

A aplicação dispõe ainda de uma área de perguntas e respostas, com as principais questões sobre a doença (sintomas, o que fazer, precauções a ter), e outra com os contactos dos principais centros da Organização Mundial de Saúde que estão a acompanhar a epidemia que já matou mais de quatro mil pessoas A "Ebola App" baseia-se em informações da Organização Mundial de Saúde e da healthmap.org.

Esta é a 21.ª aplicação que a Waveweb tem na App Store, em áreas tão variadas que vão desde jogos didácticos ("One Math" e "Baby ABC"), até histórias infantis ("Hansel And Gretel" e "O Patinho"), passando por guias dos sistemas de Metropolitano de Lisboa e do Porto e por revistas (Turismo de Lisboa, Securitas) ou informações fiscais ("Guia do Fisco BPI").

Circular Informativa N.º 225/CD/8.1.7.
O Infarmed emitiu circular informativa com referência à recolha voluntária do lote n.º 3000500.02, com a validade 31-01-2016,...

A empresa Crucell Italy, S.r.l. está a proceder à recolha voluntária do lote n.º 3000500.02, com a validade 31-01-2016, do medicamento Epaxal, vacina contra a hepatite A, 500 RIA/0,5 mL, suspensão injectável em seringa pré-cheia.

Esta recolha surge na sequência de um alerta emitido pela Agência Espanhola, por existir a possibilidade das seringas pré-cheias terem sido contaminadas com partículas de óxido de ferro. Em Portugal, foi distribuído um lote deste medicamento, com o n.º 3000500.02, validade de 31-01-2016 e CAUL n.º 38123-CAUL.

Assim, o Infarmed determina a suspensão imediata da comercialização destes lotes.

Face ao exposto, pelo princípio da precaução, embora não tenha sido detectada qualquer seringa contaminada com partículas de óxido de ferro:

- As entidades que possuam este medicamento em stock não o podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.

- Os utentes que tenham embalagens deste medicamento não as devem utilizar, entregando-os na farmácia.

- Acresce que a vacina contra a hepatite A não é administrada no âmbito do Plano Nacional de Vacinação.

 

Consórcio Europeu de Hemofilia
Este foi o tema do evento realizado pelo Consórcio Europeu de Hemofilia que pretende harmonizar o tratamento da hemofilia na...

Portugal não cumpre recomendações do Conselho Europeu para o tratamento da hemofilia. A compra de factores do sangue não pode ser apenas baseada no critério do preço, como acontece actualmente em muitas unidades hospitalares, mas também em critérios essenciais como a eficácia, qualidade e segurança.

São duas em sete as recomendações que Portugal incumpre: a outra seria a criação de um Conselho Nacional de Hemofilia. Este foi o tema do evento realizado pelo Consórcio Europeu de Hemofilia (EHC) que pretende harmonizar o tratamento da hemofilia na Europa, com base nas normas europeias.

As sete recomendações, que resultam também de uma consulta à EMA (European Medicines Agency), abarcam aspectos científicos, éticos e sociais e estabelecem standards mínimos do que deve ser, a nível europeu, o tratamento da hemofilia.

 

Dadas agora a conhecer num filme (https://www.facebook.com/video.php?v=740994945947033&set=vb.167859296593937&type=2&theater), que conta com a participação de Miguel Crato, Presidente da Associação Portuguesa de Hemofilia afiliada do EHC, estas advertências resultaram de um encontro, realizado em 2013, que reuniu especialistas em hemofilia de 36 países com o objectivo de estabelecer normas mínimas para o tratamento e cuidados para a hemofilia, uma vez que se assiste ainda a uma grande variabilidade na assistência ao doente com hemofilia e na disponibilização dos diferentes concentrados nos diferentes países europeus.

Portugal não cumpre duas das sete recomendações. A existência de um Conselho Nacional de Hemofilia que possibilitaria a existência em Portugal de um órgão colegial, que envolvesse associações de doentes, médicos e ministério da saúde e permitiria traçar um plano nacional para a hemofilia que possibilitasse uma maior harmonização de tratamentos para optimização de custos.

O não cumprimento da outra recomendação, o critério de compra dos factores não deve ser somente baseado no preço dos mesmos, afigura-se extremamente grave, por deixar nas mãos de critérios economicistas a escolha do tratamento para a hemofilia e não critérios essenciais como a eficácia e a segurança.

Estes dois critérios ou o seu não cumprimento em Portugal, afastam-nos do nível básico do tratamento da hemofilia e outros distúrbios hemorrágicos que se pretendem numa base comum europeia.

 

As sete recomendações do Conselho Europeu

Recomendação 1:

A existência de um Conselho Nacional de Hemofilia, de forma a optimizar a organização dos cuidados de hemofilia em cada país.

Recomendação 2:

O consumo mínimo de factor VIII nível de um país deve ser de 3 I.U. per capita, como resultado de uma recente pesquisa que indicou que o limite anterior (2 I.U per capita) não é suficiente para garantir o acesso das crianças à profilaxia.

Recomendação 3:

O critério de escolha dos factores não deve ser só baseado no preço dos mesmos. As decisões sobre adopção de um novo produto não podem ser baseadas apenas no custo, mas também na qualidade.

Recomendação 4:

A profilaxia para crianças deve ser garantida e para os adultos deve ser aplicada numa decisão conjunta entre médico e paciente.

Recomendação 5:

Às crianças que não conseguiram erradicar inibidores, deve ser dada a possibilidade de efectuar profilaxia com agentes Bypass (Feiba e Novoseven).

Recomendação 6:

Concentrados de factor devem ser utilizados como terapia em pacientes com distúrbios hemorrágicos raros.

Recomendação 7:

A designação de medicamentos órfãos para alguns concentrados de factor (factor) não deve impedir o desenvolvimento e licenciamento de outros produtos com comprovada modificação de proteínas na sua génese.

 

Para informação adicional, contactar:

Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas

Telefone: 218 598 491

E-mail: [email protected] | Blog: http://funfilia-aph.blogspot.com/ |Site: www.aphemofilia.pt | Facebook

 

28 de Outubro no Auditório do Infarmed
Perceber se o modelo de financiamento da infecção pelo VIH/Sida se adequa às boas práticas para esta área de tratamento e obter...

Compreender se o modelo de financiamento da infecção pelo VIH/Sida se adequa às boas práticas para esta área de tratamento e obter o consenso quanto ao seu futuro. Foi com este objectivo que a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) e biofarmacêutica Gilead Sciences juntaram esforços no estudo “VIH/SIDA – Financiamento e Contratualização, Assente na Eficiência e Qualidade”. Um trabalho que chamou, pela primeira vez, todos os stakeholders a participar e cujos resultados são apresentados no dia 28 de Outubro.

Este trabalho foi desenvolvido segundo o método Delphi, que juntou um painel de peritos, constituído por médicos, gestores, associações de doentes, académicos, entre outros. O propósito foi obter consenso sobre o caminho a seguir no modelo de financiamento e contratualização efectiva para a infecção pelo VIH/Sida, enquanto mecanismo por excelência de garantia do acesso ao tratamento com qualidade por parte do utente, num patamar de sustentabilidade.

VIH/Sida Financiamento e Contratualização - Apresentação de Resultados

 

Sobre a Escola Nacional de Saúde Pública

A Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (ENSP-UNL) foi criada em 1966, sendo uma instituição vocacionada para estudos pós-graduados e investigação na área da saúde pública. Integrada numa ampla rede de parcerias nacionais e internacionais, é dotada de um corpo docente reconhecido e qualificado em áreas disciplinares muito diversas, como a epidemiologia, a saúde ambiental e ocupacional, a promoção da saúde, a economia da saúde e a política e gestão em saúde. A escola recebe anualmente cerca de 320 alunos, com formação de base muito diversa como medicina, enfermagem, gestão, direito, psicologia e outras, para a realização de doutoramentos, mestrados, especializações e cursos de curta duração nas áreas da promoção e inovação em saúde.

Mais informações em www.ensp.unl.pt

 

Sobre a Gilead Sciences

A Gilead Sciences, empresa de investigação biofarmacêutica, tem como missão, desde a sua fundação na Califórnia em 1987, a investigação, desenvolvimento e comercialização de medicamentos inovadores para tratamento de doentes que, em todo o mundo, sofrem de doenças potencialmente fatais.

A filosofia da Gilead Sciences assenta na seguinte premissa: o melhor para os doentes, é o melhor para a empresa. É por isso que os cerca de 4 mil colaboradores estão permanentemente empenhados em alcançar o objectivo primordial de salvar vidas e proporcionar melhor qualidade de vida.

 

Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus
Analisar a importância da “variabilidade glicémica” no controlo da diabetes mellitus,é um dos principais objectivos da reunião...

O Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) promove, no dia 25 de Outubro, no Hotel dos Templários, em Tomar, uma Reunião Extraordinária com o objectivo de analisar a importância da “variabilidade glicémica” no controlo da diabetes mellitus, uma doença que atinge mais de um milhão de portugueses e levou o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a um gasto de muitos milhões de euros.

A variabilidade glicémica, tema escolhido para esta reunião, é importante marcador de risco vital. Os especialistas defendem que picos e quedas da glicemia somam mais um factor de risco aos portadores de diabetes e obrigam a reflectir na abordagem no tratamento desta população.

Álvaro Coelho, coordenador do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus, explica que “o controlo da variabilidade glicémica é fundamental para prevenir o risco cardiovascular, em particular no doente idoso e com co-morbilidades, daí considerar fundamental a troca de experiência e pareceres entre Internistas com diferentes áreas de especialização, como é o caso do AVC ou da geriatria. Além disso, a Medicina Interna assume um papel cada vez mais preponderante no acompanhamento e gestão dos doentes que juntam à diabetes outras doenças, como a hipertensão, a dislipidemia e outras doenças crónicas. A gestão eficaz destes doentes assume uma importância maior numa altura em que a população está envelhecida e o impacto económico da diabetes no SNS não pára de aumentar”.

Esta reunião será presidida por Manuel Teixeira Veríssimo, presidente da SPMI, será Moderada por Abílio Vilas-Boas e contará com um painel especializado de excelência composto por João Gorjão Clara, coordenador do Núcleo de Estudos de Geriatria, Maria Teresa Cardoso, coordenadora do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral, António Martins Baptista, coordenador do Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna, Andreia Vilas Boas, coordenadora do Núcleo de Internos de Medicina Interna e Margarida Bigotte, em representação Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus.

Estima-se que a diabetes mellitus afecte mais de um milhão de portugueses, sendo que 5,6% dos casos não são diagnosticados. Na última década, verificou-se um crescimento do número casos diagnosticados anualmente em Portugal, e também do número de óbitos (41%), nos internamentos com registo de diabetes mellitus neste mesmo período de tempo.

O consumo de medicamentos para controlar a diabetes duplicou desde 2000, mas o crescimento da despesa foi bastante superior, o que significa que começaram a ser utilizadas alternativas de tratamento mais dispendiosas. O SNS gastou no ano passado 210 milhões de euros em medicamentos para a diabetes, um valor recorde que equivale a quase um quinto da despesa total do Estado com a comparticipação de fármacos em ambulatório.

Segundo a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), os encargos com a diabetes, que atinge mais de um milhão de portugueses, dispararam 400% só nos últimos seis anos, atingindo o valor mais alto em 2013: em média, a despesa atingiu 575 mil euros por dia.

 

Hospital CUF Cascais
Realiza-se no dia 1 de Novembro, uma reunião clínica que recebe especialistas da comunidade médica para discutir a cura da...

No âmbito do novo programa de Tratamento de Hepatites do Hospital CUF Cascais, unidade que se destaca por ser uma das primeiras do sector privado a iniciar este tratamento, tem lugar no dia 1 de Novembro, uma reunião clínica que recebe especialistas da comunidade médica para discutir a cura da hepatite C.

Em discussão estão temas como “O que significa ter Hepatite C – Programa de Cura na CUF Cascais”, que terá a gastrenterologista e hepatologista desta unidade hospitalar, Paula Ferreira, como oradora. O também gastrenterologista e responsável pela unidade de hepatologia do Hospital de Santa Maria, Fernando Ramalho, abordará, por sua vez, a temática “Carcinoma Hepato Celular e Hepatite C”. Já o médico-cirurgião Eduardo Barroso irá abordar o “Transplante Hepático”.

A reunião organizada pelo Hospital CUF Cascais receberá também Rui Tato Marinho, o coordenador do Painel Consultivo para o Tratamento da Hepatite C do Infarmed e, também membro do Comité Científico de Estratégia Nacional para as Hepatites Virais da Direcção-Geral de Saúde, o qual irá falar sobre os “Benefícios da Cura”. Seguir-se-á a participação do deputado Ricardo Baptista Leite sobre a “Estratégia Nacional”.

Por fim, e ainda antes do momento final de ponto de situação e conclusões, terá lugar o “À conversa com o especialista”, aquele que se prevê como um dos momentos altos do dia, onde o director da Unidade Clínica de Gestão Médico-Cirúrgica de Doenças Digestivas do Hospital Universitário de Valme, em Sevilha, Manuel Romero-Gómez estará à conversa com Rui Tato Marinho. Manuel Romero-Gómez foi recentemente galardoado com o Prémio de Investigação Javier Benjumea Puigcerver, um prémio que reconhece o impacto científico do projecto apresentado pelo investigador sobre as vantagens do uso da ressonância magnética nos estudos do fígado, nomeadamente o quanto este recurso tecnológico indolor permite obter imagens muito detalhadas deste órgão, permitindo um diagnóstico muito preciso tanto para a inflação como para a fibrose. Com uma carreira marcada pela realização de inúmeros e importantes estudos sobre o fígado, Manuel Romero-Gómez está ligado ao desenvolvimento de linhas de investigação na busca de novos alvos terapêuticos para a hepatite C, ao desenvolvimento de novos tratamentos para a encefalopatia hepática, novos métodos não-invasivos baseados em ressonância magnética, para a avaliação de danos no fígado de pacientes com doença metabólica, e novas abordagens na prevenção do cancro colo-rectal.

 

A Hepatite C em Portugal

Calcula-se que, em Portugal, existam cerca de 150.000 doentes com hepatite C e a nível mundial 160 milhões. As recomendações mais recentes a nível europeu consideram que todos os doentes com hepatite C devem ser candidatos a tratamento, sendo que, em alguns, este tratamento é prioritário e mais urgente pelo risco em que se encontram de desenvolver complicações da cirrose e cancro do fígado.

Porque o tratamento da hepatite C conheceu um avanço notável nos últimos anos, 2014 mudou definitivamente a forma de tratar esta doença infecciosa. 2014 marca o começo de uma nova era com a aprovação na Europa de dois novos fármacos: o Sofosbuvir, aprovado em Janeiro, que encurta o tratamento para apenas 12 semanas, eficaz em todos os genótipos e conseguindo-se a cura de 80-90% dos doentes; e o Simeprevir, aprovado em Maio, também com taxas de cura superiores a 80%, eficaz nos genótipos 1 e 4, permitindo também tratamentos de menor duração. Ainda este ano, espera-se a aprovação do Daclatasvir. A eficácia deste novo agente será igualmente superior a 90%. Num futuro próximo, há a expectativa de que surjam combinações de outros fármacos, todos por via oral, com taxas de cura de mais de 95% sem efeitos secundários.

Inscrições na reunião clínica “Hepatite C – A Cura”

A inscrição na reunião clínica “Hepatite C – A Cura” pode fazer-se através do e-mail [email protected], sendo gratuita e obrigatória, limitada à capacidade da sala. Data limite de inscrição: 24 de Outubro.

 

Regresso às aulas - Necessidades Educativas Especiais
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O seu (sua) filho(a) tem dificuldades de integração na escola? Precisa de ajuda na realização dos trabalhos de casa? Tem dificuldades em comunicar com os colegas e professores e de se fazer entender? Precisa de ajuda na organização de tarefas diárias? Acha que já podia ser mais autónomo na vida diária, em tarefas domésticas, no caminho para a escola ou para outras actividades?

A APSA – Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger, através do seu projecto Casa Grande, quer ser parceira com as Famílias e as Escolas disponibilizando um conjunto de serviços de intervenção em contexto escolar e domicílio:

 

ESTUD’Apsa

Acompanhar ao nível das competências académicas de acordo com o currículo do aluno com necessidades educativas especiais, quer com perturbações do espectro do autismo.

 

Serviço no domicílio

Sessão semanal de intervenção no domicílio, de treino de competências sociais, de autonomia funcional e comunitária.

 

Treino de competências sociais

Desenvolver relações intrapessoais e interpessoais, intencionalidade comunicativa, regulação socio-emocional e reciprocidade social, em grupo e individual.

 

Treino de autonomia funcional e comunitária

Desenvolver autonomia secundária e comunitária para que o jovem/adulto adquira competências no quotidiano.

 

Ateliês

Horticultura e Jardinagem, Informática, Expressão Plástica, Música, Costura

Desenvolver actividades de carácter ocupacional/lúdico de acordo com o perfil e interesses do jovem/adulto.

 

GYM’Apsa

Promover actividade física de acordo com o perfil da criança e jovem.

 

A Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger, ao longo dos seus quase 11 anos de existência, tem contactado directamente com as Escolas e as Famílias, em todo o território nacional. Daí tem resultado uma experiência e conhecimento acumulados das dificuldades e necessidades que as crianças e jovens com perturbações do espectro do autismo e suas famílias sentem quando têm de enquadrar os seus filhos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) e quando têm de decidir sobre os melhores apoios.

Consideramos importante que as crianças e jovens sejam integrados nas escolas, e que se invista em currículos funcionais, com especial incidência na componente académica, na componente social e de autonomia funcional, e na componente vocacional.

É neste contexto, que a APSA desenvolveu o projecto Casa Grande e se coloca como parceira das Famílias e das Escolas, disponibilizando um conjunto de serviços de intervenção em contexto escolar e domicílio, para crianças e jovens, quer estejam ou não enquadradas num PEI (Programa Educativo Individual) e/ou PIT (Plano individual de transição) com o objectivo de facilitar não só o sucesso académico, mas também a construção de um projecto de vida futura.

Saiba mais em [email protected] ou 217119100.

 

Ébola:
A Organização Mundial de Saúde declarou hoje oficialmente a Nigéria livre de Ébola, após 42 dias – ou dois períodos de...

“O vírus desapareceu por agora. O surto na Nigéria foi derrotado. Esta é uma história de sucesso que mostra ao mundo que o Ébola pode ser contido”, disse o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) no país, Rui Gama Vaz, em Abuja.

A chegada do vírus Ébola à Nigéria, a mais populosa nação africana, a principal economia e o maior produtor de petróleo, provocou receios da sua rápida disseminação pelo país de 170 milhões de pessoas.

Mas este cenário não se registou e especialistas de saúde envolvidos no combate ao surto da febre hemorrágica elogiaram as autoridades pela sua resposta rápida e rastreio alargado.

No total, morreram oito pessoas de 20 casos confirmados na maior cidade da Nigéria, Lagos, e no centro petrolífero de Port Harcourt, tendo sido monitorizadas cerca de 900 pessoas para se detectar eventuais sintomas da doença.

A declaração oficial da OMS de país livre da doença relativamente à Nigéria surge depois de o estatuto ter sido dado ao Senegal na sexta-feira.

Ambos os países estão sob escrutínio de especialistas em saúde pública que tentam conter a propagação da doença em todo o mundo. Além de um seguimento dos que poderiam ter tido contacto com os doentes, a Nigéria introduziu inspecções de rastreio médico rigoroso em todos os aeroportos e portos para chegadas e partidas.

 

MNE dos 28 pedem a Bruxelas orientações comuns para pontos de entrada

Os responsáveis pela diplomacia europeia pediram hoje à Comissão Europeia para preparar protocolos e respostas comuns para os Estados-membros aplicarem nos pontos de entrada nacionais, face à epidemia de Ébola.

No texto de conclusões do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, os 28 sublinham “a importância de serem realizadas mais consultas com vista à coordenação de medidas nacionais nos pontos de entrada”, pedindo a Bruxelas para que proponha “protocolos e procedimentos comuns” que considere apropriados.

Os ministros apelam ainda aos Estados-membros para que considerem a possibilidade de usar “os sistemas de informação sobre vistos e ainda dados fornecidos pelas transportadoras aéreas”, de modo a antecipar a chegara de potenciais doentes infectados com o vírus da febre hemorrágica.

Na Bélgica, começaram hoje a ser rastreados os passageiros oriundos de países atingidos pelo Ébola, a exemplo do que já sucede no Reino Unido e em França.

Mais de 4.500 pessoas morreram e perto de 10 mil foram infectadas com o Ébola, a maioria na África Ocidental, desde o início do ano, de acordo com a OMS.

 

Desde o início do mês
Os Açores têm, desde o início do mês, um novo Programa Regional de Vacinação que reintroduz a vacina contra a doença...

“A partir do dia 01 de Outubro de 2014, o PRV [Programa Regional de Vacinação] passa a incluir uma vacina contra a doença pneumocócica, aplicável às crianças até aos 5 anos de idade, comparticipada de acordo com o previsto na Portaria n.º 52/2014, de 30 de Julho”, lê-se numa portaria hoje publicada no Jornal Oficial da Região Autónoma.

Em Julho deste ano, a Secretaria Regional da Saúde, a propósito da publicação de nova legislação sobre reembolsos, já tinha revelado que passaria a haver nos Açores comparticipação da vacina pneumocócica (que protege de doenças como a pneumonia e a meningite) a partir deste mês, na totalidade “para as pessoas com menores rendimentos” e parcialmente para os restantes utentes, “em função das suas condições económicas”.

Por outro lado, e também desde o dia 01 de Outubro, há alterações no calendário da administração da vacina HPV (contra o vírus do papiloma humano, uma das causas do cancro do colo do útero).

Neste caso, a portaria prevê a “vacinação universal de rotina no âmbito do PRV 2014 com a vacina HPV, recomendada às raparigas com idades dos 10 aos 13 anos de idade inclusive, podendo coincidir com a administração da vacina contra o tétano e a difteria (Td)”.

A vacinação contra o HPV pode, no entanto, “ser iniciada até aos 18 anos de idade exclusive e completada (2.ª ou 3.ª dose) até aos 25 anos de idade inclusive”.

O PRV “é aplicável a todos os indivíduos presentes na região com idade inferior aos 18 anos” e, no caso do tétano e difteria, “durante toda a vida”.

O texto explica que, na sequência da aprovação do Programa Nacional de Vacinação, pelo Ministério da Saúde, se tornou necessário “alterar o Programa Regional de Vacinação de forma a conseguir-se maior uniformidade no acesso à vacinação”.

 

Próxima quarta-feira
O novo Centro Biomédico de Simulação do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto e do Centro...

De acordo com a Universidade do Porto, o renovado centro Biomédico de Simulação resultou de um investimento de 500 mil euros irá reforçar a formação dos estudantes de Medicina do Centro Biomédico de Simulação do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e dos profissionais do Centro Hospitalar do Porto, permitindo que “testem e experimentem intervenções e tratamentos em robôs que simulam as condições reais de pacientes em determinadas patologias”.

As novas instalações incluem uma sala de bloco operatório, uma sala de simulação de partos, uma enfermaria, uma sala de treino de competências técnicas e uma sala de 'briefing', onde é possível monitorizar tudo o que ocorre nas restantes salas de simulação, através de um 'software' e equipamentos de som e vídeo desenvolvidos especificamente para o Centro Biomédico de Simulação. Entre outros equipamentos, estará também disponível uma ambulância para treino de transporte de doentes.

“O CBS dispõe de um simulador de patologias cardiotorácicas único no país e simuladores de alta-fidelidade. Destacam-se o SimMan3G – um simulador avançado com um manequim com a estrutura de um homem de estatura normal – e o SimMom, que permite o treino de partos”, salienta a universidade.

O centro está aberto a todos os alunos e docentes do ICBAS e profissionais do Centro Hospitalar do Porto, de forma a disponibilizar uma aprendizagem contínua. Está ainda prevista a abertura do CBS à população em geral para a realização de cursos como suporte básico de vida e treino de partos em ambulâncias.

A inauguração do Centro Biomédico de Simulação está inserida na cerimónia de abertura do ano lectivo 2014/2015 do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, que irá decorrer no Salão Nobre do ICBAS/FFUP. A sessão será presidida pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, e contará com as intervenções do reitor da Universidade do Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, e do director do ICBAS, António de Sousa Pereira.

 

Cientistas desenvolvem
Um grupo de cientistas criou uma injecção que vibra e engana o cérebro de maneira a diminuir o medo e a dor generalizado que...

As tradicionais ‘picas’ são bem mais temidas do que o imaginado. São poucas – ou quase nenhumas – as pessoas que gostam de injecções e só de pensar na agulha há quem fique com tremores, mas para que este medo generalizado de dor não seja tão atormentador, um grupo de cientistas criou uma injecção que vibra e engana o cérebro, escreve o Notícias ao Minuto.

Um grupo de cientistas norte-americanos criou uma injecção que promete colocar um ponto final no medo da ‘pica’. Trata-se de uma agulha vibratória que engana o cérebro e faz com que a sensação de dor não seja tão intensa.

Este engenho surgiu após uma experiência com 21 voluntários que se submeteram a um teste com agulhas de plástico, mas em que o índice de dor era idêntico a uma injecção tradicional. Os participantes foram tocados no ombro enquanto várias quantidades de frio, calor, pressão e vibração eram aplicadas.

Quanto ao calor e ao frio, ficou provado que a temperatura em nada atenua a dor. Já no que toca à vibração, os cientistas concluíram que a dor era menor quando era aplicado um determinado nível de ondas vibratórias no local a picar vinte segundos antes da injecção.

Para os cientistas, a diminuição da dor deveu-se ao facto da vibração mexer directamente com os “portões nervosos”, deixando-os bloqueados para que a sensação de dor não chegue ao cérebro de forma tão intensa.

E o mesmo acontece com a pressão, mas aqui não existe uma descoberta mas sim o reforço de algo que é já do senso comum: fazer pressão sobre locais lesionados, como é o caso de um dedo cortado, faz com que a sensação de dor seja menor.

Novidades previstas para a nova legislação do ensino especial
Os pais das crianças com dislexia mostram-se preocupados com um possível recuo na legislação que enquadra o apoio a estas...

A Associação Portuguesa de Pessoas com Dificuldades de Aprendizagem Específicas realiza hoje em Lisboa um debate sobre a dislexia, que vai abordar as novidades previstas para a nova legislação do ensino especial. Eduarda Cabrita, dirigente desta associação, explicou à Lusa que o relatório do grupo de trabalho sobre educação especial introduz algumas alterações que estão a preocupar os pais das crianças com dificuldades de aprendizagem específicas. Dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia são as quatro dificuldades de aprendizagem específicas, sendo a dislexia a mais prevalente.

“Tememos que os nossos filhos, que representam 48% dos alunos da educação especial, sejam relegados para segundo plano. Tememos que venha a significar menos intervenção junto destas crianças”, comentou Eduarda Cabrita, adiantando que os alunos com dislexia “vêm sempre na cauda dos apoios”.

Da proposta contida no relatório do grupo de trabalho sobre educação especial, os pais contestam o facto de o documento apontar para uma indefinição de conceitos relativamente à dislexia e às outras dificuldades de aprendizagem específicas.

Para a associação é ainda preocupante que o relatório proponha que a avaliação para diagnóstico destes alunos tenha de ser feita por um médico do Serviço Nacional de Saúde (SNS): “O SNS tem meios e recursos humanos para fazer o diagnóstico de todos os alunos?”, questionou Eduarda Cabrita.

A associação contesta também a proposta segundo a qual os pais deixam de ser um dos elementos que podem referenciar a criança, solicitando depois um diagnóstico.

No debate que hoje se realiza em Lisboa, e que conta com a participação da ex-ministra da Saúde Ana Jorge, a associação pretende deixar um “olhar realista sobre a (in)visibilidade da dislexia no sistema educativo português”.

 

Pela primeira vez
O Dia Nacional da Paralisia Cerebral assinala-se segunda-feira pela primeira vez oficialmente, uma data que pretende ser “uma...

Em declarações à Lusa, a presidente da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral, Eulália Calado, disse que o que está a acontecer neste momento é que estão a “retirar toda a dignidade” à população de pessoas afectadas por paralisia cerebral com os cortes orçamentais que têm sido aplicados nas várias áreas implicadas, desde a Segurança Social à Saúde.

“Não se pode ir ao sabor de políticas. Tire-se de onde se quiser, dos gabinetes dos ministros, tire-se dos carros, podem andar com carros de mais baixa cilindrada. São estas [as pessoas com paralisia cerebral] que necessitam mais. O Dia da Paralisia Cerebral dá para nós falarmos e os ecos talvez se reflictam nos outros 364 dias em que as pessoas se debatem com problemas tremendos”, referiu a dirigente associativa sobre o dia que vai incluir um concerto do fadista Camané e do pianista Mário Laginha, na Casa da Música, no Porto.

A presidente da federação recordou, por exemplo, que famílias com um rendimento agregado superior a 628 euros e “com um filho altamente dependente” não têm direito a transporte para ir a consultas ou a hospitais, algo que “antes era pago pelo hospital”.

Eulália Calado mencionou várias outras situações problemáticas, desde as pessoas “completamente presas” em andares cimeiros de um edifício sem acessos correctos que vêem dificultadas as criações de rampas quer pelos próprios condomínios quer pelas autarquias até às dificuldades de obtenção de baterias novas para cadeiras eléctricas que chegam a demorar um ano.

“Isto é a realidade. As pessoas não gostam de ouvir isto, mas é o dia-a-dia desta população. Nós fazemo-los sentir perfeitamente lixo. Cidadãos de quinta, culpabilizados por estarem cá. Isto não pode ser”, declarou a presidente da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral.

As actividades de segunda-feira, o primeiro Dia Nacional da Paralisia Cerebral desde a publicação em Diário da República, vão desenvolver-se no Porto, começando às 09:30 no Espaço Atmosfera M com várias conversas, seguindo-se diversas oficinas em diferentes locais da cidade e culminando com o concerto, na Casa da Música, a partir das 19:00.

 

Cientista português estuda
Um cientista português liderou uma investigação para perceber como é que pessoas infectadas pelo HIV desenvolveram anticorpos...

“Conseguimos determinar todos os passos de uma família de anticorpos desde o início, até à forma em que é mais eficiente contra o vírus, e conseguimos fazer o mapeamento das zonas do vírus que são importantes para o desenvolvimento destes anticorpos”, disse à agência Lusa Fernando Garces Ferreira a propósito do trabalho, publicado na revista Cell.

O investigador do "The Scripps Research Institute" (TSRI), nos EUA, e a sua equipa propõem “uma vacina que tem de ser ´tailer made´, feita à medida, para os diferentes passos” para que se possa "guiar o desenvolvimento do anticorpo numa determinada direcção".

O objectivo é "tentar ensinar o sistema imunitário de pessoas saudáveis, não infectadas com HIV, a produzirem esses anticorpos para que, na eventualidade de uma infecção, o sistema esteja preparado para ter uma resposta rápida e eficiente", resumiu o cientista.

“Todos temos a possibilidade de desenvolver esses anticorpos, mas é preciso realmente guiar o sistema imunitário a desenvolver esses anticorpos, por isso, provavelmente, temos de dar ao organismo diferentes vacinas”, defendeu Fernando Garces Ferreira.

“Até agora, quando o anticorpo maduro se une ao vírus, desenhamos a parte viral e é essa parte que injectamos no organismo e vamos ver se o sistema imunitário consegue reproduzir a criação desse mesmo anticorpo”, explicou.

O que falhava era que, até esse ponto final, “há muitos outros processos desenvolvidos” que, se não forem tidos em conta, impedem que se chegue ao anticorpo final, capaz de enfrentar o HIV, um vírus “muito sofisticado”.

A família de anticorpos objecto do estudo foi descoberta há alguns anos num doente com HIV e chegou-se à conclusão que 10 a 15% dos doentes, passados alguns anos, desenvolvem anticorpos “extremamente potentes” na neutralização do vírus.

O problema é que esses anticorpos “já chegam tarde porque o vírus já está instalado e uma vez o HIV instalado no nosso corpo é impossível remove-lo”, referiu Fernando Garces Ferreira.

 

Relatório da Rede Médicos-Sentinela
8 em cada 10 utentes que procuraram o centro de saúde, em 2013, devido a problemas de depressão eram mulheres, revela um...

Na grande maioria das consultas (93,2%) houve prescrição de medicamentos, sendo que em 64,2% dos casos foi usado apenas um fármaco.

Das 1.873 consultas realizadas, menos 35 face a 2012, 1.488 (79,4%) foram pedidas por mulheres e 385 (20,6%) por homens, “o que traduz um predomínio de consultas no sexo feminino logo a partir dos 15 anos”, refere o relatório da rede, constituída por médicos de família que exercem funções nos centros de saúde.

O número anual estimado de consultas relacionadas com a depressão foi de 6.645 por 100 mil utentes e na população feminina, com 15 ou mais anos, foi de 11.737 consultas por 100 mil utentes, valores semelhantes aos registados no ano anterior.

Segundo o documento, publicado no site do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), oito doentes tiveram de ser internados, dos quais seis eram mulheres.

As consultas de seguimento e de renovação de medicação foram as duas tipologias mais frequentes, representando, respectivamente, 43% e 35,2% do total de consultas notificadas durante o ano, semelhante ao que tinha acontecido no ano anterior.

Em 89% das situações, o diagnóstico de depressão (primeiro episódio ou recidiva) foi estabelecido pelo médico de família do utente.

Em 133 consultas (7,1%), o utente foi referenciado para outro profissional de saúde, na maioria dos casos para um psiquiatra (67,7%).

Os Médicos-Sentinela observam que “foi percebido risco de suicídio em 2,4% dos casos (2,1% nos homens)”.

A distribuição da taxa de incidência de depressão, considerando apenas os primeiros episódios na vida dos utentes, acompanhou a procura de cuidados de saúde, observando-se uma taxa de incidência mais elevada nas mulheres (886/100.000 utentes).

No global, o grupo etário com taxa de incidência mais elevada é o dos 35-44 anos, embora nos homens a taxa de incidência mais elevada tenha sido registada entre os 65 e os 74 anos.

No ano passado, foram também notificados 166 casos de insónia, não havendo registo de nenhum caso com internamento. A taxa de incidência estimada foi de 589 por 100 mil utentes, observando-se uma incidência mais elevada nas mulheres (804/100.000). A causa da insónia foi identificada por 104 utentes (62,7%), sendo a ansiedade/depressão a causa mais frequentemente apontada (48,1%).

Os Médicos-Sentinela, que no ano passado eram 112, notificam voluntariamente casos ou episódios de doença e de outras situações relacionadas com saúde dos utentes inscritos nas suas listas.

O relatório ressalva que os dados “devem ser interpretados à luz das limitações inerentes às características da Rede”, uma vez que é de participação voluntária e apenas abrange os utilizadores dos cuidados de saúde primários.

 

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