Protocolo
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) assinaram, no início...

A ANEM é uma federação que representa os estudantes de medicina das oito escolas médicas portuguesas. O protocolo celebrado com o INEM visa agilizar e formalizar a realização de estágios nos diversos meios de emergência, contribuindo para uma melhor integração dos conhecimentos adquiridos pelos estudantes, designadamente no âmbito da emergência médica pré-hospitalar e do Sistema Integrado de Emergência Médica.

O protocolo vai permitir também que os estudantes de medicina participem em ações de masstraining de SBV, reforçando a Bolsa de Monitores do INEM para estas ações. Estas ações visam ensinar cidadãos de todas as idades sobre como atuar caso se deparem com uma vítima em paragem cardiorrespiratória.

Este protocolo prevê também a realização de diversos cursos de Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa, nas respetivas Delegações Regionais do INEM a estudantes de medicina.

O INEM e a ANEM comprometem-se, ainda, a promover e colaborar na realização de conferências e workshops na área da Emergência Médica.

 

Teste do pezinho
O número de nascimentos em Portugal aumentou ligeiramente no primeiro semestre deste ano, totalizando 42.149, mais 11 face a...

De acordo com os dados do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), este é o valor mais elevado desde 2017, ano em que foram rastreados 41.689 bebés nos primeiros seis meses do ano.

Janeiro foi o mês que registou o maior número de “testes do pezinho” realizados (8.043), seguido de março (7.182), abril (7.067), junho (7.048), maio (6.910) e fevereiro (5.899).

Segundo os dados avançados à agência Lusa, Lisboa foi a cidade que registou o maior número de nascimentos (12.478), seguida do Porto (7.707) e de Braga (3.283).

Nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores nasceram 859 e 1.016 bebés, respetivamente.

Os números indicam que, no total, 2019 foi o ano que registou o valor mais alto dos últimos quatro anos, com 87.364 recém-nascidos estudados. Em 2018, tinham sido 86.827 e no ano anterior 86.180.

 

População vulnerável
O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) e o Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT) associam-se no objetivo...

Ao abrigo de um protocolo assinado pelas duas entidades, o serviço de Gastrenterologia do CHULC, que funciona no Hospital de Santo António dos Capuchos, inicia uma consulta descentralizada no centro de rastreiro IN-Mouraria, que se destina à prestação de cuidados assistenciais e tratamento a Pessoas que Usam/usaram Drogas (PUD) e Pessoas em Situação de Sem Abrigo (PSSA) infetadas com o vírus da hepatite C (VHC). As PUD e PSSA estão entre as populações mais atingidas pelo VHC, que maiores dificuldades têm em se deslocar aos hospitais e que mais ficam para trás no acesso aos tratamentos do VHC.

A recente transformação do Serviço de Gastrenterologia do CHULC em Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) constitui um incentivo para a promoção desta resposta na comunidade, tendo ainda em conta o compromisso de Portugal em atingir os objetivos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a eliminação das hepatites virais.
O serviço do GAT IN-Mouraria, aberto em 2012, é reconhecido publicamente pela OMS e pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA) como centro e exemplo de inovação e boas práticas.

O projeto da consulta descentralizada foi desenvolvido no ano passado, antes do aparecimento da pandemia, mas é particularmente pertinente no atual contexto, estando em sintonia com as medidas preventivas da Direção Geral da Saúde: minimização das deslocações ao hospital, distanciamento social, descentralização da consulta médica e recurso à telemedicina. Esta consulta pode constituir um case study para modelos de tratamento de outras patologias e de outras populações vulneráveis no contexto da Covid-19.

No âmbito deste trabalho conjunto, o GAT irá referenciar para a consulta realizada pelo CHULC, pessoas que tenham um resultado positivo no rastreio à infeção por VHC, onde serão realizados procedimentos clínicos, como a confirmação da infeção, análises,
elastografia, prescrição e avaliação do sucesso terapêutico. A medicação prescrita pelo CHULC será levantada pelo GAT com o consentimento informado dos doentes e dispensada no centro IN-Mouraria, com a possibilidade de programa de toma assistida.
As consultas médicas podem ser presenciais ou por telemedicina, sendo que o GAT assume a responsabilidade da gestão de cada caso, através da equipa de enfermagem e de técnicos de rastreio pares e gestores de caso.

 

Mais de 4 mil assinaturas reunidas
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) recolheu 4 329 assinaturas para a petição “Quantos somos com diabetes...

“A concretização de um registo nacional da diabetes tipo 1 é fundamental para que possamos construir uma estratégia de apoio às pessoas com diabetes tipo 1, com real impacto na promoção e qualidade das suas vidas, com informação fidedigna. O período de pandemia da COVID-19 tornou ainda mais urgente esta fonte de dados para conseguirmos ter uma melhor definição de políticas de saúde relacionadas com o enquadramento de novas perspetivas terapêuticas a nível imunológico e tecnológico”, refere José Manuel Boavida, presidente da APDP.

José Manuel Boavida reforça ainda que “a saúde está perante uma era de inovação que se traduz num período de esperança de novos caminhos terapêuticos”.

“Falamos de pessoas, crianças, jovens e adultos que não vivem sem insulina. E, apesar do aumento da incidência e prevalência da diabetes tipo 1, não temos um programa estruturado e coerente que aborde integradamente esta doença. Estamos a falar de um universo entre as 30 e 75 mil pessoas”, conclui João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

Esta petição tem o apoio da Associação Mellitus Criança, do Grupo DiabéT1cos, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, da Secção de Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica da Sociedade Portuguesa de Pediatria e do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

 

 

Saiba como se pode proteger
A diarreia aguda é mais prevalente nos meses de calor e é um motivo frequente de ida às urgências.

“No verão, os nossos alimentos, as substâncias orgânicas estão mais quentes e os micro-organismos multiplicam-se com maior facilidade. Há o risco de os alimentos terem grandes cargas desses micro-organismos patogénicos, capazes de provocar doença”, explica. Por outro lado, lembra que nesta época do ano há uma tendência para comermos mais frutas, vegetais e outros alimentos não cozinhados, pelo que “é fundamental que estes estejam bem lavados e sejam consumidos antes de estarem expostos ao calor, para não se deteriorarem”. 

Para o especialista, a prevenção é o melhor remédio para não transformar um agradável passeio em família num pesadelo. Jorge Fonseca sublinha que as pessoas devem, por isso, ter especial cuidado na escolha dos locais onde fazem as refeições, na forma como acondicionam os alimentos quando levam comida para consumir fora de casa, assim como devem optar por bebidas engarrafadas e lavar frequentemente as mãos. “Num dia de calor, as fontes podem ser tentadoras para matar a sede, mas é preciso ter cuidado porque a água pode estar contaminada. Daí que não seja apenas importante ter em conta a qualidade dos sumos, a água a copo e o gelo que se coloca nas bebidas que se consomem em bares ou restaurantes”, acrescenta.  

O médico recomenda também atenção redobrada para os locais escolhidos para tomar banho. “As praias fluviais, os rios e as piscinas, regra geral, não têm uma monitorização tão sistemática como a água do mar, portanto devemos optar por locais onde haja plena confiança na qualidade da água”, explica. 

Prevenção 

A maioria dos casos de diarreia aguda está relacionada com bactérias patogénicas (como a Escherichia coli, Salmonella, Shigella ou a Campylobacter jejuni) ou com vírus (norovírus, rotavírus), embora possa também ser provocada por parasitas. “Os intestinos estão repletos de micro-organismos. Na realidade um metro de intestino grosso tem mais micro-organismos do que nós temos células humanas. Uma infeção no intestino não são exatamente micro-organismos a crescer em quantidade, como acontece noutros órgãos. São desequilíbrios na microbiologia intestinal, ou seja, do ecossistema das bactérias que habitualmente defendem o intestino e o mantêm equilibrado”, refere Jorge Fonseca.  

“As diarreias agudas são habitualmente muito breves, um a três dias, e são frequentemente autolimitadas, ou seja, desaparecem espontaneamente. Contudo, o melhor conselho é a prevenção. Por isso, além dos cuidados que mencionei, as pessoas, antes de irem de férias, devem procurar o seu médico ou farmacêutico para terem consigo medicamentos que tratem a diarreia aguda e que sejam capazes de restabelecer a flora intestinal alterada, a tomar em caso de necessidade e sob a orientação prévia desse médico ou farmacêutico”, afirma o especialista.  

Existem medicamentos que contêm eles próprios micro-organismos vivos, os quais combatem os agentes invasores, prevenindo e reduzindo a duração da diarreia1. Estes podem ser incluídos nas caixas de SOS que habitualmente levamos para férias, juntamente com os auxiliares no tratamento e desinfeção de feridas, analgésicos, repelentes, etc. 

Quando recorrer à urgência 

Para o gastroenterologista, “nos casos de diarreia simples (cinco a seis dejeções por dia de fezes moles), sem febre superior a 37,5ºC, sem mal-estar excessivo, as pessoas não se devem expor ao risco de se deslocarem a um serviço de urgência, em particular no atual contexto de pandemia”. Ao contrário, “devem ir ao médico perante uma diarreia prolongada acompanhada, por exemplo, de febre elevada, sangue nas fezes ou sinais de desidratação (prostração, vómitos, falta de força ou pressão arterial baixa)”. 

Tratamento 

A desidratação pode ser particularmente preocupante nas crianças, nos idosos e doentes crónicos. Em caso de diarreia, Jorge Fonseca recomenda a reidratação com água e chá de ervas, para serem bebidos com frequência e em pequenas quantidades. Sugere que se evitem os alimentos demasiado ricos em fibras ou em gorduras. A reintrodução de alimentos deve ser gradual, para verificar se são bem tolerados. 

Em relação às crianças, o médico defende que não devem ser forçadas a comer quando não têm apetite, mas alerta que é muito importante mantê-las hidratadas (fórmulas de reidratação oral, água, água de arroz, etc.) e vigiar os níveis de glicose no sangue e o equilíbrio eletrolítico. “Quando a criança estiver mais recetiva pode começar por comer pequenas quantidades de carne branca magra, arroz, massa tipo macarrão ou batata cozida, pão branco torrado e alguma fruta, como a banana e a maçã”, explica. 

Referências: 
1 - Vários estudos mostram que a levedura Saccharomyces boulardii CNCM I-745 tem um efeito protetor. Trata a diarreia e reduz a duração da mesma: 1. ESPGHAN Working Group for Probiotics and Prebiotics. Use of Probiotics for Management of Acute Gastroenteritis: a position paper by the ESGHAN Working Group for Probiotics and Prebiotics, JPGN, 58 (4), april 2014: 531-539 | 2. Guarino A. et al. European Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology, and Nutrition/European Society for Pediatric Infectious Diseases Evidence-Based Guidelines for the Management of Acute Gastroenteritis in Children in Europe: Update 2014. JPGN Volume 59, Number 1, July 2014 | 3. WGO Global Guideline Probiotics and prebiotics. October 2011.4. McFarland, L V. Systematic review and meta-analysis of Saccharomyces boulardii in adult patients. World J Gastroent 2010 May 14; 16 (18): 2202-22222. 3- Burande. J Pharmacol Pharmacother. 2013 Jul-Sep; 4(3): 205-208 | 4- Villarruel G, Rubio OM, Lopez F, et al. Saccharomyces boulardii in acute childhood diarrhoea: a randomized, placebo-controlled study. Acta Paediatr. 2007;96(4):538-41. 

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Innovation Lab Talks Webinar Cycle
Coordenação, forte capacidade de adaptação e estreita colaboração entre todas as entidades operacionais no terreno são fulcrais...

Uma forte capacidade de adaptação e coordenação entre todas as entidades, são pontos fulcrais para a recuperar a sociedade após um desastre natural. Esta foi a opinião expressa pelos convidados da sessão “Logistics Reconstruction in a Post-Natural Disaster Scenario”, a última do “Innovation Lab Talks Webinar Cycle – How to Adapt Logistics to Extreme Situations?”, organizado pela APP – Advanced Products Portugal, com o objetivo de debater a capacidade de adaptação da logística portuguesa a situações extremas.

Tendo como situação um desastre natural, a terceira sessão teve como convidados Tânia Barbosa, Director of International Department da AMI, Tiago Garcia, Transport Center Manager da Luís Simões, José Cordeiro, Product/Supplier Quality Manager da Auchan e Manuel Pizarro, CEO da APP, que debateram em conjunto a resposta da logística neste cenário.

Tânia Barbosa, Director of International Department da AMI, destacou a importância da colaboração entre os vários atores envolvidos, assim como o prolongamento de sinergias pré-existentes e a sua aplicabilidade nos territórios afetados. A avaliação correta da complexidade da situação em curso é fundamental para resolver os problemas imediatos de uma situação de crise humanitária e a sua priorização adequada. Já Tiago Garcia, Transport Center Manager da Luís Simões, referiu que embora o mundo esteja a sofrer cada vez mais com desastres naturais de vários tipos, a tecnologia que dispomos atualmente permite dar resposta adequada. O mesmo responsável considera também que é importante que as organizações tenham a capacidade de investir para além do imediato, de forma a poderem se preparar para situações inesperadas. José Cordeiro, Product/Supplier Quality Manager da Auchan, destacou a importância de encontrar os recursos necessários rapidamente e que para tal uma excelente relação de confiança construída com os fornecedores é vital, assim como a identificação de parceiros noutras regiões ou continentes que permitam manter o fluxo de abastecimento. Numa situação de emergência a facilidade de utilização dos equipamentos por qualquer pessoa independentemente da sua formação e conhecimento, garantido a qualidade e o fornecimento de medicamentos e outros bens essenciais, foi um dos pontos destacados por Manuel Pizarro, CEO da APP. O líder da APP salientou ainda a importância dos investimentos prévios e a coordenação das entidades no terreno para que a ajuda seja dada a quem precisa, sem desperdícios e entropias.

O ciclo “Innovation Lab Talks Webinar Cycle – How to Adapt Logistics to Extreme Situations?” foi composto por 3 sessões. Cada sessão dedicou-se a analisar um cenário extremo específico. Os cenários analisados ao longo do ciclo foram: How Can Logistics Handle a Technological Crash?  Modelling Logistics in Response to Bioterrorism e Logistics Reconstruction in a Post-Natural Disaster Scenario.

O mundo pós pandemia
Requalificar os trabalhadores é fundamental para nos ajudar a evitar o pior da crescente crise económica e garantir um mundo de...

Já a 27 de maio de 2020, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimou que 94% da força de trabalho global vive em países com medidas ativas de confinamento e fecho do local de trabalho. Empresas de vários setores estão a enfrentar perdas catastróficas, que resultam em milhões de trabalhadores vulneráveis ​​a demissões. Enquanto isso, os últimos meses também viram uma rápida aceleração de três tendências principais: desglobalização, digitalização e consolidação empresarial.
 
Com os hábitos do consumidor a mudarem para o consumo on-line, as empresas tiveram de responder rapidamente com planos de "transformação digital" em meses, em vez de anos. Este é um cenário único - milhões de desempregados, por um lado, e necessidades de competências em rápida evolução e crescimento, por outro. Há uma oportunidade para o primeiro resolver o problema do segundo. Com isso, é urgente que empresas, governos e organizações de trabalhadores unam forças e ofereçam à força de trabalho global caminhos claros de qualificação.
 
Na Adecco acreditamos que as competências de hoje não corresponderão aos empregos de amanhã, e as competências recém-adquiridas podem rapidamente tornar-se obsoletas, e esse é um passo necessário para a recuperação económica. A boa notícia é que alguns investimentos em novas competências, no reskilling já estão em curso.
 
Conforme sustenta também, um estudo desenvolvido pela Adecco Portugal, entre Maio e Junho de 2020, a empresas nacionais de vários setores de atividade, em termos de competências, as empresas apostam nitidamente na requalificação (45% do total de empresas analisadas), e outras apostam na extensão das competências existentes (35%).
 
Com base nestas conclusões, a Adecco ajuda a decifrar o que é o reskilling, quanto tempo pode demorar e o investimento que pode significar para as indústrias.
 
O que significa um Reskilling?

O conteúdo é algo único na qualificação. Não se trata apenas de um meio de aprendizagem, mas de aprender a serviço de um resultado, que geralmente é a transição bem-sucedida para um novo trabalho ou a capacidade de assumir novas tarefas. Significa não apenas aprendizagem de competências técnicas específicas do trabalho, mas também à aquisição de competências essenciais, como adaptabilidade, comunicação, colaboração e criatividade.

Os três formatos podem ser desde o regresso à universidade ou instituição de ensino, ou a A aprendizagem não formal que envolve atividades de aprendizagem organizadas por um formador ou por um empregador com certificação ou a aprendizagem informal que envolve a aprendizagem de colegas e supervisores ou mesmo durante atividades de lazer.

Investimento financeiro está provado que pode custar até menos seis vezes do que contratar no mercado. Embora esse cálculo varie significativamente com base na ocupação e na função do emprego, apresenta um forte argumento para empregadores e governos considerarem os custos de requalificação de uma perspetiva holística.

Quanto tempo demora uma requalificação?
A resposta bem popularizada (e criticada) a essa pergunta é do psicólogo K. Anders Ericsson, que afirma que são necessárias 10.000 horas de prática deliberada para obter conhecimento. Dan Coyle, autor do The Talent Code, alternativamente, fala sobre o valor de um compromisso consciente e de longo prazo.
Na Adecco acreditamos que a resposta pode variar de pessoa para pessoa. Mas é seguro dizer que aqueles que desejam uma requalificação de sucesso devem estar prontos para dedicar um tempo significativo a aprender.
 
Como podemos tornar o requalificar uma realidade para todos?
Dado o que sabemos sobre a qualificação, os seus vários formatos, custos e quanto tempo pode levar, acreditamos que existem três políticas concretas que governos e organizações podem implantar para disponibilizá-las a todos.
 
Criar e capacitar conselhos de competências do setor (CCS). Os CCS são organizações sem fins lucrativos focadas em ajudar um único setor a definir e fechar as suas lacunas de competências. Esses grupos geralmente colaboram com os órgãos governamentais relevantes para fornecer aos representantes das organizações de empregadores e de trabalhadores informações críticas sobre novas competências críticas. Por exemplo, no setor de tecnologia, o Tech Partnership Degrees no Reino Unido é um CCS que reúne empregadores e universidades para “melhorar o fluxo de talentos na força de trabalho digital”.
 
Apoios a pequenas empresas. Pequenas e médias empresas (PMEs) geralmente precisam de mais recursos financeiros e técnicos para qualificar os seus funcionários. O apoio do setor público é vital e destina-se a ajudar as PME a identificar as necessidades de competências nas suas organizações, bem como a planear ações de formação coordenadas.
 
Tornar o reskilling mais acessível a funcionários individuais. Todos os funcionários devem ter acesso a algum tipo de apoio ao desenvolvimento de carreira, financiado por uma mistura de contribuições pessoais, investimento do empregador e patrocínio do Estado. Alguns países já lideram o caminho.

Tecnologia de elevada precisão
O sistema mede a temperatura corporal com precisão e rapidez e deteta pessoas com sintomas de febre, uma capacidade essencial...

A gestora dos aeroportos espanhóis Aena entregou à Indra, uma das principais empresas mundiais de tecnologia e consultoria, a implementação do sistema de controlo de temperatura de passageiros, através da instalação de câmaras termográficas em 13 dos seus aeroportos mais movimentados em termos de tráfego aéreo e passageiros. A Aena está a trabalhar em estreita colaboração com a Autoridade Espanhola de Saúde Exterior nas operações de vigilância e controlo, fornecendo os meios tecnológicos necessários para a instalação e uso de câmaras termográficas.

O contrato foi adjudicado à Indra num processo de concurso público. As câmaras da Indra foram instaladas nos aeroportos: Adolfo Suárez Madri-Barajas, Josep Tarradellas Barcelona-El Prat, Palma de Maiorca, Málaga-Costa del Sol, Alicante-Elche, Ibiza, Gran Canária, Tenerife Sur, Valência, César Manrique- Lanzarote, Sevilha, Fuerteventura e Menorca.

O sistema inclui câmaras fixas na zona de chegadas e câmaras móveis de backup, que permitirão realizar verificações aleatórias em qualquer lugar do terminal.

A tecnologia usada pela Indra distingue-se pela sua elevada precisão e sensibilidade. Os sensores termográficos das câmaras possuem um ponto de referência (black body) com uma temperatura fixa que garante a precisão.

Além disso, esta é uma solução inteligente que deteta de forma autónoma o passageiro sem exigir que este se imobilize ou fique a uma distância específica. É capaz de reconhecer o rosto da pessoa e identificar as áreas cobertas pela máscara, boné ou outros adereços, selecionando o local ideal para uma medição precisa da temperatura, sem qualquer intervenção humana.

A solução oferece mais segurança aos passageiros sem causar atrasos nas suas deslocações; também reduz ajuntamentos nos pontos de controlo e minimiza os riscos para os funcionários do aeroporto.

A capacidade desta solução para detetar pessoas com febre num aeroporto ou em qualquer outro meio de transporte é essencial para evitar contágios.

Esta tecnologia de controlo de temperatura, identificação e alerta de sintomas de doença faz parte da linha de soluções Mova Protect da Indra e está integrada num conjunto de sistemas para a gestão e controlo da mobilidade de pessoas e passageiros em diferentes meios de transporte.

Aeroportos seguros com a tecnologia da Indra

A pandemia de Covid-19 forçou aeroportos em todo o mundo a reduzir ao mínimo a sua atividade. O processo de regresso à normalidade que estão a enfrentar atualmente exige a implementação de tecnologias inovadoras. Entre as tecnologias atualmente oferecidas pela Indra, destacam-se:

Soluções de Passenger Flow para controlar o fluxo de passageiros em qualquer ponto do terminal. Big Data ou Inteligência Artificial ajudam a gerir com eficiência os espaços interiores e os recursos associados, especialmente nas zonas em que possam existem ajuntamentos de indivíduos: balcões de check-in, controlo de segurança, pontos de informação ou portas de embarque.

Estas tecnologias também permitem prever as necessidades dos passageiros e o seu comportamento, conseguindo assim uma gestão mais eficiente das operações, especialmente no contexto atual, em que se estão a implementar processos de inscrição ou alocação de intervalos de tempo (slots) para voos de chegada.

Estas soluções fazem parte da Indra Mova Solutions, a resposta mais eficaz aos desafios que o setor enfrenta, com uma gama de soluções de ponta a ponta que facilitam a digitalização na gestão de qualquer infraestrutura de transporte e garantem a máxima proteção e mobilidade para os passageiros. Estas soluções também aumentam a capacidade efetiva, a segurança, a sustentabilidade e a eficiência da infraestrutura.

A plataforma de gestão da informação de segurança física (iSIM) da Indra é uma ferramenta que fornece uma visão única do que está a acontecer a cada momento no aeroporto e facilita um controlo integral de todos os sistemas de videovigilância, controlos de acesso, megafones e deteção de intrusos, bem como sistemas de medição de temperatura dos passageiros, através de câmaras termográficas.

A solução ajuda o gestor do aeroporto a implementar procedimentos padronizados para assegurar a segurança, de maneira rápida e flexível.

A Indra tem mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento e implementação de soluções para o setor de transporte e mobilidade e fornece soluções que ajudam a transformar um aeroporto digital “Smart” num aeroporto “Touchless”.

Doença afeta maioritariamente pessoas com mais de 70 anos
O Hospital do Espírito Santo de Évora realizou a primeira implantação de uma válvula aórtica através da técnica minimamente...

Para Lino Patrício, que liderou a equipa multidisciplinar “O hospital executou um plano específico a vários níveis para assegurar condições similares às de outros centros nacionais, com cardiologia de intervenção, cirurgia cardíaca, anestesista, imagiologia, enfermagem e técnicos treinados. Dispusemos de equipamentos de assistência circulatória em caso de emergência, o que raramente acontece, mas é indispensável pois, apesar de ser já uma rotina em muitos locais, trata-se de um procedimento altamente diferenciado por cateterismo”. 

O coordenador do CRI Cérebro-cardiovascular acrescentou “Esperamos assim desenvolver uma resposta multidisciplinar em parceria para que os doentes que necessitam de tratar a estenose aórtica possam, doravante, ser avaliados e tratados em proximidade”.

A técnica minimamente invasiva para implante de uma válvula aórtica foi introduzida em Portugal há 12 anos e constitui, para muitos doentes, a única opção, possibilitando uma rápida recuperação dos doentes.

Para Rui Campante Teles, coordenador do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI) da APIC: “Existem diversas barreiras que têm limitado o crescimento da técnica em Portugal, sobretudo a escassez no número de salas de hemodinâmica e de cardiologistas de intervenção. A expansão do tratamento tem ocorrido em paralelo com a sua segurança e projetos no SNS como este, tal como outros lançados por equipas multidisciplinares de Heart Team há vários anos em centros privados, terão certamente um papel na aproximação à prática Europeia e à mitigação das desigualdades no acesso à saúde cardiovascular das populações. É importante organizar e aumentar os recursos para a intervenção cardíaca e atrair mais cardiologistas e cirurgiões cardíacos treinados aos laboratórios de hemodinâmica para que os doentes tenham a reposta que necessitam” concluiu.

Segundo os dados do RNCI, em 2019, foram realizados 746 VAP, o correspondente a uma média de 72 procedimentos por milhão de habitante, ainda bastante inferior à maioria dos países europeus. Assim, em Portugal, estes procedimentos minimamente invasivos da válvula aórtica estão agora disponíveis em 8 centros cardiológicos do Serviço Nacional de Saúde (Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Hospital de São João, CHUC, Hospital de Santa Marta, Hospital de Santa Cruz, Hospital de Santa Maria, Hospital do Funchal e Hospital do Espírito Santo de Évora) e em vários centros privados.

Para aumentar a consciencialização para a estenose aórtica, a APIC está a promover a campanha Corações de Amanhã. “Acreditamos que com esta iniciativa, que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República, temos a oportunidade de unir esforços entre todos, que possam contribuir para melhorar a qualidade de vida das pessoas acima dos 70 anos”, afirma João Brum Silveira, presidente da APIC.

A estenose aórtica é uma doença que afeta cerca de 32 mil portugueses, sobretudo acima dos 70 anos, limitando as suas capacidades e qualidade de vida. Se não for detetada atempadamente, esta doença pode ter um desfecho fatal, uma vez que a válvula aórtica vai tornar-se cada vez mais estreita, impedido o fluxo sanguíneo para fora do coração.

Os sintomas são cansaço, dor no peito e desmaios.

Combate à pandemia
O cumprimento rigoroso das medidas de prevenção da transmissão de covid-19 é “absolutamente decisivo” para manter “uma...

A norma, que estabelece os critérios para a definição de contacto, que incluem, por exemplo, a exposição a um caso de Covid-19, ou a material biológico de um caso confirmado, dentro do período temporal de transmissibilidade (desde 48 horas antes do início dos sintomas), estabelece que o rastreio de contactos é um dos elementos-chave para a deteção precoce de casos e limitação da propagação da doença.

No decurso da conferência de imprensa de atualização dos dados sobre a Covid-19 em Portugal, Marta Temido salientou também a necessidade de reforçar a capacitação de recursos humanos nos serviços de medicina intensiva, observando, no entanto, que esse é um processo demorado.

“Formar um especialista em medicina, em qualquer área, é um processo que demora vários anos e, portanto, não é possível ter intensivistas com a mesma velocidade com que se adquirem equipamentos de cuidados intensivos”, explicou. O reforço de especialistas em Medicina Interna é um processo no qual a tutela se encontra a trabalhar e poderá passar pela maximização das vagas para a formação especializada, abertura de concursos para a colocação de médicos nos serviços de medicina intensiva e a integração nos quadros dos enfermeiros com contratos a termo certo.

“A Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a Covid-19 acabou por ter uma missão mais ampla do que aquela que seria a da resposta estrita à covid-19 e ajudou-nos também a fazer uma revisão da rede nacional de especialidade hospitalar e de referenciação”, observou. A revisão da Rede de Referenciação Hospitalar em Medicina Interna encontra-se, atualmente, em consulta  

Sobre o reforço dos cuidados intensivos, a governante adiantou ainda que o objetivo é que até ao início de 2021 Portugal disponha, em média, de 11,5 camas por 100 mil habitantes, alinhado com a média de referência europeia.

 

 

Investigação
A Inteligência Artificial aplicada a imagens de microscopia de tumores deteta padrões de 167 mutações diferentes e prevê a...

Investigadores do Instituto Europeu de Bioinformática (EMBL-EBI) da EMBL, em Cambridge, Reino Unido, desenvolveram um algoritmo de inteligência artificial (IA) que usa visão computacional para analisar amostras de tecidos de doentes com cancro. Eles mostraram que o algoritmo pode distinguir entre tecidos saudáveis e cancerígenos, e também pode identificar padrões de mais de 160 fragmentos de ADN e milhares de alterações de RNA em tumores. O estudo, publicado hoje no Nature Cancer, destaca o potencial da IA para melhorar o diagnóstico, o prognóstico e o tratamento do cancro.

O diagnóstico e o prognóstico do cancro são em grande parte baseados em duas abordagens principais. Numa das abordagens, histopatologistas examinam o aparecimento de tecido cancerígeno sob o microscópio. Por outro lado, geneticistas, analisam as mudanças que ocorrem no código genético das células cancerígenas. Ambas as abordagens são essenciais para entender e tratar o cancro, mas raramente são usadas em conjunto.

"Os médicos usam, quase sempre, slides de microscopia para o diagnóstico de cancro. No entanto, todo o potencial desses slides ainda não foi desbloqueado. À medida que a visão computacional avança, podemos analisar imagens digitais desses slides para entender o que acontece ao nível molecular", diz Yu Fu, Pós-Doutorando do Grupo Gerstung da EMBL-EBI.

Algoritmos de visão computacional são uma forma de inteligência artificial que pode reconhecer certos recursos em imagens. Fu e restante equipa reaproveitaram tal algoritmo desenvolvido pela Google – originalmente usado para classificar objetos quotidianos, como limões, óculos de sol e radiadores – para distinguir vários tipos de cancro do tecido saudável. Eles mostraram que este algoritmo também pode ser usado para prever a sobrevivência e até mesmo padrões de mudanças de ADN e RNA a partir de imagens de tecido tumoral.

Algoritmos de ensino para detetar mudanças moleculares

Estudos anteriores usaram métodos semelhantes para analisar imagens de tipos únicos ou alguns de tumores com alterações moleculares selecionadas. No entanto, Fu e os seus colegas elevaram esta abordagem para uma escala sem precedentes: treinaram o algoritmo com mais de 17 mil imagens de 28 tipos de cancro coletados para o Atlas do Genoma do Cancro, e estudaram todas as alterações genómicas conhecidas.

"O que é bastante notável é que o nosso algoritmo pode ligar automaticamente a aparência histológica de quase qualquer tumor com um conjunto muito amplo de características moleculares e com a sobrevivência do paciente", explica Moritz Gerstung, Líder do Grupo da EMBL-EBI.

No geral, este algoritmo é capaz de detetar padrões de 167 mutações diferentes e milhares de mudanças na atividade genética. Esses achados mostram em detalhe como as mutações genéticas alteram o aparecimento de células e tecidos tumorais.

Uma potencial ferramenta para a medicina personalizada

A integração de dados moleculares e histopatológicos fornece uma imagem mais clara do perfil de um tumor. A deteção das características moleculares, a composição celular e a sobrevivência associadas a tumores individuais ajudariam os médicos a adaptar tratamentos adequados às necessidades de seus pacientes.

"Do ponto de vista de um médico, essas descobertas são incrivelmente emocionantes. O nosso trabalho mostra como a inteligência artificial pode ser usada na prática clínica", explica Luiza Moore, Cientista Clínica e Patologista do Wellcome Sanger Institute e do Hospital Addenbrooke. "Enquanto o número de casos de cancro está a aumentar em todo o mundo, o número de patologistas está a diminuir. Ao mesmo tempo, esforçamo-nos para nos afastar da abordagem "um modelo encaixa em todos" e trabalhar em medicina personalizada. Uma combinação de patologia digital e inteligência artificial pode potencialmente aliviar essas pressões e melhorar nossa prática e atendimento ao paciente."

As tecnologias de sequenciamento impulsionaram a genómica à vanguarda da pesquisa sobre o cancro, mas essas tecnologias permanecem inacessíveis para a maioria das clínicas em todo o mundo. Uma possível alternativa ao sequenciamento direto seria usar a IA para emular uma análise genómica usando dados mais baratos de coleta, como slides de microscopia.

"Obter todas essas informações de imagens padrão de tumores, de forma completamente automática, é revolucionário", diz Alexander Jung, doutorando na EMBL-EBI. "Este estudo mostra o que pode ser possível nos próximos anos, mas esses algoritmos terão que ser refinados antes da implementação clínica."

Fonte do Artigo:
FU, Y., et al. (2020). Pan-cancer computational histopathology reveals mutations, tumor composition and prognosisNature Cancer. Published online 27 07; DOI: 10.1038/s43018-020-0085-8

 

Investigação científica na área do adenocarcinoma gástrico
O Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO Porto) lança esta segunda-feira, dia 27 de julho, a primeira...

Em avaliação vão esta trabalhos originais, de investigação clínica ou de translação, na área do cancro gástrico (epidemiologia, diagnóstico/diagnóstico precoce, terapêutica, prognóstico, resultados reportados pelo doente) que tenham sido publicados em revistas indexadas com revisão por pares nos últimos dois anos, sendo que pelo menos um dos autores tem de estar inscrito na Ordem dos Médicos, revela o IPO do Porto, em comunicado.

A data limite para submissão do trabalho é 31 de janeiro de cada ano civil “e pretende-se que o vencedor, este ano, seja conhecido a 31 de março e a distinção entregue aquando do curso anual que se realiza em maio de 2021, no IPO do Porto”, observa o Instituto Português de Oncologia do Porto. 

Os interessados deverão remeter as candidaturas devem ser remetidas para o seguinte endereço de e-mail: [email protected].

O prémio, pecuniário e anual, consiste na atribuição de mil euros ao trabalho de investigação que reúna os critérios exigidos.

 

 

9 e 10 de setembro
Numa altura de grandes desafios alimentares, o Congresso irá debater as várias problemáticas da nutrição para os próximos 10...

Nos dias 9 e 10 de setembro realiza-se o XIX Congresso de Nutrição e Alimentação, que contará com a presença de diversos oradores de diferentes áreas que darão uma panorâmica geral de como se vive a nutrição nos dias de hoje, com os olhos postos na próxima década. Este ano, considerando o contexto atual, e encarando-o como oportunidade, o XIX Congresso de Nutrição e Alimentação 2020 assumirá um formato totalmente digital.

A realização do Congresso online possibilitará a participação de todos os interessados a partir de qualquer local e em segurança, assistindo a todas as comunicações, nas diferentes salas, à distância de um click. Beneficiando ainda das oportunidades criadas pelo formato será possível interagir com os oradores em tempo real, através de chat disponível na plataforma, consultar, na área de exposição técnica, informação individualizada sobre as empresas parceiras do congresso, solicitar amostras/documentação de produtos/serviços e visitar a galeria virtual de posters e apresentações de trabalhos originais.

Num ano de grandes transformações como 2020, o Congresso reveste-se de especial importância no debate de temas como impacto da COVID-19 na vida dos portugueses e as alterações provocadas na alimentação e no estilo de vida e os desafios da alimentação para uma população em crescimento e da adoção de dietas saudáveis de baixa pegada de carbono, com o objetivo de alcançar o desenvolvimento sustentável e a estabilidade climática.

Como nos anos anteriores, os temas serão debatidos por especialistas das áreas da Alimentação, Saúde Pública e Sustentabilidade Alimentar. Destacam-se nomes como Maria João Gregório, Diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde, Henrique Barros, Presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, Conceição Calhau, professora da NOVA Medical School, Vitor Hugo Teixeira, da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, entre muitos outros.

Durante dois dias serão debatidos não só os principais desafios atuais, mas sobretudo qual caminho a traçar para se implementarem medidas necessárias para construir um amanhã assente numa sociedade mais sustentável e consciente do valor da saúde do planeta e do impacto da alimentação na saúde da população.

As inscrições para o XIX Congresso de Nutrição e Alimentação podem ser realizadas aqui:  Inscrições. Programa em www.cna.org.pt

6% de todos os casos de cancro
Trata-se de uma área anatómica com alguma especificidade, que envolve a cavidade oral e orofaringe,

Os cancros da cabeça e pescoço com maior incidência são os da cavidade oral e orofaringe (750 000 casos novos por ano em todo o mundo, dos quais 650 000 na língua, gengiva e pavimento da boca e 100 000 na orofaringe) e os da laringe (cerca de 200 000 casos novos por ano) em todo o mundo.

No seu conjunto estes cancros representam cerca de 6% de todos os casos de cancro e cerca de 1 a 2% das mortes devidas ao cancro.

Em Portugal há cerca de 2500 casos novos de cancro da cabeça e pescoço por ano, 70% na cavidade oral e orofaringe e 30% na laringe. Afeta sobretudo a população masculina (5 homens/ 1 mulher) e em especial os fumadores e grandes consumidores de álcool. Mais recentemente foi definida uma relação entre a infeção por papiloma vírus humano (HPV), genótipos 16 e 18, com o cancro da orofaringe.

O diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais pois nos casos iniciais a taxa de cura ronda os 80%, enquanto que nos estádios avançados a taxa de sobrevivência global aos 5 anos é inferior a 40%.

Neste diagnóstico clínico têm papel fundamental os médicos dentistas e estomatologistas, além de outros especialistas relacionados com esta área anatómica como cirurgiões-maxilo-faciais e ORL.

Os sinais e sintomas mais frequentes são:

  • ferida ou úlcera da língua ou gengiva que não cicatriza,
  • manchas da língua brancas ou avermelhadas,
  • um nódulo persistente no pescoço,
  • rouquidão,
  • dificuldade em engolir, etc.

As modalidades de tratamento utilizadas para o tratamento destas lesões são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia, de forma isolada ou combinada.

A cirurgia continua a ser a principal modalidade de tratamento. O objetivo é remover a lesão tumoral na totalidade, com uma margem de segurança, e ainda os gânglios linfáticos regionais que estão ou possam estar invadidos por células tumorais. A cirurgia pode ser, pois, mutilante quer anatomicamente, quer funcionalmente. Nos centros nos quais se pratica são, em regra, utilizadas técnicas de reconstrução no mesmo tempo operatório para diminuir essa mutilação.

Por ser um tratamento multidisciplinar os doentes devem preferencialmente ser tratados em centros oncológicos de referência, como os IPO, ou com experiência efetiva nesta área. A decisão terapêutica é tomada numa consulta de grupo onde estão presentes um cirurgião, um oncologista médico, um radiologista, um radio-oncologista e ainda por vezes um anatomopatologista.

Os doentes são mantidos em vigilância clínica por um período prolongado de tempo para se poderem detetar atempadamente eventuais recidivas da doença.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
No próximo ano letivo
O Ministério da Educação planeia gastar cerca de sete milhões de euros na compra de máscaras para oferecer aos alunos,...

A mesma publicação indica que o kit vai ser entregue nos cerca de 800 agrupamentos de escolas públicas em Portugal e que as escolas já receberam indicações para avançar com as encomendas. As máscaras sociais vão fazer parte da lista de material escolar obrigatório para o próximo ano e, a partir do 5.º ano, será necessário ter este equipamento para entrar na escola.

“É um material essencial. Se não levarem um manual têm falta de material. Sem máscara nem sequer entram”, garante Filinto Lima, presidente da Associação de Diretores (ANDAEP) ao JN. Manuel Pereira, líder da Associação de Dirigentes Escolares (ANDE), acrescenta que “é equivalente à obrigatoriedade de usar cinto de segurança”.

As máscaras devem ser certificadas e reutilizáveis (entre 20 a 25 lavagens), sendo que existem apenas 21 empresas com máscaras comunitárias de nível 3 na página do Citeve.

A mesma publicação adianta que, além de máscaras, cada diretor de agrupamentos também vai ter de encomendar aventais e luvas laváveis para os assistentes operacionais, viseiras e solução antisséptica de base alcoólica.

As encomendas serão feitas para cada período, pelo que o valor do investimento do Estado nestes equipamentos e materiais de proteção deverá ser superior aos sete milhões agora anunciados

Apoio financeiro
A FARM- ID, Associação da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) para a Investigação e Desenvolvimento está a...

Com esta iniciativa, a Novartis reforça o seu contributo na luta contra a Covid-19 em Portugal com um donativo de 25 mil euros à Farm-ID, Associação da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL) para a Investigação e o Desenvolvimento, com o objetivo de reforçar a capacidade de deteção e rastreio do vírus, numa altura em que o aumento do número de testes é fundamental para reforçar a segurança nesta fase de desconfinamento social gradual. 

A FARM-ID, em colaboração com o departamento de Microbiologia e Imunologia da FFUL, está a disponibilizar às instituições de saúde os seus recursos técnicos e científicos para contribuir para o diagnóstico da Covid-19, mediante o rastreio do vírus SARS-CoV-2. Esta competência foi reconhecida pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e pela Direção-Geral da Saúde.

A contribuição da Novartis na luta contra a Covid-19 em Portugal tem-se centrado em garantir que os esforços e recursos disponíveis contribuem para dar resposta às reais necessidades sentidas no terreno, quer no reforço das infraestruturas de saúde, quer na proteção dos profissionais de saúde que se encontram mais expostos e que são essenciais para cuidarem não só dos doentes de Covid-19, mas de todos os outros.  No total, a Novartis já doou 375 mil euros para o combate à pandemia em Portugal. Apoios estes que se enquadram ‘COVID-19 Response Fund’, um fundo internacional criado pela empresa para apoiar as comunidades mais afetadas, no valor de 20 milhões de dólares.

Para além desde donativo à FARM-ID, a Novartis aliou-se, com um donativo de 215 mil euros, à plataforma ‘Todos por quem cuida’, uma iniciativa conjunta entre a APIFARMA, a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Farmacêuticos, que pretende assegurar que todos os profissionais de saúde têm acesso aos equipamentos e dispositivos necessários para proporcionar os melhores cuidados a todos os doentes para combate à Covid-19; e ao Movimento tech4COVID com um donativo de 135 mil euros para comprar material de proteção individual para profissionais de saúde para apoiar as instituições da saúde, os seus profissionais e os doentes.

 

 

Opinião
Comemora-se a 28 de julho o Dia Mundial das Hepatites, dia em que pessoas e organizações de todo o m

O dia 28 de julho foi escolhido em 2010 durante a 63ª Assembleia Mundial da Saúde da Organização Mundial da Saúde, por ser o dia de aniversário de Baruch Blumberg, que descobriu o vírus da hepatite B e por isso ganhou o Prémio Nobel da Medicina em 1976. Nos últimos anos, a comemoração deste dia ganhou particular destaque pelo facto de a OMS ter assumido o objetivo de erradicar a hepatite C até 2030.

Existem cinco diferentes vírus causadores de hepatite (A, B, C, D e E), mas as hepatites B e C são as mais importantes, por evoluírem para a cronicidade e assim causarem graves problemas de saúde: provocam inflamação crónica do fígado, que, quando não tratada, pode evoluir para cirrose e cancro hepático.

A transmissão das hepatites B e C dá-se através da exposição ao sangue ou fluidos corporais de uma pessoa infetada. Assim, têm maior risco de estar infetadas pessoas com história de uso de drogas injetáveis, de relações sexuais não protegidas com múltiplos parceiros, de transfusões sanguíneas antes de 1990, de exposição a práticas de saúde e de estética sem os devidos cuidados de higiene e assepsia, entre outras.

Em Portugal, foram já identificados e tratados largos milhares de doentes com hepatite B ou C, mas calcula-se que poderão ainda existir algumas dezenas de milhar de casos não diagnosticados.

Os testes de diagnóstico estão recomendados em qualquer pessoa com alteração das análises hepáticas e naqueles em que se considere alguma possibilidade de exposição a estes vírus, no presente ou no passado. No nosso país, os testes de diagnóstico das hepatites estão acessíveis através de todos os serviços de saúde, nomeadamente centros de saúde, hospitais, laboratórios de análises e algumas farmácias.

O diagnóstico precoce traz grandes benefícios para as pessoas infetadas, pois permite o tratamento antes que se instalem lesões hepáticas, e para a saúde de toda a comunidade, já que ao eliminar o foco de infeção evita a propagação do vírus.

É um grande desafio conseguir identificar os portadores destes vírus em grupos populacionais vulneráveis e de abordagem difícil: utilizadores ativos de drogas injetáveis, reclusos, trabalhadores do sexo, sem-abrigo e imigrantes. Estão em curso em todo o país iniciativas dirigidas a essas populações, indo ao encontro das pessoas em risco e oferecendo-lhes a possibilidade de rastreio e de tratamento.

Do ponto de vista de cada indivíduo infetado, é muito compensador o diagnóstico precoce da doença, pois todas as formas de hepatite são, atualmente, tratáveis. O tratamento da hepatite C é um dos maiores casos de sucesso da Medicina moderna, existindo medicamentos que, tomados durante 8 a 12 semanas, curam a infeção em quase 100% dos casos; a hepatite B exige frequentemente medicação crónica, mas que impede a progressão da doença hepática.

Em tempos de pandemia pela COVID-19, as outras doenças não desapareceram e as hepatites crónicas não deixaram de constituir um importante problema de saúde pública.

O Dia Mundial das Hepatites é uma excelente oportunidade para divulgar o conhecimento sobre estas doenças, motivar os profissionais de saúde para o rastreio, diagnóstico e tratamento das mesmas e sensibilizar as autoridades de saúde e os decisores políticos para a necessidade de alocarem os recursos indispensáveis.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Apoio psicológico e reconhecimento do corpo
A investigação do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto chama a atenção para as dificuldades de quem perde um...

Um artigo assinado por investigadoras do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), publicado na revista Acta Médica Portuguesa, chama a atenção para as dificuldades de quem perde um ente querido, no contexto da pandemia, e aponta sugestões às atuais práticas vigentes no processo de identificação do corpo e em cerimónias fúnebres, marcadas por muitas restrições, em Portugal. O objetivo é facilitar a recuperação de quem vivencia o luto e evitar o agravamento de problemas de saúde mental.

De acordo com Ana Aguiar, primeira autora do trabalho “as estratégias implementadas, durante o período de confinamento obrigatório, para combater a propagação da Covid-19, alteraram os rituais fúnebres e a forma como vivenciamos o luto”.

“Se, por um lado, é fundamental controlar a proliferação da pandemia, por outro, a imposição dessas medidas veio dificultar o cumprimento dos rituais convencionais de despedida por parte de familiares, amigos, colegas, vizinhos e outros”, sublinham as investigadoras.

De 1 de março a 10 de maio, 1135 óbitos que tiveram o novo coronavírus como causa de morte.

A norma da Direção-Geral da Saúde determina que a família não possa ver o corpo

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu uma norma, logo no início da pandemia, sobre cuidados post mortem. Note-se que, “apesar de a regulamentação ter evoluído desde a data de submissão do artigo, sendo agora mais específica, o problema que aqui é apresentado pode persistir”, refere Ana Aguiar.

Segundo as orientações da DGS, caso um indivíduo morra com suspeita ou confirmação de infeção por SARS-CoV-2/COVID-19, a família é impedida de ver o corpo. A identificação do cadáver é realizada por via remota, geralmente por uma agência funerária, que o faz através de fotografias digitais. O cadáver é colocado num saco impermeável, despido, e o caixão permanece fechado durante o funeral.

“Apesar de a norma da DGS ter sido pensada para os óbitos com infeção suspeita ou confirmada por SARS-CoV-2, a grande maioria das pessoas que morreu devido a outras doenças ou de causa natural foi submetida a este procedimento e os familiares impedidos de contactar com o corpo do falecido e de vivenciar o luto de forma adequada. Tal não deveria acontecer”, aponta a investigadora do ISPUP.

Tendo em conta o impacto que estas restrições podem ter na saúde mental dos familiares e das pessoas mais próximas dos falecidos, o artigo apresenta algumas recomendações que pretendem tornar as medidas de proteção contra a Covid-19, em contexto post mortem, mais abrangentes e humanas.

Prestação de apoio psicológico e reconhecimento do corpo

Em primeiro lugar, as autoras defendem a prestação de apoio psicológico a todos os que perderam ou possam vir a perder um familiar ou amigo neste contexto de grandes restrições e de distanciamento. “É fundamental que existam equipas de psicólogos disponíveis para auxiliar, tanto presencial, como remotamente, as pessoas que perderam um ente querido e que necessitam de ajuda para superar a perda. A criação de uma linha gratuita de apoio ao luto poderia ser considerada”, mencionam.

A informação sobre os serviços de apoio psicológico seria facultada nos hospitais e no Instituto de Medicina Legal, o que exige um trabalho de equipa entre a classe médica e os profissionais de psicologia.

Outra proposta passa pela alteração dos atuais procedimentos de identificação e de preparação do corpo para as cerimónias fúnebres. O artigo recomenda que o reconhecimento do cadáver seja feito pelos familiares e não pelas agências funerárias ou através de fotografias, quer se trate ou não de uma morte relacionada com a COVID-19.

Principalmente quando a causa de morte não está associada a um diagnóstico de COVID-19, considera-se que a identificação do corpo deve ser presencial (embora restrita ao menor intervalo possível de tempo) e que o equipamento de proteção individual deve ser assegurado, de forma a permitir “que as pessoas se possam despedir convenientemente da pessoa falecida, uma última vez”.

O apoio espiritual e a presença em funerais

Levando em consideração a importância que as crenças espirituais ou religiosas podem assumir numa situação de experiência de luto e de angústia, é sugerida a criação de uma linha de apoio para esse fim, que poderia ser dada a conhecer, através dos cuidados de saúde primários, hospitais e meios de comunicação social.

Por fim, salienta-se a necessidade de acautelar a presença de familiares e de amigos nas cerimónias fúnebres, independentemente da causa da morte, por se tratar de um momento de despedida crucial para o processo de recuperação.

No início da pandemia, o número de pessoas (incluindo familiares) que podia comparecer nos funerais era bastante restrito. Mas, desde o dia 4 de maio, e de acordo com o calendário de reabertura aprovado pelo Conselho de Ministros (a 30 de abril), esse número foi alargado, sendo as autarquias locais as entidades responsáveis pela definição do limite máximo de pessoas por funeral.

No entanto, caso seja necessário voltar a adotar medidas mais restritivas, importa garantir a presença dos familiares e amigos nos velórios e funerais, destaca o artigo.

“Não há risco conhecido de infeção por se estar no mesmo espaço de alguém que morreu devido à Covid-19. Apesar de a doença poder ser transmitida entre quem está no funeral, o contágio pode ser evitado através do recurso a medidas de prevenção que todos já conhecemos e que são adotadas em outros eventos: o distanciamento físico, a lavagem frequente das mãos, o cumprimento das regras de etiqueta respiratória e o uso de máscara facial”, frisa Ana Aguiar.

Dado que vamos continuar a viver com a pandemia, o artigo pretende chamar a atenção para a necessidade de preservar o mais possível a vivência do luto neste contexto. Da mesma forma, pretende-se contribuir para que alguns procedimentos possam ser melhorados no futuro.

“É necessário apostar em medidas que ajudem as pessoas a viverem o luto.  Os problemas de saúde mental não podem ser negligenciados ou marginalizados. Trata-se de uma questão de saúde pública”, conclui. 

Com luz ultravioleta
Devido à pandemia da Covid-19, o grupo espanhol Clece adotou várias medidas para assegurar a segurança sanitária nas suas...

O equipamento garante, através da emissão de luz de alta intensidade, uma elevadíssima percentagem de eliminação de vírus (99,9%), bactérias e outros microrganismos patogénicos, em todo o tipo de superfícies, mobiliários e têxteis, em curto espaço de tempo. Desta forma, é garantido um ambiente seguro tanto para colaboradores como para utentes da Residência Sénior.

Segundo Bruno Moreira, Diretor-Geral da Clece Portugal, “a segurança dos nossos utentes e colaboradores está sempre em primeiro lugar. Por esse motivo, procurámos ativar todas as medidas possíveis para contribuir para uma diminuição na possibilidade de transmissão de contágio do novo coronavírus, como é o caso desta nova tecnologia, que tem mostrado elevados níveis de eficácia”.

Como medida de combate ao vírus, foi ainda implementado um conjunto de medidas para assegurar a segurança sanitária nas suas instalações, entre as quais: aumento da frequência de limpeza e desinfeção de instalações e veículos; instalação de dispensadores de álcool-gel e disposição de termómetros frontais para a temperatura corporal; fornecimento de máscaras, gel desinfetante para as mãos, lenços descartáveis e material sanitário de proteção individual; curso de formação a mais de 17 mil colaboradores. Os colaboradores foram também testados para o novo coronavírus, algo que se repete periodicamente.

 

Balanço em dia de lançamento de nova campanha
As dádivas de sangue caíram no primeiro semestre deste ano em cerca de 7% face ao mesmo período do ano passado, anunciou a...

Segundo os dados apresentados verificou-se um total de dádivas nos primeiros seis meses de 2020 de 82.285, ou seja, menos 6.216 do que as 88.501 no mesmo tempo no ano anterior. Quanto aos dadores, foram registados 100.737 dadores no primeiro semestre (104.772 em 2019), dos quais 8.861 doaram pela primeira vez (9.395 em 2019), traduzindo quebras de 3,9% e 5,7%, respetivamente.

Considerando globalmente os resultados “muito bons”, Maria Antónia Escoval salientou as quebras significativas de dádivas em março e abril deste ano, período em que vigorou no país o estado de emergência. Com efeito, em março a descida atingiu os 33,9% (menos 5.856 dádivas) face a março de 2019, enquanto em abril de 2020 a quebra foi ainda maior em termos relativos, ascendendo aos 36,9% (menos 5.546 dádivas).

O pós-desconfinamento traduziu-se já numa recuperação dos números de dádivas, com maio a assinalar um crescimento de 15,9% (mais 2.349), para um total mensal de 17.173, e junho a subir também 3% (mais 439), com um total de 14.803. O IPST sublinhou ainda o aumento significativo ocorrido em fevereiro, ainda antes da pandemia de covid-19 chegar a Portugal, em que o número de dádivas progrediu 17%, para um total de 16.617 nesse mês.

António Sales presente no lançamento de nova campanha do IPST

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, presente na apresentação da campanha, salientou que apesar da pandemia foram muitos aqueles que doaram sangue e reiterou que não houve ruturas de stock de sangue em Portugal, elogiando a forma como os portugueses souberam com “a sua resiliência, a sua força e a sua solidariedade estar à altura da difícil provação que vivemos e que continuamos a viver ”.

Colocando a tónica na “cooperação, na vitalidade coletiva e na solidariedade de um povo”, o Secretário de Estado concluiu: “ Se queremos salvar vidas, temos de dar o exemplo e mostrar que dar sangue pode contribuir para transformar a vida de alguém, que um dia poder ser da nossa família, do nosso círculo de amigos e de muitas outras pessoas do nosso país ”.

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