Administração Regional de Saúde estima:
Os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo vão fazer este ano 35.400 colonoscopias, um acréscimo de 5 mil face às...

No início deste ano, a administração regional de saúde admitia haver “um problema preocupante” com a capacidade de resposta para realizar colonoscopias na região, tanto no sector público como no privado, na sequência de notícias sobre uma doente que esperou dois anos por um exame.

Na sequência deste caso, foi estabelecido com os hospitais a necessidade de aumentar o número de colonoscopias, fazendo mais cinco mil por ano nos hospitais da região.

Em resposta à agência Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) referiu que até Agosto os hospitais fizeram cerca de 23.600 colonoscopias, uma média de quase três mil exames por mês.

A ARS estima, assim, que sejam realizadas 35.400 colonoscopias este ano nos hospitais, um acréscimo face às 30.050 registadas em 2013.

Contudo, segundo a Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino (Europacolon), mantêm-se as dificuldades de marcar exames nas clínicas privadas que têm convenção com o Estado.

Vítor Neves, presidente da Europacolon, explicou à Lusa que na região de Lisboa só uma unidade privada aceita na prática realizar colonoscopias através do Serviço Nacional de Saúde (SNS), segundo dados que a associação recolheu no início deste mês.

 

Registo do Aleitamento Materno
Valor fica aquém das metas da Organização Mundial de Saúde, mas tem melhorado desde que a Direcção-Geral da Saúde começou a...

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os bebés sejam alimentados em exclusivo com leite materno até aos seis meses, mas em Portugal só 22% das crianças nesta idade cumprem esta meta. Os dados, referentes a 2013, fazem parte do Registo do Aleitamento Materno e foram divulgados pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), depois de se ter assinalado a Semana do Aleitamento Materno.

Apesar de os valores estarem muito aquém das metas da OMS, que pretendia ter pelo menos 50% dos bebés em aleitamento exclusivo até aos seis meses, a verdade é que Portugal tem conseguido uma evolução positiva. No período de três anos, o país conseguiu passar de 14% dos bebés a cumprirem as indicações da OMS para 22%.

O relatório, que é feito desde 2010 com o objectivo de monitorizar os processos de alimentação de lactentes e crianças pequenas em Portugal, indica ainda que no ano passado mais de 98% dos bebés começaram a mamar antes da alta hospitalar. Em quase 77% dos casos o aleitamento materno foi conseguido em exclusivo, isto é, sem que tenha sido dado nenhum tipo de suplementos. Um valor que sobe para os 79% nos chamados Hospitais Amigos dos Bebés, que são unidades que cumprem dez medidas definidas pela OMS e consideradas essenciais para a promoção, protecção e apoio ao aleitamento materno.

Além dos dados sobre o aleitamento aos seis meses, o relatório mostra também que na chamada consulta de puerpério, feita entre a quinta e a sexta semana de vida, 88% das crianças mantinham-se a tomar o leite da mãe em exclusivo. No entanto, aos dois meses este valor cai abruptamente para menos de 52% e, aos quatro meses, volta a descer para 35%. Ao todo, em 10% dos casos as famílias optaram por iniciar a alimentação complementar (como papas e sopas) antes dos cinco meses e 25% fizeram-no antes dos seis meses.

A recolha dos dados foi feita em hospitais e centros de saúde e contou com uma amostra de mais de 31 mil recém-nascidos, o que corresponde a 25% dos nascimentos em Portugal. Porém, a DGS, perante o aumento do número de casos de prematuros, recomenda que, no futuro, seja feito um estudo específico sobre estas crianças, dadas as particularidades que os bebés pré-termo envolvem.

 

Associação Nacional de Farmácias tem barómetro diário das falhas
Em apenas um ano as farmácias reportaram falhas de 57 milhões de embalagens. Na maior parte dos casos, os medicamentos em falta...

Todos os dias faltam, em média, 150 mil embalagens nas farmácias portuguesas – um cenário que se tem agravado nos últimos anos. De ansiolíticos a medicamentos para o colesterol, as carências são muitas e, na maior parte dos casos, mantêm-se ao longo de todo o ano, alerta o Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (Cefar) da Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Perante o crescente número de queixas, a ANF montou há um ano um barómetro diário das falhas, que permite perceber em tempo quase real que medicamentos estão em falta e onde, explicou ao jornal Público a directora-executiva do Cefar. “No acumulado de 12 meses, entre Agosto de 2013 e Julho de 2014, registámos um total de 57 milhões de embalagens em falta, que foram reportadas por 2227 farmácias, o que corresponde a mais de 78% das farmácias existentes em Portugal”, adiantou Suzete Costa.

O problema, sublinhou a responsável, é ainda mais grave pelo facto de na lista dos medicamentos que mais têm faltado estarem fármacos para doenças crónicas, como a doença pulmonar obstrutiva crónica, diabetes, ou mesmo ansiolíticos e anticoagulantes. “A grande maioria são medicamentos que as pessoas precisam de tomar o ano inteiro, o que as obriga a ir a duas e três farmácias e mesmo assim voltarem de mãos a abanar”, acrescentou. As dificuldades são tantas que muitas farmácias já alocaram um funcionário “só para pesquisar onde é que se pode ir buscar os medicamentos e percorrer os grossistas para conseguir o fármaco”, reforçou a directora deste centro da ANF.

Quanto a justificações para a degradação do acesso ao medicamento em Portugal, Suzete Costa refere “razões multifactoriais”. “Nunca tivemos isto no passado. Se recuarmos cinco anos, podíamos ter situações pontuais em que o medicamento só chegava da parte da tarde, mas era raro o utente não levar os medicamentos todos de uma vez. Agora, sobretudo desde 2011, muitas farmácias com as reduções progressivas de preço dos medicamentos e com a alteração drástica do sistema de remuneração têm dificuldade em manter os níveis de stock”, apontou a responsável do Cefar.

Suzete Costa referiu, ainda, que “também há medicamentos que não existem mesmo em Portugal porque por terem um preço tão baixo deixam de ser atractivos para as farmacêuticas”. Depois, surgem situações mais pontuais em que os laboratórios não conseguem dar resposta à procura por limites na capacidade de produção, como é o caso da vacina BCG (contra a tuberculose).

“Sempre que o Estado reduz os preços dos medicamentos para reduzir a sua despesa, isso tem implicações para quem tem um sistema de remuneração parcialmente indexado ao preço. Sempre que há cortes administrativos nos preços, a remuneração dos grossistas e da farmácia baixa. As insolvências e as penhoras são só o caso limite, o extremo deste cenário de degradação que começa com a falta de medicamentos nas prateleiras”, afirmou a responsável do centro da ANF, que adiantou que em Junho existiam 1756 farmácias com fornecimentos suspensos por dívidas aos grossistas, com a dívida litigiosa a ultrapassar já os 303 milhões de euros. Em Dezembro de 2013 eram 1567 as farmácias nesta situação, quando em 2011 eram 795 e em 2009 apenas 255, o que significa que o número disparou quase 600% em cinco anos.

 

Direcção-Geral da Saúde
Os grupos mais vulneráveis ao frio integram as crianças e as pessoas idosas.
Frio grupos vulneráveis

Crianças: perdem o calor corporal mais rapidamente que os adultos e tem mais dificuldade em produzir calor suficiente para compensar as perdas.

Pessoas idosas: produzem menos calor porque, à medida que a idade avança, o metabolismo do corpo humano tende a ser mais lento e os indivíduos tendem a reduzir a actividade física. A resposta fisiológica de adaptação ao frio por parte dos idosos pode ser menor pela existência de certas doenças crónicas e pelo facto de eventualmente tomarem medicação que pode afectar a circulação sanguínea.

Estes dois grupos são ainda particularmente vulneráveis ao frio porque não têm grande percepção das alterações de temperatura.

São também vulneráveis as pessoas que:

  • Têm doenças crónicas, em especial cardiovasculares, respiratórias, reumáticas, diabetes e da tiroide;
  • Têm doenças neurológicas ou transtornos psíquicos;
  • Têm problemas de alcoolismo;
  • Tomam medicamentos como psicotrópicos ou anti-inflamatórios;
  • Têm mobilidade reduzida;
  • Têm dificuldades na realização das actividades da vida diária;
  • Estão mais isoladas;
  • Vivem em habitações degradadas e sem condições de isolamento térmico;
  • Estão em situação de exclusão social.

Bebés ou recém-nascidos

  • Não deve sair de casa com o bebé ou recém-nascido nos dias de frio intenso;
  • No caso de ter de sair de casa agasalhe o bebé, principalmente a cabeça e as extremidades (mãos, orelhas e pés);
  • Utilize várias camadas de roupa em vez de uma única peça grossa;
  • Dê de beber regularmente ao bebé;
  • Transporte o bebé num carrinho que lhe permita movimentar-se para se aquecer e verifique se está bem protegido do frio;
  • Evite transportar as crianças em porta-bebés tipo mochila, que poderá comprimir as pernas e causar enregelamento.

Pessoas idosas

  • Os idosos precisam do acompanhamento dos familiares ou prestadores de cuidados para que sejam tomadas as medidas adequadas em situações de frio, nomeadamente ao nível da alimentação, vestuário, cuidados com os equipamentos de aquecimento e precauções ao sair de casa;
  • Os familiares, amigos e vizinhos têm um papel importante devendo manter um acompanhamento de proximidade, sempre que possível, de pessoas idosas sós/isoladas, fazendo um telefonema ou contactando pessoalmente, pelo menos uma vez por dia, para prestar ajuda e verificar o seu estado de saúde e conforto.

Doentes cardíacos, vasculares, reumáticos, com diabetes e com insuficiência respiratória (incluindo asma e doença pulmonar crónica obstrutiva)

  • Siga as recomendações gerais e, se necessário, aconselhe-se com o seu médico;
  • Em caso de frio intenso deve considerar a redução de actividades físicas no exterior se revelar sintomas;
  • Certifique-se que tem sempre consigo os seus medicamentos habituais.
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Ébola: Análises de doente suspeito negativas
O director-geral da Saúde, Francisco George, disse hoje que as autoridades portuguesas vão continuar atentas à situação do...

“O Instituto Nacional Ricardo Jorge (INSA) já concluiu as análises que dizem respeito à detecção do vírus do Ébola e confirma que são absolutamente negativas, isto é, a condição de doença da doente em causa não é explicada pelo vírus Ébola, pelo que outras análises estão a decorrer”, adiantou à agência Lusa Francisco George.

O Hospital de São João, no Porto, já tinha anunciado que as análises ao doente que domingo deu entrada naquela unidade hospitalar com suspeita de ter contraído o vírus Ébola deram resultado negativo.

O director-geral da Saúde disse que “não há qualquer tipo de razão para pânico” e pediu a colaboração da população. “Há uma ansiedade colectiva que não é saudável. É preciso que a população reconheça que as autoridades de saúde estão atentas a este problema e que Portugal dispõe de um plano que tem sido devidamente testado e que não entrem em pânico perante as notícias divulgadas”, sublinhou. Francisco George pediu ainda que a população faça um esforço e que colabore, nomeadamente no que respeita à adopção de comportamentos de segurança. “As pessoas devem, sempre que tenham alguma desconfiança, ligar primeiro para a Linha Saúde24 e não deslocar-se ao hospital”, alertou.

O doente tinha-se deslocado até ao Hospital de S. João pelos seus próprios meios, enviado por uma unidade de saúde privada. O doente, que tinha chegado recentemente de um país africano com casos de Ébola, ficou internado por precaução, uma vez que apresentava “critérios de caso suspeito de Doença por Vírus Ébola (DVE)", de acordo com o comunicado inicial do Hospital de S. João.

Este foi o primeiro caso em Portugal de um doente internado numa unidade hospitalar com suspeitas de estar infectado com Ébola.

O Hospital de São João, no Porto, o Curry Cabral e o Dona Estefânia, em Lisboa, são, em Portugal, os hospitais de referência definidos para atender estes casos.

O número de mortos devido ao surto epidémico de Ébola surgido na África Ocidental no final do ano passado ultrapassou os 4 mil, segundo o mais recente balanço da Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com um relatório da OMS, datado da passada sexta-feira, estão confirmados 8399 casos de provável contágio pelo Ébola em sete países (Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa, Nigéria, Senegal, Espanha e Estados Unidos), dos quais resultaram 4.033 mortes. Os sete países afectados foram divididos em dois grupos pela OMS, sendo o primeiro constituído pela Guiné-Conacri, a Libéria e a Serra Leoa – os três países mais atingidos – e o segundo pela Nigéria, o Senegal, a Espanha e os Estados Unidos. No primeiro grupo, a Libéria, o país mais afectado pela epidemia, registou 4.076 casos, dos quais 2.316 resultaram em mortes.

Os profissionais de saúde continuam a ser o grupo populacional mais afectado pela doença, sobretudo nos países mais atingidos, com 416 casos, de que resultaram 233 mortes.

 

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Garantir um bom serviço, e a horas, aos utentes que procuram os centros de saúde é o objectivo da Administração Regional de...

Um dos objectivos é garantir o cumprimento de horários e a detecção de eventuais abusos e atrasos sucessivos que podem afectar a resposta a utentes, embora os dirigentes admitam que, em regra, os profissionais são cumpridores. Todas as regiões de saúde estão a avançar com o sistema biométrico de registo de assiduidade (passagem de um dedo num ecrã), mas as regras não são consensuais. Por exemplo, nem todos vão gozar as horas que acumularem. Refira-se que os médicos - no final de 2013 havia 6106 médicos de família e 1545 internos - criticam a aplicação destes sistemas.

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) acredita que “o sistema esteja em 60% dos centros de saúde já este mês e em 99% até ao fim de Novembro. Se tudo correr bem, a generalidade dos profissionais vão aceder desta forma aos centros de saúde. Para mim, isto não é um problema. Só peca pelo atraso de anos, já que vai permitir moralizar situações que eram imorais, embora a maioria cumpra. Por outro lado, vamos informatizar o sistema, que deixará de ser manual e vai ajudar no processamento de salários”, exemplifica Luís Cunha Ribeiro, o presidente da ARS Lisboa.

A sede já lida com estas regras há três anos, agora todos os profissionais, seja em que modelo laboral estiverem, têm de as cumprir.

 

Saiba quais são:
Nunca como agora os especialistas recomendaram a prática regular do exercício físico para manter cor
Lesões desporto

Praticar desporto é saudável, melhora a qualidade de vida e faz-nos sentir bem no dia-a-dia. No entanto, as lesões fazem parte. E, se há algumas lesões que são evitáveis através de uma boa preparação e aquecimento por exemplo, há outras que, seja por contacto com outro atleta ou por uma queda, não há como as evitar!

Habitualmente, uma lesão causada pelo desporto deve-se a métodos de treino incorrectos, anomalias estruturais que forçam certas partes do corpo mais do que outras e fraqueza dos músculos, tendões e ligamentos. O desgaste crónico é a causa de muitas destas lesões, que são resultado de movimentos repentinos que afectam tecidos susceptíveis. Felizmente o corpo humano tem uma excelente capacidade de se auto-regenerar, o que combinado com um bom descanso, torna a recuperação mais rápida e eficaz.

O corpo, em muitos casos, emite sinais de que qualquer coisa não está bem, por isso esteja atento e não ignore os sinais. O repouso é sem dúvida, para as 10 lesões mais comuns do desporto, um dos melhores remédios no caminho da recuperação.

1. Cãibras

A cãibra é uma contração parcialmente involuntária e dolorosa dos músculos que ocorre em função do desequilíbrio hidroeletrolítico da área onde a dor aparece. Ou seja, é muito comum a cãibra surgir durante ou após a prática de exercícios físicos dando sinais de que é preciso repor os níveis de água e sais minerais, como o potássio e o sódio. Outra das causas da cãibra é a acumulação de ácido láctico no tecido, devido á degradação da glicose na ausência de oxigénio no músculo.

Comer alimentos ricos em potássio, como banana e batata não-descascada, podem ajudar a prevenir as cãibras musculares.

2. Estiramento e distensão muscular

Uma distensão é o resultado de uma lesão tanto no músculo como no tendão. A distensão pode ser um simples estiramento, desde uma pequena ruptura de fibras musculares a um rompimento parcial ou completo na junção músculo-tendão. Ocorre resultante de um esforço extremo realizado pelo músculo em questão.

A recomendação para recuperar de uma distensão é a mesma que para um estiramento: repouso, gelo, compressão e elevação. Estes cuidados iniciais devem ser seguidos de uma ida ao médico especialista que o encaminhará a reabilitação e fisioterapia, caso seja necessário.

3. Tendinite

Trata-se da inflamação de um tendão que surge usualmente através do excesso de repetições de um mesmo movimento (LER - Lesão por Esforço Repetitivo). Assim, a inflamação num tendão é chamada de tendinite. Esta condição afecta pessoas que dispendem muito tempo a realizar a mesma tarefa, quer em trabalho quer em lazer. Com a difusão da informática, tornou-se uma importante doença ocupacional.

Jogadores profissionais de ténis e golfe, assim como nadadores estão mais sujeitos a tendinites nos braços e ombros. Jogadores de basket e futebol, corredores e ginastas têm tendência a sofrer de tendinites nas pernas e pés.

Tenha em conta que, se continuar a aplicar força sobre um tendão inflamado, ele pode romper. Se isso acontecer, obriga á imobilização através de talas ou até mesmo cirurgia para corrigir o tendão.

4. Contusão

Uma contusão é o resultado de um forte impacto e que pode causar uma lesão nos tecidos moles da superfície, nos músculos, nos tendões ou ligamentos articulares. Algumas vezes, a lesão é profunda, ficando, então, difícil determinar a sua extensão.

Esta lesão aparece como uma equimose (sangue aglomerado ao redor da lesão que marca a pele). A maioria das contusões não são graves e respondem muito bem a descanso, aplicação de gelo, compressão e elevação a área lesada. Se a lesão for mais séria, deve consultar um ortopedista. Um tratamento precoce efectuado por um fisioterapeuta, pode evitar danos maiores e permanentes ao músculo.

5. Fracturas de stress

A fractura por stress é uma lesão óssea que ocorre quando o osso é sujeito a utilização excessiva. Nesta altura podem ocorrer pequenas fissuras no osso, não havendo uma fractura completa no osso, nem desvio do osso fracturado.

Na maioria dos casos, as fracturas ocorrem devido a uma sobrecarga no osso, provocadas pela mudança de plano de treino, para um treino mais intenso, ou começo da prática desportiva sem a orientação correcta, terrenos inapropriados, ou até mesmo pelo calçado impróprio para a prática desportiva.

Os ossos da perna e pé estão particularmente sujeitos a este tipo de fractura. Se é um entusiasta da boa forma ou um atleta, deve prestar muita atenção aos sinais de alerta que o seu corpo lhe transmite. Fadiga e dor são geralmente sinais de que está a forçar muito o seu corpo. Para além disso, as lesões de stress podem ser resultado de um pobre equilíbrio muscular, de falta de flexibilidade ou de fraqueza dos tecidos causada por lesões prévias.

6. Bursite

Uma bursite é a inflamação de uma bolsa sinovial, um saco membranoso revestido por células endoteliais. A bursa é um saco cheio de fluído que se situa entre o osso e o tendão ou músculo, possibilitando que o tendão escorregue suavemente sobre o osso. Ou seja, a função desta bolsa é evitar o atrito entre duas estruturas (por exemplo, tendão e osso ou tendão e músculo) ou proteger as proeminências ósseas.

Uma pancada, pequenas quantidades de pressão repetidas e demasiada utilização podem fazer com que a bursa dos seus ombros, cotovelos, anca, joelhos e tornozelos inchem. A esse inchaço e irritação chama-se bursite e muitas pessoas sofrem dessa lesão juntamente com uma tendinite. As bursites são geralmente aliviadas através de repouso e eventualmente de medicamentos anti-inflamatórios, para além de muita fisioterapia.

7. Entorse e ruptura de ligamento

As entorses são provocadas por uma excessiva distensão dos ligamentos e das restantes estruturas que garantem a estabilidade da articulação, originada por movimentos bruscos, traumatismos, uma má colocação do pé ou um simples tropeçar que force a articulação a um movimento para o qual não está habilitada.

São as lesões mais frequentes da prática desportiva, principalmente as que se verificam no tornozelo (tibiotársica). A seguir à entorse da tibiotársica, a mais comum é a do joelho e, neste caso, a questão que mais importa esclarecer é se os ligamentos cruzados foram ou não afectados, uma vez que a estabilidade desta articulação depende fundamentalmente da integridade destes ligamentos.

8. Luxações e redução articular

Uma luxação é a deslocação de um ou mais ossos de uma articulação. Ocorre quando uma força violenta actua directa ou indirectamente numa articulação, empurrando o osso para uma posição anormal. Em caso de sofrer de uma luxação deve ir imediatamente ao hospital para voltar a colocar o osso no lugar. Repouso e fisioterapia são necessários para que não haja perda da capacidade de locomoção.

9. Lombalgia

Denomina-se de lombalgia (ou lumbago) o conjunto de manifestações dolorosas que acontecem na região lombar, decorrente de alguma anormalidade nessa região. Este é um tipo de dor que a maioria dos praticantes de desporto já sentiu. Conhecida popularmente como dor nas costas, a lombalgia é uma das grandes causas de morbidade e incapacidade funcional. Muitas destas lesões ocorrem ao levantar incorrectamente pesos, por trauma, durante o desporto ou até mesmo por dormir numa má posição. Inicia-se repentinamente e caracteriza-se pela intensidade da dor.

10. Traumatismo Craniano

O traumatismo craniano é uma lesão no cérebro que é causada normalmente por uma pancada na cabeça. Os sintomas são desorientação, visão deturpada, dores de cabeça, tonturas, desequilíbrio, náuseas e dificuldade de concentração. São mais comuns em desportos que promovam o contacto como o futebol, boxe, hóquei, rugby e outros. Ainda que muitas pessoas recuperem bem ao fim de umas semanas, outras podem sofrer de danos permanentes. O descanso total é recomendado e, dependendo da gravidade da lesão, pode ter de ficar sem praticar desporto durante alguns meses. Se insistir na sua prática cedo demais, os efeitos são imprevisíveis e potencialmente fatais.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
European Science Foundation
Investigadora espanhola que criticou o processo conduzido pela European Science Foundation num artigo de opinião, na revista...

A avaliação das unidades de investigação científica, que a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) encomendou à European Science Foundation (ESF) e que mereceu duras críticas e acusações por parte da comunidade científica e uma acção em tribunal por parte do SNESup, o Sindicato Nacional do Ensino Superior, por “conter erros”, tem agora um novo episódio, desta vez internacional, escreve o Diário de Notícias na sua edição online.

A astrofísica espanhola Amaya Moro-Martin, que é investigadora no Space Telescope Science Institute e na John Hopkins University, nos Estados Unidos, publicou a 9 de Outubro, na revista Nature um artigo de opinião sobre o futuro preocupante da ciência na Europa. Ali afirmou que no caso de Portugal, “poderão ser fechadas metade das suas unidades de investigação devido a erros no processo de avaliação por parte da European Science Foundation”. Em resposta, o presidente da ESF, Jean-Claude Worms, enviou-lhe uma carta, intimando-a a retirar a frase, sob pena de uma acção legal.

Citada no Retraction Watch, um blogue internacional de referência na área da ciência, Amaya Moro-Martin, afirmou que a Nature lhe pediu para não comentar enquanto a própria revista não analisasse a questão.

Entretanto, inúmeros cientistas portugueses e estrangeiros colocaram comentários no artigo de Amaya Moro-Martin, mostrando-se indignados com a ameaça do presidente da ESF, defendendo a liberdade de opinião, reafirmando acusações de erros no processo de avaliação e desafiando a ESF a agir legalmente também nos seus casos.

O blogue português de ciência De Rerum Natura, do qual o físico Carlos Fiolhais é um dos fundadores, também dá eco do caso e refuta a atitude da ESF.

A avaliação dos 322 centros de investigação do País, cuja primeira fase ficou concluída há duas semanas, mereceu forte contestação por parte da comunidade científica, depois de se ter ficado a saber que uma das cláusulas do contrato com a entidade externa avaliadora, a ESF, era a de que metade dos centros não passariam à segunda fase da avaliação. 131 das unidades retidas decidiram recorrer e 10 acabaram por ser repescadas, podendo agora aceder à possibilidade de um financiamento de 400 mil euros por ano, durante os próximos cinco anos. Outras 11 vão integrar um grupo de cerca de 40 que ficarão com acesso a verbas para se reestruturarem.

 

Em causa aumento dos salários
Centenas de milhares de funcionários do serviço de saúde nacional britânico foram convocados para aderir a uma greve parcial, a...

Os funcionários, incluindo enfermeiros, planeiam levar a cabo uma paralisação de quatro horas, entre as 07:00 e as 11:00 (mesma hora em Lisboa).

A iniciativa tem como objectivo elevar a pressão sobre o ministro da tutela, Jeremy Hunt, que rejeitou recomendações apresentadas por uma entidade independente para um aumento salarial na ordem de 1% para todo o pessoal do serviço de saúde.

Em Março, o ministro da Saúde afirmou que as recomendações “eram incomportáveis e representavam um risco para a qualidade da assistência prestada aos doentes”.

Para os sindicatos do sector, os argumentos utilizados pela tutela são inadmissíveis, atendendo designadamente ao desempenho da economia britânica – que deverá crescer mais de 3% em 2014 – e aos sacrifícios consentidos em anos anteriores.

“A inflação continua a aumentar desde 2011 e, ao mesmo tempo, o nível das remunerações dos funcionários do serviço de saúde nacional britânico (NHS) baixou cerca de 12%”, afirmou Dave Prentis, secretário-geral do sindicato UNISON, o maior sindicato do sector público da Grã-Bretanha.

Rejeitar aumentar os salários “nuns meros 1% mostra o que o governo realmente pensa sobre os seus funcionários da saúde”, realçou o dirigente sindical.

Entre os sindicatos que vão tomar uma acção industrial figura o Royal College of Midwives, um sindicato de parteiras, que entra greve pela primeira vez em 133 anos de existência.

Uma sondagem revelada pelo jornal The Guardian estima que a greve de hoje poderá ser capaz de mobilizar 500 mil pessoas. No total, foram nove os sindicatos britânicos que apelaram à paralisação de quatro horas.

 

Investigadores revelam:
A dieta de uma pequena aranha da Malásia pode ser chave para reduzir a propagação de algumas das piores doenças do mundo, como...

Os investigadores descobriram que uma aranha da Malásia (Paracyrba wanlessi) foi o primeiro e único predador conhecido a especializar-se em predar mosquitos durante todas as etapas do ciclo de vida dos insectos, explicaram cientistas da Universidade de Canterbury envolvidos no estudo.

“Isto é notável porque a larva ou a pupa [estágio intermédio entre a larva e o insecto adulto] que vivem na água são muito diferentes do mosquito que nos importuna em busca de sangue”, afirmou a investigadora Fiona Cross em comunicado.

“A aranha não precisa de aprender como identificar e capturar nestes diferentes estágios do mosquito. Nós demos à aranha a escolha entre inúmeras presas e consistentemente ela foi para os mosquitos, independentemente se eram ‘juvenis’ ou adultos”, acrescentou, citada pela agência Xinhua.

Na Malásia, a aranha Paracyrba wanlessi vive em brotos de bambu caídos onde a água entra na madeira através de pequenos buracos tornando-os um local ideal para encontrar mosquitos ‘juvenis’ na água ou adultos que regressam à água para depositar os ovos.

“Encontrar predadores que singularizam mosquitos como presa preferida é especialmente interessante para as pessoas porque eles matam os vectores de algumas das mais graves doenças humanas, com a malária a figurar no topo da lista”, frisou Cross.

“Nesta fase não podemos dizer se a Paracyrba wanlessi vai ser útil no contexto do controlo dos mosquitos, mas o mais importante passo é saber mais sobre a biologia deste predador único”, concluiu.

 

Organização Mundial de Saúde
O estudo genético desempenha um papel relevante na definição da forma como as pessoas percepcionam e respondem à dor crónica,...

Esta dor que se estende por um período de tempo superior a seis meses deixa de ser um sintoma e passa a ser uma patologia, cuja origem e tratamento foram debatidos em Buenos Aires por mais de 6 mil profissionais de todo o mundo.

“A dor transmite-se e efectivamente hoje sabe-se a importância que tem o impacto genético na sua percepção”, explicou o presidente do Comité Local da Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP, na sigla em inglês) e neurocirurgião, Fabián Piedimonte.

O médico acrescentou que “a genética tem hoje um papel preponderante para definir a forma como um indivíduo vai perceber a dor, se vai ter uma maior ou menor sensibilidade”.

Segundo Piedimonte, o tratamento da dor é algo que sempre se fez, mas a sua valorização como doença é algo “muito recente”, pelo que não existem suficientes profissionais de saúde especializados nessa área.

A percentagem de pessoas afectadas por algum tipo de dor crónica atinge os 50% entre os maiores de 65 anos, e os 85% entre os idosos acima de 80 anos.

“O estilo de vida tem sem dúvida muito a ver”, assegura Piedimonte, destacando as dores de coluna, como uma das mais frequentes. Seguem-se as artroses (dores osteoarticulares) e depois as neuropatias, causadas por uma alteração na comunicação nervosa, como as fibromialgias. “E essa dor crónica tem um efeito devastador sobre a personalidade de quem a sente”, sublinha o médico.

Depressão, ansiedade ou falta de sono são algumas das consequências de uma dor constante que, segundo Piedimonte, “se pode e deve combater”.

“Há uma infinidade de tratamentos que podem preveni-la e combatê-la que vão desde a administração de analgésicos em distintas escalas à técnica mais inovadora: a neuromodulação, que consiste em implantar um dispositivo que actua como bloqueador daquilo que produz a dor”, explica. Existem outros métodos como os derivados da morfina, que “sendo dados adequadamente também ajudam”, as infiltrações ou as terapias químicas. Além disso, o médico destaca também a importância de acompanhamento psicológico. Contudo, segundo a Organização Mundial de Saúde, apenas 10% das pessoas que padecem de dor recebem um tratamento adequado.

 

Recomendações
Ter hábitos alimentares saudáveis não é sinónimo de uma alimentação restritiva ou monótona.

Quanto mais variada for a sua selecção alimentar, melhor. Diferentes alimentos contribuem com diferentes nutrientes o que, garante que todas as necessidades nutricionais sejam satisfeitas.

Optar por hábitos alimentares mais saudáveis, não significa deixar de comer aqueles alimentos menos saudáveis que tanto gosta. O importante é que o consumo desses alimentos constitua a excepção e não a regra do seu dia-a-dia alimentar.

Encare a adopção de práticas alimentares mais saudáveis como uma oportunidade para experimentar novos alimentos e novos modos de confecção, que para além de serem apetitosos, são uma forma de contribuir para a melhoria do seu estado de saúde.

Actualmente sabe-se que os hábitos alimentares inadequados e a inactividade física são dois dos principais factores de risco para o aparecimento de doenças como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e até alguns tipos de cancro.

É por isso de primordial importância que todos adoptemos um estilo de vida mais saudável, cuidando dos nossos hábitos alimentares, praticando mais actividade física e não fumando.

Recomendações para fazer uma alimentação diária mais saudável:

Tome sempre o pequeno-almoço
Inicie o seu dia com um pequeno-almoço completo, equilibrado e saudável. Para isso consuma leite ou seus derivados, pão escuro ou de mistura ou cereais integrais e não se esqueça de incluir fruta fresca.

Evite estar mais de 3 horas e meia sem comer
Faça pequenas merendas entre as três refeições principais e uma pequena ceia antes do deitar.

Diminua o consumo de sal
Reduza a quantidade que usa para a confecção dos alimentos, opte por usar ervas aromáticas e especiarias para que os seus cozinhados fiquem mais apetitosos. Não adicione sal fino aos pratos já confeccionados, para isso evite levar o saleiro para a mesa.

Evite o consumo de alimentos muito salgados (ex.: chouriço e outros produtos de charcutaria e salsicharia, determinados queijos, caldos concentrados, molhos pré-preparados, alimentos tipo fast-food, etc. ...).

Evite ingerir açúcar e produtos açucarados
Não adicione açúcar ao leite, chá ou café, procure habituar-se ao sabor natural destas bebidas. Evite consumir produtos ricos em açúcar (ex.: produtos de confeitaria e pastelaria, chocolates, gelados, rebuçados, mel, sobremesas açucaradas, gomas, refrigerantes, determinadas bolachas, etc.).

Estes alimentos só devem ser consumidos ocasionalmente e de preferência após uma refeição.

Aumente o seu consumo de hortaliças e legumes
Inicie sempre o almoço e o jantar com uma sopa rica em hortaliças e legumes; faça destes alimentos (em salada ou preparados de outras formas) um acompanhamento fundamental do seu prato.

Aumente o seu consumo de fruta
Lembre-se: “Para terminar a refeição em beleza, a fruta é a melhor sobremesa!”. Prefira a fruta a outro tipo de sobremesas mais açucaradas. Nos intervalos entre as refeições, “engane” a fome comendo uma peça de fruta acompanhada de outro alimento (ex.: um pedaço de pão ou um iogurte...).

Consuma de preferência peixe e carnes magras (ex.: aves ou coelho)
O peixe e as carnes brancas fornecem a mesma quantidade de proteína que as carnes vermelhas (ex.: carne de vaca ou de outros mamíferos), com a vantagem de terem menor quantidade de gordura, por isso faça um consumo muito esporádico de carnes vermelhas.

A pele das aves e a gordura visível da carne e peixe, por serem prejudiciais à saúde, deve evitar-se o seu consumo.

Beba água simples em abundância ao longo do dia
Chá e infusões sem adição de açúcar são uma maneira saudável e saborosa de consumir água. Evite os refrigerantes e bebidas artificiais à base de sumo de frutos que são geralmente pobres em nutrientes e ricas em açúcar.

Se consumir bebidas alcoólicas, faça-o com moderação
Mulheres grávidas, crianças, adolescentes e jovens até aos 17 anos não devem consumir nenhuma porção de álcool.

Reduza o seu consumo total de gordura, em especial da gordura saturada, existente principalmente em produtos de origem animal
Diminua não só a quantidade de gordura usada para cozinhar e temperar, mas também o consumo de alimentos com elevado teor de gordura (ex.: margarina, banha, manteiga, produtos de charcutaria e salsicharia, natas, molhos pré-preparados industrialmente, caldos concentrados, toucinho, massas folhadas, rissóis, etc. ...).

Prefira métodos de culinária simples, saudáveis e saborosos, tais como: estufados, cozidos e grelhados
Se adicionar gordura aos seus assados no forno, que seja apenas azeite e em pouca quantidade. Evite o consumo de alimentos fritos, pois estes contêm grandes quantidades de gordura.

Nos alimentos grelhados não consuma as partes carbonizadas (queimadas), pois estas são muito prejudiciais para a sua saúde.

Não utilize gorduras que foram sobreaquecidas ou óleos queimados
Evite cozinhar mais do que duas vezes com a mesma gordura, pois as altas temperaturas a que esta é submetida durante o processamento culinário (ex. fritura), levam à sua degradação e ao aparecimento de substâncias cancerígenas, que passam para o alimento enquanto este é cozinhado.

Privilegie sempre o consumo do azeite em relação às outras gorduras, tanto para cozinhar, como para temperar os pratos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Devido a novas mutações
O cancro do pulmão pode ficar “adormecido” durante mais de 20 anos antes de se tornar mortal, afirmaram cientistas, o que pode...

Duas revistas especializadas que detalharam a evolução do cancro do pulmão revelam como, após uma falha genética causadora da doença “muitas vezes devida ao tabaco”, as células do tumor desenvolvem numerosas novas mutações silenciosamente, tornando partes diferentes do mesmo tumor geneticamente únicas.

Quando os indivíduos apresentam sintomatologia que permita diagnosticar o cancro, as células malignas terão percorrido diversas fases evolucionárias, fazendo com que seja extremamente difícil que qualquer medicamento específico surta efeito. As descobertas mostram a necessidade premente de detectar o cancro do pulmão antes que este se tenha transmutado em múltiplos clones malignos.

“O que não tínhamos conseguido entender antes é por que este é o imperador de todos os tipos de cancro e uma das doenças mais difíceis de tratar”, disse Charles Swanton, autor de uma das monografias do Instituto de Pesquisa de Londres da instituição de caridade Pesquisa do Cancro da Grã-Bretanha. “Anteriormente, não sabíamos o quão heterogéneo este tipo de cancro em estágio inicial era”.

O cancro do pulmão é o mais fatal do mundo, estimando-se que vitime cerca 4.300 pessoas por dia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 85% dos doentes têm cancro do pulmão de células não-pequenas (NSCLC, na sigla em inglês), o tipo analisado nos dois estudos.

Para chegar a uma compreensão plena da doença, os dois grupos de cientistas britânicos e norte-americanos analisaram a variabilidade genética em diferentes regiões dos tumores pulmonares removidos em cirurgias e desvendaram como as falhas genéticas haviam desenvolvido ao longo do tempo.

O que descobriram foi um período de latência extremamente alto entre as mutações iniciais e os sintomas clínicos, que acabaram por surgir depois de novas e adicionais falhas terem desencadeado o crescimento acelerado da doença.

No caso de alguns ex-fumadores, as falhas genéticas iniciais que despertaram o cancro remontavam a um consumo de cigarros de há duas décadas. Mas estas falhas tornaram-se menos importantes ao longo do tempo, e mutações mais recentes foram causadas por um novo processo controlado por uma proteína chamada APOBEC.

A pesquisa foi publicada na revista científica Science.

 

A partir de hoje
A Região Autónoma da Madeira passou a ter, a partir de hoje, um coordenador residente do Gabinete Médico-Legal e Forense do...

Segundo João Pinheiro, vice-presidente do I Instituto Nacional de Medicina Legal (INML), a nomeação cumpre "um desejo antigo do instituto, que é nomear médicos especialistas do quadro em todo o território nacional".

O gabinete já existe na Madeira há 15 anos, funcionando nas instalações do hospital Dr. Nélio Mendonça e tem sido coordenado nos últimos anos “à distância”.

“O que se pretende com este coordenador forense é melhorar a qualidade os serviços, melhorar a resposta, chegar mais cedo e chegar melhor”, afirmou.

João Pinheiro considerou que “as ilhas têm um risco estatístico que obrigam a que os gabinetes estejam mais bem apetrechados, quer em meios humanos, instalações e de materiais”. Para João Correia, a existência de alguém que é especialista permitirá acelerar a pendência de processos.

“Havendo um especialista de medicina legal a tempo inteiro vai permitir que as perícias possam ser agendadas de uma forma mais célere”, nomeadamente as autópsias, a observação de vítimas de agressões, particularmente as sexuais, e os acidentes.

O gabinete tem seis peritos na Madeira, além do coordenador, que ajudam nas perícias, cinco deles de medicina geral familiar e um ortopedista.

 

Presidente da Sociedade Americana do Sangue e Transplante de Medula diz
O presidente da Sociedade Americana do Sangue e Transplante de Medula, Sergio Giralt, disse que o novo tratamento do mieloma...

Segundo Sergio Giralt, presidente da Sociedade Americana do Sangue e Transplante de Medula, considerado um dos maiores especialistas mundiais nesta área, “a terapêutica do mieloma múltiplo é optimizada em função do doente e das características da doença”.

Sergio Giralt falava numa conferência sobre o transplante perfeito no mieloma múltiplo numa conferência sobre “A Ciência e a Ética” organizada pelo IPO/Porto.

O director do Serviço de Transplantação de Medula Óssea do IPO/Porto, António Campos, considerou que se trata de “um avanço extraordinário. Os doentes não são todos tratados da mesma maneira, são tratados em função de determinados parâmetros e, assim, conseguimos que os doentes vivam mais e melhor”.

“São definidos grupos de doença, com prognósticos diferentes e a partir daí o tratamento é adaptado em função do grupo de risco em que o doente cai”, explicou.

Segundo António Campos, a abordagem sistematizada para diferentes grupos de doentes, hoje apresentada por Sergio Giralt, dá aos especialistas “uma ideia de como a doença se vai comportar”.

O mieloma múltiplo é um cancro que tem origem nas células plasmáticas, um tipo de glóbulos brancos. A sua incidência anual em Portugal é de 3 casos /100 mil habitantes, sendo a ocorrência mais comum acima dos 60 anos.

O IPO-Porto já fez 493 transplantes em 325 doentes com mieloma múltiplo. O Sociedade Americana do Sangue e Transplante de Medula está a assinalar este ano os 25 anos sobre o primeiro transplante, tendo ultrapassado já os 2 mil transplantes.

 

Em pedopsiquiatria
O secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal da Costa, afirmou que quer reforçar a capacidade de intervenção e internamento...

O Governo tem “consciência da necessidade de intervenção em saúde mental nos mais novos”, sendo uma especialidade para a qual o país “não foi capaz de criar os profissionais necessários”, disse Fernando Leal da Costa, na sessão de abertura das comemorações do Dia Mundial da Saúde Mental, no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra.

“É necessária uma intervenção mais forte, mais efectiva e mais competente nas crianças e adolescentes", referiu, frisando que a promoção da saúde mental e a prevenção de distúrbios também se “ganha numa intervenção precoce”.

Os recursos existentes “são manifestamente poucos para as necessidades identificadas”, sendo a capacidade de intervenção e de internamento “limitada”, observou, sublinhando a importância “de formar o maior número possível” de pedopsiquiatras.

O presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), José Martins Nunes, também presente na cerimónia, prevê que “dentro de três meses” seja possível dotar o CHUC de um serviço de pedopsiquiatria com internamento e urgência, “que sirva as crianças da região Centro”. “Existe uma médica a trabalhar fora da região interessada em trabalhar em Coimbra, estão a tramitar dois processos de cedência por interesse público de duas pedopsiquiatras e, em Janeiro, teremos mais uma especialista formada no nosso hospital”, informou.

José Martins Nunes explicou que o serviço com internamento e urgência estará integrado no Hospital Pediátrico de Coimbra numa área actualmente desocupada, prevendo que no início o serviço esteja equipado com 10 camas. De acordo com o presidente do conselho de administração do CHUC, "nunca houve internamento em pedopsiquiatria" em Coimbra.

José Alberto Garrido, director do serviço de pedopsiquiatria do CHUC, sublinhou que até agora as crianças “ou ficam nas urgências ou vão para o Porto ou para casa”.

 

Unidade de Pedopsiquiatria do Hospital de Ponta Delgada com espera de 8 meses

A unidade de pedopsiquiatria do Hospital de Ponta Delgada, nos Açores, debate-se com um grande volume de pedidos, superior à capacidade de resposta e a lista de espera para uma primeira consulta a crianças e jovens atinge os oito meses.

A informação foi avançada pelo pedopsiquiatra do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, Bruno Seixas, à margem do III Roteiro de Saúde Mental dos Açores, indicando que na região, “uma em cada quatro crianças” tem hipótese, “ao longo do seu percurso de desenvolvimento, de ter sintomas com impacto significativo ao nível do seu desenvolvimento”.

Segundo o pedopsiquiatra, a lista de espera na ilha Terceira, onde o especialista também dá assistência, “é de 26 crianças”, mas em São Miguel, a maior ilha açoriana, “o número é superior”. “Actualmente um caso não urgente que seja encaminhado para o Hospital de Ponta Delgada para observação pedopsiquiátrica tem que esperar mais de oito meses” para ser atendido para uma primeira consulta de pedopsiquiatria, adiantou.

“Temos um grande volume de pedidos, era necessário que o sistema de referenciação fosse afinado, mas tentamos dar resposta, embora por vezes não o consigamos em tempo útil”, disse o responsável pela unidade de pedopsiquiatria do Hospital de Ponta Delgada.

O pedopsiquiatra adiantou que são referenciadas “sobretudo” crianças “com perturbações de comportamento, muitas crianças com dificuldades escolares para despiste de problemas específicos de aprendizagem e muitos casos de hiperactividade com défice de atenção” e admitiu que possa haver uma maior incidência e casos graves “em famílias com poucos recursos e com patologia também a nível dos pais”.

No Dia Mundial da Saúde Mental, o pedopsiquiatra considerou ainda que deveria ser “reforçado o investimento” na área da saúde mental infanto-juvenil.

A coordenadora do Centro Paroquial de Bem Estar Social de S. José, Vitória Furtado, defendeu que “é preciso efectivar o cumprimento da articulação” entre as várias instituições que trabalham na área. A psicóloga alertou ainda que “muitas vezes” o pedido de ajuda “é adiado” pelos próprios doentes e disse que além do suporte à família também é importante reforçar o apoio psicossocial na comunidade.

O director da Casa de Saúde de S. Miguel, Pedro Carvalho, defendeu igualmente a necessidade de “reforçar as redes de suporte familiar”, indicando que a instituição tem a taxa de ocupação “quase a 100%” e uma vez mais a necessidade do enfoque no acompanhamento pós internamento, e aqui com papel importante por parte das famílias.

O III Roteiro de Saúde Mental é uma iniciativa do Centro Paroquial de Bem-estar Social de São José em parceria com a Casa de Saúde São Miguel, do Instituto São João de Deus, a Casa de Saúde Nossa Senhora da Conceição, das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus e a Associação para a Promoção da Saúde Mental (ANCORAR). A iniciativa pretende aproximar as entidades dos profissionais e a comunidade na reflexão e desmistificar algum estigma ainda associado à doença mental.

Líder do CDS-PP nos Açores acusa
O líder do CDS-PP nos Açores, Artur Lima, denunciou hoje que há “cerca de dois anos” que os médicos especialistas não se...

“O Governo tem de pôr a mão na consciência e começar a fazer a deslocação de especialistas, particularmente em algumas áreas”, frisou o líder do CDS-PP nos Açores, Artur Lima. Para o dirigente, a deslocação de médicos especialistas às ilhas sem hospital “foi uma boa medida socialista”, mas neste momento não existe “por teimosia e culpa do actual secretário [regional] da Saúde”.

“As Flores são exemplo disso. Há mais de um ano, há cerca de dois anos, que estão sem deslocação de especialistas”, denunciou. Na ilha das Flores, Artur Lima considerou que “a neurologia é uma área fundamental”, assim como a pediatria, que implica a deslocação de pai, mãe e filho, quando as crianças têm menos de quatro anos, o que “triplica a despesa”.

“O senhor secretário [regional da Saúde] anda a cortar nos direitos dos doentes, para eventualmente esbanjar noutro sítio”, acusou.

Depois de visitar o centro de saúde de Santa Cruz das Flores, Artur Lima defendeu um “forte investimento” do executivo açoriano em “cuidados continuados”.

“Há a boa vontade do centro de saúde, mas é preciso que se aposte definitivamente nos cuidados continuados e parece que não há nada programado nesse sentido”, frisou.

O líder regional centrista lamentou ainda que a telemedicina, prometida pelo executivo socialista “desde 1997”, ainda não seja uma realidade e continue “numa fase experimental”.

 

Afecta 1% da população
O director da Organização Mundial de Saúde para África, Luís Sambo, admitiu que persiste o “estigma” às pessoas com...

A propósito do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala hoje sob o lema “Viver uma vida saudável com esquizofrenia”, o médico angolano responsável regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África reconheceu que naquele continente “há muitas vezes o mal-entendido de que a esquizofrenia não é tratável”.

“Esse mal-entendido resulta num estigma, associado a um maior fardo físico, psicológico e económico, sobre o doente, os cuidadores e a família”, afirma o director regional da OMS.

Na comunicação alusiva ao Dia Mundial da Saúde Mental, Luís Sambo reconhece que os países africanos já fizeram “alguns progressos na melhoria dos cuidados de saúde mental”, mas “há ainda muitos desafios a ultrapassar”.

“A saúde mental deverá ser integrada nos cuidados de saúde primários. É preciso informar e sensibilizar as comunidades para a melhor maneira de ajudar os indivíduos com esquizofrenia. Por isso, a OMS apela aos governos para reforçarem os serviços de saúde que apoiam as pessoas com esquizofrenia”, sublinhou o director regional da organização. A isto acrescentou que as pessoas com esquizofrenia “podem ter uma vida saudável, se receberem tratamento adequado o mais cedo possível e levarem um estilo de vida aceitável”.

“Hoje, na comemoração do Dia Mundial da Saúde Mental, apelo aos doentes, famílias e cuidadores que, tomem iniciativas para detectar, tratar e prevenir a esquizofrenia. Apelo aos governos, parceiros, instituições de investigação e à sociedade civil para reforçarem o seu envolvimento e investir mais na saúde mental”, rematou Luís Sambo.

 

Circular Informativa N.º 216/CD/8.1.6.
O Infarmed alerta, através de circular informativa, para a venda ilegal de sabonetes artesanais que não cumprem a legislação...

No decurso das actividades de supervisão do mercado, o Infarmed tem verificado o aumento do comércio, em lojas e na Internet, de sabonetes artesanais que não cumprem a legislação aplicável aos produtos cosméticos bem como com o previsto na Deliberação n. 15/CD/2013 de 13 de Fevereiro).

O fabrico de produtos cosméticos, independentemente da tipologia de fabrico (Decreto-Lei n.º 169/2012 de 1 de Agosto, na actual redacção) e incluindo o que é realizado em unidades produtivas artesanais (Decreto-Lei n.º 41/2001, de 9 de Fevereiro), tem de cumprir a legislação europeia e nacional

Assim, só podem ser colocados no mercado produtos cosméticos que demonstrem ser seguros e cumpram os requisitos legalmente estabelecidos pelo Regulamento (CE) N.º 1223/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de Novembro de 2009 e pelo Decreto-Lei n.º 189/2008, de 24 de Setembro

Face ao exposto, o Infarmed adverte:

- As entidades que fabriquem produtos cosméticos artesanais têm de tomar as medidas necessárias para cumprir a legislação aplicável;

- As entidades que distribuam ou vendam este tipo de produtos devem certificar-se que os produtos estão conformes com os requisitos previstos.

O não cumprimento das disposições legais está sujeita a sanções de acordo com a Lei n.º 51/2014, de 25 de Agosto.

 

 

Serviço Nacional de Saúde
As Unidades de Saúde estão obrigadas a divulgar na internet os tempos de espera de consultas e exames. No entanto, ainda são...

Uma análise do jornal i aos sites dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que estão a cumprir a obrigação de divulgar estes indicadores revela que em algumas especialidades as unidades estão longe de garantir os tempos de resposta previstos na lei, que no máximo deveriam ser 150 dias. Dados divulgados recentemente pela Administração Central do Sistema de Saúde mostram que até Julho duas em cada 10 consultas externas realizadas (23%) ocorreram fora do tempo, mas os dados publicados por alguns hospitais permitem perceber o que isto significa, já que este indicador não reflecte a espera de quem está a aguardar.

Se as esperas médias superiores a mil dias são ainda assim uma excepção, é mais comum encontrar tempos médios de resposta de um ano e quase dois. No Centro Hospitalar de Setúbal são apontados 513 dias de espera média para uma consulta de ortopedia e 606 dias para otorrinolaringologia. No Amadora-Sintra, o tempo médio de resposta para uma consulta de ortopedia de prioridade normal são 348 dias e para gastrenterologia são 369 dias. Além destas especialistas, oftalmologia é outra área em que os tempos elevados são comuns.

Uma das conclusões do jornal ao pesquisar nos sites dos hospitais é que ainda há muito a fazer em matéria de informação ao público. Além dos tempos de espera para consultas, as unidades devem divulgar esperas para cirurgias, exames e análises. Apesar de nos últimos meses ter havido melhorias, ainda são menos de metade as unidades do SNS com dados actualizados nos sites. Só 17 unidades num total de 45 fornecem tempos de espera para consulta e 19 apresentam os prazos relativamente a exames e análises. Falham grandes centros hospitalares como Lisboa Norte, Central ou Algarve. Também são pouco mais de uma dezena as que publicitam tempos para cirurgia, mas esses dados são objecto de relatórios da ACSS que permitem uma ideia da dimensão das esperas, o que não ocorre com consultas e exames.

Mas além de serem ainda poucos os hospitais com dados, o acesso à informação nos que já o fazem não é fácil. É raro haver uma ligação para os dados na página principal e surgem em secções como estatísticas, documentos ou informação de gestão. A maior parte dos sites tem um separador de “informação aos utentes”, mas quase nunca é lá que surgem as fichas. Depois os próprios critérios são díspares. Algumas unidades apresentam tempos médios, outras medianos e máximos.

 

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