Ao domicílio
A Respira - Associação Portuguesa de Pessoas com DPOC e outras Doenças Respiratórias Crónicas e a Linde Saúde, empresa que se...

Em Portugal, estima-se que 14,2% da população com mais de 40 anos (cerca de 800.00) viva com DPOC, muitos sem diagnóstico confirmado. Desses, segundo Normas de Orientação Clínica (NOC) da DGS, todos os casos sintomáticos, bem como outros casos de doença respiratória crónica estabilizada, deveriam fazer reabilitação respiratória, um tratamento ao qual apenas 0,5% a 2% têm acesso, em Portugal.

No sentido de combater estes números e promover o acesso dos seus associados a este tratamento, a Respira assinou um protocolo de cooperação com a Linde Saúde, que está a implementar o serviço de Reabilitação Respiratória Domiciliária.

“É com muita satisfação que damos mais um passo no sentido de ajudar a proporcionar cuidados de saúde imprescindíveis para que as pessoas com DPOC e outras doenças respiratórias crónicas possam ter uma vida mais ativa, com mais qualidade. Ainda que nem todos os doentes precisem de Reabilitação Respiratória, e de esse tratamento ter de ser prescrito pelo médico, consideramos essencial promover o acesso a esta terapia. O Protocolo que agora assinamos representa o nosso compromisso continuado de ofereceremos soluções e apoios às pessoas com Doença Respiratória Crónica” destaca Isabel Saraiva, presidente da Respira.

Maria João Vitorino, Diretora da Linde Saúde, revela: “A implementação de Reabilitação e Fisioterapia Respiratória Domiciliária veio dar resposta aos doentes que se depararam com a impossibilidade de prosseguir com os seus programas de reabilitação, neste contexto de pandemia por COVID-19. Alargamos a nossa oferta de cuidados de saúde domiciliários, aproximando-nos do doente e dando continuidade à Reabilitação Respiratória com a nossa equipa de fisioterapeutas, com vasta experiência nestes doentes respiratórios crónicos”.

Luísa Morais, fisioterapeuta da Linde Saúde, que partilhou a sua experiência na Reabilitação Respiratória no domicílio durante o webinar - https://uphillhealth.com/resources/5f15ae5a5f150300013a52e5 - realizado para oficializar a assinatura do protocolo, destaca: “Embora desafiante para todos, tem sido uma experiência bastante positiva. Fomos capazes de transferir rapidamente a prestação dos cuidados para o domicílio, onde os doentes passaram a ter as sessões de fisioterapia e exercício, com o nosso acompanhamento por telefone ou em casos específicos com visitas presenciais. O maior desafio é manter os canais de comunicação com outros profissionais de saúde que fazem o apoio aos doentes. É muito importante desenvolver formas de interação entre os doentes, recorrendo às plataformas digitais, dado que reabilitar em grupo é sempre muito mais positivo. O coro “Respirar a Música” é um excelente exemplo de promoção dessa interação.”

Os principais benefícios dos Programas de Reabilitação Respiratória são a melhoria significativa da qualidade de vida e tolerância ao esforço, a diminuição dos sintomas e aumento da funcionalidade, que se traduzem numa expressiva melhoria na autonomia do doente e na autogestão da sua doença. Os resultados, numa perspetiva de custo-eficiência, refletem uma redução significativa dos custos associados à doença traduzida numa diminuição nas consultas não programadas, idas à urgência e internamentos.

Este protocolo assume particular importância numa altura em que é recomendado às pessoas com doenças respiratórias crónicas que se resguardem, sempre que possível, uma vez que são grupo de risco de desenvolvimento de complicações em caso de infeção por COVID-19.

 

Acesso a medicamentos e aconselhamento
Mais de 27.500 portugueses já recorreram à Linha 1400, o serviço telefónico gratuito lançado há quatro meses pelas farmácias...

Quarenta e quatro por cento usaram o serviço à noite, período onde a utilização da Linha 1400 é especialmente recomendada após a saída de uma urgência hospitalar ou em caso de necessidade súbita de um medicamento urgente. A Linha identifica rapidamente a farmácia de serviço mais próxima e com disponibilidade para responder aos pedidos das pessoas, evitando deslocações desnecessárias. O número 1400 pode ainda ser usado para planear visitas à farmácia e ajudar a encontrar medicamentos urgentes de disponibilidade reduzida.

Quem necessitar de medicamentos basta ligar 1400, de qualquer rede móvel ou fixa, e fazer a sua reserva ou encomenda. As chamadas são gratuitas. O serviço, disponível em todo o país, garante a cada português que terá à sua espera, na farmácia da sua preferência, todos os medicamentos e produtos de saúde de que necessita, havendo ainda diversas modalidades de entregas ao domicílio garantidas em todo o país.

“A Linha 1400 reforça a acessibilidade dos portugueses às suas farmácias e aos medicamentos neste novo normal, prestando um serviço farmacêutico completo e seguro”, destaca Ana Cristina Gaspar, vice-presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF). Simultaneamente, acrescenta, “este é um serviço de conveniência, que permite às pessoas poupanças de tempo e deslocações”.

 A escolha da farmácia cabe a cada cidadão. O atendimento telefónico informa quais as farmácias mais próximas com os medicamentos disponíveis. Antes de enviar qualquer encomenda, a farmácia escolhida contacta sempre o utente para o esclarecer quanto aos benefícios, riscos e instruções a seguir para o bom uso dos medicamentos. As farmácias garantem ainda a dispensa de medicamentos ao domicílio, em todo o país, com serviços próprios, em parceria com autarquias, IPSS e os CTT.

 

Sessão Online para profissionais
O próximo WebSeminar, organizado pelo Instituto de Medicina Tropical, decorre a 24 de julho, 15h00, e será dedicado à analise...

A sessão vai conta com a moderação de Helga Freitas, Diretora Nacional de Saúde de Angola; e Maria Rosário Martins, Professora do IHMT-NOVA.

Dulce Salzedas, Jornalista Sociedade Independente de Comunicação [SIC]; eRicardo Mexia, Presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública são os oradores deste webinar.

As sessões, abertas ao público para perguntas, dirigem-se a profissionais de saúde, cientistas, estudantes e todos os interessados em saber mais sobre o vírus que está a mudar o mundo.
Os Webinares IHMT/APAH iniciaram-se com uma 1.ª Série dedicada ao “QUE SABEMOS SOBRE A COVID-19” a que se segue agora uma 2.ª Série dedicada a “COMO REORGANIZAR OS SISTEMAS DE SAÚDE NA ERA COVID-19“.

Para participar e colocar as suas questões no webseminar #9 “DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO EM SAÚDE” deve proceder à sua INSCRIÇÃO ou assistir LIVE no Facebook da APAH ou do IHMT-NOVA.

Inquérito serológico nacional
São cerca de 300 mil os portugueses que estão imunes ao contágio da Covid-19, avança o jornal ‘Expresso’, citando números do...

O indicador é muito reduzido e segue a tendência já verificada noutros países europeus. Ainda assim, os números reportados são seis vezes superiores aos de infetados confirmados, com teste positivo, pelas autoridades de saúde.

Para haver um efeito de imunidade de grupo que funcione como barreira à propagação do vírus, os investigadores apontam que 60% a 70% de população deverá ter anticorpos contra novo vírus. No entanto, os dados divulgados esta quinta-feira mostram que ainda há um longo caminho a percorrer até se chegar a esse ponto.

Os primeiros testes que servem para perceber se as pessoas tiveram contacto com o novo coronavírus mesmo sem se terem apercebido, e se adquiriram ou não imunidade, são um passo determinante para preparar a resposta a uma eventual segunda vaga nos próximos meses frios.

O inquérito serológico nacional é promovido pelo INSA em articulação com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e conta com a parceria da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde e das regiões autónomas.

 

Covid-19
Entre 30 de junho e 21 de julho, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora,...

De acordo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, por exemplo.

Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizados ações de sensibilização à população.

 

 

Sintomas e tratamento
A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um distúrbio crónico muito comum, benigno, mas com grande

As causas não estão bem estabelecidas, mas o tecido muscular do intestino parece ser mais sensível e reagir mais intensamente a estímulos como a alimentação e stresse. Manifesta-se por dor abdominal difusa, tipo cólica, que alivia após as dejeções ou emissão de gases; diarreia, obstipação ou alternância entre as duas; distensão e sensação de gás abdominal, que pode agravar após as refeições.

Os sintomas devem ter uma evolução num período superior ou igual a 6 meses, e estar presentes nos últimos 3 meses, no momento do diagnóstico. As queixas podem ser ligeiras ou mais graves, variando ao longo do tempo. Pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente no adulto jovem e no sexo feminino. Está frequentemente associada a outras queixas funcionais, nomeadamente esófago-gástricas (azia, náuseas, dor epigástrica, saciedade precoce), urinárias, ginecológicas e reumatológicas (fibromialgia), bem como sintomatologia depressiva e/ou de ansiedade. Geralmente, não se verifica a presença de sangue nas fezes, febre, anorexia ou emagrecimento, que constituem sinais/sintomas de alarme sugestivos de doença orgânica. Os sintomas noturnos não são frequentes, mas podem ocorrer quando há problemas de insónia.

Na maioria dos casos, os sintomas são desencadeados ou agravados pela ingestão de determinados alimentos, que variam de indivíduo para indivíduo; stresse e ansiedade; infeções intestinais (embora a SII não seja causada por uma infeção, os sintomas podem ter início após um episódio de gastroenterite e prolongar-se por períodos variáveis).

Não existe um teste específico para diagnosticar a SII. A história clínica e o exame físico são fundamentais para o diagnóstico, podendo ser suficientes no caso de sintomatologia típica e ausência de fatores de risco e sinais/sintomas de alarme.

A realização de exames laboratoriais (ao sangue e às fezes), imagiológicos e endoscópicos, pode ser necessária uma vez que os sintomas da SII são comuns a outras patologias orgânicas, como a doença inflamatória intestinal, doença celíaca, tumores intestinais, inflamação associada a divertículos do cólon, intolerância à lactose, parasitoses intestinais, entre outras.

Não existe um tratamento curativo para a SII. As mudanças no estilo de vida e na dieta, a avaliação de problemas emocionais associados, e os tratamentos médicos podem ser necessários para toda a vida, de forma persistente ou nos períodos em que ocorre agravamento dos sintomas. A atividade física regular, redução do stress laboral e criação de rotinas no hábito de ir à casa de banho podem ajudar no controlo dos sintomas. É essencial manter uma boa hidratação e uma alimentação diversificada, com pequenas refeições regulares ao longo do dia, evitando alimentos processados. As medidas dietéticas devem ser ajustadas de acordo com os sintomas predominantes – distensão, diarreia ou obstipação. Está recomendada a prova terapêutica com uma dieta pobre em oligossacarídeos fermentáveis, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis (FODMAPs).

Quando as medidas dietéticas e de estilo de vida são insuficientes, é necessário recorrer ao tratamento farmacológico que pode incluir: probióticos; laxantes, no caso de obstipação; antidiarreicos, no caso de diarreia; agentes antiespasmódicos, para as cólicas abdominais. Alguns antidepressivos têm efeito na sensibilidade e motilidade intestinais, assim como no humor, e são opções importantes no controlo da dor abdominal associada à SII. A psicoterapia pode ser muito benéfica e eficaz, devendo ser equacionada nos casos de sintomatologia persistente e incapacitante.

Para o sucesso do tratamento, é fundamental o estabelecimento de uma boa relação médico-doente, por forma a tranquilizar o paciente e compreender a relação dos sintomas com o seu estado emocional.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Potencial da células estaminais
Os resultados de um estudo publicado recentemente mostram que o uso de sangue do cordão umbilical para tratar crianças...

A primeira fase deste estudo envolveu 25 crianças com autismo com idades entre os 2 e os 6 anos, tendo como objetivo mostrar não só a segurança do procedimento como a eficácia na melhoria de, pelo menos, um dos sintomas associados ao autismo. Foi lançado o ensaio clínico de Fase II, que envolveu 180 crianças diagnosticadas com esta doença.

De forma a obter resultados mais robustos, estas crianças foram divididas em dois grupos distintos. O primeiro grupo foi num primeiro momento, sujeito ao tratamento com o sangue do cordão umbilical. O segundo grupo foi sujeito ao efeito placebo.

Após 6 meses estes grupos trocaram de posição. No grupo sujeito ao tratamento foi feita uma subdivisão pois algumas crianças foram infundidas com o sangue do cordão umbilical (autólogo) colhido no momento do parto e outro grupo foi infundido com sangue do cordão de dador (alogénico).

As conclusões do estudo, conforme demonstrado no gráfico, apontam para uma melhoria dos índices compostos de socialização e comunicação das crianças após a infusão com sangue do cordão umbilical. Foi também demonstrado que os resultados mais exuberantes em termos de melhoria dos índices de comunicação e socialização se verificou em crianças entre os 4 e os 7 anos de idade e com o coeficiente de inteligência não verbal (NVIQ) superior a 70. Durante o ensaio clínico de fase II o registo de reações adversas foi residual e sem grande severidade.

Joanne Kurtzberg, responsável pelo estudo,  efetuou em 2010 o transplante de sangue do cordão de uma menina portuguesa com Paralisia Cerebral cuja amostra se encontrava criopreservada na BebéVida, que se dedica à criopreservação de células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical de recém-nascidos.

João Sousa, Diretor de Qualidade da BebéVida explica “O ano passado tivemos o privilégio de dar a conhecer as nossas instalações e laboratório à Dr.ª Joanne, com quem esperamos vir a trabalhar mais vezes em projetos de investigação futuros. Na BebéVida estamos continuamente a apostar em investigação e inovação e empenhados em descobrir as diversas utilizações e benefícios que a criopreservação de células estaminais, do sangue e do tecido do cordão umbilical, podem ter no tratamento das mais variadas patologias.”

Na publicação dos resultados, foi também anunciada a realização de mais um estudo para o tratamento de 164 crianças com diagnóstico de autismo, através de células estaminais mesenquimais isoladas a partir do tecido do cordão. Estas crianças, já sujeitas a tratamento com sangue do cordão, serão ainda alvo de teste com as células isoladas a partir do tecido do cordão umbilical.

eBook
A editora PACTOR anuncia a disponibilização de um novo eBook que pretende evidenciar a intervenção dos profissionais de Serviço...

“Serviço Social em Emergência de Saúde Pública - COVID-19” foi escrito em pleno pico da pandemia, coordenado pela especialista Maria Irene de Carvalho com a colaboração de mais 27 autores. Uma obra que destaca os desafios dos profissionais que estão na linha da frente, sobretudo na proteção dos grupos mais vulneráveis, como pessoas portadoras de deficiência, doentes mentais ou com comorbilidades, idosos, refugiados, imigrantes, sem-abrigo, entre outros.

Ainda há muito por saber e descobrir em relação a este vírus que tornou o ano de 2020 um dos mais atípicos das últimas décadas. No entanto, esta obra realiza uma sistematização e análise dos efeitos da pandemia, a partir de informações e dados recolhidos até ao momento da sua publicação.

O combate à COVID-19 tem exigido aos governos a tomada de fortes medidas de política, tais como o encerramento de escolas, restrições nas viagens e medidas de quarentena, inclusive em serviços sociais de prestação de cuidados em instituições.

Este livro digital analisa as medidas de contingência adotadas pelo Estado português e em organizações e instituições (hospitais, autarquias e instituições de solidariedade social) de forma revelar o papel do Serviço Social nestes contextos de proteção das populações e dos colaboradores, com casos práticos.

Um livro pensado para profissionais e estudantes desta área e que apenas está disponível para compra apenas no site da editora em www.pactor.pt.

Webinar
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), organiza, durante a tarde de amanhã, um Webinar dirigido a...

“Sabemos que a tecnologia e os canais digitais são, mais do que nunca, incontornáveis na organização e funcionamento de qualquer âmbito de atividade”, salienta o neurologista João Sargento Freitas, moderador do webinar. “O setor da Saúde, exigindo uma colaboração estreita e permanente entre profissionais, tem um lugar de destaque quando avaliamos os benefícios de estratégias digitais e recurso às tecnologias de informação e comunicação para melhorar a prestação de cuidados de saúde aos doentes”, explica.

 No que se refere particularmente ao AVC, “cada hora é valiosa e pode ser essencial para salvar a vida de uma pessoa ou menorizar o impacto de sequelas decorrentes do ataque cerebral”. Na ótica da SPAVC, é indubitável que a tecnologia tem facilitado o atendimento e tratamento dos doentes com AVC, o que viabiliza a recuperação de áreas do cérebro afetadas.

Mariana Dias, também moderadora da sessão, salienta que este cenário foi “intensificado com a aceleração digital exigida pela reestruturção dos cuidados de saúde face à pandemia COVID-19”. A especialista de Neurologia reforça a importância de refletir, no momento atual, sobre as aprendizagens consolidadas, “repensado o acompanhamento dos doentes nas várias fases de abordagem do AVC”.

Temas como a Telemedicina, as apps para smartphones úteis para “strokologistas”, as plataformas de comunicação entre pares, e as ferramentas de apoio ao tratamento multidisciplinar dos doentes, facilitando a partilha de dados e de exames imagiológicos para um melhor e mais rápido diagnóstico, estarão em debate na sessão de amanhã.

O painel de especialistas convidados a partilhar as suas experiências conta com nomes bem conhecidos no panorama nacional (Prof. Castro Lopes, Dr. Gustavo Santo, Dr. João Pedro Marto e Dr. Alexandre Amaral e Silva), bem como internacional (Dr. Carlos Molina), apelando à participação ativa da audiência para um debate profícuo e interativo.

Esta iniciativa, que conta com o apoio exclusivo da Allm, destina-se a profissionais de saúde, os quais podem solicitar acesso através dos vários canais de comunicação da SPAVC.

 

Covid-19
Esta investigação avaliou a eficácia de quase meia centena de tecidos e encontrou diferenças ao nível da retenção de partículas...

O objetivo da equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do CINTESIS era analisar os diferentes tipos de têxteis utilizados no fabrico de máscaras para uso comunitário, cuja utilização se generalizou, nas últimas semanas, devido à pandemia de COVID-19. A principal conclusão deste trabalho “é que existem importantes diferenças entre os vários tipos de materiais utilizados, nomeadamente no que toca à capacidade de retenção de partículas e de respirabilidade”.

“Na ausência de uma máscara certificada, o tecido-não-tecido e o tecido jersey de algodão (do tipo T-shirt), em dupla camada, correspondem às melhores opções para cobertura do nariz e boca, tanto no que respeita à filtração de partículas como à permeabilidade ao ar”, explica a equipa, que contou com a participação do CITEVE.

Para esta análise, os investigadores avaliaram uma amostra de 49 têxteis, incluindo opções de tecidos mais acessíveis, seguindo métodos validados pelo INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde para a avaliação deste tipo de material.

O objetivo dos autores passa por chamar a atenção para a importância das propriedades dos materiais utlizados na confeção destas máscaras. Ao mesmo tempo, pretende-se “contribuir para a definição de recomendações que garantam uma proteção mais efetiva contra a infeção por SARS-CoV-2”.

“Máscaras devem ser usadas de forma generalizada”

De acordo com Bernardo Sousa Pinto, investigador da FMUP/CINTESIS e primeiro autor do estudo, “existe uma cada vez maior evidência de que o uso generalizado de máscara ajuda a diminuir o risco de transmissão de infeção”.

Nesse sentido, “embora as máscaras de uso comunitário não confiram a proteção necessária para contextos de maior risco de transmissão do novo coronavírus (como no caso dos profissionais de saúde), estas devem ser usadas de forma generalizada por indivíduos assintomáticos, nas suas atividades diárias”.

Publicados no jornal científico Respirology, os resultados do estudo estão disponíveis online e podem ser consultados, de forma interativa, num site desenvolvido por este grupo de investigadores.

A investigação contou com a participação de Ana Paula Fonte e Antónia Andrade Lopes (CITEVE) e de João Fonseca, Altamiro da Costa Pereira e Osvaldo Correia (FMUP/CINTESIS).

Covid-19
O Subdiretor-Geral da Saúde, Diogo Cruz, apelou esta quarta-feira ao dever cívico de todos os cidadãos no cumprimento das...

“Está na altura de todos nós contribuirmos para o combate a esta pandemia. Os jovens não são grupo de risco, mas o pensamento tem de ser: quando cumpro as medidas preconizadas estou a proteger-me não só a mim, mas também as pessoas que coabitam comigo, a minha família, os meus amigos. Estou, em última instância, a proteger o meu país e a fazer com que seja mais fácil o combate a esta pandemia”, disse aos jornalistas, na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia da COVID-19, onde foi questionado sobre as infeções em jovens com menos de 35 anos.

Relativamente às sequelas deixadas pela COVID-19, o responsável destacou que os médicos estão a acompanhar os doentes e têm sido reportadas algumas sequelas deste vírus. “Não sabemos a dimensão da duração delas.

O que nos parece neste momento é que acontecem num número reduzido de pessoas”, afirmou, ressalvando que ainda não é possível avançar com números.

“Não nos podemos esquecer que a pandemia começou em março. É preciso deixar passar algum tempo para saber se vão haver sequelas ou não, porque as sequelas imediatas a um quadro infecioso viral acontecem na maioria dos quadros”, esclareceu, destacando que há “consultas específicas para acompanhar estas situações”.

De acordo com o boletim epidemiológico publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal regista esta quarta-feira mais 252 casos confirmados de COVID-19, o que corresponde a um aumento de 0.5% em relação ao dia de ontem, pelo que o país contabiliza agora 49.150 infetados.

Do total de casos ativos, 96.7% encontram-se a recuperar no domicílio, 3.8% em enfermaria e 0.4% em cuidados intensivos. Neste momento, há 439 pessoas internadas (mantém-se o número de ontem) e 59 doentes em cuidados intensivos (menos 3).

A última atualização indica a existência de mais 230 doentes recuperados, o que eleva para 33.999 o número total de pessoas recuperadas da COVID-19.

Por outro lado, ocorreram mais cinco óbitos relacionados com a pandemia nas últimas 24 horas.

Relativamente à distribuição geográfica dos novos casos, 18 foram notificados na região Norte, 12 no Centro, 3 no Alentejo, 4 no Algarve e 215 na região de Lisboa e Vale do Tejo (85.3%).

Impacto da pandemia
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) analisou o impacto da pandemia de covid-19 na atividade assistencial dos estabelecimentos...

Esta análise permitiu ainda confirmar que o número de estabelecimentos de natureza privada, cooperativa e social em funcionamento, em diversas tipologias de cuidados de saúde, nomeadamente de unidades de medicina dentária, diminuiu durante este período. Em contraciclo, no âmbito das análises clínicas, a ERS procedeu ao registou de 4 novos laboratórios e 78 novos postos de colheita.

O último relatório de monitorização da ERS, relativo ao mês de julho, debruça-se sobre o impacto da pandemia de covid-19 no sistema de saúde, abrangendo o período de março a junho deste ano.

"O difícil enquadramento gerado pela situação de pandemia teve resultado imediato no sistema de saúde, sendo visível a queda acentuada da atividade programada e não programada na rede de estabelecimentos do SNS, sobretudo em virtude das alterações aplicadas à organização e prestação de cuidados de saúde, de modo a prepará-lo para responder à pressão a que poderia vir a ser sujeito, em função da evolução da pandemia", refere o relatório.

As consultas médicas hospitalares presenciais caíram 31% em maio, 35% em abril e 16% em março. Entre estas, diminuiu também a percentagem de primeiras consultas (-9% em abril). Em contrapartida, aumentou significativamente o volume de consultas por telemedicina, tendo atingido os 52%, também em abril.

A atividade cirúrgica na rede hospitalar do SNS registou também uma redução significativa a partir de março, com o volume de cirurgias programadas em abril e maio a ficar, respetivamente, 78% e 57% abaixo dos períodos homólogos de 2019. Embora com menor impacto, também as cirurgias urgentes registaram uma diminuição de 23% em abril face ao mesmo mês do ano passado.

No que diz respeito às entidades do setor privado, cooperativo e social, a ERS estima uma redução de cerca de 40% das cirurgias.

Os internamentos médicos e cirúrgicos de doentes agudos no SNS registou quedas na ordem dos 15%, 38% e 32%, em março, abril e maio, respetivamente.

O número de episódios de urgência hospitalar foi 37%, 52% e 45% inferior nos meses de março a maio, por comparação com os períodos homólogos em 2019.

Também nos cuidados primários se verificou uma descida muito significativa da atividade assistencial, desde o início da pandemia. O número de consultas médicas presenciais, que tivera já pequenas reduções nos primeiros meses do ano, diminuiu 33%, 73% e 66% nos meses de março, abril e maio, respetivamente.

Nos mesmos meses, também o número de consultas de enfermagem presenciais foi substancialmente inferior nos meses de março, abril e maio, face aos períodos homólogos do ano anterior.

Quanto às consultas médicas ao domicílio, estas sofreram também uma redução abrupta, que atingiu os 70% e os 63%, respetivamente, em abril e maio.

Em contrapartida, tal como nos hospitais, também nos cuidados primários houve um grande aumento face a 2019, em todo o período em análise, do número de consultas - médicas e de enfermagem - não presenciais, que chegou a mais do que duplicar em abril.

Neste contexto, a ERS realça também o aumento muito relevante do número de unidades de telemedicina, o que, em termos globais, faz com que não tenha havido uma grande variação no número total de estabelecimentos registados no Sistema de Registo de Estabelecimentos Regulados da ERS (SRER) no período em análise.

Saiba quais os cuidados a ter e o que fazer em caso de acidente
Com a chegada dos dias de calor, Luís Teixeira, médico ortopedista especialista em patologia da colu

O também Presidente da Associação Sem Fins Lucrativos Spine Matters pretende sensibilizar a população, sobretudo a mais jovem, a principal atingida (os jovens do sexo masculino, entre os 15 e os 30 anos, representam mais de 75% do grupo de risco de pessoas que sofre acidentes de mergulho entre Junho e Setembro), para os perigosos "mergulhos de verão" e para os cuidados que podem prevenir lesões dramáticas, estendendo o alerta a alguns desportos aquáticos como o surf, o paddle ou o bodyboard.

Os acidentes de mergulho, são a quarta causa de lesão medular, demonstrando os estudos que a sua maioria ocorre em lugares com uma profundidade inferior a 150 cm. Quando superior a 3m/s, a velocidade do impacto é suficiente para causar lesões cervicais irreversíveis. O médico explica que com alguns cuidados é possível prevenir alguns comportamentos de risco, nomeadamente, trabalhando na velocidade do impacto, na forma como se entra na água e na fiscalização mais atenta da zona do mergulho.

As estatísticas apresentadas pelo Sistema Nacional de Saúde resumem alguns dados importantes:

  • A maioria dos acidentes ocorre durante atividades de lazer;
  • Os acidentes são mais frequentes em piscinas do que no mar;
  • 96% dos traumatismos atingem a coluna cervical;
  • 15% dos acidentados ficaram em condição de tetraplegia;
  • 92% ocorrem em indivíduos do sexo masculino;
  • 85% dos acidentes acontecem entre os meses de maio e setembro.

De acordo com um estudo publicado na revista de Cirurgia Ortopédica e Traumatológica Francesa, e recordado pelo médico ortopedista, na grande maioria dos casos a vítima desconhece ou conhece mal o local em que se dá o acidente.

"Na execução do mergulho a pessoa atinge cerca de 15 km/h", esclarece o médico cirurgião ortopédico. "Contudo, quando esse mergulho é executado numa posição quase vertical, a velocidade descreve uma trajetória descendente muito veloz em direção ao fundo da piscina. Por outro lado, e em praias com muita ondulação, as pessoas tendem a mergulhar em zonas de rebentação em que ainda têm pé, sendo frequente a postura incorreta. No momento do impacto no solo, a posição da cabeça e coluna vertical vão determinar tudo, mas antes é a análise do espaço que se torna fundamental", alerta o especialista que não esquece também que entre 38% a 47% dos casos ocorrem após consumo de drogas ou de bebidas alcoólicas."

Como ocorrem as lesões em mergulho:

  1. Ao mergulhar com o corpo curvado em local raso, a cabeça bate no solo.
  2. Após o impacto com o solo, o pescoço recebe o peso do corpo, absorvendo o impacto e produzindo uma brusca flexão ou extensão do pescoço podendo ocasionar uma fratura ou deslocamento de vértebra cervical, (geralmente a C5 ou a C6), que pode resultar em trauma da medula espinhal.
  3. A fratura ou luxação das vértebras comprime a medula responsável pela transmissão das ordens vindas do cérebro para todas as regiões do corpo humano.
  4. A compressão da medula causa uma necrose (morte dos tecidos e células da região atingida), o que impede a transmissão dos estímulos vindos do cérebro e também da sensibilidade dos membros
  5. A pessoa fica paralisada e não sente os seus membros. De acordo com o grau da lesão da medula, o mergulhador pode ficar tetraplégico, (sem movimentação nos braços e nas pernas) ou paraplégico, paralisado apenas nas pernas.

E por que são os homens mais suscetíveis a este tipo de lesões?

Por um lado, pela sua natureza anatómica, mas por outro por uma maior prevalência para adotarem comportamentos irresponsáveis em atividades náuticas. “Pela sua estrutura biomecânica, a coluna cervical é naturalmente mais vulnerável ao trauma que outras regiões da coluna vertebral. Se pensarmos que o homem médio pesa normalmente 80kg e chega a atingir os 15km/h na execução do mergulho, a força que é exercida sobre esta estrutura sensível é simplesmente insustentável. A maioria das fraturas ocorre precisamente entre a 5ª e a 7ª verticais, mas em função da velocidade e profundidade pode atingir outras vértebras com consequências ainda mais graves” adianta o médico, especialista em patologia da coluna vertebral, que há vários anos alerta para os riscos que a época balnear pode representar para a coluna dos portugueses, baseado em dados de um estudo publicado na revista de Cirurgia Ortopédica e Traumatológica Francesa em 2013.

Nesta altura em que as temperaturas sobem e os portugueses começam a ir a banhos,

há outro número importante a reter: 90% destes acidentes acontecem entre junho e setembro, e se um terço deles acontece em praias, são também extremamente frequentes os acidentes em piscinas, lagos, ribeiras ou barragens. “9 em cada 10 acidentes acontecem num local com profundidade inferior a 1 metro e meio, vindo-se a revelar na maior parte dos casos que a vítima conhecia mal as características do local onde estava a fazer os mergulhos”, explica Luís Teixeira. “Ora em sítios de baixa profundidade é precisamente onde há maior probabilidade de desenvolver lesões.

O tipo de danos depende de vários fatores: da posição da cabeça e da coluna vertebral no momento do impacto, do peso do indivíduo, da velocidade e da trajetória do mergulho, etc. Mas o processo traumático é quase sempre o mesmo – movimentos extremos de hiperextensão ou hiperflexão, enormes forças compressivas que não são distribuídas de forma homogénea e lesões cervicais de enorme gravidade. Mas tudo isto é aumentado pelo tipo de comportamentos que se têm antes mesmo de entrar na água. Em 40% a 50% dos casos, a vítima tinha consumido álcool ou drogas antes do acidente, sendo que 16% dos acidentes ocorrem durante a noite, onde as condições de visibilidade são ainda mais reduzidas. Isto demonstra que muitas pessoas não estão cientes da seriedade do tipo de lesões que podem resultar de brincadeiras muitas vezes inocentes, mas que podem ter um fim trágico”, acrescenta o médico. Por isso e no sentido de contribuir para a redução destas estatísticas alarmantes, o especialista deixa aos portugueses um conjunto de conselhos que “pretendem apenas ajudar a gerir os riscos e assegurar que as férias de Verão são verdadeiramente uma época de alegria e repouso, e que não ficam marcadas pelas consequências de gestos irrefletidos.”

Cuidados a ter antes de mergulhar

1. Avalie bem a profundidade e o local: Mergulhos em locais com águas pouco profundas, ou onde a visibilidade não permite apurar se há rochas, troncos, bancos de areia ou outros obstáculos para realizar um mergulho seguro são altamente perigosos. Conheça a profundidade do local onde vai mergulhar e dê preferência às águas cuja profundidade tenha, no mínimo, o dobro da sua altura; Se estiver no mar, antes de mergulhar, “teste” a profundidade entrando progressivamente pelo seu pé. Tenha atenção também a locais demasiado altos, pois são igualmente perigosos.

2. Explorar e examinar: Mesmo que conheça o local onde vai mergulhar, a paisagem natural muda regularmente, com as correntes, com as marés e com diversos fatores, daí que deva sempre examinar com atenção o local onde vai mergulhar antes de o fazer. Se vai para um sítio que não conhece, procure avaliar antes o local. Pode até falar com quem costuma frequentar o local e com nadadores salvadores. É importante também que respeite as placas de sinalização e que mergulhe numa zona bem iluminada. Mergulhos à noite são extremamente perigosos.

3. Evite brincadeiras: Empurrões para dentro da água e outras acrobacias; Não mergulhe de costas ou em corrida - quanto mais impulso der, mais fundo será o mergulho. Não mergulhe de locais altos, de costas ou em corrida. Tenha também muita atenção aos mergulhos de pranchas.

4. Tenha atenção à posição do seu corpo antes de mergulhar: Evite mergulhar na vertical. Procure entrar na água numa posição mais oblíqua de forma a atingir menor

profundidade e velocidade. Mantenha os braços esticados e as mãos à frente, em extensão, de forma a antever o que se aproxima e a proteger a cabeça e pescoço ao longo do mergulho.

5. Não consuma bebidas alcoólicas: Por muito que o verão traga consigo atitudes relaxadas e despreocupadas, se considera mergulhar, deve levar este conselho a sério. O seu discernimento e capacidade de avaliar as condições do mergulho, assim como a sua postura, não devem estar comprometidos nestes momentos.

Como deve reagir se assistir a um acidente de mergulho

1. Chame de imediato o 112. No caso de se encontrar numa praia, chame de imediato o nadador-salvador pois terá mais competências e formação para saber reagir à situação.

2. Caso presencie um acidente é importante não mexer na vítima, pois sem os cuidados adequados pode haver uma lesão ainda maior. Nesse caso, certifique-se de que a pessoa está a respirar e aguarde um resgate especializado.

3. Coloque a vítima de barriga para cima para que possa respirar, tentando imobilizar a cabeça em linha com o tronco. Mantenha sempre a cabeça e pescoço alinhados com a coluna vertebral, numa posição estável, e não faça nenhum movimento brusco.

Luís Teixeira termina explicando que se tratam de ocorrências que podem resultar em lesões que vão da luxação à fratura da coluna vertebral, traumatismo cranianos ou tetraplegia com incapacidade permanente. “É importante consciencializarmos toda a gente destes números, porque na esmagadora generalidade dos casos resultam pura e simplesmente de riscos desmedidos, brincadeiras que correram mal, gestos irrefletidos ou de alguma irresponsabilidade. E aquilo que é importante que as pessoas reflitam é: não vale a pena; os riscos são simplesmente grandes de mais.”

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Plataforma suportada em inteligência artificial
A HMR, especialista em consultoria na área da saúde na Indústria Farmacêutica, e a ThoughtSpot, líder em análises orientadas...

A nova solução da HMR, desenhada em parceria com a ThoughtSpot, permitirá tirar o máximo partido da análise da informação tendo em vista os objetivos de cada companhia. O seu principal objetivo é melhorar a experiência do cliente, otimizando o tempo investido em análises e relatórios, e melhorando também o acesso ao conhecimento de um determinado mercado, segmento de mercado, marca, produto ou outra qualquer dimensão/ variável com relevância para o negócio. Esta inovação está atualmente em fase de implementação e estará disponível comercialmente em Portugal, Espanha e Irlanda a partir de janeiro de 2021.

A HMR procura inovar nas suas soluções para melhor responder às necessidades dos clientes

Fruto da evolução do mercado e das necessidades resultantes da competitividade latente de cada área de negócio, a HMR e a ThoughtSpot estabeleceram uma parceria para a criação de uma nova solução, uma nova plataforma analítica que permite a análise mais rápida da informação com a capacidade de partilhar insights relevantes, assentes sobre uma utilização altamente intuitiva. Esta nova plataforma analítica representa mais uma etapa da HMR na construção de um caminho sólido e estável, contribuindo desta forma para o desenvolvimento sustentável da Indústria Farmacêutica, onde a inovação se constitui por si só como um vetor diferenciador e essencial na estratégia global da HMR.

“Acreditamos que esta colaboração terá um papel de extrema relevância na transformação da oferta da HMR, sempre com o foco na melhoria do negócio dos clientes, permitindo efetuar questões por meio de um interface de pesquisa simples e obter respostas em segundos”, afirma João Norte, CEO da HMR.

O SpotIQ, mecanismo de IA da ThoughtSpot, fornece uma variedade de recursos adicionais, incluindo uma área que identifica tendências e outliers, e recomenda insights adaptados às funções, preferências e histórico dos utilizadores.

Um novo nível de conhecimento

A HMR recebe dados transacionais diários de sell-out, compras e stocks com o detalhe do pack do produto, recolhidos a partir do painel de Farmácias de Portugal, Espanha e Irlanda. A informação é recolhida no nível da Farmácia, partilhando com os decisores da Indústria Farmacêutica uma visão sem paralelo de toda a informação de mercado para um melhor entendimento do comportamento do doente/ consumidor e consequentemente da dinâmica e competitividade de cada segmento. A nova solução, desenvolvida em parceria com a ThoughtSpot, tornará ainda mais fiáveis os recursos de análise da HMR, permitindo que os clientes fundamentem as suas decisões estratégicas e táticas em informação fidedigna e de qualidade, no momento certo, através do uso de inteligência artificial e machine learning.

No clima atual do mercado, a incerteza é muito alta, como João Norte, CEO da HMR, explica: "A crise do COVID-19 continua a alterar drasticamente o comportamento típico das pessoas na procura de aconselhamento médico. Isso, por sua vez, afeta as vendas de medicamentos prescritos e outros produtos farmacêuticos. Portanto, a forma mais eficaz de detetar e fazer previsões precisas da procura é analisando os dados reais do ponto de venda, recebidos no nível da farmácia".

Indústria farmacêutica necessita de mais informação para o desenvolvimento do negócio

De acordo com Daniel Cu-ey, vice-presidente regional de Europa Ocidental da ThoughtSpot, "um estudo recente que conduzimos com a HBR - The New Decision Makers (HBR Research Report) - revelou que a Indústria Farmacêutica é um dos setores mais atrasados na partilha de informação com as equipas que contactam com os clientes (15%). Esta parceria com a HMR irá promover uma plataforma de análise da informação disruptiva na Europa para ajudar o setor a comercializar os seus produtos com mais eficiência"

Doença de Parkinson
Estima-se que, em todo o mundo, existam cerca de 10 milhões de pessoas com a Doença de Parkinson.
Mulher de meia idade com preocupação aparente

A Doença de Parkinson define-se como sendo uma perturbação degenerativa crónica progressiva que atinge o sistema nervoso central e que afeta sobretudo a coordenação motora.

Tremores, rígidez muscular, movimentos mais lentos e alterações na postura são os principais sintomas de uma patologia que, em Portugal, atinge cerca de 20 mil pessoas. Embora a sua prevalência aumente com a idade, sendo rara antes do 50 anos, não se sabe ainda porque algumas pessoas desenvolvem a doença e outras não.

A redução dos níveis de dopamina, substância responsável por controlar a atividade muscular, que resulta da morte das células cerebrais que a produzem, está na origem desta doença.

Apesar de se desconhecer o que leva à morte destas células, sabe-se que é necessário que cerca de 70 a 80% dos neurónios sejam comprometidos para que os seus sintomas se manifestem.

Por outro lado, alguns estudos defendem que poderão existir outros fatores que condicionem o desenvolvimento desta patologia, como a História Familiar, exposição a pesticidas ou toxinas industriais e o envelhecimento por si só.

Sem cura, a medicação tem por objetivo o alívio/controlo dos sintomas. Não obstante, em alguns casos, pode ser indicado tratamento cirúrgico, que consiste na colocação de um implante para estimular o núcleo subtalâmico. Este estimulador permite melhorar a função motora afetada e recuperar qualidade de vida.

Demência na Doença de Parkinson afeta comportamento cognitivo

Estima-se que cerca de um terço das pessoas com Doença de Parkinson sofram também de Demência. Contudo, o seu desenvolvimento ainda não é bem compreendido.

Não obstante, algumas investigações identificaram vários fatores de risco que podem tornar uma pessoa com doença de Parkinson mais propensa a desenvolver demência.

Idade avançada no momento do diagnóstico, sonolência diurna excessiva, comprometimento leve de pensamento ou alucinações são alguns dos fatores de risco assinalados.

Os sintomas da Demência na Doença de Parkinson são bastante variáveis, e cursam entre períodos mais severos e ligeiros.

Esquecimento, dificuldades no racicínio, em tomadas de decisão ou dificuldade em lidar com situações novas, são alguns dos principais sinais de demência. Apesar de menos frequentes, podem ainda ocorrer alterações de comportamento com perda do controlo emocional.

As alucinações visuais descritas surgem, habitualmente, como consequência do tratamento farmacológico para a Doença de Parkinson. Nestes casos, a suspensão de alguns medicamentos, ou a redução da sua dosagem, pode ser suficiente para controlar os sintomas psicóticos. No entanto, esta medida pode condicionar o controlo dos sintomas da Doença de Parkinson.

À cautela, estes doentes podem beneficiar de terapia ocupacional e fonoaudiológica, melhorando as habilidades motoras e de comunicação.

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Estudo Internacional
Os investigadores portugueses Marcos Gomes e João Peça, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de...

Liderado por investigadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology), este estudo incidiu sobre o denominado “núcleo reticular do tálamo”, uma zona que se pensa estar envolvida na cognição, no processamento sensorial, na atenção e na regulação do sono. Alterações neste núcleo «estão associadas a perturbações neuropsiquiátricas e do neurodesenvolvimento, tais como esquizofrenia, autismo e perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA). Contudo, apesar da sua importância, pouco se sabe ainda sobre as propriedades desta região e as características dos neurónios que a compõem», explicam os dois coautores do artigo publicado na Nature.

Este trabalho produziu, pela primeira vez, um atlas do núcleo reticular do tálamo, onde se reúne as propriedades eletrofisiológicas e de expressão genética de milhares de células individuais, permitindo aos investigadores identificar «um gradiente populacional e dois tipos de neurónios previamente desconhecidos. Esses “novos” neurónios foram denominados Spp1+ e Ecel1+ e demonstraram ter um papel fundamental, mas distinto, na regulação do sono», sublinham Marcos Gomes e João Peça.

A contribuição da equipa da UC na investigação permitiu identificar a organização tridimensional dos “novos” neurónios Spp1+ e Ecel1+, o que levou a uma compreensão detalhada sobre este núcleo do tálamo.

«Os resultados desta investigação significam mais um passo importante no processo de cartografar o cérebro dos mamíferos, e contribuem para melhor perceber a arquitetura do tálamo», afirma João Peça, também docente do

Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

«Entre outros aspetos, o nosso estudo demonstra uma organização em camadas nas populações deste núcleo talâmico e identifica as propriedades eletrofisiológicas e funcionais particulares de cada grupo neuronal», acrescenta Marcos Gomes, aluno do Programa Doutoral em Biologia Experimental e Biomedicina da UC.

As abordagens desenvolvidas no âmbito deste trabalho permitiram a «caracterização funcional do circuito e dão pistas importantes na compreensão, não só de doenças do sono, mas também de várias doenças do neurodesenvolvimento. Isto porque, com o conhecimento das particularidades únicas dos neurónios que compõem esta região do cérebro, estão também abertas as portas ao desenho de estratégias e terapias para restabelecer a sua normal função em processos de doença», concluem os dois investigadores.

Redução de procedimentos invasivos e internamento
O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) vai investir numa uma nova técnica assistencial através da instalação de um equipamento de...

A instalação do equipamento é apoiada através da doação de 120 mil euros pelo grupo CAC – Companhia Avícola do Centro, mediante a assinatura de um protocolo de cooperação assinado no dia 21 de julho.  

“Com este protocolo, o Centro Hospitalar de Leiria promove a melhoria da qualidade de um trabalho que já é uma referência na região Centro e no país”, afirmou a Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, Rosa Reis Marques.

“Hoje, voltámos a colocar o CHL no caminho do crescimento e do desenvolvimento do SNS”, declarou, por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio de Carvalho. “Estamos a sinalizar mais um impulso ao investimento neste serviço”, disse, recordando que “há pouco tempo iniciámos a técnica da ecoendoscopia, que implicou um investimento de cerca de 400 mil euros”.

Nova técnica é minimamente invasiva

A disseção endoscópica da submucosa é uma técnica desenvolvida no Japão “que permite a excisão de lesões tumorais do tubo digestivo”, explicou a Diretora do Serviço de Gastrenterologia do CHL, Helena Vasconcelos.  “Comparativamente à alternativa da cirurgia, é minimamente invasiva e com menor necessidade de anestesia geral, menor risco de morbimortalidade, maior rapidez e menor tempo de internamento”, acrescentou. 

A responsável do Serviço de Gastrenterologia revelou ainda que o plano para implementação desta técnica no CHL inclui a formação de dois médicos, estando prevista a deslocação de um deles ao Japão, com bolsa atribuída pela Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.  

O novo equipamento vem reforçar o trabalho que está a decorrer, desde fevereiro deste ano, no âmbito da ampliação da Unidade de Ambulatório de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Leiria. “A obra, que terminará no próximo mês de agosto, vai permitir aumentar o número de gabinetes de consulta e de salas de exames, o recobro de cinco para 11 camas, bem como aumentar a resposta aos doentes desta especialidade, reduzindo as listas de espera”, revelou Licínio de Carvalho. Este último investimento ronda os 250 mil euros. 

Exemplo na Europa
A Organização Mundial de Saúde (OMS) distinguiu os cuidados adotados pela Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal ...

Reorganização de todos os compromissos agendados para teleconsulta, por telefone ou videoconferência, acesso remoto a todos os médicos e enfermeiros a equipamentos eletrónicos e outros recursos para trabalhar em casa, contacto diário com doentes com antecedência para análise das preferências da teleconsulta, utilização de dispositivos móveis para partilha de informação em casos que os doentes não conseguiam ter acesso ou conhecimento via e-mail e criação da linha de apoio Diabetes (213816161).  Estas foram algumas das medidas que a APDP implementou durante o período da COVID-19 e que agora, com as devidas precauções, voltam ao novo normal.

“Este reconhecimento internacional destaca o papel e a colaboração da sociedade civil para enfrentar os desafios imprevistos na saúde. É a prova de que deve existir uma responsabilidade partilhada na proteção e assistência às populações mais vulneráveis” menciona José Manuel Boavida, presidente da APDP.

José Manuel Boavida destaca que “os profissionais que fazem parte da APDP reforçaram o seu compromisso durante este período e mantiveram sempre presente que a diabetes não podia passar para segundo plano. E, apesar das barreiras que enfrentaram na implementação de novos modelos de ação, ajustaram-se às circunstâncias pelas exigências de uma doença tão complexa”.  

A associação deixa ainda o alerta de que “o desafio de adaptar a prestação de cuidados com a pandemia da COVID-19 está longe de terminar. Existe uma preocupação com os efeitos da restrição de movimento e consultas em atraso, especialmente com as complicações não diagnosticadas.” conclui João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

 

No próximo ano letivo
Os candidatos que, no próximo mês de agosto, escolherem o curso de licenciatura da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra ...

O anterior plano de estudos do curso de licenciatura em enfermagem (CLE) da ESEnfC, que vigorava há 12 anos, foi totalmente revisto e atualizado para melhor poder fazer face às alterações verificadas na sociedade, como o aumento da esperança média de vida das populações, o maior número de doenças crónicas (exigindo o incremento dos cuidados domiciliários), ou as novas epidemias e pandemias, tantas vezes ligadas às alterações climáticas e à globalização.

Todos estes fatores “criam um quadro de necessidades diferente e desafiante, que a formação de enfermeiros tinha de acompanhar”, afirma o professor Paulo Queirós, presidente do Conselho Técnico-Científico da ESEnfC e um dos impulsionadores da reforma agora concretizada.

Trabalhar em novos contextos

Também a diretora do CLE, Ananda Fernandes, considera que “os enfermeiros têm de estar preparados para trabalhar em novos contextos”, com “a área dos cuidados domiciliários” a ter de “ser mais desenvolvida, quer no apoio aos doentes crónicos, qualquer que seja a sua idade, quer na assistência a pessoas com algum tipo de dependência no autocuidado e aos seus familiares”.

Mas também a presença preventiva de profissionais de enfermagem em “ambientes onde até aqui não tem sido muito frequente”, como  creches ou berçários – já não apenas em lares de idosos –, bem como na generalidade dos estabelecimentos educativos, remete para uma “mudança no esquema de pensamento dos futuros enfermeiros, que não pode ser o de se prepararem apenas para ir trabalhar numa instituição”, mas que “em de ser o de se prepararem para apoiar as pessoas no seu autocuidado e gerirem os cuidados de enfermagem no meio onde elas vivem”, sustenta a professora Ananda Fernandes.

Entre as grandes inovações deste plano de estudos, com início no ano letivo de 2020-2021, contam-se, por exemplo, o ensino clínico comunitário com enfoque em determinantes sociais de saúde, a prevenção de infeções ligadas aos cuidados de saúde, a enfermagem em cuidados paliativos, os modelos de gestão da doença crónica e a enfermagem em situação de emergência e catástrofe.

Ensinos clínicos e ética logo no 1º ano

Mantendo-se o curso com uma grande componente de formação clínica em contexto de ação, os ensinos clínicos e estágios começam, agora, logo no primeiro ano curricular, visando “uma integração teórico-prática muito forte”, avança o professor Paulo Queirós.

O novo plano de estudos do CLE da ESEnfC  “desenvolve-se com um conjunto de unidades curriculares no âmbito das ciências da saúde (anatomofisiologia, bioquímica-biofísica, microbiologia, nutrição e dietética e farmacologia), mas também no âmbito das ciências sociais e do comportamento, como seja socio-antropologia da saúde, psicologia da saúde e psicologia do desenvolvimento”, ou ainda “disciplinas específicas das ciências de enfermagem, nos diversos ambientes e contextos, e disciplinas como pesquisa e organização do conhecimento, metodologias de investigação, entre muitas outras”, explica o presidente do Conselho Técnico-Científico da ESEnfC.

O reforço da componente de práticas laboratoriais de enfermagem e “a utilização de simulação clínica em centros devidamente equipados, de forma a permitir um ingresso nos contextos clínicos reais com os estudantes melhor preparados, quer em técnicas de comunicação, quer em técnicas mais instrumentais, quer nas dimensões éticas e de segurança dos cuidados” foram, também, aspetos tidos em conta no novo plano de estudos da licenciatura.

A formação no âmbito da ética, com uma unidade curricular logo no primeiro ano (outra novidade), a ser consolidada mais tarde, no quarto e último ano do curso, também esteve presente nesta reforma curricular.

“Queremos formar profissionais de enfermagem tecnicamente fortes, cientificamente bem preparados e sob o ponto de vista ético bem capacitados para o juízo constante das suas ações”, advoga Paulo Queirós.

De acordo com a diretora do CLE, Ananda Fernandes, “também neste novo enquadramento a investigação é um pilar essencial no percurso profissional dos futuros enfermeiros”, que «desde a entrada no curso» da ESEnfC, têm “acesso à participação em equipas da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, para compreenderem a forma como o conhecimento de enfermagem é produzido e acompanharem o processo desde a sua produção até à sua utilização”.

“Essa translação do conhecimento tem de ser acelerada e será melhorada se, desde o início, o estudante entender como se faz e para que serve a investigação”, salienta a também diretora do Centro Colaborador da OMS para a Prática e Investigação em Enfermagem sediado na ESEnfC.

Técnica minimamente invasiva
No âmbito do Dia Mundial dos Avós, que se assinala a dia 26 de julho, o coordenador do Projeto Valve for Life, da Associação...

A técnica pioneira de implante percutâneo da válvula aórtica (TAVI), existente desde há mais de uma década, estava reservada a doentes com estenose aórtica grave com risco cirúrgico aumentado, usualmente com mais de 80 anos, o que corresponde a cerca de 5000 portugueses. Estudos recentes disponibilizam o procedimento minimamente invasivo a toda a população de doentes portadora de estenose aórtica grave e sintomática, especialmente nos doentes de menor risco, muitos deles com apenas 70 anos.

Rui Campante Teles, coordenador do Projeto Valve For Life, refere que “é importante que os doentes tenham conhecimento deste processo relevante visto que muitos médicos não estão a dar conhecimento desta opção minimamente invasiva, que tem muito mais vantagens para o doente e em termos de custos acaba por equiparar-se à cirurgia tradicional, que implica custos de internamento, especialmente quando os doentes precisam de transfusões de sangue” e acrescenta ainda que “a previsão é que as necessidades nacionais cresçam até cinco vezes, pois esta técnica constituirá a opção preferida para os cerca de 25.000 portugueses que necessitam de ser tratados”.

Este procedimento estava reservado a doentes com estenose aórtica grave com risco cirúrgico aumentado, usualmente com mais de 80 anos, o que corresponde a cerca de 5000 portugueses. Por sua vez, um estudo com válvula autoexpansível, que avaliou cerca de 1400 doentes com uma idade média de 74 anos e baixo risco para cirurgia, demonstrou resultados sobreponíveis no tratamento minimamente invasivo por cateter comparado com a cirurgia convencional, que tem vindo até agora a ser o método de tratamento recomendado.

“O tratamento da estenose aórtica por técnicas de cardiologia de intervenção é um dos temas mais atuais e importantes da nossa área, o que torna a sua discussão multidisciplinar uma mais valia. Assim, os médicos assistentes têm pela sua frente o desafio de dar resposta a esta nova era do tratamento valvular para os seus doentes e devem encaminhar os doentes para cardiologistas que integrem equipa multidisciplinares treinadas, compostas por vários especialistas como cirurgiões, anestesistas e geriatras.” reforça Rui Campante Teles.

Este desenvolvimento permite que os doentes, maioritariamente idosos, não sejam sujeitos a uma cirurgia de peito aberto onde poderiam correr mais riscos e ter um pós-operatório mais longo que implica a passagem pelos cuidados intensivos. Um procedimento que, por vezes, não era considerado opção para os doentes devido ao seu carácter invasivo, complexidade e potenciais complicações. 

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