Doença de Parkinson
Estima-se que, em todo o mundo, existam cerca de 10 milhões de pessoas com a Doença de Parkinson.
Mulher de meia idade com preocupação aparente

A Doença de Parkinson define-se como sendo uma perturbação degenerativa crónica progressiva que atinge o sistema nervoso central e que afeta sobretudo a coordenação motora.

Tremores, rígidez muscular, movimentos mais lentos e alterações na postura são os principais sintomas de uma patologia que, em Portugal, atinge cerca de 20 mil pessoas. Embora a sua prevalência aumente com a idade, sendo rara antes do 50 anos, não se sabe ainda porque algumas pessoas desenvolvem a doença e outras não.

A redução dos níveis de dopamina, substância responsável por controlar a atividade muscular, que resulta da morte das células cerebrais que a produzem, está na origem desta doença.

Apesar de se desconhecer o que leva à morte destas células, sabe-se que é necessário que cerca de 70 a 80% dos neurónios sejam comprometidos para que os seus sintomas se manifestem.

Por outro lado, alguns estudos defendem que poderão existir outros fatores que condicionem o desenvolvimento desta patologia, como a História Familiar, exposição a pesticidas ou toxinas industriais e o envelhecimento por si só.

Sem cura, a medicação tem por objetivo o alívio/controlo dos sintomas. Não obstante, em alguns casos, pode ser indicado tratamento cirúrgico, que consiste na colocação de um implante para estimular o núcleo subtalâmico. Este estimulador permite melhorar a função motora afetada e recuperar qualidade de vida.

Demência na Doença de Parkinson afeta comportamento cognitivo

Estima-se que cerca de um terço das pessoas com Doença de Parkinson sofram também de Demência. Contudo, o seu desenvolvimento ainda não é bem compreendido.

Não obstante, algumas investigações identificaram vários fatores de risco que podem tornar uma pessoa com doença de Parkinson mais propensa a desenvolver demência.

Idade avançada no momento do diagnóstico, sonolência diurna excessiva, comprometimento leve de pensamento ou alucinações são alguns dos fatores de risco assinalados.

Os sintomas da Demência na Doença de Parkinson são bastante variáveis, e cursam entre períodos mais severos e ligeiros.

Esquecimento, dificuldades no racicínio, em tomadas de decisão ou dificuldade em lidar com situações novas, são alguns dos principais sinais de demência. Apesar de menos frequentes, podem ainda ocorrer alterações de comportamento com perda do controlo emocional.

As alucinações visuais descritas surgem, habitualmente, como consequência do tratamento farmacológico para a Doença de Parkinson. Nestes casos, a suspensão de alguns medicamentos, ou a redução da sua dosagem, pode ser suficiente para controlar os sintomas psicóticos. No entanto, esta medida pode condicionar o controlo dos sintomas da Doença de Parkinson.

À cautela, estes doentes podem beneficiar de terapia ocupacional e fonoaudiológica, melhorando as habilidades motoras e de comunicação.

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Nota: 
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Estudo Internacional
Os investigadores portugueses Marcos Gomes e João Peça, do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de...

Liderado por investigadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology), este estudo incidiu sobre o denominado “núcleo reticular do tálamo”, uma zona que se pensa estar envolvida na cognição, no processamento sensorial, na atenção e na regulação do sono. Alterações neste núcleo «estão associadas a perturbações neuropsiquiátricas e do neurodesenvolvimento, tais como esquizofrenia, autismo e perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA). Contudo, apesar da sua importância, pouco se sabe ainda sobre as propriedades desta região e as características dos neurónios que a compõem», explicam os dois coautores do artigo publicado na Nature.

Este trabalho produziu, pela primeira vez, um atlas do núcleo reticular do tálamo, onde se reúne as propriedades eletrofisiológicas e de expressão genética de milhares de células individuais, permitindo aos investigadores identificar «um gradiente populacional e dois tipos de neurónios previamente desconhecidos. Esses “novos” neurónios foram denominados Spp1+ e Ecel1+ e demonstraram ter um papel fundamental, mas distinto, na regulação do sono», sublinham Marcos Gomes e João Peça.

A contribuição da equipa da UC na investigação permitiu identificar a organização tridimensional dos “novos” neurónios Spp1+ e Ecel1+, o que levou a uma compreensão detalhada sobre este núcleo do tálamo.

«Os resultados desta investigação significam mais um passo importante no processo de cartografar o cérebro dos mamíferos, e contribuem para melhor perceber a arquitetura do tálamo», afirma João Peça, também docente do

Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

«Entre outros aspetos, o nosso estudo demonstra uma organização em camadas nas populações deste núcleo talâmico e identifica as propriedades eletrofisiológicas e funcionais particulares de cada grupo neuronal», acrescenta Marcos Gomes, aluno do Programa Doutoral em Biologia Experimental e Biomedicina da UC.

As abordagens desenvolvidas no âmbito deste trabalho permitiram a «caracterização funcional do circuito e dão pistas importantes na compreensão, não só de doenças do sono, mas também de várias doenças do neurodesenvolvimento. Isto porque, com o conhecimento das particularidades únicas dos neurónios que compõem esta região do cérebro, estão também abertas as portas ao desenho de estratégias e terapias para restabelecer a sua normal função em processos de doença», concluem os dois investigadores.

Redução de procedimentos invasivos e internamento
O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) vai investir numa uma nova técnica assistencial através da instalação de um equipamento de...

A instalação do equipamento é apoiada através da doação de 120 mil euros pelo grupo CAC – Companhia Avícola do Centro, mediante a assinatura de um protocolo de cooperação assinado no dia 21 de julho.  

“Com este protocolo, o Centro Hospitalar de Leiria promove a melhoria da qualidade de um trabalho que já é uma referência na região Centro e no país”, afirmou a Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, Rosa Reis Marques.

“Hoje, voltámos a colocar o CHL no caminho do crescimento e do desenvolvimento do SNS”, declarou, por sua vez, o Presidente do Conselho de Administração do CHL, Licínio de Carvalho. “Estamos a sinalizar mais um impulso ao investimento neste serviço”, disse, recordando que “há pouco tempo iniciámos a técnica da ecoendoscopia, que implicou um investimento de cerca de 400 mil euros”.

Nova técnica é minimamente invasiva

A disseção endoscópica da submucosa é uma técnica desenvolvida no Japão “que permite a excisão de lesões tumorais do tubo digestivo”, explicou a Diretora do Serviço de Gastrenterologia do CHL, Helena Vasconcelos.  “Comparativamente à alternativa da cirurgia, é minimamente invasiva e com menor necessidade de anestesia geral, menor risco de morbimortalidade, maior rapidez e menor tempo de internamento”, acrescentou. 

A responsável do Serviço de Gastrenterologia revelou ainda que o plano para implementação desta técnica no CHL inclui a formação de dois médicos, estando prevista a deslocação de um deles ao Japão, com bolsa atribuída pela Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.  

O novo equipamento vem reforçar o trabalho que está a decorrer, desde fevereiro deste ano, no âmbito da ampliação da Unidade de Ambulatório de Gastrenterologia do Centro Hospitalar de Leiria. “A obra, que terminará no próximo mês de agosto, vai permitir aumentar o número de gabinetes de consulta e de salas de exames, o recobro de cinco para 11 camas, bem como aumentar a resposta aos doentes desta especialidade, reduzindo as listas de espera”, revelou Licínio de Carvalho. Este último investimento ronda os 250 mil euros. 

Exemplo na Europa
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Reorganização de todos os compromissos agendados para teleconsulta, por telefone ou videoconferência, acesso remoto a todos os médicos e enfermeiros a equipamentos eletrónicos e outros recursos para trabalhar em casa, contacto diário com doentes com antecedência para análise das preferências da teleconsulta, utilização de dispositivos móveis para partilha de informação em casos que os doentes não conseguiam ter acesso ou conhecimento via e-mail e criação da linha de apoio Diabetes (213816161).  Estas foram algumas das medidas que a APDP implementou durante o período da COVID-19 e que agora, com as devidas precauções, voltam ao novo normal.

“Este reconhecimento internacional destaca o papel e a colaboração da sociedade civil para enfrentar os desafios imprevistos na saúde. É a prova de que deve existir uma responsabilidade partilhada na proteção e assistência às populações mais vulneráveis” menciona José Manuel Boavida, presidente da APDP.

José Manuel Boavida destaca que “os profissionais que fazem parte da APDP reforçaram o seu compromisso durante este período e mantiveram sempre presente que a diabetes não podia passar para segundo plano. E, apesar das barreiras que enfrentaram na implementação de novos modelos de ação, ajustaram-se às circunstâncias pelas exigências de uma doença tão complexa”.  

A associação deixa ainda o alerta de que “o desafio de adaptar a prestação de cuidados com a pandemia da COVID-19 está longe de terminar. Existe uma preocupação com os efeitos da restrição de movimento e consultas em atraso, especialmente com as complicações não diagnosticadas.” conclui João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

 

No próximo ano letivo
Os candidatos que, no próximo mês de agosto, escolherem o curso de licenciatura da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra ...

O anterior plano de estudos do curso de licenciatura em enfermagem (CLE) da ESEnfC, que vigorava há 12 anos, foi totalmente revisto e atualizado para melhor poder fazer face às alterações verificadas na sociedade, como o aumento da esperança média de vida das populações, o maior número de doenças crónicas (exigindo o incremento dos cuidados domiciliários), ou as novas epidemias e pandemias, tantas vezes ligadas às alterações climáticas e à globalização.

Todos estes fatores “criam um quadro de necessidades diferente e desafiante, que a formação de enfermeiros tinha de acompanhar”, afirma o professor Paulo Queirós, presidente do Conselho Técnico-Científico da ESEnfC e um dos impulsionadores da reforma agora concretizada.

Trabalhar em novos contextos

Também a diretora do CLE, Ananda Fernandes, considera que “os enfermeiros têm de estar preparados para trabalhar em novos contextos”, com “a área dos cuidados domiciliários” a ter de “ser mais desenvolvida, quer no apoio aos doentes crónicos, qualquer que seja a sua idade, quer na assistência a pessoas com algum tipo de dependência no autocuidado e aos seus familiares”.

Mas também a presença preventiva de profissionais de enfermagem em “ambientes onde até aqui não tem sido muito frequente”, como  creches ou berçários – já não apenas em lares de idosos –, bem como na generalidade dos estabelecimentos educativos, remete para uma “mudança no esquema de pensamento dos futuros enfermeiros, que não pode ser o de se prepararem apenas para ir trabalhar numa instituição”, mas que “em de ser o de se prepararem para apoiar as pessoas no seu autocuidado e gerirem os cuidados de enfermagem no meio onde elas vivem”, sustenta a professora Ananda Fernandes.

Entre as grandes inovações deste plano de estudos, com início no ano letivo de 2020-2021, contam-se, por exemplo, o ensino clínico comunitário com enfoque em determinantes sociais de saúde, a prevenção de infeções ligadas aos cuidados de saúde, a enfermagem em cuidados paliativos, os modelos de gestão da doença crónica e a enfermagem em situação de emergência e catástrofe.

Ensinos clínicos e ética logo no 1º ano

Mantendo-se o curso com uma grande componente de formação clínica em contexto de ação, os ensinos clínicos e estágios começam, agora, logo no primeiro ano curricular, visando “uma integração teórico-prática muito forte”, avança o professor Paulo Queirós.

O novo plano de estudos do CLE da ESEnfC  “desenvolve-se com um conjunto de unidades curriculares no âmbito das ciências da saúde (anatomofisiologia, bioquímica-biofísica, microbiologia, nutrição e dietética e farmacologia), mas também no âmbito das ciências sociais e do comportamento, como seja socio-antropologia da saúde, psicologia da saúde e psicologia do desenvolvimento”, ou ainda “disciplinas específicas das ciências de enfermagem, nos diversos ambientes e contextos, e disciplinas como pesquisa e organização do conhecimento, metodologias de investigação, entre muitas outras”, explica o presidente do Conselho Técnico-Científico da ESEnfC.

O reforço da componente de práticas laboratoriais de enfermagem e “a utilização de simulação clínica em centros devidamente equipados, de forma a permitir um ingresso nos contextos clínicos reais com os estudantes melhor preparados, quer em técnicas de comunicação, quer em técnicas mais instrumentais, quer nas dimensões éticas e de segurança dos cuidados” foram, também, aspetos tidos em conta no novo plano de estudos da licenciatura.

A formação no âmbito da ética, com uma unidade curricular logo no primeiro ano (outra novidade), a ser consolidada mais tarde, no quarto e último ano do curso, também esteve presente nesta reforma curricular.

“Queremos formar profissionais de enfermagem tecnicamente fortes, cientificamente bem preparados e sob o ponto de vista ético bem capacitados para o juízo constante das suas ações”, advoga Paulo Queirós.

De acordo com a diretora do CLE, Ananda Fernandes, “também neste novo enquadramento a investigação é um pilar essencial no percurso profissional dos futuros enfermeiros”, que «desde a entrada no curso» da ESEnfC, têm “acesso à participação em equipas da Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, para compreenderem a forma como o conhecimento de enfermagem é produzido e acompanharem o processo desde a sua produção até à sua utilização”.

“Essa translação do conhecimento tem de ser acelerada e será melhorada se, desde o início, o estudante entender como se faz e para que serve a investigação”, salienta a também diretora do Centro Colaborador da OMS para a Prática e Investigação em Enfermagem sediado na ESEnfC.

Técnica minimamente invasiva
No âmbito do Dia Mundial dos Avós, que se assinala a dia 26 de julho, o coordenador do Projeto Valve for Life, da Associação...

A técnica pioneira de implante percutâneo da válvula aórtica (TAVI), existente desde há mais de uma década, estava reservada a doentes com estenose aórtica grave com risco cirúrgico aumentado, usualmente com mais de 80 anos, o que corresponde a cerca de 5000 portugueses. Estudos recentes disponibilizam o procedimento minimamente invasivo a toda a população de doentes portadora de estenose aórtica grave e sintomática, especialmente nos doentes de menor risco, muitos deles com apenas 70 anos.

Rui Campante Teles, coordenador do Projeto Valve For Life, refere que “é importante que os doentes tenham conhecimento deste processo relevante visto que muitos médicos não estão a dar conhecimento desta opção minimamente invasiva, que tem muito mais vantagens para o doente e em termos de custos acaba por equiparar-se à cirurgia tradicional, que implica custos de internamento, especialmente quando os doentes precisam de transfusões de sangue” e acrescenta ainda que “a previsão é que as necessidades nacionais cresçam até cinco vezes, pois esta técnica constituirá a opção preferida para os cerca de 25.000 portugueses que necessitam de ser tratados”.

Este procedimento estava reservado a doentes com estenose aórtica grave com risco cirúrgico aumentado, usualmente com mais de 80 anos, o que corresponde a cerca de 5000 portugueses. Por sua vez, um estudo com válvula autoexpansível, que avaliou cerca de 1400 doentes com uma idade média de 74 anos e baixo risco para cirurgia, demonstrou resultados sobreponíveis no tratamento minimamente invasivo por cateter comparado com a cirurgia convencional, que tem vindo até agora a ser o método de tratamento recomendado.

“O tratamento da estenose aórtica por técnicas de cardiologia de intervenção é um dos temas mais atuais e importantes da nossa área, o que torna a sua discussão multidisciplinar uma mais valia. Assim, os médicos assistentes têm pela sua frente o desafio de dar resposta a esta nova era do tratamento valvular para os seus doentes e devem encaminhar os doentes para cardiologistas que integrem equipa multidisciplinares treinadas, compostas por vários especialistas como cirurgiões, anestesistas e geriatras.” reforça Rui Campante Teles.

Este desenvolvimento permite que os doentes, maioritariamente idosos, não sejam sujeitos a uma cirurgia de peito aberto onde poderiam correr mais riscos e ter um pós-operatório mais longo que implica a passagem pelos cuidados intensivos. Um procedimento que, por vezes, não era considerado opção para os doentes devido ao seu carácter invasivo, complexidade e potenciais complicações. 

Arritmia cardíaca
A Fibrilhação Auricular (FA) é a arritmia cardíaca mais frequente em todo o mundo, estando associada

Mais comum a partir dos 65 anos, esta arritmia está também associada a fatores de risco como sedentarismo, hipertensão, diabetes, obesidade, consumo excessivo de álcool ou de estimulantes, ou prática de desporto de alta resistência. (3)

O diagnóstico precoce é fundamental para um bom controlo desta arritmia, de forma a evitar possíveis complicações como o AVC, a insuficiência cardíaca ou mesmo a morte.

Quais os sintomas?

Algumas pessoas com Fibrilhação Auricular não apresentam quaisquer sintomas. Muitas vezes, o AVC acaba por ser o primeiro sintoma “visível”, ou seja, demasiado tarde para ser evitado.

Devemos estar atentos a sinais e sintomas como sensação de descontrolo nos batimentos cardíacos, pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio, perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito. Esta atenção deve ser ainda maior a partir dos 65 anos.

A importância do diagnóstico precoce

Para além do controlo de parâmetros como o peso, a tensão arterial ou o colesterol, devemos fazer uma alimentação equilibrada, praticar exercício físico e evitar o tabaco. Devemos fazer também uma avaliação regular do nosso ritmo cardíaco: uma forma prática de o fazermos é a autoavaliação no próprio pulso.

Controlo e qualidade de vida

A deteção da irregularidade do nosso batimento cardíaco deve levar à marcação de uma consulta médica. Para confirmar a existência de FA será necessária a realização de um eletrocardiograma. Poderá haver necessidade de realizar outros exames complementares para melhor caraterização do quadro.

Depois de diagnosticada uma Fibrilhação Auricular não valvular, importa avaliar o risco de AVC, que pode ser reduzido significativamente através de terapêutica anticoagulante. As normas recomendam que os doentes elegíveis iniciem preferencialmente um dos Novos Anticoagulantes Orais, também conhecidos como NOAC. Consoante a solução prescrita pelo médico, poderão ser tomados uma ou duas vezes ao dia.

Independentemente da terapêutica adotada, o cumprimento da medicação prescrita pelo médico assistente é fundamental para o seu sucesso. Qualquer alteração, deve ser validada pelo profissional de saúde que o acompanha – em caso de dúvida ou desconforto, juntos, encontrarão a melhor solução para cada caso.

Referências: 

(1) https://www.revportcardiol.org/pt-estudo-safira-reflexoes-sobre-prevalencia-articulo-S0870255116304218

(2) https://www.revportcardiol.org/pt-um-novo-olhar-sobre-prevalencia-articulo-S087025511830101X

(3) http://www.revdesportiva.pt/files/PDFs_site_2014/3_Maio/Rev_27_P26_28_Tema2_Fibril_auric_locked.pdf

 

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Iniciativa conta com uma série de 5 vídeos informativos
A Covid-19 trouxe consigo muitas preocupações, principalmente àqueles que já sofriam de outras patologias, como é o caso dos...

“Em período de emergência ou calamidade nacional, com maior distanciamento social e dos médicos, estes doentes têm maior probabilidade de descompensação da sua doença, com risco de internamento hospitalar e morte.”

Segundo Irene Marques “neste período, tem-se verificado um menor número de doentes com Enfarte Agudo do Miocárdio e AVC nas urgências hospitalares, o que é muito preocupante, porque estas doenças continuam a acontecer mas não são tratadas devidamente”. Uma das causas pode estar relacionada com o medo destas pessoas em procurar os serviços de saúde. “Muitos doentes ficam em casa por receio de irem ao hospital e serem infetados pelo coronavírus”. Importa, por isso, transmitir que “os centros de saúde e hospitais estão preparados para os tratar em segurança”.

Esta série de vídeos será uma forma de ajudar a desmistificar alguns destes receios e dúvidas e contará com a participação de uma psiquiatra, para falar sobre saúde emocional; um enfermeiro hospitalar, que irá abordar temas como a alimentação saudável e os autocuidados; uma fisiatra, que irá  explicar a importância destes doentes se manterem ativos; e ainda uma assistente social, que irá mencionar os apoios sociais disponíveis, nesta fase de pandemia. Todos os vídeos podem ser vistos no canal de Youtube da AstraZeneca e no site Diabetes 365.

 

Iniciativa
As equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à Covid-19 em cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa...

Segundo a nota publicada na página oficial do Serviço Nacional de Saúde, entre 30 de junho e 17 de julho, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora, Lisboa Norte, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas e Sintra realizaram ações de rua e visitaram agregados familiares.  

De acordo com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, por exemplo.

Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid-19 –, estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população.

 

 

Serviço Nacional de Saúde
As consultas e os atendimentos nas urgências do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentaram no ano passado, segundo o relatório...

De acordo com o documento, realizaram-se mais de 31 milhões de consultas médicas (31.569 milhares) nos cuidados de saúde primários em 2019, tendo sido este o número mais alto em todo o período em análise.

O número de consultas de enfermagem ultrapassou os 19 milhões (19.286 milhares) no ano passado, ligeiramente acima (1%) do valor verificado em 2018.

Quanto às “consultas proporcionadas por outros técnicos de saúde”, diz o relatório que foram realizadas 664 mil em 2019, correspondendo este número a um crescimento de 13,2% face ao ano de 2018. Dados que “confirmam a trajetória ascendente e ininterrupta ocorrida desde 2013”.

No que toca aos cuidados de saúde hospitalares, no ano passado foram efetuadas mais de 12 milhões de consultas médicas, ou seja, 1,9% acima do número verificado no ano anterior. Já os atendimentos nas urgências ascenderam a quase 6,5 milhões em 2019, revela o relatório do Conselho de Finanças Públicas apresentado ontem.

 

Candidaturas abertas
A Secção Regional do Centro (SRCentro) da Ordem dos Enfermeiros acaba de lançar a 4ª edição do Orçamento Participativo. As...

De acordo com a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, o Orçamento Participativo (OP)2021 da SR Centro visa encontrar novas ideias e soluções criativas para a melhoria de problemas registados pela classe profissional; para a promoção e valorização da Enfermagem junto dos cidadãos; ou, ainda, para resolver situações sociais mediante o trabalho dos enfermeiros.

Diz a nota de imprensa que esta edição “está aberta aos membros da sua área de abrangência – distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu – e tem uma dotação global de 5000€ para implementação dos projetos vencedores”.

Lançado pela primeira vez em 2017, o OP “continua a ser uma iniciativa central e estratégica da SRCentro e um importante instrumento de aproximação e participação dos membros no plano de atividades desta secção.

Os interessados devem submeter a sua proposta/projeto através da página oficial.

 

Oncologia
Investigadores da Universidade de East Anglia e da Universidade de Manchester, ambas no Reino Unido, fizeram uma importante...

O estudo, publicado na revista Oncogene, acredita ter sido capaz de identificar um conjunto de genes-chave que promovem o processo de metastização do cancro ósseo para os pulmões dos pacientes diagnosticados com a doença.

Num outro conjunto de experiências, os investigadores verificaram que, em ratos com células de cancro ósseo humano que não possuíam esses genes-chave, o cancro não se disseminou para os pulmões.

A pesquisa foi liderada por Darrell Green, da Universidade de East Anglia, e por Katie Finegan, da Universidade de Manchester.

Foi na adolescência que Darrell Green se sentiu inspirado a estudar oncologia, nomeadamente o cancro ósseo, depois de ter perdido o seu melhor amigo para esta doença. Passados vários anos, Darrel é um dos responsáveis pela equipa que pode ter feito uma das descobertas mais importantes nesta área em mais de 40 anos.

“O cancro ósseo primário é um tipo de cancro que, tal como o nome indica, tem início nos ossos; é o terceiro cancro sólido infantil mais comum, depois do cancro do cérebro e dos rins, com cerca de 52 mil casos novos por ano, em todo o mundo. Este cancro tem uma grande capacidade de metastização, aliás, esse é o aspeto mais problemático deste tipo de cancro pois, uma vez metastisado, o tratamento é muito limitado”, explicou o investigador.

De acordo com dados da pesquisa, cerca de um quarto dos pacientes com cancro ósseo já apresenta metástases no momento do diagnóstico. Esses números permaneceram estagnados, sem avanços significativos no tratamento há mais de quatro décadas.

“Quando o meu melhor amigo, diagnosticado com osteossarcoma, faleceu, eu comecei a procurar todos os estudos científicos que existiam sobre a doença. Foi aí que percebi que, durante anos, este tipo de cancro tinha sido negligenciado. E foi também aí que percebi que queria fazer a diferença, que queria ajudar todas as crianças e adolescentes diagnosticados com cancro nos ossos.”

A investigação teve como objetivo descodificar a biologia subjacente na disseminação do cancro, de forma a que fosse possível intervir a nível clínico e desenvolver novos tratamentos.

A equipa dedicou-se ao estudo do tipo mais comum de cancro ósseo primário, o osteossarcoma.

Os fatores genéticos que causam o osteossarcoma são bem conhecidos (variantes estruturais TP53 e RB1), mas pouco se sabe sobre o que leva à sua propagação para outras partes do corpo.

“Era muito importante conseguirmos perceber como é que o cancro ósseo primário se espalha tão rapidamente. Para isso, desenvolvemos uma nova tecnologia capaz de isolar as células tumorais circulantes no sangue dos pacientes. Essas células eram imprescindíveis para o nosso estudo uma vez que elas realizam o processo metastático. Obtê-las foi um desafio, porque existe apenas uma dessas células por cada bilião de células sanguíneas normais; só esse processo demorou mais de 1 ano a desenvolver, mas conseguimos.”

Após a criação de um perfil de tumores, células tumorais circulantes e tumores metastáticos doados, os cientistas foram capazes de identificar um potencial fator de metástase – conhecido como MMP9.

“O driver que identificámos é bastante conhecido no campo da oncologia. É considerado ‘intratável’ porque o tumor rapidamente se torna resistente aos tratamentos. Então, pensámos que teríamos de encontrar o ‘principal regulador’ do MMP9, para que pudéssemos ‘acionar’ o ‘não acionável’.”

A equipa começou a colaborar com cientistas da Universidade de Manchester que, por sua vez, estavam a estudar o papel do MAPK7 na regulação do MMP9, em vários tipos de cancro, incluindo osteossarcoma. Juntas, as equipas projetaram células de osteossarcoma humano que contivessem uma versão silenciada do MAPK7.

Os investigadores descobriram que quando essas células foram colocadas em ratos, o tumor primário cresceu muito mais lentamente.

Outra descoberta importante: o tumor não metastizou para os pulmões.

“O nosso estudo mostrou que o silenciamento do MAPK7 interrompeu a metástase; isso ocorreu porque esse caminho genético estava a ‘sequestrar’ uma parte específica do sistema imunitário que causou a disseminação”.

Para Darrel Green, esse marco é muito importante, porque “não só temos um caminho genético associado à metástase, como sabemos que a remoção desse caminho genético impede a disseminação do cancro.”

“Se estas descobertas forem eficazes em ensaios clínicos, podemos ser capazes de salvar muito mais vidas e melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes. Se tudo correr bem, esta terapia será muito mais gentil, principalmente quando comparada à quimioterapia agressiva e à amputação de membros que os pacientes recebem hoje em dia.”

Já Katherine Finegan, da Universidade de Manchester, fez questão de agradecer à equipa de Darrel Green o convite de parceria.

“Foi ótimo trabalhar em conjunto com o Darrell e com a sua equipa, ainda mais tendo em conta o que este estudo alcançou: uma potencial nova forma de tratar o cancro ósseo infantil metastático, visando uma proteína chave que promove as metástases. Este trabalho descobriu uma nova opção de tratamento para o osteossarcoma, algo que não aconteceu nos últimos 40 anos.”

Doença Mental
Embora seja uma doença relativamente comum, ainda há persistem vários mitos associados à Esquizofren

Pessoas com esquizofrenia apresentam todas os mesmos sintomas. MITO

A esquizofrenia é uma doença caracterizada por um conjunto de sintomas heterogéneos e que variam consoante os subtipos da doença. Não há, portanto, dois doentes iguais!

Pessoas com esquizofrenia são perigosas e imprevisíveis. MITO

Apesar de na esquizofrenia estarem presentes delírios e alucinações que podem levar a um comportamento violento ou desajustado, a maior parte dos doentes não são violentos ou perigosos. Há, aliás, estudos que demonstram que as pessoas com esquizofrenia não são mais perigosas do que a restante população!

Esquizofrenia é uma alteração de personalidade, é “feitio”. MITO

Embora algumas das características da doença, como falta de iniciativa, lentificação do pensamento ou das ações, possam ser incorretamente entendidas pelos outros como defeitos de feitio ou de carácter, a Esquizofrenia é uma doença mental complexa cuja natureza ainda não é bem compreendida.  

A esquizofrenia é uma doença rara. MITO.

Estima-se que a Esquizofrenia afete 1 em cada 100 pessoas, ao longo da vida, sendo mais comum do que se pensa.

 A esquizofrenia evolui rapidamente. MITO

A esquizofrenia é uma doença que se desenvolve geralmente de forma progressiva, cujos sintomas se começam a instalar durante a adolescência e/ou início da idade adulta. Numa fase inicial, os sintomas podem não ser todos evidentes, existindo várias fases da doença que são um continuum.

A esquizofrenia é uma doença genética. MITO

Embora vários estudos indiquem que, em gêmeos homozigóticos (que partilham um genoma idêntico), a probabilidade de desenvolver a doença é de 48%, sabe-se que existem outros fatores, como eventos stressantes ou o ambiente familiar, que desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença.

As pessoas com esquizofrenia têm que estar internadas. MITO

Em alguns casos, e no decurso da doença, poderá haver a necessidade de internamento. No entanto, a adesão à terapêutica e ao seguimento em consulta são fundamentais para a estabilização da doença, prevenindo a recorrência dos sintomas.

As pessoas com esquizofrenia são incapazes de ter uma vida produtiva. MITO

Apesar do impacto que a doença tem em termos de funcionamento, as intervenções são mais abrangentes incluindo, para além da terapêutica farmacológica, abordagens reabilitativas em centros especializados.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Orientações
Segundo a Direção-Geral da Saúde o risco de transmissão do novo coronavírus pela utilização de ar condicionado em espaços...

Numa atualização às orientações sobre climatização dos espaços, a DGS refere que o risco da utilização de sistemas AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) é considerado muito baixo, “desde que se cumpram as regras para uma utilização segura, nomeadamente a sua manutenção, de acordo com as indicações do fabricante, e a renovação do ar dos espaços fechados”, lê-se no documento agora divulgado. 

A DGS afirma que à semelhança da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC), tem acompanhado de perto a evolução do conhecimento científico desde que foram reportados os primeiros casos de Covid-19.

Recorde-se que a 9 de julho, a OMS emitiu um comunicado sobre as vias de transmissão do SARS-CoV-2, em que reforça que a transmissão do vírus ocorre maioritariamente através de secreções e gotículas e do contacto próximo com pessoas infetadas, não excluindo a possibilidade de transmissão por aerossóis. Posição idêntica partilhada pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças.

A DGS atualiza ainda as orientações relativas a métodos de pagamento, referindo que se verifica que “o risco da utilização de moedas e notas é considerado muito baixo desde que se cumpram as regras de higienização das mãos”.

 

Inserido no Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção da APIC
O Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI), um projeto da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular ...

“Criar um subgrupo destinado às CTO (do inglês: chronic total occlusion) no RNCI vai possibilitar uma reflexão profunda sobre o tema e uma aprendizagem de técnicas mais diferenciadas, para podermos ter a mesma taxa de sucesso que temos nas intervenções mais complexas, bem como avaliarmos os nossos resultados”, afirma João Brum da Silveira, presidente da APIC.

E continua: “Por razões diversas, apenas 10 por cento dos doentes com CTO são sujeitos a tratamento percutâneo. A Cardiologia de Intervenção deve mudar a sua atitude e investir no tratamento destas lesões, evitando a referenciação para cirurgia. A evidência atual mostra um impacto positivo no prognóstico dos nossos doentes.”

“Neste momento, o RNCI soma 183 mil doentes e permite-nos ter um conhecimento privilegiado e concreto da atividade em Portugal, monitorizada continuamente; possibilita-nos analisar as tendências clínicas e de intervenção ao longo dos anos; confere-nos a capacidade de investigação científica no nosso país; e permite o benchmark de cada centro e auditorias que induzem acréscimo de qualidade”, afirma Joana Delgado Silva, membro da Comissão Científica do RNCI.

"Enquanto membro da Comissão Científica do RNCI, colaborei na sua reestruturação, que incluiu o desenvolvimento do registo das CTO. Este projeto tem sido um desafio bastante compensador, tendo em conta que nos vai dar acesso a um conhecimento mais alargado acerca dos doentes que fazem angioplastia de CTO em Portugal", conclui Joana Delgado Silva.

Uma CTO é uma situação em que existe uma obstrução total, isto é, de 100 por cento, de uma artéria coronária, não havendo passagem de sangue para a irrigação do músculo cardíaco, com mais de três meses de duração. Estas situações são encontradas em 18 a 20 por cento dos doentes que efetuam cateterismo cardíaco diagnóstico.

 

Em doentes com síndromes mielodisplásicas de maior risco
A associação de Pevonedistat com Azacitidina demonstrou uma duplicação de remissões completas e melhoria dos resultados em...

O estudo de fase 2 Pevonedistat-2001 avaliou Pevonedistat em associação com azacitidina versus azacitidina em monoterapia em doentes com leucemias raras, incluindo as síndromes mielodisplásicas (SMD) de maior risco. Estes resultados mostram a elevada atividade da associação de Pevonedistat + azacitidina, sugerindo uma nova abordagem terapêutica, baseada nos benefícios observados em vários parâmetros clinicamente importantes, incluindo a sobrevivência global, sobrevivência livre de eventos, remissão completa e independência transfusional, com um perfil de segurança semelhante à azacitidina em monoterapia.

O estudo Pevonedistat-2001 foi desenhado como estudo prova de conceito em doentes com SMD de maior risco, leucemia mielomonocítica crónica (LMMC) de alto risco e leucemia mieloide aguda (LMA) com baixa contagem de blastos. Apesar de não ter atingido os dados pré-definidos como estatisticamente significativos para o objectivo principal de sobrevivência global, o tratamento com a associação de Pevonedistat + Azacitidina demonstrou uma sobrevivência numericamente superior quando comparada com a azacitidina em monoterapia e uma tendência para benefício na sobrevivência livre de eventos, definida como morte ou transformação para LMA.

“Estamos muitos optimistas sobre Pevonedistat de acordo com estes resultados do estudo de fase 2, particularmente no subgrupo de doentes com SMD de maior risco pois demonstrou que a combinação de Pevonedistat e azacitidina apresentou benefícios para doentes em vários endpoints, sem preocupações de segurança adicionais. A combinação demonstrou não só uma tendência para um aumento na sobrevivência, mas também que os doentes com SMD de maior risco atingiram taxas de resposta superiores e independência transfusional aumentada”, afirmou Christopher Arendt, Head, Oncology Therapeutic Area Unit, Takeda. “Aguardamos com expectativa os resultados do nosso estudo PANTHER de fase 3, que completou o recrutamento no Outono passado e que irá suportar o registo de Pevonedistat globalmente.”

Não existiam avanços no tratamento para a SMD de maior risco há mais de uma década e as opções de tratamento atuais permitem benefícios limitados. Pevonedistat pode ser a primeira nova opção para estes doentes em uma década.

“É animador olhar para estes resultados encorajadores do ensaio Pevonedistat-2001, em particular na SMD de maior risco, uma forma agressiva de SMD associada a pior prognóstico, diminuição da qualidade de vida e uma alta taxa de transformação para LMA,” afirmou Lionel Adès, MD, PhD, Hôpital Saint-Louis, e investigador principal do estudo Pevonedistat-2001. “A adição de Pevonedistat ao tratamento convencional atual em doentes com SMD de maior risco duplicou a taxa de remissão completa, aumentou a duração da resposta e melhorou os resultados a longo prazo com um perfil de segurança semelhante à azacitidina em monoterapia, o que pode dar resposta a uma necessidade médica ainda não satisfeita das pessoas que vivem com esta doença.”

Sobre o Ensaio Pevonedistat-2001

Pevonedistat-2001 (NCT02610777) é um ensaio clínico de fase 2 global, aleatorizado, controlado, aberto, multicêntrico, desenhado para avaliar a segurança e eficácia de Pevonedistat em combinação com azacitidina versus azacitidina em monoterapia em doentes com SMD ou LMMC de maior risco, ou leucemia mielóide aguda (LMA) com baixa contagem de blastos, considerados inelegíveis para transplante de células estaminais e que não receberam terapêuticas anteriores. Aproximadamente 120 participantes foram recrutados mundialmente. O objetivo principal do estudo foi a sobrevivência global.

Investigação
Resultados preliminares, recentemente publicados na revista científica Annals of Internal Medicine, indicam que as células T...

No artigo, é descrita a evolução de dois doentes com COVID-19 que deram entrada no Hospital Universitário Johns Hopkins, nos EUA, com febre e falta de ar, uma semana após o início dos sintomas. Apesar das várias abordagens terapêuticas utilizadas, ambos os doentes, de 69 e 47 anos de idade, desenvolveram Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda (ARDS), tendo ficado em estado crítico. Sob autorização especial da Food and Drug Administration (FDA), ambos receberam até três doses de células T reguladoras – um tipo de células do sistema imunitário – obtidas a partir de sangue do cordão umbilical e previamente criopreservadas. Nas primeiras 48 horas verificou-se uma melhoria do estado de saúde dos doentes, com a diminuição de marcadores inflamatórios e de citocinas implicadas na lesão pulmonar.

Os autores afirmam que, apesar de reconhecerem que os doentes receberam múltiplas intervenções terapêuticas que podem ter contribuído para a sua recuperação, a relação temporal entre a administração de células T reguladoras e a recuperação dos doentes não pode ser ignorada.

Segundo Bruna Moreira, Investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal, “embora preliminares, os resultados da utilização de células T reguladoras no tratamento de doentes com ARDS decorrente de COVID-19 são promissores e os autores esperam agora testar esta terapia inovadora no âmbito do ensaio clínico multicêntrico e controlado com placebo que está previsto começar até setembro deste ano”.

Nos últimos meses, começaram a surgir evidências de que um pequeno conjunto de medicamentos já existentes pode ter efeito na redução da mortalidade em doentes com COVID-19. Para além de medicamentos, outras abordagens de tratamento, baseadas na administração de células, estão a ser testadas para o tratamento destes doentes. A administração de células estaminais mesenquimais tem vindo a alcançar resultados promissores no tratamento da ARDS, mas outras terapias celulares avançadas estão também a ser avaliadas.

Referências:

Gladstone DE, et al. Regulatory T Cells for Treating Patients With COVID-19 and Acute Respiratory Distress Syndrome: Two Case Reports. Ann Intern Med. 2020;10.7326/L20-0681. doi:10.7326/L20-0681 [online ahead of print].

https://pipelinereview.com/index.php/2020070775231/DNA-RNA-and-Cells/Johns-Hopkins-Reports-Promising-Clinical-Data-in-COVID-19-ARDS-Treated-with-Cellenkos-Cord-Blood-T-Regulatory-Cells.html, acedido a 13 de julho de 2020.

https://www.prnewswire.co.uk/news-releases/cellenkos-r-inc-announces-fda-clearance-to-initiate-phase-1-double-blinded-randomized-placebo-controlled-trial-of-cryopreserved-cord-blood-derived-t-regulatory-cells-ck0802-for-treatment-of-covid-19-associated-acute-respiratory-distress-syn-891362475.html ,acedido a 13 de julho de 2020.

Aconselhamento psicológico
A linha de aconselhamento psicológico do Centro de Contacto SNS 24 atendeu mais de 23 mil chamadas desde o início da pandemia...

“A linha de aconselhamento psicológico recebeu já 23.590 chamadas, entre chamadas de profissionais de saúde e de utentes”, afirmou Marta Temido, no decorrer da conferência de imprensa de atualização de informação sobre a pandemia da covid-19.

Desde o dia 01 de abril que o SNS 24 disponibiliza uma linha de aconselhamento psicológico destinada a profissionais de saúde, proteção civil, forças de segurança e população em geral, tendo em conta a prioridade atribuída à saúde mental neste período.

Marta Temido reforçou, neste encontro, que a Saúde Mental é uma prioridade do Governo, reconhecendo que esta será uma das áreas em que o impacto da covid-19 poderá ser maior a longo prazo.

O Subdiretor-Geral da Saúde, Diogo Cruz, acrescentou que, além de uma prioridade política, a saúde mental é também uma prioridade das autoridades de saúde.

 

Sintomas e tratamento
Causada pelo sobreaquecimento prolongado do corpo, quer seja por exposição prolongada a temperaturas

A insolação ocorre quando o corpo não consegue perder calor com rapidez suficiente em situações de calor extremo. Incapaz de arrefecer, o organismo atinge temperaturas altíssimas provocando quase sempre disfunção de múltiplos sistemas. A verdade é que, a insolação pode danificar, de forma temporária ou permanente, órgãos vitais, como o coração, os pulmões, os rins, o fígado e o cérebro. E quanto mais elevada estiver a temperatura corporal, mais rapidamente surgem complicações que podem conduzir à morte.

Entre os fatores de risco está a idade, uma vez que “a capacidade de regular o calor excessivo depende muito do desempenho eficaz do sistema nervoso central”. Deste modo, crianças e idosos estão entre os grupos mais vulneráveis.

Outro importante fator de risco é a prática de exercício físico intenso quando as temperaturas estão elevadas.

Por outro lado, a toma de alguns medicamentos, que podem afetar a capacidade de hidratação e de resposta ao calor, e doenças preexistentes como obesidade, diabetes, doença pulmonar ou cardíaca podem condicionar o desenvolvimento de uma insolação.

Sintomas de insolação

Em caso de insolação a temperatura corporal pode situar-se acima doa 40 graus. No entanto há outros sinais a que deve estar atento:

  • Tonturas, sensação de desmaio iminente, fraqueza, má coordenação motora, fadiga, dor de cabeça, visão embaçada, dores musculares, náusea e vómitos, são também sintomas de desidratação por calor.
  • Durante uma insolação a pele se aquece, tornando-se vermelha e às vezes seca. E apesar do calor nem sempre à sinais de transpiração.
  • A frequência cardíaca e a frequência respiratória aumentam. A pulsação é geralmente rápida e a pressão arterial pode estar elevada ou baixa.
  • Agitação, confusão mental, discurso incoerente, irritabilidade, delírio, convulsões e até mesmo coma podem ser sintomas provocados por uma insolação.

O diagnóstico é geralmente evidente e o risco de morte depende não só da idade do doente, de doenças preexistentes, mas quanto mais alta é a temperatura corporal e quando mais tempo passar sem tratamento.

Sem tratamento imediato, estima-se que cerca de 80% das pessoas morrerão. Os 20% que sobrevivem podem ficar com lesões cerebrais ou haver perda de função renal.

O que fazer em caso de insolação?

Perante uma insolação deverá recorrer ao serviço de urgência o mais rapidamente possível. Até lá remova a roupa em excesso e tente arrefecer o corpo da forma que for possível: dê-lhe banho com água fria, use uma esponja embebida com água fria ou aplique gelo (envolvido numa toalha) ou toalhas humedecidas em água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas.

Pode utilizar uma ventoinha para ventilar o corpo e tente que ingira líquidos. Mas atenção, estes não podem estar frios, devendo optar pela temperatura ambiente.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Programa “Business as Unusual”
A APAH, Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, lança oficialmente no próximo dia 22 de julho, 4ª feira, a sua...

O programa “Business as Unusual” responde aos desafios atuais de formação dos profissionais de saúde, confrontados que estão com todo um novo contexto de trabalho motivado pela pandemia de COVID-19. A COVID-19 introduziu no Sistema Nacional de Saúde novas exigências, procedimentos e hábitos de trabalho, que intensificaram a utilização de ferramentas digitais. Estas circunstâncias vêm permitir explorar outras formas de organização, liderança e gestão de recursos nas unidades de saúde. Mais do que tudo, estas alterações surgem como oportunidades para promover adaptações proativas e inovações capazes de se tornarem motores de desenvolvimento.

Os últimos meses provaram que um dos segredos do sucesso dos cuidados de saúde reside nos seus profissionais, que têm agora mais um instrumento para consolidarem os seus conhecimentos e experiências. A Academia Digital APAH resulta da diversificação da oferta formativa existente por forma a desenvolver as competências existentes dos profissionais de saúde, de modo a que estes continuem a contribuir para o desenvolvimento de respostas adequadas do sistema de saúde.

Este novo formato proporciona a todos os interessados uma flexibilidade de realização e concretização dos Programas/Cursos disponíveis de acordo com a disponibilidade individual, ou seja, aposta num modelo assíncrono, com todos os cursos estruturados por temas e suportados na partilha de Casos de Estudo e Boas Práticas, que estão alinhados com os 5 domínios de Competências do Global Healthcare Management Competency Directory da International Hospital Federation [IHF], a saber: i. A Saúde e o Sistema de Saúde; ii. Gestão Comunicacional e Relacional; iii. Gestão de Serviços de Saúde; iv. Liderança e v. Responsabilidade Profissional e Social

O Programa “Business As Unusual” é constituído por 3 cursos [1 hora cada], independentes, mas complementares, focados em 3 processos fundamentais para a recuperação após o início da pandemia:

1. Mudança, agora e sempre

2. Equipas, da crise ao pós-crise

3. Novos problemas, novos talentos.

O programa é de acesso universal e gratuito e procura apoiar as equipas e líderes de saúde na implementação e na adoção de novos procedimentos, metodologias e iniciativas, que saibam envolver e mobilizar os profissionais e utentes, na expectativa de que, assim, não só as soluções sejam melhores, mas que a sua implementação seja mais rápida e efetiva. Os interessados podem aceder ao site da APAH em https://apah.pt/ para mais informações.

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