Sociedade pouco preparada para aceitar
Procedimento tem gerado interesse mas ainda é de acesso restrito em Portugal: só em situação de infertilidade ou doença.

Há cada vez mais mulheres portuguesas interessadas em congelar óvulos para adiar a maternidade, embora na maior parte das vezes não concretizem esse desejo, escreve o Diário de Notícias Online. O assunto envolve polémica e voltou a estar na ordem do dia com a notícia de que a Apple e o Facebook pagam o procedimento às colaboradoras que queiram congelar os ovócitos. Por cá, não há empresas a fazê-lo, mas há mulheres que anseiam congelar o projecto da maternidade à espera do “príncipe encantado”.

“A prática não é corrente em Portugal. O Serviço Nacional de Saúde não custeia [excepto para doentes sujeitos a quimio ou radioterapia] e há clínicas privadas que o fazem, mas são situações muito restritas”, assegura Ana Teresa Santos, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR). A sociedade portuguesa “ainda não está preparada para aceitar” este procedimento. As empresas que o fazem não o publicitam, explica a responsável, “porque é um assunto tabu”, mas a médica adianta já ter recebido solicitações de mulheres portuguesas “que não tinham parceiro quando se estava a aproximar o fim da idade reprodutiva”.

A iniciativa das duas empresas tecnológicas “é tão generosa que se questiona qual o interesse”, diz a presidente da SPMR, acrescentando que pode ser eticamente reprovável se “a ideia for prender as mulheres na idade reprodutiva”.

 

Orçamento do Estado para 2015
As taxas moderadoras nos hospitais vão baixar a valores de 2013, enquanto nos centros de saúde só reduzem, caso a taxa de...

Nas consultas nos cuidados de saúde primários só se aplica a regra de actualização das taxas moderadoras no caso de a taxa de inflação de 2014 a divulgar pelo Instituto Nacional de Estatística for negativa. No caso de a taxa de inflação ser positiva, as taxas moderadoras nos centros de saúde mantêm-se sem alteração. Todas as outras taxas moderadoras, incluindo urgências, consultas e exames em hospitais, voltam a valores de 2013 a menos que haja uma deflação e que daí resultem valores inferiores.

Em Setembro, o ministro da Saúde tinha afirmado que em 2015 as taxas moderadoras não deverão aumentar e que o Governo estava até a equacionar uma redução dos seus valores.

A ministra de Estado e das Finanças entregou, na Assembleia da República, a proposta de Orçamento do Estado para 2015, o último da presente legislatura. A proposta estima que o défice orçamental para o próximo ano seja de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, 0,2 pontos percentuais acima do acordado com a 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu). O documento prevê um crescimento económico de 1,5% e uma taxa de desemprego de 13,4%.

 

Ministério da Saúde com acréscimo de 0,6%

O orçamento da saúde no próximo ano vai ter um aumento de 0,6% face a 2014, o que corresponde a mais 51,6 milhões de euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2015.

“A despesa total consolidada do Programa da Saúde em 2015 é de 9.054,4 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 0,6% (51,6 milhões de euros) face à estimativa de despesa para 2014”, refere o documento.

Para o Serviço Nacional de Saúde está previsto um montante de 7.874 milhões de euros, representando um aumento de 2% relativamente a 2014.

Mais de metade da despesa será consumida na aquisição de bens e serviços, num montante superior a 5 mil milhões de euros, nos quais se incluem medicamentos e meios complementares de diagnóstico, bem como os encargos com as parcerias público-privadas.

Os 840 milhões inscritos para as parcerias público-privadas são destinados aos hospitais de Braga, Cascais, Loures e Vila Franca de Xira.

A despesa financiada por receitas consignadas regista um aumento de 10,7%, mais 49,4 milhões de euros, devido essencialmente ao “aumento previsto com encargos” com a ADSE, que a par de outros subsistemas passam para a tutela do Ministério da Saúde.

Das medidas com impacto directo na estratégia de consolidação orçamental, o documento destaca na área da saúde a alteração do mecanismo que fixa um máximo de despesa com medicamentos nos acordos com a indústria farmacêutica.

A devolução dos hospitais às Misericórdias e a implementação do já anunciado sistema de avaliação de tecnologias e de reavaliação de medicamentos são outras das medidas sectoriais indicadas no orçamento para o próximo ano.

 

Ébola:
Portugal tem a partir de hoje uma plataforma de resposta à doença por vírus Ébola, uma espécie de gabinete de crise com uma...

Após a reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública, foi informado através de comunicado a aprovação da plataforma de resposta a doença por vírus Ébola, que é “uma linha de comando e hierarquia claramente definida”, mas que pode ir sendo adaptada à evolução da situação da doença.

“Dada a probabilidade de importação de casos e a probabilidade de ocorrência de casos secundários, importa estabelecer uma estrutura que coordene a resposta à doença por vírus do Ébola, a fim de serem desenvolvidas as medidas necessárias para contenção do vírus e para a resposta a uma eventual situação de contágio em território nacional”, refere o documento a que a agência Lusa teve acesso.

No documento que estabelece a plataforma define-se um dispositivo de coordenação, uma estrutura executiva e núcleos transversais.

A coordenação cabe ao director-geral da Saúde e aos presidentes do INEM, da Autoridade do Medicamento, do Instituto Nacional de Saúde (INSA) e das administrações regionais de saúde. Integra ainda, como observadores, representantes das regiões autónomas, das Forças Armadas e da Direcção-geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas. A estrutura executiva da plataforma tem também responsáveis atribuídos, bem como os vários eixos que a compõem e que estão definidos como: de avaliação de risco, de prevenção e controlo, de comunicação e de avaliação.

O eixo de avaliação do risco pesquisa informação, actuando como ponto focal das redes de alerta internacionais. Na plataforma ficam ainda definidos os responsáveis pela gestão de doentes, pela formação e treino de profissionais e pela gestão de contactos.

Criou-se também um comité de biossegurança, coordenado por uma profissional do INSA, que deve elaborar informações e orientações em áreas como transporte de casos suspeitos validados, gestão do doente internado (do ponto de vista da biossegurança), procedimentos perante um óbito, vigilância de contactos e equipamentos de protecção individual.

Na reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública, o director-geral da Saúde, Francisco George, focou a situação “preocupante da epidemia na África Ocidental”, sublinhando que o risco para Portugal se eleva “à medida que a incidência de novos casos nos países africanos aumenta”.

No encontro, o ministro da Saúde deu indicações para realizar simulacros a nível nacional de preparação para combater o vírus do Ébola e para reforçar a formação dos profissionais, a par da promoção de uma campanha aos cidadãos.

Paulo Macedo anunciou ainda a decisão de “promover uma campanha de informação e sensibilização aos cidadãos sobre riscos do Ébola”.

 

Portugal vai realizar simulacros e campanha de informação aos cidadãos

O ministro da Saúde deu indicações para realizar simulacros a nível nacional de preparação para combater o vírus do Ébola e para reforçar a formação dos profissionais, a par da promoção de uma campanha aos cidadãos.

O ministro Paulo Macedo anunciou a decisão de “promover uma campanha de informação e sensibilização aos cidadãos sobre riscos do Ébola”. “Deu orientações igualmente para serem organizados simulacros de âmbito nacional a par do reforço do processo de formação” aos profissionais de saúde e também a outros trabalhadores, como os aeroportuários.

Sobre a realização de simulacros, fonte oficial do Ministério da Saúde adiantou à agência Lusa que essas acções devem ser seguidas de uma respectiva avaliação.

Em relação ao controlo dos passageiros, o Conselho de Saúde Pública concluiu que as informações destinadas a viajantes devem ser distribuídas, para já, em mão apenas às pessoas provenientes de zonas com actividade epidémica.

Além disso, o Conselho considera que se devem privilegiar os rastreios antes do início da viagem dos passageiros que saem do país afectado, sendo esta a orientação que a delegação portuguesa deve seguir na reunião de quinta-feira no Conselho da União Europeia. Segundo fonte oficial, o Governo português admite avançar com iniciativas de medição da temperatura a viajantes que cheguem aos aeroportos portugueses quando o cenário se justificar.

 

Especialistas reclamam
A Sociedade Portuguesa de Pediatria quer que a criança seja colocada “de forma central” na agenda política em Portugal e que a...

Mais de mil especialistas das áreas da saúde infantil estarão reunidos a partir de sexta-feira em Albufeira no 15.º Congresso Nacional organizado pela Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) e que tem entre os temas centrais a promoção da natalidade, os 50 anos do Programa Nacional de Vacinação e a prevenção de doenças cardiovasculares, segundo disse à agência Lusa a presidente da Sociedade, Teresa Bandeira.

Aliás, de acordo com a responsável, uma das principais preocupações da Sociedade de Pediatria é actualmente “colocar a criança de forma central na agenda política, da saúde, da educação e científica”.

“A criança é o pai do Homem”, refere Teresa Bandeira, adiantando que a construção de um compromisso social e político para a natalidade é um dos temas fundamentais do Congresso. A prevenção, em idade pediátrica, das doenças cardiovasculares típicas do adulto são outro dos assuntos a debater pelos especialistas de saúde infantil.

“As medidas de prevenção nesta fase da vida serão mais eficazes e muito menos dispendiosas do que a prevenção na idade adulta”, defende Teresa Bandeira, indicando que está cientificamente demonstrado que a maioria das doenças cardiovasculares começa em fases da vida muito precoces.

A pediatra vinca que “a maioria destas doenças começa potencialmente de forma antenatal”, ou seja, que há factores que promovem a saúde desde o útero materno.

Sobre o Programa Nacional de Vacinação, quase a completar 50 anos, a Sociedade Portuguesa de Pediatria sublinha a necessidade de “manter a estrutura que o suporta”, lembrando que tem das mais elevadas taxas de adesão a nível europeu e mundial e que permitiu eliminar ou “reduzir drasticamente” doenças graves e/ou muito frequentes.

Há um ano em funções, a actual direcção da SPP pretende uma aproximação às crianças e famílias, tendo lançado este mês uma página na Internet com informação simples dirigida a pais e educadores.

Direitos da criança, gravidez e primeiro ano de vida, comportamentos ou doenças comuns são alguns dos assuntos abordados no site dedicado à criança e à família, onde se podem encontrar artigos que vão desde a prevenção da morte súbita à vacinação.

 

Ordem dos Nutricionistas assinala Dia Mundial da Alimentação
A Ordem dos Nutricionistas assinala o Dia Mundial da Alimentação, que se celebra hoje, demonstrando aos cidadãos como um estilo...

“As implicações de uma alimentação desequilibrada são dos problemas com maior impacto na saúde pública em Portugal e é importante para os cidadãos estarem cada vez mais alerta para o benefício de terem uma alimentação saudável”, explica a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, justificando a iniciativa.

O vídeo salienta cinco passos distintos que promovem um estilo de vida saudável. Em primeiro lugar, começa por relembrar da importância de se uma alimentação variada, equilibrada, completa e sustentável. “A Roda dos Alimentos é um instrumento de educação alimentar que todos conhecem e que devemos utilizar como orientador das nossas escolhas alimentares”, salienta a Bastonária, explicando ainda que podem ser efetuadas muitas combinações saudáveis a partir dos sete grupos que a compõem, desde que se respeitem as porções adequadas de cada um.

Reforça-se a importância do cumprimento da máxima “5 porções de hortícolas e fruta por dia”, facilmente colocada em prática através de pequenos gestos como a inclusão da sopa e da fruta nas refeições. O mesmo se passa com as leguminosas, como o feijão, as ervilhas ou o grão-de-bico, que devem ser consumidas diariamente.

As carnes brancas e o pescado devem ser preferidos às carnes vermelhas, que são ricas em gordura saturada e estão associadas ao desenvolvimento de problemas cardiovasculares e de tumores, por exemplo. Quanto ao sal o seu consumo diário nunca deve exceder os 5g, o equivalente a uma colher de chá.

Sustentabilidade é também uma das palavras de ordem do primeiro passo a que o vídeo remete, procurando consciencializar para o seu impacto na qualidade da alimentação e no ambiente envolvente e que estará à disposição das gerações vindouras.

O segundo passo remete para a importância da hidratação, salientando a água como a bebida de eleição. O consumo recomendado é de 1,5l por dia, o equivalente a cerca de 8 copos, e a atenção deve ser redobrada em dias de calor, após a prática de exercício física ou no caso das crianças, dos idosos e das grávidas.

No momento de abordar o terceiro passo, a Ordem dos Nutricionistas procura consciencializar da importância de evitar o desperdício alimentar e da reutilização dos alimentos, através, por exemplo, de novas receitas. Pequenos gestos como aproveitar a parte comestível dos alimentos, cozinhar as quantidades certas ou reutilizar as sobras das receitas podem constituir um contributo significativo para a saúde da população e para a redução da pegada ecológica. O intuito é levar as pessoas a pensar com responsabilidade e consciência na necessidade de zelar pelo futuro das gerações.

Em quarto lugar, a Ordem dos Nutricionistas relembra da importância do controlo do peso, sendo importante que seja pouco variável ao longo dos anos. Em caso de dúvida, o nutricionista ou o dietista representam a melhor fonte de informação que o cidadão pode procurar para se esclarecer.

Finalmente, o quinto passo remete para a importância de combater o sedentarismo, procurando um estilo de vida ativo. Pequenos gestos como passear o cão, ir para o trabalho a pé ou optar pelas escadas ao elevador, poderão fazer a diferença.

A promoção da alimentação saudável em Portugal é uma dos propósitos da Ordem dos Nutricionistas, sendo esta apontada como uma das estratégias que mais poderá contribuir para o crescimento e competitividade económica do país, não só através da melhoria da saúde dos cidadãos mas também pela promoção do desenvolvimento de outros setores como a agricultura, a produção alimentar, o ambiente, a cultura e qualificação profissional.

A alimentação em muito contribui para a prevenção de patologias que, consequentemente, designa uma forma de diminuir a carga de doenças para que o sistema de saúde possa ser comportável, daí que seja necessário que todos sejam sensibilizados para a importância associada ao cumprimento de bons hábitos quotidianos.

A Ordem dos Nutricionistas refere que a ingestão alimentar que resulta de uma interação entre o indivíduo e o ambiente que o rodeia só se melhora modificando as causas que a condicionam e situando o cidadão como parte ativa da sua resolução.

“Temos vindo a percorrer um bom caminho e temos de estar orgulhosos daquilo que tem sido feito em Portugal desde os últimos anos através de programas como o Programa Nacional para a Promoção de uma Alimentação Saudável. O balanço é positivo, sem dúvida, mas também é certo que ainda há um longo caminho a percorrer e que uma boa parte dele envolve a responsabilidade dos cidadãos”, reflete Alexandra Bento.

Clique na imagem para visualizar o video:

Ordem dos Nutricionistas

 

16 de Outubro – Dia Mundial da Alimentação
Uma alimentação desadequada traduz-se em doenças crónicas não transmissíveis, tais como a obesidade,

“Vários estudos têm revelado que os hábitos alimentares dos portugueses estão a sofrer alterações devido aos novos ritmos de vida. Assiste-se a uma deterioração dos hábitos alimentares dos portugueses pela falta de recursos económicos, pelo pouco tempo que têm para se preocupar com as questões da saúde, por falta de informação ou até de motivação”, refere Nuno Borges, Nutricionista da Direcção da Associação Portuguesa dos Nutricionistas ao Atlas da Saúde, a propósito do Dia Mundial da Alimentação que se assinala hoje - 16 de Outubro.

Para a mesma responsável a existência de um dia dedicado à alimentação permite que sejam desenvolvidas diversas acções de sensibilização de extrema importância para a população. Por isso, neste dia “a Associação Portuguesa dos Nutricionistas (APN) é parceira de diversas entidades/instituições, em acções de sensibilização, disponibilizando materiais educativos que fornecem informações credíveis sobre alimentação saudável e possibilitando a participação de nutricionistas nos locais das acções”, esclarece, acrescentando que, “também hoje, a Associação promove ainda a entrega dos prémios Food and Nutrition Awards, uma iniciativa pioneira na área da Nutrição em Portugal”. O objectivo destes prémios é a “promoção da inovação no sector agro-alimentar, agregado às áreas da Educação e da Saúde, sendo um motor para o empreendedorismo, valorização da produção nacional e promoção de estilos de vida e hábitos alimentares saudáveis”.

Diz a sabedoria popular que ‘há quem coma para sobreviver e há os que vivem para comer’. Seja qual for o caso, é importante perceber que é através dos alimentos, que o organismo humano consegue obter a energia necessária para se manter vivo e todos os nutrientes essenciais à manutenção de um estado saudável. Por isso, importa perceber que, conforme explica Nuno Borges, “os alimentos assumem um papel preponderante na manutenção da vida”, sublinhando que “se assiste actualmente a uma crescente valorização da alimentação, com o pressuposto de optimizar a saúde e prevenir o aparecimento de doenças”. Ou seja, as principais causas de morte e de perda de qualidade de vida estão relacionadas com o estilo de vida e, particularmente, com os hábitos alimentares. Isto é uma realidade tanto para Portugal como para o resto do mundo.

Quer isto dizer que os principais perigos de uma alimentação inadequada se traduzem em “doenças crónicas não transmissíveis, tais como a obesidade, as doenças cardiovasculares, o cancro, a diabetes mellitus ou as doenças respiratórias crónicas”. Todas estas doenças, conforme nos conta Nuno Borges “estão a aumentar drasticamente a nível mundial e de uma forma transversal a todos os países”. Estas patologias, destaca o especialista, “são responsáveis por mais de 60% das mortes a nível mundial. Além do mais, estima-se que cerca de 80% das doenças cardiovasculares e diabetes mellitus e 40% dos cancros, poderão ser prevenidos através de hábitos saudáveis, realçando-se que muitos destes podem resultar de intervenções baratas e rentáveis”.

 

 

Os erros dos portugueses

“Actualmente, a elevada taxa de desemprego, o nível de pobreza, a diminuição da capacidade financeira e do poder de compra, fazem com que parte da população não apresente condições económicas para a aquisição de alimentos considerados essenciais (ex: leite, fruta, hortícolas, peixe, carne, arroz, batatas, massa) ”, explica Nuno Borges. Por tudo isto, é natural que as pessoas optem por alimentos mais baratos e menos ricos nutricionalmente. Porém, o especialista alerta que além das questões económicas a baixa literacia pode estar na origem dessas escolhas.

Os últimos dados apresentados pela Direcção-Geral da Saúde acerca da obesidade revelam a elevada prevalência na sociedade portuguesa (cerca de 1 milhão de adultos obesos e 3,5 milhões de pré-obesos). No que concerne à diabetes, segundo o Observatório Nacional de Diabetes, a prevalência em Portugal é de 12,4% em indivíduos entre os 20 e os 79 anos. “Os dados são, de facto, preocupantes”, nota o responsável da APN.

Para além disso, os últimos dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, referentes ao período de 2008 a 2012, mostram uma acentuação dos desequilíbrios da dieta portuguesa, que se reflecte, conforme explica Nuno Borges “num excesso do consumo calórico e de gorduras saturadas, numa ingestão baixa de frutos, hortícolas e leguminosas secas e num recurso excessivo aos grupos alimentares de ‘carne, peixe e ovos’ e de ‘óleos e gorduras’. Não é difícil perceber que estas (más) escolhas resultam num aumento de peso, apesar de todos dizermos que Portugal tem uma dieta mediterrânica. A verdade é que nos temos vindo gradualmente a afastar da dieta tradicional tipo mediterrânico, habitualmente associada a saúde e qualidade de vida. Na opinião de Nuno Borges “este afastamento está relacionado com uma deterioração do estilo de vida e, particularmente, dos hábitos alimentares que desempenham um papel preponderante no aumento destas doenças crónicas”.

 

O que fazer?

A crise económica e social veio agravar as más escolhas alimentares, havendo uma relação directa entre a “falta de recurso dos portugueses, o pouco tempo de que dispõem e uma economia alimentar deficiente”. No entanto, para o responsável, “o maior erro poderá estar na falta de informação ou de motivação para melhorarem hábitos de consumo e de confecção dos alimentos”. É por isso que o especialista considera necessário informar e incentivar as famílias a retomar hábitos alimentares tradicionais, muitas vezes mais saudáveis e a custos mais baixos.

“Em casas de famílias portuguesas, cuja gestão alimentar não é eficiente, nem sempre os comportamentos alimentares transmitidos aos filhos são efectuados da melhor maneira”, lamenta, acrescentando que “os pais apesar de se preocuparem em oferecer aos seus filhos alimentos seguros e saudáveis, nem sempre estão suficientemente informados e motivados”.

Nessa medida é importante definir estratégias para contribuir para a mudança de atitudes e comportamentos alimentares das famílias portuguesas, já que a alimentação saudável promove a saúde e previne a doença. O melhor guia para uma alimentação saudável é, na opinião da especialista, a Roda dos Alimentos e os que princípios a ela associados. “É uma forma racional de comer que assegura variedade, equilíbrio e quantidade justa de alimentos, que devem ser escolhidos pela sua qualidade nutricional e higiénica e que são submetidos a benéficas manipulações culinárias”, diz.

O Nutricionista reconhece que quer a Direcção-Geral de Educação, quer pela Direcção-Geral da Saúde se preocupam cada vez mais em difundir diversos programas para promoção de hábitos alimentares saudáveis.

 

Alimentação vs publicidade

A par da preocupação social e médica sobre o aumento da obesidade e hábitos alimentares menos correctos estão as campanhas publicitárias da indústria alimentar cuja (única) preocupação parece ser o volume de vendas. Esta realidade tem sido “largamente estudada e verificada”, uma vez que, “as empresas do sector agro-alimentar podem assumir um papel preponderante na adopção de hábitos alimentares saudáveis pelos consumidores, já que são responsáveis quer pela produção e distribuição, quer pela publicidade e campanhas de marketing dos produtos”, explica Nuno Borges que acredita que as empresas do ramo agro-alimentar têm assumido uma posição mais controlada no que respeita à publicidade.

Se assim é ou não, importa que este sector desenvolva campanhas de marketing assertivas e responsáveis, de forma a satisfazer as necessidades dos consumidores.

Segundo a responsável esse objectivo pode ser conseguido através dos rótulos dos produtos alimentares. “São uma excelente fonte de informação, pelo que caberá às empresas comunicarem aos consumidores não só as vantagens nutricionais dos seus produtos, como também aproveitar para veicular informação relativa às vantagens da aquisição de um estilo de vida saudável”, refere rematando: ”De forma a responder às novas exigências da população, as empresas do ramo agro-alimentar têm apostado na inovação e no desenvolvimento de novos produtos, procurando conciliar o sabor “tradicional” com a melhoria da qualidade nutricional dos alimentos, ambicionada pelas pessoas”.

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
204 milhões de euros em custos de produtividade
As doenças reumáticas são o primeiro motivo de consulta nos cuidados de saúde primários e constituem a principal causa de...

Segundo um estudo publicado em 2004 pela Direcção-Geral da Saúde, as doenças reumáticas são o primeiro motivo de consulta nos cuidados de saúde primários e constituem a principal causa de incapacidade temporária e de reformas antecipadas por doença/invalidez, representando um custo de 204 milhões de euros em perdas de produtividade por absentismo laboral.

No âmbito do Dia Mundial da Coluna, Luís Teixeira, cirurgião ortopedista e mentor do projecto Spine Center, um dos centros com mais intervenções na área da coluna a nível nacional, chama a atenção para o impacto negativo em termos de saúde pública e da propagação destas doenças em consequência do estilo de vida e do aumento da longevidade da população.

Segundo o médico-fundador do 1º centro em Portugal com cirurgia por neuro-navegação e controlo imagiológico 3D no intra-operatório: “As pessoas são mal orientadas em relação à coluna e aos seus problemas. Os medos da cirurgia geram, muitas vezes, diagnósticos tardios e afectam a capacidade de resolução dos problemas. É importante que seja feito uma consulta atempadamente para evitar problemas mais complicados, sendo que menos de 5% das patologias da coluna são resolvidas com recurso a cirurgia.”

As doenças do aparelho locomotor limitam o estilo de vida dos portugueses e o seu estado de saúde e estão sub-diagnosticadas em Portugal sobretudo nalgumas regiões como o Alto Alentejo ou Beira Baixa, é também outra das conclusões do mesmo estudo.

 

Sobre o Spine Center:

Instalado em Coimbra desde 2013, o Spine Center trouxe consigo um conceito inovador que representa a vanguarda no diagnóstico e tratamento médico-cirurgico da coluna vertebral sendo o 1º centro em Portugal com cirurgia por neuro-navegação e controlo imagiológico 3D no intra-operatório. Luís Teixeira é o cirurgião fundador do projecto que conta com um longo percurso de investigação na área tendo começado a sua actividade profissional no serviço de ortopedia dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Posteriormente, em Inglaterra especializou-se na área da coluna no Royal College of England (Londres) e no Center for Spinal Studies and Surgery – Queens Medical Center (Nottingham). Mais tarde, realizou uma formação em cirurgia minimamente invasiva no Goodman Campbell Brain and Spine – St. Vincent Hospital (Indianapolis, EUA).

 

De Londres
A Comissão de Saúde de Londres recomendou ao presidente da câmara, Boris Johnson, que proíba o fumo nos jardins e praças mais...

Num relatório da comissão, afirma-se que 1,2 milhões dos londrinos são fumadores, cerca de 15% da população da capital, e que todos os dias 67 crianças em idade escolar começam a fumar.

“Como cirurgião oncológico do NHS (serviço nacional de saúde britânico) vejo as consequências terríveis nos fumadores e nas suas famílias. Temos de fazer mais para ajudar as pessoas a deixar de fumar e para desencorajar as crianças de começar”, escreveu o autor do relatório, Ara Warkes Darzi.

Segundo o documento, as autoridades de saúde londrinas estimam que o consumo de tabaco é responsável pela morte prematura de 8.400 pessoas todos os anos e pela hospitalização de 51 mil. O Reino Unido proibiu o fumo nos locais de trabalho, incluindo bares e restaurantes, em 2007. Se esta recomendação der origem a nova legislação, Londres tornar-se-á a segunda cidade do mundo a proibir o fumo em espaços ao ar livre, depois de Nova Iorque, em 2011.

A possibilidade de proibir o fumo nos parques e jardins de Londres foi saudada pela organização antitabagista ASH, mas considerada escandalosa pelo grupo de defesa dos fumadores Forest.

No relatório, intitulado “Better Health for London” (uma saúde melhor para Londres), também se recomenda a proibição de publicidade a ‘fast food’ num raio de 400 metros em volta das escolas, descontos nos transportes públicos para as pessoas que fazem a pé parte do percurso para o trabalho e medidas para reduzir a poluição do ar.

 

Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil
Quatro em cada 10 crianças que participaram no programa “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” aumentaram o consumo diário...

O estudo, realizado por investigadores da Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil (APCOI), contou com uma amostra de 18.374 crianças, de um total de 70.357 que participaram na 3ª edição do projecto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável”, que incentiva as crianças do 1º ciclo e jardins-de-infância a adoptar e manter hábitos saudáveis na sua alimentação diária, através de um programa motivacional.

“Poucos estudos em Portugal têm uma amostra tão grande, o que nos permite obter um maior conhecimento da realidade dos estilos de vida e da caracterização do estado nutricional das crianças portuguesas”, disse a dietista e investigadora da APCOI, Rita Loureiro.

Os resultados preliminares do estudo, divulgados pela APCOI, no âmbito do Dia Mundial da Alimentação, que se assinala a 16 de Outubro, indicam que 42,6% das crianças que integraram este programa no ano lectivo 2013-2014 passaram a ingerir mais fruta diariamente.

A região da Madeira foi a que registou “o maior impacto” em relação ao consumo reportado antes da intervenção, refere o estudo, adiantando que, no início do programa, 14,3% das crianças não comiam qualquer porção de fruta diariamente, uma percentagem que reduziu para os 4,3% no final do programa.

Os investigadores concluíram ainda que 73,5% das crianças não ingeriam diariamente a quantidade de fruta recomendada pela Organização Mundial de Saúde (pelo menos, três porções por dia), antes de participarem no projecto da APCOI.

“Como a fruta tem nutrientes insubstituíveis, o seu baixo consumo tem efeitos negativos para a saúde das crianças: dificulta o bom funcionamento dos intestinos, diminui as defesas do organismo, tornando-as mais sujeitas às doenças, nas quais se inclui a obesidade logo desde a infância, além de provocar alterações nos níveis de energia, de concentração e aprendizagem”, explicou Rita Loureiro.

A investigação analisou também o estado nutricional dos participantes e as conclusões indicam que 33,3% das crianças entre os dois e os 12 anos têm excesso de peso, das quais 16,8% são obesas.

A Madeira foi a região que apresentou a maior percentagem de crianças obesas (22,1%), enquanto a região do Algarve foi a que revelou a menor taxa de obesidade infantil (14,7%).

Por outro lado, a região dos Açores foi a que registou o maior índice de crianças na categoria de baixo peso (8,1%).

A associação anunciou que depois do sucesso obtido no último ano lectivo, vai arrancar esta semana nas escolas portuguesas a quarta edição do projecto “Heróis da Fruta – Lanche Escolar Saudável” para continuar a prevenir a obesidade infantil.

Fundada em 2010, a APCOI é uma organização não-governamental, cuja missão é “ajudar a criar um mundo melhor para as futuras gerações, através de iniciativas que valorizem a saúde das crianças, promovam o combate ao sedentarismo ou à má nutrição e previnam a obesidade infantil e todas as doenças associadas”.

Em quatro anos, a associação já beneficiou 154.925 crianças, no âmbito das três edições do projecto “Heróis da Fruta”.

 

 

Analisado numa investigação
Uma investigação de mestrado realizada na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra faz, provavelmente pela primeira vez, a...

A investigação, da enfermeira Daniela Vidal Correia Pereira dos Santos, foi desenvolvida nos últimos três anos, num hospital central da região Centro e teve por base o estudo de 1080 procedimentos de cateterização venosa periférica (a um total de 411 utentes), dos quais foram analisados microbiologicamente 335 cateteres e respectivas zaragatoas (objecto usado para aplicar medicamentos ou recolher amostras para análise) do local de inserção.

Constatou-se que 62,7% dos 335 cateteres estudados apresentavam pelo menos uma unidade formadora de colónia.

Todavia, só em 91 cateteres se realizou a identificação dos microrganismos, por neles se observar a presença de 15 unidades formadoras de colónia (portanto, com maior risco de infecção), algumas das quais “comensais da pele, outras características do ambiente hospitalar, algumas comensais da flora intestinal e trato urinário, bem como de esgotos”, conclui-se da leitura do estudo de mestrado.

Para a enfermeira Daniela Santos, importa “haver um maior rigor na adopção de medidas simples”, além da “necessidade de reconhecer o cateterismo venoso periférico como um procedimento complexo e que é considerado um factor de risco extrínseco”, que confere maior probabilidade de se poder vir a desenvolver uma infecção associada aos cuidados da saúde prestados.

Surge, pois, a necessidade de reforçar o interesse dos enfermeiros no controlo da infecção, o que poderá passar pela adopção de práticas baseadas na evidência e pela criação de momentos regulares e formais para apresentação e discussão de recomendações e resultados de investigação.

Na óptica da enfermeira Daniela Santos, “o enfermeiro supervisor clínico apresenta um papel preponderante nesta temática, uma vez que está presente, tanto na prática clínica, como no ensino de futuros profissionais, devendo despertar consciências nesta área”.

 

Direcção-Geral da Saúde esclarece:
O director-geral da Saúde, Francisco George, revelou que o parecer do colégio da especialidade de saúde pública da Ordem dos...

De acordo com Francisco George, que falava durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde, houve elementos do colégio da especialidade de saúde pública que já solicitaram uma reunião daquele órgão para avaliar o documento, que foi publicado no site da Ordem dos Médicos.

Nesse documento, assinado por Pedro Serrano, da direcção do colégio da especialidade de saúde pública, e noticiado, os especialistas consideram que “o risco teórico de virmos a ter casos de Ébola em Portugal é alto” e que isso está “fortemente associado ao posicionamento de Portugal como país integrante daquilo que se convencionou chamar Países de Língua Oficial Portuguesa”.

Os especialistas fazem ainda uma contextualização das relações, geográficas e humanas de vizinhança dos três países onde grassa a epidemia (Serra Leoa, Guiné-Conacri e Libéria) e os países lusófonos com permanente ligação a Portugal: Guiné-Bissau, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e, mais remotamente (em termos de risco de exportação), Moçambique.

“Dadas as antigas e fortíssimas relações de proximidade e de actual plataforma giratória entre este grupo de países, nenhum outro país europeu está tão em risco de ser contaminado do exterior, a partir dos grandes centros de foco da doença em África, como Portugal”, refere o parecer publicado no site da Ordem dos Médicos.

O documento sublinha os sistemas da saúde frágeis destes países, considerando “praticamente inexistente” a “vigilância epidemiológica” (particularmente a de nível local).

Os especialistas defendem ainda que é “evidente e urgente que seja montada, implementada ou reforçada em Portugal uma apertada vigilância dos aeroportos e portos, o que incluiria uma presença permanente de estruturas de Saúde Pública e a formação em medidas de Saúde Pública do pessoal aeroportuário que controla a entrada de passageiros”.

“Seria também importante criar uma base de dados com os portugueses que residem nestes e noutros países de África considerados de risco, de molde a conseguir monitorizar as deslocações entre zonas de risco e a fazer-lhes chegar informação sobre as medidas a adoptar para a sua segurança”, acrescentam.

No parecer, os especialistas do colégio de saúde pública consideram ainda que Portugal não está preparado para lidar com o vírus do Ébola e que as autoridades têm emitido “mensagens de enganosa tranquilidade”.

Os mais recentes dados apontam para o registo de 8.917 casos, dos quais 4.447 se revelaram mortais, sendo a Libéria, Serra Leoa e a Guiné-Conacri os países mais afectados pelo pior surto de Ébola.

 

Na UBI
A actividade física desempenha um papel fundamental na saúde e na qualidade de vida da população. Em 1989, a OMS reconheceu a...

"Ambiente e Actividade Física" foi o título da palestra organizada pelo Departamento de Ciências do Desporto da UBI na passada quarta-feira, dia 8 de Outubro. Coordenada por Rui Brás e Kelly O'Hara, a palestra procurou mostrar que existe uma forte ligação entre a prática de exercício físico e o meio ambiente.

“A nossa ideia para esta palestra é incentivar a prática de exercício físico, abordando a questão do ambiente e da actividade física fora do ginásio”, refere Rui Brás, um dos organizadores.

A primeira interveniente foi Jolanta Zuzda, professora da Faculdade de Turismo e Recreação da Universidade Técnica de Bialystock, na Polónia. A docente tem uma forte experiência na área da actividade física outdoor, dando a conhecer a reestruturação de circuitos de manutenção. A palestrante começou por referir a importância da prática de exercício físico em parques públicos. “O contacto com a natureza aliado ao exercício físico produz um efeito muito positivo na nossa saúde mental. As áreas naturais devem ser preservadas e tornadas acessíveis para uso recreativo de forma a atrair mais pessoas a estes espaços”, refere.

Através de um estudo realizado na Universidade Técnica de Bialystock, Jolanta conta que a maior parte das pessoas pratica exercício físico em casa ou em parques públicos. Mais de metade pratica-o essencialmente por causa da saúde e pelo aspecto físico. Os que não o fazem apontam falta de tempo e de motivação como razões fortes não praticarem desporto, mas indicam igualmente razões económicas por acharem a prática de exercício muito dispendiosa.

A oradora seguinte, Dulce Esteves, docente do Departamento de Ciências do Desporto da UBI, defende a dinamização de parques públicos com base no estudo do programa “Famílias a Mexer”. “Os parques públicos são uma importante fonte de actividade física, e, embora a presença de um parque não garanta que as pessoas se vão envolver na prática de actividade física, estes oferecem a prática de exercício a custo zero”, diz.

“Famílias a Mexer” foi o nome dado ao programa familiar organizado pelo Departamento de Ciências do Desporto da UBI. Nos domingos do mês de Maio, do passado ano, e sob a coordenação de Rui Brás, Dulce Esteves e Kelly O'Hara, foram realizadas actividades no parque da Boidobra.

“Utilizámos o parque da Boidobra e criámos este programa familiar com o objectivo de dinamizar o parque com actividades organizadas, promovendo a actividade física de modo a que a população se torne mais activa, contribuindo para a redução da obesidade e promovendo também a interacção entre famílias”, completa Dulce Esteves.

As actividades organizadas no “Famílias a mexer” potenciam o desenvolvimento de habilidades motoras como de dinâmica de grupos, mostrando as potencialidades de uso dos espaços existentes para a prática de outro tipo de jogos. “As pessoas iam ao parque para participarem nas actividades lá organizadas, sendo que o número de visitantes do espaço triplicou desde a nossa intervenção”, completa Rui Brás.

“Famílias a Mexer foi um programa que teve bastante sucesso, contando com cerca de 50 famílias na primeira sessão, não esquecendo a participação dos 25 alunos voluntários do segundo ano de Desporto”, conclui Dulce Esteves.

O Departamento pretende continuar a desenvolver um programa de intervenção com maior duração, encontrar suporte financeiro e logístico para continuar este tipo de programas e melhorar a oferta, de modo a ir ao encontro dos anseios da população.

 

Campanha vai decorrer em unidades CUF de norte a sul do país
Durante o mês de Outubro as Unidades Saúde CUF de todo o país vão disponibilizar consultas de despiste do cancro da mama...

Se é verdade que o Cancro da Mama é uma doença cada vez mais frequente, e em mulheres cada vez mais jovens, é também certo que, actualmente, os tratamentos e recursos existentes permitem uma elevada taxa de cura e de sobrevida quando diagnosticado precocemente. A realização de exames frequentes, a partir dos 45 anos, é um dos métodos mais eficazes de detecção atempada do Cancro da Mama.

Desta forma, durante o mês de Outubro, as Unidades Saúde CUF de todo o país, incluindo os Hospitais CUF Descobertas e CUF Infante Santo vão disponibilizar consultas de despiste à patologia da Mama gratuitas. A inscrição e marcação são obrigatórias e limitadas.

No Hospital CUF Descobertas, esta acção tem lugar no Sábado, dia 25 de Outubro, sendo que as marcações podem ser feitas através do telefone 210 025 478 ou do e-mail [email protected]. No Hospital CUF Infante Santo, a acção realiza-se a 30 de Outubro, quinta-feira, e as marcações devem ser efectuadas através do telefone 213934136 ou do e-mail [email protected]. A Norte, o Hospital CUF Porto e o Instituto CUF Porto recebem a iniciativa até dia 17 de Outubro com inscrições pelo telefone 220 039 271 ou através do e-mail: [email protected].

De acordo com Sofia Braga, médica oncologista dos Hospitais da rede Saúde CUF, responsável pela realização desta campanha, ”desde a década de 70 do século passado que se estabeleceu que o diagnóstico do cancro da mama numa fase precoce, em que a doença ainda não causa sintomas e os tumores têm reduzidas dimensões, baixou a mortalidade por cancro da mama. Esta é a base teórica para que as mulheres comecem a fazer mamografias periódicas a partir dos 45 ou 50 anos.” E acrescenta ainda que “na Oncologia CUF, estamos a convidar mulheres que possam estar interessadas em saber mais sobre o seu risco de cancro da mama e em fazer, se estiver indicado, uma mamografia que pode fazer um diagnóstico precoce desta doença ”.

Esta acção inclui uma consulta de enfermagem, uma consulta médica e mamografia e pode, em muitos casos, ajudar a salvar uma vida.

 

Inovação em farmácia
A Associação Nacional das Farmácias vai entregar o Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia hoje em cerimónia a decorrer a...

A sessão conta, entre outros com o presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Paulo Cleto Duarte; o presidente do júri responsável pela escolha dos vencedores, Diogo de Lucena e o líder histórico da ANF, que empresta o nome ao prémio, João Cordeiro.

Serão atribuídos dois galardões. A par do principal, o Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia, a ANF irá entregar um prémio adicional na categoria “Instrumentos de Gestão”.

Promovido pela ANF, o Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia será entregue pela primeira vez este ano e destina-se a apoiar projectos originais no âmbito da intervenção e do conhecimento em Saúde, que incentivem à inovação e desenvolvimento nas farmácias portuguesas.

Cerimónia de entrega do Prémio João Cordeiro – Inovação em Farmácia

Presença de Paulo Cleto Duarte, Diogo de Lucena e João Cordeiro

Dia 15 de Outubro, 17h00

Sede da Associação Nacional das Farmácias, Rua Marechal Saldanha 1, Lisboa

Fique a conhecer mais sobre o prémio, categorias, júri e regulamento em:

www.premiojoaocordeiro.pt

 

Estudos IVI indicam
Mulheres que estão acima do seu peso têm três vezes mais risco de ter complicações obstétricas, maior risco de aborto e morte...

O excesso de peso pode ser uma das dificuldades para engravidar. Por este motivo os ginecologistas recomendam um plano de redução de peso e hábitos de alimentação saudável, pelo menos entre três a seis meses, antes dos casais pensarem em engravidar. Quer seja de forma natural ou através de tratamento de procriação medicamente assistida (PMA).

“Entre 30 a 40% das mulheres obesas têm dificuldade em engravidar. Existem dados que mostram a relação entre o índice de massa corporal elevado e a fertilidade”, explica Sérgio Soares, director do IVI Lisboa.

O excesso de peso pode gerar alterações hormonais que fazem com que a mulher não ovule, e sem ovulação não pode engravidar. Por outro lado, estudos realizados pelo grupo IVI “Female obesity: short- and long-term consequences on the offspring” (Obesidade feminina: consequências a curto e longo prazo na descendência) mostram que as mulheres que estão acima do seu peso, que ovulam e ficam grávidas, têm três vezes mais risco de ter complicações obstétricas, maior risco de aborto e morte fetal.

As pacientes com obesidade, isto é, aquelas que têm um Índice de Massa Corporal (IMC) acima dos 30, deveriam aumentar apenas sete a oito quilos durante a gravidez. Enquanto uma mulher com o peso adequado pode ganhar sete a 12 quilos. É importante que a grávida faça uma alimentação equilibrada e variada e nunca uma dieta com menos de 1.800 calorias.

 

Mães obesas: filhos obesos

O estudo mostra ainda que o excesso de peso não tem apenas consequência para as mães, mas também para os filhos. Isto acontece porque as condições no útero materno têm efeitos sobre a fisiologia fetal. Ou seja, o ambiente onde se desenvolve o feto condiciona o seu desenvolvimento durante a vida. A isto chama-se “memória metabólica” e influencia, por exemplo, que a obesidade seja um problema perpétuo e autogerido.

Neste sentido, os filhos de mães com excesso de peso têm 40% mais probabilidade de padecer de obesidade, e constitui um factor de risco para doenças crónicas, como as doenças cardíacas, síndrome metabólica e diabetes II. O que enfatiza a importância de ter hábitos de alimentação saudáveis e estar dentro do peso ideal antes de começar a tentar engravidar.

 

Peso ideal, gravidez ideal

No IVI Lisboa recordamos aos casais que durante os nove meses de gestação a mãe vai aumentar de peso. No caso de uma mulher com excesso de peso e que está a pensar engravidar, pode ser suficiente perder entre 5 a 7% do seu peso. Praticar exercício físico e fazer dieta pode ser a primeira medida para conseguir alcançar o peso ideal e ter um estilo de vida mais saudável.

 

Ingredientes da dieta da fertilidade

Aumentar a ingestão de ómega 3 e 6, vitamina D. Para isso coma salmão, sardinhas, truta e azeite.

O ácido fólico é importante para evitar a má formação do feto e pode encontrar em alimentos como as lentilhas, espinafres, laranjas e pêra abacate.

As proteínas também são importantes, e pode encontrar não apenas nas carnes (as melhores são as magras), mas também no grão, nas lentilhas, nas algas marinhas, nos frutos secos e no azeite.

Uma boa opção é optar pela dieta mediterrânica, que é rica em alimentos saudáveis, rica em proteína vegetal e fibra e baixa em hidratos de carbono. Nesta dieta privilegia-se o consumo de cereais, frutas, legumes, peixe e produtos lácteos. Evita-se o consumo de alimentos processados e gorduras saturadas (manteigas, óleos, carne vermelha, bolos, biscoitos, molhos, entre outros os principais responsáveis pela obesidade e problemas de fertilidade.

 

Sabia que…

Se a Mãe está dentro do IMC normal e o pai é obeso, o risco de obesidade afectaria só os filhos homens e não as filhas mulheres. No entanto, se a mãe é obesa afecta tanto os filhos rapazes como as raparigas.

 

Assinalado com diversas iniciativas
Data assinala-se a 17 de Outubro e é comemorada com diversas iniciativas dedicadas ao tema.

Integrado na Semana Europeia Contra a Dor, que decorre entre 13 e 17 de Outubro, o Dia Nacional da Luta Contra a Dor é celebrado anualmente a dia 17 de Outubro. A dor crónica é reconhecida como um grave problema de saúde pública com impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e enormes custos individuais e sociais. Em Portugal, o impacto socioeconómico da dor crónica é estimado em dois mil milhões de euros/ano, custo que atinge os 4,6 mil milhões de euros quando somados os gastos com incapacidades temporárias, "baixas" e reformas antecipadas.

Para assinalar esta data, a Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) e a Cátedra de Medicina da Dor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), com o apoio da Fundação Grünenthal, organizam o 1.º Simpósio Internacional da Cátedra de Medicina da Dor, que se realiza na aula magna da FMUP, no dia 17, pelas 14h30.

O Simpósio é dedicado ao tema da dor na neuropatia diabética, tratando-se de uma iniciativa inédita, que pretende contribuir para aumentar o conhecimento, de médicos e outros profissionais de saúde, sobre o impacto da dor e as formas de o minorar. A neuropatia diabética é uma das causas mais comuns de dor neuropática e consiste na destruição progressiva dos nervos do corpo. É a principal complicação e a mais incapacitante da diabetes. Acontece quando há um aumento do açúcar no sangue nos diabéticos não controlados, o que provoca modificações e até obstrução nos vasos que alimentam os nervos.

As inscrições para participar no simpósio são gratuitas e podem ser realizadas pelo e-mail: [email protected].

A partir das 17 horas, decorre no mesmo local, a sessão comemorativa do Dia Nacional de Luta Contra a Dor, da APED, onde serão entregues os prémios:

  • Desenhar a minha Dor;
  • Revista Dor/Bene Farmacêutica;
  • Jornalismo Dor;
  • Grünenthal;
  • Bolsas APED de apoio à formação na área da dor.

 

Dia Mundial da Alimentação
Em Portugal existem cerca de 1 milhão de portugueses com obesidade e desses muitos sofrem de cárie dentária, doença oral mais...

O consumo regular de alimentos e bebidas com açúcar e a higiene oral pouco cuidada são exemplos de práticas diárias com grande influência no aparecimento de obesidade e doença oral. Por sua vez, os problemas dentários poderão impedir o consumo de alguns alimentos protectores da doença, como as frutas, os hortícolas ou os cereais integrais.

A prevenção destas situações pode ser feita em comum. Por esta razão, e de forma inédita em Portugal, a Direcção-Geral da Saúde lança o livro “Saúde Oral e Alimentação”, com linguagem acessível e ilustrações de grande qualidade destinada a todos os públicos, incluindo os profissionais de saúde que trabalham na área.

A apresentação do livro irá decorrer no próximo dia 16 de Outubro, pelas 10.00h, na Escola das Laranjeiras, em Lisboa e será integrada numa iniciativa promovida pela biblioteca escolar.

 

Programa

Piquenique dos Livros

10h00 - Actividade lúdica relacionada com Alimentação Saudável

10h45 - Apresentação do livro “Saúde Oral e Alimentação”, desenvolvido no âmbito do PNPAS e do PNPSO, integrado no Projecto SOBE.

11h15 Lançamento do Concurso “Um Ovo por inventar”, no âmbito do Projecto SOBE

 

Esta iniciativa desenvolvida pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) e pelo Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) está integrada no projecto SOBE (Saúde Oral Bibliotecas Escolares).

Este projecto, iniciado em 2012, é desenvolvido em parceria pela Direcção-Geral da Saúde, Plano Nacional de Leitura e Rede de Bibliotecas Escolares e tem como principais objectivos:

  • Direccionar as actividades de promoção da leitura, da escrita, e da saúde oral para as famílias e para a comunidade
  • Constituir os alunos como elementos catalisadores das mensagens de promoção da saúde para os membros da família
  • Trabalhar com os alunos a temática da saúde oral nos domínios das competências, atitudes e valores, de forma a integrar as valências específicas do projecto SOBE no quotidiano da escola
  • Suscitar a vontade de os estudantes explorarem o mundo da saúde oral, de forma autêntica, com meios divertidos e favorecendo o cruzamento de vários domínios do conhecimento.

O Kit SOBE, caixa com diversos materiais lúdico-pedagógicos facilita a realização de diversas actividades no âmbito da promoção da saúde e da literacia. A primeira caixa foi criada em 2012 e a segunda em 2014. Foram distribuídas, a nível nacional, por todas as bibliotecas da Rede de Bibliotecas Escolares. O livro “Saúde Oral e Alimentação” irá integrar a segunda caixa SOBE, ficando assim disponível, em todas as bibliotecas escolares.

“O SOBE é uma filosofia e um desbloqueador de projectos e ideias, é um post-it gigante para que os jardins-de-infância, escolas, professores, educadores, alunos e famílias se lembrem de que a saúde oral é fundamental para a qualidade de vida”.

Para mais informações sobre o PNPAS e sobre o projecto SOBE, consultar os seguintes sites:

Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável

Projecto SOBE

 

Colégio da Especialidade de Saúde Pública da Ordem dos Médicos
Portugal “não está preparado para lidar com a possibilidade de importação de casos de Ébola” e as autoridades de saúde...

É desta forma contundente que a direcção do Colégio da Especialidade de Saúde Pública da Ordem dos Médicos analisa o modo como as autoridades de saúde portuguesas têm lidado com o problema da infecção pelo vírus de Ébola.

O parecer, ontem divulgado no site da Ordem dos Médicos (OM), e assinado por Pedro Serrano, que preside ao grupo de especialistas que analisou o assunto, sublinha que o país não está preparado para lidar com a possibilidade da chegada de casos de Ébola provenientes do estrangeiro, “um risco que é alto, dadas as relações de proximidade com países africanos de língua oficial portuguesa” , justifica.

Para o Colégio da Especialidade de Saúde Pública, "pôr a tónica na intervenção centrada nos serviços hospitalares (recorde-se que em Portugal estão referenciados para a função dois hospitais em Lisboa, Curry Cabral e Dona Estefânia, e um no Porto, o Hospital de S. João), é "uma estratégia errada".

Pedro Serrano vai mesmo mais a fundo na problemática e defende que se deve “montar ou reforçar uma apertada vigilância dos aeroportos e portos”.

Recorrendo à ironia, o especialista lembra que “o tal caso de Ébola não vai chegar com uma bandeirinha a assinalá-lo ao aeroporto da Portela, onde logo chegará uma ambulância do INEM, que o levará sem demora ao Curry Cabral, onde espera por ele um quarto isolado e apetrechado”, e lembra que o que a realidade tem vindo a demonstrar nos últimos tempos é bem diferente".

Por tudo isto, acrescenta o documento, “é fundamental um plano de contingência nacional, que já deveria estar feito e ter sido posto à disposição da opinião pública e, simultaneamente, a ser testado”.

O médico propõe mesmo que se crie uma base de dados com os portugueses que residem nos países considerados de risco para monitorizar as suas deslocações e para lhes fazer chegar informações sobre medidas a adoptar.

 

Nações Unidas alertam
O mundo está a ficar para trás na desesperada corrida para travar o surto de Ébola, advertiu um alto funcionário das Nações...

“O Ébola está em vantagem em relação a nós”, afirmou o chefe da missão da ONU para a resposta de emergência ao vírus Ébola. “Está bem longe de nós e a correr mais rápido do que nós e a ganhar a corrida”, advertiu Anthony Banbury, dirigindo-se ao Conselho de Segurança da ONU, em videoconferência a partir da sede da missão (UNMEER, em inglês), em Acra, no Gana.

“Se o Ébola vencer, nós, os povos das Nações Unidas vamos perder muito”, afirmou.

As declarações do chefe da missão da ONU para a resposta de emergência ao vírus Ébola chegam numa altura em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu para a possibilidade de o surto do vírus atingir um ‘pico’ de 10 mil infecções por semana e em que os líderes mundiais se preparam para abordar a crise na ONU.

“Ou travamos agora o Ébola ou enfrentamos toda uma situação sem precedentes para a qual não dispomos de um plano”, alertou.

Banbury sublinhou ainda que com as taxas de infecção a crescerem exponencialmente todos os dias, a UNMEER vai precisar de 7 mil camas para tratamento.

“Há muitas más notícias sobre o Ébola mas a boa notícia é que nós sabemos como pará-lo”, sublinhou o chefe da missão da ONU.

Contudo, para travar a propagação “temos de derrotar o Ébola e devemos fazê-lo rapidamente”.

O director-geral adjunto da OMS, Bruce Aylward, disse que o vírus poderá atingir um pico de entre 5 mil e 10 mil casos por semana no início de Dezembro, embora ressalvando que se trata apenas de uma previsão para orientar os trabalhos no quadro da luta contra o Ébola.

Os mais recentes dados apontam para o registo de 8.917 casos, dos quais 4.447 se revelaram mortais, sendo a Libéria, Serra Leoa e a Guiné-Conacri os países mais afectados pelo pior surto de Ébola.

 

Estudo “Valor do sector do diagnóstico in vitro em Portugal”
A utilização atempada do Diagnóstico In Vitro no tratamento e detecção de doenças como a diabetes, as infecções nosocomiais e a...

O estudo “Valor do sector do diagnóstico in vitro em Portugal”, elaborado pela consultora Deloitte para a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), avaliou o grau de utilização dos Diagnóstico In Vitro (DIV), de exames, como as análises clínicas, e o respectivo impacto na qualidade de vida do doente e na sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No caso das doenças avaliadas - diabetes mellitus tipo 2, infecções nosocomiais e artrite reumatóide –, o estudo concluiu que existe um “benefício económico e social” na introdução da utilização atempada do DIV” no tratamento e diagnóstico destas doenças.

Em relação à diabetes, a investigação apurou que a implementação de um programa de rastreio, numa amostra de cinco por cento da população portuguesa com mais de 40 anos e face à prática clínica actual, resultaria num “benefício financeiro aproximado de um milhão de euros”.

“Este benefício advém de uma redução nas taxas de progressão dos doentes com pré-diabetes para diabetes e dos doentes com diabetes para um estadio com complicações”, lê-se nas conclusões do estudo.

A investigação concluiu ainda que “a implementação de um programa de rastreio na admissão hospitalar, seguido de medidas de prevenção e controlo da infecção/descolonização, possibilita uma redução na transmissão cruzada dentro do hospital, conduzindo a uma poupança aproximada de 7 milhões de euros para o SNS”.

Outro benefício da medida seria a “redução de mais de 91 mil dias de internamento por ano”.

Outro objectivo da análise foi estimar, “na perspectiva da sociedade, o impacto económico de implementar, nos centros de saúde primários a nível nacional, um programa de sensibilização do diagnóstico precoce direccionado aos médicos de medicina geral e familiar”.

Segundo as conclusões do trabalho, “existe um benefício de 19,6 milhões de euros na implementação do programa de diagnóstico de doentes com artrite reumatóide nos cuidados de saúde primários”.

A 10 anos, prossegue o estudo, “o Estado poderia beneficiar de uma poupança de 186 milhões de euros advenientes principalmente de uma redução dos custos indirectos (ausência ao trabalho e perda de produtividade)”.

Este estudo será apresentado hoje, durante a conferência sobre “o valor do diagnóstico laboratorial e o seu impacto na qualidade e na sustentabilidade em saúde”, a terceira do ciclo “Saber Investir, Saber Inovar 2014” que a Apifarma tem vindo a realizar.

 

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