Consequência da Covid-19
A Comissão Organizadora da Convenção Nacional da Saúde (CNS) reuniu esta semana em resposta à preocupação manifestada por...

A conclusão a que se chegou e o apelo urgente que se faz ao Ministério da Saúde é que seja imediatamente planeado e lançado um programa excecional de recuperação das listas de espera geradas pela COVID-19.

A luta nacional contra a COVID-19 foi da maior importância para mitigar a pandemia, mas não se pode ignorar o impacto tremendo que esta situação gerou em toda a atividade assistencial.

O Ministério da Saúde já reconheceu publicamente que este ano e até maio os hospitais do SNS fizeram menos 85.000 cirurgias e menos 902 mil consultas, das quais 371 mil eram primeiras consultas. No caso dos cuidados de saúde primários terão ficado por efetuar 3 milhões de consultas. Com a nova suspensão imposta na região de Lisboa e Vale do Tejo em junho estes números terão aumentado de forma significativa.

Acresce que, de acordo com as normas da Direção-Geral da Saúde (DGS), muitos dos exames de diagnóstico tiveram que ser adiados. As análises clínicas estiveram paradas a 80%, imagiologia a 95% e gastro e cardiologia quase a 100%. Terão ficado por realizar cerca de 20 milhões de atos.

As Associações de Doentes têm vindo a manifestar a sua preocupação com as lacunas. Nestes meses terão ficado por diagnosticar cerca de 20 mil casos de diabetes em Portugal. Só na área do cancro digestivo, refere-se que foram adiadas 51 mil cirurgias e canceladas 540 mil consultas, devido ao funcionamento das instituições nesta fase da pandemia. Segundo informações recentes, em maio o número de cirurgias caiu 42% no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, 31% no IPO do Porto e 25% no IPO de Coimbra.

Médicos especialistas de diversas áreas têm alertado que os exames e os meios de diagnóstico não efetuados colocam fortemente em risco a saúde de milhares de cidadãos, nomeadamente na área oncológica. Neste período terão ficado por diagnosticar e, como tal, estarão sem o devido acompanhamento mais de 15 mil tumores malignos.

O aumento das listas de espera, cirúrgica e de consultas (médicas, de psicologia e outras), e a não realização dos necessários exames de diagnóstico tornaram-se o problema número 1 da saúde em Portugal. As pessoas a necessitar de cuidados de saúde não podem ficar esquecidas nem é pensável para o sistema que se deixem agravar as condições de saúde.

É absolutamente urgente definir e pôr em marcha um Programa Excecional de Recuperação das Listas de Espera geradas pela COVID-19.

Esta mesma preocupação foi recentemente lançada pelo movimento #SOSSNS e sufragado pela CNS, instando-se a uma decisão urgente para “Aumentar o acesso a todos os cuidados de saúde e através de Programa Excecional resolver as listas de espera para cirurgias, consultas e exames complementares de diagnóstico e terapêutica, num exercício de apuramento real das necessidades e de aproveitamento dos recursos existentes, tendo como meta, recuperar atividade prejudicada pela COVID-19 e cumprir os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) em todas as especialidades.”

Aproveita-se, aliás, para reiterar a urgência de outras decisões na atual conjuntura de dificuldade do acompanhamento dos Doentes não COVID-19, como sejam, por exemplo:

O desenvolvimento de Vias Verdes promovendo uma melhor articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares;

A expansão da hospitalização domiciliária, da telemedicina e da medicina à distância na monitorização e seguimento de Doentes crónicos;

A garantia de proximidade na dispensa de medicamentos.

Num contexto em que a COVID19 acentuou os sintomas das fragilidades do SNS, as Associações de Doentes que integram a CNS consideram ainda prioritário:

Assegurar a comunicação entre o doente e o profissional de saúde por canais alternativos ao presencial (e-mail ou telefone direto), por forma a evitar a ida a urgências ou espaço de consulta hospitalar, garantindo a comunicação atempada de reações ao tratamento bem como estreitar a relação de confiança entre o cidadão e os profissionais de saúde;

Garantir o registo normalizado, interoperável e seguro de dados clínicos da gestão em saúde, incorporando Patient Report Outcome Measures (PROMs, permitindo a melhoria da eficiência do tempo de consulta e da relação médico-doente, uma maior humanização dos cuidados de saúde, a proteção da privacidade do indivíduo, ao mesmo tempo que contribui de forma segura para a investigação científica, histórica e estatística.

Promover a saúde mental do cidadão mais vulnerável permitindo o acesso a cuidados dedicados de profissionais de saúde especializados, promovendo a diminuição do impacto na saúde dos indivíduos com origem no isolamento forçado que vivemos nos tempos da pandemia, na crise económica e social que se avizinha, e da ansiedade gerada pela possibilidade de uma segunda vaga da pandemia provocada pelo COVID-19.

Em conclusão, após o primeiro impacto da pandemia de COVID-19, que trouxe novos desafios aos Sistemas de Saúde, existe agora um sentido de urgência na retoma da prestação de cuidados de saúde, de forma a garantir o acesso de todos os Doentes não COVID-19 aos melhores cuidados de saúde de forma atempada e tal requer liderança e iniciativa para a recuperação das listas de espera e da atividade assistencial da Saúde.

A Convenção Nacional da Saúde compreende e apoia as preocupações das diversas Associações de Doentes, faz apelo urgente ao Ministério da Saúde para o programa excecional de recuperação das listas de espera e prepara um evento sobre a monitorização da atividade assistencial para setembro.

Investigação
A vacina que está a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford em conjunto com a empresa AstraZeneca foi considerada “segura”...

Os testes em humanos, realizados desde abril e que envolveram cerca de mil voluntários sãos entre os 18 e os 55 anos, permitiram aos cientistas concluir que o projeto de vacina gera anticorpos e células-T, um tipo de glóbulos brancos do sangue, que podem combater o novo coronavírus. Os dados foram revelados esta segunda-feira na revista “Lancet”.

De acordo com equipa científica que desenvolve a nova vacina para a covid-19, os níveis das células-T tiveram um pico 14 dias após a vacinação e o nível de anticorpos atingiu o máximo 28 dias após a injeção.

No entanto, ainda falta demonstrar que essa resposta imunitária combinada basta para evitar a infeção. Seja como for, salientam os investigadores, “o efeito conseguido é muito positivo”.

A vacina, com o nome técnico de ChAdOx1 nCoV-19, é produzida a partir de um vírus geneticamente modificado, que provoca uma constipação em chimpanzés, revela a BBC. As alterações genéticas fazem com que o vírus não infete humanos e que “se pareça” com o coronavírus da covid-19, para que o sistema imunitário aprenda a atacar o SARS CoV-2.

Os testes mostraram que não há efeitos secundário perigosos na toma da vacina, apesar de 70% das pessoas que participaram no estudo terem sentido febre ou dores de cabeça, sintomas controláveis com paracetamol.

O presidente da comissão de Ética de Investigação de Berkshire, que aprovou os testes em Oxford e continua a acompanhar o trabalho dos investigadores, afirmou que a equipa está “absolutamente determinada” a conseguir uma vacina viável.

“Ninguém pode falar de prazos. As coisas podem correr mal, mas a realidade é que, em conjunto com uma grande empresa farmacêutica, essa vacina poderia estar disponível em setembro e é para esse objetivo que se está a trabalhar”, assinalou.

Neste momento, a Universidade de Oxford tenta realizar testes em 15 mil pessoas, no entanto ainda não foi possível chegar a esse número para  a provar a eficácia da vacina, devido à escassez de infeções com o novo coronavírus no Reino Unido. Até agora, cinco mil pessoas foram inoculadas no Brasil e duas mil na África do Sul.

 

Ação solidária
Com o novo coronavírus longe de dar as tréguas desejadas, reforçam-se os apelos ao cumprimento das regras definidas pela...

Centenas de batas, fatos e máscaras foram distribuídos pelos funcionários de 17 Misericórdias da região de Lisboa e Vale do Tejo, que é atualmente a mais afetada pela pandemia. Alhandra, Azambuja, Ericeira, Loures, Marteleira, Moscavide, Póvoa de Santo Adrião, S. Roque de Lisboa, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Venda do Pinheiro, no distrito de Lisboa, juntaram-se a Alcochete, Azeitão, Canha, Palmela, Seixal e Torrão, no distrito de Setúbal, como destinatárias da doação.

“Não podemos ficar indiferentes ao esforço e dedicação de quem trabalha nas Misericórdias e que, diariamente, se expõem para que o apoio a quem dele mais precisa não falte. Por isso, os colaboradores da TEVA Portugal juntaram-se numa recolha de fundos que se traduziu na aquisição de material essencial para esse trabalho”, refere Marta Gonzalez, General Manager Portugal. “Foi a forma que encontrámos de participar neste esforço contra a Covid-19, que tem de ser de todos.”

 

1 milhão e 500 mil doentes em Portugal
A Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, MiGRA Portugal, integra movimento internacional, The Migraine...

Atualmente, estima-se que existem cerca de 1 milhão e 500 mil doentes com enxaqueca em Portugal e num contexto global as cefaleias afetam cerca de 50% da população mundial. De acordo com o Global Burden of Disease 2018, estas representam ainda a segunda maior causa de anos vividos com incapacidade na população portuguesa entre os 5 e os 49 anos.

Este movimento foi criado em conjunto com as associações de doentes de enxaqueca europeias e pretende alertar a sociedade para a enxaqueca e as cefaleias convidando-as a juntarem-se a esta comunidade, que pretende mudar a perceção da sociedade, sensibilizando para estas doenças. A esta comunidade são convidados a juntarem-se doentes, familiares e até mesmo profissionais de saúde e decisores políticos que se familiarizem com a patologias ou que queiram mesmo saber mais sobre ela.

“Para a MiGRA Portugal é muito importante fazer parte desta que é a primeira comunidade europeia de doentes com enxaqueca e convidamos todas as pessoas que sofrem de enxaqueca a juntarem-se a nós! É cada vez mais importante chamar a atenção de que a enxaqueca e as cefaleias são doenças incapacitantes e que afetam a vida de cada doente em várias dimensões, como a familiar ou a profissional”, explica Madalena Plácido, presidente da MiGRA Portugal.

O Movimento da Enxaqueca, como é denominado em Portugal, é ainda acompanhado de um manifesto e de um vídeo que explicam quais as principais dificuldades destes doentes e chama a atenção para as dificuldades sentidas no dia-a-dia e o impacto das cefaleias e da enxaqueca, que estão entre os distúrbios mais comuns do sistema nervoso.

“Em Portugal desafiamos ainda os doentes e familiares a associarem-se à MiGRA Portugal e poderem ajudar-nos a promover e defender os direitos dos doentes com cefaleias e enxaqueca. É muito importante para nós conseguir o apoio dos doentes e contribuir para desmistificar a ideia de que uma enxaqueca é apenas uma dor de cabeça”, apela a presidente da MiGRA Portugal.

Ainda integrado neste movimento e para celebrar o Dia Mundial do Cérebro, que se assinala a 22 de julho, a MiGRA Portugal vai ainda organizar, em conjunto com a Aliança Europeia de Enxaqueca e Cefaleias (EMHA), um webinar que pretende aproximar os membros desta comunidade e todos os que a ela se queiram juntar para discutir a importância da criação deste grupo. Para além disso, este webinar vai ainda abordar a temática sobre o aumento de crises de enxaqueca e cefaleias quando se utilizam as máscaras ou viseiras de proteção contra a COVID-19, abordando de que forma estas crises podem ser minimizadas.

O webinar será transmitido através da plataforma Zoom, no dia 22 de julho pelas 21 horas e, para assistir, os interessados deverão inscrever-se através do Facebook da MiGRA Portugal ou através do link do zoom.  Esta será uma ótima oportunidade de esclarecer dúvidas acerca do agravamento das crises pela utilização de máscaras e viseiras com uma especialista em cefaleias.

Diz estudo
A pandemia Covid-19 está a ter um forte impacto no quotidiano das pessoas, com implicações na forma como se sentem, socializam,...

Para avaliar o impacto da pandemia Covid-19 no sono dos portugueses, a marca Aquilea em parceria com a Ipsos Apeme, conduziu um estudo junto da população portuguesa. Foram realizadas 400 entrevistas online junto da população geral, com idades entre os 18 e os 65, com o objetivo de perceber o padrão de sono durante a pandemia. A amostra considerou quotas de género, idade e região, de acordo com o perfil da população.

Segundo o estudo, um em cada quatro inquiridos manifesta dificuldades em dormir, com especial incidência na faixa etária entre os 45 e os 54 anos. 32% dos inquiridos assinala uma diminuição da qualidade do sono durante a pandemia, com as mulheres e os inquiridos da Grande Lisboa a destacarem-se face aos restantes. Quando abordada a frequência com que dormem uma noite seguida, cerca de metade dos indivíduos refere que nunca ou poucas vezes consegue dormir uma noite seguida, com as mulheres a manifestarem uma maior dificuldade do que os homens. No que toca à retoma do sono em caso de interrupção, são quase 6 em cada 10 os que manifestam maiores dificuldades em voltar a conciliar o sono.

O estudo revela ainda que 60% dos inquiridos acordam cansados. Nas mulheres e inquiridos com idade entre os 18 e os 24 anos, essa expressão ainda é maior (aprox. 70%).

O estudo conclui que durante a pandemia o sono dos portugueses tem sido afetado, com maior incidência junto do sexo feminino, manifestando diminuição na qualidade do sono, dificuldade em dormir uma noite seguida, dificuldade em retomar o sono quando acorda durante a noite e acordar cansado.  Estas conclusões vêm reforçar as várias pesquisas que têm sido feitas mundialmente e que revelam que são as mulheres que têm mais dificuldades em dormir devido a problemas de saúde, preocupações, aumento de responsabilidades familiares, stress, enquanto os homens adormecem com maior facilidade e têm um sono contínuo.

Ter uma boa noite de sono é fundamental para a saúde porque é neste período que recuperamos as nossas capacidades físicas, intelectuais e mentais. O descanso e a recuperação fazem parte um estilo de vida saudável e são essenciais para a saúde. O sono fortalece o sistema imunológico, liberta a secreção de hormonas - como de crescimento e a insulina - consolida a memória, deixa a pele mais bonita e saudável, para além de relaxar e descansar o corpo.

Glioblastoma
Cientistas da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, descobriram um oncogene, ou seja, um gene causador de cancro,...

Os investigadores afirmaram que este oncogene é essencial para a sobrevivência das células cancerígenas; sem ele, estas células morrem. Outros estudos já desenvolveram muitas terapias direcionadas para outros tipos de cancro com uma ferramenta semelhante.

“O glioblastoma é um dos cancros mais mortais. Infelizmente, não existe uma opção de tratamento eficaz para a doença. A opção padrão atual, que combina radioterapia com o fármaco temozolomida, tem sido aclamada como sendo um grande sucesso; mas a taxa de sobrevivência continua a ser muito baixa. Ou seja, é urgentemente necessário aumentarmos a nossa comprensao sobre este tipo de cancro e sobre quais os alvos terapêuticos a usar para a combater”, disse Hui Li, um dos principais autores do estudo.

Para os cientistas, o novo oncogene descoberto “promete ser o calcanhar de Aquiles do glioblastoma”.

Os oncogenes são genes que ocorrem naturalmente, mas que ficam descontrolados, causando o aparecimento do cancro. O gene agora identificado pelos cientistas, denominado AVIL, normalmente ajuda as células a manter o seu tamanho e forma. No entanto, este pode “ser transformado em overdrive” por uma variedade de fatores, fazzendo com que as células cancerígenas se formem e iniciem um processo de metastização, descobriram os cientistas. 

O bloqueio da atividade do gene demonstrou a destruição de células de glioblastoma em ratos de laboratório, mas não teve efeito em células saudáveis, sugerindo que direcionar o gene pode ser uma opção de tratamento eficaz

 

O olhar de quem está no terreno
Numa altura em que o mundo enfrenta diversas situações de emergência, de que modo é que a ajuda prestada pode ser digna para...

Empatia e dignidade: os dois ingredientes que não podem faltar numa resposta de emergência

A empatia está ou deve estar presente em qualquer ato de ajuda. Foi com esta premissa que António Alvim, psicanalista e psicoterapeuta, iniciou a reflexão acerca da dignidade na resposta de emergência, uma conversa que contou com a moderação da jornalista Ana Cristina Pereira. Para o psicanalista, “numa emergência, quando ajudamos alguém, é muito natural que sintamos o nosso próprio desamparo espelhado no outro. Aí conseguimos empatizar com o outro, sentir a sua dor e ajudar com dignidade”. Colocar-se no lugar do outro, ouvir e perceber as suas necessidades é um processo essencial para que a resposta de emergência seja eficaz e respeite a dignidade de quem é ajudado, sobretudo num momento em que este já está fragilizado.

Pedro Krupenski, presidente da mesa da Assembleia Geral da Plataforma Portuguesa das ONGD, apresentou alguns exemplos que demonstram como, por vezes, nestas situações, as pessoas têm dificuldade em pôr-se no lugar do outro e, por isso, a ajuda que prestam acaba por não se adequar às verdadeiras necessidades e ao contexto das pessoas ajudadas. Em situações de emergência humanitária, “a nossa tarefa é perceber quais são as opiniões das pessoas, a nossa responsabilidade é escutar e amplificar a sua voz”, reitera Sophia Büller, coordenadora de Ajuda Humanitária na Ajuda em Ação Moçambique. António Alvim notou ainda que “se vamos ajudar a partir do prisma da nossa necessidade, da nossa angústia, e não acolhendo a angústia do outro, é claro que o outro vai chocar connosco e é uma questão de tempo até que comece a rejeitar a nossa ajuda”.

Após as passagens dos ciclones Kenneth e Idai, a Ajuda em Ação esteve no terreno para responder às necessidades mais urgentes e garantir condições de vida dignas para as comunidades afetadas.

De acordo com a experiência dos participantes no debate, todos estes processos de auscultação das necessidades e de criação de empatia permitem garantir a dignidade da ajuda prestada. Mário Rui, diretor de programas da Ajuda em Ação Portugal, revelou como para a ONG foi importante desenvolver uma resposta de emergência em Camarate perante a COVID-19 que fosse, ao mesmo tempo, dignificante para a pessoa que está a ser ajudada e para a própria organização. O diretor de programas da ONG referiu ainda que pretendiam que esta “fosse uma ajuda que acreditasse nas pessoas, que acreditasse na responsabilidade que as pessoas têm nelas para tomar as melhores decisões”.

 

Cartões ou vouchers: as ferramentas das ONG para promover a dignidade em contexto de emergência

No caso de Camarate - tal como noutros projetos e países onde a ONG atua, nomeadamente em Espanha e América Latina -, a solução encontrada pela Ajuda em Ação Portugal para ir ao encontro das necessidades das famílias apoiadas e preservar a sua dignidade foram os cartões de apoio alimentar. Estes cartões foram distribuídos por 71 famílias – num total de 264 beneficiários - ligadas ao Agrupamento de Escolas de Camarate, parceiro da ONG, ao longo de três fases de entregas e permitiram que estas satisfizessem as suas necessidades mais básicas comprando os produtos que precisavam num supermercado local. Segundo Mário Rui, através desta iniciativa, a Ajuda em Ação procurou promover o conceito de dignidade enquanto forma de autonomia, para que os beneficiários pudessem tomar as melhores decisões para si e para a sua família.

Como referiram os intervenientes desta primeira conversa online organizada pela Ajuda em Ação, esta é uma solução cada vez mais adotada pelas organizações internacionais em contextos de emergência, porque garante a dignidade das pessoas que pedem ajuda, tornando-as protagonistas do seu próprio desenvolvimento. Ainda assim, como alerta Sophia Büller, nem sempre é possível implementar este tipo de ferramentas. A coordenadora de Ajuda Humanitária da Ajuda em Ação Moçambique assinala que a distribuição de cartões ou vouchers “não é aplicável a todos os contextos de emergência, pois significa que tem de existir um mercado. Se estivermos perante um tsunami ou um ciclone que interrompe o normal funcionamento dos mercados, pode não funcionar”.

Quando possível de aplicar, Sophia Büller acredita que esta poderá ser mesmo uma boa forma de dignificar a ajuda prestada. “Se estamos a falar de dar a voz às pessoas que perderam a sua e dar uma dignidade que está muito ligada à tomada de decisões sobre a sua vida, acho que esta é uma das ferramentas mais eficazes”, começa por explicar, acrescentando que, “em 98% dos casos, as pessoas estão a utilizar o dinheiro realmente para as necessidades básicas e até para poupar”. Mário Rui confirma esta ideia, pela sua experiência em Camarate: “às vezes achamos que estas pessoas não fazem as opções corretas, mas a verdade é que elas as fazem de acordo com as suas necessidades”.

Como manter a dignidade no pós-emergência?

No final do debate, os intervenientes deixaram ainda a sua opinião sobre a dignidade no pós-emergência. O psicanalista António Alvim destacou que a dignidade também assenta numa maior atenção à saúde mental: as “ONG também dão saúde mental, exatamente porque este tipo de ajuda, feita assim com respeito, com empatia, é uma ajuda que narcisa, que confirma o narcisismo do outro”. Mário Rui, por outro lado, alerta para a importância das comunidades se organizarem para que, em emergências futuras, sejam capazes de garantir as respostas que precisam de acordo com as suas necessidades e com a dignidade que estas exigem.

Pedro Krupenski e Sophia Büller reforçaram a necessidade de as tomadas de decisão serem baseadas nas pessoas e não em números para que não se cometam os mesmos erros do passado. Sophia Büller explica que “é muito fácil falar de números”, mas que é fundamental olharmos para as pessoas que estes números representam e perceber quem elas são e o que querem ou precisam. “Tomemos decisões baseadas nas pessoas, no indivíduo, naquilo que somos e que ambicionamos ser e não naquilo que temos e ambicionamos ter”, apelou no final Pedro Krupenski.

A Conversa Online dedicada à “Dignidade na Resposta de Emergência” pode ser vista na íntegra aqui. Esta foi a primeira sessão de um ciclo de conversas online promovido pela ONG internacional Ajuda em Ação que terão lugar mensalmente em julho, agosto e setembro. A próxima conversa online deverá debruçar-se sobre a importância do brincar na rua e como a COVID-19 veio afetar esta dinâmica e trazer novas implicações para o desenvolvimento das crianças.

Leilão Solidário
Terminou no passado dia 6 de julho o leilão solidário de uma camisola da Juventus autografada pelo melhor jogador de futebol do...

Com este valor vai ser possível dar a mão a mais pessoas. O casal vencedor, Vânia Moreira e Nuno Vieira, afirma que «na vida, não andamos sozinhos. O nosso bem-estar depende de tantos conhecidos e desconhecidos ao nosso redor. Foi com muito gosto que fizemos parte desta ação solidária, permitindo ao abem: continuar a levar a saúde a quem precisa, com a satisfação que sentimos cada vez que o Cristiano Ronaldo nos dá uma alegria. E tem-nos dado tantas».

O leilão decorreu durante duas semanas na Plataforma eSolidar, contou com dezenas de licitações e teve como objetivo ajudar os mais desfavorecidos no acesso ao medicamento. O valor da proposta vencedora foi totalmente incorporado no Fundo Emergência abem: COVID-19.

A Emergência abem: COVID-19 é um movimento solidário, criado pela Associação Dignitude em março deste ano para fazer face às consequências negativas da pandemia COVID-19. Ao ajudar pessoas economicamente mais vulneráveis no acesso aos medicamentos, produtos e serviços de saúde procura-se minimizar os efeitos sociais já sentidos por milhares de portugueses.

O leilão terminou, mas a necessidade de ajudar quem mais precisa mantém-se. Por isso, todos podem ser solidários e fazer um donativo para o Fundo Emergência abem: COVID-19 através de transferência bancária para o IBAN: PT50.0036.0000.99105930085.59; via MB WAY: 932 440 068; diretamente no website www.abem.pt ou na página de Facebook do abem:. Os doadores podem enviar comprovativo de transferência, nome e NIF para [email protected], para que lhe seja enviado o recibo de donativo.

 

Iniciativa
O Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação assinala-se hoje e devido às limitações impostas pelo novo Coronavírus,...

“A SPT comemora há 12 anos o Dia do Transplante que coincide com a realização do primeiro transplante renal em Portugal. A institucionalização desta data como Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação foi um marco importante para a Transplantação Portuguesa e uma demanda da SPT desde o primeiro Dia do Transplante. Este ano devido à pandemia Covid-19 não poderemos comemorar com a habitual cerimónia oficial e com o convívio entre os doentes transplantados, mas queremos continuar a prestar o nosso apoio a todos eles e deixar-lhes uma mensagem de esperança para o futuro” – afirma a Presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação - Susana Sampaio.

De acordo com os últimos dados divulgados, em 2018, Portugal ocupou o 3º lugar no “ranking” mundial da doação de órgãos de dador falecido, a seguir a Espanha e à Croácia, com 33,4 dadores por milhão de habitantes (pmh), tendo em 2019 ficado nos 33.8 dadores por pmh. No que diz respeito ao tipo de órgãos transplantados, o transplante cardíaco manteve-se em curva descendente (12,1%) justificando-se em parte pelo envelhecimento da população. Por outro lado, o transplante pulmonar regista um crescimento, atingindo em 2019 o maior número de pulmões transplantados até hoje: 70 órgãos em 39 doentes, o que representa um aumento de 40% em relação ao ano anterior.

“De uma forma geral a doação de órgãos em 2019 manteve um perfil ascendente. De referir que a idade dos dadores falecidos tem sido progressivamente mais elevada, o que segue a tendência mundial. Este dado, tem como consequência o aumento do número de órgãos de critérios expandidos ou descartados para transplante, sendo no entanto, de salientar que o ano passado se observou  uma maior taxa de utilização de órgãos. O número de doentes em lista de espera mantém-se estável ao longo dos anos, sendo que em 2018 cerca de 2 mil portugueses aguardavam por um transplante.” – comenta ainda Susana Sampaio, Presidente da SPT

Os doentes transplantados que tenham participado no desafio lançado pela SPT de enviarem um vídeo com o seu testemunho, poderão posteriormente ver os vídeos selecionados publicados na página de Facebook da Sociedade Portuguesa de Transplantação. Para mais informações basta consultar o site  da Sociedade, aqui.

 

 

 

 

Doença rara
Não existem dados concretos sobre o número de casos de Raquitismo Hipofosfatémico, no entanto, sabe-

Com uma incidência estimada de 1 caso em cada 20 mil indivíduos, o Raquitismo Hipofosfatémico é uma doença rara, hereditária, ligada ao cromossoma X, desconhecida pela maioria da população.

Diferente do raquitismo provocado por deficiência de vitamina D, esta patologia resulta de uma redução da reabsorção de fosfato pelo túbulo renal proximal, que provoca a falta de mineralização do osso em crescimento.

Segundo a nefrologista pediátrica, Isabel Castro, “os níveis elevados de FGF 23 (fator de crescimento do fibroblasto 23) são os responsáveis diretos pela perda tubular de fósforo e ainda por redução da produção de vitamina D ativa (calcitriol) que no seu conjunto são responsáveis pela não mineralização óssea”.

Baixa estatura, deformações ósseas graves “muitas vezes incapacitantes com ou sem fraturas espontâneas”, alterações dentárias e atraso no desenvolvimento psicomotor são as principais complicações da patologia quando não tratada. Pode ainda ocorrer nefrocalcinose (depósitos intrarenais de cálcio), “por vezes responsável por insuficiência renal crónica a terapêutica não controlada”, ou hiperparatiroidismo secundário e até terciário, responsável por hipercalcémia e complicações cardiovasculares e hipertensão arterial.

Apesar de se tratar de uma doença que está presente desde o nascimento, os primeiros sinais começam a ser evidentes quando a criança começa a caminhar. “Mesmo quando há história familiar de raquitismo hipofosfatémico é muito raro o diagnóstico nos primeiros meses de vida”, revela a especialista.

Eis alguns sinais de alerta:

  • Redução da velocidade de crescimento. Ou seja, “geralmente o comprimento ao nascer é normal, surgindo progressivamente perda de velocidade de crescimento e baixa estatura”
  • Alterações dentárias e/ou atraso na erupção dos dentes (primeiros dentes que nascem depois dos 12 meses)
  • Atraso do Desenvolvimento Psicomotor: por exemplo, a criança não se consegue sentar, levantar e/ou andar. Por vezes, pode haver regressão destas aquisições
  • Deformações esqueléticas (sinais de raquitismo): cabeça, punhos, costelas e /ou pernas arqueadas após início da marcha
  • Atraso do encerramento da fontanela anterior
  • Fraturas espontâneas

Perante a observação destas alterações, deve procurar conselho médico. O seu diagnóstico é essencialmente através da observação, complementado por exames laboratoriais, exames radiológicos e estudo genético.

Quando detetado e tratado precocemente o crescimento e desenvolvimento da criança é “praticamente normal e sem deformações”.

Artigos Relacionados: 

Raquitismo Hipofosfatémico: apesar de raro e incapacitante tem tratamento

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação Universidade de Coimbra
O extrato de camarinha, uma espécie endémica da Península Ibérica, poderá ter propriedades anticance

O estudo foi realizado no âmbito das atividades previstas no projeto IDEAS4life, com financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), cuja equipa conta com a participação de investigadores da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, através da REQUIMTE (Rede de Química e Tecnologia), e do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade de Lisboa (UL).

Nas várias experiências realizadas em linhas celulares de cancro do cólon (HT29), observou-se que «extratos de Corema album [nome científico da camarinha] conseguem inibir a proliferação deste tipo de células cancerígenas», indicam Aida Moreira da Silva e Maria João Barroca, coordenadoras do estudo.

As investigadoras da Unidade de Química-Física Molecular da FCTUC e docentes da Escola Superior Agrária de Coimbra sublinham o facto do extrato obtido a partir das folhas da planta (camarinheira) se ter mostrado «mais eficaz do que propriamente o extrato das bagas de camarinha, o que é que muito interessante, atendendo a que as folhas existem durante todo o ano, enquanto as bagas são sazonais». De modo a obter o máximo de informação sobre o comportamento dos extratos, foram aplicadas várias técnicas físico-químicas, entre as quais espectroscopia vibracional: espectroscopia de Raman e de Infravermelho.

Perante estes resultados promissores, a equipa tenciona agora alargar os testes in vitro, aplicando os extratos em células de outros tipos de cancro. Além disso, «estamos a

explorar as várias partes da camarinha e da camarinheira. Mesmo dentro do fruto estamos a explorar evidências e comportamentos que nos possam fornecer informação para eventuais futuros fármacos», avançam Aida Moreira Silva e Maria João Barroca.

«Pretendemos recuperar estas bagas ancestrais, que eram usadas como antipirético e vermicida», afirmam as investigadoras, adiantando que também vão explorar a vertente gastronómica, tendo já recuperado várias receitas antigas, para que, «por um lado, não se perca este património e, por outro, possa contribuir para a subsistência de alguns agricultores da orla marítima portuguesa».

Apesar de ser abundante na orla marítima portuguesa, a camarinha está ainda por explorar e a literatura científica sobre a espécie é relativamente reduzida. Este estudo está a ser desenvolvido no âmbito de um projeto mais vasto (IDEAS4life) que pretende valorizar recursos marinhos endógenos, obtidos a partir de plantas marítimas, incluindo as plantas halófitas. Recentemente, um dos artigos científicos produzidos pela equipa foi tema de capa da revista científica Journal of Raman Spectroscopy.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo mostra os perigos
Um estudo da Ofcom, sobre o uso de dispositivos multimédia por crianças, revelou que os pais estão a ficar cada vez mais...

Em geral, quanto mais velhas são as crianças, mais usam e interagem com dispositivos e serviços multimédia. Os jovens na faixa etária dos 12 aos 15 anos estão, cada vez mais, online por semana. Escolhem os serviços de TV mais populares, como a Netflix, Now TV, Amazon Prime Vídeo ou o site de partilha de vídeos YouTube. Para além disso, têm um perfil nas redes sociais. Por outro lado, as crianças em idade pré-escolar, dos 3 aos 4 anos, estão a passar cada vez mais tempo com tablets.

"O número de crianças mais pequenas que usam dispositivos eletrónicos ligados à Internet está a crescer rapidamente. Isto significa que mais pessoas poderão tornar-se vítimas de ataques cibernéticos ou deparar-se com outras ameaças, como o cyberbullying ou conteúdos ofensivos. Assim, os pais devem acompanhar mais de perto as atividades online dos seus filhos e começar a educá-los o mais cedo possível", afirma Daniel Markuson, especialista em privacidade digital da NordVPN.

Em comparação com o ano anterior, os conteúdos criados por vloggers foram mais populares do que nunca entre as crianças dos 3 aos 15 anos. Esses conteúdos também foram vistos como uma fonte de inspiração para a criatividade. Muitos dos entrevistados carregam conteúdos no YouTube e no Musical.ly, e imitam, frequentemente, outros YouTubers populares. Além disso, a crescente popularidade dos vloggers pode ser responsável pela crescente pressão para gastar dinheiro online. Embora os jovens entendam que os seus YouTubers favoritos são pagos pela recomendação de produtos, isso não os impede de comprar os produtos promovidos.

No que diz respeito às preocupações dos pais, as maiores dizem respeito às "empresas que recolhem informações sobre o que os seus filhos fazem online". Ao longo do ano, três outras questões suscitaram mais preocupações: os filhos prejudicarem a sua reputação, a pressão sobre os filhos para gastarem dinheiro online e a possibilidade de se radicalizarem online.

Apesar das preocupações crescentes, os pais são, por vezes, menos propensos a restringir as atividades dos seus filhos. Em 2018, comparativamente com 2017, a probabilidade de as crianças dos 12 aos 15 anos dizerem que tinham recebido informações ou conselhos dos pais ou responsáveis foi menor. Alguns pais pensavam que os seus filhos estavam a usar o bom senso enquanto interagiam online. Outros acreditavam que o uso da Internet em segurança já era ensinado nas escolas.

A NordVPN recomenda que os pais passem mais tempo a conversar com os filhos sobre as ameaças no mundo digital. "A educação sobre a cibersegurança deve começar numa idade precoce, quando as figuras parentais ainda são autoridades. Limitar determinadas atividades online não é, muitas das vezes, a melhor opção. Em vez disso, deve tentar-se explicar aos filhos como é importante a reputação digital, a verificação de factos, o comportamento e a segurança online, bem como funciona a publicidade online. Ser aberto e cooperante ganhará a confiança da criança. O mais importante é os pais ou responsáveis darem o melhor exemplo possível", explica Daniel Markuson.

O estudo "Crianças e pais: relatório de 2018 sobre a utilização e comportamentos com dispositivos digitais" foi lançado em fevereiro de 2019.

Sessão Online
O período de amamentação é bastante desafiante para as mães, principalmente quando regressam ao trabalho e é necessário...

Esta iniciativa conta com a presença de Inês Santos, Conselheira em aleitamento materno da Medela, e a Enfermeira Raquel Fonseca, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, para esclarecer todos os pais sobre o tema e apresentarem produtos de apoio à amamentação.

No dia 23 de julho, pela mesma hora (17h), as Conversas com Barriguinhas vão abordar um tema muito comum nas mulheres grávidas: estrias e prurido. Durante este período, o corpo da mulher sofre muitas mudanças e a Dr.ª Patrícia Monteiro, Farmacêutica D’Aveia, irá explicar às futuras mães como evitar o aparecimento de estrias e como aliviar o prurido na gravidez. Nesta sessão, será ainda discutido a importância do papel ativo do pai tanto na gravidez, como no momento do parto e pós-parto.

Em ambas as sessões, um especialista em células estaminais da Crioestaminal irá explicar a importância de criopreservar estas células, presentes no cordão umbilical do bebé, que apenas podem ser colhidas no momento do parto e que são um bem único no tratamento de mais de 80 doenças em caso de necessidade.

Durante os eventos, as grávidas podem usufruir de ofertas, descontos e amostras para si e para o seu bebé, como uma sessão fotográfica na gravidez e 20 fotos digitais pela Marisa Barbosa Fotografia ou uma sessão online de fotografia pela Lívia Castro Fotografia, um dos 10 vales de desconto para uma Massagem de Relaxamento ou de Drenagem Linfática de 30 minutos da Laksya e ainda um vale de desconto da Ecox 4D para uma experiencia de Ecografia Emocional 4D.

As inscrições são gratuitas, mas obrigatórias através dos respetivos links:

21 de julho | 17h: https://www.conversascombarriguinhas.pt/evento/conversas-com-barriguinhas-online-4/

23 de julho | 17h: https://www.conversascombarriguinhas.pt/evento/conversas-com-barriguinhas-online-5/

“Conversas com Barriguinhas” é uma iniciativa de âmbito nacional que junta parceiros e especialistas em saúde materna para levar às famílias o esclarecimento acerca de temas importantes e diversificados como a amamentação, a alimentação na gravidez, a sexualidade, as células estaminais, os cuidados com o bebé e com os pais e as situações de risco, além de deixar alguns conselhos práticos sobre as várias fases do período de gestação.

Desde 2009 a percorrer Portugal, as Conversas com Barriguinhas já realizaram mais de 3 mil eventos em mais de 500 espaços de excelência, impactando cerca de 100 mil casais, com o objetivo de esclarecer dúvidas e partilhar experiências sobre os mais variados temas ligados à gravidez e maternidade. Desde então, foram estabelecidas mais de 50 parcerias com marcas de referência no mercado da puericultura e partilhados inúmeros conteúdos sobre a gravidez e maternidade referenciados pelos melhores profissionais de saúde. Com cerca de 650 eventos previstos para 2020, este será um ano de enorme dinamismo e de consolidação da iniciativa, em que a promoção do bem-estar e a informação às famílias se manterão a principal prioridade.

Tomada de posse foi este sábado
Miguel Pavão é o novo bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD). Tomou posse este sábado, numa cerimónia em que assumiram...

O novo bastonário definiu três prioridades para o seu mandato; a defesa na saúde oral para melhorar a qualidade de vida da população, a valorização dos médicos dentistas e a qualidade do ensino de medicina dentária em Portugal.

No discurso de tomada de posse, Miguel Pavão salientou que "os médicos dentistas desempenham uma missão essencial para a saúde pública e para o bem-estar dos portugueses.  As políticas de saúde pública têm sido muitas vezes desvalorizadas por sucessivos Governos, facto que põe em risco o desenvolvimento e estabilidade da sociedade Portuguesa. Durante este mandato estaremos muito focados em três grandes áreas, a defesa de políticas de saúde oral que melhorem a qualidade de vida das pessoas, a valorização da nossa classe profissional, tantas vezes esquecida, e garantir que a formação superior e pós superio  prestada em Portugal se tornam uma referência europeia"

Numa cerimónia que decorreu no Altice Forum Braga e foi marcada pelas condicionantes impostas pela pandemia Covid-19, Miguel Pavão fez questão de dirigir “uma palavra de homenagem a todos os profissionais de saúde, em que os meus colegas Médicos Dentistas se incluem por estarem a ser o garante da estabilidade política e social nesta crise causada pela Covid-19, que constituí um período adverso e que põe à prova os mais altos valores humanitários. Estou convicto que sairemos vencedores e mais fortes desta crise pandémica e que isso seria impossível sem a intervenção dos profissionais de saúde”.

Miguel Pavão tem 40 anos e é licenciado em medicina dentária pela Universidade Fernando Pessoa. Foi fundador e, até 2018, presidente da ONG “Mundo a Sorrir”- Médicos Dentistas Solidários Portugueses.

Na passagem de testemunho, o bastonário que cessa funções, Orlando Monteiro da Silva desejou “ao colega Miguel Pavão, bem como à sua equipa, as maiores felicidades para o mandato que agora se vai iniciar. Obteve nas eleições uma vitória inequívoca, diria retumbante, sendo depositário de muitas expetativas da profissão, umas mais realistas do que outras, mas todas legítimas, porque a ambição é própria dos audazes e nunca faltou no nosso meio”.

Orlando Monteiro da Silva deixou ainda “um agradecimento especial a todos os que comigo caminharam nestas quase duas décadas, quer integrando os órgãos sociais, quer através da sua participação nas muitas iniciativas e atividades da nossa Ordem. Em conjunto, deixamos o legado que mais nos deve orgulhar - uma Ordem respeitada, ouvida, exemplarmente gerida, com um corpo de funcionários e colaboradores leais, dedicados, competentes, incondicionais na sua entrega às tarefas inerentes ao funcionamento da instituição. Numa altura de crise generalizada do país, das instituições e das empresas, quero realçar o facto de deixarmos uma Ordem económica e financeiramente muito robusta, com disponibilidades e excedentes financeiros mais do que suficientes para enfrentar o que por aí possa vir, por pior que que possa ser”.
Para além do bastonário tomaram posse os novos membros do Conselho Diretivo, do Conselho Geral, da Assembleia-Geral, do Conselho Fiscal e do Conselho Deontológico e de Disciplina da OMD.

O Governo esteve representado pelo secretário Estado da Presidência do Conselho de Ministros, e também médico dentista, André Moz Caldas, numa cerimónia que contou ainda com a presença do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio.

Selo de confiança
Numa parceria estabelecida com a SGS, entidade competente e independente, através do serviço “In Partnership With”, o...

A presente auditoria, agora finalizada, envolveu a análise dos produtos utilizados, a metodologia e frequência das ações de higienização, bem como os ensaios de carga biológica e por marcação fluorescente, na totalidade das estações e composições do Metro de Lisboa confirmando, assim, que o Metropolitano de Lisboa é um operador de transporte higienizado e seguro, e que todos podem viajar com confiança.

Foi dada, igualmente, especial atenção aos pontos mais críticos, como sejam as máquinas de venda de títulos de transporte, validadores, corrimãos das escadas mecânicas e pedonais, elevadores, varões, pegas das composições e todos os locais em que se verifica um maior contacto por parte dos clientes do Metro de Lisboa.

Estando confirmado pela SGS que os procedimentos adotados pelo Metropolitano de Lisboa cumprem com os requisitos de higiene e segurança, será afixado nos comboios e nas estações o selo “Viaje com confiança”.

O Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, congratulando-se com este reconhecimento, afirmou que “a presente certificação vem reforçar a importância de o Metropolitano de Lisboa continuar a ser reconhecido como um meio de transporte estruturante para a mobilidade da cidade de Lisboa, garantindo condições segurança e de saúde adequadas aos seus clientes e trabalhadores. O Metropolitano de Lisboa, com o conjunto de medidas internas e externas já implementadas, e no estrito cumprimento das instruções emanadas pela Direção Geral de Saúde, encontra-se em alinhamento com as melhores práticas implementadas noutras empresas congéneres e instituições nacionais e internacionais”

Rui Dinis, Business Manager da SGS Portugal, refere que “é muito importante que as marcas se munam destes serviços para atestar e validar as ferramentas utilizadas para garantir a segurança de todos os seus clientes neste momento especialmente delicado no que se refere à higienização dos espaços. O Metro de Lisboa é, diariamente, frequentado por milhares de pessoas e é, por isso, importantíssimo que os seus serviços de limpeza e higienização sejam auditados e certificados por uma entidade reconhecida como a SGS Portugal. Após um intenso trabalho de verificação e análise documental, é possível confirmar que o Metro de Lisboa é um operador de transporte higienizado e seguro, em que todos podem viajar com maior segurança”.

O serviço “In Partnership With” da SGS Portugal valida os processos centralizados ao nível de grupos organizacionais, aplicável a múltiplos setores de atividade. Com inspeção no local, o serviço “In Partnership With” pode ser adaptado às necessidades e ao setor de atividade de cada área de negócio.

A SGS Portugal faz parte do Grupo SGS, líder mundial em inspeção, verificação, ensaios laboratoriais, formação e certificação, estando presente em todo o território nacional, incluindo Açores e Madeira, através de uma rede de escritórios e laboratórios.

Reunião informal
Os ministros que compõem o trio de presidências da União Europeia definiram, na reunião informal de ministros europeus da saúde...

Jens Spahn, ministro alemão, que detém a presidência da União Europeia, acompanhado pela Ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido (Portugal assume a presidência a 1 de janeiro de 2021), pelo Ministro da Saúde esloveno, Tomaž Gantar (Eslovénia assegura a liderança da UE no segundo semestre do próximo ano), e pela Comissária Europeia da Saúde, Stella Kyriakides, sublinhou a importância de estarem todos unidos na frente do combate à pandemia no decurso da conferência de imprensa após a reunião.

Reforço do ECDC

A primeira das cinco linhas de ação estará centrada no reforço do papel do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC). Este reforço passará por um aumento do financiamento alocado e também por um reforço dos recursos humanos. Os ministros concordaram também com um reforço dos poderes da instituição europeia, mas sem revelarem de que forma será feito este reforço. O objetivo é que ECDC possa atuar em pé de igualdade com o seu congénere norte-americano. 

“É necessário aumentar a transparência no processo de produção dos medicamentos, diversificando as cadeias de fornecimento, e realocar a produção farmacêutica na Europa”, reiterou a ministra Marta Temido.

Evitar a escassez de medicamentos a todo custo

O fortalecimento da cadeia de abastecimento de medicamentos e dispositivos médicos foi outro dos pontos fulcrais na ordem de trabalhos da reunião. Os ministros são unanimes: a falta de medicamentos e de materiais que foi sentida um pouco por todos os países com a chegada da pandemia à Europa não se pode voltar a sentir.

“É necessário aumentar a transparência no processo de produção dos medicamentos, diversificando as cadeias de fornecimento, e realocar a produção farmacêutica na Europa”, reiterou a ministra Marta Temido.

Por sua vez, a Comissária Europeia da Saúde, Stella Kyriakides, chamou a atenção para o papel da Agência Europeia do Medicamento (EMA) na prevenção da escassez de medicamentos. A estratégia farmacêutica para a Europa passa pela negociação de medidas concretas e pela realocação de determinados medicamentos, incentivando-se a produção europeia em nome de alguma autonomia face a países terceiros.

Reforço geral de poderes

Não são apenas o ECDC e a EMA que precisam de mais autoridade, disse a comissária Stella Kyriakides: “A Comissão também precisa de um reforço e de um novo quadro legal perante ameaças à saúde global”. A pandemia revelou a necessidade de articular uma reação e uma resposta mais rápida, desde o momento em que é necessário desencadear e implementar medidas de preparação e resposta à crise.

A comissária revelou que já existem planos para a revisão dos estatutos da UE no que concerne às ameaças de saúde transfronteiriças, tendo em conta a possibilidade de uma segunda vaga da Covid-19 no outono.

Partilha de dados da Saúde

Além da luta contra o novo coronavírus, o trio de ministros elege como prioridade a definição de uma política de partilha de dados, estando em discussão um Espaço Europeu de Dados da Saúde. A Saúde Digital é, aliás, uma das prioridades já definidas pelo Governo português para os próximos meses, reforçou Marta Temido. Também cabe à Eslovénia liderar a questão da partilha de dados durante sua presidência, que começa em julho de 2021.

Unir esforços com a OMS

Jens Spahn manifestou apreço pela decisão comunicada pelo Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na semana passada, de lançar um painel de revisão independente encarregado de avaliar o desempenho da resposta à pandemia. Medidas para melhorar a governance da OMS, bem como aumentar o nível de cooperação entre o nível político e o nível científico no seio da organização, serão bem-vindas, sublinhou o ministro alemão. O reforço do financiamento da organização mundial é uma questão que fica, por enquanto, em aberto. Para já, certa é a proposta de incentivar uma maior articulação entre ECDC e OMS, com a qual todos os ministros da saúde da EU concordam.

“Neste verão não dê férias à sua medicação”.
A Respira (Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e Outras Doenças Respiratórias Crónicas), a Associação Portuguesa de...

Estudos revelam que 50% dos medicamentos para as doenças crónicas não são tomados como prescritos pelo profissional de saúde, variando a taxa de adesão à terapêutica entre 22% e 78% no que refere a doentes asmáticos ou com doença pulmonar obstrutiva crónica. Para além destes números, existe um padrão relativamente às exacerbações da asma com um pico mais acentuado no mês de setembro. As taxas de adesão à terapêutica são mais baixas nos meses de verão, aumentam no outono e permanecem altas durante os meses de inverno até à primavera, sendo julho o mês com menor taxa de adesão à terapêutica nos doentes asmáticos.

Nas palavras da presidente da Respira, Isabel Saraiva, “é natural que por vezes surja algum cansaço por parte dos doentes no cumprimento diário de uma terapêutica e que o verão e as férias conduzam a uma atitude de maior esquecimento. No entanto, sabemos que este tipo de comportamento conduz a situações de risco e por isso torna-se tão urgente alertar todos os doentes respiratórios para a importância de cumprir a terapêutica 365 dias por ano”.

Mário Morais de Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos, salienta ainda que “estas campanhas são fundamentais para consciencializar os doentes para a importância de manter um tratamento sem interrupções. As férias não devem ser um motivo para abdicar da terapêutica, pois as consequências do abandono da medicação acabam por surgir a curto prazo e acabamos por assistir a uma diminuição da qualidade de vida dos doentes, algo que podia ser facilmente evitado com disciplina e responsabilidade”.

De acordo com o presidente da SPAIC, Manuel Branco Ferreira, “esta situação é algo com que nos deparamos todos os anos na nossa prática clínica. São muitos os casos que assistimos de doentes que apresentam um quadro clínico mais exacerbado no período pós-férias, consequência de um maior relaxamento que sabemos que acontece neste período. Tentamos sempre reforçar junto dos nossos doentes a importância da continuidade da medicação ao longo de todo o ano, para que exista um maior controlo da patologia. Este ano, em plena pandemia, é ainda mais importante reforçar esta mensagem”.

“No verão, os doentes respiratórios costumam descurar a sua medicação e, em alguns casos, chegam mesmo a abandonar a terapêutica. Esta situação leva à exacerbação de novas crises, que não se sentem no imediato, mas que podem ter uma relação direta com este abandono no futuro. Este ano, com a presença da Covid- 19, esta situação torna-se ainda mais grave, na medida em que os doentes respiratórios, que já são um grupo de risco, podem ver o seu estado de saúde agravar-se”, revela António Morais, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Balanço SNS
O balanço foi feito pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e mostra que foram efetuadas 6.551.880...

Entre 1 de janeiro e 30 de junho, médicos e enfermeiros dos Cuidados de Saúde Primários da ARSLVT realizaram um total de 6.551.880 consultas: 2.148.573 consultas de enfermagem e 4.403.316 consultas médicas. Este valor é especialmente positivo se tivermos em conta que março e abril foram meses de forte confinamento devido à COVID-19, que se traduziu na alteração da atividade das unidades de saúde. No entanto, as consultas destes profissionais contou com uma diminiução 11% face ao 1º semestre de 2019, altura em que se contabilizaram mais de 7,3 milhões de consultas.

A ARSLVT destaca ainda, em comnicado, que, entre março e junho, só as Áreas Dedicadas à COVID-19 (ADC) realizaram mais de 62.300 consultas, correspondendo 25.850 a consultas de enfermagem e 36.514 a consultas médicas.

Segundo a ARSLVT, áreas como a Vacinação, Saúde Materna e Saúde Infantil, ou as visitas domiciliárias e outras atividades asseguradas pelas Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) desta região, continuaram a efetuar-se sem alterações mesmo durante os meses de confinamento.

Pulmão registou número histórico
Segundo dados divulgados pelo Instituto Português do Sangue, o número de órgãos transplantados atingiu os 878 em 2019,...

“Os resultados da atividade nacional de doação e transplantação de órgãos em 2019 foram globalmente positivos, seguindo a tendência crescente dos últimos cinco anos”, refere o IPST em comunicado.

“A doação de órgãos (total de 430 dadores) manteve a sua tendência ascendente, com uma subida de 3,4%”, adiantam os dados da Coordenação Nacional da Transplantação, adiantando que as causas de morte, no dador falecido, foram em 80% dos casos por doença médica e destas, 82% por acidente vascular cerebral.   

O IPST observa que, em 2019, se atingiu um novo limite com o dador mais idoso, com 90 anos, que foi dador de fígado e o órgão foi transplantado com sucesso.

Em relação às oscilações do transplante em 2019 comparativamente ao ano de 2018, o instituto refere que “o transplante cardíaco manteve-se em curva descendente (12,1%) devendo-se em parte ao envelhecimento populacional”.

Já o transplante pulmonar registou, no ano passado, um aumento de 40%, atingindo o maior número de pulmões transplantados até hoje: 70 órgãos em 39 doentes.

O IPST salienta ainda o impacto dos primeiros meses de pandemia por SARS-CoV-2 na atividade de doação e transplantação de órgãos em Portugal, considerando o período compreendido entre março e junho de 2020 comparativamente ao período homólogo de 2019.

 

Programa Nacional de Doação Renal Cruzada
Portugal realizou, em março, o primeiro transplante renal cruzado internacional, dirigido a doentes com grandes...

Realizado a 12 março, “os pares implicados no cruzamento, do Centro Hospitalar Universitário do Porto e da Fundación Puigvert de Barcelona, fizeram teste à Covid-19, antes do cruzamento, com resultado negativo”, revela o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), em comunicado.

Em 2019, o programa de doação renal cruzada, dirigido a doentes com grandes incompatibilidades imunológicas, permitiu e realização de seis transplantes de dador vivo em dois ciclos de três transplantes cada um.

Programa Nacional de Doação Renal Cruzada

“Um dos marcos da doação em vida em Portugal foi a criação do Programa Nacional de Doação Renal Cruzada em 2010”, que conta com a participação de mais de 120 pares dador-recetor.

Este programa baseia-se no intercâmbio de rins de dadores vivos entre dois ou mais pares que não são compatíveis entre si. Desde o seu início, 24 doentes foram transplantados ao abrigo deste programa em cadeias de dois ou três pares.

“O transplante renal cruzado é uma modalidade terapêutica bem desenvolvida em países com elevada atividade de transplante renal de dador vivo, como é o caso da Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Holanda ou Reino Unido, que realizam este tipo de procedimentos há muito tempo com excelentes resultados”, explica o IPST.

De acordo com o instituto, o “correto funcionamento” do programa baseia-se num registo de pares dador-recetor incompatíveis associado a um algoritmo matemático que permite ao IPST, a cada três meses, realizar combinações de pares compatíveis.

Internacionalização visa aumentar possibilidade dos pares dador-recetor

Está também sustentado num protocolo específico de atuação e uma cooperação constante com os peritos nomeados para este programa no IPST, os nefrologistas e urologistas das equipas de transplante renal, os laboratórios de histocompatibilidade e os Gabinetes Coordenadores de Colheita e Transplantação.

“Tudo associado a um complexo processo logístico com a colaboração da Força Aérea Portuguesa e da Guarda Nacional Republicana”, sublinha.

O IPST destaca que, “ao longo do tempo o programa tem-se desenvolvido, adaptando-se à complexidade dos doentes”, tendo a sua internacionalização ocorrido ao abrigo da South Alliance for Transplants, envolvendo os pares dador-recetor de Portugal, Espanha e Itália.

“Com a internacionalização do programa pretende-se aumentar a possibilidade dos pares dador-recetor, incluídos nos registos nacional de transplante cruzado, encontrarem uma combinação adequada”, refere o instituto, salientando que “quanto mais pares dador-recetor participarem num cruzamento, maior a sua heterogeneidade genética, maiores são as opções para efetivar a doação e o intercâmbio renal.”

 

 

Páginas