Portugal Continental
Foi determinado pelo Governo, o país vai continuar em estado de alerta, contingência e calamidade até ao final do mês de julho,...

Em vigor desde 1 de julho, estes 3 níveis são renovados, a partir das 0 horas desta quarta-feira, dia 15, até às 23h59 do dia 31 de julho.

De acordo com o estabelecido, ontem, pelo Conselho de Ministros Extraordinário, a generalidade do país vai permanecer em estado de alerta, vigorando o confinamento obrigatório domiciliário ou hospitalar para pessoas infetadas com covid-19 ou sujeitas a vigilância ativa. As regras de regras de distanciamento físico, uso de máscara, lotação, horários e higienização devem manter-se.

Por outro lado, os ajuntamentos estão limitados a 20 pessoas, sendo proibido o consumo de álcool na via publica.

Na Área Metropolitana de Lisboa, permanece o estado de contingência com medidas mais restritivas de confinamento.

Nesta região, é obrigatório o confinamento domiciliário ou hospitalar para pessoas infetadas com covid-19 ou sujeitas a vigilância ativa.

Nas ruas só é permitido grupos de 10 pessoas no máximo, estando proibido o consumo de bebidas alcoólicas em espaços ao ar livre.

A venda de bebidas alcoólicas em áreas de serviço e postos de combustíveis também continua a ser proibida.        

E a generalidade dos estabelecimentos comerciais têm de encerrar às 20 horas.

Hipermercados e supermercados podem permanecer abertos até 22 horas, mas não podem vender bebidas alcoólicas depois das 20 horas.

Os restaurantes podem funcionar além das 20:00 para refeições no local (tanto no interior dos estabelecimentos, como nas esplanadas licenciadas), em serviço de take-away ou entrega ao domicílio.

Não é imposta hora de fecho para os serviços de abastecimento de combustível (podem funcionar 24 horas por dia exclusivamente para venda de combustíveis), farmácias, funerárias, equipamentos desportivos, clínicas, consultórios e veterinários.

A Área Metropolitana de Lisboa engloba 18 municípios da Grande Lisboa e da Península de Setúbal, designadamente: Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

19 freguesias dos concelhos de Lisboa, Sintra, Amadora, Odivelas e Loures em Estado de Calamidade

Dezanove freguesias de cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa vão continuar em estado de calamidade.

São elas a freguesia de Santa Clara em Lisboa, quatro freguesias do município de Odivelas - Odivelas e as uniões de freguesias de Pontinha e Famões, Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, e Ramada e Caneças-, seis freguesias do concelho da Amadora - Alfragide, Águas Livres, Encosta do Sol, Mina de Água, Venteira e União de Freguesias de Falagueira e Venda Nova- , seis freguesias de Sintra - uniões de freguesias de Queluz e Belas, Massamá e Monte Abraão, Cacém e São Marcos, Agualva e Mira Sintra, Algueirão-Mem Martins e a freguesia de Rio de Mouro -  e duas freguesias de Loures - uniões de freguesias de Sacavém e Prior Velho, e de Camarate, Unhos e Apelação.

Nestas freguesias foram impostas medidas especiais de confinamento:

  • É imposto o «dever cívico de recolhimento domiciliário», ou seja, as pessoas só devem sair de casa para ir trabalhar, ir às compras, praticar desporto ou prestar auxílio a familiares.
  • Os ajuntamentos estão limitados a cinco pessoas.
  • Estão proibidas as feiras e mercados de levante.
  • Reforço da vigilância dos confinamentos obrigatórios por equipas conjuntas da Proteção Civil, Segurança Social e Saúde Comunitária.
  • Aplicação do Programa Bairros Saudáveis, coordenado pela arquiteta Helena Roseta, para melhorar as condições de habitabilidade.

Segundo a nota divulgada hoje no página oficial do Serviço Nacional de Saúde, “a situação de alerta, aquela em que o país se encontrava antes de ser decretado o estado de emergência, em 18 de março, é o nível mais baixo de intervenção previsto na Lei de Bases de Proteção Civil, depois da situação de contingência e de calamidade, o mais elevado”.

Mais próxima da comunidade médica e científica
Em junho, Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca aderiu ao Linkedin, com o objetivo de reforçar a sua...

“Reforçando a premissa de que uma Associação de doentes necessita de estar próxima da comunidade médica e científica para a concretização de parceiras e uma melhor prestação de serviços e aconselhamento aos doentes e seus cuidadores criamos a página de Linkedin da AADIC.

Semanalmente iremos partilhar informação pertinente sobre a insuficiência cardíaca, como terapêuticas, recomendações, conselhos e dicas de como viver com a doença, e sobre a agenda da Associação, desde ações, atividades e iniciativas dirigidas aos vários segmentos” explica Luís Filipe Pereira, presidente da AADIC.

A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) reúne doentes, familiares e amigos, e tem por objetivo promover, incentivar, orientar e dar apoio na área da Insuficiência Cardíaca, nomeadamente através da informação à população e promoção de melhores cuidados de saúde para esta condição. Atualmente é suportada por um conselho técnico científico e por cerca de 100 associados de norte a sul do país, mas mantém a ambição de atingir os 500 sócios até ao final do ano.

“É importante conseguirmos atingir um número satisfatório de associados para conseguirmos ter massa critica e pressionarmos os decisores políticos para a implementação das recomendações científicas na área da insuficiência cardíaca, no nosso Serviço Nacional de Saúde. Ao marcarmos presença nas redes sociais conseguimos chegar a um maior número de pessoas e de várias áreas de atuação e por isso potencializar o número de sócios e o nosso impacto positivo na gestão desta doença em Portugal”, conclui o Presidente.

Assim, se é profissional de saúde ou interessado pela área da insuficiência cardíaca e pretende saber mais sobre a AADIC e acompanhar as suas iniciativas conecte-se em: https://www.linkedin.com/company/aadic-associa%C3%A7%C3%A3o-de-apoio-aos-doentes-com-insufici%C3%AAncia-card%C3%ADaca/

Região centro
No âmbito da pandemia Covid-19, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) na região Centro passou a contar com...

Para tal, e de acordo com as informações disponibilizadas na página oficial do Serviço Nacional de Saúde, foram celebrados contratos-programa entre a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, a Segurança Social e três entidades.

A Associação de Beneficência Popular de Gouveia conta com 12 camas de média duração e reabilitação; a Santa Casa da Misericórdia da Batalha com 6 camas de média duração e reabilitação e a Santa Casa da Misericórdia de Pinhel disponibiliza agora 3 camas de longa duração e manutenção, para prestação de cuidados continuados. 

De acordo com a nota divulgada, "são objetivos da RNCCI a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência, na sequência de episódio de doença aguda ou na necessidade de prevenção de agravamentos de doença crónica".

Os Cuidados Continuados Integrados estão centrados na recuperação global da pessoa, promovendo a sua autonomia e melhorando a sua funcionalidade, no âmbito da situação de dependência em que se encontra, com vista à sua reintegração sociofamiliar.

 

Participação nos processos de decisão relativos à Saúde
A Plataforma Saúde em Diálogo quer integrar formalmente o grupo de trabalho criado para estudar os modelos de proximidade na...

«Vimos, desta forma, exigir a nossa inclusão formal neste e em qualquer outro grupo de trabalho em que sejam discutidas decisões que afetam a saúde de todos nós», escreveu Rosário Zincke, presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, associação que representa 55 associações de doentes, promotores de saúde, profissionais de saúde e consumidores.  Na carta, a Plataforma manifestou «total estupefação e profundo desagrado» com o facto de ter sido excluída do grupo de trabalho, que inclui representantes de várias unidades hospitalares, da Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica e do INFARMED, a quem compete coordenar o grupo.

A Plataforma Saúde em Diálogo entende que o grupo de trabalho exclui os destinatários das medidas: as pessoas com doença. Esta decisão é «uma terrível e clara afronta à tão proclamada prioridade deste XXII Governo Constitucional: ‘’tornar o Serviço Nacional de Saúde mais justo e inclusivo, respondendo melhor às necessidades da população’’».

Nos últimos meses, a Plataforma demonstrou «total disponibilidade» para colaborar nos processos de decisão relativos à Saúde, nomeadamente no contexto da pandemia. Nesse sentido, escreveu ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, no início de Maio. «Queremos, devemos e podemos fazer parte da solução desde a sua conceção até à sua implementação e, posteriormente, durante a sua avaliação periódica», afirma Rosário Zincke na carta agora enviada.

 

Testes à Covid-19
O Camião da Esperança percorre, até ao dia 14 de agosto, as principais ruas e praias de seis municípios do Algarve: Portimão,...

Depois da primeira missão, que percorreu 21 municípios e realizou mais de 2500 testes, o Camião da Esperança está de regresso, com uma equipa reforçada, para uma missão totalmente dedicada à região do Algarve. Com o foco em informar e testar, a missão pretende ajudar a conter a disseminação do novo coronavírus e colaborar com a Região de Turismo do Algarve, e executivos municipais envolvidos, na projeção e recuperação internacional da imagem de excelência do Algarve como um destino limpo e seguro.

Para realçar os predicados únicos deste território, o Presidente da Região de Turismo do Algarve, João Fernandes, relembra que o Algarve “reúne todas as condições segurança e bem-estar para que os portugueses e estrangeiros continuem a eleger a região algarvia para as férias de verão. Os ativos do Algarve não desapareceram com a pandemia, continuamos a ter um clima excecional, peixe e o marisco fresco, um mar fabuloso para experiências únicas e as melhores praias da Europa, além da Serra que permite um contacto ainda mais próximo com a natureza”.

O programa do Camião da Esperança contempla as seguintes localidades e datas:  Portimão – 9 a 13 de julho; Albufeira – 15 a 20 de julho; Olhão – 22 a 26 julho; Tavira – 28 de julho a 1 de agosto; Lagos – 3 a 7 de agosto; Lagoa – 9 a 14 agosto. Os serviços estão disponíveis entre as 9h00 e as 14 horas. O acesso à realização de testes é prioritária às situações indicadas pelos municípios ou pela Autoridade de Saúde, sendo possível, a qualquer utente, agendar a realização de um teste, sujeito a pagamento (molecular – 100€, serológico – 40€). O resultado do teste molecular (deteta a presença do vírus SARS CoV-2) está previsto em 24 horas. O resultado do teste serológico (deteta a presença de anticorpos, mas não permite diagnóstico) é imediato. O teste molecular está sujeito a prescrição e avaliação.

O Camião da Esperança é uma iniciativa promovida pela Região de Turismo do Algarve, e pelos municípios de Albufeira, Lagoa, Lagos, Olhão, Portimão e Tavira, com o apoio da TVI, Rádio Comercial, Galp, Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública (ANMSP), KPMG, Mundipharma Portugal, Nasamotor, Planetiers, Sabseg e Unilabs. Toda a operação logística é coordenada pela Globalsport.

Nova tecnologia
As pessoas com mais de 60 anos, temem o risco de deficiência da visão devida às cataratas, o que teria, sem dúvida, impacto na...

Joaquim Murta, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina de Coimbra e Diretor do CRIO - CHUC, Coordenador da Unidade de Oftalmologia de Coimbra (UOC), explica a sua experiência com a nova a lente intraocular: “Iniciámos, há já alguns meses, a implantação de lente-intraocular (LIO) no tratamento da presbiopia. Foi utilizada preferencialmente em doentes que desejavam a correção da presbiopia e que não apresentavam clinicamente todas os requisitos para implantação de uma lente trifocal (comprometimento ligeiro das características do filme lacrimal, ligeira irregularidade topográfica da córnea sem componente ectásico, características pessoais ou atividade profissional exigente no que respeita a qualidade de visão, que não aconselhavam a implantação de uma LIO que pudesse induzir disfotopsias positivas, etc). Os resultados têm sido excecionais. Os doentes não se queixam de halos ou deslumbramento com as luzes (disfotópsias positivas), mesmo em ambientes com muito pouca luminosidade, comportando-se como uma LIO monofocal, permite uma excelente visão de longe e de média distância (computador) e uma grande independência na visão de perto, não sendo necessário o recurso a óculos na grande maioria da sua atividade. Temos optado por uma miopia mínima no olho não dominante (-0.25 a-0.50 D) o que permite ainda uma melhor performance visual de perto em visão binocular.

Iniciámos igualmente em Maio, pela primeira vez em Portugal, a implantação da LIO tórica que permite corrigir astigmatismos superiores a 1D.

O erro refrativo pós-operatório é capital no sucesso visual destes doentes pelo que utilizamos invariavelmente, como de resto em todos os doentes submetidos a cirurgia de catarata, aberrometria intraoperatória com o sistema ORA. Esta tecnologia garante uma avaliação contínua durante toda a cirurgia, melhores resultados refrativos pós-operatórios, com um alinhamento correto nas lentes tóricas, em suma, uma maior consistência cirúrgica.

Vamos iniciar, ainda este mês, um estudo comparativo detalhado entre diversos tipos de LIOs para a correção da presbiopia, que visa estudar a qualidade de visão nestes doentes (sensibilidade cromática, sensibilidade de contraste, ocorrência de disfotópsias e neuroadaptação com Ressonância Magnética Funcional), complementado com questionários validados, preenchidos pelos doentes, em relação aos resultados obtidos.

Em conclusão, a LIO  poderá ser, num futuro próximo, a LIO de primeira escolha na grande maioria dos doentes sujeitos a cirurgia de catarata possibilitando uma independência dos óculos em praticamente todas as suas atividades, com uma ótima qualidade de visão.”

Esta nova tecnologia não difrativa  utiliza dois elementos de transição na superfície anterior da lente intraocular, que funcionam sinergicamente para criar uma gama focal contínua alargada. Desta forma, oferece uma visão de excelente qualidade a longa e média distância, em condições fotópicas e mesópicas.

Uma nova categoria de lente intraocular para responder às necessidades dos pacientes com catarata

A catarata é a patologia ocular mais comum relacionada com a idade e a principal causa de cegueira evitável.  A cirurgia de catarata é um dos procedimentos cirúrgicos mais comuns, sendo a primeira opção de tratamento para 85% dos pacientes.  A Organização Mundial de Saúde estima que em 2020 mais de 32 milhões de cirurgias de catarata serão realizadas em todo o mundo, anualmente.

"Esta lente nasce para dar resposta a uma necessidade tanto de cirurgiões como de pacientes com catarata, fornecendo uma nova tecnologia para corrigir a presbiopia que oferece uma visão ampla a diferentes distâncias e um perfil baixo de alterações visuais, mantendo todas as vantagens de uma lente LIO monofocal", diz Francisco Alba-Bueno, OD, PhD, Field Medical Advisor da Alcon Iberia.

94% dos pacientes manifestaram manter uma visão boa ou muito boa à distância, e 92% boa ou muito boa visão na distância intermédia. Além disso, referiram níveis muito baixos de auréolas, e revelaram um perfil de desconforto visual similar ao das lentes monofocais.

Disponível em versão esférica e tórica, é fabricada com a plataforma AcrySof IQ LIO, que foi implementada em mais de 120 milhões de olhos em todo o mundo.

 

Estudo
Usar a Inteligência Artificial para analisar embriões de forma automática e estandardizada e melhorar as taxas de gravidez é já...

O IVI participou no desenvolvimento do EmbryoScope, desde o seu início, ajudando na sua evolução e lançando as bases para a seleção embrionária automática. “O Embryoscope, incubadora de lapso de tempo, é sem dúvida uma mais valia num laboratório de Fecundação in vitro. Como esta incubadora grava imagens dos embriões ao longo do tempo, permite-nos ter mais parâmetros para avaliar e selecionar os melhores embriões”, reforça Sofia Nunes, diretora do Laboratório de FIV do IVI Lisboa.

No seu último progresso, o EmbryoScope apresenta o seu mais recente sistema de software, o KIDScoreD5, através do qual seleciona e classifica automaticamente os embriões.

O estudo foi realizado nos últimos três anos e contou com a casuística mais extensa da história da literatura científica até ao momento (foram analisados mais de 20. 000 embriões e mais de 3. 000 pacientes). Nele, o IVI demonstrou que a seleção embrionária universal, estandardizada e automática é uma revolução e uma realidade para o campo da embriologia. Como comenta o investigador principal do estudo, Marcos Meseguer, supervisor científico do IVI em Valência, "o sistema KIDScoreD5 classifica automaticamente os embriões usando Inteligência Artificial, deteta e avalia todas as etapas do desenvolvimento do embrião e também classifica a sua morfologia".

Da mesma forma, Meseguer ressalta que " o sistema KIDScoreD5, através de uma avaliação, distingue entre os embriões com maior probabilidade de serem cromossomicamente normais, euplóides e os que não o são, aneuplóides. Com base na pontuação que o sistema atribui a cada embrião, sabemos a probabilidade de gravidez do mesmo e a possibilidade de ter um bebé saudável em casa".

O sistema KIDScoreD5 analisa os embriões automaticamente, atribuindo-lhes uma classificação de um a dez, dependendo da sua qualidade e morfologia. Uma vez que a seleção automatizada de embriões é mais precisa do que a seleção feita pelo embriologista, a probabilidade de uma gravidez evolutiva está diretamente ligada à percentagem de pontuação e, por isso, a paciente tem mais probabilidades de sucesso.

Valores essenciais do estudo e do sistema KIDScoreD5

  • É a primeira vez, no campo da reprodução assistida, que a análise automatizada de embriões demonstrou ter utilidade clínica.
  • Contar com a maior casuística do mundo até ao momento (mais de 20.000 embriões analisados e mais de 3.000 pacientes) é o maior exemplo de fiabilidade do sistema.
  • Ao dispor de mais informações sobre cada embrião, aumenta a probabilidade de escolher o melhor a ser transferido.
  • A possibilidade de selecionar e categorizar cromossomicamente os melhores embriões pressupõe um aumento das taxas de gestação, reduzindo também a probabilidade de anomalias cromossómicas.
  • É uma técnica absolutamente não invasiva que melhora os métodos de seleção atuais.
Melhoria da eficiência da cadeia de valor
A GS1, a nível global, definiu novas regras de atribuição do Global Trade Item Number® (GTIN®) no setor da saúde. Com base na...

A GS1 Healthcare, uma unidade da GS1, entidade neutra, sem fins lucrativos, que desenvolve e gere os standards globalmente mais utilizados com vista à promoção da eficiência nas operações, tem vindo a desenvolver e promover soluções que contribuem para a prevenção de erros médicos, o combate à contrafação de medicamentos e a otimização da eficiência da cadeia de valor em todo o setor da saúde.

As regras de atribuição de GTIN® no setor da saúde oferecem mecanismos que permitem a tomada de decisão consistente na gestão da identificação única, inequívoca e global de bens, contribuindo para a melhoria da eficiência da cadeia de valor e para a segurança dos doentes. A identificação única, inequívoca e global de bens e produtos é um fator crítico para a manutenção da eficiência operacional em que os modelos de negócio assentam no que se refere à troca de informação, assegurando o funcionamento harmonioso das cadeias de valor, contribuindo também para a implementação de múltiplos requisitos regulamentares à escala global. A comunicação entre parceiros de negócio de quaisquer alterações registadas ao nível da identificação única é também essencial à garantia de disponibilização do produto certo, quando necessário.

Desde o desenvolvimento de regras de atribuição de GTIN® específicas para o setor da saúde, há mais de uma década, novos enquadramentos regulamentares e novos procedimentos negociais têm vindo a evidenciar a necessidade de clarificação destas regras. Por esse motivo, foram agora publicadas atualizações. Esta revisão vai agilizar a aplicação das normas de atribuição de GTIN® e contribuir para o esclarecimento dos operadores do setor quanto às normas aplicáveis.

“Para a GS1 Portugal, é imperativo continuar a informar e a promover a colaboração entre operadores através da adoção de standards que permitam uma melhor eficiência ao longo de toda a cadeia de valor da saúde, contribuindo para prevenir erros médicos,  combater a contrafação, salvaguardar a segurança e saúde dos doentes e, em traços gerais, a qualidade dos cuidados de saúde prestados”, destaca João de Castro Guimarães, Diretor Executivo da GS1 Portugal. 

As alterações introduzidas à atribuição de GTIN® foram desenvolvidas de acordo com o Processo de Gestão de Standards da GS1 (GSMP) e integram o sistema de standards da GS1.

Todas as normas de atribuição de GTIN® a bens de saúde, assim como os três princípios orientadores dessa atribuição, devem ser tidos em conta. De forma a ajudar a melhor entender esses princípios e aplicar as alterações adotadas, a GS1 Portugal, entidade responsável pela introdução do código de barras em Portugal, conta com um Serviço de Apoio ao Associado, aberto à comunidade empresarial em geral, disponível para orientar o acesso às várias ferramentas informativas e interativas:

Redução de pólipos e melhoria de sintomas
O Comité de Produtos Medicinais para Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (CHMP/EMA) emitiu opinião positiva...

Se aprovada esta nova indicação, omalizumab será o primeiro tratamento para a polipose nasal que foi desenhado para identificar e bloquear especificamente a imunoglobulina E (IgE), o que contribui a reduzir a dimensão dos pólipos nasais (conforme definido pelo NPS) e a melhorar os sintomas. A Comissão Europeia analisa a recomendação do CHMP e, geralmente, emite a sua decisão final  dois meses após a opinião positiva.

“Os doentes com rinossinusite crónica com polipose nasal sofrem de sintomas persistentes como a congestão nasal, dor facial, perda do olfato e paladar, dificuldade em respirar e problemas de sono, o que pode prejudicar significativamente a sua qualidade de vida. Infelizmente, muitos doentes continuam a apresentar sintomas, apesar do tratamento padrão e de múltiplas cirurgias sinusais”, diz o Professor Philippe Gevaert, do Laboratório de Pesquisa das Vias Aéreas Superiores, Departamento de Otorrinolaringologia, Hospital Universitário de Ghent, Ghent, Bélgica.

“Omalizumab foi concebido especificamente para identificar e bloquear a imunoglobulina E (IgE), a qual constitui um elemento-chave na cascata inflamatória; se aprovada esta nova indicação, fornecerá aos doentes, aos quais os corticosteróides intranasais não proporcionam um controlo adequado da doença, uma opção de tratamento que demonstrou melhorar tanto os sintomas como a qualidade de vida.” 

A opinião positiva do CHMP baseia-se nos resultados dos estudos de Fase III POLYP 1 e 2, publicados no Journal of Allergy and Clinical Immunology em Junho de 2020. Estes estudos demonstraram que os doentes tratados com omalizumab obtiveram melhorias estatisticamente significativas no NPS médio (POLYP 1: -1,08; p <0,0001, POLYP 2: 0,90; p = 0,014) e na pontuação diária de congestão nasal (NCS; POLYP 1: -0,89; p = 0,0004, POLYP 2: -0,70; p = 0,0017) em comparação com o placebo à semana 24 (objetivos co-primários). Todos os doentes receberam CIN (spray nasal de mometasona) como terapêutica de base. Em ambos os estudos, os doentes tratados com omalizumab demonstraram melhorias significativas no NPS e no NCS desde a primeira avaliação (semana 4), em comparação com o placebo.

Entre os objetivos secundários, foram observadas melhorias no Sino-Nasal Outcome Test-22 - (SNOT-22; uma avaliação da qualidade de vida relacionada com a saúde), no Teste de Identificação de Olfato da Universidade da Pensilvânia (UPSIT), no Total Nasal Symptom Score (TNSS) e no sentido do olfato. Além disso, foram observadas reduções na rinorreia posterior e corrimento nasal (rinorreia anterior). Nos estudos, omalizumab foi geralmente bem tolerado e o seu perfil de segurança foi consistente com estudos anteriores.  

Opinião
Na última década temos assistido a um grande desenvolvimento do conhecimento das doenças imunomediad

Sobre as diferentes patologias imunomediadas do Sistema Nervoso Central e do Sistema Nervoso Periférico, ocorre em ambas o aparecimento de sintomas e sinais de défice neurológico de instalação aguda ou subaguda ou crónica com episódios de agudização, que frequentemente são acompanhados de défices motores ou sensitivos, envolvimento ocular, visão dupla, parésia dos músculos da mímica, ou ainda disfagia ou disartria.

Perante um doente com este tipo de queixas, cabe ao neurologista efetuar uma avaliação clínica e um exame neurológico cuidado no sentido de determinar quais os sistemas envolvidos. Aqui será necessário ajuizar o local ou locais de lesão músculo, placa neuromuscular, nervo, raízes, vias longas (sinais piramidais ou nível de sensibilidades), esfíncteres, envolvimento de nervos cranianos, bem como alterações da vigília, da cognição ou comportamentais.

A partir da conjugação de vários sinais, é-nos possível efetuar um diagnóstico topográfico. No caso das lesões relativas ao Sistema Nervoso Periférico, são sinais de envolvimento periférico a atrofia muscular, a hiporreflexia, hipotonia, alteração das sensibilidades em meia e luva ou ainda as fasciculações. Já ao nível do Sistema Nervoso Central, são sinais de lesão central (medular ou cerebral) a hiperreflexia, a espasticidade, o nível único de alteração de sensibilidades, as alterações do equilíbrio e todas as que envolvem as funções nervosas superiores.

Uma vez estabelecido o local plausível de lesão, este será confirmado pelos meios complementares disponíveis, com mais relevância para a Ressonância Magnética no caso do Sistema Nervoso Central, e dos estudos neurofisiológicos para as lesões do Sistema Nervoso Periférico.

Já após ser confirmada a existência de lesão ou disfunção estrutural, segue-se a marcha diagnóstica em função do local ou locais de lesão com recurso principal aos múltiplos estudos serológicos e do líquido cefalorraquidiano que o clínico poderá dispor.

É sobre este exercício do diagnóstico diferencial das diferentes patologias do Sistema Nervoso Central e do Sistema Nervoso Periférico que me gostaria de focar.

No caso do Sistema Nervoso Central, e em particular da Esclerose Múltipla, é apresentado um amplo espectro de diagnósticos diferenciais, e não é raro que, no caso desta apresentação ser de uma mielite cervical alta com envolvimento agudo da via piramidal, o diagnóstico diferencial não seja efetuado com a Síndrome de Guillain-Barré, que cursa com tetraparésia e hiporreflexia. Também a diplopia pode ser um sintoma de envolvimento do tronco cerebral no caso da Esclerose Múltipla, mas pode ainda ser uma forma de apresentação de uma doença da placa neuromuscular, como a miastenia. Na realidade, o diagnóstico diferencial da Esclerose Múltipla é riquíssimo, e segundo a literatura envolve cerca de 100 entidades clínicas diferentes.

Contudo, nem sempre os meios complementares de diagnóstico acompanham em todos os locais o avanço da ciência, cabendo aos clínicos o papel de pressionar as entidades competentes para que os recursos sejam disponibilizados. Em muitos casos, o diagnóstico diferencial é complexo e consome não só recursos como tempo, e para um tratamento efetivo do doente é necessário o acesso do doente de forma rápida a serviços diferenciados, bem como rapidez na execução dos estudos designadamente imagiológicos e neurofisiológicos, o que infelizmente nem sempre acontece no nosso país.

Neste avanço, as Neurociências têm tido uma evolução muito marcada nas últimas décadas, e felizmente há atualmente uma grande divulgação científica, sendo que Portugal tem estado em rede com os centros internacionais, designadamente os europeus na investigação básica, translacional e clínica. A título de exemplo, confirmo que vários centros portugueses têm participado nos ensaios clínicos da maioria dos novos fármacos que têm sido aprovados para as doenças imunomediadas, o que num futuro próximo irá representar uma evolução significativa de diversas doenças crónicas e atualmente sem cura.

Além da investigação, destaco ainda a importância de garantir a contínua partilha do conhecimento e prática clínica a nível nacional. É nesse sentido que os responsáveis das áreas de doenças desmielizantes do Sistema Nervoso Central do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra vão organizar, em colaboração com a Biogen, o 4º Curso de Neuroimunologia, que nesta edição aborda o diagnóstico diferencial das diferentes patologias imunomediadas do Sistema Nervoso Central e do Sistema Nervoso Periférico.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
1º medicamento aprovado
Um estudo recente, publicado na Lancet Neurology vem comprovar que a utilização de Nusinersen traz benefícios na função motora...

A Lancet Neurology, uma das revistas académicas mais conceituadas na área da Neurologia, publicou recentemente um estudo que revela que a utilização de Nusinersen, medicamento desenvolvido pela Biogen para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (Spinal Muscular Atrophy – SMA), traz uma melhoria constante da função motora nos doentes em idade adulta.

Este é o resultado de um estudo independente liderado por uma equipa de investigadores do Hospital Universitário de Essen, na Alemanha, e de outros nove centros especializados em doenças neuromusculares deste mesmo país, que juntos decidiram analisar a sua experiência com a utilização de Nusinersen na prática clínica em doentes com SMA com início tardio, nomeadamente com os tipos II e III.

Apesar do objetivo inicial ser o de avaliar o resultado da utilização de Nusinersen na estabilização da perda gradual da função motora nos doentes com SMA, os investigadores acabaram por concluir que o medicamento pode permitir uma melhoria dessa função nos doentes adultos, nomeadamente no que respeita à recuperação do movimento nos membros superiores.

De acordo com Rita Lau, Diretora Médica da Biogen Portugal, “estes dados representam um passo significativo ao nível da investigação clínica para a Atrofia Muscular Espinhal, uma vez que comprovam que Nusinersen pode efetivamente contribuir para a modificação do curso natural da doença (que se caracteriza pelas crescentes dificuldades motoras e, em muitos casos, pela perda de função), e consequentemente devolver a função motora aos doentes adultos, permitindo-lhes uma maior autonomia e melhor qualidade de vida”.

Esta investigação contou com a participação de 124 doentes adultos com SMA (tipos II e III), tratados com Nusinersen, e que se submeteram à avaliação de diversas escalas de funções motoras, incluindo a Escala Motora Funcional de Hammersmith Expandida, o Módulo dos Membros Superiores – versão revista, e o Teste de marcha de 6 minutos. Deste total, 57 doentes foram acompanhadas durante um período de 14 meses.

No que respeita à primeira escala, a Escala Motora Funcional de Hammersmith Expandida, os doentes demonstraram uma melhoria média de 3.12 pontos, num máximo de 66 pontos. Nesta escala, uma melhoria de 3 pontos é considerada clinicamente relevante. Estes resultados foram mais notórios nos doentes com SMA tipo III e naqueles com marcha. Já em relação aos resultados obtidos através do Módulo de Membros Superiores – versão revista, os doentes melhoraram 1.09 pontos em 37. Por fim, no caso do Teste de marcha de 6 minutos, os doentes melhoraram em média 46 metros após 14 meses de tratamento.

O estudo vem ainda demonstrar que quanto mais cedo o tratamento com o Nusinersen for iniciado, melhores os resultados.

A Atrofia Muscular Espinhal consiste numa doença neuromuscular genética rara caracterizada pela perda de neurónios motores na medula espinhal, que resulta na fraqueza e atrofia muscular progressivas, uma vez que os músculos deixam de receber sinais do Sistema Nervoso Central. Os sintomas podem incluir fraqueza muscular progressiva, flacidez e perda de massa muscular (atrofia), sendo que a fraqueza muscular é geralmente igual nos dois lados do corpo.

Esta doença está dividida em quatro tipos: SMA tipo I, a forma mais grave da doença (representa 60% de todos os casos), cujos sintomas aparecem nos primeiros 6 meses de vida da criança e que se caracteriza pela incapacidade da criança se sentar sem apoio; SMA tipo II, cujos sintomas aparecem entre os 7 e os 18 meses, e que se carateriza pela incapacidade da criança andar e dificuldade de se sentar sem apoio; SMA tipo III, cujos sintomas aparecem após os 18 meses de idade, e no qual as pessoas afetadas perdem a função motora à medida de crescem; e SMA tipo IV, bastante raro, e que se apresenta como uma ligeira deficiência motora observada na idade adulta (os sintomas podem começar logo aos 18 anos, apesar da maioria dos casos ocorrer após os 35 anos).

Nusinersen foi o primeiro medicamento aprovado para o tratamento de recém-nascidos, crianças e adultos com Atrofia Muscular Espinhal. Administrado através de uma injeção intratecal, o seu mecanismo de ação visa aumentar a quantidade de proteína de sobrevivência do neurónio motor, essencial para a manutenção dos neurónios motores. Até ao final de 2019, mais de 10 mil pessoas tinham sido tratadas com Nusinersen em todo o mundo.

Projeto já chegou a mais de 100 mil jovens
O projeto Geração Saudável, iniciativa de promoção e educação para a saúde, desenvolvida pela Secção Regional do Sul e Regiões...

Nos últimos oito anos, o projeto Geração Saudável visitou cerca de 500 escolas e através dos 380 Farmacêuticos e Estudantes do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas que capacitou enquanto formadores, conseguiu sensibilizar cerca de cinco mil professores e mais de 100 mil jovens do segundo ciclo escolar. Esta iniciativa, desenvolvida com o apoio da farmacêutica Novo Nordisk, através do seu programa Changing Diabetes, tem como objetivo sensibilizar crianças, adolescentes e a população em geral para a importância da prevenção em saúde e alertar para os riscos e doenças associadas aos estilos de vida sedentários. Para além das escolas, realizou ações de sensibilização em mais de 80 eventos de saúde, alcançando aí mais de 20 mil pessoas.

“É com muito orgulho que encerramos o ano letivo com a contabilização de mais de 100 mil crianças e jovens envolvidos nas nossas sessões de sensibilização para a importância do estilo de vida saudável e formações em temáticas como o Uso Responsável do Medicamento, Diabetes e Dependências e Comportamentos Aditivos. É também um grande privilégio anunciar que o projeto Geração Saudável irá disponibilizar uma plataforma onde constará informação sobre saúde, disponível para toda a sociedade civil e com área reservada de e-learning para Farmacêuticos, que permitirá levar as ações de sensibilização e educação para a saúde a ainda mais pessoas por todo o país. Numa fase inicial, a plataforma disponibilizará informação sobre temas de saúde associados à população sénior, para quem os Farmacêuticos são tantas vezes o primeiro contacto de saúde e de proximidade. Queremos ajudar os farmacêuticos a dar ainda mais apoio nas suas comunidades”, destaca Luís Lourenço, Presidente da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos. 

Após uma fase piloto da vertente sénior do projeto, que teve uma enorme recetividade por da população sénior impactada através das visitas do projeto a Centros Dia e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), a Ordem dos Farmacêuticos alargará esta iniciativa a todos os Farmacêuticos a nível nacional, possibilitando uma maior abrangência e impacto para o projeto. 

Este novo modelo de implementação, a ser implementado no último trimestre de 2020 e reconhecido pelo Centro de Ciência Viva através da atribuição do Prémio Comunicar Saúde em 2019, permitirá, através de uma plataforma online de formação, disponibilizar aos farmacêuticos de todo o país as ferramentas e materiais necessários para promover e facilitar a dinamização de sessões formativas sobre diversos temas em saúde. Este modelo conceptual é baseado na proximidade e envolvência destes profissionais de saúde nas comunidades.

Os primeiros temas desta plataforma, a publicar em 2020 e 2021, são o Uso Responsável do Medicamento, a Diabetes (com o apoio da Novo Nordisk), Doenças Respiratórias, Doenças Cardiovasculares, Doenças Metabólicas e Saúde Mental. Além da área reservada, que permitirá a capacitação dos Farmacêuticos esta plataforma terá na página principal informação útil aberta ao público sobre os referidos temas.

O projeto Geração Saudável pretende assim, informar a sociedade civil, especialmente a população sénior e fornecer materiais informativos de saúde relevantes para apoiar os Farmacêuticos a assumir o seu papel de promoção da literacia e prevenção em saúde junto das respetivas comunidades.

Para mais informações, visite o website a página de Facebook e de Instagram da Geração Saudável.

Pais atentos
Embora ainda não seja bem compreendida, sobretudo no que diz respeito à sua causa, estima-se que a e

Segundo, o especialista a esquizofrenia é “uma doença psicótica que se caracteriza pela presença de sintomas que se vão manifestando no período de 6 seis meses”, onde se incluem “delírios, alucinações ou discurso desorganizado”. O especialista adianta ainda que, embora os sintomas possam surgir de “forma gradual”, ao longo do tempo, há casos em que a doença, “num primeiro episódio”, se manifesta de forma brusca.

Embora as causas não sejam conhecidas, são atribuídos alguns fatores de risco para o seu desenvolvimento, como a exposição a situações de stress – “no passado, ocorria muito aos emigrantes, numa situação de guerra”, explica Luís Leão Miranda. Alguns especialistas admitem ainda que exista uma relação com a genética e o ambiente, o que leva a supor que algumas pessoas estejam mais predispostas a desenvolver a doença.

Quanto à idade em que esta pode surgir, Luís Leão Miranda, refere que “pode manifestar-se em idades mais precoces, mas tipicamente no jovem adulto”.

Entre as características comuns presentes na pessoa que desenvolve a doença estão: “o isolamento social, “são pessoas mais metidas com elas” e/ou que têm comportamentos algo bizarros”.

Quais os sinais precoces a que devemos estar atentos?

De acordo com o psiquiatra Luís Leão Miranda, “os pais devem estar atentos às alterações de comportamento” que os filhos possam apresentar:

  • “O tal discurso desadequado”;
  • Isolamento ou distanciamento social;
  • Ter comportamentos inadequados ou bizarros;
  • Falar sozinho;
  • Perda progressiva da relação interpessoal;
  • Distanciamento emocional;
  • Mudança de personalidade;
  • Mudança na higiene pessoa ou aparência;
  • Ter problemas relacionados com o sono.

Sempre que estes comportamentos sejam observados por mais de duas semanas, é aconselhado que se procure ajuda especializada.

“Há muito estigma associado à doença, inclusive dentro da própria família”, revela Luís Leão Miranda, por isso é extremamente importante que “os pais conheçam a doença” e se preparem para lidar com ela. O ideal é que estes seguissem um programa de intervenção familiar para ajudar os filhos durante o tratamento. “Teoricamente, há hospitais públicos que têm estas intervenções, no entanto os programas acabam por não funcionar”, lamenta.

Principais características da doença

A esquizofrenia pode manifestar-se de forma diferente de doente para doente, até porque existem vários tipos diferentes da doença, no entanto, de um modo geral, os seus sintomas podem dividir-se em três categorias:

Sintomas positivos da esquizofrenia

  • Alucinações – “geralmente são vozes, sentidas como vozes do pensamento e que os outros não conseguem ouvir”, descreve o médico psiquiatra.
  • Delírios – “sensação de que alguém que os quer magoar ou, por exemplo, ao ver televisão acham que a pessoa que está do outro lado está a falar para elas”, explica Luís Leão Miranda
  • Pensamentos desordenados (modos de pensar incomuns ou disfuncionais)
  • Distúrbios do movimento (movimentos do corpo agitado)

Sintomas negativos da esquizofrenia

  • Redução do afeto (expressão reduzida de emoções através da expressão facial ou tom de voz)
  • Reduzir os sentimentos de prazer na vida quotidiana
  • Dificuldade em iniciar e manter atividades
  • Redução de fala

Sintomas cognitivos

  • Baixo funcionamento intelectual (capacidade de entender informações e usá-la para tomar decisões)
  • Dificuldade em manter-se focado ou prestar atenção às atividades do dia a dia
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Atendimento inclusivo
A MatosinhosHabit, em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos e a Associação para o Desenvolvimento Integrado de...

Em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos e a Associação para o Desenvolvimento Integrado de Matosinhos (ADEIMA), a MatosinhosHabit, disponibiliza a todos os munícipes atendimento com presença de intérpretes de Língua Gestual Portuguesa. O objetivo é facilitar o acesso a todas as pessoas em situação de surdez.

Consciente e atenta às dificuldades de comunicação que alguns dos munícipes enfrentam diariamente, a MatosinhosHabit decidiu dotar todos os seus serviços de respostas adequadas e personalizadas para os diferentes públicos-alvo que recorram aos mesmos.

Assim, e com o intuito de proporcionar as mesmas oportunidades a toda a população, foi implementado um circuito interno de encaminhamento para pessoas em situação de surdez que acautela todos os seus direitos assim como uma resposta ajustada à realidade de cada utente.

Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit, sublinha: «o nosso principal objetivo ao disponibilizarmos intérpretes de Língua Gestual Portuguesa nos atendimentos é, sem dúvida, estarmos mais próximos dos munícipes e possibilitar que todos tenham direito a um acompanhamento e um apoio adequado a cada situação. Foi neste sentido que a MatosinhosHabit decidiu dotar os seus serviços de respostas inclusivas».

Para a concretização destas medidas, a MatosinhosHabit adaptará os conteúdos informativos das suas plataformas digitais (site e redes sociais), aos programas disponibilizados e ainda à orientação das candidaturas dos vários programas, o que permitirá facilitar a sua divulgação e recurso por parte das pessoas em situação de surdez.

Por outro lado, Tiago Maia explica que «para além de complementarmos os nossos serviços nesta área tão específica, era igualmente importante que os colaboradores da MatosinhosHabit estivessem preparados para o contacto inicial com estes munícipes. Nesse sentido, consideramos que a formação dos nossos colaboradores na primeira linha do atendimento era fundamental. Com este conjunto de medidas estaremos aptos para responder a todas as solicitações e efetuarmos assim um encaminhamento correto de todos os processos, sem exceção».

 

Campanha alerta para o risco de acidentes nas piscinas e praias
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) está a promover uma campanha de consciencialização para o risco...

“Há saltos que podem mudar a tua vida. Protege a tua coluna!” é o mote desta iniciativa que está disponível nas redes sociais através de um vídeo que apresenta os dez conselhos que as pessoas devem seguir para prevenir este tipo de acidentes.

Para Miguel Casimiro, neurocirurgião e presidente da SPPCV, “o principal objetivo com o lançamento desta campanha é de alertar a população para os comportamentos de risco que podem levar a acidentes de mergulho, uma das principais causas de lesão na coluna vertebral, sobretudo nos jovens com menos de 35 anos”.

Sobre a escolha de um vídeo para redes sociais como a principal plataforma de divulgação desta iniciativa, o especialista refere que “é a opção mais óbvia, pois não só é uma forma dinâmica de levar o público-alvo desta campanha a pensar sobre o tema e, sobretudo, a reter as nossas recomendações que, quando seguidas, podem fazer toda a diferença na sua saúde, uma vez que uma vítima de um acidente de mergulho pode sofrer uma lesão modular grave, a qual pode levar a incapacidade ou à morte”.

As lesões na coluna derivadas de mergulhos ocorrem geralmente quando a cabeça bate no solo ou numa rocha. Além da baixa profundidade do local ou dos comportamentos de risco, estes acidentes podem estar relacionados com uma postura incorreta durante a execução do mergulho.

Em caso de presenciar um acidente e/ou suspeitar de uma lesão da coluna, a SPPCV alerta para a necessidade de contactar de imediato o 112 e de não mover a pessoa, pois qualquer movimento na vítima pode causar danos maiores e permanentes.

 

Tratamento utiliza células estaminais para restaurar função ovárica
Estima-se que 1 em cada 100 mulheres com menos de 40 anos sofra de falência ovárica prematura. Essa cessação prematura da...

O processo consiste, em vez de administrar as células mãe, algo que era feito nas fases prévias desta investigação, em deixar que elas mesmas cheguem ao ovário onde podem exercer os efeitos positivos. Nos dois casos, as células libertam fatores de crescimento tanto na administração das células quanto pela mera mobilização, que estimulam as células do tecido onde deveriam crescer, multiplicar-se ou regenerar-se. No caso do segmento de estudo somente da mobilização, trata-se de um procedimento menos invasivo porque as células não são administradas, mas podem chegar ao ovário danificado", explica Nuria Pellicer.

Este trabalho, apresentado na última edição do ESHRE, permitiu ampliar a população estudada, antes limitada a mulheres de baixa resposta, oferecendo assim uma oportunidade a esse grupo de mulheres abaixo de 40 anos com falência ovárica prematura que até agora não tinha opção de uma gestação com os seus próprios óvulos.

A reserva ovárica é composta de folículos primordiais, chamados "dormentes" (folículos muito pequenos que estão no ovário desde a sua formação e que constituem a reserva ovárica). Cerca de 1.000 desses folículos são ativados a cada mês e começam a passar por todos os estágios de desenvolvimento até atingir o estágio de óvulo maduro, num processo que leva meses. Muitos degeneram ao longo deste processo de desenvolvimento até restarem apenas um ou dois.

"A técnica consiste em permitir que esses folículos que, como o ovário está danificado nem sequer se ativam ou caso se ativam, se acabam por degenerar nos primeiros passos do crescimento, possam atingir o estágio maduro do óvulo, pois regeneramos o ambiente ou microambiente em que vão crescer e desenvolver-se. Todo este processo é realizado dentro do ovário", esclarece Sonia Herraiz.

Até agora, com os estudos anteriores as células estaminais eram introduzidas diretamente no ovário, mas resultados preliminares recentes deste estudo sugerem que talvez não seja necessário a introdução das células estaminais no ovário, uma vez que as células e os fatores que as segregam são capazes de chegar através do sistema de circulação num processo muito menos invasivo e mais simples de realizar em qualquer centro.

"Com isto, procuramos desenvolver uma técnica o menos invasiva possível e padronizá-la para que possa ser implementada em todas as nossas clínicas e oferecer a qualquer mulher que deseja ser mãe a possibilidade de o conseguir, mesmo quando as suas condições reprodutivas são desfavoráveis ou clinicamente inviáveis sem a intervenção da ciência, como é o caso", acrescenta Pellicer.

O estudo, que ainda está em desenvolvimento, inclui dois segmentos de estudo: um limitado à técnica ASCOT, ou seja, a infusão de células estaminais na artéria ovárica (definida pela mobilização das células, a sua extração e a sua subsequente introdução diretamente no ovário) e, em segundo lugar, uma opção menos invasiva que consiste em mobilizar igualmente as células, permitindo que alcancem o ovário sozinhas pela corrente sanguínea para verificar se têm os mesmos efeitos aquando são recolhidas e injetadas.

"É aqui que está o segundo avanço importante do nosso trabalho, e foi aqui que verificámos que a técnica de mobilização é capaz de fazer com que os ovários funcionem novamente e tenham folículos, demostrando assim que os dois segmentos conseguem promover o desenvolvimento dos folículos, e até algumas pacientes recuperaram a menstruação, reduzindo assim os sintomas da menopausa. No entanto, devemos ser cautelosos, pois estes são os resultados preliminares de um estudo que ainda está em fase de desenvolvimento. De momento conseguiram-se embriões em 2 das 10 pacientes

incluídas e uma gravidez de 37 semanas no ASCOT, em pacientes com possibilidades quase nulas nos procedimentos clássicos de fecundação in vitro", comenta Pellicer.

"Uma linha de pesquisa muito encorajadora, na qual continuaremos a trabalhar com um único objetivo: melhorar as técnicas e tratamentos de reprodução assistida, com a finalidade de obter os melhores resultados no maior grupo populacional, independentemente da dificuldade do prognóstico reprodutivo", conclui Herraiz.

Técnica ASCOT: 3 bebés alcançados e 6 gestações

Hoje já existem 3 bebés e 6 gestações graças à técnica ASCOT de rejuvenescimento ovárico, da qual o IVI é pioneiro em todo o mundo. Este é o transplante de células estaminais da medula óssea na artéria ovárica (BMDSC, sigla em inglês Bone Marrow-Derived Stem Cells), fazendo com que o ovário, órgão responsável pela ovulação, inverta parcialmente o seu processo de envelhecimento e ative os folículos dormentes, que de outra forma permaneceriam no ovário sem se desenvolver.

Essa técnica melhorou os biomarcadores da função ovárica em 81% das pacientes e já é uma realidade para essas mulheres, tanto em pacientes com baixa resposta quanto em mulheres com falência ovárica precoce.

Após a primeira fase num modelo animal para verificar a eficácia da técnica com células estaminais, este estudo passou para a segunda fase em pacientes com baixa resposta. No total, 20 pacientes tiveram as suas células estaminais mobilizadas, extraídas para o sangue periférico e implantadas novamente no ovário, com a finalidade de reverter o processo de envelhecimento e, assim, ativar os folículos dormentes. Como resultado, ocorreram gestações espontâneas em mulheres com baixa reserva ovárica após um transplante de medula óssea.

Com o sucesso desta fase, passámos para uma terceira etapa, que consistia no recrutamento de mulheres com menos de 38 anos, desta vez com falência ovárica precoce (situação com pior prognóstico reprodutivo do que as mulheres de baixa resposta). Aqui nasceram os dois aspetos de implementação mencionados acima.

Do rejuvenescimento ao resgate ovárico

Embora seja popularmente conhecido como "rejuvenescimento ovárico", a verdade é que esse procedimento consiste no resgate de folículos que estavam naquele ovário, portanto seria mais apropriado dizer "resgate ovárico".

Esta técnica não rejuvenesce, mas recupera os folículos dormentes. As células estaminais ativam este nicho ovárico para poder resgatar os folículos que já existem, para que cresçam e amadureçam, para finalmente ter óvulos maduros para as pacientes.

 

Nova opção terapêutica
A Comissão Europeia (CE) aprovou a extensão de indicação de Canagliflozina, de forma a incluir os importantes dados sobre os...

Pela primeira vez na Europa, os doentes com DM2 com uma taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) entre 60 e 45 mL/min/1,73m2 podem agora iniciar o tratamento com canagliflozina 100mg. Além disso, os doentes com DM2 com albuminúria e uma TFGe ≥30 mL/min/1,73m2 podem agora iniciar o tratamento com canagliflozina 100mg e continuar até à diálise ou transplante renal.[iv]

“Estamos muito satisfeitos com esta extensão de indicação concedida pela Comissão Europeia, o que significa que os doentes com DM2 e complicações renais terão agora à sua disposição uma nova opção de tratamento para ajudar a reduzir o risco de desenvolver insuficiência renal, potencializando assim a redução da necessidade de diálise ou transplante renal.” disse o Dr. Vinicius Gomes de Lima, Líder Europeu de Medical Affairs, Mundipharma. “A Agência Europeia de Medicamentos reforçou que a gestão da DRD deve ser um objetivo chave de tratamento da DM2 e, por isso, é crucial que os médicos tenham tratamentos eficazes para ajudar a parar a progressão desta complicação que coloca vidas em risco.”

O professor Vlado Perkovic, autor do estudo e professor no George Institute, Austrália, reitor de medicina da UNSW de Sydney comentou: "A canagliflozina é a primeira descoberta médica em quase 20 anos com provas de retardar a progressão da doença renal crónica em doentes com diabetes e com alto risco de desenvolver insuficiência renal. Estes resultados impressionantes do estudo CREDENCE têm implicações clínicas significativas para prevenir a insuficiência renal e foram agora incorporados nas principais diretrizes renais, de diabetes e cardiovasculares a nível global. É então oferecida uma oportunidade para melhorar significativamente a saúde de milhões de pessoas que vivem com doença renal crónica e diabetes mellitus tipo 2. Com a nova aprovação da Comissão Europeia, estes benefícios podem ser aproveitados por pessoas de toda a Europa."

O estudo CREDENCE foi o primeiro ensaio totalmente dedicado à avaliação de resultados renais e cardiovasculares em pessoas com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e doença renal diabética (DRD). O estudo recrutou 4401 indivíduos com uma TFGe de 30 a <90ml/min/1.73m2 e albuminúria (rácio albumina urinária: creatinina >300 a 5000 mg/g). Todos os doentes foram tratados num contexto da prática clínica instituída para a DRD, incluindo iECAs e ARAs. Os resultados evidenciaram que a canagliflozina demonstrou uma redução de 30% em comparação com o placebo, no risco do endpoint primário composto que compreende a doença renal terminal (DRT), duplicação da creatinina sérica e morte renal ou cardiovascular (CV), com taxas de eventos de 43,2 vs. 61,2 por 1000 doentes-ano, respetivamente (Hazard Ratio [HR]: 0,70; Intervalo de Confiança [IC] de 95%: 0,57 a 0,84; p<0,0001).[v]

As taxas de eventos adversos e de eventos adversos graves foram semelhantes no grupo canagliflozina e no grupo placebo. Não se registaram diferenças na incidência de amputações dos membros inferiores (12,3 vs. 11,2 eventos por cada 1000 doentes-ano; HR: 1,11; IC 95%: 0,79 a 1,56) ou fraturas ósseas adjudicadas (11,8 vs. 12,1 eventos por cada 1000 doentes-ano; HR: 0,98; IC 95%: 0,70 a 1,37).5 O estudo foi interrompido precocemente no início de julho de 2018, devido a resultados positivos de eficácia.

A canagliflozina está aprovada na União Europeia desde 2013, onde é indicada para o tratamento de adultos com DM2 insuficientemente controlada como adjuvante da dieta e do exercício, como monoterapia e associada a outros medicamentos que reduzem os níveis de açúcar no sangue.4 

Referências:

[i] European Commission. 26th June 2020 Decision C(2013)8171(final) for Invokana – canagliflozin. Disponivel em: https://ec.europa.eu/health/documents/community-register/html/h884.htm. Último acesso a julho de 2020.

[ii] International Diabetes Federation. IDF Diabetes Atlas - 9th Edition. Disponível em: https://www.diabetesatlas.org/en/resources/. Último acesso a junho de 2020.

[iii] Alicic R, Rooney M, Tuttle K. Diabetic Kidney Disease: Challenges, Progress, and Possibilities. Clin J Am Soc

Nephrol. 2017; 12(12):2032-45.

[iv] Invokana summary of product characteristics. Updated June 2020. Disponível em: https://ec.europa.eu/health/documents/community-register/html/h884.htm. Último acesso a julho de 2020.

[v] Perkovic, V. et al. Canagliflozin and Renal Outcomes in Type 2 Diabetes and Nephropathy. N Engl J Med. 2019; 380:2295–2306.

Retoma de consultas
A Associação Portuguesa de Podologia (APP) alerta para os cuidados que as pessoas que sofrem com o pé diabético devem retomar,...

“Após três meses de confinamento, muitas foram as pessoas que ficaram privadas das suas consultas, levando a que cuidassem menos dos seus pés, e, consequentemente, deixando que outras doenças de maior gravidade avançassem. Face a este fator, é importante consciencializar as pessoas para a retoma dos cuidados a ter com a saúde dos pés, especialmente as que sofrem de doenças como o pé diabético”, explica Manuel Portela, presidente da APP.

E acrescenta: “A diabetes é uma doença que afeta cerca de um milhão de portugueses e com o passar do tempo, estes doentes acabam por ter alterações dos membros inferiores, como défices sensitivos e motores, alterações da posição das articulações do pé, feridas e infeções (pé diabético). Como tal, recomendamos que, além de uma dieta equilibrada e uma avaliação regular da taxa de glicemia, as pessoas sigam os cuidados que são recomendados pelos profissionais de podologia após estes terem realizado um diagnóstico prévio.”

É importante que os doentes que sofrem de pé diabético sejam acompanhados por um podologista devidamente certificado e que todos os dias, ou pelo menos uma vez por semana, os pés sejam examinados num local bem iluminado, de maneira a que seja possível verificar a existência de qualquer lesão, tais como cortes, calos, bolhas, micoses, fissuras, feridas ou alterações de cor.

 

Estudo PORTHOS
Há mais de 20 anos que os dados sobre a prevalência da doença em Portugal não são atualizados.

O estudo PORTHOS (PORTuguese Heart failure Observational Study), desenvolvido em colaboração com a Astrazeneca, vai permitir conhecer a prevalência atual da insuficiência cardíaca no nosso país, já que os últimos dados sobre esta matéria foram recolhidos em 1998 e publicados em 2002, no estudo EPICA.

O início do estudo está previsto para o próximo mês de outubro, a partir do qual uma carrinha irá percorrer o país, realizando o levantamento de dados através de um conjunto de rastreios a mais de seis mil pessoas. Segundo projeções feitas a partir do estudo EPICA, estima-se que em Portugal possam existir 400.000 indivíduos adultos com Insuficiência Cardíaca, e que possa vir a ocorrer um aumento de 30% no número de doentes até 2034.

Victor Gil, Presidente da SPC, considera que “mais de vinte anos depois, com diferente enquadramento demográfico, com alterações profundas no tecido social e económico e até diferentes definições da insuficiência cardíaca, torna-se imperativo  efetuar um novo estudo, de forma a melhor compreender a epidemiologia e com isto projetar melhores decisões clínicas, de organização de cuidados e políticas de saúde”.

A coordenação operacional será assegurada por uma Comissão Executiva, presidida pela Professora Doutora Cristina Gavina. A coordenação científica do estudo estará a cargo do Coordenador do Grupo de Estudos de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Prof. Doutor Silva Cardoso. No enquadramento estratégico, no apoio científico, e na execução do estudo estarão envolvidos dezenas de académicos e clínicos.

 

 

 

 

 

Por questões de segurança
O Conselho Científico e a Direção da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL), anunciaram o adiamento do VIII...

O Congresso deveria ter acontecido em maio deste ano, contudo, a evolução da COVID-19 no nosso país condicionou a realização de todos os eventos científicos que estavam programados. “Pensámos que outubro seria uma boa altura, mas, face ao novo aumento da incidência de COVID-19, consideramos não haver condições para realizar o congresso em 2020”, acrescentou o presidente do Conselho Científico da ANL.

Apesar da constante necessidade de atualização na área da Medicina Laboratorial, o Manuel Carvalho reforçou que “a saúde é prioritária e que os profissionais de saúde devem ser os primeiros a dar o exemplo”. Por esse motivo, o Congresso transita para 2021 “também em maio e no mesmo local – o Centro de Congressos de S. Rafael, no Algarve.

Relativamente ao programa científico, os temas e convidados vão manter-se também, mas haverá a possibilidade de fazer ajustes face à necessidade de inserir questões relacionadas com a pandemia no debate.

 

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