Arritmia cardíaca
A Fibrilhação Auricular (FA) é a arritmia cardíaca mais frequente em todo o mundo, estando associada

Mais comum a partir dos 65 anos, esta arritmia está também associada a fatores de risco como sedentarismo, hipertensão, diabetes, obesidade, consumo excessivo de álcool ou de estimulantes, ou prática de desporto de alta resistência. (3)

O diagnóstico precoce é fundamental para um bom controlo desta arritmia, de forma a evitar possíveis complicações como o AVC, a insuficiência cardíaca ou mesmo a morte.

Quais os sintomas?

Algumas pessoas com Fibrilhação Auricular não apresentam quaisquer sintomas. Muitas vezes, o AVC acaba por ser o primeiro sintoma “visível”, ou seja, demasiado tarde para ser evitado.

Devemos estar atentos a sinais e sintomas como sensação de descontrolo nos batimentos cardíacos, pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio, perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito. Esta atenção deve ser ainda maior a partir dos 65 anos.

A importância do diagnóstico precoce

Para além do controlo de parâmetros como o peso, a tensão arterial ou o colesterol, devemos fazer uma alimentação equilibrada, praticar exercício físico e evitar o tabaco. Devemos fazer também uma avaliação regular do nosso ritmo cardíaco: uma forma prática de o fazermos é a autoavaliação no próprio pulso.

Controlo e qualidade de vida

A deteção da irregularidade do nosso batimento cardíaco deve levar à marcação de uma consulta médica. Para confirmar a existência de FA será necessária a realização de um eletrocardiograma. Poderá haver necessidade de realizar outros exames complementares para melhor caraterização do quadro.

Depois de diagnosticada uma Fibrilhação Auricular não valvular, importa avaliar o risco de AVC, que pode ser reduzido significativamente através de terapêutica anticoagulante. As normas recomendam que os doentes elegíveis iniciem preferencialmente um dos Novos Anticoagulantes Orais, também conhecidos como NOAC. Consoante a solução prescrita pelo médico, poderão ser tomados uma ou duas vezes ao dia.

Independentemente da terapêutica adotada, o cumprimento da medicação prescrita pelo médico assistente é fundamental para o seu sucesso. Qualquer alteração, deve ser validada pelo profissional de saúde que o acompanha – em caso de dúvida ou desconforto, juntos, encontrarão a melhor solução para cada caso.

Referências: 

(1) https://www.revportcardiol.org/pt-estudo-safira-reflexoes-sobre-prevalencia-articulo-S0870255116304218

(2) https://www.revportcardiol.org/pt-um-novo-olhar-sobre-prevalencia-articulo-S087025511830101X

(3) http://www.revdesportiva.pt/files/PDFs_site_2014/3_Maio/Rev_27_P26_28_Tema2_Fibril_auric_locked.pdf

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa conta com uma série de 5 vídeos informativos
A Covid-19 trouxe consigo muitas preocupações, principalmente àqueles que já sofriam de outras patologias, como é o caso dos...

“Em período de emergência ou calamidade nacional, com maior distanciamento social e dos médicos, estes doentes têm maior probabilidade de descompensação da sua doença, com risco de internamento hospitalar e morte.”

Segundo Irene Marques “neste período, tem-se verificado um menor número de doentes com Enfarte Agudo do Miocárdio e AVC nas urgências hospitalares, o que é muito preocupante, porque estas doenças continuam a acontecer mas não são tratadas devidamente”. Uma das causas pode estar relacionada com o medo destas pessoas em procurar os serviços de saúde. “Muitos doentes ficam em casa por receio de irem ao hospital e serem infetados pelo coronavírus”. Importa, por isso, transmitir que “os centros de saúde e hospitais estão preparados para os tratar em segurança”.

Esta série de vídeos será uma forma de ajudar a desmistificar alguns destes receios e dúvidas e contará com a participação de uma psiquiatra, para falar sobre saúde emocional; um enfermeiro hospitalar, que irá abordar temas como a alimentação saudável e os autocuidados; uma fisiatra, que irá  explicar a importância destes doentes se manterem ativos; e ainda uma assistente social, que irá mencionar os apoios sociais disponíveis, nesta fase de pandemia. Todos os vídeos podem ser vistos no canal de Youtube da AstraZeneca e no site Diabetes 365.

 

Iniciativa
As equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à Covid-19 em cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa...

Segundo a nota publicada na página oficial do Serviço Nacional de Saúde, entre 30 de junho e 17 de julho, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora, Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas e Sintra realizaram ações de rua e visitaram agregados familiares.  

De acordo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, por exemplo.

Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid-19 –, estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população.

 

 

Serviço Nacional de Saúde
As consultas e os atendimentos nas urgências do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentaram no ano passado, segundo o relatório...

De acordo com o documento, realizaram-se mais de 31 milhões de consultas médicas (31.569 milhares) nos cuidados de saúde primários em 2019, tendo sido este o número mais alto em todo o período em análise.

O número de consultas de enfermagem ultrapassou os 19 milhões (19.286 milhares) no ano passado, ligeiramente acima (1%) do valor verificado em 2018.

Quanto às “consultas proporcionadas por outros técnicos de saúde”, diz o relatório que foram realizadas 664 mil em 2019, correspondendo este número a um crescimento de 13,2% face ao ano de 2018. Dados que “confirmam a trajetória ascendente e ininterrupta ocorrida desde 2013”.

No que toca aos cuidados de saúde hospitalares, no ano passado foram efetuadas mais de 12 milhões de consultas médicas, ou seja, 1,9% acima do número verificado no ano anterior. Já os atendimentos nas urgências ascenderam a quase 6,5 milhões em 2019, revela o relatório do Conselho de Finanças Públicas apresentado ontem.

 

Candidaturas abertas
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros acaba de lançar a 4ª edição do Orçamento Participativo. As...

De acordo com a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, o Orçamento Participativo (OP)2021 da SR Centro visa encontrar novas ideias e soluções criativas para a melhoria de problemas registados pela classe profissional; para a promoção e valorização da Enfermagem junto dos cidadãos; ou, ainda, para resolver situações sociais mediante o trabalho dos enfermeiros.

Diz a nota de imprensa que esta edição “está aberta aos membros da sua área de abrangência – distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu – e tem uma dotação global de 5000€ para implementação dos projetos vencedores”.

Lançado pela primeira vez em 2017, o OP “continua a ser uma iniciativa central e estratégica da SRCentro e um importante instrumento de aproximação e participação dos membros no plano de atividades desta secção.

Os interessados devem submeter a sua proposta/projeto através da página oficial.

 

Oncologia
Investigadores da Universidade de East Anglia e da Universidade de Manchester, ambas no Reino Unido, fizeram uma importante...

O estudo, publicado na revista Oncogene, acredita ter sido capaz de identificar um conjunto de genes-chave que promovem o processo de metastização do cancro ósseo para os pulmões dos pacientes diagnosticados com a doença.

Num outro conjunto de experiências, os investigadores verificaram que, em ratos com células de cancro ósseo humano que não possuíam esses genes-chave, o cancro não se disseminou para os pulmões.

A pesquisa foi liderada por Darrell Green, da Universidade de East Anglia, e por Katie Finegan, da Universidade de Manchester.

Foi na adolescência que Darrell Green se sentiu inspirado a estudar oncologia, nomeadamente o cancro ósseo, depois de ter perdido o seu melhor amigo para esta doença. Passados vários anos, Darrel é um dos responsáveis pela equipa que pode ter feito uma das descobertas mais importantes nesta área em mais de 40 anos.

“O cancro ósseo primário é um tipo de cancro que, tal como o nome indica, tem início nos ossos; é o terceiro cancro sólido infantil mais comum, depois do cancro do cérebro e dos rins, com cerca de 52 mil casos novos por ano, em todo o mundo. Este cancro tem uma grande capacidade de metastização, aliás, esse é o aspeto mais problemático deste tipo de cancro pois, uma vez metastisado, o tratamento é muito limitado”, explicou o investigador.

De acordo com dados da pesquisa, cerca de um quarto dos pacientes com cancro ósseo já apresenta metástases no momento do diagnóstico. Esses números permaneceram estagnados, sem avanços significativos no tratamento há mais de quatro décadas.

“Quando o meu melhor amigo, diagnosticado com osteossarcoma, faleceu, eu comecei a procurar todos os estudos científicos que existiam sobre a doença. Foi aí que percebi que, durante anos, este tipo de cancro tinha sido negligenciado. E foi também aí que percebi que queria fazer a diferença, que queria ajudar todas as crianças e adolescentes diagnosticados com cancro nos ossos.”

A investigação teve como objetivo descodificar a biologia subjacente na disseminação do cancro, de forma a que fosse possível intervir a nível clínico e desenvolver novos tratamentos.

A equipa dedicou-se ao estudo do tipo mais comum de cancro ósseo primário, o osteossarcoma.

Os fatores genéticos que causam o osteossarcoma são bem conhecidos (variantes estruturais TP53 e RB1), mas pouco se sabe sobre o que leva à sua propagação para outras partes do corpo.

“Era muito importante conseguirmos perceber como é que o cancro ósseo primário se espalha tão rapidamente. Para isso, desenvolvemos uma nova tecnologia capaz de isolar as células tumorais circulantes no sangue dos pacientes. Essas células eram imprescindíveis para o nosso estudo uma vez que elas realizam o processo metastático. Obtê-las foi um desafio, porque existe apenas uma dessas células por cada bilião de células sanguíneas normais; só esse processo demorou mais de 1 ano a desenvolver, mas conseguimos.”

Após a criação de um perfil de tumores, células tumorais circulantes e tumores metastáticos doados, os cientistas foram capazes de identificar um potencial fator de metástase – conhecido como MMP9.

“O driver que identificámos é bastante conhecido no campo da oncologia. É considerado ‘intratável’ porque o tumor rapidamente se torna resistente aos tratamentos. Então, pensámos que teríamos de encontrar o ‘principal regulador’ do MMP9, para que pudéssemos ‘acionar’ o ‘não acionável’.”

A equipa começou a colaborar com cientistas da Universidade de Manchester que, por sua vez, estavam a estudar o papel do MAPK7 na regulação do MMP9, em vários tipos de cancro, incluindo osteossarcoma. Juntas, as equipas projetaram células de osteossarcoma humano que contivessem uma versão silenciada do MAPK7.

Os investigadores descobriram que quando essas células foram colocadas em ratos, o tumor primário cresceu muito mais lentamente.

Outra descoberta importante: o tumor não metastizou para os pulmões.

“O nosso estudo mostrou que o silenciamento do MAPK7 interrompeu a metástase; isso ocorreu porque esse caminho genético estava a ‘sequestrar’ uma parte específica do sistema imunitário que causou a disseminação”.

Para Darrel Green, esse marco é muito importante, porque “não só temos um caminho genético associado à metástase, como sabemos que a remoção desse caminho genético impede a disseminação do cancro.”

“Se estas descobertas forem eficazes em ensaios clínicos, podemos ser capazes de salvar muito mais vidas e melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes. Se tudo correr bem, esta terapia será muito mais gentil, principalmente quando comparada à quimioterapia agressiva e à amputação de membros que os pacientes recebem hoje em dia.”

Já Katherine Finegan, da Universidade de Manchester, fez questão de agradecer à equipa de Darrel Green o convite de parceria.

“Foi ótimo trabalhar em conjunto com o Darrell e com a sua equipa, ainda mais tendo em conta o que este estudo alcançou: uma potencial nova forma de tratar o cancro ósseo infantil metastático, visando uma proteína chave que promove as metástases. Este trabalho descobriu uma nova opção de tratamento para o osteossarcoma, algo que não aconteceu nos últimos 40 anos.”

Doença Mental
Embora seja uma doença relativamente comum, ainda há persistem vários mitos associados à Esquizofren

Pessoas com esquizofrenia apresentam todas os mesmos sintomas. MITO

A esquizofrenia é uma doença caracterizada por um conjunto de sintomas heterogéneos e que variam consoante os subtipos da doença. Não há, portanto, dois doentes iguais!

Pessoas com esquizofrenia são perigosas e imprevisíveis. MITO

Apesar de na esquizofrenia estarem presentes delírios e alucinações que podem levar a um comportamento violento ou desajustado, a maior parte dos doentes não são violentos ou perigosos. Há, aliás, estudos que demonstram que as pessoas com esquizofrenia não são mais perigosas do que a restante população!

Esquizofrenia é uma alteração de personalidade, é “feitio”. MITO

Embora algumas das características da doença, como falta de iniciativa, lentificação do pensamento ou das ações, possam ser incorretamente entendidas pelos outros como defeitos de feitio ou de carácter, a Esquizofrenia é uma doença mental complexa cuja natureza ainda não é bem compreendida.  

A esquizofrenia é uma doença rara. MITO.

Estima-se que a Esquizofrenia afete 1 em cada 100 pessoas, ao longo da vida, sendo mais comum do que se pensa.

 A esquizofrenia evolui rapidamente. MITO

A esquizofrenia é uma doença que se desenvolve geralmente de forma progressiva, cujos sintomas se começam a instalar durante a adolescência e/ou início da idade adulta. Numa fase inicial, os sintomas podem não ser todos evidentes, existindo várias fases da doença que são um continuum.

A esquizofrenia é uma doença genética. MITO

Embora vários estudos indiquem que, em gêmeos homozigóticos (que partilham um genoma idêntico), a probabilidade de desenvolver a doença é de 48%, sabe-se que existem outros fatores, como eventos stressantes ou o ambiente familiar, que desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença.

As pessoas com esquizofrenia têm que estar internadas. MITO

Em alguns casos, e no decurso da doença, poderá haver a necessidade de internamento. No entanto, a adesão à terapêutica e ao seguimento em consulta são fundamentais para a estabilização da doença, prevenindo a recorrência dos sintomas.

As pessoas com esquizofrenia são incapazes de ter uma vida produtiva. MITO

Apesar do impacto que a doença tem em termos de funcionamento, as intervenções são mais abrangentes incluindo, para além da terapêutica farmacológica, abordagens reabilitativas em centros especializados.

Artigos relacionados:

Esquizofrenia: causas, sintomas e tratamento 

Esquizofrenia: sinais precoces 

Tipos de Esquizofrenia 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Orientações
Segundo a Direção-Geral da Saúde o risco de transmissão do novo coronavírus pela utilização de ar condicionado em espaços...

Numa atualização às orientações sobre climatização dos espaços, a DGS refere que o risco da utilização de sistemas AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) é considerado muito baixo, “desde que se cumpram as regras para uma utilização segura, nomeadamente a sua manutenção, de acordo com as indicações do fabricante, e a renovação do ar dos espaços fechados”, lê-se no documento agora divulgado. 

A DGS afirma que à semelhança da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), tem acompanhado de perto a evolução do conhecimento científico desde que foram reportados os primeiros casos de Covid-19.

Recorde-se que a 9 de julho, a OMS emitiu um comunicado sobre as vias de transmissão do SARS-CoV-2, em que reforça que a transmissão do vírus ocorre maioritariamente através de secreções e gotículas e do contacto próximo com pessoas infetadas, não excluindo a possibilidade de transmissão por aerossóis. Posição idêntica partilhada pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças.

A DGS atualiza ainda as orientações relativas a métodos de pagamento, referindo que se verifica que “o risco da utilização de moedas e notas é considerado muito baixo desde que se cumpram as regras de higienização das mãos”.

 

Inserido no Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção da APIC
O Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI), um projeto da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular ...

“Criar um subgrupo destinado às CTO (do inglês: chronic total occlusion) no RNCI vai possibilitar uma reflexão profunda sobre o tema e uma aprendizagem de técnicas mais diferenciadas, para podermos ter a mesma taxa de sucesso que temos nas intervenções mais complexas, bem como avaliarmos os nossos resultados”, afirma João Brum da Silveira, presidente da APIC.

E continua: “Por razões diversas, apenas 10 por cento dos doentes com CTO são sujeitos a tratamento percutâneo. A Cardiologia de Intervenção deve mudar a sua atitude e investir no tratamento destas lesões, evitando a referenciação para cirurgia. A evidência atual mostra um impacto positivo no prognóstico dos nossos doentes.”

“Neste momento, o RNCI soma 183 mil doentes e permite-nos ter um conhecimento privilegiado e concreto da atividade em Portugal, monitorizada continuamente; possibilita-nos analisar as tendências clínicas e de intervenção ao longo dos anos; confere-nos a capacidade de investigação científica no nosso país; e permite o benchmark de cada centro e auditorias que induzem acréscimo de qualidade”, afirma Joana Delgado Silva, membro da Comissão Científica do RNCI.

"Enquanto membro da Comissão Científica do RNCI, colaborei na sua reestruturação, que incluiu o desenvolvimento do registo das CTO. Este projeto tem sido um desafio bastante compensador, tendo em conta que nos vai dar acesso a um conhecimento mais alargado acerca dos doentes que fazem angioplastia de CTO em Portugal", conclui Joana Delgado Silva.

Uma CTO é uma situação em que existe uma obstrução total, isto é, de 100 por cento, de uma artéria coronária, não havendo passagem de sangue para a irrigação do músculo cardíaco, com mais de três meses de duração. Estas situações são encontradas em 18 a 20 por cento dos doentes que efetuam cateterismo cardíaco diagnóstico.

 

Em doentes com síndromes mielodisplásicas de maior risco
A associação de Pevonedistat com Azacitidina demonstrou uma duplicação de remissões completas e melhoria dos resultados em...

O estudo de fase 2 Pevonedistat-2001 avaliou Pevonedistat em associação com azacitidina versus azacitidina em monoterapia em doentes com leucemias raras, incluindo as síndromes mielodisplásicas (SMD) de maior risco. Estes resultados mostram a elevada atividade da associação de Pevonedistat + azacitidina, sugerindo uma nova abordagem terapêutica, baseada nos benefícios observados em vários parâmetros clinicamente importantes, incluindo a sobrevivência global, sobrevivência livre de eventos, remissão completa e independência transfusional, com um perfil de segurança semelhante à azacitidina em monoterapia.

O estudo Pevonedistat-2001 foi desenhado como estudo prova de conceito em doentes com SMD de maior risco, leucemia mielomonocítica crónica (LMMC) de alto risco e leucemia mieloide aguda (LMA) com baixa contagem de blastos. Apesar de não ter atingido os dados pré-definidos como estatisticamente significativos para o objectivo principal de sobrevivência global, o tratamento com a associação de Pevonedistat + Azacitidina demonstrou uma sobrevivência numericamente superior quando comparada com a azacitidina em monoterapia e uma tendência para benefício na sobrevivência livre de eventos, definida como morte ou transformação para LMA.

“Estamos muitos optimistas sobre Pevonedistat de acordo com estes resultados do estudo de fase 2, particularmente no subgrupo de doentes com SMD de maior risco pois demonstrou que a combinação de Pevonedistat e azacitidina apresentou benefícios para doentes em vários endpoints, sem preocupações de segurança adicionais. A combinação demonstrou não só uma tendência para um aumento na sobrevivência, mas também que os doentes com SMD de maior risco atingiram taxas de resposta superiores e independência transfusional aumentada”, afirmou Christopher Arendt, Head, Oncology Therapeutic Area Unit, Takeda. “Aguardamos com expectativa os resultados do nosso estudo PANTHER de fase 3, que completou o recrutamento no Outono passado e que irá suportar o registo de Pevonedistat globalmente.”

Não existiam avanços no tratamento para a SMD de maior risco há mais de uma década e as opções de tratamento atuais permitem benefícios limitados. Pevonedistat pode ser a primeira nova opção para estes doentes em uma década.

“É animador olhar para estes resultados encorajadores do ensaio Pevonedistat-2001, em particular na SMD de maior risco, uma forma agressiva de SMD associada a pior prognóstico, diminuição da qualidade de vida e uma alta taxa de transformação para LMA,” afirmou Lionel Adès, MD, PhD, Hôpital Saint-Louis, e investigador principal do estudo Pevonedistat-2001. “A adição de Pevonedistat ao tratamento convencional atual em doentes com SMD de maior risco duplicou a taxa de remissão completa, aumentou a duração da resposta e melhorou os resultados a longo prazo com um perfil de segurança semelhante à azacitidina em monoterapia, o que pode dar resposta a uma necessidade médica ainda não satisfeita das pessoas que vivem com esta doença.”

Sobre o Ensaio Pevonedistat-2001

Pevonedistat-2001 (NCT02610777) é um ensaio clínico de fase 2 global, aleatorizado, controlado, aberto, multicêntrico, desenhado para avaliar a segurança e eficácia de Pevonedistat em combinação com azacitidina versus azacitidina em monoterapia em doentes com SMD ou LMMC de maior risco, ou leucemia mielóide aguda (LMA) com baixa contagem de blastos, considerados inelegíveis para transplante de células estaminais e que não receberam terapêuticas anteriores. Aproximadamente 120 participantes foram recrutados mundialmente. O objetivo principal do estudo foi a sobrevivência global.

Investigação
Resultados preliminares, recentemente publicados na revista científica Annals of Internal Medicine, indicam que as células T...

No artigo, é descrita a evolução de dois doentes com COVID-19 que deram entrada no Hospital Universitário Johns Hopkins, nos EUA, com febre e falta de ar, uma semana após o início dos sintomas. Apesar das várias abordagens terapêuticas utilizadas, ambos os doentes, de 69 e 47 anos de idade, desenvolveram Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda (ARDS), tendo ficado em estado crítico. Sob autorização especial da Food and Drug Administration (FDA), ambos receberam até três doses de células T reguladoras – um tipo de células do sistema imunitário – obtidas a partir de sangue do cordão umbilical e previamente criopreservadas. Nas primeiras 48 horas verificou-se uma melhoria do estado de saúde dos doentes, com a diminuição de marcadores inflamatórios e de citocinas implicadas na lesão pulmonar.

Os autores afirmam que, apesar de reconhecerem que os doentes receberam múltiplas intervenções terapêuticas que podem ter contribuído para a sua recuperação, a relação temporal entre a administração de células T reguladoras e a recuperação dos doentes não pode ser ignorada.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “embora preliminares, os resultados da utilização de células T reguladoras no tratamento de doentes com ARDS decorrente de COVID-19 são promissores e os autores esperam agora testar esta terapia inovadora no âmbito do ensaio clínico multicêntrico e controlado com placebo que está previsto começar até setembro deste ano”.

Nos últimos meses, começaram a surgir evidências de que um pequeno conjunto de medicamentos já existentes pode ter efeito na redução da mortalidade em doentes com COVID-19. Para além de medicamentos, outras abordagens de tratamento, baseadas na administração de células, estão a ser testadas para o tratamento destes doentes. A administração de células estaminais mesenquimais tem vindo a alcançar resultados promissores no tratamento da ARDS, mas outras terapias celulares avançadas estão também a ser avaliadas.

Referências:

Gladstone DE, et al. Regulatory T Cells for Treating Patients With COVID-19 and Acute Respiratory Distress Syndrome: Two Case Reports. Ann Intern Med. 2020;10.7326/L20-0681. doi:10.7326/L20-0681 [online ahead of print].

https://pipelinereview.com/index.php/2020070775231/DNA-RNA-and-Cells/Johns-Hopkins-Reports-Promising-Clinical-Data-in-COVID-19-ARDS-Treated-with-Cellenkos-Cord-Blood-T-Regulatory-Cells.html, acedido a 13 de julho de 2020.

https://www.prnewswire.co.uk/news-releases/cellenkos-r-inc-announces-fda-clearance-to-initiate-phase-1-double-blinded-randomized-placebo-controlled-trial-of-cryopreserved-cord-blood-derived-t-regulatory-cells-ck0802-for-treatment-of-covid-19-associated-acute-respiratory-distress-syn-891362475.html ,acedido a 13 de julho de 2020.

Aconselhamento psicológico
A linha de aconselhamento psicológico do Centro de Contacto SNS 24 atendeu mais de 23 mil chamadas desde o início da pandemia...

“A linha de aconselhamento psicológico recebeu já 23.590 chamadas, entre chamadas de profissionais de saúde e de utentes”, afirmou Marta Temido, no decorrer da conferência de imprensa de atualização de informação sobre a pandemia da covid-19.

Desde o dia 01 de abril que o SNS 24 disponibiliza uma linha de aconselhamento psicológico destinada a profissionais de saúde, proteção civil, forças de segurança e população em geral, tendo em conta a prioridade atribuída à saúde mental neste período.

Marta Temido reforçou, neste encontro, que a Saúde Mental é uma prioridade do Governo, reconhecendo que esta será uma das áreas em que o impacto da covid-19 poderá ser maior a longo prazo.

O Subdiretor-Geral da Saúde, Diogo Cruz, acrescentou que, além de uma prioridade política, a saúde mental é também uma prioridade das autoridades de saúde.

 

Sintomas e tratamento
Causada pelo sobreaquecimento prolongado do corpo, quer seja por exposição prolongada a temperaturas

A insolação ocorre quando o corpo não consegue perder calor com rapidez suficiente em situações de calor extremo. Incapaz de arrefecer, o organismo atinge temperaturas altíssimas provocando quase sempre disfunção de múltiplos sistemas. A verdade é que, a insolação pode danificar, de forma temporária ou permanente, órgãos vitais, como o coração, os pulmões, os rins, o fígado e o cérebro. E quanto mais elevada estiver a temperatura corporal, mais rapidamente surgem complicações que podem conduzir à morte.

Entre os fatores de risco está a idade, uma vez que “a capacidade de regular o calor excessivo depende muito do desempenho eficaz do sistema nervoso central”. Deste modo, crianças e idosos estão entre os grupos mais vulneráveis.

Outro importante fator de risco é a prática de exercício físico intenso quando as temperaturas estão elevadas.

Por outro lado, a toma de alguns medicamentos, que podem afetar a capacidade de hidratação e de resposta ao calor, e doenças preexistentes como obesidade, diabetes, doença pulmonar ou cardíaca podem condicionar o desenvolvimento de uma insolação.

Sintomas de insolação

Em caso de insolação a temperatura corporal pode situar-se acima doa 40 graus. No entanto há outros sinais a que deve estar atento:

  • Tonturas, sensação de desmaio iminente, fraqueza, má coordenação motora, fadiga, dor de cabeça, visão embaçada, dores musculares, náusea e vómitos, são também sintomas de desidratação por calor.
  • Durante uma insolação a pele se aquece, tornando-se vermelha e às vezes seca. E apesar do calor nem sempre à sinais de transpiração.
  • A frequência cardíaca e a frequência respiratória aumentam. A pulsação é geralmente rápida e a pressão arterial pode estar elevada ou baixa.
  • Agitação, confusão mental, discurso incoerente, irritabilidade, delírio, convulsões e até mesmo coma podem ser sintomas provocados por uma insolação.

O diagnóstico é geralmente evidente e o risco de morte depende não só da idade do doente, de doenças preexistentes, mas quanto mais alta é a temperatura corporal e quando mais tempo passar sem tratamento.

Sem tratamento imediato, estima-se que cerca de 80% das pessoas morrerão. Os 20% que sobrevivem podem ficar com lesões cerebrais ou haver perda de função renal.

O que fazer em caso de insolação?

Perante uma insolação deverá recorrer ao serviço de urgência o mais rapidamente possível. Até lá remova a roupa em excesso e tente arrefecer o corpo da forma que for possível: dê-lhe banho com água fria, use uma esponja embebida com água fria ou aplique gelo (envolvido numa toalha) ou toalhas humedecidas em água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas.

Pode utilizar uma ventoinha para ventilar o corpo e tente que ingira líquidos. Mas atenção, estes não podem estar frios, devendo optar pela temperatura ambiente.

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Programa “Business as Unusual”
A APAH, Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, lança oficialmente no próximo dia 22 de julho, 4ª feira, a sua...

O programa “Business as Unusual” responde aos desafios atuais de formação dos profissionais de saúde, confrontados que estão com todo um novo contexto de trabalho motivado pela pandemia de COVID-19. A COVID-19 introduziu no Sistema Nacional de Saúde novas exigências, procedimentos e hábitos de trabalho, que intensificaram a utilização de ferramentas digitais. Estas circunstâncias vêm permitir explorar outras formas de organização, liderança e gestão de recursos nas unidades de saúde. Mais do que tudo, estas alterações surgem como oportunidades para promover adaptações proativas e inovações capazes de se tornarem motores de desenvolvimento.

Os últimos meses provaram que um dos segredos do sucesso dos cuidados de saúde reside nos seus profissionais, que têm agora mais um instrumento para consolidarem os seus conhecimentos e experiências. A Academia Digital APAH resulta da diversificação da oferta formativa existente por forma a desenvolver as competências existentes dos profissionais de saúde, de modo a que estes continuem a contribuir para o desenvolvimento de respostas adequadas do sistema de saúde.

Este novo formato proporciona a todos os interessados uma flexibilidade de realização e concretização dos Programas/Cursos disponíveis de acordo com a disponibilidade individual, ou seja, aposta num modelo assíncrono, com todos os cursos estruturados por temas e suportados na partilha de Casos de Estudo e Boas Práticas, que estão alinhados com os 5 domínios de Competências do Global Healthcare Management Competency Directory da International Hospital Federation [IHF], a saber: i. A Saúde e o Sistema de Saúde; ii. Gestão Comunicacional e Relacional; iii. Gestão de Serviços de Saúde; iv. Liderança e v. Responsabilidade Profissional e Social

O Programa “Business As Unusual” é constituído por 3 cursos [1 hora cada], independentes, mas complementares, focados em 3 processos fundamentais para a recuperação após o início da pandemia:

1. Mudança, agora e sempre

2. Equipas, da crise ao pós-crise

3. Novos problemas, novos talentos.

O programa é de acesso universal e gratuito e procura apoiar as equipas e líderes de saúde na implementação e na adoção de novos procedimentos, metodologias e iniciativas, que saibam envolver e mobilizar os profissionais e utentes, na expectativa de que, assim, não só as soluções sejam melhores, mas que a sua implementação seja mais rápida e efetiva. Os interessados podem aceder ao site da APAH em https://apah.pt/ para mais informações.

Consequência da Covid-19
A Comissão Organizadora da Convenção Nacional da Saúde (CNS) reuniu esta semana em resposta à preocupação manifestada por...

A conclusão a que se chegou e o apelo urgente que se faz ao Ministério da Saúde é que seja imediatamente planeado e lançado um programa excecional de recuperação das listas de espera geradas pela COVID-19.

A luta nacional contra a COVID-19 foi da maior importância para mitigar a pandemia, mas não se pode ignorar o impacto tremendo que esta situação gerou em toda a atividade assistencial.

O Ministério da Saúde já reconheceu publicamente que este ano e até maio os hospitais do SNS fizeram menos 85.000 cirurgias e menos 902 mil consultas, das quais 371 mil eram primeiras consultas. No caso dos cuidados de saúde primários terão ficado por efetuar 3 milhões de consultas. Com a nova suspensão imposta na região de Lisboa e Vale do Tejo em junho estes números terão aumentado de forma significativa.

Acresce que, de acordo com as normas da Direção-Geral da Saúde (DGS), muitos dos exames de diagnóstico tiveram que ser adiados. As análises clínicas estiveram paradas a 80%, imagiologia a 95% e gastro e cardiologia quase a 100%. Terão ficado por realizar cerca de 20 milhões de atos.

As Associações de Doentes têm vindo a manifestar a sua preocupação com as lacunas. Nestes meses terão ficado por diagnosticar cerca de 20 mil casos de diabetes em Portugal. Só na área do cancro digestivo, refere-se que foram adiadas 51 mil cirurgias e canceladas 540 mil consultas, devido ao funcionamento das instituições nesta fase da pandemia. Segundo informações recentes, em maio o número de cirurgias caiu 42% no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, 31% no IPO do Porto e 25% no IPO de Coimbra.

Médicos especialistas de diversas áreas têm alertado que os exames e os meios de diagnóstico não efetuados colocam fortemente em risco a saúde de milhares de cidadãos, nomeadamente na área oncológica. Neste período terão ficado por diagnosticar e, como tal, estarão sem o devido acompanhamento mais de 15 mil tumores malignos.

O aumento das listas de espera, cirúrgica e de consultas (médicas, de psicologia e outras), e a não realização dos necessários exames de diagnóstico tornaram-se o problema número 1 da saúde em Portugal. As pessoas a necessitar de cuidados de saúde não podem ficar esquecidas nem é pensável para o sistema que se deixem agravar as condições de saúde.

É absolutamente urgente definir e pôr em marcha um Programa Excecional de Recuperação das Listas de Espera geradas pela COVID-19.

Esta mesma preocupação foi recentemente lançada pelo movimento #SOSSNS e sufragado pela CNS, instando-se a uma decisão urgente para “Aumentar o acesso a todos os cuidados de saúde e através de Programa Excecional resolver as listas de espera para cirurgias, consultas e exames complementares de diagnóstico e terapêutica, num exercício de apuramento real das necessidades e de aproveitamento dos recursos existentes, tendo como meta, recuperar atividade prejudicada pela COVID-19 e cumprir os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) em todas as especialidades.”

Aproveita-se, aliás, para reiterar a urgência de outras decisões na atual conjuntura de dificuldade do acompanhamento dos Doentes não COVID-19, como sejam, por exemplo:

O desenvolvimento de Vias Verdes promovendo uma melhor articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares;

A expansão da hospitalização domiciliária, da telemedicina e da medicina à distância na monitorização e seguimento de Doentes crónicos;

A garantia de proximidade na dispensa de medicamentos.

Num contexto em que a COVID19 acentuou os sintomas das fragilidades do SNS, as Associações de Doentes que integram a CNS consideram ainda prioritário:

Assegurar a comunicação entre o doente e o profissional de saúde por canais alternativos ao presencial (e-mail ou telefone direto), por forma a evitar a ida a urgências ou espaço de consulta hospitalar, garantindo a comunicação atempada de reações ao tratamento bem como estreitar a relação de confiança entre o cidadão e os profissionais de saúde;

Garantir o registo normalizado, interoperável e seguro de dados clínicos da gestão em saúde, incorporando Patient Report Outcome Measures (PROMs, permitindo a melhoria da eficiência do tempo de consulta e da relação médico-doente, uma maior humanização dos cuidados de saúde, a proteção da privacidade do indivíduo, ao mesmo tempo que contribui de forma segura para a investigação científica, histórica e estatística.

Promover a saúde mental do cidadão mais vulnerável permitindo o acesso a cuidados dedicados de profissionais de saúde especializados, promovendo a diminuição do impacto na saúde dos indivíduos com origem no isolamento forçado que vivemos nos tempos da pandemia, na crise económica e social que se avizinha, e da ansiedade gerada pela possibilidade de uma segunda vaga da pandemia provocada pelo COVID-19.

Em conclusão, após o primeiro impacto da pandemia de COVID-19, que trouxe novos desafios aos Sistemas de Saúde, existe agora um sentido de urgência na retoma da prestação de cuidados de saúde, de forma a garantir o acesso de todos os Doentes não COVID-19 aos melhores cuidados de saúde de forma atempada e tal requer liderança e iniciativa para a recuperação das listas de espera e da atividade assistencial da Saúde.

A Convenção Nacional da Saúde compreende e apoia as preocupações das diversas Associações de Doentes, faz apelo urgente ao Ministério da Saúde para o programa excecional de recuperação das listas de espera e prepara um evento sobre a monitorização da atividade assistencial para setembro.

Investigação
A vacina que está a ser desenvolvida pela Universidade de Oxford em conjunto com a empresa AstraZeneca foi considerada “segura”...

Os testes em humanos, realizados desde abril e que envolveram cerca de mil voluntários sãos entre os 18 e os 55 anos, permitiram aos cientistas concluir que o projeto de vacina gera anticorpos e células-T, um tipo de glóbulos brancos do sangue, que podem combater o novo coronavírus. Os dados foram revelados esta segunda-feira na revista “Lancet”.

De acordo com equipa científica que desenvolve a nova vacina para a covid-19, os níveis das células-T tiveram um pico 14 dias após a vacinação e o nível de anticorpos atingiu o máximo 28 dias após a injeção.

No entanto, ainda falta demonstrar que essa resposta imunitária combinada basta para evitar a infeção. Seja como for, salientam os investigadores, “o efeito conseguido é muito positivo”.

A vacina, com o nome técnico de ChAdOx1 nCoV-19, é produzida a partir de um vírus geneticamente modificado, que provoca uma constipação em chimpanzés, revela a BBC. As alterações genéticas fazem com que o vírus não infete humanos e que “se pareça” com o coronavírus da covid-19, para que o sistema imunitário aprenda a atacar o SARS CoV-2.

Os testes mostraram que não há efeitos secundário perigosos na toma da vacina, apesar de 70% das pessoas que participaram no estudo terem sentido febre ou dores de cabeça, sintomas controláveis com paracetamol.

O presidente da comissão de Ética de Investigação de Berkshire, que aprovou os testes em Oxford e continua a acompanhar o trabalho dos investigadores, afirmou que a equipa está “absolutamente determinada” a conseguir uma vacina viável.

“Ninguém pode falar de prazos. As coisas podem correr mal, mas a realidade é que, em conjunto com uma grande empresa farmacêutica, essa vacina poderia estar disponível em setembro e é para esse objetivo que se está a trabalhar”, assinalou.

Neste momento, a Universidade de Oxford tenta realizar testes em 15 mil pessoas, no entanto ainda não foi possível chegar a esse número para  a provar a eficácia da vacina, devido à escassez de infeções com o novo coronavírus no Reino Unido. Até agora, cinco mil pessoas foram inoculadas no Brasil e duas mil na África do Sul.

 

Ação solidária
Com o novo coronavírus longe de dar as tréguas desejadas, reforçam-se os apelos ao cumprimento das regras definidas pela...

Centenas de batas, fatos e máscaras foram distribuídos pelos funcionários de 17 Misericórdias da região de Lisboa e Vale do Tejo, que é atualmente a mais afetada pela pandemia. Alhandra, Azambuja, Ericeira, Loures, Marteleira, Moscavide, Póvoa de Santo Adrião, S. Roque de Lisboa, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Venda do Pinheiro, no distrito de Lisboa, juntaram-se a Alcochete, Azeitão, Canha, Palmela, Seixal e Torrão, no distrito de Setúbal, como destinatárias da doação.

“Não podemos ficar indiferentes ao esforço e dedicação de quem trabalha nas Misericórdias e que, diariamente, se expõem para que o apoio a quem dele mais precisa não falte. Por isso, os colaboradores da TEVA Portugal juntaram-se numa recolha de fundos que se traduziu na aquisição de material essencial para esse trabalho”, refere Marta Gonzalez, General Manager Portugal. “Foi a forma que encontrámos de participar neste esforço contra a Covid-19, que tem de ser de todos.”

 

1 milhão e 500 mil doentes em Portugal
A Associação Portuguesa de Doentes com Enxaqueca e Cefaleias, MiGRA Portugal, integra movimento internacional, The Migraine...

Atualmente, estima-se que existem cerca de 1 milhão e 500 mil doentes com enxaqueca em Portugal e num contexto global as cefaleias afetam cerca de 50% da população mundial. De acordo com o Global Burden of Disease 2018, estas representam ainda a segunda maior causa de anos vividos com incapacidade na população portuguesa entre os 5 e os 49 anos.

Este movimento foi criado em conjunto com as associações de doentes de enxaqueca europeias e pretende alertar a sociedade para a enxaqueca e as cefaleias convidando-as a juntarem-se a esta comunidade, que pretende mudar a perceção da sociedade, sensibilizando para estas doenças. A esta comunidade são convidados a juntarem-se doentes, familiares e até mesmo profissionais de saúde e decisores políticos que se familiarizem com a patologias ou que queiram mesmo saber mais sobre ela.

“Para a MiGRA Portugal é muito importante fazer parte desta que é a primeira comunidade europeia de doentes com enxaqueca e convidamos todas as pessoas que sofrem de enxaqueca a juntarem-se a nós! É cada vez mais importante chamar a atenção de que a enxaqueca e as cefaleias são doenças incapacitantes e que afetam a vida de cada doente em várias dimensões, como a familiar ou a profissional”, explica Madalena Plácido, presidente da MiGRA Portugal.

O Movimento da Enxaqueca, como é denominado em Portugal, é ainda acompanhado de um manifesto e de um vídeo que explicam quais as principais dificuldades destes doentes e chama a atenção para as dificuldades sentidas no dia-a-dia e o impacto das cefaleias e da enxaqueca, que estão entre os distúrbios mais comuns do sistema nervoso.

“Em Portugal desafiamos ainda os doentes e familiares a associarem-se à MiGRA Portugal e poderem ajudar-nos a promover e defender os direitos dos doentes com cefaleias e enxaqueca. É muito importante para nós conseguir o apoio dos doentes e contribuir para desmistificar a ideia de que uma enxaqueca é apenas uma dor de cabeça”, apela a presidente da MiGRA Portugal.

Ainda integrado neste movimento e para celebrar o Dia Mundial do Cérebro, que se assinala a 22 de julho, a MiGRA Portugal vai ainda organizar, em conjunto com a Aliança Europeia de Enxaqueca e Cefaleias (EMHA), um webinar que pretende aproximar os membros desta comunidade e todos os que a ela se queiram juntar para discutir a importância da criação deste grupo. Para além disso, este webinar vai ainda abordar a temática sobre o aumento de crises de enxaqueca e cefaleias quando se utilizam as máscaras ou viseiras de proteção contra a COVID-19, abordando de que forma estas crises podem ser minimizadas.

O webinar será transmitido através da plataforma Zoom, no dia 22 de julho pelas 21 horas e, para assistir, os interessados deverão inscrever-se através do Facebook da MiGRA Portugal ou através do link do zoom.  Esta será uma ótima oportunidade de esclarecer dúvidas acerca do agravamento das crises pela utilização de máscaras e viseiras com uma especialista em cefaleias.

Diz estudo
A pandemia Covid-19 está a ter um forte impacto no quotidiano das pessoas, com implicações na forma como se sentem, socializam,...

Para avaliar o impacto da pandemia Covid-19 no sono dos portugueses, a marca Aquilea em parceria com a Ipsos Apeme, conduziu um estudo junto da população portuguesa. Foram realizadas 400 entrevistas online junto da população geral, com idades entre os 18 e os 65, com o objetivo de perceber o padrão de sono durante a pandemia. A amostra considerou quotas de género, idade e região, de acordo com o perfil da população.

Segundo o estudo, um em cada quatro inquiridos manifesta dificuldades em dormir, com especial incidência na faixa etária entre os 45 e os 54 anos. 32% dos inquiridos assinala uma diminuição da qualidade do sono durante a pandemia, com as mulheres e os inquiridos da Grande Lisboa a destacarem-se face aos restantes. Quando abordada a frequência com que dormem uma noite seguida, cerca de metade dos indivíduos refere que nunca ou poucas vezes consegue dormir uma noite seguida, com as mulheres a manifestarem uma maior dificuldade do que os homens. No que toca à retoma do sono em caso de interrupção, são quase 6 em cada 10 os que manifestam maiores dificuldades em voltar a conciliar o sono.

O estudo revela ainda que 60% dos inquiridos acordam cansados. Nas mulheres e inquiridos com idade entre os 18 e os 24 anos, essa expressão ainda é maior (aprox. 70%).

O estudo conclui que durante a pandemia o sono dos portugueses tem sido afetado, com maior incidência junto do sexo feminino, manifestando diminuição na qualidade do sono, dificuldade em dormir uma noite seguida, dificuldade em retomar o sono quando acorda durante a noite e acordar cansado.  Estas conclusões vêm reforçar as várias pesquisas que têm sido feitas mundialmente e que revelam que são as mulheres que têm mais dificuldades em dormir devido a problemas de saúde, preocupações, aumento de responsabilidades familiares, stress, enquanto os homens adormecem com maior facilidade e têm um sono contínuo.

Ter uma boa noite de sono é fundamental para a saúde porque é neste período que recuperamos as nossas capacidades físicas, intelectuais e mentais. O descanso e a recuperação fazem parte um estilo de vida saudável e são essenciais para a saúde. O sono fortalece o sistema imunológico, liberta a secreção de hormonas - como de crescimento e a insulina - consolida a memória, deixa a pele mais bonita e saudável, para além de relaxar e descansar o corpo.

Glioblastoma
Cientistas da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, descobriram um oncogene, ou seja, um gene causador de cancro,...

Os investigadores afirmaram que este oncogene é essencial para a sobrevivência das células cancerígenas; sem ele, estas células morrem. Outros estudos já desenvolveram muitas terapias direcionadas para outros tipos de cancro com uma ferramenta semelhante.

“O glioblastoma é um dos cancros mais mortais. Infelizmente, não existe uma opção de tratamento eficaz para a doença. A opção padrão atual, que combina radioterapia com o fármaco temozolomida, tem sido aclamada como sendo um grande sucesso; mas a taxa de sobrevivência continua a ser muito baixa. Ou seja, é urgentemente necessário aumentarmos a nossa comprensao sobre este tipo de cancro e sobre quais os alvos terapêuticos a usar para a combater”, disse Hui Li, um dos principais autores do estudo.

Para os cientistas, o novo oncogene descoberto “promete ser o calcanhar de Aquiles do glioblastoma”.

Os oncogenes são genes que ocorrem naturalmente, mas que ficam descontrolados, causando o aparecimento do cancro. O gene agora identificado pelos cientistas, denominado AVIL, normalmente ajuda as células a manter o seu tamanho e forma. No entanto, este pode “ser transformado em overdrive” por uma variedade de fatores, fazzendo com que as células cancerígenas se formem e iniciem um processo de metastização, descobriram os cientistas. 

O bloqueio da atividade do gene demonstrou a destruição de células de glioblastoma em ratos de laboratório, mas não teve efeito em células saudáveis, sugerindo que direcionar o gene pode ser uma opção de tratamento eficaz

 

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