19 de Março - Dia Nacional dos Alcoólicos Anónimos
O presidente da Sociedade Portuguesa de Alcoologia mostra-se preocupado com a resposta dada aos doentes alcoólicos, alertando...

“As nossas preocupações em termos de Sociedade Portuguesa de Alcoologia, para além do aspecto do tratamento e do reconhecimento do doente, que para nós é fundamental, é a expectativa de que aumente a resposta a estes doentes, estamos preocupados com isso”, disse Augusto Pinto, presidente da Sociedade Portuguesa de Alcoologia (SPA).

Na véspera do Dia Nacional dos Alcoólicos Anónimos, Augusto Pinto explicou que inicialmente os doentes alcoólicos eram tratados em centros regionais de alcoologia, locais onde também eram formados técnicos de saúde e educação, “com um papel importante não só no diagnóstico cada vez mais precoce, mas também no apoio e suporte destes doentes ao longo da vida, já que se trata de uma doença crónica”.

No entanto, segundo Augusto Pinto, quando estes centros passaram a integrar o Instituto da Droga, os serviços passaram a ser “basicamente tratamentos de recuperação, perdendo-se a capacidade de intervenção fora dos serviços”. Augusto Pinto alerta que as mudanças nos últimos anos levaram a que não estejam a ser preparados técnicos, médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos vocacionados nesta área “muito específica”.

 

Crise agrava consumos

“Aquilo que verificámos em estudos e padrões de consumo é que tem havido um aumento progressivo do consumo de bebidas destiladas. Mesmo no caso dos jovens, são as bebidas mais consumidas”, explica o médico.

De acordo com o presidente da Sociedade, a crise que se vive actualmente no país “pode efectivamente agravar os consumos” e ao mesmo tempo levar “a consumos mais perigosos”, acrescentando que a capacidade de desenvolver doenças “é mais grave nas bebidas destiladas”, comparando com a ingestão de vinho.

“Sendo ambas portadoras de álcool, a quantidade é maior nas destiladas, o que faz prever uma redução do tempo necessário para chegar à doença”, alerta Augusto Pinto, avançando que são necessários dez anos de consumo “elevado, habitual, regular e excessivo” para chegar à dependência, mas, caso as bebidas destiladas sejam consumidas regularmente, a dependência surge mais cedo.

“Eu diria que a crise pode efectivamente agravar os consumos e pode levar a consumos mais perigosos. As consequências orgânicas e a capacidade de desenvolver doenças é mais grave nas bebidas destiladas do que em alguém que consume vinho ou aguardente. Sendo ambas portadoras de álcool a quantidade é maior nas destiladas”, frisa o especialista.

Passado, Presente e Futuro
A insuficiência cardíaca é uma síndrome de elevada prevalência e incidência no mundo.

Objectivos: efectuar uma revisão da evolução da terapêutica da IC desde a década de 70 até à actualidade incluindo breve referência a terapêuticas em investigação.

Métodos: pesquisaram-se artigos de revisão, ensaios clínicos e meta-análises em bases de dados como PubMed Central e ISI Web of Knowledge, e ainda livros de referência. Seleccionou-se informação relevante para esta revisão.

Resultados: foi observada uma evolução de conceitos fisiopatológicos e farmacoterapêuticos ao longo do tempo. A IC era considerada uma síndrome puramente hemodinâmica, justificando-se a utilização de diuréticos, inotrópicos e vasodilatadores. A fraca efectividade desta terapia a longo prazo impulsionou a investigação de outras terapêuticas, com base na resposta neurohormonal subjacente à síndrome e que se sobrepõe ao estado hemodinâmico, como um ciclo vicioso, o qual é necessário parar. Fármacos que bloqueiam a resposta neurohormonal são hoje a base da terapêutica permitindo controlar a patologia e prolongar a vida dos doentes.

Conclusões: ainda não existe terapêutica ideal dado a morbilidade e mortalidade permanecerem elevadas. Assim, muitos fármacos e terapêuticas estão hoje em investigação, incluindo terapêutica génica e celular, possibilitando uma esperança para uma cura sem recorrer a transplante cardíaco. A personalização da terapêutica através da farmacogenética e farmacogenómica também se começa a desenvolver, representando um investimento que pode aumentar a efectividade da terapêutica. Ler mais...

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Notifique no site do Infarmed
O medicamento é fundamental para a melhoria da doença e, apesar de estar bem estudado, quando é auto

A autoridade reguladora (INFARMED) é responsável pela actividade fiscalizadora  protectora da saúde pública e segurança dos doentes, daí que deva conhecer todas as suspeitas de reacções adversas por medicamentos, que tenham ocorrido.

Assim, é fundamental dar a conhecer ao INFARMED a ocorrência de efeitos adversos. Pode fazê-lo através do preenchimento da ficha de notificação que é depois enviada ao INFARMED por correio, fax, email, ou através pode preencher a ficha no PortalRAM do site do INFARMED.

Os efeitos adversos graves e inesperados, isto é, os que não estão referidos no folheto informativo do medicamento devem ser sempre transmitidos ao INFARMED.

Junta-se o endereço do site para notificação das reacções adversas (PortalRAM no site do INFARMED): http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage

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Geralmente com boa evolução:
A pneumonia viral é uma infecção aguda do pulmão causada por um vírus.
Mulher com febre a segurar no termómetro

A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões. Ela pode ser causada por vários microrganismos diferentes, incluindo bactérias, parasitas, fungos ou vírus. Neste último caso é designada por pneumonia viral.
São muitos os vírus que podem afectar os pulmões e provocar pneumonia. Os mais frequentes em lactentes e crianças são o vírus sincicial respiratório, o adenovírus, o vírus parainfluenza e o vírus da gripe. O vírus do sarampo também pode causar pneumonia, especialmente em crianças desnutridas.
Nos adultos saudáveis, dois tipos de vírus da gripe, denominados tipos A e B, causam pneumonia. O vírus da varicela também pode provocar pneumonia em adultos. Nas pessoas de idade avançada, a pneumonia viral pode ser causada pelo vírus da gripe parainfluenza ou pelo vírus sincicial respiratório. As pessoas de qualquer idade com um sistema imune deficiente podem desenvolver uma pneumonia grave causada pelo citomegalovírus ou pelo vírus do herpes simples.
Tipicamente, um vírus atinge os pulmões quando gotículas são inaladas através da boca e do nariz. Uma vez nos pulmões, o vírus invade as células que revestem as vias aéreas e alvéolos. Para além dos danos nos pulmões, muitos vírus podem afectar outros órgãos e, assim, interromper muitas funções corporais.

Sintomas

Os sintomas surgem em consequência da invasão nos pulmões por microrganismos e pela resposta do sistema imunitário à infecção.
A maioria das pneumonias virais tem início gradual em 2-4 dias. Frequentemente algum familiar tem sintomas respiratórios. O doente fica constipado com obstrução nasal, progressivamente com tosse e febre (geralmente abaixo de 39º). Nas pessoas mais jovens é comum terem a respiração rápida (taquipneia) e por vezes dificuldade respiratória e pieira.

Diagnóstico

Um indivíduo com febre, tosse e respiração rápida, particularmente se tem sinais de dificuldade respiratória ou aspecto doente, deve ser observado pelo médico assistente. Esta observação e em particular a auscultação poderão diagnosticar pneumonia.
Sempre que haja necessidade, o diagnóstico poderá ser confirmado com uma radiografia do tórax. Por vezes, dependendo do estado clínico do doente, pode ser útil fazer análises para avaliar a possível causa da pneumonia e a repercussão sobre o estado geral.

Tratamento

Nas pneumonias virais, o tratamento é sintomático: paracetamol (para controlo da febre), desobstrução nasal, ingestão de líquidos e aerossóis com soro fisiológico (úteis para manter as secreções fluidas). Normalmente, a febre desaparece até ao quarto dia, a dificuldade respiratória melhora progressivamente e a tosse raramente persiste para além de uma ou duas semanas. No entanto, tratando-se de certas pneumonias virais graves provocadas podem tratar-se com fármacos antivirais.
Recomendam-se vacinas anuais contra a gripe para o pessoal sanitário, pessoas de idade avançada e para todos os que sofrem de perturbações crónicas, como enfisema, diabetes ou doenças cardíacas e renais.

Possíveis complicações da pneumonia viral

As pneumonias virais geralmente têm boa evolução e poucas complicações. Por vezes, após pneumonia causada por vírus sincicial respiratório, as crianças podem ter sintomas respiratórios mais frequentes, sobretudo tosse e pieira durante 2 ou 3 anos.
Algumas pneumonias raras causadas por adenovírus podem ser graves, com evolução arrastada e deixando sequelas (bronquiolite obliterante). Estas complicações exigem cuidados médicos mais intensos e muitas vezes tratamentos prolongados. Apesar disso, actualmente a maioria dos casos recupera lentamente sendo pouco frequentes sequelas importantes.

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Doença pulmonar
É uma doença pulmonar resultante da exposição do ser humano à poeira contendo sílicalivre que existe

A silicose é a doença profissional mais antiga que se conhece e caracteriza-se pela formação permanente de tecido cicatricial nos pulmões causada pela inalação de pó de sílica (quartzo).

A doença desenvolve-se em pessoas que inalaram pó de sílica durante muitos anos. Por isso, os sintomas aparecem, geralmente, após 10, 20 ou 30 anos de exposição ao pó.

O pó de sílica é o elemento principal que constitui a areia, sendo por isso frequente a exposição entre os mineiros do metal, os cortadores de arenito e de granito, os operários das fundições e os oleiros.

Quando se inala, o pó de sílica entra nos pulmões e as células depuradoras, como os macrófagos, engolem-no. As enzimas libertadas pelas células depuradoras causam a formação de tecido cicatricial nos pulmões.

No princípio, as zonas cicatrizadas são pequenas protuberâncias redondas, menores do que 1 cm de diâmetro, conhecida também como silicose nodular simples. Estes pequenos nódulos predominam nos terços superiores dos pulmões. Neste caso, a dispnéia ao esforço físico é o principal sintoma, sendo que o exame físico, geralmente, não evidencia alterações significativas no aparelho respiratório do indivíduo. Este tipo de silicose pode ser observado em operários de indústrias de cerâmica.

A silicose acelerada ou subaguda caracteriza-se pela presença de grandes massas (conglomerados silicóticos). Estas áreas cicatrizadas não permitem a passagem do oxigénio para o sangue de forma normal. Assim os pulmões perdem elasticidade e é necessário um maior esforço para respirar. Este tipo da afecção é comummente observado em cavadores de poços.

A silicose aguda é a forma mais rara da afecção. Associa-se à alta exposição ao pó de sílica livre, por períodos que variam de meses a anos. Esta forma é habitualmente observada em operários que trabalham com jactos de areia ou moagem de pedra. A dispneia é incapacitante, podendo evoluir para insuficiência respiratória. O paciente também apresenta tosse seca e comprometimento do estado geral.

Sintomas
Os indivíduos com silicose nodular simples não têm dificuldade em respirar, mas têm tosse e expectoração devido à irritação das grandes vias aéreas, num processo denominado bronquite.

A silicose conglomerada pode causar tosse, produção de expectoração e dispneia. No princípio, a dispneia verifica-se só durante os momentos de actividade, mas por fim manifesta-se também durante o repouso. A respiração pode piorar aos 2 a 5 anos depois de ter deixado de trabalhar com sílica.

O pulmão lesado submete o coração a um esforço excessivo e pode causar insuficiência cardíaca, a qual, por sua vez, pode evoluir para a morte. Além disso, os indivíduos com silicose expostos ao microrganismo causador da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) são três vezes mais propensos a desenvolver a tuberculose do que aqueles que não estão afectados pela silicose.

Diagnóstico
A silicose diagnostica-se através de uma radiografia ao tórax que mostra o padrão típico de cicatrizes e nódulos.

Casos difíceis podem necessitar de muitos outros exames para se confirmar o diagnóstico, inclusive da realização de biopsias pulmonares (retirada de fragmentos de pulmão para que sejam examinados ao microscópio).

Prevenção
O controlo da produção de pó no local de trabalho pode ajudar a prevenir a silicose. Quando esta não pode ser controlada, como poderá ser o caso da indústria de jactos de areia, os trabalhadores devem usar máscaras que forneçam ar exterior limpo ou que filtrem completamente as partículas.

Esta protecção pode não estar ao alcance de todos os trabalhadores numa zona poeirenta (por exemplo, pintores e soldadores) e, nesse caso, sempre que seja possível, devem utilizar-se abrasivos diferentes da areia.

Os trabalhadores expostos ao pó da sílica devem fazer radiografias ao tórax com regularidade, todos os 6 meses os que trabalham com jactos de areia e todos os 2 a 5 anos os restantes, de modo que seja possível detectar qualquer problema o mais cedo possível. Se a radiografia revelar silicose, o médico, provavelmente, aconselhará o trabalhador a evitar a exposição constante à sílica.

Tratamento
A silicose é incurável. Não existe um tratamento eficaz para esta doença que, além de irreversível, costuma progredir mesmo após o paciente haver deixado a ocupação que causou a doença.

Assim, o tratamento tem como principal objectivo o alívio dos sintomas, com isto melhorando a qualidade de vida e evitar ou curar algumas das complicações.

Uma pessoa com dificuldade em respirar pode sentir alívio com o tratamento utilizado para a doença pulmonar crónica obstrutiva, como são os medicamentos que dilatam os brônquios e expelem as secreções das vias aéreas.

Dado que os indivíduos que sofrem de silicose têm um alto risco de contrair tuberculose, devem submeter-se periodicamente a revisões médicas que incluam a prova cutânea para a tuberculose.

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Profissional de Saúde
A Farmacovigilância é fundamental para monitorização da segurança dos medicamentos após a sua entrad
Reacções Adversas

Os profissionais de saúde devem assumir um papel preponderante na protecção da saúde pública, através da notificação das reacções adversas a medicamentos que detectem na sua actividade e deste modo, contribuir para um melhor conhecimento do perfil de segurança dos medicamentos. Esta responsabilidade está patente de forma muito clara na legislação portuguesa a este respeito, “Os profissionais de saúde, (…), devem comunicar, tão rápido quanto possível, às unidades de farmacovigilância ou ao serviço responsável de farmacovigilância do INFARMED, (…), as reacções adversas e suspeitas de reacções adversas graves ou inesperadas (…) resultantes da utilização de medicamentos.” (DL nº 242/2002).

Devem ser reportados essencialmente as reacções adversas (RAMs) correspondentes a casos graves e/ou inesperados (RAM desconhecida), contudo é igualmente importante existir conhecimento de uma alteração da frequência, intensidade ou evolução de uma RAM já bem estabelecida.

Desde Julho de 2012, os profissionais de saúde não estão sós na notificação de RAMs porque os doentes já têm a possibilidade notificar de forma independente, as suspeitas de reacções adversas.

Assim, a notificação pode ser realizada através da ficha de notificação aprovada pelo INFARMED para o efeito. Preferencialmente deve ser utilizado o PortalRAM no site do INFARMED (http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage) e, em alternativa, a notificação pode efectuar-se por fax, telefone, e-mail e através dos sites das Unidades Regionais de Farmacovigilância.

Norte: http://ufn.med.up.pt/

Centro: http://www.aibili.pt/ufc_about.php

Sul: http://ufn.med.up.pt/

Consulte também os Guias de Reacções Adversas e o Manual das Interacções Medicamentosas:

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Cascais e Vila Franca de Xira
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo tem “mais de 300 processos judiciais e extrajudiciais”, pendentes,...

A informação foi revelada ao i, e citada pela RCM Pharma, pela porta-voz da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), presidida por Luís Cunha Ribeiro para justificar a contratação, no início deste mês, da sociedade de advogados Ferreira, Lima & Associados por 18,3 mil euros (sem IVA).

“Durante o ano de 2013 saíram vários colaboradores do Gabinete Jurídico da ARSLVT, quer por motivos de doença, quer por cessação do contrato que possuíam com este instituto” e “tornou-se, assim, imprescindível colmatar as graves necessidades de apoio jurídico, particularmente no patrocínio judiciário” dos processos acima referidos, explicou a assessora de comunicação, revelando que, no caso da unidade de Cascais, estão em causa processos “de cobrança de dívidas, laborais, de responsabilidade civil, e de contra-ordenação fiscal”.

A porta-voz deste organismo salientou ainda que “a ARSLVT, na qualidade de sucessora jurídica das posições contratuais destes dois hospitais, compete-lhe assegurar a defesa dos interesses públicos no âmbito destes processos judiciais, sendo certo que é este o instituto demandado sempre que existam novos dissídios sobre factos ocorridos relativamente àqueles dois estabelecimentos de saúde extintos, pelo que é obrigada a assegurar a respectiva defesa”.

“Acresce que a contratação da sociedade de advogados Ferreira, Lima & Associados veio colmatar uma lacuna gerada pela renúncia do contrato existente com uma outra sociedade de advogados”, acrescentou.

Muitos destes processos já estão em tribunal há vários anos. No relatório de actividades de 2011 (o último a ser divulgado) - este organismo ainda não publicou o de 2012, violando assim o que está estipulado na lei - este organismo já fazia referência que tinha sido “preparada a transição dos processos em contencioso e pendentes” do extinto Centro Hospitalar de Cascais (CHC), de que resultava a entrada de “mais de 200 processos, de natureza diversa”.

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo destacava os 194 processos com pedidos de indemnização cível deduzidos pelo CHC, 11 instaurados contra o CHC, 29 notificações judiciais avulsas, cinco processos executivos e três instaurados pelo CHC.

Escritório só para a zona Norte

A maior ARS do país contratou também no início do mês o escritório de Ana Martinho Rosário, Isabel A. Matos e Victor Batista para serviços “jurídicos nas áreas de Santarém e Oeste” por 13,3 mil euros. Questionada sobre este contrato, a porta-voz da ARSLVT começou por esclarecer que esta sociedade “acompanha, já em anos anteriores, os processos judiciais que correm termos nos tribunais a norte de Lisboa”.

Além da “imposição legal de que o patrocínio judiciário seja realizado por advogados, não podendo sê-lo por juristas, há a referir que é vantajosa a contratação de uma sociedade com sede na área onde esse patrocínio é realizado pela diminuição acentuada dos custos envolvidos com as inúmeras deslocações a tribunal que os processos exigem”, justificou.

Sintomas atrasam procura de tratamento
Sintomas são pouco evidentes e diagnóstico ainda assusta doentes, mas a doença é tratável.

Tosse e expectoração prolongadas, cansaço, febre nocturna e emagrecimento. Os sintomas passam frequentemente despercebidos e atrasam a procura de cuidados de saúde. Porém, escondem o diagnóstico de tuberculose que, quando revelada, ainda assusta. “Os doentes lembram-se do tempo dos avós, em que a doença não era tratada e as pessoas ficavam em sanatórios. O tratamento é relativamente recente”, explica a pneumologista e membro do Plano Nacional Tuberculose e HIV, Raquel Duarte. Os números da Organização Mundial de Saúde confirmam a mudança: a morte por tuberculose diminuiu 45% desde 1990. Agora, com diagnóstico atempado e tratamento seguido à risca, a cura “é certa” e “sem sequelas”.

O vírus pode estar instalado em vários órgãos. Os pulmões são o caso mais alarmante, já que a doença se torna contagiosa nas primeiras semanas. "Ao tossir ou falar, o doente liberta partículas que ficam no ar", explica. Quem mantém contacto prolongado e em locais não ventilados com o doente corre o risco de ficar infectado. No entanto, há forma de prevenir. “Se identificarmos quem convive com o doente em ambientes fechados, fazemos o rastreio. Quem está infectado faz medicação preventiva”. Também a medicação é o tratamento quando a infecção latente se desenvolve para doença. “Durante pelo menos seis meses, são sete a nove comprimidos, tomados todas as manhãs, num Centro de Diagnóstico Pneumológico”. A exigência e duração do tratamento podem levar a desistências. “O doente começa a melhorar, mas começa a sentir os efeitos adversos da medicação e a tentação é deixar de tomar”, alerta. Uma situação “perigosa” por dificultar o tratamento quando retomado.

Em Coimbra
Investigadores da Universidade de Coimbra estão a desenvolver um estudo pioneiro sobre os mecanismos da demência frontotemporal...

“Pela primeira vez, em Portugal”, uma equipa de 14 investigadores da Universidade de Coimbra (UC), através do Centro de Neurociências e Biologia Celular e da Faculdade de Medicina, está a “estudar os mecanismos envolvidos” na demência frontotemporal, afirma a universidade.

A degenerescência lobar frontotemporal, também conhecida por demência frontotemporal, é uma “doença com grandes implicações no comportamento” -- que “afecta sobretudo o 'centro de decisão' do cérebro (os lobos frontotemporal)” - e, apesar de ser a segunda demência mais comum, a seguir à doença de Alzheimer, “é ainda praticamente desconhecida”.

Em 2012
O Serviço Nacional de Saúde solicitou aos laboratórios convencionados menos seis milhões de exames em 2012 do que em 2011,...

O “Estudo de caracterização do sector do diagnóstico in vitro em Portugal” foi apresentado na Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), organização que promoveu a realização do mesmo.

Os autores lembram que o mercado da indústria dos diagnósticos in vitro (DiV) valia 239 milhões de euros em 2012, com um decréscimo de sete por cento ao ano desde 2010.

Cientistas desenvolvem gel eficaz na prevenção contra o HIV
Um inovador gel vaginal destinado a ser aplicado depois da relação sexual mostrou resultados satisfatórios na prevenção contra...

Embora os testes estejam em numa fase ainda inicial, os investigadores esperam que o gel possa tornar-se uma opção mais prática e eficaz do que os cremes já disponíveis no mercado, aplicados antes da relação sexual.

O gel foi desenvolvido por cientistas dos chamados Centros para Prevenção e Controlo de Doenças e contém o fármaco raltegravir, que reduz a quantidade de HIV na corrente sanguínea. O raltegravir é produzido pelo laboratório Merck.

“O que nós fizemos neste estudo foi identificar uma droga anti-HIV que bloqueia a integração do vírus no ADN”, explicou Walid Heneine, co-autor do trabalho.

“Esse é um pré-requisito para a infecção por HIV, e esse passo leva pelo menos seis horas após a infecção. Então, existe uma grande janela para uma actuação do fármaco depois do sexo”, frisou.

O gel foi testado na região vaginal de seis macacos do sexo feminino e foi aplicado até três horas depois da exposição a um vírus de imunodeficiência similar, encontrado em primatas e semelhante ao HIV que afecta seres humanos.

O estudo mostrou que o gel preveniu que o vírus afectasse cinco das seis macacas, para uma taxa de 84% de eficácia, segundo um relatório da revista Science Translational Medicine.

Direcção-Geral da Saúde
A partir de 25 de Abril, a linha telefónica Saúde 24 vai passar a ter um serviço dedicado especificamente aos idosos.

O número é o mesmo (808 24 24 24) mas o serviço será “mais completo”, porque, além do tradicional aconselhamento telefónico, pretende-se fazer uma espécie de “acompanhamento activo” dos cidadãos com mais de 65 anos, explica o director-geral da Saúde, Francisco George.

O projecto Saúde 24 Sénior ainda está a ser limado, mas o objectivo é disponibilizar, a partir de 25 do próximo mês, data em que a linha completa sete anos, um contacto telefónico regular com os idosos, assegurando o acompanhamento desta população mais vulnerável e evitando idas desnecessárias aos serviços de saúde.

Além do esclarecimento de dúvidas — a Linha Saúde 24 disponibiliza aconselhamento terapêutico e apoio em matérias relacionadas com medicação e assistência em saúde pública —, no programa dedicado aos idosos está prevista a possibilidade de definição de um “plano individual de cuidados” a monitorizar com periodicidade semanal.

Outra hipótese ainda em estudo é a da criação de um sistema de alarme para pessoas com mais de 75 anos que permita vigiar quedas e prestar apoio em situações de maior isolamento.

Os responsáveis acreditam que o investimento vai compensar, porque, à medida que a idade avança, aumenta de forma significativa a prevalência de doenças crónicas, e, consequentemente, a procura de cuidados de saúde. Experiências realizadas noutros países provam que o acompanhamento telefónico pode ajudar a diminuir de forma significativa o número de hospitalizações e o tempo de internamento e, consequentemente, as despesas em saúde.

Mas ainda há muito por definir. Quando este projecto foi anunciado, em Janeiro, numa altura conturbada em que se multiplicavam os protestos dos trabalhadores contra os despedimentos e cortes salariais em curso no call center, Luís Pedroso Lima, responsável da empresa que gere a linha, previa que seria necessário recrutar “um número significativo de enfermeiros” para o Saúde 24 Sénior. “Há todo um trabalho clínico a fazer, um trabalho complexo, que obriga a reunir um conjunto de profissionais que domine esta matéria”, justificava então. Agora, os responsáveis da empresa dizem que ainda é cedo para avançar com mais detalhes.

Quercus denuncia:
Uma especialista da Quercus denunciou que a identificação dos materiais com amianto nos edifícios públicos está a ser realizado...

Carmen Lima, que tem seguido o assunto e visitado várias instituições, como escolas, disse que “há um desconhecimento total do que é o amianto e o trabalho de identificação, que não pode ser chamado ‘levantamento’ dos edifícios, está a ser realizado por funcionários sem formação” nesta a área.

O Ministério da Saúde elaborou um guia listando os procedimentos para detectar o amianto, substância cancerígena utilizada antes dos anos 80 em cerca de três mil produtos de construção para telhados, tetos ou chão.

A primeira regra refere a formação dos funcionários que vão ter esta tarefa, explicou Carmen Lima. O segundo passo, disse, é a identificação dos materiais susceptíveis de terem amianto em escolas, hospitais ou bibliotecas, e o terceiro a realização de análises de amostras em laboratórios. “Isso sim, é um levantamento dos edifícios com amianto e não aquilo que os dois ministérios [Ambiente e Defesa] fizeram”, salientou.

Para Carmen Lima, “o trabalho de identificação do amianto está a ser feito à pressa, depois de o primeiro-ministro ter dito que seria concluído em dois meses”. Passou um mês desde as declarações de Pedro Passos Coelho, na Assembleia da República, a 14 de Fevereiro.

A Quercus está a preparar uma estratégia definida para a identificação do amianto nos edifícios públicos com vista à sua remoção, trabalho que vai enviar ao Conselho de Ministros.

Somente os ministérios do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, liderado por Jorge Moreira da Silva, e da Defesa Nacional terminaram o 'levantamento' dos seus edifícios.

Especialista alerta
O presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono alertou que a privação de sono pode causar acidentes...

“Os acidentes de viação relacionados com o sono são mais graves do que os relacionados com o álcool e a prevalência de acidentes de viação em doentes privados do sono é extraordinariamente maior quando acumulado com excesso de álcool”, afirmou Miguel Meira da Cruz, presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono, a propósito do Dia Mundial do Sono que se assinalou na passada sexta-feira [14 de Março]

Para o investigador da Faculdade de Medicina de Lisboa, a privação ou as doenças do sono “aumentam o risco profissional”, por exemplo em motoristas, ao potenciar acidentes rodoviários.

Além disso, “afecta a capacidade de concentração e de memória” e, consequentemente, a “capacidade de decisão no exercício de profissões como de médico, enfermeiros ou advogados”, sujeitos a excesso de horas de trabalho ou, no caso dos dois primeiros, de turnos desajustados à capacidade de enfrentar o chamado relógio biológico.

Resultados preliminares de um estudo que está a ser desenvolvido por investigadores da associação e hoje divulgados revelam que “44% dos advogados são sonolentos, dormem menos de sete horas e 15% têm alto risco para a apneia do sono”.

Segundo o investigador, o sono é também causa do insucesso escolar devido à falta de regras e hábitos para dormir das crianças e adolescentes. “As crianças privadas de sono são mais hiperactivas, são mais desatentas, irritadas, rabugentas, têm mais dificuldades de concentração e de memória e aprendem menos”, explicou.

Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida
O Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida vai aumentar o valor pago a cada doação de óvulos e esperma. O...

Os portugueses e portuguesas que queiram doar esperma e óvulos vão passar a receber mais, segundo o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) que vai aumentar o valor pago a cada doação.

De momento, a mulher recebe cerca de 628 euros pela doação de óvulos e o homem 41 euros pela de esperma. O novo valor deverá ser anunciado em meados de Junho.

O presidente da CNPMA, Eurico Reis, destacou que são cada vez mais as pessoas que procuraram fazer a doação, mas que a grande maioria dos dadores são estudantes universitários, embora existam casos de pessoas com família e empregos estáveis.

A procura destes métodos de inseminação artificial é também frequente e o aumento do valor pago pelas doações tem como principal objectivo aumentar o stock e o número de dadores. Só em 2011, de acordo com os últimos dados apresentados pela instituição, a doação de óvulos originou 159 nascimentos, das quais resultaram 133 partos.

O recurso a material doado por terceiros permitiu iniciar 269 ciclos com óvulos e 306 com esperma privado.

Nos Açores
O programa de saúde oral dos Açores permitiu que em 10 anos se passasse de 20 para 30 mil consultas anuais nos centros de saúde...

O secretário regional da Saúde, Luís Cabral, disse que o programa regional de saúde oral, projecto iniciado em 2002, já permitiu “instalar a cadeira de dentista” e médicos nessa área “em todos os concelhos” dos Açores, à excepção da Calheta, na ilha de São Jorge, onde está a ser instalado o equipamento.

O programa iniciou-se com o objectivo de uma melhor acessibilidade na saúde oral “das crianças, idosos e grávidas, mas os bons resultados têm permitido alargá-lo à restante população”, nomeadamente “a doentes crónicos e grupos mais carenciados”, disse o secretário regional da Saúde.

De acordo com Luís Cabral, “em 2002 foram realizadas 20 mil consultas anuais de saúde oral pública e 30 mil em 2013”, frisando que o objectivo é “continuar a aumentar” o acesso da população aos médicos dentistas.

O titular pela pasta da Saúde nos Açores destacou ainda os “bons resultados” do programa regional de saúde oral que tem permitido assegurar “uma cobertura eficaz da população”.

Este programa de saúde oral, que tinha como ponto central a dotação de cada centro de saúde com médicos dentistas e um gabinete devidamente equipado, inclui ainda um Boletim Individual de Saúde Oral e a vigilância de crianças, grávidas e idosos e respectivo encaminhamento.

“É um documento inédito no país, que é entregue pelo médico no acto da consulta no centro de saúde e o objectivo é que toda a população possa ter um Boletim Individual de Saúde Oral. Estamos a trabalhar na sua digitalização para um registo fidedigno e um acompanhamento regular”, disse Luís Cabral. Semelhante a um boletim de vacinas, o documento é gratuito e permite registar toda a informação e historial clínico. Com a criação deste documento, o executivo açoriano pretendeu dotar o Serviço Regional de Saúde de um instrumento de registo e consulta para a promoção da saúde e prevenção das doenças orais nas nove ilhas.

Actualmente existem nos Açores 22 médicos dentistas a trabalhar nos centros de saúde da região, segundo a Secretaria Regional da Saúde.

Conheça as diferenças
As epidemias de gripe sazonal ocorrem anualmente em todo o mundo.

Diferenças entre epidemia e pandemia

Epidemia
- É a ocorrência em larga escala de uma doença numa comunidade, população ou região;
- Tem uma duração limitada no tempo e a sua extensão geográfica é variável.

Exemplos:

Epidemia de papeira em Portugal, em 1998.
Epidemia de cólera em Angola, em 2006.

Pandemia
- É a ocorrência de uma doença em todo o mundo, atingindo vários milhares ou milhões de pessoas em diversos países e continentes;
- Tem duração e extensão geográfica ilimitadas;
- É uma "epidemia com extensão mundial".

Exemplo:

Pandemia de SIDA/VIH (ocorre há várias décadas em todos os países do mundo).

Diferenças entre gripe sazonal e gripe pandémica

Gripe sazonal (epidémica)
- Ocorre todos os anos, sobretudo durante os meses de Inverno;
- Geralmente afecta 5-10% da população;
- Pensa-se que, em todo o mundo, o número total de mortes, por ano, varia entre 500 mil e um milhão;
- É geralmente uma doença pouco grave, que cura em 1-2 semanas sem tratamento médico;
- As mortes por gripe sazonal ocorrem sobretudo em grupos de risco: idosos, crianças muito jovens, pessoas com doenças crónicas (pulmonares, renais, cardíacas, cancro, diabetes) e imunodeprimidos (transplantes, SIDA, etc.);
- A vacina contra a gripe sazonal é eficaz porque é possível prever as estirpes virais circulantes durante o Inverno. Esta vacina, adaptada anualmente, deve ser administrada sobretudo aos grupos de risco;
- Existem fármacos antivirais que podem ser prescritos nos casos mais graves de gripe sazonal e em casos especiais.

Gripe pandémica
- Ocorre esporadicamente, em qualquer estação do ano;
- Pode atingir mais de 25 % da população;
- A mortalidade é muito superior à da gripe sazonal – durante a pandemia de 1918 morreram 40-50 milhões de pessoas;
- É uma doença muito mais grave que a gripe sazonal, com maior risco de morte;
- A infecção pode atingir qualquer pessoa, em qualquer idade;
- Na fase inicial de uma pandemia de gripe não existem vacinas eficazes, por se desconhecer a nova estirpe viral. Não é possível prever o novo tipo de vírus, e só existe uma certeza: a estirpe será diferente das que circularam no Inverno anterior;
- A quantidade disponível de fármacos antivíricos pode ser limitada. A prescrição depende da sua eficácia, que só pode ser determinada após a eclosão da pandemia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Causada por substâncias químicas e bactérias
Este tipo de pneumonia ocorre quando ocorre a entrada de substâncias tóxicas ou bactérias para dentr

A pneumonia por aspiração desenvolve-se quando substâncias químicas irritantes e bactérias da boca e do estômago entram para as vias aéreas e pulmões. A partir daí, é desenvolvida a pneumonia que, geralmente, é causada por um anaeróbio – bactéria que pode conseguir viver na ausência de oxigénio. De um modo geral essas substâncias são eliminadas pelos mecanismos normais de defesa antes que possam chegar aos pulmões ou causar inflamação ou infecções.

Por isso, esta pneumonia é mais comum nas pessoas que sofreram acidentes vasculares cerebrais (AVC) e que têm dificuldade em controlar os reflexos de deglutição, ou em pessoas que estão inconscientes em resultado da ingestão de álcool ou de uma sobredosagem de medicamentos ou de drogas ilícitas.

Por outro lado, quando a pneumonia é contraída por pessoas hospitalizadas, o quadro clínico tende a ser mais grave uma vez que as bactérias hospitalares são, geralmente, resistentes a muitos antibióticos e o próprio doente já está com o sistema imunológico debilitado devido a outra doença/causa.

No entanto, mesmo uma pessoa saudável que aspirar uma grande quantidade desse tipo de substâncias irritantes pode contrair pneumonia por aspiração.

A aspiração de bactérias é a forma mais frequente de pneumonia por aspiração. A sua causa deve-se, geralmente, à deglutição e à consequente aspiração de bactérias para o interior dos pulmões.

A obstrução mecânica das vias aéreas pode ser causada pela aspiração de partículas ou de objectos. As crianças pequenas correm um risco muito elevado porque, com frequência, levam objectos à boca e podem aspirar pequenos brinquedos ou parte desses brinquedos.

Quando um objecto fica bloqueado na parte superior da traqueia, a pessoa é incapaz de respirar ou de falar. Se o objecto não for extraído imediatamente, a morte ocorre com rapidez. A manobra de Heimlich, efectuada para extrair o objecto, pode salvar a vida do afectado.

Se o objecto ficar bloqueado na parte inferior das vias aéreas, pode produzir uma tosse crónica irritante e infecções recorrentes. O objecto extrai-se, em geral, através de uma broncoscopia (um procedimento que utiliza um instrumento que permite ao médico observar a via respiratória e extrair amostras e corpos estranhos.

Pneumonite química
Pode acontecer que a substância tóxica aspirada provoque uma pneumonite química, isto é, uma irritação nos pulmões que não chega a ser uma infecção. Por exemplo, um produto tóxico aspirado frequentemente é o ácido do estômago. O resultado imediato é a súbita falta de ar e uma aceleração do ritmo cardíaco. Pode surgir também febre, expectoração com espuma cor-de-rosa e uma tonalidade azulada na pele, causada pelo sangue escassamente oxigenado (cianose).

O diagnóstico da pneumonite química é habitualmente confirmado com uma radiografia ao tórax e medições da concentração de oxigénio e de anidrido carbónico no sangue arterial. Já o tratamento consiste na administração de oxigénio e na respiração artificial, se for necessária. Pode aspirar-se o conteúdo da traqueia para eliminar as secreções e as partículas das vias aéreas. Pode em alguns casos ter de se administrar antibióticos para a prevenir a infecção.

De um modo geral, os indivíduos com pneumonite química recuperam rapidamente ou evoluem para a síndroma de dificuldade respiratória aguda do adulto. Podem ainda desenvolver uma infecção por bactérias.

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Circular Informativa N.º 062/CD/8.1.6. Data: 13/03/2014
Foi emitida uma circular informativa para esclarecimento do preço dos dispositivos comparticipados destinados a pessoas com...

Em aditamento à circular informativa n.º 054/CD/8.1.6, de 06/03/2014, e na sequência das questões que têm sido colocadas, clarifica-se que os preços dos dispositivos comparticipados destinados a pessoas com diabetes se regem pelo regime de preços máximos, o que significa que podem ser praticados preços inferiores ou iguais ao preço máximo, desde que devidamente notificados ao Infarmed.

Deste modo, os preços que decorriam da aplicação do Despacho n.º 4294-A/2013, de 20 de Março, atendendo a que são inferiores aos preços máximos em vigor a partir de 07-03-2014, são considerados preços válidos, pelo que não têm um prazo de escoamento.

Assim, informa-se o seguinte:

Fabricantes e mandatários de dispositivos médicos

- Podem escoar os stocks que dispõem ao preço anterior (sem necessidade de notificação);

- Podem remarcar os produtos que têm em stock ou que se encontrem no circuito comercial;

- Podem notificar ao Infarmed outros preços para os seus produtos, desde que estes sejam inferiores ao preço máximo.

Distribuidores e farmácias

- Podem escoar os stocks que dispõem ao preço marcado;

- A marcação do preço é da responsabilidade do fabricante ou mandatário, pelo que estes produtos não podem ser remarcados por outras entidades;

Em Programa de Controlo da Diabetes Mellitus está disponível a lista de Dispositivos Médicos abrangidos pelo regime de preços e comparticipações definidos na Portaria n.º 364/2010, de 23 de Junho, que inclui todos os preços válidos.

Circular Informativa N.º 046/CD/8.1.7. Data: 26/02/2014
O Infarmed emitiu uma circular informativa sobre a revogação da AIM das formulações líquidas orais contendo metoclopramida.

Na sequência do parecer do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) divulgado através da Circular Informativa n.º 183/CD/8.1.7, de 30 de julho de 2013, e da Circular Informativa n.º 237/CD/8.1.7, de 25 de outubro de 2013, a Comissão Europeia proferiu a Decisão de Execução n.º C(2013)9846, de 20 de dezembro, que determina:

- A revogação das Autorizações de Introdução no Mercado (AIM) das formulações líquidas orais contendo metoclopramida com concentração superior a 1 mg/ml;

- A alteração dos termos da AIM dos restantes medicamentos contendo metoclopramida referidos no Anexo I da Decisão e a utilização de um dispositivo de medição para as formulações líquidas orais que permanecem autorizadas.

Embora a relação risco-benefício dos medicamentos contendo metoclopramida tenha sido considerada positiva, o CHMP limitou a concentração máxima das formulações líquidas orais a 1 mg/ml como uma medida de minimização dos riscos de reacções adversas neurológicas graves.

Esta revogação resulta do facto de o CHMP considerar que as formulações líquidas orais com 1 mg/ml de concentração são adequadas para todas as indicações, mas a disponibilidade de concentrações mais elevadas acarreta um risco de sobredosagem na população pediátrica.

Em Portugal, o único medicamento com AIM com estas características é o medicamento Metoclopramida Medinfar, 2,6 mg/ml, gotas orais, solução.

Para dar cumprimento à Decisão supracitada, o Infarmed deliberou o seguinte:

1. Revogação da AIM do medicamento Metoclopramida Medinfar, 2,6 mg/ml, gotas orais, solução, com o número de registo 9651620, de que é titular a empresa Laboratório Medinfar - Produtos Farmacêuticos, S.A..

2. Prazo para a recolha

O titular da AIM do medicamento supracitado deve proceder à retirada do mercado de todos os lotes do medicamento em causa, fornecendo à Direção de Inspecção e Licenciamentos do Infarmed (através do e-mail [email protected]) o relatório de reconciliação e informação sobre o destino das embalagens recolhidas.

O Infarmed relembra ainda o seguinte:

- os profissionais de saúde dispõem de outras alternativas terapêuticas disponíveis no mercado;

- os distribuidores e as farmácias devem separar este medicamento dos restantes e proceder à sua devolução;

- os doentes em tratamento com Metoclopramida Medinfar, 2,6 mg/ml, gotas orais, solução, devem falar com o médico para identificação de uma alternativa terapêutica.

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