Cuidados a ter
Transpirar dos pés é uma resposta biológica e fundamental para controlar a sua temperatura e manter

No verão deve optar por calçado arejado e que permita a ventilação do pé. Se optar por calçado fechado deve dar preferência ao calçado em pele e deve, sempre que possível, usar meias de fibras naturais (preferencialmente de algodão), e, se necessário, isto é, se estiverem molhadas da transpiração, deve trocar as meias. Recomenda-se também que coloque os sapatos a arejar num local ventilado e que só volte a calçar os mesmos sapatos novamente, 24 horas depois.

Em caso de excesso de transpiração deve usar antitranspirante específico para os pés, e nunca deve partilhar objetos pessoais, como meias ou sapatos.

Para evitar a exposição aos fungos pelo contacto com superfícies contaminadas, é crucial usar sempre chinelos em locais húmidos, nas zonas de banho, como piscinas e balneários públicos. Embora não se possa garantir que evite a 100 por cento a probabilidade de sermos contagiados, usando-os estamos bem mais protegidos contra este tipo de infeções.

Doentes com diabetes e com o sistema imunitário debilitado devem ter cuidados redobrados.

Durante a estação mais quente do ano recomenda-se ainda que mantenha uma higiene cuidada dos pés, lavando-os com sabão de pH neutro, e após a lavagem, deve fazer uma hidratação diária. Não se esqueça de secar bem os pés com a toalha, especialmente os espaços entre os dedos.

Caso detete algum sintoma de infeção no pé ou se não conseguir controlar a transpiração excessiva deve marcar uma consulta com um podologista, para um diagnóstico e tratamento adequados. 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Projeto financiado pelo Departamento de Estado Norte-Americano
Nichole Bento, estudante da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), foi selecionada para frequentar o programa Study...

A aluna do 2º ano de licenciatura em Enfermagem vai participar no programa dedicado ao “Civic Engagement” (sobre envolvimento cívico, ativismo e voluntariado), para o qual foi também selecionado outro estudante do ensino superior português e que terá lugar na Universidade da Carolina do Sul, instituição onde a jovem estará por quatro semanas, a frequentar aulas teórico-práticas.

A estudante da ESEnfC vai, depois, para Washington, capital dos Estados Unidos, onde se reunirá, durante uma semana, com todos os 60 colegas europeus selecionados em 2020 para o programa SUSI for Student Leaders from Europe – também nas áreas de “Entrepreneurship and Economic Development” e de “Education and the Future of Work”.

“Estou muito feliz por fazer parte do programa. Espero aprofundar os meus conhecimentos, conhecer uma nova cultura, melhorar a minha capacidade comunicacional, porque vou estar com pessoas que não conheço, e aprofundar também o meu inglês. E, depois, aprender a transpor esse saber para a prática profissional futura”, afirma Nichole Bento.

A estudante da ESEnfC tem já no currículo algumas iniciativas meritórias no campo do envolvimento cívico e do voluntariado. Ainda no ensino secundário, participou no Clube de Música da Escola Alice Gouveia, em Coimbra, num projeto de integração e inclusão de crianças com deficiência através da música. Fez, também, parte de um projeto de voluntariado a apanhar lixo por Coimbra, concretamente beatas de cigarros – o Clean Up Portugal, que, num fim-de-semana, em setembro de 2019, juntou muitos jovens pelo país, numa ação que visou sensibilizar para o problema da poluição –, e associou-se a manifestações relacionadas com as alterações climáticas, ou com o feminismo.

Na ESEnfC, Nichole Bento participa no projeto de investigação “A Pessoa em Situação Crítica”.

“Eu acho que o que mais vou aprender neste programa [dedicado ao “Civic Engagement”] é a ver sempre a outra perspetiva e ter uma visão holística e abrangente da pessoa. Tentar compreender ou aceitar outras opiniões, mesmo que não sejam concordantes com a minha. Acho que isso é muito importante no ramo da Enfermagem”, diz, ainda, Nichole Bento.

Os programas SUSI for Student Leaders from Europe, que deveriam decorrer entre julho e agosto de 2020, estão, até ao momento, suspensos devido à pandemia do novo coronavírus.

Estudo da Universidade de Coimbra
Com o objetivo de criar um programa de monitorização para prevenir a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 nas instituições do...

Intitulado “Environmental monitoring of SARS-CoV-2 in a hemodialysis unit: a quest for preventing transmission in healthcare facilities”, este projeto, que obteve 40 mil euros de financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito da iniciativa “Research4Covid - Projetos de implementação rápida para soluções inovadoras”, envolve investigadores de duas faculdades da UC – Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e Faculdade de Medicina (FMUC) – e o Serviço de Nefrologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Nesta primeira fase, o trabalho vai incidir numa unidade de hemodiálise, desde logo pelas características dos doentes, que apresentam concomitantemente muitas patologias e são, portanto, uma população com risco acrescido para a Covid-19. Mas também devido às particularidades deste tipo de serviço: as unidades de diálise são habitualmente locais de excelência na aplicação de processos de controlo de infeção, tendo ciclos bem definidos de entrada e saída de doentes e um programa de limpeza e desinfeção bem estabelecido, o que ajudará a estabelecer indicadores para outras unidades de saúde.

Além de identificar os pontos em que o risco de presença de vírus é maior e determinar a melhor metodologia para o monitorizar, o projeto visa ainda avaliar a eficácia de dois equipamentos de purificação de ar no que respeita ao SARS-CoV-2, um que utiliza radiação ultravioleta e outro que usa filtros HEPA (sigla que se refere a High Efficiency Particulate Air). Assim, é possível perceber o grau de contaminação do ar e avaliar especificamente a eficácia destes aparelhos para garantir que o ar não contém vírus.

“O nosso ponto de partida é a investigação da contaminação no interior de uma unidade de saúde com doentes COVID-19. A transmissão entre pessoas pensa-se que ocorra, sobretudo, por contacto e através da via aérea. A transmissão por contacto pode dar-se por transmissão direta entre pessoas (p. ex., aperto de mão) ou por contactos com superfícies (p. ex., puxadores das portas) em que, depois de contaminada, a pessoa toca na face e é possível que o vírus entre através das mucosas. A transmissão aérea pode ser por gotículas ou por aerossóis em determinadas circunstâncias. Os equipamentos de proteção individual são fundamentais para impedir a transmissão do vírus, mas também é fundamental garantir a segurança dos espaços e reduzir a probabilidade de transmissão para todas as pessoas que os frequentam, utentes e profissionais”, fundamenta Gil Correia, investigador principal no projeto.

Para isso, os investigadores vão efetuar múltiplas colheitas em várias superfícies, “como mesas, cadeiras, equipamentos médicos, puxadores de portas e outros, de forma a quantificar a presença do vírus nas mesmas. Faremos também várias colheitas de ar para determinar o grau de contaminação do ar interior pelo vírus, bem como nos filtros do sistema de ventilação, para assegurar o seu correto funcionamento e garantir que não existe emissão de vírus por esta via”, esclarece.

Essas colheitas vão ser realizadas em momentos diferentes, permitindo aferir os locais com maior propensão para deposição viral. “Todas as colheitas serão feitas em duplicado, antes e após o processo de higienização do espaço. Desta forma, pretendemos confirmar a eficácia dos processos de limpeza e desinfeção”, acrescenta o investigador da FMUC.

Com o volume de informação fornecida pela análise das colheitas, a equipa vai determinar quais os pontos críticos que devem ser avaliados futuramente num programa de monitorização de qualidade nas unidades de saúde. Até ao final deste ano, os investigadores esperam ter concluído um protótipo de programa, para que possa ser testado em diferentes unidades de saúde do SNS.

Webinar
A Gilead Sciences vai organizar um webinar dirigido a profissionais de saúde ligados à área do VIH/SIDA no próximo dia 21 de...

Este webinar será o segundo de um ciclo de eventos e debates organizados pela Gilead, intitulado “New Possibilities”, em que se pretende que tópicos de interesse e relevância para os profissionais de saúde da área do VIH, sejam discutidos ao longo de uma hora. Recorrendo ao enquadramento nacional, a discussão incidirá sobre o que deve ser valorizado na terapêutica antirretrovírica atual de modo a responder a este desafio, tendo em conta considerações práticas de proximidade ao doente.

 Este webinar terá vários momentos de apresentação e debate moderados por Rosário Serrão, infeciologista do Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto. Contará com a intervenção da Professora Ana Abecasis, Diretora da Unidade de Saúde Pública Internacional e Bioestatística no Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa e que tem desenvolvido atividade na área da prevalência de mutações associadas a resistência, no VIH, que irá apresentar o panorama atual de resistências no VIH em Portugal.

Presente estará, também, Cal Cohen, Diretor Executivo de Medical Affairs na Gilead Sciences, USA na área do VIH, que irá responder à questão da confiança nos regimes mais recentes, abordando as implicações das resistências na terapêutica antirretrovírica e quais as características-chave que devemos considerar na seleção de um regime terapêutico, tendo em conta estes desafios.

Por fim, no painel de abordagem ao doente, Sofia Jordão, infeciologista no Hospital Pedro Hispano em Matosinhos, e Miguel Abreu, infeciologista no Hospital de Santo António, Centro Hospitalar Universitário do Porto, trazem-nos uma visão mais prática das considerações clínicas e aspetos a abordar com o doente, no âmbito das resistências e gestão da terapêutica antirretrovírica.

Os profissionais de saúde podem inscrever-se através do link www.hivlearning.com. Para além das apresentações de experiências, espera-se que este seja um fórum de discussão, no qual os participantes podem intervir através de perguntas ao vivo aos vários especialistas presentes.

Contributo da Forças Militares, das Organizações Não-Governamentais e da Comunidade
O 3.º WebSeminar, da série #2 " “Como Reorganizar os Sistemas de Saúde na Era Covid-19", decorre hoje, 17 de julho,...

A iniciativa surge de uma parceria entre o Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-NOVA) e a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), com o apoio do Centro de Ciência LP e da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP) e conta com a participação de nomes de referência na área da medicina, administração e investigação científica do espaço lusófono.

As sessões, abertas ao público para perguntas, dirigem-se a profissionais de saúde, cientistas, estudantes e todos os interessados em saber mais sobre o vírus que está a mudar o mundo.

Os moderadores desta sessão são Gilles Dussault, Professor do IHMT-NOVA e Luís Lapão, Professor do IHMT-NOVA.

Entre os oradores vão estar Belchior da Silva, Professor do Departamento Saúde Publica da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto, Angola; Gonçalo Gonçalves Orfão, Coordenador Nacional de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa; Miguel Osório de Castro, Diretor Médico da International SOS, Angola e Marco António Serronha (Tenente General), Chefe do Estado Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares (Portugal).

Para participar e colocar as suas questões no webseminar #9 “A RESPOSTA EXTRA-HOSPITALAR À PANDEMIA” deve proceder à sua INSCRIÇÃO ou assistir LIVE no Facebook da APAH ou do IHMT-NOVA.

2ª sessão do Innovation Lab Talks Webinar Cycle
Nenhum país, independentemente da sua riqueza ou dimensão, está preparado para um ataque biológico. A resposta tem de ser...

A estreita colaboração entre todos os setores da sociedade, são vitais para uma resposta coordenada, organizada e eficiente a um ataque biológico. Esta é a opinião unânime dos convidados na sessão “Modelling Logistics in Response to Bioterrorism” do “Innovation Lab Talk Webinar Cycle – How to Adapt Logistics to Extreme Situations?”, organizado pela APP – Advanced Products Portugal - com o objetivo de debater a capacidade de adaptação da logística portuguesa a situações extremas.

Na segunda sessão, o foco foi um ataque bioterrorista e os convidados foram Major Wilson Antunes, Researcher no Exército Português, Manuela Oliveira, Junior Researcher no i3S, Silvestre Machado, Head of Security, Safety and Survey da Auchan e Manuel Pizarro, CEO da APP, que debateram em conjunto a resposta a este cenário.

A abertura da sessão ficou a cargo do Major Wilson Antunes, Laboratório de Bromatologia e Defesa Biológica do Exército Português, com a apresentação de um cenário hipotético de ataque biológico, abrindo o debate entre os intervenientes sobre as implicações na cadeia de abastecimento e logística.

De salientar, que a preocupação biológica ou química está presente no Exército Português desde 1916, aquando da I Guerra Mundial, tendo ao longo do tempo sofrido algumas alterações e adaptações às novas realidades. Silvestre Machado, salientou a necessidade das empresas desenvolverem os seus próprios planos de contingência internos e a criação de equipas dedicadas. Focando o exemplo da Auchan e as suas políticas internas que garantem a segurança dos seus produtos ao longo de toda a cadeia de produção e distribuição, através de um apurado sistema de rastreabilidade. A Auchan tem uma estrutura multidisciplicar, especializada e focada neste trabalho. Além da segurança dos produtos, dado trabalharem com bens essenciais, a manutenção de stocks em períodos de carência é outro dos pontos importantes num plano de contingência.

Para Manuel Pizarro, em relação a este tema, salientou a necessidade de estabelecer prioridades, ser criterioso e maximizar os sistemas integrados na cadeia de logística, assim como reforçou a importância da integração dos sistemas de monitorização e controlo para garantir a rastreabilidade, a qualidade e a segurança dos produtos essenciais à população, como alimentos e medicamentos.

 

 

Estudo FMUP
A conclusão é de um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que associa uma alimentação pobre em ácidos...

De acordo com a investigação, um baixo consumo de peixe durante a gravidez pode afetar o neurodesenvolvimento das crianças, associando-se mesmo a Perturbações do Espectro do Autismo e a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA)A conclusão é avançada por um estudo coordenado por Margarida Figueiredo Braga, professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

Coordenado por Margarida Figueiredo Braga, professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) este trabalho mostra que uma alimentação insuficiente em ácidos gordos ómega 3 tem um impacto negativo no desenvolvimento do cérebro dos bebés que irão nascer. O período mais crítico é entre o terceiro trimestre de gravidez e os primeiros seis meses de vida, esclarece.

“As concentrações de ácidos gordos ómega 3, particularmente de DHA (ácido docosaexaenoico), no plasma e no cérebro do feto, dependem da alimentação da grávida. Uma ingestão baixa de peixes ricos em DHA pode comprometer o neurodesenvolvimento”, explica Margarida Figueiredo Braga.

Os peixes gordos e produtos do mar são particularmente ricos neste tipo de substâncias e os seus benefícios são múltiplos. Estas estão também presentes no leite materno, embora em quantidades “altamente variáveis”, dependendo de fatores como a alimentação materna e até da genética.

Quais os riscos? E quais as vantagens?

Segundo a análise, os efeitos da carência destes ácidos gordos nos bebés, sobretudo nos bebés pré-termo (nascidos antes das 37 semanas de gestação), incluem, por exemplo, um pior desempenho a nível cognitivo e da linguagem, menos habilidades motoras, menos competências sociais e comunicacionais e mais problemas de comportamento.

Por outro lado, vários estudos analisados pela equipa relacionam o consumo de níveis mais elevados de peixe durante a gravidez, bem como a amamentação até aos seis meses de idade, com um melhor desempenho neurocognitivo das crianças.

Há mesmo evidência de que uma ingestão adequada de ómega 3, quer através do peixe, quer da amamentação, pode “conferir alguma proteção contra o autismo, cuja incidência parece estar a aumentar. Por outro lado, demonstra-se que a sua ingestão pode prevenir ou mitigar os sintomas de Hiperatividade e Défice de Atenção, perturbação mental que afeta 5 a 7% das crianças, sobretudo as do sexo masculino.

No entanto, a investigadora adverte que a suplementação não está genericamente recomendada nem na fase pré-natal, nem na fase pós-natal. “Defendemos que são necessários mais estudos que clarifiquem o papel dos ácidos gordos neste tipo de perturbações e que prevejam quais as grávidas e crianças que mais irão beneficiar com uma suplementação ou otimização da dieta”, avisa a especialista e docente da FMUP.

As autoridades de saúde aconselham que as grávidas e as mulheres que estão a tentar engravidar consumam duas a três a porções de peixe ou 227 a 340 gramas por semana, preferindo sempre os que têm menor teor de mercúrio. De acordo com várias autoridades de saúde internacionais, o salmão, a sardinha e a cavala são as melhores escolhas.

Este estudo contou com a participação de Bárbara Martins, do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), e de Narcisa Bandarra, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Estudos com base na dexametasona
De acordo com os resultados preliminares de um estudo clínico realizado por investigadores da Universidade de Oxford, a...

O Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (LAQV-REQUIMTE), em colaboração com o Grupo de Investigação 3B´s da Universidade do Minho, desenvolveu um estudo, cujos resultados podem ser aplicados no tratamento da covid-19.

Ana Rita Duarte, responsável pelo projeto de investigação sobre sistemas eutécticos terapêuticos (do inglês, THEDES), afirma: “Os nossos estudos são de 2018, mas podem ser utilizados no sentido de encontrar uma terapêutica mais eficaz para a covid-19. Os THEDES são sistemas constituídos por dois ou mais compostos, sendo um deles um ingrediente farmacêutico ativo, neste caso a dexametasona, e que podem desempenhar um papel importante no combate à doença.”

E acrescenta: “Verificámos que os THEDES à base de cloreto de colina e ácido ascórbico aumentam a eficácia da dexametasona, uma vez que é mais facilmente absorvida pelo organismo. Neste sentido, esta associação pode ser uma mais-valia não apenas no combate à covid-19, como para outras doenças.”

 

Estudo
O Projeto do i3S distinguido pela Associação Europeia da Tiroide, vai estudar a influência de uma proteína na gravidade do...

Segundo avança a Universidade do Porto, a equipa portuguesa, constituída por investigadores do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), foi premiada pela Associação Europeia de Tiroide (ETA) com uma «Project Research Grant» na categoria de investigação básica, no valor de 20 mil euros. Este projeto centra-se no estudo de uma proteína chamada telomerase, na sua influência na gravidade do cancro da tiroide, na resistência às terapias existentes e como esta proteína pode ajudar a encontrar novos tratamentos.

Marcelo Correia e Catarina Tavares, os investigadores que integram o projeto, explicam que já foi possível identificar "a presença de mutações no gene da telomerase em diversos tumores humanos. Verificámos também que essas alterações estão associadas a uma maior agressividade dos tumores, pior prognóstico e resistência à terapêutica”. Além disso, adiantam: “sabe-se que a reativação da telomerase ocorre em quase 90% dos cancros e que promove a imortalização das células tumorais”.

De acordo com a investigadora principal deste estudo, Catarina Tavares, “dados preliminares apontam para a importância da telomerase em cancro da tiroide através de funções menos estudadas até agora, nomeadamente através da mitocôndria. Sabe-se que, em resposta ao stress oxidativo, a proteína telomerase migra para este organelo celular e é capaz de impedir a morte e aumentar a resistência das células de cancro à terapêutica”.

O investigador Marcelo Correia acrescenta, por outro lado, que “os tratamentos com iodo radioativo levam a um aumento do stress oxidativo e, por isso, pensámos que a telomerase pode estar envolvida na resistência a este tratamento”.

Uma esperança para o tratamento de outros cancros

Uma vez que os inibidores da telomerase propostos até ao momento não mostraram resultados convincentes, os investigadores vão, nos próximos dois anos, identificar as funções desta proteína na mitocôndria. Catarina Tavares sublinha que “a inibição das funções da telomerase na mitocôndria surge como uma nova oportunidade de tratar alguns cancros humanos”.

A equipa pretende ainda “esclarecer se a localização da telomerase na mitocôndria interfere com a resposta à terapia com iodo radioativo, utilizada contra o cancro da tiroide. Isso permitirá identificar novos alvos e estratégias terapêuticas”, esclarece Marcelo Correia.

Paula Soares, coordenadora do grupo, refere que o reconhecimento da Associação Europeia de Tiroide tem “muito significado, pois é atribuído por uma associação que é a referência europeia em estudos da tiroide e é um reconhecimento do trabalho do grupo”.

Rui Nunes apresentada proposta na Comissão de Assuntos Constitucionais
A Associação Portuguesa de Bioética (APB) defende “a possibilidade da participação de voluntários da Sociedade Civil no...

A Associação considera esta possibilidade muito interessante e Rui Nunes recorda que o quadro regulatório sugerido pela maioria dos Projetos-Lei aprovados no Parlamento é suficientemente intenso e robusto, prevendo a supervisão de todo o processo por médicos. “Todo o processo é acompanhado por um médico responsável, um médico especialista, um médico psiquiatra e ainda pela Comissão de Verificação e Avaliação do Procedimento Clínico de Antecipação da Morte”, motivo pelo qual o professor catedrático não vê impedimentos para que a proposta seja aprovada.

“A administração de fármacos letais é uma escolha pessoal e livre do doente, sendo mesmo admissível quer a autoadministração pelo próprio doente quer a administração pelo médico ou outro profissional de saúde sob supervisão médica”, recorda o presidente da APB. “Acredito que no quadro atual, e perante todo o acompanhamento médico previsto, é perfeitamente possível que profissionais exteriores ao setor da saúde, ainda que devidamente habilitados para o efeito, possam vir a administrar a eutanásia”, admite.

Para a APB, esta abertura a voluntários da Sociedade Civil permitiria que médicos e enfermeiros deixassem de estar diretamente envolvidos na prática da eutanásia, cabendo-lhes apenas a função de supervisão da administração de fármacos letais e defesa do bem-estar do doente.

Durante a audição, o presidente da Associação Portuguesa de Bioética referiu ainda aos deputados que é necessário proceder à alteração da legislação que regula o Testamento Vital se o Parlamento vier a legislar a possibilidade de eutanásia ser incluída numa Diretiva Antecipada de Vontade.

De acordo com Rui Nunes, a legislação em vigor impede que a eutanásia seja integrada nestas Diretivas. “No seu artigo 5.º a lei veta as diretivas antecipadas de vontade cujo cumprimento possa provocar deliberadamente a morte não natural e evitável, ou seja, a eutanásia”, frisa o médico que é considerado o pai do Testamento Vital em Portugal. A APB defende, por isso, que “só alterando a lei é que é possível acomodar as alterações sugeridas no projeto-lei proposto pelo Bloco de Esquerda”.

Como cuidar durante a Pandemia
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros lança a iniciativa COVIDivulgações, como cuidar durante uma...

Através   da iniciativa COVIDivulgações, a SRCentro convida os seus membros a divulgarem histórias, testemunhos ou narrativas que resultem de um exercício de reflexão sobre a prática de Enfermagem durante a pandemia de Covid-19, para que depois possam ser partilhadas para uma memória coletiva.

O mundo (e cada um de nós) está a atravessar um momento sem precedentes, sabemos que todos os sectores estão a ser afetados por esta crise pandémica, mas em especial o sector da saúde. Diariamente, os Enfermeiros, e demais profissionais de saúde, são confrontados com situações inesperadas e situações limite que os obrigam a cuidados extremos e a uma racionalização de recursos, quer materiais, quer humanos. Com um esforço ímpar, apoiado em alguma improvisação e criatividade, os Enfermeiros desempenham as suas funções, à medida que os números de morbidade e de mortalidade aumentam.

A  preocupação constante faz com que, individualmente, mas sobretudo em  equipa, se aprendam novas e inovadoras formas de superar esta epidemia. Deste modo, o projeto COVIDivulgações   tem como objetivo partilhar experiências sobre como os Enfermeiros estão a enfrentar este período adverso, demonstrando novos métodos para a prestação de cuidados, preservando a qualidade e a segurança, bem como o rigor, empenho, e dedicação que sempre tiveram para com as pessoas.  Para tal, basta cada membro preencher o formulário, disponível aqui.

“Acreditamos na importância destes testemunhos para que a sociedade esteja mais consciente do papel e do grau de compromisso que os Enfermeiros adotam numa situação de adversidade, como uma epidemia”, revela a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros.

 

 

 

Vitrificação dos óvulos
A endometriose é uma doença que pode comprometer seriamente a função ovárica e, portanto, pode repre

Em abril do ano passado, o IVI apresentou um estudo que mostrou a idoneidade na vitrificação dos óvulos em pacientes com endometriose para preservar a sua fertilidade. Nos casos em que a cirurgia ovárica era necessária, foram observadas as maiores taxas de sucesso quando os ovócitos foram vitrificados antes da cirurgia, principalmente em pacientes com menos de 35 anos. E, como mostram várias publicações científicas, mesmo em mãos de especialistas, a cistectomia pode causar uma diminuição de até 40% nos níveis séricos de AMH, refletindo um envolvimento significativo da reserva ovárica como resultado da técnica cirúrgica e, porque, além de extrair o quisto, o tecido saudável também pode ser removido involuntariamente. Mas, a sobrevivência e o resultado clínico dos ovócitos serão afetados em pacientes com endometriose que preservaram a fertilidade em comparação com mulheres sem endometriose que vitrificaram os seus ovócitos por razões sociais?", questiona Ana Cobo, diretora da Unidade de Criobiologia do IVI Valencia.

Este é o ponto de partida do estudo intitulado "A sobrevivência dos óvulos e o resultado clínico em pacientes jovens com endometriose são prejudicados após a preservação da fertilidade (PF)", liderado pela especialista, e apresentado na 36ª edição do Congresso da Sociedade Europeia de Reprodução e Embriologia Humana (ESHRE).

"Os resultados deste estudo mostraram taxas de sucesso semelhantes em pacientes com mais de 35 anos, mas no grupo com menos de 35 anos, observamos que todos os parâmetros analisados foram estatisticamente menores em mulheres com endometriose. Poderíamos deduzir que isso ocorre porque as pacientes com endometriose provavelmente tinham menos ovócitos e, sim, é um dos motivos, mas não o único. A verdade é que a taxa de implantação, por exemplo, que não depende do número de ovócitos, é cerca de 15 pontos mais baixa (39% na endometriose vs. 55% na preservação por razões sociais), o que pode estar relacionado com a qualidade de ovócitos. A taxa de sobrevivência de ovócitos (85% na endometriose vs. 91% na preservação social) reforça essa tese", acrescenta Cobo.

Neste sentido, os resultados de sobrevivência, implantação e o menor potencial reprodutivo observado em pacientes jovens com endometriose confirmam o impacto negativo da doença na reserva ovárica e, provavelmente, na qualidade dos ovócitos. Soma-se a isso as alterações morfocinéticas observadas por outros autores nos embriões de pacientes com endometriose, o que sugere uma pior qualidade do embrião.

Este é um estudo retrospetivo que incluiu 485 mulheres com endometriose que preservaram a sua fertilidade, uma amostra do estudo apresentado anteriormente, em comparação com as 641 mulheres que realizaram preservação social, sem endometriose, uma amostra do estudo que a Ana Cobo publicou em 2018. Todas elas utilizaram novamente os seus ovócitos vitrificados para conseguir uma gravidez.

"Apesar da alta incidência de endometriose e do crescente número de mulheres que sofrem desta doença e que têm ovócitos vitrificados para proteger a sua fertilidade, pouco se sabe sobre a eficácia da estratégia nestes casos. Este estudo ajuda-nos a esclarecer algumas das principais dúvidas sobre o impacto da endometriose no resultado reprodutivo das mulheres que sofrem com a doença, daí, que aconselhamos todas as mulheres, que querem ser mães com os seus próprios óvulos, a preservar a sua fertilidade numa idade precoce para aumentar a probabilidade de gravidez. Sabendo que a cirurgia não só pode prejudicar a reserva ovárica como a endometriose também pode alterar a qualidade dos ovócitos, afetando negativamente a taxa de gravidez, quanto mais cedo preservarem, maiores serão as garantias de sucesso", conclui a Ana Cobo.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Temperaturas elevadas
Entre os dias 15 e 18 de julho, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê um índice de raios ultravioleta muito...

De acordo com o IPMA, temperatura máxima deverá variar entre 30 e 35°C no litoral, devendo atingir em diversos distritos do continente valores entre 35 e 40°C. Também a temperatura mínima deverá ser superior a 20°C (noites tropicais) em grande parte do território continental, em especial no interior e no sotavento algarvio.

Os valores de temperatura estão acima do habitual para a época do ano e esta persistência de tempo quente até, pelo menos, dia 17 de julho poderá levar a uma situação de onda de calor em diversos locais do país, em especial no interior.

Neste contexto, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda:

  • Procurar ambientes frescos e arejados ou climatizados;
  • Aumentar a ingestão de água ou de sumos de fruta natural, sem açúcar e, evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas;
  • Utilizar protetor solar, com fator igual ou superior a 30, e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas;
  • Utilizar roupa leve, preferencialmente de algodão,que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta;
  • Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer no exterior;
  • Não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol;
  • Correr as persianas ou fechar as portadas durante o dia. Utilizar, se possível, equipamentos de climatização;
  • Refrescar a habitação no período noturno, permitindo a circulação do ar dentro de casa;
  • Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como, crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, e pessoas isoladas;
  • As pessoas com doença crónica devem seguir as recomendações do médico assistente ou, em caso de dúvida, contactar o Centro de Contacto SNS 24: 808 24 24 24;
  • Para se proteger dos efeitos negativos do calor intenso mantenha-se informado, hidratado e fresco.
Cuidados especiais
Para garantir uma boa gestão da diabetes durante o verão e fora da rotina diária, a Associação Protectora dos Diabéticos de...

“O verão é uma época em que todas as pessoas precisam de adotar cuidados especiais para evitarem complicações de saúde. As pessoas com diabetes devem seguir com extrema atenção estes cuidados, particularmente pelo impacto que as temperaturas elevadas podem ter nas oscilações das glicemias.” menciona João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, e esclarece ainda que, durante este período, “poderá ser necessário ajustar a medicação e aumentar a frequência da realização da medição de açúcar no sangue.”

Assim, para enfrentar com maior bem-estar as temperaturas elevadas e assegurar a gestão da diabetes de forma eficiente, a APDP aconselha:

  • Mantenha uma boa hidratação! Durante o período em que as temperaturas estão mais elevadas deve beber entre 1,5 a 2 litros de água por dia e, se a temperatura ambiente for elevada, aumente as quantidades de água para manter a hidratação. O calor em excesso pode tirar o apetite e, com a ação da insulina, poderá aumentar o risco de hipoglicemia. Em contrapartida, a desidratação pode levar à hiperglicemia que agrava ainda mais a desidratação;
  • Garanta um equilíbrio glicémico através do equilíbrio das refeições. Deve seguir uma alimentação saudável e equilibrada, estas devem ser leves e ricas em nutrientes. Uma alimentação fracionada, com horários estipulados e sem excessos alimentares é o ideal;
  • Tenha em atenção o excesso de exposição solar. Evite o excesso de exposição solar, entre as 10h e as 16h, considerando o horário de pico em que o calor está mais intenso. Além disso, procure não administrar insulina nas zonas do corpo que estejam frequentemente expostas ao sol, uma vez que a velocidade de absorção aumenta;   
  • Exercite o seu corpo de forma saudável. O exercício reduz os níveis de glicose no sangue, ajuda a regular a tensão arterial e os níveis de colesterol. Tire proveito do bom tempo para exercitar o corpo no verão (caminhar, correr ao ar livre, nadar, andar de bicicleta, dançar). Contudo, tenha em mente a frequência e prática desportiva e não se esqueça que as atividades físicas em excesso ou esforço contínuo devem ser evitados;
  • Descanse e durma bem. Aumente o bem-estar e procure relaxar;
  • Proteja a medicação e os materiais de medição da glicose do calor. A medicação, via oral e/ou através de insulina não deve sofrer qualquer tipo de exposição direta ao sol ou estar em cenários em que sobreaqueça em demasia, como por exemplo no porta-luvas do carro. Além disso, a insulina, quando está a ser utilizada, deve ser conservada a temperaturas inferiores a 25-30º;
  • Aposte em cuidados redobrados com os seus pés durante a época balnear. Durante este período, se existirem alterações de sensibilidade no pés, os cuidados devem ser redobrados sendo necessário evitar o calçado aberto, usar proteção dentro de água, evitar ter os pés molhados durante muito tempo, as meias não devem ter costuras internas,  utilizar meias de algodão para facilitar a respiração da pele e sem costuras internas;
  • Se for viajar, não se esqueça do essencial! Organize uma caixa de primeiros socorros com medicação para enjoo, vómitos, diarreia, desidratação, alergia, febres e dores de cabeça. Viaje com um cartão em língua inglesa e do país a visitar informando que tem diabetes e as atitudes a tomar em caso de hipoglicemia (fornecido na APDP). Além disso, garanta que, para o tempo de viagem, tem tudo o que precisa desde alimentação, hidratação e conforto.

Durante este período, além dos cuidados e organização de materiais, a APDP relembra a importância de as pessoas com diabetes terem extrema atenção com as regras de segurança e distanciamento social devido à pandemia da COVID-19.

“É fundamental relembrar que as pessoas com diabetes têm maior risco de morbilidade e de mortalidade após infeção por SARS-Cov-2. Neste sentido, os cuidados com a distância física e a utilização de máscara são medidas fundamentais” reforça João Filipe Raposo. A associação alerta ainda que estas medidas devem ser reforçadas em todos os locais onde há surtos de contágio.

A APDP conta ainda com a linha de apoio Diabetes (21 381 61 61), disponível das 8.00h às 20.00h, incluindo fins de semana, para ajudar nesta gestão e esclarecer as principais dúvidas.

Universidade de Cambridge
De acordo com um relatório da Universidade de Cambridge, divulgado esta semana, Portugal foi um dos países menos bem-sucedidos...

O estudo, que analisa anualmente os ‘Objetivos de Desenvolvimento Sustentável’, coloca Portugal em 25.º lugar entre os 33 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que foram avaliados especificamente sobre a reação ao surto pandémico.

Com a Suécia, considerada um mau exemplo, a surgir em 22.º lugar, três posições acima do nosso país, Portugal conseguiu, ainda assim, ficar à frente de países como a Turquia, Irlanda, EUA, Itália, França, Reino Unido e a Bélgica.

Na sua análise, a universidade admite que “alguns países podem ter sido penalizados artificialmente nos dados apresentados devido à sua mais completa notificação de mortes por covid-19 (contando os casos prováveis bem como casos testados)”.

A taxa de contágio e o grau de controlo na propagação do surto, além da evolução do número de vítimas mortais, bem como o declínio na mobilidade, foram os principais indicadores analisados.

Particularmente sobre a Europa, os investigadores de Cambridge concluíram que, em geral, o norte da Europa superou o sul e a Europa de Leste teve melhor desempenho que a Europa ocidental mas, ressalvam, a crise sanitária “está a afetar todos os países, inclusive os de alto rendimento da Europa e América do Norte”.

Confira o Top 10 realizado pela Universidade de Cambridge:

Os mais eficazes na resposta à pandemia:

  • Coreia do Sul
  • Letónia
  • Austrália
  • Lituânia
  • Estónia
  • Japão
  • Eslovénia
  • Eslováquia
  • Nova Zelândia
  • Noruega

Os menos eficazes na resposta à pandemia

  • Espanha
  • Bélgica
  • Reino Unido
  • França
  • Itália
  • EUA
  • Irlanda
  • Turquia
  • Portugal
  • Canadá

 

iLoF aplica a IA para detetar biomarcadores neurodegenerativos
iLoF venceu em 2019 o Wild Card do EIT Health. A startup utiliza Inteligência Artificial e biofotónica com o objetivo de...

iLoF (Intelligent Lab on Fiber), vencedor em 2019 do EIT Health Wild Card, anuncia que acaba de assegurar um milhão de dólares em investimentos por parte da Microsoft Ventures (M12) e Mayfield Fund.

A iLoF foi criada em 2019 após a participação dos membros da equipa no programa de inovação aberta do EIT Health, Wild Card, no qual recebeu um investimento de dois milhões de euros e um pacote de mentoria que permitiu desenvolver a empresa e a sua solução. Ainda no ano passado, a iLoF obteve o Grande Prémio na categoria Saúde do EIT Jumpstarter (um dos concursos europeus mais reconhecidos para projetos inovadores que se encontram numa fase inicial do seu negócio), e recebeu um valor pecuniário de € 10.000.

Ao focar-se nas sucessivas falhas que se registam em ensaios clínicos de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, a solução visa melhorar o processo de triagem de ensaios clínicos e acelerar a descoberta de medicamentos em doenças que registem poucas ou nenhuma opção de tratamento.

Para lá do recente impulso dado pelo M12, a iLoF atraiu a atenção do mundo da biotecnologia com a nomeação este ano dos seus cofundadores para a lista Forbes 30 under 30 Europe, na categoria de Ciência e Saúde. A equipa venceu ainda o concurso “Female Founders”, uma competição organizada pela Microsoft, em parceria com a Mayfield e a Pivotal Ventures -   organização criada por Melinda Gates, que se dedica a projetos de investimento e incubação.

O EIT Health é uma rede europeia com mais de 140 parceiros e que acompanha startups com projetos inovadores na área da saúde. Desde 2016, o EIT Health já contribuiu para o lançamento de mais de 87 produtos e serviços no mercado, apoiou mais de 754 startups e formou mais de 36.000 profissionais de saúde. As startups apoiadas pelo EIT Health angariaram mais de € 205 milhões desde 2016.

“É fantástico ver a iLoF a crescer desta forma, depois da sua formação como parte do programa Wild Card do EIT Health”, afirma Jorge Juan Fernández García, Diretor de Inovação do EIT Health. “O Wild Card foi criado para descobrir e potenciar indivíduos de grande talento, os quais podem unir-se no sentido de formar empresas que trilhem um caminho em áreas onde as soluções para determinados desafios permanecem ainda desconhecidas. É fundamental encontrar tratamentos eficazes para doenças neurodegenerativas, as quais se encontram tantas vezes um passo à frente – pelo que a inovação ao nível do processo de pesquisa, que vise encontrar novas estratégias para combater essas doenças, terá um impacto significativo, sem esquecer o valor científico. Deste modo, esperamos continuar a trabalhar com a iLoF e a apoiar o projeto ao longo deste seu percurso”, acrescenta.

Em Portugal, com 6 Parceiros e 2 Hubs, a mentoria, acompanhamento de projetos e financiamento do EIT Health permitiram que inúmeras empresas ganhassem destaque internacional e apoio financeiro para o desenvolvimento dos seus projetos, que se encontram entre os mais inovadores e relevantes para o desenvolvimento de soluções na área da saúde.

Para Inês Matias, Business Creation Manager do EIT Health InnoStars, “este considerável investimento na iLoF reflete bem o papel do EIT Health InnoStars em países como Portugal. Portugal é reconhecido cada vez mais como um país inovador e dinâmico, com muitos jovens a demonstrar vontade em desenvolver soluções que tenham impacto no bem-estar de todos. Algo que se comprova com a recente ascensão do nosso país ao grupo dos Inovadores Fortes do European Innovation Scoreboard de 2020, e a iLoF é um dos exemplos mais evidentes desta realidade”. Mas a responsável não deixa de salientar que este não é caso único em Portugal, “pois cresce o ecossistema de projetos altamente aliciantes e para os quais o EIT Health está muito atento. Orgulhamo-nos da nossa capacidade de apoiar estes projetos, de lhes dar destaque e dimensão, e com isso oferecer todas as condições para o seu sucesso. Este é o trabalho do EIT Health desde 2015, e sabemos que podemos e devemos ter um papel ainda mais relevante, no atual cenário que todos vivemos”.

Os desafios em torno do atual processo de ensaios clínicos limitam significativamente a descoberta de possíveis tratamentos para doenças como a doença de Alzheimer, e isso inclui a dificuldade no recrutamento de participantes. A solução da iLoF aplica a biofotónica (utilização de tecnologias baseadas na luz com a intenção de estudar tecidos biológicos, células e processos celulares) e Inteligência Artificial para o desenvolvimento de métodos não invasivos de triagem de pacientes para ensaios clínicos, e pretende acelerar o processo de descoberta de medicamentos, bem como melhorar a sua viabilidade económica.

"Este investimento será crucial para a nossa missão de acelerar tratamentos personalizados em pacientes em todo o mundo", explica Luís Valente, CEO da iLoF. “A nossa plataforma tecnológica está a evoluir de forma célere e encontra-se já a ser implementada nos principais hospitais e centros biotecnológicos à escala global, acelerando a descoberta e desenvolvimento de novas terapêuticas para doenças neurodegenerativas. Até 2021 pretendemos acelerar um ensaio clínico em larga escala enquanto ferramenta de pré-triagem precisa e não invasiva para a doença de Alzheimer, aproximando-nos um pouco do nosso objetivo, que é tornar o percurso do paciente muito mais humano, enquanto transformamos drasticamente todo o processo numa experiência mais eficiente e flexível para a indústria”.

Estudo
A descoberta foi feita por uma equipa internacional que conta com cientistas alemães e norte-americanos. Segundo a investigação...

A imprensa internacional avança que os anticorpos CoV2-2196 e CoV2-2130, apresentaram resultados promissores, tanto individualmente, como quando combinados com o vírus, sendo capazes de reduzir substancialmente a carga viral, bem como as infeções nos pulmões e ainda a perda de peso, em ratos infetados. Já nos macacos, os anticorpos impediram que fossem contagiados.

“Os resultados oferecem uma estrutura para o planeamento racional de vacinas e também para a seleção de imunoterapêuticos contra a Covid-19”, afirmam os autores da pesquisa, acrescentando que os anticorpos humanos se adaptam de forma mais fácil a tratamentos ou vacinas contra a doença, do que os de animais.

Apesar deste estudo ainda não ter sido testado em humanos, já foi publicado na revista científica ‘Nature’ e também já passou pelo processo de revisão de pares, que garante a sua fiabilidade.

Portugal estão ativos 47.426 casos de infeção pelo novo coronavírus. A nível mundial a pandemia da Covid-19 já infetou quase 14 milhões de pessoas.

 

Desde o início do ano
Desde o início do ano, já foram realizadas, “com recurso a meios à distância, mais de oito milhões de consultas não presenciais...

“Isto representa um aumento de 65%, em relação ao total no mesmo período no ano anterior”, salientou Jamila Madeira na conferência de imprensa de atualização dos dados sobre a pandemia da Covid-19 em Portugal.

A governante destacou o esforço diário das autoridades de saúde, dos profissionais e do sentido cívico de todos os cidadãos, sublinhando que os portugueses “podem continuar a contar com o Serviço Nacional de Saúde”, incluindo os “novos modelos de telessaúde”.

Jamila Madeira, segundo a nota do sitio oficial do Serviço Nacional de Saúde, aproveitou o momento para referir que, desde o início do ano, o Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS24) deu resposta a um total de 1.383.812 chamadas de chamadas e a plataforma Trace Covid, que monitoriza e acompanha o ciclo de vigilâncias dos utentes suspeitos e infetados com Covid-19, registou cerca de 75 mil profissionais, desde a sua implementação a 26 de março, “contribuindo para 1.447.097 vigilâncias realizadas por telefone”.

“Em média têm-se registado cinco mil utilizadores ativos, por dia”, disse a Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, acrescentando que este valor traduz uma aposta neste paradigma com “um investimento sem precedentes na utilização de meios tecnológicos”.

Jamila Madeira destacou ainda que “ao abrigo do orçamento suplementar”, continuará a ser ampliada “a rede de equipamentos de saúde, com a aquisição e entrega de mais kits de telessaúde”.

 

Sensação de pernas inchadas
Com a chegada das temperaturas mais altas, muitas são as mulheres que se queixam (ainda mais!) da re

A retenção de líquidos traduz-se numa acumulação excessiva de água no organismo que conduz a inchaço (edema). Erros alimentares, alterações hormonais ou má circulação podem esta na origem de um problema que afeta maioritariamente mulheres. No entanto, fatores como herediatariedade ou falta de exercício físico podem contribuir (e muito!) para o agravamento do problema.

De acordo com os especialistas, sempre que existe algum tipo de desequílibrio no nosso organismo, este acaba por acumular água em determinadas zonas. Talvez isso explique porque a retenção de líquidos é tão comum no período pré-menstrual, altura em que os níves de estrogénio e progesterona se alteram.

O que acontece, nestes casos, é que os líquidos saem dos vasos sanguíneos e vão-se acumulando no tecido subcutâneo - sobretudo nas pernas, tornozelos, mãos, pés e abdómen - provocando o “famoso” edema. Sensação de pernas pesadas, desconforto e um aumento de peso até 2,3 quilos são outros sintomas.

Embora se apontem algumas causas como fatores hormonais, a hereditariedade, a ingestão excessiva de sal, a carência de algumas vitaminas ou a sedentariedade, a verdade é que há outros aspetos que lhe parecem estar associados.

Na realidade, de acordo com um artigo publicado no Washington Post, usar roupa demasiado apertada, ficar demasiado tempo em pé ou sentado, estar exposto a elevadas doses de stress ou ansiedade, e as temperaturas altas podem ser a causa para a retenção.

Se costuma sofrer com frequência deste “mal” saiba que com os cuidados certos pode livrar-se do inchaço.

Especialistas aconselham a que ingira entre 1,5 ou 2 litros de água por dia. Ainda que pareça um contra-senso, a ingestão de líquido irá ajudar o organismo a eliminar, de forma eficaz,  as toxinas que se vão acumulando ao longo do dia.

Para além da água, aposte nas infusões, nos chás e aumente o consumo de alimentos ricos em água, como os vegetais ou frutas.

Entre os chás mais indicados, graças à sua ação diurética, está o chá verde, chá de cavalinha, chá de funcho e erva-príncipe ou dente-de-leão.

Frutas como papaia, melancia ou acabaxi, para além de ajudá-lo a conseguir o aporte de água diário recomendado, trazem-lhe outros benefícios.

Fonte de cálcio e potássio, a papaia tem um papel importante na regulação da pressão arterial e no equilíbrio hídrico.

A melancia, constituída por 92 por cento de água e apenas 6 por cento de açúcar, vai ajudá-lo a manter-se hidratado sem comprometer, por exemplo, os níveis de glicemia no sangue.

Já o abacaxi, tendo na sua constituíção uma enzima protoelítica que possui propriedades anti-inflamatórias, – a bromelina – vai ajudar na diminuição do edema.

Entre os vegetais escolha o pepino e o aipo com ação antidiurética e anticelulítica.

Por outro lado, aposte na redução do sal, um dos grandes responsáveis pela retenção hídrica.

Um dos truques, quando vai ao supermercado, é ler os rótulos para detetar a presença de sal nos alimentos.  Sódio, Na+, glutamatomonosodico, bicabornato de sódio, bissulfato de sódio, fosfato dissodico, hidróxido de sódio, propionato de sódio são algumas das formas como é designado. Tenha atenção!

Caldos industrializados, sopas instantâneas, comida congelada, enchidos ou conservas escondem níveis elevados de sódio.

Em casa, ao confeccionar as refeições, opte pelas ervas aromáticas em substituição do sal.  Estragão, funcho ou salsa são bons exemplos.

Ainda no que diz respeito à alimentação, aumente o consumo de fibras para o bom funcionamento do seu intestino e para se ver livre da sensação de barriga inchada.

Evite, também, os alimentos processados, tendencialmente ricos em gorduras trans e açucares simples que contribuem para o excesso de peso e acumulação de gordura.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No próximo inverno
Segundo avança o site oficial do Serviço Nacional de Saúde, o Ministério da Saúde já se está a preparar para uma eventual...

A garantia terá sido dada, hoje, pela Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, na conferência de imprensa de atualização da situação epidemiológica.

A governante referiu que esse reforço será feito, nomeadamente, na medicina intensiva e a nível laboratorial. As medidas, assegurou a Secretária de Estado Adjunta e da saúde, “estão já previstas no Orçamento Suplementar e no Programa de Estabilização Económica e Social”.

Jamila Madeira garantiu ainda que está previsto um reforço ao nível da saúde pública para a “rastreabilidade e monitorização” e um aumento da capacidade laboratorial para que os resultados dos testes cheguem mais depressa. Por outro lado, garante “está a ser feito, igualmente, um reforço de reservas estratégicas de equipamentos de proteção individual e medicamentos, quer a nível centralizado, quer em cada unidade de saúde”.

“O Governo está a reforçar todas as dinâmicas instaladas no terreno e colocá-las-á ao dispor na próxima época outono/inverno”, assegurou a governante.

 

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