Universidade do Minho
A Escola de Medicina da Universidade do Minho, em colaboração com o seu Centro de Medicina Digital P5, desenvolveu uma...

Desenhada e desenvolvida por uma equipa liderada por Pedro Morgado, investigador e docente da Escola de Medicina, a webapp é uma ferramenta de autoavaliação e automonitorização da saúde mental, mas também de gestão emocional. A plataforma gratuita ajuda a identificar situações que possam beneficiar de encaminhamento para os cuidados de saúde ou aconselhar a marcação de uma consulta. Esta abordagem está em linha com as boas práticas internacionais no domínio da saúde mental.

A webapp está disponível em saudemental.p5.pt

Esta ferramenta, única em Portugal, foi construída pela Escola de Medicina e pelo seu centro de investigação, ICVS, em parceria com o P5. No futuro, está prevista a integração de módulos do projeto Eutimia e da Sociedade Portuguesa de Estudos e Intervenção no Luto, parceiros da iniciativa.

“Esta ferramenta permite que cada pessoa possa avaliar e monitorizar os seus sintomas ansiosos e depressivos, recebendo informação acerca do seu estado. Cada pessoa tem também acesso a ferramentas de gestão emocional, melhoria do sono e adoção de estilos de vida saudáveis”, explica Pedro Morgado.

A informação acerca das estratégias propostas foi selecionada por uma equipa de psiquiatras, psicólogos e investigadores da área das neurociências de acordo com a melhor evidência científica.

Com este projeto, pretende-se aumentar a literacia em saúde mental, em simultâneo com a automonitorização de sintomas e a capacitação da população na autogestão da saúde mental. Em simultâneo, promove-se a consciencialização para a necessidade de recurso aos serviços de saúde e a profissionais qualificados sempre que se verifiquem situações de maior gravidade dos sintomas reportados.

O Centro de Medicina Digital P5 tem-se destacado na criação de soluções digitais, com consultas de telemedicina e opções virtuais de apoio à COVID-19. Também no apoio psicológico e psiquiátrico durante a pandemia, o P5 sobressaiu-se com a criação de um serviço de apoio a Profissionais de Saúde (Cuidar de Quem Cuida), bem como de uma linha de apoio psicológico à comunidade académica e à população dos municípios de Braga e Guimarães.

Nova unidade hospitalar
Resultado de um investimento superior a 170 milhões de euros, abre hoje, o novo Hospital CUF Tejo, em Lisboa. Com um avançado...

O Hospital CUF Tejo - que substitui o Hospital CUF Infante Santo, o mais antigo hospital privado do país - alia a experiência e competência de 75 anos das equipas clínicas da CUF a uma inovação permanente na forma de cuidar das pessoas.  

Para garantir uma resposta personalizada, integrada e completa, conta com a dedicação de mais de 1700 profissionais de referência que atuam de forma multidisciplinar e apoiados por equipamentos médicos de última geração, permitindo diagnósticos e tratamentos com maior precisão, conforto e segurança. 

É o primeiro hospital português totalmente organizado num modelo clínico centrado no doente, para responder de forma personalizada e integrada às doenças do futuro.

Este modelo de organização clínica por patologia, que promove os melhores resultados para os doentes, está organizado em catorze Centros Clínicos para dar resposta às patologias de grande incidência e com tendência de crescimento na população, nomeadamente nas áreas de Oncologia, Neurociências e Cardiovascular. 

O Hospital CUF Tejo é a materialização de um projeto diferenciador, desenhado para as doenças do futuro, centrado nos doentes, familiares e cuidadores e promotor da investigação clínica e da formação universitária e pós-graduada em saúde.

Segundo Salvador de Mello, Presidente do Conselho de Administração da CUF: “A abertura do Hospital CUF Tejo é a concretização de um projeto clínico coerente, sólido e diferenciador que materializa, uma vez mais, a cultura de inovação da CUF e reforça a sua liderança na prestação de cuidados de saúde de referência em Portugal”. 

A abertura do Hospital CUF Tejo ocorre de forma faseada com a disponibilização, desde o dia de hoje, das áreas de Consulta Externa e a Imagiologia e, numa segunda fase, que irá ocorrer até ao final do ano, com a disponibilização das áreas de Internamento, Bloco Operatório, Unidade de Cuidados Intensivos e Atendimento Permanente de Adultos e Atendimento Pediátrico Não Programado.  

Infraestruturas modernas com forte diferenciação tecnológica

A nova unidade da CUF tem uma capacidade instalada de 10 salas de Bloco Operatório - onde, dos equipamentos de ponta, se destacam, na Sala de Neurocirurgia, o sistema de neuronavegação com apoio ecográfico, visualização de imagem 3D e microscópio última geração; na Sala de Robótica o robô Da Vinci; na Sala de Oftalmologia, tecnologia com imagem 3D e microscópio e lasers com a tecnologia mais avançada que existe e uma Sala Híbrida um angiógrafo de vanguarda - única em Portugal, para a realização de procedimentos pelas áreas de Cardiologia de Intervenção, Neurocirurgia ou Cirurgia Vascular. 

Com 213 camas de internamento, uma Unidade de Cuidados Intensivos com 14 camas, 113 Gabinetes de Consulta, 65 Gabinetes Exames e um Atendimento Permanente de Adulto e Atendimento Pediátrico Não Programado, o Hospital CUF Tejo tem capacidade de resposta para as mais diversas e complexas patologias privilegiando a segurança, conforto e privacidade dos doentes.

Num ano o Hospital CUF Tejo tem a capacidade de realizar 465 mil consultas de especialidade, 80 mil diárias de internamento, 23 mil cirurgias e 80 mil episódios de Atendimento Permanente.

O Hospital CUF Tejo tem uma área superior a 75.000m² distribuída por seis pisos acima do solo e quatro pisos subterrâneos, contando com 800 lugares para estacionamento.

Hospital Escola:  ensina, investiga e interroga

O Hospital CUF Tejo assume-se como um Hospital Escola promotor de atividades de formação universitária pré e pós-graduada, incluindo internato médico, bem como investigação translacional no dia-a-dia das equipas clínicas.  

Integra um Centro de Simulação Clínica, criado em parceria com a NOVA Medical School, onde será possível treinar com tecnologia de realidade aumentada de vanguarda e com modelos de alta fidelidade, que mimetizam o doente real nas mais variadas situações clínicas (médicas e cirúrgicas). 

Esta aposta da CUF na diferenciação e inovação do ensino permitirá responder às necessidades de formação prática dos atuais e futuros profissionais de saúde, gerar valorização profissional e crescimento científico e pessoal contínuo. 

eENE 2020 – Overview
O formato foi virtual, mas nem por isso o Encontro Nacional de Epilepsia de 2020 defraudou expetativ

O Dr. Ricardo Rego fez soar as pancadas de Molière com os Highlights em Epilepsia de 2019. Abordou temas como a indução de crises e potencial redução do tempo de monitorização vídeo-EEG, passou pelo iceberg das epilepsias autoimunes com um primeiro ensaio prospetivo e randomizado na evidência de imunoterapia, neste caso na LFI/CASPR2, e revelou a apneia central pós-convulsiva como um possível biomarcador de SUDEP, salientado a importância dos registos poligráficos multimodais. Terminou com uma mensagem provocatória sobre a adequação do termo antiepilético, para o que na verdade são anticonvulsivantes. O que poderia passar por uma questão semântica, manifesta-se superior, numa era em que verdadeiros antiepiléticos se adivinham a chegar.

Na conferência que se seguiu, dedicada às etiologias, o Dr. João Freixo falou sobre genética. Os testes genéticos traduzem-se numa medicina personalizada e exemplo disso é a descoberta que a epilepsia genética com crises febris + (GEFS+) pode ser um mosaico de mutações de novo do SN1A, tornando os seus descendentes mais propensos a fenótipos severos como o Síndrome de Dravet. Este conhecimento permite um melhor aconselhamento genético a estas famílias e a eventual realização de diagnósticos pré-natal. No que diz respeito a que teste pedir, o Whole Exome Sequencing torna-se protagonista, mas com dificuldades de interpretação associadas, traduzindo a importância de vias de comunicação entre clínicos.

Na mesma conferência ouvimos ainda o Dr. Nicolas Gaspard sobre o tema “Autoimmune Epilepsy – What is changing in our clinical practice”. Introduz-nos o conceito de NORSE, uma apresentação clínica não estranha para os neurologistas: um doente sem antecedentes neurológicos relevantes que se apresenta em estado de mal epilético sem clara causa aguda ou ativa estrutural, tóxica ou metabólica. Em estudos retrospetivos multicêntricos de doentes com NORSE, 51% eram criptogénicos, apresentando um curso natural de fase febril, estado epilético super-refratário e por fim alterações neuropsicológicas crónicas. A etiologia pressupõe-se iniciar com uma infeção viral minor num doente com predisposição que dá início a uma “tempestade de citocinas” traduzida em hiperexcitabilidade neuronal e eventual estado de mal. Por fim, realçou que um subgrupo significativo de doentes com epilepsias refratárias de etiologia desconhecidas são na verdade autoimunes. Um baixo limiar de suspeição, com deteção precoce e tratamento atempado, tem fortes implicações prognósticas, em particular nas associações a neoplasias.

A segunda conferência tinha como tema “Neurodegeneração e epilepsia”. A Dra. Sofia Duarte, falando-nos da idade pediátrica, salientou a diferença entre encefalopatia epilética e encefalopatias do desenvolvimento, sendo que nestas últimas as manifestações epiléticas sucedem as alterações cognitivas do desenvolvimento, que são maioritariamente independentes. Esta diferenciação é importante na intenção de cessar por completo as crises neste segundo grupo, por vezes traduzindo mais iatrogenia e receio do que benefício para o desenvolvimento da criança. A Dra. Isabel Santana falou sobre os adultos. Saliento a

apresentação de um artigo sobre uma forma de epilepsia do lobo temporal com amnésia ictal e alterações mnésicas interictais, sendo estas últimas de predomínio retrógrado, autobiográfico e acompanhadas de alterações comportamentais. Ao contrário da demência na epilepsia, que é uma área desafiante com muitas incógnitas, são melhor conhecidas as manifestações epiléticas na demência vascular e doença de Alzheimer, em particular nas formas precoces e familiares, podendo até surgir na fase prodrómica das doenças neurodegenerativas. Faltam-nos ainda ensaios clínicos randomizados sobre a melhor terapêutica a oferecer a estes doentes, sendo o único existente com levetiracetam, fenobarbital e lamotrigina, favorecendo o primeiro.

O segundo dia contou com a presença do Dr. Ángel Aledo-Serrano que nos trouxe as perspetivas terapêuticas farmacológicas, e discutiu a necessidade de mudar o paradigma, procurando novos mecanismos de ação, e aliar a genética a novas técnicas cirúrgicas, o que nos permitirá uma medicina de precisão.

A Dra. Rute Teotónio falou-nos do futuro da cirurgia da epilepsia, desafiando-nos a pensar nesta opção na idade pediátrica, com menos carga de doença e farmacológica, e um melhor prognóstico associado. Há cada vez mais candidatos cirúrgicos, permitindo uma abordagem cirúrgica em fases precoces, existindo agora um equilíbrio entre a simplificação da seleção e um possível prejuízo do sucesso cirúrgico.

Por fim, na conferência 4 “Computational models and brain connectivity: how it changes our view on epilepsies”, o Dr. Fabrice Bartolomei revela como novos modelos permitem-nos novos paradigmas. Para além da já conhecida zona epileptogénia (ZE), surgem-nos novas áreas, que funcionam como nós, e cuja remoção nos permite igual eficácia e poderão ser cruciais em doentes cuja ZE tem difícil acesso ou cujas funções restrinjam a sua recessão.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa
Vanessa Ferreira, fundadora da Associação Portuguesa para as Doenças Congénitas da Glicosilação e outras Doenças Metabólicas...

“Com esta caminhada gostava de alertar as pessoas para as CDG e para as necessidades das famílias com CDG em todo o mundo, assim como recolher fundos, através do site da Organização Mundial de CDG, para o desenvolvimento de investigação nesta área, que será realizada pela rede de investigação CDG & Allies PPAIN”, afirma Vanessa Ferreira, bióloga e irmã de uma jovem com CDG.

E continua: “O meu desejo é angariar pelo menos 100 euros por cada etapa, mas o objetivo ideal são os 10 euros por km. Vou levar uma camisola com a mensagem ‘CDG is rare, but research should not be’ (as CDG são raras, mas a investigação não deve ser) e uma bandeira que vou içar num ponto bonito de cada etapa do percurso. Se conseguir numa etapa angariar o valor de duas, presentearei os nossos seguidores com uma iniciativa especial, como um vídeo ou algo atípico, que irei decidir na altura.”

Vanessa Ferreira tem como objetivo caminhar uma média total de 135 km. O percurso vai ser constituído por sete etapas – Alcoutim/Balurcos, Balurcos/Frunazinhas, Frunazinhas/Vaqueiros, Vaqueiros/Cachopo, Cachopo/Barranco do Velho, Barranco do Velho/Salir, Salir/Alte.

As CDG são um grupo de 150 doenças hereditárias que afetam a glicosilação, um processo pelo qual todas as células humanas acumulam açúcares de cadeia longa que estão ligados a proteínas ou lípidos (gorduras), essenciais para muitas funções biológicas. Estas doenças são altamente incapacitantes, com uma elevada taxa de mortalidade pediátrica e com significativo impacto negativo na qualidade de vida dos doentes e das famílias. As CDG são uma família de doenças muito raras, estimando-se que a forma mais comum (PMM2-CDG) tenha uma incidência de 1 em cada 20 mil pessoas.

 

 

Opinião
O Farmacêutico na sua vertente de especialista do medicamento que envolve responsabilidade na seleçã

O suporte nutricional, considerado ainda menor na prestação de cuidados de saúde, torna-se essencial para gerar resultados em saúde.

O Farmacêutico como elemento da equipa de profissionais de saúde responsáveis pela Nutrição Artificial, promove a seleção e aquisição das melhores fórmulas adaptadas às necessidades e preferências do doente; promove a literacia em saúde através da transmissão de informação; promove a adesão à terapêutica e o acompanhamento e avaliação técnica da utilização das tecnologias disponíveis.

Estabelecida a necessidade de suporte nutricional, o Farmacêutico colabora na tomada de decisão terapêutica, articula-se com a indústria farmacêutica e o serviço de aprovisionamento, para garantir a entrega domiciliária das fórmulas selecionadas nas melhores condições. Proporciona o ensino e a responsabilização do doente pelo seu próprio tratamento e compromete-se com ele na prestação de cuidados farmacêuticos. Além disso, monitoriza o tratamento e participa na resolução das complicações que surjam, habilitando o doente para a sua prevenção.

A criação de Unidades de Responsabilidade de Nutrição Artificial Domiciliária constituídas por médico, enfermeiro, nutricionista, assistente social, psicólogo e, claro está, o Farmacêutico, dotadas dos meios técnicos e logísticos adequados, com responsabilidades definidas, regras e protocolos de atuação, que determinem, concretizem e acompanhem o plano nutricional estabelecido, permitem obter ganhos em saúde sem aumentar os custos.

É necessário o desenvolvimento na legislação que possa suportar a implementação de modelos de Nutrição Artificial Domiciliária, já que na Farmácia Hospitalar não existe nenhum diploma legal que lhe permita ceder às fórmulas, ou outros medicamentos necessários neste âmbito, para o domicílio, bem como cumprir a legislação já existente obtendo do doente o Consentimento Informado Livre e Esclarecido, para nunca esquecer a vontade do próprio doente.

O suporte nutricional domiciliário permite ao doente permanecer no seio sociofamiliar, com as mesmas garantias de segurança e eficácia, sempre que se programe adequadamente o tratamento e seguimento do doente.

A Nutrição Artificial Domiciliária assenta num carácter inovador, centrado no doente e na sua qualidade de vida, nas suas expectativas, na independência dos serviços de saúde, na maior humanização e satisfação dos doentes e familiares, sem perder o conhecimento técnico e científico dos especialistas.

A implementação de terapia nutricional no domicílio, realizada por profissionais de saúde especializados e capacitados, que estabeleçam um rigoroso programa de educação e treino dos doentes e/ou cuidadores, vai permitir pôr em prática um plano nutricional eficaz, indispensável, se quisermos tratar bem os nossos doentes.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Evento
No dia 10 de outubro, pelo 4.º ano consecutivo, a MSD Portugal vai organizar o Workshop “O doente no centro da imunoterapia”,...

Num formato 100% digital, a 4.ª edição do Workshop “O doente no centro da imunoterapia” vai manter a componente interativa entre oradores e convidados, como tem sido habitual até aqui, mas fará uso da tecnologia para tornar a partilha de conhecimentos e experiências mais inovadora e envolvente.

O evento, que reúne especialistas nacionais e internacionais, conta com um Comité Científico composto por especialistas de renome, nomeadamente a Dr.ª Encarnação Teixeira, Pneumologista do Centro Hospitalar Lisboa Norte e Hospital CUF Descobertas, o Dr. Fernando Barata, Pneumologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e o Prof. Doutor Venceslau Hespanhol, Pneumologista do Hospital de São João, e com a participação especial do Prof. Maximilian Hochmair, Médico Oncologista em Viena, que irá transmitir a sua experiência clínica num Centro de Referência Europeu, onde têm sido abordadas terapêuticas inovadoras em doentes com Cancro do Pulmão.

O programa junta ainda especialistas de diferentes áreas para liderar workshops interativos com incursões técnicas e de cariz científico, que avaliam o valor da imunoterapia para o doente e aprofundam os importantes avanços que se têm feito no tratamento do Cancro do Pulmão, nomeadamente: “A Gestão do Doente com CPNPC metastático: o tratamento certo para o doente certo”; “Imunoterapia em populações especiais: como e quando?”, “Sustentabilidade da Inovação no SNS”, “Os novos desafios no acompanhamento do doente com Cancro do Pulmão”; “O diagnóstico anatomopatológico no Cancro do Pulmão: uma visão sobre o presente”, “O que falta discutir sobre Imunoterapia no Cancro do Pulmão?”; “O diagnóstico anatomopatológico no Cancro do Pulmão: Uma visão sobre o futuro” e “Os Ensaios Clínicos em Portugal: onde estamos e para onde queremos ir?”.

O propósito do evento é levar a mais recente evidência dos ensaios clínicos de imunoterapia aos profissionais de saúde para otimizar a prática clínica diária, explorando também os desafios e oportunidades desta inovação terapêutica.

Doença com origem no cérebro
Não sendo frequente e com sintomas que muitas vezes podem passar despercebidos, estima-se que a Dist

Incluída no grupo de doenças chamadas Doenças do Movimento, a Distonia caracteriza-se por contrações musculares involuntárias e/ou por torção de uma parte do corpo. “É uma doença com origem no cérebro. Pode ser primária, e sem causa subjacente, ou ser secundária a outras doenças”, podendo surgir, por exemplo, na Doença de Parkinson em doentes jovens ou ser secundária a certos tratamentos.

De acordo com Anabela Valadas, neurologista do Campus Neurológico Sénior, este distúrbio pode apresentar diferentes manifestações clínicas, tendo em conta a idade de início. “Nas crianças é habitualmente uma doença que afeta todo o corpo, ou seja, é generalizada; nos adultos afeta geralmente uma parte do corpo, como por exemplo, as pálpebras, região oromandibular ou pescoço. Pode também surgir quando o doente executa apenas uma atividade muito específica, como escrever ou nos músicos quando tocam o instrumento musical”, explica a especialista, acrescentando que estas distonias específicas de tarefa estão muitas vezes associadas a uma incapacidade significativa “pois contribuem para que o doente não seja capaz de executar essa tarefa de forma satisfatória”.  Por outro lado, Anabela Valadas admite que o seu impacto na vida do doente seja semelhante ao de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer ou Parkinson, estando os doentes suscetíveis ao desenvolvimento de depressão. No caso deste distúrbio atingir a região cervical, os doentes podem apresentar dor moderada a severa, condicionando a sua qualidade de vida.

Luís Xavier sofre de uma distonia cervical, cujos sintomas começaram a surgir quando tinha 51 anos de idade. “A distonia consiste em contrações involuntárias do corpo e a nível muscular, no meu caso, no pescoço. Provoca dores e há uma certa desorientação até ao diagnóstico”, começa por explicar acrescentado que “é como se vivesse com um torcicolo permanente.

Conta que, embora os sintomas sejam de difícil interpretação, - “não é como se tivéssemos uma constipação que se deteta logo” – na altura do seu diagnóstico pode contar com o apoio da Associação Portuguesa de Distonia. “Foi a mesma que me indicou o caminho e as pessoas certas, e estou profundamente convencido que se aos dias de hoje ainda existisse, pouparia a muitos muita dor e sofrimento!”, sublinha Luís Xavier.

Para este doente, “a pertinência de uma associação para a distonia vai além do diagnóstico e passa pela compreensão entre pares, é uma união e apoio que não foca só a consulta e tratamento, mas sim uma troca de experiências o que poderá ser muito útil”.

Quanto ao seu impacto, Luís admite que a distonia “teve um impacto avassalador” na sua vida. “É uma patologia que não tem cura e o máximo que podemos fazer é garantir que não há uma progressão dos sintomas, algo que depende de doente para doente. Eu era músico na PSP e, como era de esperar, profissionalmente também fui impactado. Contudo, tive comigo as pessoas certas, ainda hoje tenho, o que muito agradeço”, afirma realçando a importância do apoio da família e/ou cuidados no decurso desta doença.

De acordo com Anabela Valadas, o diagnóstico é clínico, ou seja, pela observação dos sintomas. “Geralmente, é a Neurologia a especialidade mais habilitada para diagnosticar esta doença”, acrescenta esclarecendo que “não existem exames complementares de diagnóstico em que venha especificado que o doente tem distonia”. “Os exames, são muitas vezes requisitados para se excluírem causas subjacentes que podem estar associadas à distonia”, explica.

É por isso tão importante sensibilizar a população em geral e a comunidade médica para um problema que pode ser tão limitador, a fim de que os doentes possam ser corretamente encaminhados para que o tratamento se dê início o mais cedo possível.

Segundo a neurologista, o tratamento da distonia pode ser realizado com medicamentos orais, sobretudo nas formas generalizadas e em doentes mais jovens. “Nas formas focais, é indicado o uso de injeções de toxina botulínica nos músculos dos segmentos do corpo mais afetados, como por exemplo, pálpebras, pescoço, membros. Nos casos mais graves, ou que não respondem de forma satisfatória aos tratamentos anteriores, os doentes podem ter indicação para a cirurgia de estimulação cerebral profunda, semelhante à realizada na doença de Parkinson” e que  consiste na colocação de dois pequenos elétrodos, “um de cada lado do cérebro, numa zona muito especifica e de pequenas dimensões, ligados a um neuro-estimulador colocado na região subclavicular, semelhante a um pacemaker cardíaco”.

No seu caso, Luís fez uso de medicação oral, recebendo ainda tratamentos com toxina botulínica, “espaçados, entre três a quatro meses”. “Tive muito apoio e a recomendação para aquele que seria o tratamento mais adequado para mim”, revela aliviado. “No meu caso tive uma progressão positiva, graças à ciência, mas cada caso é um caso!”, conclui apelando a que se fale mais sobre o tema, para que outros doentes possam, como ele, e apesar da alterações que teve de realizar no seu dia a dia, tenham alguma qualidade de vida. Uma opinião partilhada pela médica neurologista, segundo a qual é “importante promover o conhecimento médico e da sociedade sobre a distonia, para permitir o diagnóstico atempado e orientação terapêutica adequada aos doentes e cuidadores”.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Capacitação dos profissionais de farmácia
A Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas (SRSRA) da Ordem dos Farmacêuticos (OF) e a Associação Portuguesa de Jovens...

Este conjunto de eventos têm como principal objetivo promover a capacitação dos farmacêuticos sobre a canábis para fins medicinais, através do debate interdisciplinar com o envolvimento da sociedade civil.

A utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais, nomeadamente a sua prescrição e a sua dispensa em farmácia comunitária estão regulamentadas, em Portugal, com a Lei n.º 33/2018, de 18 de julho e com o Decreto-Lei n.º 8/2019, de 15 de janeiro. No entanto, até ao momento, o INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, ainda não aprovou a colocação no mercado de nenhuma preparação ou substância à base da planta da canábis para fins medicinais.

Em Portugal, a utilização da canábis para fins medicinais está aprovada para várias indicações, entre as quais, a dor crónica, a espasticidade associada à esclerose múltipla ou lesões da espinal medula, a náuseas e vómitos resultantes da quimioterapia, radioterapia e terapia combinada de HIV e medicação para hepatite, e ainda para a estimulação do apetite nos cuidados paliativos de doentes sujeitos a tratamentos oncológicos ou com SIDA. 

A participação na iniciativa é gratuita, mas requer inscrição prévia. As inscrições são limitadas. Acompanhe todas as informações e novidades aqui:

https://www.ordemfarmaceuticos.pt/pt/eventos/conferencias-digitais-o-farmaceutico-e-a-canabis-para-fins-medicinais-perspetivas-futuras-sobre-a-sua-utilizacao/

 

 

Utentes com ou sem o novo coronavírus
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Acabou de anunciar que vão ser criadas áreas dedicadas a doenças respiratórias para...

À margem da conferência “Valorizar e Reforçar os Serviços de Saúde na Região de Leiria”, organizada pelo Grupo Económico e Social da Região de Leiria, no Mosteiro da Batalha, António Lacerda Sales disse hoje que “vão ser criadas áreas dedicadas a doenças respiratórias, fruto da evolução das áreas dedicadas covid” e da “aprendizagem” que foi feita com essas estruturas.

“Agora, essas áreas dedicadas serão adequadas e adaptadas àquilo que é uma época diferente, onde pode coexistir a doença covid com a não covid respiratória, e até em situação de coinfeção”, afirmou o secretário de Estado.

Segundo explicou, sendo uma área dedicada a doenças respiratórias será possível fazer a diferenciação do diagnóstico e “criar circuitos de distribuição e de segurança para que as pessoas possam ser diferenciadas entre doença covid e doença não covid, sendo que a sintomatologia é a mesma”.

“Estamos a aperfeiçoar e vamos melhorar estas áreas dedicadas às doenças respiratórias, obviamente tendo sempre a montante o SNS 24, que é a estrutura que faz a indicação para a pessoa se dirigir à área dedicada respiratória, se houver necessidade, através do algoritmo”, acrescentou.

Na conferência, Lacerda Sales afirmou, citado pela Executive Digest, que o “critério de segunda vaga é subjetivo”, admitindo que se está a enfrentar uma “fase de crescimento epidémico sustentado”.

“Este crescimento epidémico pode vir a ser uma segunda vaga – como se lhe queiram chamar -, mas isto só aumenta a nossa consciência de que temos de nos proteger, sobretudo, os mais vulneráveis”, avançou, ao referir que a doença tem vindo a “mudar o seu perfil e a sua caracterização”.

“Hoje, cerca de 10/11% dos novos casos são acima dos 70 anos e à volta de 50%, entre os 20 e os 49 anos. Isto significa que estamos a proteger bem as faixas mais vulneráveis, nomeadamente em lares e os mais idosos, mas reconheço que pode haver alguns comportamentos mais laxivos, no sentido de maior facilitismo nas faixas mais jovens”, referiu.

Lacerda Sales afirmou também que Portugal vai “duplicar a capacidade de testagem”.

“Estávamos a fazer à volta de 12/13 mil testes, queremos chegar aos 24 mil testes diários e isso duplica nossa capacidade de testagem”, declarou.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde — eleito do PS pelo círculo de Leiria — salientou que Portugal já testou “mais de dois milhões de pessoas e 240 mil por milhão de habitantes”.

“Somos o sexto país da Europa a testar. Estamos a ampliar a nossa rede de expansão laboratorial, que terá reflexo ao nível das diferentes regiões. Tem o foco no Serviço Nacional de Saúde, mas também o apoio da academia e do setor privado. Garantidamente conseguiremos fazer entre 43 a 45 mil testes diários ao nível do país, juntando estas três forças”, sublinhou.

O governante precisou que “muito rapidamente” poder-se-á chegar aos 24 mil testes diários.

Dados INE
A esperança de vida à nascença em Portugal foi estimada em 80,93 anos para o total da população, sendo de 77,95 anos para os...

Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) pertencem às Tábuas de Mortalidade em Portugal e significam um aumento de 1,78anos e de 1,32 anos, respetivamente, em relação aos valores estimados para 2008-2010.

A esperança de vida à nascença continua a ser superior para as mulheres, mas a diferença para os homens tem vindo a diminuir, sendo agora de 5,56 anos (tinha sido 6,02 em 2008-2010).

Nos últimos nove anos registaram-se melhorias na esperança de vida à nascença em todas as regiões, mas o maior aumento ocorreu na Região Autónoma da Madeira, onde a esperança de vida à nascença passou de 76,13 anos para 78,36 anos, o que significa que as pessoas podem esperar viver à nascença, em média, mais 2,23 anos do que em 2008-2010.

De acordo com os dados do INE, as maiores diferenças de longevidade entre homens e mulheres observaram-se nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores e as menores na Área Metropolitana de Lisboa.

Por região NUTS (Nomenclatura de Unidades Territoriais para fins estatísticos) II, foi no Norte que se verificaram os valores mais elevados para a esperança de vida à nascença, para o total da população (81,33 anos) e para homens (78,44 anos), e no Centro para mulheres (83,87).

Por região NUTS III, as maiores esperanças de vida à nascença foram observadas no Cávado (81,96 anos), na Região de Coimbra (81,58 anos) e em Viseu Dão-Lafões e na Região de Leiria (ambas com 81,45 anos).

Segundo o INE, a esperança de vida aos 65 anos em Portugal atingiu 19,61 anos. Os homens de 65 anos de idade podem esperar viver, em média, mais 17,70 anos e as mulheres mais 21,00 anos. A diferença entre a longevidade aos 65 anos de homens e mulheres em 2017-2019 foi 3,30 anos.

Por região NUTS II, os valores mais elevados de esperança de vida aos 65 anos verificaram-se na Área Metropolitana de Lisboa, tanto para homens (18,00 anos) como para mulheres (21,48 anos).

A nível de região NUTS III, as populações que apresentaram a maior longevidade aos 65 anos foram as residentes nas regiões Região de Coimbra (20,27 anos), Terras de Trás-os-Montes (20,22 anos) e Região de Leiria (20,13 anos).

 

Combata à Covid-19
Este teste, disponibilizado a partir de hoje pela Unilabs, é o primeiro do género em Portugal e permite fazer o diagnóstico...

Com a chegada da sazonalidade da época da gripe, este ano acresce a dificuldade de diagnóstico diferencial com infeção por SARS-CoV 2. O objetivo destes testes é um diagnóstico etiológico rápido do agente bacteriano ou vírico responsável, sendo por isso imprescindível para  poder ajudar a cuidar melhor de cada paciente e ter ganhos óbvios em termos de saúde pública. 

Numa primeira fase, que se inicia agora, o teste irá estar disponível apenas para os grupos de maior risco através de urgências pediátricas, hospitais e outros profissionais de saúde autorizados em todo o país. A partir de 15 de outubro passará a estar também disponível para o público em geral. 

Para o CEO da Unilabs Portugal, Luís Menezes, “é fundamental que a comunidade médica possua todos os instrumentos que possamos oferecer para tomar as melhores decisões em cada momento, para cada paciente”. 

O Diretor Médico da Unilabs Portugal, António Maia Gonçalves acrescenta que “numa época de regresso às aulas e com o início do período sazonal de gripe, este novo teste, que permite detetar vários tipos de infeções respiratórias, irá ajudar os médicos a realizar diagnósticos mais precisos e a tomar melhores decisões, com maior rapidez sobre as opções de tratamento para cada caso”. 

Os testes podem ser realizados nos mesmos locais dos testes COVID-19 (Drive Thru e algumas unidades Unilabs) através da recolha de uma única amostra via zaragatoa da nasofaringe e estão sujeitos a marcação prévia. Os resultados estarão disponíveis entre 24 a 36 horas após a realização do teste. 

 

 

Opinião
Fui à Wikipedia e pesquisei a palavra ‘farmacêutico’, como se procurasse saber a sua importância.

Em Portugal, a farmácia comunitária continua a ser a porta de entrada do SNS. Na fase de pandemia que vivemos, ainda mais determinante é o seu papel, pois os utentes evitam os hospitais e os Centros de Saúde. O doente confia e o farmacêutico tem o dever de prestar-lhe o melhor aconselhamento. Se o problema inicial for ligeiro e dispensar a consulta médica, o farmacêutico tem competência para determinar a melhor estratégia para um tratamento rápido e eficaz sem descurar a sua segurança. Essa estratégia pode passar pela adoção de medidas não farmacológicas e de prevenção e pela utilização de diferentes medicamentos e produtos de saúde em conjunto.

Se no final de um atendimento perguntarmos a um farmacêutico qual é o seu desejo para com o doente, muito provavelmente dirá que gostaria que aquela pessoa se curasse.

Na prática, para o farmacêutico que faz um aconselhamento ao balcão, por exemplo, num caso de tosse, é mais importante a rapidez, a eficácia, a segurança do produto e alguns aspetos práticos do que o estatuto legal do produto que está a aconselhar, que podem variar entre medicamentos não sujeitos a receita médica, suplementos alimentares, dispositivos médicos, Fitoterapia e Homeopatia. O especialista quer aconselhar o mais adequado.

Por ser eficaz, rápida na ação e segura, a Homeopatia é uma abordagem a ter em conta como parte da estratégia para um tratamento aconselhado ao balcão. Há condições clínicas em que a utilização dos medicamentos homeopáticos têm vantagens inegáveis em relação a outras abordagens terapêuticas: patologias víricas, stress, ansiedade e patologias de repetição, entre outras.

Nas patologias víricas (como o herpes labial, a zona, a gripe, as amigdalites víricas e as gastroenterites) consegue-se uma resposta muito rápida, sem recorrer a medicamentos de prescrição obrigatória. Nas patologias relacionadas com stress, ansiedade e sono em que habitualmente apenas se excita ou deprime o sistema nervoso, com a Homeopatia consegue-se ser mais preciso na resolução do problema específico daquele doente naquele momento. Nas patologias de repetição, sejam as alergias típicas da Primavera, sejam infeções urinárias ou de ORL durante a época de Inverno pode usar-se Homeopatia para mudar o comportamento do organismo e diminuir a intensidade e frequência das crises. Mas a Homeopatia não se utiliza apenas para patologias crónicas, até porque a Homeopatia é muito rápida na resolução de patologias agudas.

O farmacêutico precisa de estudar e de adquirir os reflexos necessários, porque ao balcão da farmácia apenas tem uns minutos disponíveis para colocar as questões corretas ao doente. A Homeopatia requer observação cuidadosa e o farmacêutico está numa posição privilegiada para a fazer. Ele está habituado a observar e interagir com dezenas de clientes durante um dia habitual de trabalho e com essa dinâmica adquire padrões que ficam na sua consciência e lhe dão as competências que necessita: consegue olhar para o cliente que tem à sua frente e reparar atentamente em pormenores que fogem ao normal. Por exemplo: é fácil identificar um fumador pelo tom de voz e pela tez acinzentada da pele, por exemplo.

Outro fator de observação é facilitado pelo facto de a farmácia procurar fidelizar os seus clientes: a observação por parte do farmacêutico treinado promove uma quase calibração individual a cada visita do mesmo utente habitual. Consegue perceber que D. Alice que é muito faladora, está nesse dia estranhamente calada, ou que o Sr. Costa que normalmente passa despercebido, está com uma tosse irritativa sem expetoração, não parando de tossir a cada 20 ou 30 segundos, sabendo o que é habitual e o que é diferente do habitual.

O mais importante para a observação atenta é o interesse genuíno no bem-estar e na saúde do doente, porque no final, o que o farmacêutico quer é o melhor para quem o visita na farmácia e que nele confia.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Festival GreenFest
Lusíadas Saúde associa-se ao Festival GreenFest, o maior Movimento de Sustentabilidade do país, através da presença de uma...

“Para a Lusíadas Saúde é um orgulho enorme poder fazer parte de um evento onde se celebra o que de melhor se faz nas vertentes Ambiental, Social, Económica e Cultural. Esta parceria é um voto de confiança nos nossos profissionais que irão assegurar as condições de higiene e segurança necessárias para que todos possam usufruir com tranquilidade das atividades presenciais do Festival. Além disso, é um reconhecimento da qualidade dos cuidados de saúde que por nós são prestados e que, ao longo dos três dias de evento, estarão disponíveis para apoiar todos os presentes”, reforça Nuno España, diretor de Marketing e Comunicação da Lusíadas Saúde.

O GreenFest é o maior Movimento de Sustentabilidade do País, que contou com a sua primeira edição em 2008 e que, desde então, se tem vindo a consolidar numa plataforma de partilha de ideias, experiências e tendências atuais com o intuito de contribuir para uma maior visibilidade de projetos e iniciativas de empresas, instituições e cidadãos que se interessam por um futuro mais equilibrado e próspero. Este ano, como resposta à nova normalidade, o GreenFest irá realizar-se num formato inovador, juntando o habitual festival presencial com uma programação digital.

"A Saúde e a Segurança estão em primeiro lugar para a organização do Greenfest. Em Tibães o controlo sanitário será assegurado pelo Grupo Lusíadas Saúde, o que constitui uma garantia extra. A amplitude do espaço do mosteiro com seus jardins e bosque de 40 hectares, asseguram um evento fluido e tranquilo", refere Pedro Norton de Matos, Mentor do GreenFest.

 

Volta a Portugal decorre entre os dias 27 de setembro e 5 de outubro
A Lusíadas Saúde vai ser o serviço médico oficial da edição especial de 2020 da Volta a Portugal em bicicleta, uma prova que...

Os sete atletas da norte-americana Rally Cycling competirão com a imagem da Lusíadas Saúde nas suas camisolas. Para José Sousa, responsável pela Assistência Operacional da Rally Cycling, “esta é uma prova muito especial para a nossa equipa, pois pela primeira vez temos a oportunidade de competir em Portugal e logo com as cores da Lusíadas Saúde, que faz parte da família UnitedHealth Group e tem ainda a responsabilidade de garantir o serviço médico da competição. É uma prova com uma grande tradição e estamos preparados para nos estrear da melhor forma”.

Apesar do contexto especial da prova, a Lusíadas Saúde repete a presença de 2019 na maior competição do ciclismo nacional, prestando apoio às equipas participantes ao longo de todas as etapas e munindo os recintos com um total de três ambulâncias. O apoio médico vai estar também disponível para todo o staff da prova, nas partidas e chegadas das várias etapas, através da medição de temperatura e avaliação de sintomas para despiste da Covid-19.

“A Lusíadas Saúde tem vindo ao longo dos anos a reforçar a sua aposta no desporto nacional através da participação ativa em diversas modalidades e eventos. Fazer parte desta prova de referência é muito importante para nós, sobretudo no contexto atual, em que temos tantos eventos cancelados e neste ano, em que contamos com a participação da equipa de ciclistas do UnitedHealth Group. Nesta edição especial trazemos uma mensagem global, em que reforçamos a nossa missão de ajudar as pessoas a viver vidas mais saudáveis”, sublinha Nuno España, diretor de Marketing e Comunicação da Lusíadas Saúde.

A edição especial da Volta a Portugal decorre entre os dias 27 de setembro e 5 de outubro e vai ligar Fafe a Lisboa num total de 1183,9 quilómetros. A chegada a Lisboa e a consagração do vencedor coincidirão com as celebrações dos 110 anos da Implantação da República Portuguesa.

 

 

Covid-19
Tendo em conta o aumento de casos de Covid-19 nas últimas cinco semanas, o Conselho de Ministros decidiu hoje prolongar a...

A situação de contingência em Portugal continental será reavaliada pelo executivo dentro de duas semanas, já com uma análise mais aprofundada sobre o impacto das primeiras semanas de aulas nas escolas.

Na sequência da evolução da situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, o Governo decidiu declarar a situação de contingência em todo o território nacional continental no dia 10 de setembro, em Conselho de Ministros.

A situação de contingência, com a fixação de regras de proteção individual e coletiva dos cidadãos, entrou em vigor às 00h00 do dia 15 de setembro e prolonga-se às 23h59 do dia 30 deste mês.

A Madeira está em situação de calamidade, decretada pelo Governo Regional, até ao final do mês de setembro, o mesmo nível mantido pelo Governo dos Açores, até 1 de outubro, nas cinco ilhas com ligação aérea ao exterior do arquipélago (Santa Maria, São Miguel, Terceira, Pico e Faial). As restantes quatro ilhas açorianas (Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo) permanecem em situação de alerta até à mesma data.

 

 

Índice de Saúde Sustentável
A dispensa de medicamentos em farmácia hospitalar tem um custo anual associado de cerca de 199 milhões de euros, de acordo com...

Segundo o estudo, cerca de 6,4% dos portugueses que fazem terapêutica regular tomam medicamentos de dispensa exclusiva em farmácia hospitalar. Desses, a maioria (85,7%) levanta os medicamentos no hospital onde tem consultas, mas 14,3% levantam num outro hospital. Em média, cada doente faz 7,6 deslocações ao hospital por ano para levantamento dos medicamentos, sendo que cada ida ao hospital tem um custo de 14,30 euros para o utente e representa 5h27de tempo despendido (4h10 do tempo gasto nas deslocações e 1h17 de tempo de espera no hospital).

Somando o custo total das idas dos doentes ao hospital (36 milhões de euros) com o valor económico do tempo despendido (149 milhões de euros), a dispensa de medicamentos tem um custo anual de 185 milhões de euros na ótica do utente. O estudo estimou também o valor económico do tempo despendido por parte do hospital avaliado em 14 milhões de euros, considerando apenas a entrega de medicamentos e 30 minutos por entrega (exclui custos indiretos). No total, a dispensa de medicamentos em farmácia hospitalar tem um custo anual de 199 milhões de euros para utentes e hospitais.

“Estes dados mostram que há oportunidade de tornar o sistema mais flexível, produtivo e sustentável. Nos últimos meses, por uma necessidade decorrente da crise pandémica, tornou-se evidente que é possível retirar dos hospitais algumas atividades, nomeadamente a dispensa de medicamentos, e consequentemente reduzir a pressão sobre os mesmos. Uma mudança de paradigma que pode reduzir custos para os utentes e para os hospitais, mas também melhorar o acesso dos doentes aos medicamentos e fomentar uma maior proximidade entre os serviços de saúde e os utentes”, explica Pedro Simões Coelho, professor da NOVA IMS e coordenador do Índice de Saúde Sustentável.

Quanto à evolução do índice que avalia a sustentabilidade do SNS, verificou-se uma ligeira descida dos 102,9 para os 101,7, em parte explicada pela estabilização da atividade e o aumento da despesa (6,1%), que continua a ser superior ao financiamento. Apesar desta ligeira queda no indicador, o estudo realça também alguns pontos positivos como a diminuição da dívida vencida em 20% e do deficit em -8,5%. Regista igualmente um aumento significativo da qualidade dos serviços de saúde percecionada pelos cidadãos (+4,6 pontos face ao ano anterior).

O estudo revela ainda que mais de metade do valor investido no SNS em 2019 retornou, no próprio ano, para a economia. A prestação de cuidados de saúde através do SNS permitiu evitar a ausência laboral em 2,8 dias e perdas em produtividade equivalentes a 6,4 dias de trabalho por indivíduo, possibilitando assim uma poupança total de 3,6 mil milhões de euros. Considerando o impacto dessa poupança por via dos salários e a relação entre a produtividade/remuneração do trabalho (valores referência do INE), é possível concluir que os cuidados prestados pelo SNS permitiram um retorno para a economia que ronda os 5,4 mil milhões de euros.

Pelo segundo ano consecutivo, o estudo desenvolveu também um índice de atuação preferencial, que resulta da avaliação que os utentes fazem dos determinantes da qualidade dos cuidados de saúde e da importância que atribuem a cada um deles. Com uma avaliação de 80,4 numa escala de 1 a 100, a qualidade dos profissionais de saúde é, na ótica dos utentes, o ponto mais forte do SNS e um ponto que deve ser valorizado. Por outro lado, a facilidade de acesso aos cuidados (60,8 pontos) e os tempos de espera entre a marcação e a realização de atos médicos (54,5 pontos) são encarados como os dois aspetos mais negativos. Desta análise, resultou um índice de atuação preferencial, que estabelece áreas prioritárias: qualidade dos profissionais de saúde (38%), tempos de espera entre a marcação e a realização de atos médicos (33%), qualidade da informação fornecida pelos profissionais (11%), infraestruturas/equipamentos (10%) e facilidade de acesso aos cuidados (8%).

“Uma vez mais, o Índice de Saúde Sustentável demonstra o impacto positivo do investimento em Saúde e a necessidade de um SNS forte e sustentável, capaz de dar resposta aos utentes a longo prazo. Mostra também ser capaz de capitalizar os investimentos efetuados num reforço da qualidade dos serviços oferecidos aos cidadãos. Estes resultados, são aliás confirmados pela observação da atual atuação do sistema no quadro da crise pandémica. Esta é também uma oportunidade para aprender com o que correu bem, repensar algumas componentes do nosso sistema de saúde, e procurar inovar, para que possa sair deste episódio fortalecido”, conclui Pedro Simões Coelho.

Iniciada em 2014, a parceria entre a biofarmacêutica AbbVie e a NOVA-IMS resultou na criação do primeiro índice capaz de quantificar a sustentabilidade do SNS, através da análise de dimensões como a atividade, a despesa, a dívida e a qualidade (técnica e percecionada). O estudo Índice de Saúde Sustentável procura ainda compreender os contributos económicos e não económicos no SNS, conhecer o impacto dos custos de utilização do sistema no nível de utilização do mesmo e identificar pontos fortes e fracos do SNS, bem como possíveis áreas prioritárias de atuação.

Tumor silencioso
Embora seja mais frequente entre as mulheres, o Cancro da Tiroide também afeta os homens e apesar de

O cancro da tiroide é um tumor maligno da glândula tiroideia, que surge habitualmente sob a forma de um nódulo no pescoço, quase sempre sem dor. Afeta cerca de 400 portugueses, todos os anos, sendo mais frequente entre os 25 e os 65 anos de idade, sobretudo entre as mulheres. “Pensa-se que as células da tiroideia sejam mais sensíveis ao ambiente hormonal feminino”, esclarece Francisco Rosário, especialista em Endocrinologia do Hospital da Luz. No entanto, não é por ser estatisticamente mais frequente no sexo feminino que os homens devem ignorar esta patologia. Com um prognóstico quase sempre favorável, é importante que a sua deteção seja feita o mais cedo possível. É que, tratando-se “de um cancro de crescimento muito lento, não é impossível o aparecimento de recidivas a longo prazo”, explica.

Por outro lado, costuma ser um tumor silencioso. “Geralmente quando existem alterações de voz, massas cervicais volumosas ou queixas por doença à distância, a situação é mais grave e com maior dificuldade de resolução”, revela o endocrinologista. Mais faz saber que “não valorizar sinais (como nódulos cervicais, muitas vezes desvalorizados), não vigiar situações já conhecidas (como tiroideias multinodulares) ou simplesmente nunca fazer um rastreio (ecografia do pescoço ou palpação do pescoço por parte do médico assistente)” é meio caminho andado para que esta patologia continue subdiagnosticada.

Entre os tipos de cancro que podem atingir a tiroide, o carcinoma papilar é o mais frequente. “Quando é visível, surge como um nódulo na tiroideia ou um nódulo lateral no pescoço (uma metástase num gânglio linfático). Mais raramente, pode desencadear alterações na tonalidade da voz, resultantes da infiltração tumoral do nervo recorrente, responsável pela função vocal da laringe”, descreve o médico especialista quanto aos sinais a que devemos estar atentos.

De acordo com Francisco Rosário, apenas a cirurgia conduz ao diagnóstico definitivo. No entanto, “para chegarmos a este ponto, geralmente há que efetuar uma ecografia da tiroideia e uma citologia aspirativa com agulha fina do(s) nódulo(s) suspeito(s).  Esta técnica (que erradamente se chama com frequência de “biopsia”) permite colher e estudar células tiroideias”.

“Na terapêutica do cancro da tiroideia a abordagem cirúrgica inicial é fundamental. Uma estratégia correta e uma equipa cirúrgica experimentada são essenciais logo de partida para melhorar resultados e diminuir complicações”, explica o endocrinologista, Membro do Conselho Consultivo/Científico da Associação das Doenças da Tiroide, acrescentando que a medicação para reposição hormonal é essencial para evitar as recidivas.

Em alguns casos, no entanto, verifica-se a presença de metástases em gânglios linfáticos. “Estas situações motivam novas intervenções cirúrgicas. Poderá ser necessário recorrer a radioterapia ou em casos em que as estratégias anteriores não foram suficientes para travar o curso da doença, iniciar tratamento com quimioterapia. Felizmente estas situações são raras”, afirma o especialista.

Vigilância regular nunca deverá ser descurada

Delfim Santos tinha 42 anos quando foi diagnosticado com uma neoplasia maligna da Glândula Tiroide com metastização ganglionar. O aparecimento de dois nódulos laterais no pescoço fez soar o alerta a este professor que, até então, “desconhecia totalmente a ocorrência de qualquer problema”.

Após o diagnóstico, que resultou da realização de uma ecografia “seguida de biópsia”, os principais receios, na altura, prendiam-se com a gravidade da doença. “Apesar das expectativas que me foram dadas no que respeita ao êxito da intervenção, havia sempre o risco de ficar afetado relativamente à voz, pois tinha algumas ramificações junto às cordas vocais. Ora, sendo eu professor, essa possibilidade de afetar a voz preocupava-me”, recorda.

O seu tratamento consistiu numa tiroidectomia total com esvaziamento cervical radical modificado à direita, tendo-lhe sido atribuído, mais tarde, um grau de invalidez permanente de 80%.

De acordo com o médico especialista, Francisco Rosário, estes casos, podem motivar outro tipo de intervenções, como “radioterapia ou em casos em que as estratégias anteriores não foram suficientes para travar o curso da doença, iniciar tratamento com quimioterapia”.

Em consulta de follow-up, Delfim Santos realizou uma Cintigrafia Corporal com  I131 “que evidenciou focos de fixação na região cervical anterior, suspeitos de metástases ganglionares”,  tendo sido no ano seguinte ao diagnóstico,  “orientado (em janeiro de 2003) pelo Serviço de Oncologia do Hospital S. Sebastião, para o IPO – Porto, a fim de realizar terapêutica ablativa com  I131  (3 ciclos) e manter o seguimento”.

Desde então mantém vigilância regular, até porque entre 2005 e 2007, foi detetada “na região latero-cervical direita, lateralmente encostada à artéria carótida comum e posteriormente ao músculo externocleidomastoideu, uma formação nodular predominantemente sólida, com área central cística, bem delimitada, medindo 38 mm de maior eixo (linfocelo cervical direito), que se mantém”.

O professor continua a fazer hormonoterapia de substituição (eutirox), ajustando sempre que necessário, de acordo com o controlo analítico que efetua regularmente.

Por tudo isto, partindo da sua experiência, apela ao “diagnóstico precoce através de um controlo analítico, e verificação de sinais exteriores”, como tosse, rouquidão, alterações fisionómicas, estado de humor, cansaço, entre outras. Referindo ainda que é “importante verificar ainda se terão ocorrido anteriormente casos em familiares”.

Francisco Rosário, acrescenta: “o cancro da tiroideia é das patologias oncológicas em que a Medicina obtém melhores resultados”, mas é preciso contar com a “a colaboração de quem sofre desta patologia, pois desde o diagnóstico precoce, à vigilância regular e à toma adequada dos fármacos, tudo passa pela intervenção do doente. 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Implantes de condução óssea transcutâneos ativos
A equipa de Implantes auditivos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou pela primeira vez, esta semana,...

Segundo a informação avançada pelo Centro Hospitalar, enquanto os implantes cocleares fazem uma estimulação do ouvido interno e se destinam a surdos profundos, os implantes de condução óssea transcutâneos ativos fazem estimulação do ouvido médio, fazendo uma cobertura de outro tipo de deficiência auditiva.

A intervenção cirúrgica decorreu sem incidentes e teve lugar na Unidade de Implantes Cocleares do Serviço de Otorrinolaringologia (ORL) do CHUC, a funcionar no Hospital Geral.

De acordo com o Diretor do Serviço de ORL, Luís Filipe Silva, “foi dado mais um passo na concretização do desejo que há anos move a equipa de implantes auditivos do CHUC de dar resposta terapêutica a todas as situações de surdez que nos procuram”.

Recorde-se que há 35 anos que se iniciou em Coimbra o projeto pioneiro em Portugal de implantes cocleares, tendo-se efetuado até ao momento 1247 implantes dos quais 600 implantes foi em crianças e 647 em adultos.

Luís Filipe Silva adianta ainda que, “apesar da pandemia da Covid-19, o Serviço de ORL manteve a sua produção na área da implantação coclear, tendo efetuado este ano, até ao momento, 28 implantes pediátricos bilaterais e 33 implantes em adultos”.

 

Projeto português premiado pelo EIT Health RIS Innovation Call 2020
Face ao decréscimo da população jovem, a par do aumento da população idosa, estima-se que em 2080 o índice de envelhecimento...

Este sistema inovador que permite detetar, rastrear e prevenir quedas em idosos através da utilização de sensores vestíveis que monitorizam os movimentos e, dessa forma, traçam uma estimativa do risco de queda, enviando um alarme e uma mensagem ao cuidador sempre que a queda acontece e é detetada.

Composto por vários componentes, tais como sensores vestíveis, aplicação para desktop que permite a avaliação do risco de queda, aplicação para tablets Android e um servidor back-end para visualização de dados, permite a monitorização e armazenamento de dados por parte do cuidador, que poderá aceder e visualizar os mesmos online. A aplicação para tablets disponibiliza ainda uma série de exercícios de prevenção de quedas baseados no Programa OTAGO (PEO) – um programa de exercícios reconhecido mundialmente pelos profissionais de saúde, desenvolvido em 2008 pela LLT (líder internacional na área de especialidade "Falls prevention exercise foi frailer older people") – que permite monitorizar o desempenho e avaliar o progresso do idoso.

Um projeto português

O projeto FRADE resulta de uma parceria entre a FhP-AICOS, uma associação privada sem fins lucrativos fundada pela Fraunhofer-Gesellschaft, a maior organização de investigação aplicada da Europa e a Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Porto (ESEP), com o envolvimento da Universidade de Porto, EIT Health Hub.

“A Universidade do Porto está fortemente empenhada na valorização do conhecimento. Através da sua Terceira Missão, a U. Porto tem como objetivo contribuir para a aproximação do conhecimento gerado nos centros de investigação ao mercado, e consequentemente disponibilizar soluções aos cidadãos que melhorem o seu bem estar e qualidade de vida.

É com grande orgulho e entusiasmo que o EIT Health Hub U.Porto apoia este e outros projetos, alicerçando a construção de um ecossistema regional de inovação pulsante e em expansão.” – Elísio Costa, diretor do EIT Health Hub.

A ESEP é uma instituição de ensino superior pública que se distingue a nível nacional e internacional pelo seu compromisso com a excelência no ensino de enfermagem e com a criação e divulgação da cultura, do conhecimento científico e tecnológico, através da articulação entre ensino, aprendizagem e investigação. O FRADE inclui uma fase de testes, a ser realizada em contexto domiciliar com voluntários séniores do laboratório vivo da FhP-AICOS COLABORAR. Com um orçamento global de aproximadamente 75.000€ financiado pelo EIT Health InnoStars, no âmbito do EIT Health RIS Innovation Call 2020, o projeto permitirá abordar simultaneamente a deteção, a avaliação do risco e a prevenção de queda, tudo integrado na mesma solução. Compreender o movimento humano tem sido uma preocupação da FhP-AICOS e, portanto, objeto de estudo e investigação. O projeto FRADE integra e melhora a tecnologia desenvolvida em projetos anteriores do FhP-AICOS, como o FallSensing, DEM, FCC. O projeto foi iniciado em maio e tem conclusão prevista para dezembro.

Conheça a doença
A síndrome do ovário poliquístico (SOP) é uma doença que afeta 10 a 15% das mulheres e pode provocar

De acordo com a especialista em Medicina da Reprodução, a síndrome dos ovários poliquísticos pode ser definida como sendo “um conjunto de sinais e sintomas causados por desequilíbrio hormonal dos ovários, que pode ser ligeiro ou grave, causando, por exemplo, irregularidade dos ciclos menstruais, crescimento de pelos em zonas mais comuns nos homens, aparecimento de acne entre outras alterações hormonais”. 

O diagnóstico depende de critérios médicos específicos que incluem sintomas, ecografia e análises.  Geralmente a SOP ocorre em mulheres em idade fértil e é mais frequente em pessoas obesas (IMC superior a 30) ou com antecedentes familiares, explica Catarina Godinho. “O diagnóstico é feito através da avaliação clínica de antecedentes pessoais relevantes como diabetes, colesterol alto, hipertensão arterial, aumento de peso e obesidade; assim como pela avaliação dos níveis hormonais de androgénios (hormonas masculinas) e resistência à insulina”, acrescenta a médica. Adicionalmente é feita uma ecografia ginecológica transvaginal para avaliar a dimensão e as características dos ovários. 

Procure um médico antes de engravidar 

A médica sublinha que esta síndrome não tem cura, mas pode ser tratada e controlada. “Quando uma mulher com SOP quer engravidar deve falar previamente com o seu médico ginecologista. No caso de a mulher ter excesso de peso, o primeiro passo é perder peso. Se não se pretender engravidar é recomendado o uso da pílula anticoncetiva para que os ciclos menstruais sejam mais regulares”, esclarece. 

Porém, alerta que, “se existir resistência à insulina associada a esta síndrome é importante controlar o nível de açúcar no sangue com uma dieta específica e ou com alguma medicação”, uma vez que este desequilíbrio pode originar mais tarde a diabetes. 

No caso de a mulher querer engravidar, “para além do controlo do peso pode ser necessário induzir a ovulação recorrendo a alguns medicamentos que estimulem o crescimento do folículo até à ovulação” e que requerem controlo ecográfico.  “Se após algumas tentativas de indução de ovulação se não acontecer a desejada gravidez, ou se não se consiga uma resposta ovárica adequada, pode haver necessidade de recorrer à fertilização in vitro onde é possível aumentar a probabilidade de gravidez e avaliar a qualidade dos óvulos e embriões”, explica Catarina Godinho. 

Embora as mulheres com SOP, quando engravidam, tenham um risco aumentado de hipertensão arterial e de diabetes, “se seguirem as recomendações médicas a probabilidade de gravidez é elevada”, garante a médica ginecologista. 

Fonte: 
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

Páginas