Época 2020/21
O Programa Nacional de Vigilância da Gripe, que visa estimar a incidência e intensidade da epidemia de gripe, assim como...

Segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, responsável por este programa, esta alteração vai ao encontro das recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês), no sentido da adaptação dos sistemas de vigilância da gripe à vigilância epidemiológica da doença causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (Covid-19).

Até à época passada, o sistema de vigilância da gripe em Portugal era constituído por quatro redes-sentinela (Rede Médicos-Sentinela, Rede de Serviços de Urgência, Rede de Serviços de Obstetrícia e Rede de Unidades de Cuidados Intensivos) e por uma Rede não-sentinela (Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe), mas este ano será reforçado com nova rede sentinela: a Rede de Áreas de Atendimento Dedicados aos Doentes Respiratórios.

As atividades do Programa Nacional de Vigilância da Gripe são desenvolvidas pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios do Departamento de Doenças Infeciosas e pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde.

Parte da informação resultante desta vigilância é publicada semanalmente no Boletim da Vigilância Epidemiológica da Gripe, sendo que o primeiro boletim será publicado no dia 8 de outubro.

Consenso Estratégico para a Insuficiência Cardíaca em Portugal
Um grupo de personalidades de renome no setor da saúde, onde se incluem deputados, ex-ministros, representantes de entidades...

Num ano em que os cuidados de saúde têm dominado o foco das autoridades devido à pandemia por COVID-19 e em que se torna urgente tomar medidas para garantir a continuidade dos cuidados prestados a doentes crónicos nomeadamente com IC, os autores deste Consenso alertam para uma maior urgência na necessidade de implementação de iniciativas baseadas na evidência e custo-efetivas no sentido de limitar a carga pessoal e os gastos com hospitalizações, muitas vezes evitáveis e frequentemente observadas na IC.

Este documento de consenso teve a coordenação científica da Heart Failure Policy Network (HFPN), rede europeia que pretende consciencializar para as necessidades dos doentes com insuficiência cardíaca e seguiu o “Método do Consenso” desenvolvido pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade Católica Portuguesa. A iniciativa contou com o apoio da Novartis e da Medtronic.

De entre as medidas apresentadas no documento de consenso, destaca-se a necessidade de criação de um Plano Assistencial Integrado em IC que deverá contar com uma rede de referenciação entre cuidados de saúde primários (centros de saúde, USFs, ACES) e secundários (hospitais). Esta rede deve ter critérios de acesso claros, permitindo uma distribuição adequada entre as complexidades de cada pessoa com IC e as competências dos diferentes níveis de cuidados.

O grupo propõe também a uniformização de critérios e a partilha de informação entre os diferentes níveis de cuidados, o que permitirá o desenvolvimento de um registo uniforme e robusto em insuficiência cardíaca.  De forma a garantir uma resposta eficiente continuada a esta patologia, é ainda proposto que os cuidados sejam monitorizados e avaliados, através da criação de um painel de indicadores comum entre os vários níveis de cuidados. Este painel de indicadores deve considerar todo o percurso clínico das pessoas com IC, focando-se em resultados e sendo, por isso, indutor de uma melhoria contínua de cuidados, pela partilha de boas práticas.

“A elaboração do consenso reuniu elementos dos diferentes quadrantes da área da saúde, o que permitiu a criação de um documento que procura dar resposta a todas as necessidades não atendidas das pessoas que vivem com IC e seus cuidadores.  O envolvimento de diferentes atores e entidades decisoras neste projeto reflete a preocupação real em torno da IC e reforça a necessidade urgente de implementar uma estratégia integrada e coerente, capaz de reverter o panorama da síndrome em Portugal e ajudar as pessoas que vivem com IC, que são muitas vezes esquecidas”, revela Sara Correia Marques, representante da Heart Failure Policy Network (HFPN), entidade responsável pela coordenação científica do documento.

“A situação da IC em Portugal exige uma atuação urgente com especial destaque para os profissionais de saúde que devem atuar em equipas multidisciplinares e integradas, de modo a que exista uma resposta mais célere e concertada entre os diferentes níveis de cuidados. É fundamental que os bons exemplos que temos nesta área não sejam exceções, mas sim a regra”, indica Pedro Marques, cardiologista do Hospital de Santa Maria.

De acordo com José Silva Cardoso, coordenador do Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca, da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, “considerando o aumento da prevalência da Insuficiência Cardíaca em Portugal é indispensável torná-la uma prioridade do Serviço Nacional de Saúde, de modo a prepará-lo para esta área ao nível clínico, organizativo e financeiro. Só assim será possível garantir aos doentes um melhor prognóstico e uma melhor qualidade de vida. Simultaneamente, é imprescindível informar a opinião pública e os doentes, de modo que estejam mais conscientes e despertos para a patologia”.

Luís Filipe Pereira, presidente da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) e ex-ministro da Saúde considera que as medidas propostas neste documento vêm dar uma resposta coerente às necessidades impostas pela doença. Nesta fase de pandemia em que se tornou claro que, a qualquer momento, uma doença infeciosa pode monopolizar o SNS, a implementação de uma estratégia para lidar eficazmente com a IC é imprescindível”. E remata: “espero que o ‘Consenso Estratégico para a Insuficiência Cardíaca em Portugal’ possa atuar como um catalisador para o desenvolvimento de novas políticas de saúde e possa ajudar a reformular o modo como o nosso país dará resposta à crescente carga da insuficiência cardíaca.”

O “Consenso Estratégico para a Insuficiência Cardíaca em Portugal” resulta de um trabalho conjunto de um grupo multidisciplinar constituído por médicos de Cardiologia, Medicina Interna e Medicina Geral e Familiar, representantes de sociedades científicas, enfermeiros, farmacêuticos, representantes da Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC), especialistas em Saúde Pública, membros de serviços do Ministério da Saúde, decisores políticos, representantes de associações da indústria farmacêutica e de dispositivos médicos.

Estimativas apontam para cerca de 400 mil pessoas com IC em Portugal continental e um aumento para meio milhão em 2060

A IC é a terceira causa mais comum de hospitalização no nosso país e uma em cada cinco pessoas hospitalizadas por IC são readmitidas com um agravamento da síndrome, pelo menos, uma vez no período de um ano após a alta hospitalar. A mortalidade por IC é elevada, mais alta do que por vários tipos de cancro comuns. Projeções do impacto da IC apontam para um aumento da despesa de 405 milhões para 503 milhões de euros, entre 2014 e 2036, e um aumento em 28% dos anos de vida perdidos ajustados por incapacidade no mesmo período.

 

 

Sessões online educacionais
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) vai realizar, nos dias 8 e 9 de outubro, duas sessões de educação sob...

“Na diabetes, as cetonas são produzidas quando a glicemia não está bem controlada. Isto é, o açúcar, que é a fonte energética natural do corpo humano, deixa de ser utilizado como fonte de energia e o organismo passa a utilizar as reservas de gordura como alternativa. A presença de corpos cetónicos no organismo resulta desse processo e é um sinal de alarme que obriga a agir com rapidez e a procurar as causas, tais como: situação de doença, falta/ausência de administração de insulina e jejum prolongado.” esclarece João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP e moderador do webinar.

Os corpos cetónicos são tóxicos para o organismo que, a todo o custo, tenta eliminá-los pelos pulmões e pelos rins. Para esclarecer as pessoas com diabetes e profissionais de saúde sobre a importância da gestão destes produtos, a APDP realiza no dia 8 de outubro uma sessão online para pais, crianças e jovens até aos 17 anos e conta com a pediatra Raquel Coelho e o enfermeiro Duarte Matos. Já no dia 9 de outubro, esta sessão será para pessoas com 18 anos ou mais, com a participação do médico Bruno Almeida e da enfermeira Marina Dingle.

João Filipe Raposo reforça ainda que “agora, mais do que nunca, é fundamental reforçar a importância da educação terapêutica e criar ferramentas que apoiem a população portuguesa na gestão da diabetes. Este webinar serve também para que as pessoas com diabetes desenvolvam competências na autogestão dos cuidados, capazes de manter a melhor gestão possível, com um controlo da glicemia e de cetona.”

Os interessados em participar poderão colocar as suas questões, até dia 7 de outubro, para o e-mail [email protected].

Os webinars decorrerão na página do Facebook da APDP e na plataforma online Zoom.

Distinção internacional
Vera Carneiro, membro da Direção da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), é uma das vencedoras do...

Este prémio reconhece e celebra jovens e futuros profissionais da linha de frente, voluntários e equipas de apoio do setor da saúde da visão a nível mundial. “Os nossos Eye Health Heroes trabalham com paixão, propósito e determinação para melhorar a vida das pessoas em todo o mundo. São os agentes da mudança, são inovadores e líderes emergentes de todas as áreas e experiências em saúde da visão”, afirma Bob McMullan, Presidente da IAPB.

Vara Carneiro é responsável pelos assuntos regulamentares e legislativos da APLO, estando ativamente envolvida na promoção, definição e implementação de alterações para melhorar o acesso aos cuidados para a saúde da visão em Portugal. Foi coautora da atual proposta da APLO para regulamentar a profissão de optometrista em território nacional, oferecendo soluções para a prestação de cuidados primários para a saúde da visão. O seu trabalho na APLO pretende contribuir para mudanças estruturais no sistema de saúde, para a defesa dos direitos dos utentes a mais e melhores cuidados para a saúde da visão e para a universalização do acesso aos cuidados de saúde da visão.

Além disso, contribui ativamente para a elaboração, adaptação e tradução de várias normas e regulamentos tais como o Rastreio da Visão em Adultos, Rastreio Optométrico Infantil, as Linhas Orientadoras para o Rastreio Escolar da Visão e é responsável e/ou contribuiu para  a tradução de documentos internacionais como “Porquê Optometria?”, do Conselho Mundial de Optometria, e “as Linhas Orientadoras para o Rastreio Escolar da Visão”, da IAPB.

“A Vera Carneiro tem sido um pilar da APLO e uma das principais impulsionadoras para que seja assegurado o acesso aos cuidados para a saúde da visão para todos os portugueses, promovendo a integração da optometria nos cuidados primários para a saúde da visão. A sua experiência como optometrista pioneira na integração do Serviço Nacional de Saúde, alcançou resultados notáveis, demonstrando o valor e os benefícios da abordagem interdisciplinar à saúde da visão. E, acima de tudo, o que torna mais valiosa a sua indicação para este prémio, é a sua vontade e motivação para lutar e falar pela mudança. A sua formação em promoção do direito ao acesso aos cuidados para a saúde da visão, pelo World Council of Optometry e Brien Holden Vision Institute, e sendo atualmente estudante de doutoramento com foco em saúde visual pública, dá apoio e crédito à sua profunda vontade em garantir cuidados de saúde da visão para todos. Em nome de todos os Optometristas, expressamos o nosso enorme orgulho na colega por este reconhecimento mundial do seu valor, dando ainda mais força à causa que defende: Mais e Melhores Cuidados para a Saúde da Visão, com a qualidade e segurança que os Portugueses merecem”, declarou Raúl de Sousa, Presidente da APLO.

Iniciativa
“Desafios na Era Covid” é o tema do 2º webinar que a Fundação Portuguesa de Cardiologia está a organizar para profissionais de...

Com moderação de Negrão, Assessor Médico da Fundação Portuguesa de Cardiologia, participam neste webinar Manuel Carrageta que abordará a temática da “COVID-19 e a Vitamina D”, Luís Rosário com a temática da “COVID-19 e a Insuficiência Cardíaca” e Carlos Catarino com o tema da “COVID-19 e a Hipertensão”.

“Através da promoção deste webinar, a Fundação Portuguesa de Cardiologia pretende fazer a diferença e abordar as temáticas mais desafiantes que os profissionais de saúde enfrentam no âmbito desta problemática do COVID 19”, revela Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

 A realização deste “Desafios na Era Covid” é parte integrante das diversas iniciativas que a Fundação Portuguesa de Cardiologia desenvolve ao longo do ano e que têm como o objetivo divulgar junto da população em geral e dos profissionais de saúde a mais recente informação sobre a prevenção das doenças cardiovasculares e promoção da saúde. No âmbito das circunstâncias atuais pelo surto de COVID-19, este webinar tem transmissão online exclusiva no Facebook e Youtube.

 

Cancro do sangue
A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é um cancro raro e agressivo do sangue e da medula óssea que interfe

Segundo a Hospitalar Graduada de Hematologia Clínica do HSAC, CHULC, Paula Sousa e Santos, “a Leucemia Mieloide Aguda (LMA) é uma doença maligna do sangue que resulta da produção excessiva de células imaturas da linhagem mieloide (mieloblastos), que não chegam a células maduras, capazes de desenvolver o seu papel no organismo. Os mieloblastos multiplicam-se muito rapidamente e acumulam-se na medula óssea impedindo a produção de células normais (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas)”. Embora existam vários subtipos da doença, que apresentam características específicas, hoje abordamos os traços mais frequentes da doença.

Esta trata-se de uma doença do adulto, sobretudo após os 65 anos, embora possam atingir as crianças. “A sua incidência aumenta sobretudo a partir dos 55 anos, permanecendo estável a partir dos 85 anos”, adianta e especialista em Hematologia Clínica. E embora as causas sejam desconhecidas, estão descritas algumas condições que favorecem o seu desenvolvimento. É o caso de anomalias cromossómicas congénitas como a Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter e síndromes de roturas cromossómicas como o Síndrome de Bloom e a anemia de Fanconi. Por outro lado, a presença de doenças hematológicas consideradas pré-leucémicas, como os Síndromes mielodisplásicos, Síndromes mieloproliferativos crónicos ou Aplasia medular, podem aumentar a probabilidade de desenvolver a doença.

A especialista destaca ainda a exposição a produtos químicos (benzeno, diluentes), a radiações ionizantes, ou o “tratamento prévio com alguns agentes citostáticos devidamente identificados” como fatores de risco.

Estima-se ainda que 4% dos casos tenham uma base hereditária e que surjam por “mutações adquiridas em vários genes”.

Os sintomas da doença também são muito variáveis, podendo o doente apresentar sinais de anemia, cansaço ou fraqueza ou quadros de insuficiência respiratória, e/ou alterações neurológicas, entre outros.

“A acumulação de mieloblastos na medula óssea e o consequente bloqueio a produção de células normais na medula óssea está na origem dos sintomas da doença, ou seja, a anemia por diminuição dos glóbulos vermelhos, o maior risco de infeções por diminuição e alteração funcional dos glóbulos brancos e a maior tendência a hemorragia por diminuição das plaquetas”, começa por explicar Paula Sousa e Santos quanto aos principais sintomas, adiando que, uma vez que os mieloblastos “podem infiltrar outros órgãos do corpo” podem surgir outras complicações.

Deste modo, na presença de sintomas sugestivos da doença, é essencial que sejam “realizadas análises, com destaque para o hemograma com estudo rigoroso do sangue periférico, e perante a suspeita de LMA deve ser realizado o mielograma para avaliação da medula óssea”.

Segundo a especialista, o” diagnóstico é principalmente morfológico (identificação dos mieloblastos ao microscópio), sendo fundamental a presença de >/= 20% de mieloblastos, exceto em determinadas situações bem definidas, em que o diagnóstico deve ser feito com < 20% de mieloblastos”.

“Uma vez identificados os mieloblastos, o estudo tem de ser complementado por outro tipo de técnicas específicas para caracterização do tipo de linhagem mieloide, para identificação de anomalias citogenéticas e de mutações adquiridas mais frequentes, o que além de permitir incluir o doente num determinado subtipo na classificação, permite também a estratificação em grupos de risco com implicações prognósticas e terapêuticas”, acrescenta.

Cura depende de vários fatores, inclusive da biologia da doença

A idade e o estado geral do doente, bem como subtipo da doença, são determinantes para o sucesso do tratamento. “São conhecidas anomalias citogenéticas e mutações de genes que se associam a prognóstico favorável ou desfavorável, e a escolha do tratamento a adotar deve ter em conta a estratificação prognóstica, com base nessa informação: LMA de risco favorável (melhor resposta ao tratamento e maior sobrevivência), risco intermédio e risco adverso (pior resposta ao tratamento e menor sobrevivência)”, esclarece a médica, segundo a qual o tratamento pode consistir em ciclos de “quimioterapia intensiva, semi-intensiva (baixa dose) ou melhor terapêutica de suporte”.

Habitualmente, os doentes são divididos em 2 grupos: idade <60-70 anos e idade >60-70 anos. “Os do 1º grupo são candidatos a quimioterapia intensiva, desde que não haja contraindicação formal. Nos do 2º grupo a decisão deve ser feita caso a caso, porque são mais frequentes as comorbilidades com alteração do estado geral, e é maior a probabilidade de se tratar de LMA secundária a neoplasia prévia e associada a terapêutica. É neste grupo que se adotam regimes de baixa intensidade”, refere a especialista.

O regime intensivo, adianta, “é realizado em internamento hospitalar e pode ser necessário mais do que um ciclo para obter a resposta esperada (desaparecimento das células malignas e dos sintomas = remissão da doença)”. Após confirmada a remissão são realizados mais 2 ou 3 ciclos “para a consolidar”, e os doentes com mais de 60 anos prosseguem com tratamento de manutenção. “Entre os vários ciclos existe um intervalo para que o organismo recupere. Nos doentes de risco intermédio e adverso está indicado o transplante de medula óssea logo que obtenham resposta”, esclarece quanto à terapêutica.

“Importa relembrar que há um tipo de LMA, denominada Leucemia Promielocítica Aguda (associada a prognóstico favorável), em que a estratégia terapêutica é diferente da anterior porque requer um derivado da vitamina A (ácido transretinoico ou ATRA) que é administrado por via oral e que ajuda as células a amadurecer, ao qual também se pode associar um derivado do arsénico”, acrescenta Paula Sousa e Santos.

Náuseas e vómitos, falta de apetite, queda de cabelo (alopécia), maior sensibilidade na pele e inflamação ou descamação das mucosas intestina e oral, estão entre os efeitos mais frequentes do tratamento. Por outro lado, os doentes podem apresentar um agravamento da anemia (astenia, adinamia, cansaço, palpitações) com necessidade de transfusão com concentrado eritrocitário, diminuição dos glóbulos brancos, estando mais sensível a infeções) e diminuição de plaquetas, resultando em hemorragias espontâneas, sobretudo na pele e mucosas.

Por outro lado, em doente mais novos, há uma diminuição da fertilidade.

Alguns conselhos durante e após tratamento:

  • Todos os sinais, sintomas e preocupações devem ser sempre comunicados à equipa multidisciplinar de forma a permitir uma rápida atuação, evitando situações mais complicadas.
  • Cuidados nutricionais como evitar alimentos não cozinhados em determinadas fases do tratamento.
  • Cuidados acrescidos com a higiene pessoal.
  • Evitar comportamentos que possam causar traumatismos de qualquer tipo, pelo risco de hemorragia grave.
  • Durante o tratamento e nos meses seguintes é habitualmente administrada medicação anticoncecional oral de forma contínua, para evitar que ocorram perdas menstruais muito abundantes, bem como para evitar uma gravidez dado o elevado risco de malformações fetais. Os doentes do sexo masculino que tenham uma companheira em idade fértil, devem igualmente ter cuidados acrescidos.
  • Estados de depressão reativa e insónias são frequentes e podem ser melhorados com apoio psicológico e eventualmente medicação dirigida.
  • Em ambulatório: contactar a equipa se surgir febre ou alteração inexplicada do estado geral; evitar locais com aglomerados de pessoas; evitar contacto com pessoas com síndrome gripal ou outras infeções; evitar a exposição solar; tratar ativamente infeções fúngicas da pele e unhas com cremes e soluções para o efeito; tentar manter a atividade habitual dentro do possível.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Marcadores de progressão da degenerescência macular da idade
Dois investigadores portugueses da Associação para Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem foram distinguidos com a...

Este prémio foi anunciado na abertura oficial do Congresso Anual do EURETINA - Sociedade Europeia de Retina, o principal evento mundial nesta área.

O EURETINA Clinical Research Award distingue personalidades que conduzem de forma ativa investigação clínica na área da retina médica, que potenciem conhecimento destas patologias e consequentemente a melhoria dos tratamentos disponíveis. O projeto premiado, liderado por Rufino Silva e Inês Laíns, irá permitir à AIBILI desenvolver um estudo inovador que utiliza a metabolómica (análise de pequenas moléculas em amostras biológicas), para identificar marcadores de progressão da degenerescência macular da idade (DMI).

A DMI é uma das principais causas de cegueira a nível mundial. Atualmente, não é possível prever de forma fiável quem são as pessoas com DMI que vão progredir para as formas avançadas, que levam a cegueira causada por esta doença. Este estudo vem colmatar essa falha e contribuir para identificar possíveis alvos terapêuticos para desenvolver novos medicamentos para a DMI.

Este projeto vai ser desenvolvido em colaboração com o Massachusetts Eye and Ear (MEE)/ Harvard Medical School em Boston, nos Estados Unidos, onde Ines Laíns é também investigadora. "É com grande satisfação que recebo este prémio Europeu que realça a qualidade e carácter inovador da investigação em oftalmologia que temos vindo a realizar", afirma Rufino Silva. Para Inês Laíns, este reconhecimento “constitui uma oportunidade única para dinamizar um projeto pioneiro na área da degenerescência macular da idade e reforçar a colaboração entre a AIBILI e o MEE”.

 

 

E-Conference
A APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares – vai promover, no próximo dia 7 de outubro de 2020,...

Neste encontro vão ser  abordados temas como Valor em Saúde, Custo e Financiamento na Doença Oncológica, bem como o contributo dos medicamentos genéricos e biossimilares para gerar valor em saúde ao garantirem os resultados em saúde que têm importância para os doentes, mas de forma mais acessível.

A iniciativa vai reunir profissionais de saúde, académicos, administradores hospitalares, economistas da saúde e associações de doentes, com o objetivo de, em conjunto, compilar Recomendações para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia 2021.

Devido à pandemia provocada pela COVID-19, muitos doentes com outras patologias têm enfrentando dificuldades de acesso, em tempo útil, a consultas, exames e cirurgias; mais de 15 000 cancros terão ficado por diagnosticar; mais de 4 490 mortes ficaram por explicar. Por consequência, o sistema de saúde vai ser confrontado com casos mais graves – em todas as patologias - que vão necessitar de um maior investimento em profissionais de saúde, serviços e recursos em tecnologias de saúde.

Este será um dos temas de destaque da e-conference promovida pela APOGEN, em que se abordará o contributo direto dos medicamentos genéricos e biossimilares no tratamento da doença, e também o seu contributo indireto através de ganhos de eficiência. As poupanças geradas podem ser reinvestidas noutros recursos de saúde que assegurem o acesso equitativo a medidas preventivas, cuidados de saúde e tecnologias de saúde para todos os cidadãos.

Cada vez mais, e particularmente num período de crise sanitária e económica, estes medicamentos são um importante instrumento estrutural de acessibilidade e de sustentabilidade financeira para as famílias portuguesas e para o orçamento geral do Estado.

Vírus da Hepatite C
O Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina deste ano foi hoje atribuído ao trio de investigadores Harvey J. Alter, Michael...

A hepatite C é provocada por um vírus, que tem uma característica ameaçadora para quem o contrai, ou seja, na grande maioria dos casos, torna-se crónico e silencioso, podendo perdurar durante décadas. Esse processo vai destruindo o fígado e desencadeando, nalguns casos, a cirrose e o cancro do fígado, um dos cancros de pior prognóstico.

Neste momento é muito fácil tratar e eliminar o vírus da hepatite C: através de antivíricos orais, em 8-12 semanas, sem efeitos secundários, consegue-se a eliminação definitiva em quase 100% dos casos.

Para Rui Tato Marinho, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia “o Nobel atribuído à hepatite C é um pouco nosso, dos gastrenterologistas e hepatologistas, que a par de outros colegas têm estado no terreno, garantindo que todos os nossos doentes façam o melhor tratamento, da forma mais rápida” e sublinha que “estimamos que ainda existam em Portugal cerca de 40.000 infetados com o vírus a necessitarem de tratamento”.

“Esperamos que este Nobel contribua para alcançar o objetivo da Organização Mundial da Saúde, com a eliminação da hepatite C como importante problema de Saúde Pública em 2030”, termina o presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

 

Custos anuais da malnutrição ultrapassam os 13 milhões de euros
A Direção-Geral da Saúde publicou recentemente a norma que regulamenta a Implementação da Nutrição Entérica e Parentérica no...

O Presidente da Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica (APNEP), Aníbal Marinho, que fez parte do painel de peritos deste documento, garante que “fez-se história com a publicação desta norma, uma vez que abre uma porta para a regulamentação efetiva da nutrição entérica e parentérica no futuro. O seu âmbito é hospitalar, mas define já algoritmos de alta hospitalar para doentes com necessidade de suplementos nutricionais orais, nutrição entérica por sonda ou nutrição parentérica”. Aníbal Marinho, esclarece ainda que “no documento consta que o Grupo de Nutrição Entérica e Parentérica (GNEP) deve monitorizar e garantir, aos doentes com necessidade de Nutrição Entérica e Parentérica, o acesso equitativo aos cuidados e à nutrição em contexto domiciliário e ambulatório”.

De acordo com vários estudos realizados em Medicina Interna, os custos anuais da malnutrição num só serviço de Medicina Interna em Portugal ascendem os 13 milhões de euros, numa altura em que 73% doentes internados em nesta área estão malnutridos, desses 56% apresentam malnutrição moderada e 17% malnutrição grave. Aníbal Marinho, presidente da APNEP e médico intensivista, acredita que neste momento “a dimensão de doentes malnutridos que se encontram em ambulatório sem qualquer tipo de acesso à nutrição clínica aumentou de forma drástica durante esta pandemia, havendo doentes que não têm sequer acompanhamento”.

A Semana de Sensibilização para a Malnutrição pretende dar voz a estes doentes, através da campanha #malnutriçãozero, que conta com o apoio institucional do Ministério da Saúde e com o apoio científico da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, da Sociedade Portuguesa de Cirurgia e da Sociedade Portuguesa de Oncologia. Os principais objetivos desta campanha passam por educar para a identificação e tratamento precoces da malnutrição associada à doença, consciencializar os doentes/cuidadores para que possam discutir o seu estado nutricional com o seu médico e sensibilizar todos para o papel fulcral da nutrição clínica na recuperação do doente. 

Esta iniciativa é uma ação conjunta da Optimal Nutritional Care for All (ONCA) e da European Nutrition for Health Alliance (ENHA), na qual já se juntaram países como Reino Unido, França, Bélgica, Dinamarca, Israel e Portugal.

Portugal regista anualmente mais de 115 mil casos de doentes no domicílio/ambulatório (1% da população) em risco nutricional que precisam de apoio nutricional com recurso a nutrição clínica (entérica e parentérica). A falta de acessibilidade à nutrição clínica acentua desigualdades sociais, uma vez que apenas os com capacidade financeira para tal, conseguem reverter a sua malnutrição no contexto ambulatório/domicílio.

 

Secretário de Estado da Saúde
O novo secretário de estado da saúde, Diogo Serras Lopes, disse hoje que Portugal conseguiu dar uma “resposta inédita, que...

Já abriu um novo call center na Covilhã e em breve iremos abrir outro em Vila Nova de Gaia. Adicionalmente, serão também reforçados os centros já existentes, permitindo passar dos atuais 1.350 profissionais na linha SNS 24 para os dois mil ainda durante o Outono”, revelou.

Na habitual conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia em Portugal, o responsável falou ainda sobre a saúde mental, que “já era uma prioridade do Governo antes da pandemia”, sendo agora também reforçada.  “A linha de apoio psicológico, criada em abril, conta com 38.912 chamadas atendidas, das quais 3229 a profissionais de saúde”, anunciou.

Para além disso a linha de apoio para surdos realizou já mais de 800 mil videochamadas, “dando assim o acesso ao SNS 24 possível a estes cidadãos”, refere Diogo Serras Lopes, sublinhando que este era já um “desejo antigo” que não foi impedido pela pandemia da covid-19.

Portugal contabiliza hoje, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Direção Geral da Saúde, mais seis mortos relacionados com a covid-19 e 888 novos casos de infeção com o novo coronavírus.

 

 

Maioria na região de Lisboa
A diretora geral da saúde, Graça Freitas, disse hoje, na habitual conferência de imprensa, que Portugal conta atualmente com...

No encontro a diretora geral da saúde, refere que este é “um número bastante inferior relativamente a outros períodos”, verificando-se “felizmente uma redução” nesta matéria.

Graça Freitas mencionou em concreto o surto de Bragança, dizendo que se localiza num lar, com três edifícios, sendo que apenas um está afetado. Tem 43 residentes que testaram positivo e sete profissionais. “Os outros dois edifícios estão sem casos”, adiantou.

Para além deste, a diretora geral da saúde fez ainda referência a um outro surto na região Norte, num lar em Montalegre, com “muito menos exposição”, e que conta com apenas quatro profissionais infetados. “Está a decorrer o inquérito epidemiológico, é um surto que teve um início muito recente e está a ser acompanhado”, garante.

 

Adaptação à rotina
A realização de uma colostomia é um momento difícil!

Para prevenir complicações deve ter alguns cuidados com a sua colostomia e pele periestomal, remover corretamente o dispositivo, efetuar uma boa higiene e aproveitar este momento para proceder a uma observação mais atenta do estoma (cor, humidade, forma, tamanho e a existência de lesões) e da pele periestomal e, finalmente, colocar o dispositivo, garantindo que fica ajustado ao estoma para evitar fugas.

Uma colostomia é a exteriorização no abdómem de uma parte do intestino grosso para eliminação de fezes, falemos da sua rotina diária e de algumas adaptações que o vão permitir manter as atividades do dia a dia.

Higiene

Deve manter os hábitos de higiene pessoal e tomar duche normalmente, os dispositivos garantem a adesividade mesmo quando expostos à água e ao calor, no final seque o dispositivo com a toalha. A decisão de tirar o dispositivo na hora do duche é sua, mas tenha em atenção à temperatura da água e não incida o jato da água sobre a colostomia, pois pode provocar sangramento.

Alimentação

Em relação à dieta, deve ir reintroduzindo os alimentos de forma progressiva e em pequenas quantidades, o que lhe permitirá identificar aqueles que lhe provocam desconforto ou alteração das fezes. Deve ter uma alimentação equilibrada e variada, fazer 5 a 6 refeições ao longo do dia, mastigar bem os alimentos, procurar cumprir o horário das refeições, de forma a regular o funcionamento do seu intestino e ingerir no mínimo, 1.5 litro de água, ao longo do dia.

Vestuário

Pode vestir a roupa que usava antes da realização da colostomia, evitando usar roupa apertada ou que o cós das calças/saia e/ou cinto fiquem sobre a colostomia, uma vez que poderá provocar alguma lesão.

Atividade Profissional

Regressar ao trabalho, depende das suas condições físicas e emocionais, recorde-se que com pequenas adaptações pode voltar à sua rotina diária. Evite fazer grandes esforços e carregar pesos, para diminuir o risco de prolapsos e hérnias!

Sexualidade

O sexo faz parte da vida, mas a presença de um estoma e a alteração na imagem corporal pode ter impacto na sua sexualidade e intimidade. A enfermeira estomaterapeuta pode ajudá-lo a si e ao seu companheiro, orientando-os para outro profissional de saúde para que em conjunto, ultrapassem as dificuldades sentidas, tanto a nível físico, como psicológico e consiga adaptar-se à nova condição. Tenha presente que pode ser necessário algum tempo até as coisas voltarem ao normal, mantenha uma atitude positiva!

Lazer

Se gosta de passear e viajar pode retomar estas atividades logo que se sinta confiante com a sua colostomia, basta para tal ter alguns cuidados e levar consigo material de ostomia em quantidade suficiente para ter férias sem percalços.

Atividade Física

Tem múltiplos benefícios, logo que esteja recuperado, e de acordo com a sua preferência pode caminhar, correr, nadar, andar de bicicleta, evitando os desportos que obriguem o contacto físico, pois podem causar traumatismos abdominais. Tenha em atenção a humidade, o suor e o calor podem alterar a adesividade do dispositivo, e reduzir o tempo de uso.

Lembre-se, você é muito mais do que a sua colostomia, esta foi realizada para o ajudar a viver e que conta com a colaboração da sua enfermeira estomaterapeuta sempre que necessitar! SEJA FELIZ e disfrute da vida!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Idosos fragilizados
Segundo um estudo do King’s College, em Londres, médicos e cuidadores devem estar atentos a sinais de confusão ou comportamento...

Mesmo que eles não tenham tosse ou febre, o delírio é mais comum em pessoas vulneráveis ​​com mais de 65 anos do que em pessoas mais saudáveis ​​da mesma idade. No entanto, ainda não está claro por que motivo estes sintomas surgem.

De acordo com os investigadores, embora os três principais sintomas de uma infeção por Covid sejam a tosse, febre acima de 37,8 ° C e uma mudança no cheiro ou sabor, em determinadas faixas etárias podem surgir outros sintomas. É o caso da diarreia ou vómitos nas crianças.

Neste estudo, foram analisados ​​dados de mais de 800 pessoas com mais de 65 anos, incluindo 322 pacientes do hospital com Covid-19 e 535 pessoas que usaram a aplicação Covid Symptom Study para registar os sintomas.  Todos testaram positivo para a Covid-19.

Os investigadores descobriram que os idosos, internados em hospitais com uma condição mais frágil, tinham maior probabilidade de apresentar delírio como um de seus sintomas, em comparação com pessoas da mesma idade que não eram frágeis.

A fragilidade é usada por médicos para descrever pessoas mais velhas que têm dificuldade em recuperas de doenças, tensões e acidentes do dia-a-dia. Eles também têm maior probabilidade de sofrer quedas e receberem cuidados hospitalares quando estão doentes.

Segundo esta pesquisa, um em cada cinco doentes hospitalizados com Covid apenas apresentavam delírio como sintoma.

"Pessoas mais velhas e mais frágeis correm maior risco de serem infetados com Covid-19 do que aquelas mais em forma, e nossos resultados mostram que o delírio é um sintoma chave neste grupo", disse Rose Penfold, do King's College London.

“Os médicos e cuidadores devem estar atentos a qualquer mudança no estado mental dos idosos, como confusão ou comportamento estranho, e estar alerta para o facto de este poder ser um sinal precoce de infeção por coronavírus”.

O estudo também destaca a importância de proteger as pessoas em lares de idosos, onde o vírus se pode espalhar rapidamente, garantindo que a lavagem das mãos, a higiene e os equipamentos de proteção individual são prioritários.

 

Medicamentos de utilização em meio hospitalar
Os utentes do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) portadores de cancro da mama ou esclerose múltipla podem, a...

Este é um projeto do CHUSJ, em parceria com a Ordem dos Farmacêuticos, Associação Nacional de Farmácias e Associação de Distribuidores Farmacêuticos, que visa o aumento da proximidade e contribui para a adesão dos doentes à terapêutica.

O programa consiste na dispensa de medicação, habitualmente cedida nas farmácias hospitalares, em farmácias comunitárias, substituindo a deslocação obrigatória dos doentes ao CHUSJ exclusivamente para este fim.

De acordo com coordenador do programa e médico do CHUSJ, Carlos Lima Alves, existem nestas duas patologias [cancro da mama e esclerose múltipla] “mais de um milhar que são candidatos potenciais. Se 100 aderirem, podemos avançar para outra área [doença] mais rapidamente. Se aderirem 500 ou mais, se calhar teremos de fasear o avançar do projeto porque se pretende que tenha robustez”.

Carlos Lima Alves sublinha que o Farma2Care destina-se a quem “pode de facto autoadministrar a medicação em casa em segurança”, frisando que têm de estar reunidas “condições de estabilidade terapêutica muito especificas”.

“Não são todos os tipos de tratamento que permitem isto”, salientou, acrescentando que este processo poderá incluir “teleconsultas com os farmacêuticos hospitalares para avaliar a adesão ao tratamento em casa”, bem como “dar formação aos farmacêuticos das farmácias comunitárias”.

 

 

 

 

Opinião
A Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) Pombal, é uma Unidade Funcional (UF) do Centro de Saúde de

Assenta numa Equipa Técnica Multidisciplinar constituída por enfermeiros, médico, fisioterapeuta, assistente social, psicóloga, higienista oral e assistente técnico.

A sua Missão é a “prestação de cuidados de saúde e apoio psicológico e social, de âmbito domiciliário e comunitário, às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis em situação de maior risco ou dependência física e funcional, atuando na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à família e na implementação de unidades móveis de intervenção”.

A sua Carteira de Serviços inclui: Saúde Escolar; Projeto do Adolescente; Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância - Equipa Local de Intervenção; Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco; Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco; Rede Social e Comissões Sociais de Freguesia; Rendimento Social de Inserção; Equipa de Cuidados Continuados Integrados; Projeto de Promoção da Literacia em Saúde; Preparação para o Parto, Nascimento e Parentalidade Positiva; Projeto de Saúde do Idoso e Projeto de Saúde Mental.

Em Tempos de Pandemia a 1 de outubro a UCC Pombal faz 6 anos!!!

Desde 16 de março de 2020 estamos a vivenciar tempos diferentes devido à pandemia de Covid-19, uma emergência de Saúde Pública a nível mundial. A equipa da UCC Pombal teve de se adaptar a esta nova realidade tendo mantido as suas atividades inerentes à sua Carteira de Serviços. Contudo, os profissionais tiveram que se adaptar às novas circunstâncias recorrendo a outros meios e recursos, sobretudo tecnológicos e preferencialmente de modo não presencial. No entanto, sempre que necessário os utentes e famílias em acompanhamento tiveram atendimento presencial.

Houve necessidade de reorganizar os serviços numa perspetiva de colaboração e articulação, ainda mais próxima, com as restantes UF e comunidade. A equipa da UCC

colaborou na Visitação Domiciliária aos utentes Covid 19 positivos de outras UF, nos inquéritos epidemiológicos aos utentes Covid 19 positivos e seus contatantes (atualmente retomado pelo aumento de número de casos), no Ponto de Triagem aos utentes do Centro de Saúde de Pombal, na Equipa de Colheitas do ACES Pinhal Litoral realizando os testes de rastreio da Covid 19 no âmbito do Programa de Intervenção Preventiva em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas e Lares Residenciais durante todo o mês de maio realizando cerca de 3000 colheitas, mantendo a sua colaboração sempre que necessário.

Para melhor coordenação e articulação no Centro de Saúde de Pombal foi constituído um Gabinete de Crise, ao qual integraram a Autoridade de Saúde concelhia e os Coordenadores das UF da sede, Responsável Local da UAG e uma Técnica de Saúde Ambiental, com o objetivo de encontrar soluções rápidas e urgentes adaptando-as diariamente à situação, em articulação com as diferentes entidades da comunidade.

No âmbito do seu Projeto de Saúde Mental, foi criada uma Linha Telefónica de Saúde Mental e Psiquiatria (ainda disponível) para apoio emocional e intervenção psicoeducacional sobre gestão da ansiedade em contexto de crise dirigida aos utentes e profissionais de saúde, com o apoio de duas enfermeiras especialistas em enfermagem de saúde mental e psiquiátrica.

A experiência de uma situação de isolamento por Covid-19 positivo pode trazer alguns desafios do ponto de vista psicológico, emocional e social, neste contexto foi criada uma resposta de acompanhamento integrado por uma equipa multidisciplinar. Esta resposta resultou de uma articulação entre as equipas da Unidade de Saúde Pública – Polo Pombal, UCC Pombal e URAP Pombal.

O Curso de Preparação para o Parto, Nascimento e Parentalidade Positiva – “Barrigas com afeto”, também teve que se adaptar a esta nova realidade. Para isso as sessões passaram a ser realizadas por videoconferência de modo a manter a promoção e desenvolvimento de competências a grávidas, casais e suas famílias em segurança. Para manutenção do acompanhamento de utentes no âmbito da gravidez, puerpério e amamentação recorreu-se também à teleconsulta.

Ao nível do Programa Nacional de Saúde Escolar e da comemoração do Dia Mundial da Higiene das Mãos - 5 de maio, considerando o contexto atual de pandemia, a equipa do projeto “A tua Higiene… a nossa Saúde!” lançou um desafio aos alunos dos 5.º e 6.º anos, para produzirem um vídeo de demonstração da técnica para a higiene correta das mãos. A comunidade educativa aderiu massivamente, tendo participado 61 alunos do 6.º ano da Escola Básica Marquês de Pombal. O vídeo premiado foi partilhado nas redes sociais.

UCC Pombal ... caminhando … com um olhar mais além!

Desde 4 maio que temos vindo a retomar a nossa atividade assistencial em pleno, para além de mantemos a colaboração com as UF e com a Equipa de Colheitas do ACES Pinhal Litoral.

No âmbito da campanha da vacinação contra a gripe sazonal ano 2020/2021, a UCC vai colaborar ativamente com as UF de Pombal de modo a contribuir para um aumento da taxa de cobertura vacinal, realizada no mais curto espaço de tempo e evitando o aglomerado de pessoas.

Com o objetivo de facilitar o acesso dos adolescentes ao Projeto do Adolescente, em alternativa ao atendimento presencial no Espaço do Adolescente em meio escolar, foi criado um email que será disponibilizado aos Agrupamentos de Escolas do Concelho para possibilitar a continuidade deste projeto com maior segurança e respeitando os Planos de Contingência dos Agrupamentos.

Como dantes, como hoje e para o futuro acreditamos e mantemos os nossos Valores: cooperação, solidariedade e trabalho em equipa, autonomia assente na auto-organização funcional e técnica, articulação com as outras Unidades Funcionais do ACES Pinhal Litoral e parceria com as estruturas da comunidade local.

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DGS
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, esclareceu, esta semana, que a presença de público prevista para dois jogos da...

Em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia da COVID-19, a especialista em saúde pública explicou que será testado o comportamento das pessoas, nomeadamente nas entradas e saídas do estádio.  

“Isto não quer dizer mais nada a não ser que estamos a fazer um teste. Estamos a testar as condições para ver o comportamento das pessoas – sem qualquer estigma aqui associado – para a entrada e a saída de um estádio (…)”, referiu, acrescentando que “não podemos tirar conclusões antes de avaliar estes pilotos”.  

Antes de entrar no chamado “modo de produção”, adiantou, poderá haver ainda um terceiro teste piloto.  

“Foi sempre dito que a nossa prioridade, neste período que acabou, era a abertura das escolas para vermos todo o comportamento e dinâmica. Não estava prevista a existência de público nos estádios e daí o que referiu [pedidos do Vitória de Guimarães e do Benfica recusados] não terem tido público nos estádios. A situação vai evoluindo e vamos apenas fazer dois testes piloto. E dois projetos pilotos é isso: testar o conceito para ver se resulta em segurança”, apontou.

Covid-19
As equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à Covid-19 na área Metropolitana de Lisboa contactaram um total de...

Profissionais da Saúde, Segurança Social, Proteção Civil/Municípios e forças de segurança têm ido ao terreno sensibilizar a população para as medidas de prevenção da doença, bem como verificar e encontrar soluções para quem necessita de apoio alimentar e realojamento, o que tem tido um impacto positivo no combate à doença.  

De acordo com os dados da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, entre os dias 30 de junho e 29 de setembro, os elementos das equipas constituídas nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora,  Lisboa Central, Lisboa Norte, Lisboa Ocidental e Oeiras, Loures-Odivelas, Sintra, Almada-Seixal, Arco Ribeiro e Arrábida realizaram ações de rua e visitas a agregados familiares. No total, 14.244 pessoas foram alvo desta intervenção. 

No mesmo período foram visitados 355 estabelecimentos comerciais. 

“Além de contactar pessoas que possam necessitar de ajuda complementar para cumprir o confinamento/isolamento profilático – e assim ajudar a quebrar as cadeias de transmissão da Covid-19 – estas equipas também têm visitado estabelecimentos comerciais e realizado ações de sensibilização à população”, destaca a administração regional de saúde.

 

Nova tecnologia
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) dispõe de uma sala híbrida, localizada no Serviço de Cirurgia...

De acordo com as explicações deste Centro Hospitalar, os “doentes submetidos a cirurgia valvular e que concomitantemente tenham doença coronária ou carotídea, poderão ser tratados às diversas patologias sem que haja necessidade de o doente sair da Sala Híbrida”.

Segundo a informação divulgada em comunicado, “a vertente da intervenção estrutural cardíaca é uma área de desenvolvimento enorme, em que se prevê que num futuro próximo, seja cada vez mais necessário um trabalho de proximidade entre cirurgiões cardíacos, cirurgiões vasculares e cardiologistas de intervenção. Exemplos disso serão as técnicas emergentes de intervenção valvular transcatéter que possibilitam uma abordagem cirúrgica minimamente invasiva”.

Outra vertente igualmente importante será a vertente imagiológica, “já que, pela primeira vez em Portugal, haverá uma Sala Operatória Híbrida com AngioTAC incorporado”. Assim, o CHUC tem na mesma sala com ambiente cirúrgico, um angiógrafo e uma angioTAC, para a preparação mais adequada das intervenções vasculares ou cardíacas mais complexas.

A implantação de biopróteses aórticas transcatéter (TAVI), que se efetua no CHUC desde o início deste ano, 2020, “será efetuada, a partir de agora, num ambiente mais protegido e com vantagens logísticas inequívocas”, assegura.

O Centro Hospitalar e Universitário refere ainda que “esta nova tecnologia possibilita planear, orientar e avaliar procedimentos cada vez mais sofisticados e com maior precisão”.

Tratamento de miomas
Já há uma técnica minimamente invasiva para tratar os miomas intrauterinos que permite às mulheres p

Os miomas podem tornar-se malignos?

Não. Os tumores malignos do útero que se desenvolvem na camada muscular da parede uterina (conhecida como miométrio) não se desenvolvem de miomas. Os miomas são tumores benignos do miométrio e não estão relacionados com os tumores malignos do miométrio (também conhecidos como leiomiossarcomas). Os tumores malignos do útero são malignos à partida. O que acontece é que é impossível ou muito difícil distinguir por radiologia (RM ou TAC ou ecografia) os miomas dos tumores malignos. Desta forma, na maioria dos casos só se descobre que o tumor era maligno depois da cirurgia ou quando o tumor cresce muito rápido em pouco tempo. À partida, todos os tumores do miométrio são assumidos como benignos, ou seja, são miomas. Isto porque os miomas são muito frequentes (até 80% da população feminina) enquanto que os tumores malignos do miométrio são extremamente raros - menos de duas mulheres por cada 100.000 (0.002%). Ou seja, não tem lógica alterar o plano de tratamento de uma mulher com um tumor do útero (miométrio) que é praticamente sempre benigno - mioma - só porque pode ter uma probabilidade de ser maligno de 0.002%. Por outras palavras, todos os tumores do miométrio são miomas até prova em contrário.

Por que se formam os miomas?

Os miomas são tumores benignos que se desenvolvem na parede muscular do útero (miométrio). São tumores benignos que se desenvolvem desde o início da idade fértil após a primeira menstruação e que terminam com a menopausa. Isto porque são tumores que estão dependentes do estímulo hormonal da progesterona e estrogénios para se desenvolverem e crescerem. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de miomas são a idade e a raça. São muito raros na adolescência, passando a ser cada vez mais frequentes até a mulher alcançar a menopausa. Ou seja, uma mulher entre os 40 e 50 anos tem uma probabilidade de vir a ser diagnosticada com miomas muito superior a uma mulher entre os 20 e 30 anos de idade. Frequentemente tratamos doentes entre os 30 anos e os 50 anos de idade. As mulheres de etnia negra têm 2 a 3 vezes mais probabilidade de vir a desenvolver miomas e de terem mais queixas do que as mulheres de etnia branca. As mulheres que tenham estado grávidas têm menor probabilidade de desenvolver miomas, uma vez que a a gravidez tem sido associada a uma redução nas dimensões dos miomas. Dieta rica em carnes vermelhas, ingestão de álcool, dieta pobre em legumes e deficiência de Vitamina D tem sido associada ao desenvolvimento de miomas. Dieta com ingestão de 4 ou mais porções de lacticínios diariamente está associada a uma

menor probabilidade de vir a ter miomas. Os miomas sintomáticos (com queixas) ocorrem em aproximadamente 25%-50% das mulheres em idade fértil.

A embolização uterina

A embolização uterina para tratar os miomas foi iniciada em Paris, em 1995, por um grupo multidisciplinar de radiologistas de intervenção e ginecologistas que tinham experiência em embolização uterina para controlar a hemorragia após o parto. Experimentaram utilizar a mesma técnica para tratar eletivamente mulheres com miomas, com muitas queixas de hemorragia uterina. Em 1999 começamos a implementar esta técnica em Portugal, onde fomos pioneiros. Somos o grupo a nível nacional com maior experiência em embolização uterina e temos das maiores casuístas publicadas a demonstrar a segurança e eficácia da embolização uterina para os miomas e das potencialidades em engravidar após este tratamento numa escala mundial. Trata-se de um tratamento não invasivo, guiado por imagem, realizado por radiologistas de intervenção. É realizado sob anestesia local, sem necessidade de bisturi, nem de incisão cirúrgica na pele. Apenas é introduzido um pequeno tubo de plástico (cateter) numa artéria da virilha ou punho que guiamos por imagem até ao útero. No útero realizamos a embolização, ou seja, a obstrução das artérias que nutrem os miomas. Trata-se de um tratamento muito simples e seguro, feito sem dor, em 30-60 minutos. As doentes entram de manhã e têm alta ao fim do dia, podendo retomar toda a vida normal e voltar ao trabalho após 3 a 5 dias.

Alternativa à cirurgia

Trata-se de uma alternativa à cirurgia muito útil pois as mulheres têm menos dores e a recuperação é muito mais rápida. O risco de complicações graves é inferior e a taxa de sucesso no tratamento das queixas é superior a 90%, próximo do da cirurgia. Além disso, não são realizadas incisões ou cortes na pele, não é necessário o bisturi e não temos de "abrir" a barriga para remover o útero ou os miomas. Não é preciso anestesia geral e não há perdas de sangue com o tratamento. Acima de tudo, com a embolização, a mulher pode preservar o útero, sendo poupada a tratamentos mais invasivos com potencial para mais complicações e mais graves. Desta forma, mulheres que queiram preservar o útero ou mulheres que queiram engravidar e que a cirurgia possível seja apenas a remoção de todo o útero (histerectomia), a embolização deverá ser fortemente considerada. Apesar de todas estas vantagens da embolização uterina relativamente à cirurgia, menos de 7% das mulheres com miomas têm acesso à embolização uterina. Isto deve-se ao facto de haver pouca informação e divulgação desta técnica em geral e porque, mesmo dentro da comunidade médica, muitas mulheres não têm acesso a uma consulta de radiologia de intervenção para avaliarem as hipóteses de poderem ser embolizadas em vez de serem operadas.

Os miomas na menopausa

Sim, após a menopausa os miomas diminuem de tamanho e deixam de dar sintomas ou queixas. Contudo, frequentemente dão queixas muito severas como hemorragia uterina intensa, dores pélvicas, aumento do tamanho da barriga ou compressão da bexiga e reto. Estas queixas podem ser tão graves que levem a mulher a procurar assistência médica urgentemente, pois chegam a ter anemia (redução dos valores de hemoglobina no sangue) por perderem muito sangue durante a menstruação. Infelizmente, muitas vezes as queixas são tão severas que a mulher nos seus 30 ou 40 anos não pode esperar 5 a 10 anos pela menopausa. Claro está que, se os miomas não derem queixas ou sintomas, não têm indicação para ser tratados. Apenas tratamos miomas sintomáticos, ou seja, que deem queixas às doentes. Os restantes podem ser vigiados até à menopausa pois não vão degenerar em malignos nem afetar a qualidade de vida das doentes.

Sintomas dos miomas

O pior é mesmo a hemorragia uterina que tem um enorme impacto negativo imediato. Ou seja, uma mulher que perca enormes quantidades de sangue durante 5 dias da menstruação, a precisar de vários pensos por dia, por vezes mesmo de toalhas na cama e que esteja sempre preocupada em poder sujar a roupa com sangue não tem condições para levar uma vida normal. A qualidade de vida fica fortemente prejudicada. Além disso pode levar a anemia que se manifesta por falta de forças e um cansaço geral que impede que a mulher tenha uma atividade diária dentro do deu normal. A infertilidade também é uma forma de manifestação dos miomas bastante angustiante. Não urgente, uma vez que nestas situações a mulher pode até nem ter outras queixas, mas complexa na sua abordagem. Nós temos das experiências mais vastas em gravidez após embolização uterina mesmo a nível mundial, mostrando que é possível engravidar após o tratamento dos miomas com a embolização uterina.

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