Iniciativa "Mulheres sem Pausa"

Menopausa: multidisciplinaridade marca conferência em ano desafiante para a saúde mundial

No âmbito do Dia Mundial da Menopausa, que se assinala a 18 de outubro, a conferência “Mulheres Sem Pausa” regressa pelo segundo ano consecutivo. O evento teve como ponto de partida para a abertura do diálogo a mensagem “A menopausa não é uma doença” e foi moderado pela apresentadora Fátima Lopes. Com um foco evidente na multidisciplinaridade, o painel de oradores contou com especialistas de ginecologia, cardiologia, dermatologia, nutrição, sexologia e farmácia.

Entre as mensagens mais importantes para as mulheres portuguesas, sobre esta fase que corresponde a mais de um terço das suas vidas, destacam-se a necessidade de antecipar fatores de risco pré-menopausa, atuando na prevenção e a importância de trazer este assunto para a ordem do dia pela própria sociedade, não esquecendo os impactos que esta pandemia pode ter na forma como este momento é gerido.

Pelo segundo ano consecutivo, a Vichy - uma marca que se preocupa não só com os cuidados de beleza da mulher, mas também com o seu bem-estar, confiança e qualidade de vida - organizou uma conferência multidisciplinar para farmácias, profissionais de saúde e para a população em geral com o objetivo de que este “assunto seja abordado com normalidade, sem tabus e que as mulheres procurem, efetivamente, pôr a sua saúde em primeiro lugar, não parando, nem mesmo na menopausa.”, como frisou o diretor de marketing, Jorge Sucena.

Estando provado que situações de extremo stress, traumas e outros momentos de pressão podem induzir a uma menopausa precoce, até que ponto o momento em que vivemos, com esta pandemia, pode vir a trazer as mesmas consequências também para a mulher? Foi uma pergunta levantada pela médica Fernanda Geraldes, Presidente da Secção de Menopausa da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, que reforçou também a necessidade de neste período em que os contactos com os profissionais de saúde estão mais condicionados não deixar de consultar os especialistas (quando as estatísticas de acompanhamento médico na menopausa já são tão baixas no nosso país).  Ao longo da conferência foi sublinhada a carência de informação por parte das mulheres, a desigualdade de acessos aos cuidados de saúde especializados, bem como a necessidade de encarar esta fase da vida como todas as outras. Como explica Fernanda Geraldes, neste período “há uma pausa na menstruação e na fertilidade, mas não deve haver para todo o resto: na vida, na carreira, na beleza, na sexualidade, na saúde, nem na felicidade”, algo que também é corroborado por Regina Ribeiras, Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, que indica “a doença cardiovascular também não tem pausas, sobretudo nas mulheres”, reforçando que “As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte das mulheres e que, em conjunto com o AVC matam 1 em cada 3 mulheres*.”, sendo que 80% destas mortes podem ser prevenidas com a alteração do estilo de vida.

Conceição Calhau, Professora Associada da Nova Medical School, esclarece que esta fase acaba por ser também de “reflexão da vida que levaram”, defendendo que esta introspeção deverá fazer-se desde sempre e não apenas quando se chega a esta fase, devendo, por isso, atuar-se “na prevenção”. A especialista reforça ainda a importância de se falar com os profissionais de saúde sobre suplementos alimentares, cada vez em maior número e mais perigosos para esta fase da vida da mulher, e dos riscos associados de uma automedicação não farmacológica. “Hoje em dia as pessoas procuram imenso suplementos alimentares em substituição da terapêutica hormonal e é importante alertamos também os farmacêuticos para fazerem estas perguntas porque as pessoas não dizem aos profissionais de saúde o que estão a tomar. Procuram o que ouvem falar e depois autoprescrevem-se.”

Além dos hábitos saudáveis, no que respeita à pele, um órgão que se ressente de forma visível na menopausa, a médica dermatologista Leonor Girão defende, “é importante procurar produtos essenciais para corrigir algumas alterações ao nível da pele na menopausa, nomeadamente o filtro solar, para diminuir as agressões do ambiente, e cremes que ajudem a combater a falta de colagénio da pele, nomeadamente com retinol, ácidos glicólicos, ácido hialurónico e vitamina C”.

Uma das áreas mais afetadas da vida da mulher é também a sexualidade, sobre a qual Lisa Vicente, Ginecologista-Obstetra com especialização em Medicina Sexual e pertencente à Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica, destaca a importância da ligação entre a cabeça e o corpo, pois é a partir da cabeça que “percecionamos e interpretamos as nossas experiências”, sendo que depois da idade fértil surgem “novas oportunidades e novos desafios”, sublinhando igualmente a relevância em “alterar a representação social da mulher nesta fase”, pois muitas vezes tem em si “a imagem social e estereotipada que a sociedade construiu da menopausa”, o que acaba por ser um filtro que não permite que se consiga ver com outros olhos. 

Esta conferência encontra-se disponível no canal de Youtube da Vichy Portugal, em que os especialistas esclarecem algumas das perguntas colocadas pela audiência e que espelham muitos dos mitos e dúvidas do público em geral.

Alavancando aquela que é a sua missão, além da conferência, a Vichy tem vindo a desenvolver ao longo do último ano uma plataforma intitulada de #NãoPareNaMenopausa, que conta com artigos realizados com especialistas que abordam várias dúvidas e mitos sobre este período.

Fonte: 
Ellephant Comunicação
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Foto: 
Ellephant Comunicação