Apesar de transferida para a Guarda
A administração da Unidade Local de Saúde do Nordeste esclareceu hoje que os utentes do sul do Distrito de Bragança vão...

O Conselho de Ministros decidiu que o Centro de Saúde de Vila Nova de Foz deixa de pertencer à Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) e passa para a gestão da Unidade Local de Saúde da Guarda, o que implica também a transferência do Serviço de Urgência Básica (SUB) que funciona naquela unidade.

Devido à proximidade geográfica, os doentes dos concelhos do sul do Distrito de Bragança, como Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta, eram encaminhados para este serviço em caso de emergência médica e vão continuar a ser, segundo garantiu hoje a ULSNE.

Num esclarecimento por escrito enviado à agência Lusa, a administração da entidade responsável pela saúde no Nordeste Transmontano indica que “do ponto de vista do doente, tudo continua como até aqui, incluindo o Serviço de Urgência Básica, uma vez que a SUB de Vila Nova de Foz Côa integra a Rede Nacional de Urgência e Emergência definida pela tutela”, o Ministério da Saúde.

“Assim, a referenciação de doentes através da SUB será exactamente a mesma, independentemente do local de origem, seja o utente do município de Foz Côa, na Guarda, ou do sul do Distrito de Bragança”, acrescenta o esclarecimento.

De acordo com a administração da ULSNE, a transferência de Foz Côa para a Guarda é “uma alteração apenas ao nível da gestão daquele Centro de Saúde, nomeadamente dos recursos humanos, materiais e financeiros, a qual não tem impacto directo no que respeita ao atendimento dos utentes”.

Embora pertença ao Distrito da Guarda, o concelho de Vila Nova de Foz Côa tem estado associado ao Distrito de Bragança não só nos serviços de saúde, mas também noutros projectos como o do sistema intermunicipal de tratamento de resíduos.

Tribunal de Contas
Os carros dos membros do conselho directivo da Administração Central dos Sistemas de Saúde foram indevidamente usados para fins...

No relatório com os resultados da auditoria financeira relativa a 2011, o Tribunal de Contas (TdC) acrescenta que a Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS) pagou ilegalmente mais de três mil euros pelo uso irregular de viaturas de serviço para fins particulares, custos estimados com combustível e portagens.

Esta é uma das irregularidades que o TdC diz que seria passível de ser considerada uma infracção financeira punível. Contudo, o tribunal decidiu não aplicar sanções por considerar que existem motivos para ser relevadas.

Fonte oficial do Ministério da Saúde disse à agência Lusa, citada pelo Diário de Notícias, que, quanto ao uso da viatura de serviço, o presidente da ACSS supunha que se tratava de um direito e dado o horário que a si próprio impunha não tinha alternativa, “como o Tribunal de Contas de certa forma reconheceu, dada a relevação”.

O Tribunal recorda que esta má utilização de viaturas para fins particulares tinha sido também detectada numa auditoria da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, que encontrou pagamentos de vias verdes e de parqueamentos em horas e locais que dificilmente estariam relacionados com a actividade dos serviços.

Ainda sobre viaturas de serviço, o Tribunal de Contas diz que em 2011 a ACSS tinha 11 veículos, sete deles inactivos. Utilizava, então, oito viaturas em regime de aluguer de longa duração, cinco delas afectas aos membros do conselho directivo e uma à Unidade de Missão dos Cuidados Continuados Integrados.

Globalmente, o relatório hoje divulgado pelo TdC aponta para deficientes práticas de gestão e incumprimento. O Ministério da Saúde sublinha que se trata de um relatório que diz respeito a situações verificadas em 2011.

Saiba como mantê-los
Com o tempo as relações podem vir a perder alguma da sua chama.

 Há coisas que podemos fazer para manter ou reatar a chama antiga e manter uma relação bem viva!

Dê o primeiro passo
Por vezes temos tendência a esperar que o nosso parceiro tome alguma atitude ou faça algo por nós. E se a outra pessoa estiver à espera exactamente do mesmo? O melhor é parar de se queixar e dar o primeiro passo. Está à espera de um ramo de flores, porque não oferecer uma prenda primeiro? Algo que ele goste e que o alegre terá sem dúvida algum efeito.

Pare de discutir
Para resolver é preciso chegar a consensos.

De que vale continuar a discutir acerca de problemas passados, de coisas que já aconteceram ou de situações que já não representam ameaças no presente?

Em vez de discutir a situação, tente fazer ver o que sente. Converse, explique. Não imagina a diferença que faz.

Fotografias
Espalhe fotografias pela casa. As recordações boas podem ajudar em “climas de tensão”. Ao vermos imagens nossas de tempos felizes, existe a tendência para afastar maus pensamentos que tantas vezes surgem em maus momentos.

Diga coisas bonitas
Tão importantes como os actos, são as palavras bonitas. Mime o seu parceiro com palavras, expresse o quando gosta dele/a, toques e sorrisos são uma boa receita também.

Agindo dessa forma, vai ajudar a manter a conexão amorosa que existe e que vos une.

Seja atrevido/a
Se lhe apetecer coisas atrevidas, porque não as fazer?

A ideia do sexo atrevido e em lugares menos comuns apela ao sentido de “risco”. Esse “risco” desperta as hormonas para o desejo. Ao ser atrevido, vai aumentar o seu desejo e o do/a seu/sua parceiro/a.

Quebre velhos hábitos e rotinas
É certo, passados alguns anos a rotina e o hábito instala-se, com tudo o que isso tem de bom e de mau.

Se por um lado nos sentimos seguros, por outro a “chama” pode começar a perder a sua força. E como evitar que isso aconteça? Quebrando rotinas ou hábitos.

Um jantar romântico, um fim-de-semana a dois num sítio diferente, sair para dançar, tudo isso contribui para a alteração das rotinas. Ah… e faça-o fora das datas normais… todos nós vamos jantar fora no dia dos Namorados…

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Conhecida como a febre do papagaio
A psitacose é uma pneumonia rara transmitida ao homem por determinadas aves, que provoca febre e sin

A psitacose, também conhecida como a febre do papagaio, é uma pneumonia rara causada pela Chlamydia psittaci, uma bactéria de reduzidas dimensões que se encontra principalmente em aves como papagaios, periquitos e rolas. Mais raramente, é possível ser encontrada noutras aves, como pombos, borrachos, galinhas e pavões.

As aves infectadas eliminam a bactéria através das suas secreções, sobretudo através dos excrementos, onde podem sobreviver durante um mês, conservando a sua capacidade de infecção. O contágio ao ser humano, de um modo geral, produz-se por via respiratória, através da inalação das pequenas partículas que se encontram suspensas no ar e provenientes das fezes contaminadas.

Contudo, o microrganismo também se pode transmitir através da picada de uma ave infectada e, em alguns casos excepcionais, de uma pessoa para outra através das pequenas gotas que são expulsas com a tosse.

A psitacose é a principal doença ocupacional de quem trabalha com animais domésticos ou nas criações aviárias. Estas são as pessoas mais expostas ao contágio, uma vez que estão intimamente em contacto com as aves. Por exemplo, as pessoas que têm aves de capoeira ou as que trabalham em lojas de animais, também podem ser afectadas pela doença bem como as pessoas que têm, simplesmente um papagaio ou uma ave semelhante em casa.

O método mais fiável para confirmar o diagnóstico é através de uma análise ao sangue.

Sintomas
O período de incubação da psitacose dura entre uma a duas semanas. A doença pode ser ligeira ou grave, dependendo da idade e da extensão do tecido pulmonar afectado.

A doença começa por se manifestar de forma brusca através de febre elevada acompanhada com arrepios, dor de cabeça, dores articulares e musculares por todo o corpo, apesar de serem mais intensas nas costas, e uma sensação de mal-estar geral.

Em seguida, surgem os sinais e sintomas da afectação pulmonar, nomeadamente tosse seca, que ao fim de pouco tempo se torna produtiva com expectoração mucosa ou sanguinolenta, dificuldade respiratória e sensação de falta de ar.

Caso se inicie o adequado tratamento nesta fase, a doença costuma desaparecer ao fim de algumas semanas, sem originar grandes problemas. Todavia, caso não se proceda ao devido tratamento as manifestações costumam persistir, nomeadamente através de um quadro típico de pneumonia e complicações graves consequentes da extensão do processo infeccioso ao coração, fígado, baço, glândulas supra-renais ou outros órgãos.

Tratamento
O tratamento baseia-se na administração de antibióticos activos contra o microrganismo responsável durante um período de uma ou duas semanas.

É aconselhável que o doente se mantenha em repouso na cama enquanto persistem as manifestações, cumpra uma dieta ligeira e beba líquidos em abundância.

Para além disso, caso se manifestem sinais e sintomas que evidenciem complicações, é possível que o especialista decida por internar o doente para que lhe seja administrado um tratamento intensivo e para que seja submetido a um controlo constante.

A recuperação pode levar muito tempo, especialmente nos casos graves. O índice de mortalidade pode atingir 30 por cento nos casos graves não tratados.

Prevenção
A psitacose é uma doença altamente contagiosa. Por isso, a prevenção é fundamental para evitar o contágio.

A prevenção consiste essencialmente na detecção das aves afectadas e em submetê-las ao tratamento oportuno. Ocasionalmente, as aves afectadas expressam alguns sinais e sintomas que evidenciam o padecimento do problema, como falta de apetite, debilidade notória, um franzir das penas ou estado de letargia, enquanto noutros casos o seu aspecto é perfeitamente normal. Em caso de dúvida, convém consultar um veterinário.

Por outro lado, os criadores e donos de aves podem proteger-se evitando o contacto com o pó das penas e das jaulas dos animais doentes.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Mais conhecida por sarna
É uma das parasitoses mais frequentes, causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei, que parasita apenas o s

A escabiose, mais conhecida por sarna, é uma doença parasitária causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei. Trata-se de uma doença contagiosa transmitida pelo contacto directo interpessoal com pessoas infectadas ou, com menor frequência, através do uso de roupas contaminadas. Os ácaros que causam esta doença penetram na pele e depositam os seus ovos, formando um buraco que parece uma marca de lápis. Os ovos amadurecem em 21 dias dando origem a novos parasitas.

A erupção pruriginosa é uma resposta alérgica ao ácaro. As lesões atingem principalmente o abdómen, flancos, baixo-ventre, umbigo, pregas das axilas, cotovelos, punhos, espaços entres os dedos das mãos e sulco entre as nádegas.

Nos homens a localização característica é nos genitais, onde se formam lesões endurecidas e elevadas no pénis e na bolsa escrotal. Nas mulheres é comum os mamilos serem afectados pela doença. Nos bebés, o acometimento das plantas dos pés e palmas das mãos é frequente. A escabiose raramente atinge a pele do pescoço e da face, excepto nas crianças.

A escabiose existe em todo o mundo e pode afectar pessoas de todas as raças e classes sociais.

Sintomas
A doença tem como característica principal a comichão intensa que, geralmente, piora durante a noite devido à erupção cutânea. Tudo isto acompanhado de pequenos nódulos (bolinhas) vermelhos e túneis que têm a aparência de linhas finas, onduladas, brancas ou acinzentadas.

As erupções e os túneis aparecem, geralmente, entre os dedos das mãos, ao redor dos pulsos e cotovelos, nas axilas e ao redor da cintura, embora a escabiose possa também localizar-se noutras áreas do corpo.

Habitualmente, os sintomas da escabiose ocorrem entre duas e seis semanas após o contacto com a origem da contaminação. As pessoas que anteriormente já tiveram escabiose podem desenvolver os sintomas poucos dias após a exposição, uma vez que já foram sensibilizadas pelos ácaros. Nestes casos os sintomas podem ser mais leves.

O diagnóstico é feito através de um exame ao microscópico á zona da pele afectada.

Tratamento
O tratamento da sarna consiste na aplicação de medicamentos sob a forma de loções na pele do corpo todo, do pescoço para baixo, mesmo nos locais onde não aparecem lesões ou comichão.

Após terminada a primeira série do tratamento, este deve ser repetido uma semana após, para atingir os parasitas que podem ainda estar a deixar ovos.

O tratamento também pode ser realizado por via oral, sob a forma de comprimidos tomados em dose única. A erupção e o prurido poderão continuar por algum tempo após o tratamento, mas isto não significa que o tratamento não funcionou. Esses sintomas podem perdurar várias semanas após o tratamento.

Toda a família ou parceiros sexuais de pessoas infectados podem precisar de ser tratados, mesmo que não apresentem sintomas. As roupas de uso diário e as roupas de cama devem ser trocadas todos os dias, colocadas para lavar e passar a ferro.

Todos os objectos que não podem ser lavados, como brinquedos de pelúcia e travesseiros, devem ser mantidos em sacos plásticos bem fechados durante 14 dias antes de usá-los novamente. Isto acarretará a morte de todos os ácaros que estejam nesses objectos. As carpetes e móveis estofados devem ser limpos cuidadosamente com aspirador de pó.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Num tratamento experimental
Foram conseguidos resultados promissores num tratamento experimental contra um tipo de leucemia em estado avançado.

Especialistas do Centro de Cancro Memorial Sloan Kettering, em Nova Iorque, nos EUA, admitem ter conseguido resultados promissores num tratamento experimental contra um tipo de leucemia (tumor que afecta o sangue) em estadio avançado, avança pelo Medical News Today, citado pelo POP.

Os resultados do maior estudo clínico realizado em doentes com leucemia linfoblástica aguda de células B foram publicados na revista Science Translational Medicine e referem-se a um tipo de imunoterapia.

A abordagem celular testada envolveu a extracção de células T do sistema imunológico do doente, que foram geneticamente alteradas para terem maior capacidade para reconhecer e destruir células cancerígenas que contêm a proteína CD19. De seguida, as células foram reintroduzidas no doente.

Os primeiros números indicam que 14 dos 16 doentes (88%) tratados com esta terapia sofreram uma remissão completa, pelo menos, a curto prazo. De momento, os cientistas avaliam os efeitos a longo prazo do tratamento.

Os resultados são promissores e, segundo Michel Sadelain, co-autor sénior do estudo, podem indicar que a terapia celular pode ser eficaz quando outros tratamentos falham.

Cancro da mama:
Um em cada três casos diagnosticados com cancro da mama afecta mulheres com menos de 45 anos de idade, ou seja, ainda em idade...

O relatório, que se baseia em dados recolhidos junto de mais de 10 600 doentes oncológicas em 35 hospitais (entre 1998 e 2001 e respectiva evolução até 2007), destaca um incremento de casos em idades menos avançadas.

As conclusões do estudo - realizado no âmbito do projecto ‘El Álamo III’ do Grupo Espanõl de Investigación e Cancér de Mama (Geicam) – foram apresentados à imprensa.

De acordo com o relatório, o ritmo de vida actual e outros aspectos que estão na base das mudanças sociais e culturais nas últimas décadas (dietas; renúncia ou atraso da idade de maternidade) explicam a incidência de casos em idades inferiores aos 45 anos.

A idade da primeira gravidez é um factor de “risco importante”, considera Ana Lluch, directora do serviço de Hematologia e Oncologia no Hospital Clínico de Valência, explicando que a gestação tem um “efeito protector” face ao cancro da mama.

Por outro lado, o aumento de casos detectados em idades mais jovens resulta da maior facilidade de acesso a meios de diagnóstico (mamografias) e da crescente consciencialização das mulheres espanholas para o risco da doença.

Para prevenir obesidade
As pesquisas científicas já comprovaram que uma criança com excesso de peso não é saudável. Mesmo assim, os pediatras continuam...

A obesidade é uma doença e pode acarretar outros problemas que comprometerão o resto da vida do indivíduo, como diabetes e hipertensão.

Embora tenha natureza genética, os genes sozinhos não determinam o problema. O ambiente influencia e muito (hábitos alimentares e comportamentais), mas é perfeitamente possível que o ganho de peso seja controlado.

O início da vida do bebé – mais especificamente os 1000 primeiros dias, a começar pelos que fazem parte da gestação – são fases decisivas para o desenvolvimento da obesidade, de acordo com o documento “Obesidade na Infância e Adolescência: Manual de Orientação do Departamento Científico de Nutrologia da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria)”. Manter sob controlo a qualidade e a quantidade da alimentação da gestante, então, é fundamental.

O estudo Nutriplanet Danone Baby Nutrition – Revisão Sistemática da Literatura Científica sobre o Contexto Alimentar e Nutricional de Gestantes, Lactantes, Lactentes e Primeira Infância, de 2012, revelou que 31% das grávidas são obesas e mantêm uma dieta alimentar com excessos de hidratos de carbono, proteínas e sódio, e baixa ingestão de ferro, cálcio, fibras e ácidos das famílias do ômega-3 e 6.

Engravidar com excesso de peso ou engordar mais que do que o recomendado pelo médico durante os nove meses, por exemplo, faz com que a mulher dê à luz bebés mais gordinhos, factor que persistirá até por volta dos quatro a cinco anos da criança.

Segundo estudo
Uma dieta altamente proteica pode ser tão perigosa quanto fumar 20 cigarros por dia, segundo um novo estudo publicado por...

No trabalho, publicado na revista Cell Metabolism, os investigadores verificaram que aqueles que consomem elevados níveis de proteína de origem animal, tal como carne, leite e queijo, durante a idade adulta, têm um risco elevado de sofrer de cancro, quando comparado com aqueles que têm um regime menos proteico. A taxa de mortalidade é equivalente aos fumadores, segundo os cientistas.

O estudo teve como base 6.318 adultos com mais de 50 anos e foi conduzido ao longo de duas décadas. Verificou-se que aqueles que consumiam uma dieta rica à base de proteínas animais, definido como mais de 20% das calorias diárias, eram 74% mais propensos a morrer prematuramente do que aqueles que ingeriam menos proteínas animais.

Uma dieta altamente proteica constitui um risco elevado para quem tem mais de 50 anos. Contudo, verificou-se que o mesmo não se observa acima dos 65 anos.

DD

Estudo indica:
Ensaio clínico com 175 pessoas está previsto para começar no final deste ano, depois de injecções de anti-retrovirais...

As injecções de anti-retrovirais contra o vírus que causa a SIDA protegeram macacos durante várias semanas após a infecção, uma conquista que abre caminho para prevenir a doença em seres humanos, de acordo com dois estudos americanos agora divulgados.

Os estudos, realizados por duas equipas diferentes de virologistas, revelaram uma protecção completa nos animais que receberam uma injecção mensal de anti-retrovirais.

Testes clínicos realizados nos últimos anos têm demonstrado que ingerir pequenas doses diárias de medicamentos anti-retrovirais podem reduzir em mais de 90% o risco de infecção por um parceiro sexual HIV-positivo, uma abordagem chamada profilaxia pré-exposição, de acordo com cientistas, que apresentaram os trabalhos na conferência anual sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI), em Boston, nos Estados Unidos

Porém, alguns desses testes tiveram uma taxa de sucesso significativamente menor, porque um grande número de participantes não tomaram a dose de anti-retrovirais diariamente. Assim, uma injecção trimestral ou mensal poderia resolver este problema, sugerem as novas investigações.

 

Estudo

Em um dos dois estudos realizados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, os cientistas deram uma injecção mensal de um anti-retroviral experimental de longa acção chamado GSK744 a seis macacos.

Em seguida, duas vezes por semana, introduziram na vagina das fêmeas um líquido contendo o vírus da imunodeficiência, para simular relações sexuais com um macho infectado. Nenhuma das fêmeas tratadas com GSK744 foram infectadas, mas seis de um grupo de controlo tratadas com placebo apresentaram a doença rapidamente.

Os cientistas do segundo estudo, do Centro de Pesquisa sobre a Sida Aaron Research da Universidade Rockefeller, em Nova Iorque, testaram o mesmo medicamento em 15 macacos, desta vez expondo-os ao risco de infecção anal.

Os resultados foram semelhantes: nenhum dos animais tratados foram infectados, mas todos aqueles que receberam placebo sim. Um primeiro ensaio clínico com 175 pessoas está previsto para começar no final deste ano nos Estados Unidos, Brasil, África do Sul e Malawi, com a mesma terapia anti-retroviral, que já foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), a agência americana de alimentos e produtos farmacêuticos.

Em França
O doente que recebeu o primeiro coração artificial autónomo do mundo morreu no domingo, em França, 75 dias após o implante,...

“Setenta e cinco dias depois da implantação do primeiro coração artificial bioproteico Carmat num homem de 76 anos que sofria de insuficiência cardíaca terminal, o doente morreu a 2 de Março de 2014”, informou o hospital, em comunicado.

“As causas do falecimento poderão ser conhecidas somente após a análise dos dados médicos e técnicos registados”, acrescenta a nota.

O primeiro coração artificial autónomo da história da Medicina, fabricado pela empresa francesa Carmat, foi implantado a 18 de Dezembro num doente e com insuficiência cardíaca terminal. As autoridades de Saúde francesas aprovaram a intervenção, a primeira desse tipo no mundo, que abre novas perspectivas devido à escassez de órgãos disponíveis.

Nos Estados Unidos da América
Uma bebé nascida com o vírus da SIDA mantém-se sem sinais da infecção 11 meses depois de ter sido submetida a tratamentos com...

Nascida nos subúrbios de Los Angeles, nos Estados Unidos da América (EUA), em Abril do ano passado, a menina recebeu tratamentos com anti-retrovirais quatro horas depois de ter nascido. Quase um ano depois, não tem sinais da infecção e os médicos estão optimistas, apesar de não afastarem a possibilidade de o VIH voltar ou estar oculto nos tecidos.

Trata-se do segundo caso idêntico no mundo, depois de no ano passado ter sido anunciado que um bebé norte-americano recebeu tratamentos nas primeiras horas de vida. Agora com três anos, a menina parece estar livre do VIH.

O caso mais recente, agora apresentado durante uma conferência científica em Boston, é recebido pelos médicos com optimismo, sobretudo pela rapidez do desaparecimento do vírus.

“O que é mais notável em relação a este bebé é a rapidez com que o vírus desapareceu, os testes de ADN estavam negativos quando tinha seis dias e continuaram negativos depois”, afirmou Yvonne Bryson, professora de pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia.

Tratamento
O Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana da Universidade do Porto está a oferecer um programa de tratamento para a...

Avaliar a eficácia da psicoterapia cognitivo-comportamental e do tratamento farmacológico da disfunção eréctil é o objectivo do estudo, que será realizado no Porto e em Lisboa, e que irá necessitar de participantes. Os utentes têm de ter o diagnóstico de disfunção eréctil devido a factores psicológicos (dificuldades de erecção sem causa médica associada), com idades entre os 18 e os 50 anos, numa relação heterossexual há seis meses ou mais, sem psicopatologia e problemas de saúde ou toma de medicação que interfiram com a resposta sexual.

Segundo o coordenador do Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana (SexLab), Pedro Nobre, os voluntários receberão tratamento psicológico ou farmacológico gratuito durante um período de três meses, sendo avaliados no início, durante e no final da intervenção. Os terapeutas envolvidos no tratamento psicológico são psicólogos clínicos com formação especializada em terapia sexual, reconhecidos pela Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica.

“A terapia cognitivo-comportamental é uma intervenção psicológica utilizada com sucesso numa grande variedade de problemas psicológicos (desde a ansiedade até à depressão) e tem sido aplicada de forma sistemática também no domínio das dificuldades sexuais”, salientou o investigador.

O tratamento farmacológico será da responsabilidade do médico urologista Pedro Vendeira, especialista em medicina sexual, e consistirá na toma de medicação com “inibidores da fosfodiasterase-5 (inibidores da PED-5)”.

O estudo será levado a cabo na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. Os tratamentos (psicoterapia e medicação) serão prestados de forma gratuita e será garantida a total confidencialidade dos participantes.

Pedro Nobre considera que “este estudo pode ter implicações muito importantes no desenvolvimento e aperfeiçoamento de tratamentos psicológicos mais eficazes para as dificuldades sexuais e ajudar a desvendar os mecanismos de mudança terapêutica, permitindo um melhor conhecimento dos processos envolvidos no sucesso terapêutico”.

Os interessados em participar neste estudo devem enviar um e-mail para [email protected].

O SexLab é o primeiro laboratório do país a conduzir de forma regular estudos de natureza experimental e psicofisiológica em sexologia em Portugal.

Medicamentos
Investigadores da Universidade de Coimbra estão a desenvolver estudos para ultrapassar a “elevada toxicidade” da cisplatina ...

Experiências realizadas por “uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC), no Centro de investigação ISIS”, no Reino Unido, obteve “resultados altamente promissores”, que “representam um passo significativo no sentido de ultrapassar dois dos grandes problemas da cisplatina e fármacos análogos - a sua elevada toxicidade e a resistência adquirida pelos doentes ao tratamento quimioterapêutico”, afirma a UC, em nota divulgada e citada pelo Destak.

Os ensaios permitiram “uma melhor compreensão do modo como a glutationa (antioxidante celular) contribui para a resistência adquirida à cisplatina, fármaco muito aplicado no tratamento de vários tipos de cancro (pulmão, testículo, ovário e bexiga, entre outros)”.

Estudo diz:
Um estudo norte-americano diz que um terço das mortes em pessoas com mais de 75 anos pode ser atribuído ao Alzheimer.

Bryan James, do Centro Médico da Universidade Rush, em Chicago, EUA estudou um grupo de 2566 pessoas com uma média de idades de 78 anos que foram submetidas a um teste anual para determinar se sofriam ou não de demência. Ao fim de oito anos, 1090 participantes tinham morrido, sendo que 559, que não tinham Alzheimer no início do estudo, acabaram por desenvolver a doença.

O período médio entre o diagnóstico e as mortes foi de cerca de quatro anos e o Alzheimer foi confirmado através de autópsia em 90% dos casos.

Os dados publicados na revista científica Neurology, revelam que a taxa de mortalidade foi quatro vezes mais alta nas pessoas que sofriam de demência entre os 75 e os 84 anos e cerca de três vezes superior nas que tinham 85 ou mais anos: “A doença de Alzheimer e outras formas de demência não figuram nas certidões de óbito e nos dossiers médicos”, disse o autor do estudo, adiantando que estes documentos indicam como causa directa e imediata de morte uma pneumonia, sem mencionarem a demência como uma causa subjacente.

“As estimativas produzidas pela nossa análise dos dossiers médicos sugerem que as mortes resultantes do Alzheimer ultrapassam largamente as estatísticas dos centros de controlo e prevenção de doença reflectidas nas certidões de óbito”, indicou Bryan James.

Nos EUA, a doença de Alzheimer surge nas estatísticas oficias em sexto lugar na lista de principais causas de morte, enquanto as doenças cardiovasculares e o cancro surgem em primeiro e segundo lugares.

O investigador conclui, com base no estudo, que terá havido mais de 500 mil mortes por Alzheimer nos EUA na população acima dos 75 anos, em 2010, número que é cinco a seis vezes superior aos 83 mil mortos registados nas bases oficiais.

A doença de Alzheimer, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde como doença crónica, não é transmissível e é a forma mais comum de demência, representando entre 50 a 70% de todos os casos.

Doenças raras:
Centro Hospitalar do Alto Ave segue 70 doentes que sofrem de doenças raras. No ano de 2013 o Centro de Excelência diagnosticou...

No âmbito das comemorações do Dia Mundial das Doenças Raras, assinalado a 28 de Fevereiro, o Centro Hospitalar do Alto Ave (CHAA) divulga que em Abril do ano passado, 2013, foi designado como Centro de Excelência das Doenças de Sobrecarga do Lisossoma (DSL), passando a ser o centro de referência na região norte, com uma equipa multidisciplinar interna constituída por vinte profissionais de diversas especialidades (incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais).

De acordo com o centro hospitalar, em Portugal, estima-se que 5 a 6% da população podem vir a sofrer de uma doença rara. No Centro Hospitalar do Alto Ave são seguidos setenta doentes, principalmente da doença de Fabry, mas também das doenças de Pompe, Gaucher, Mucopolissacaridoses e Leucodistrofia Metacromática. “Só no ano de 2013 foram diagnosticados 17 novos casos pelo Centro de Excelência”.

A responsável pelo Centro de Excelência do CHAA, a cardiologista Olga Azevedo, refere que “as características da região de Guimarães, e também de outras zonas da nossa área de influência, fazem com que haja uma grande prevalência destas doenças. Concretamente da Doença de Fabry, mas não só. Temos neste momento dois profissionais do Centro Hospitalar a realizar doutoramento na área das DSL, concretamente sobre as doenças de Fabry e Pompe, o que demonstra o nosso interesse por este tema das doenças raras e a importância das mesmas na região. Continuamos com o estudo do efeito fundador da doença de Fabry na região de Guimarães, em parceria com a Universidade de Hamburgo, na Alemanha. Neste tipo de investigação somos o único centro português com um efeito fundador provado para uma DSL. Coordenamos também um estudo multicêntrico nacional que prevê um rastreio da Doença de Fabry em doentes com miocardiopatia hipertrófica e ainda outro semelhante sobre a Doença de Pompe, neste caso incluindo rastreio em doentes com paresia diafragmática. Importante também é a inclusão do CHAA na fase piloto da criação do Cartão da Doença Rara, que será uma mais-valia para os nossos doentes”.

Ainda de acordo com o CHAA, estudos internacionais referem que todas as semanas são descobertas novas doenças raras (cinco em média), sendo que a sua detecção é um processo moroso e minucioso, pois as manifestações e os sintomas das doenças podem ser lentos e demorar anos. Na União Europeia, são consideradas doenças raras aquelas que têm uma prevalência inferior a 5 em 10 mil pessoas.

VII Congresso Nacional Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, organiza o VII Congresso Nacional com o objectivo de discutir a realidade em...

Manuel Luís Capelas, Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), refere que “os cuidados paliativos continuam a sofrer um aumento da procura devido essencialmente a três factores: uma população cada vez mais envelhecida, o aumento das doenças oncológicas e das não oncológicas crónicas, que progridem e que são geradores de sofrimento e/ou ameaçadoras da vida. A APCP procura debater o estado dos Cuidados Paliativos em Portugal, discutindo consensos, guidelines e a realidade nos Hospitais, Unidades, lares e apoio domiciliário”.

Do leque de prelectores do VII Congresso Nacional, constam figuras relevantes para o desenvolvimento dos cuidados paliativos.

O Prof. José Luís Pereira analisa as prioridades e limitações da investigação, assim como o planeamento estratégico; o Prof. Marco Goméz Sancho explica todo o processo de luto e sofrimento, não só dos doentes, familiares e dos profissionais que prestam estes cuidados e ainda a Enf.ª Joana Mendes revela o Consenso em Cuidados Paliativos Neonatais e em fim de vida.

Irene Higginson, chefe do Departamento e Professora de Políticas de Cuidados Paliativos e Reabilitação na King´s College em Londres, traz a debate o custo-efectividade das equipas, o estado de arte da investigação e as políticas de organização de cuidados paliativos. Por sua vez, Emílio Herrera, vem para partilhar o seu know-how enquanto um dos preconizadores do plano nacional de cuidados paliativos em Espanha.

“Os cuidados paliativos devem ser pensados em todas as dimensões de saúde. São fundamentais para as pessoas com demência, pessoas com doenças neurodegenerativas, doentes oncológicos, doentes com insuficiência de órgãos e VIH/SIDA, entre outros. Enquanto associação queremos contrariar os mitos, a imagem negativa associada a esta área e criar empowerment à população, para que procurem os cuidados paliativos, em situações de doença grave e avançada”, diz Manuel Capelas.

“O estudo Preferências e Locais de Morte em Regiões de Portugal em 2010 mostra que muitos portugueses morre em casa ou nos lares, sem apoio de cuidados paliativos domiciliários. É urgente encontrar melhores soluções para que cada um de nós possa morrer com dignidade e qualidade no fim de vida”, finaliza o Presidente.

Este encontro científico conta com a participação de mais de 600 profissionais de saúde na área dos cuidados paliativos e é realizado no Hotel Tivoli Carvoeiro, no Algarve, nos próximos dias 27 e 29 de Março.

 

Sessões de Discussão

Controlo de Sintomas

Espiritualidade

Cuidados Paliativos Pediátricos

Cuidados Paliativos a Pessoas com Doença do Neurónio Motor

Investigação em Cuidados Paliativos

Nutrição e Hidratação em Cuidados Paliativos

Luto

Directivas antecipadas de vida / testamento vital

Cuidados paliativos domiciliários ou em diferentes contextos de prestação

Últimos dias e horas de vida

 

Sobre a APCP

A APCP é uma associação profissional, que congrega profissionais de múltiplas áreas e proveniências, que se interessam pelo desenvolvimento e prática dos cuidados paliativos, que no entanto não é prestador directa de cuidados a pessoas doentes e suas famílias.

Foi fundada na Unidade do IPO do Porto em 1995 e pretende essencialmente:

Ser um pólo dinamizador dos cuidados paliativos no nosso país e um parceiro privilegiado no trabalho com as autoridades responsáveis pelo desenvolvimento destes serviços; Trabalhar em sinergia com organizações que visem o desenvolvimento dos CP e áreas afins em Portugal e no estrangeiro; Contribuir para a credibilização e garantia da qualidade das estruturas que prestam e/ou venham a prestar cuidados nesta área; Apoiar os profissionais de saúde que se queiram dedicar a esta área da saúde e fortalecer a investigação específica a desenvolver.

Associação Portuguesa de Adictologia manifesta preocupação
A Associação Portuguesa de Adictologia está apreensiva relativamente à orgânica das unidades funcionais prestadoras de cuidados...

A Associação Portuguesa de Adictologia está apreensiva relativamente à situação criada pela publicação em Diário da República de dois despachos do Ministério da Saúde, saídos a 21 e 27 de Fevereiro de 2014, relativos à orgânica das unidades funcionais prestadoras de cuidados de saúde com intervenção nos comportamentos aditivos e dependências integradas nas ARS desde 2013.

“Causa alguma estranheza que por um lado se definam quais as estruturas que compõem as unidades de intervenção local, de que forma são integradas nas ARS, qual o seu modelo organizativo, as competências de cada unidade, as competências da Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (DICAD) das Administração Regional de Saúde (ARS) em relação a essas estruturas, para depois se vir dizer uma coisa totalmente diferente, os CRI serão integrados nos ACES e as unidades de internamento nas instituições hospitalares. Cabe ainda referir que se ignora a existência das três comunidades terapêuticas públicas as quais não é definido o que lhes vai suceder. Parece-nos haver incongruências nos dois despachos que em nada vêm beneficiar os utentes que recorrem a esses serviços e os profissionais que aí trabalham”, afirma a Associação.

O despacho saído a 21 de Fevereiro define as unidades de intervenção local na área dos comportamentos aditivos e dependências no âmbito das ARS, IP e que revestem a natureza de centros de respostas integradas, unidade de desabituação, unidade de alcoologia e comunidade terapêutica. Estas unidades de intervenção local ficam sob a coordenação da DICAD das ARS, cujas competências constam da portaria do ministério da saúde de 27/06/2013.

Porém, a 27 de Fevereiro um novo despacho cria um grupo de trabalho para num prazo de 120 dias apresentar um relatório final sobre vários objectivos propostos, dos quais um se refere especificamente sobre a forma de proceder e propor um calendário para a integração dos Centros de Respostas Integradas (CRI) na estrutura dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) e das Unidades de Desabituação e Unidades de Alcoologia em instituições hospitalares.

O Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), IP foi extinto a 29 de Dezembro de 2011 no âmbito do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC) sendo as unidades de intervenção local integradas nas ARS. No ano de 2012 os serviços continuaram a trabalhar e só em Janeiro de 2013 é que se verifica a integração nas ARS. Decorrente das alterações institucionais ocorridas, assistiu-se a alguma indefinição e retardamento na prossecução de linhas orientadoras. Os utentes e seus familiares olhavam para esta situação com preocupação e receio de que os seus tratamentos pudessem ser afectados pela indefinição gerada. Para os profissionais que trabalham nesses serviços os receios eram da mesma natureza. Apesar das dificuldades que surgiam conseguiu-se dar continuidade à actividade assistencial privilegiando respostas integradas e a qualidade das intervenções.

Com a integração funcional nas ARS, Janeiro de 2013, conseguiu-se estabelecer uma orgânica que permitia a continuidade dos cuidados aos utentes e uma intervenção especializada nesta área. As cinco ARS vinham articulando no sentido de se estabelecerem critérios uniformes para estes serviços de forma a haver uma resposta semelhante em todo o país. Ao mesmo tempo a DICAD das ARS procurava dar seguimento às orientações recebidas ao mesmo tempo que se procedia à implementação da rede de referenciação/articulação, aprovada pelo Ministério da Saúde, com os cuidados primários e os serviços hospitalares.

“Vem agora o Ministério criar uma comissão, dois anos depois de ter extinguido o IDT, para estabelecer uma data e o modo de integração dos CRI nos cuidados primários e das unidades de internamento nos serviços hospitalares. Se este era o objectivo porquê tanto tempo de espera? Até onde é que vão as competências da DICAD anteriormente definidas pelo Ministério?”, questiona a Associação Portuguesa de Adictologia.

Fica o apelo da Associação Portuguesa de Adictologia: “Para bem dos utentes e dos familiares que recorrem a estes serviços bem como dos profissionais que aí trabalham, o Ministério da Saúde deve clarificar de uma vez por todas qual a política a seguir nos cuidados de saúde a prestar aos utentes com comportamentos aditivos e dependências.”

1º Congresso Nacional debate:
Com o objectivo de debater o que realmente merece atenção na vida, a Fundação O que de Verdade Importa promove, no dia 14 Março...

O encontro pretende, através de testemunhos reais, contados na primeira pessoa, dar a conhecer algumas histórias da vida de pessoas que através das suas experiências, acções e projectos inspiram quem os ouve. Maria Belón, Jaume Sanllorente, Johnson Semedo e Bento Amaral (descritivos abaixo) são os oradores nesta 1ª edição.

Maria Belón - ex-médica, e agora advogada e porta-voz para as vítimas do Sismo e tsunami que varreu a Tailândia e o Sudoeste Asiático em 2004, matando 25 mil pessoas. Belón viveu este cenário de destruição e caos, quando estava de férias com sua família na Tailândia e quase morreu. Foi com base na história da sua família e no seu relato de sobrevivência, que o filme The impossible/O Impossível, com Naomi Watts e Ewan McGregor, foi feito.

 

Jaume Sanllorente – jornalista catalão que numa viagem à Índia, surpreendeu-se com as condições precárias, de prostituição e de doenças, em que viviam as crianças da cidade de Bombaim e decidiu agir. Voltou a Espanha, vendeu a sua casa, procurou fundos e comprou um orfanato em Bombaim para tirar as crianças das ruas e dar-lhes condições dignas. Criou a ONG Sorrisos de Bombaim, para mudar essa realidade e neste momento mantém um orfanato com milhares de crianças.

Johnson Semedo – ex-presidiário, dependente de drogas que deu um volta de 180 graus à sua vida. Aos 10 anos foi viver para a rua. Quase a completar 18 anos, o tribunal atribui-lhe uma pena de 10 anos de prisão. Quando saiu, decide mudar de vida, investir na sua recuperação e sair da vida do crime e das drogas. É hoje pai, treinador de futsal, com 25 jovens a seu cargo, interventor social da Associação Cultural Moinho da Juventude, onde faz da transmissão da sua experiência e história de vida apoiar as opções dos miúdos com quem convive.

Bento Amaral – Português que aos 25 anos que ficou paraplégico, é enólogo, professor universitário e foi campeão do mundo de vela adaptada. A sua história levou-o a escrever o livro Sobreviver.

 

São testemunhos verdadeiramente capazes de incentivar a procura do lado positivo a seguir, capazes de revolucionar consciências e de tocar emocionalmente o coração do mundo. A ideia é que, através deste congresso onde as pessoas podem ouvir as provas de quem já viveu em situações limite, consigam fazer pontos de viragem com a sua própria vida, superando os seus obstáculos e aprendendo a valorizar o que realmente deve ser valorizado.

A Fundação O que de Verdade Importa é uma organização espanhola sem fins lucrativos que se dedica à divulgação de valores universais da sociedade, como o esforço, a tolerância, a solidariedade e o optimismo. Há já oito anos que realiza dezenas de congressos, em Espanha e na América Latina, promove actividades educativas e formativas destinadas a jovens, e também desenvolve acções de voluntariado, local e internacional.

Esta Fundação é inspirada no testemunho de Nicholas Fortsmann, um bilionário americano que antes de morrer com cancro escreveu as suas reflexões finais sobre os valores que realmente importam na vida, como um legado para seus filhos, ao que chamou de “O que realmente importa”.

11.º Congresso Português de Diabetes
O 11.º Congresso Português de Diabetes tem início amanhã e prolonga-se até dia 9, no Hotel Tivoli Marina, em Vilamoura.

Começa esta semana o maior congresso na área da Diabetes. Entre 6 e 9 de Março vão estar, em Vilamoura, mais de 1.300 participantes, entre médicos especialistas e internos de várias especialidades médicas ligadas à Diabetologia, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, investigadores, entre outros. A diabetes na gravidez, com a apresentação de novos dados, e as novas tecnologias associadas à administração de insulina são dois dos temas do Programa em destaque neste tão aguardado encontro que contará com dois cursos, 12 simpósios, conferências, mais de 100 comunicações livres e posters.

“É urgente fazer uma abordagem da Diabetes através de novos conceitos, novas terapêuticas e formas de abordar e investigar esta doença que é a quarta causa de morte no mundo, mantendo o interesse clínico e científico deste encontro que vai já na sua 11.ª edição. Realço a importância da participação dos investigadores e dos cientistas neste encontro, já que sem investigação a Diabetologia não avançaria”, defende Rui Duarte, presidente da Comissão Organizadora do 11.º Congresso Português de Diabetes.

A conferência inaugural do Congresso será feita por José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, que falará sobre o “O estado actual da Medicina”. Os dois cursos que integram o Congresso versam sobre temas como a “Educação terapêutica da pessoa com diabetes: explorar a ambivalência – Entrevista motivacional”, a cargo da equipa educativa da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), e “Insulinoterapia funcional”, da responsabilidade do Serviço de Endocrinologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra.

Os 12 simpósios do Congresso, na sua maioria da responsabilidade dos Grupos de Estudo da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, vão centrar-se em temas como o “Pé diabético”, “Diabetes e Rim”, “Diabetes nas Crianças e adolescentes”, “Diabetes no paciente sénior”, “Terapêuticas avançadas na diabetes”, “Diabetes e gravidez”, com a apresentação de novos dados nesta área.

“Como tem acontecido em congressos anteriores, ultrapassamos o número de inscritos que vai já em 1.300 e esperamos ir ao encontro das expectativas dos muitos participantes, não só porque os temas vão ser do maior interesse clínico mas também porque a Diabetes está no centro das preocupações da humanidade às quais os médicos portugueses não são de modo nenhum alheios”, conclui Rui Duarte.

O programa do 11.º Congresso Português de Diabetes está disponível para consulta em http://www.diabetologia2014.com

 

Sobre a SPD (Sociedade Portuguesa de Diabetologia)

Sociedade científica de direito privado, sem fins lucrativos, filiada na International Diabetes Federation. Tem como objectivos a defesa dos interesses científicos, sociais e morais dos seus associados, bem como promover, cultivar e desenvolver a investigação na prevenção, controlo e combate à Diabetes e o ensino da Diabetologia. A Diabetes é uma doença crónica que tem graves implicações a nível cardiovascular e é a principal causa de insuficiência renal, de amputações e de cegueira. Esta doença é já a quarta principal causa de morte na maior parte dos países desenvolvidos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda segundo dados fornecidos pela OMS, esta patologia pode conduzir a uma redução da esperança média de vida, pela primeira vez em 200 anos. Em 2013 a Diabetes matou 5,1 milhões de pessoas. Estima-se que em 2035 o número de pessoas com Diabetes no mundo atinja os 592 milhões, o que representa um aumento de 55% da população atingida pela doença. Portugal posiciona-se entre os países Europeus que registam uma mais elevada taxa de prevalência da Diabetes (12,9% da população portuguesa, segundo dados do relatório “Diabetes: Factos e Números” do Observatório Nacional da Diabetes, o que corresponde a mais de 1 milhão de pessoas).

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