Poupança de 150 milhões de euros
Colheitas de sangue passam a ser feitas no centro de saúde e os resultados estão prontos no mesmo dia.

O Governo quer concentrar as análises clínicas no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta medida, há já um ano em testes na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, vai agora ser implementada em todo o País e tem como objectivo a realização imediata das análises ao sangue prescritas pelos médicos de família.

O Ministério da Saúde pretende que as colheitas de sangue sejam feitas nos centros de saúde, para que os resultados estejam prontos no espaço de 24 horas. O Ministério da Saúde quer alargar esta medida às radiografias. Não é certo o montante que o Estado estima poupar mas a realização de exames nos laboratórios custa, em média, 150 milhões de euros.

 

Medicamentos em ruptura
O Infarmed emitiu um comunicado com esclarecimentos sobre notícia do Jornal de Notícias sobre falta de medicamentos em Portugal.

O INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P., em relação à notícia publicada no Jornal de Notícias de hoje, esclarece o seguinte:

- O número de medicamentos identificados como estando em ruptura de stock e sem alternativa terapêutica resultara da consulta aos dados notificados pelas empresas responsáveis pela comercialização dos mesmos, trata-se portanto de um indicador que não pode ser lido isoladamente sendo válido apenas para o dia em que foi contabilizado e carecendo de confirmação posterior por parte do Infarmed.

- Relativamente aos 43 medicamentos referidos como “sem alternativas terapêuticas”, esclarece-se que estes se reportam a medicamentos que não dispõem de equivalentes (com a mesma substância activa, dosagem e forma farmacêutica). Esta situação não permite concluir, contudo, que não existam alternativas terapêuticas comercializadas.

- Analisadas as 43 situações verifica-se o seguinte:

- 2 medicamentos já se encontram novamente no mercado;

- 25 medicamentos dispõem de alternativas terapêuticas, quer por existirem outros medicamentos comercializados para as mesmas indicações terapêuticas, quer por já se terem desencadeado as medidas necessárias para ultrapassar a sua indisponibilidade, autorização de lotes, autorização de utilização especial, etc.;

- 13 medicamentos são de uso exclusivo hospitalar. Há, por isso, destes, apenas 3 medicamentos que se encontram em ruptura nas farmácias, sem alternativas terapêuticas.

- Sempre que necessário, o Infarmed apoia os profissionais de saúde e os utentes a identificar alternativas (inclusivamente noutros países) que possam colmatar as falhas temporárias existentes.

Como resultado global das medidas implementadas, podemos constatar que o fenómeno das falhas de medicamentos apresenta uma tendência de diminuição significativa nos últimos 6 meses, tendo em conta a comparação do número de notificações espontâneas de faltas reportadas pelos utentes através dos diversos canais disponíveis.

Em 2013, o número de embalagens dispensadas no mercado do Serviço Nacional de Saúde foi de 149.086.454, reflectindo-se numa subida de 6,5% (+9 milhões de embalagens dispensadas) face a 2012 (140.023.459 embalagens).

O Infarmed lamenta o eventual alarmismo que este tipo de notícia pode provocar na população, o que é contrário a todo o trabalho que este instituto desenvolve relativamente ao acesso ao medicamento.

Gabinete de Imprensa do INFARMED, I.P., 24-03-2014

 

Teste foi desencadeado a partir da combinação de 128 moléculas
O nariz humano pode detectar até um bilião de diferentes cheiros, muito mais do que se pensava anteriormente, segundo...

Uma investigação, publicada na revista Science, sugere que o nariz humano supera o olho e o ouvido em relação ao número de estímulos que pode distinguir.

O olho humano usa três receptores de luz que trabalham juntos para ver até 10 milhões de cores, enquanto o ouvido pode ouvir quase meio milhão de tons.

Antes, acreditava-se que o nariz, que contém em média 400 receptores olfativos, poderia detectar cerca de 10 mil aromas distintos. Os cientistas resolveram testar esta ideia, que data de 1927 mas que nunca tinha sido cientificamente investigada.

Assim, observaram como as pessoas conseguem distinguir cheiros em misturas feitas a partir de 128 moléculas de odores distintos.

As moléculas foram misturadas de forma aleatória em grupos de 10, 20 ou 30, para criar odores menos conhecidos. As 26 pessoas que participaram no estudo foram convidadas a identificar um aroma a partir de três amostras.

Com base nestes resultados, os pesquisadores extrapolaram o número de aromas diferentes que a pessoa média seria capaz de identificar se fosse apresentada a todas as misturas possíveis a partir das 128 moléculas, estimando que em média uma pessoa pode discriminar um bilião de aromas diferentes.

 

Estudo diz:
A taxa de abandono do tabaco é idêntica entre as pessoas que fumam cigarros electrónicos e as que usam o tabaco normal, segundo...

O estudo envolveu 949 fumadores, dos quais só 13% disse ter deixado de fumar no período de um ano, não havendo diferenças significativas entre os dois estilos de fumadores, de acordo com três responsáveis pelo trabalho, da Universidade da Califórnia, em S. Francisco.

Entre os participantes no estudo que disseram usar cigarros electrónicos e cigarros normais o uso dos primeiros não foi associado com mudanças de consumo, indica o trabalho dos pesquisadores.

Organização Mundial de Saúde
A poluição atmosférica causou a morte a sete milhões de pessoas no mundo, em 2012, quantificou a Organização Mundial de Saúde,...

Cerca de sete milhões de pessoas morreram em 2012 por exposição à poluição do ar, que se transformou no maior factor de risco ambiental para a saúde no mundo, alerta hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A conclusão resulta de novos dados divulgados, segundo os quais uma em cada oito mortes em 2012 se deveu à exposição à poluição do ar, dado que mais do que duplica estimativas anteriores e confirma que a poluição do ar é agora o maior factor de risco ambiental para a saúde humana.

“A poluição do ar tornou-se o principal risco ambiental para a saúde no mundo”, afirmou Maria Neira, directora do Departamento de Saúde Pública da OMS.

Os resultados do estudo, incidente sobre 2012, mostram que “os riscos devidos à poluição do ar são mais importantes do que se pensava, em particular no que respeita às cardiopatias e aos acidentes vasculares cerebrais, poucos riscos têm um impacto superior sobre a saúde na hora actual como a poluição atmosférica (...) e é preciso uma acção concertada para tornar mais limpo o ar que respiramos”, acrescentou.

Reduzir a poluição do ar poderia salvar milhões de vidas, escreve a OMS num comunicado.

Epidemia está a ocorrer na Guiné Conacri
As administrações regionais de Saúde alertaram os serviços de medicina de viajantes e hospitalares para estarem atentos a uma...

“Por precaução, ontem [24 de Março] avisámos todas as administrações regionais de Saúde e as autoridades de saúde das regiões, incluindo as autónomas, para que informassem os nossos serviços quer de viajantes (para quem vai viajar e saber o que pode acontecer) quer os urgentes e para estarem atentos”, disse Graça Freitas.

Os serviços de saúde da Libéria indicaram na segunda-feira a existência de seis casos suspeitos de ébola, que provocaram a morte a cinco pessoas, e 87 casos foram detectados na Guiné Conacri, revela o Diário de Notícias.

A subdirectora-geral de saúde disse que os serviços vão estar atentos a pessoas que cheguem de países em que foram registados casos da doença e à sintomatologia para que possa ser feito um diagnóstico. Adiantou ainda que já foi feita uma avaliação de risco internacional para impedir a deslocação de um número elevado de pessoas doentes e tomadas as medidas nacionais possíveis.

“As consultas de viajantes foram avisadas. Quem sai tem de saber que vai para uma zona onde há esse risco, e que se transmite através do contacto com fluidos, como o sangue ou secreções de doentes”, alertou.

De acordo com Graça Freitas, as pessoas que vão viajar para países onde existem focos devem tomar precauções no contacto com as populações locais e quando regressarem e, se tiverem sintomas nos dias a seguir, devem informar as autoridades para que possa ser feito diagnóstico e se evite o contágio.

“Os sintomas podem ser apenas de febre e mau estar, uma espécie de gripe que depois evolui para situações hemorrágicas e que podem confundidas com outras doenças e cuja taxa de mortalidade é elevada”, adiantou.

Graça Freitas lembrou que a epidemia está a ocorrer na Guiné Conacri, apesar de haver um caso assinalado de uma pessoa que apresenta os sintomas de febre hemorrágica, que foi hospitalizada no Canadá depois de ter regressado da África Ocidental.

A responsável disse que o Centro Europeu de Controlo de Doenças fez uma avaliação do risco de exportação, que é considerado relativamente pequeno.

“Estão a ser tomadas medidas de precaução pelas autoridades sanitárias dos países. Quando há uma epidemia deste tipo tomam-se mais medidas para quem sai do país do que para quem entra”, explicou.

Graça Freitas realçou que o centro de controlo e doenças europeu avaliou os riscos com base na mobilidade das pessoas, da capacidade das pessoas de se moverem de um lado para o outro, e em função do modo de transmissão da doença.

“Felizmente, doenças como o ébola não são de contágio simples. Não se contagiam pelo ar, mas através do contacto com sangue ou secreções dos infectados. Assim, apesar de já ter acontecido no passado, o risco de exportação não é grande”, disse.

 

 

Secretário de Estado anuncia:
Bastonário da Ordem dos Médicos diz-se espantado com a notícia, avançada pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

Fernando Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, anunciou que os médicos de família iam ser obrigados a aceitar vagas onde fossem mais necessários e prioritários. Com destaque para a periferia de Lisboa e algumas regiões do interior. O governante admitiu que ainda existe mais de um milhão de portugueses sem médico de família.

O Bastonário da Ordem dos Médicos já afirmou, em declarações à rádio TSF, citadas pela TVI 24, estar surpreendido com a notícia. José Manuel Silva diz que não percebe o alcance da medida e chega mesmo a questionar se alguma vez foram contratados médicos onde não faziam falta.

Segundo o secretário de Estado Adjunto e da Saúde faltam cerca de 500 clínicos ao país e estão a ser pensadas várias medidas para resolver o problema como, por exemplo, alargar o número de utentes por cada médico ou ceder clínicos a centros de saúde de forma temporária.

Fernando Leal da Costa explica que vai ser “desenhado um mapa de vagas em função das zonas” onde há mais falta e a ideia é “ocuparem primeiro as vagas onde há maiores dificuldades”. Para o bastonário a falta de 500 médicos pode ser ultrapassada com os cerca de 400 jovens que concluem, todos os anos, a especialidade em Medicina Geral e Familiar.

 

Investigadores da Universidade de Aveiro propõem
Uma equipa da Universidade de Aveiro está a desenvolver uma solução para a resistência de estirpes bacterianas a vários...

No sentido de procurar uma solução para a resistência de estirpes bacterianas a vários antibióticos, ameaça cada vez mais séria à saúde pública, uma equipa multidisciplinar da Universidade de Aveiro, tem vindo a trabalhar em novas aplicações de métodos utilizados noutras áreas científicas. Um destes métodos, designado por terapia fotodinâmica, tem vindo a ser testado no tratamento de esgotos hospitalares onde são frequentemente encontradas essas bactérias multirresistentes e, segundo os estudos realizados até agora, mostra ser bem mais eficiente que outras abordagens convencionais. Vários artigos publicados neste âmbito mereceram reconhecimento nacional e internacional.

 

Infarmed
Genéricos representaram 44,7% do mercado de medicamentos em 2013, de acordo com o Infarmed.

O consumo de medicamentos genéricos aumentou cerca de 16% em Portugal, entre 2012 e 2013, de acordo com um estudo agora divulgado pelo Infarmed.

O Estado português continua a gastar mais dinheiro com os medicamentos de marca. Ao todo, 613 milhões de euros dos encargos totais com medicamentos são referentes a medicamentos que ainda não têm medicamentos genéricos disponíveis no mercado.

Os genéricos representavam no último ano 44,7% do mercado de medicamentos e os encargos dos utentes diminuíram 6,2% com o consumo destes fármacos mais baratos, de acordo com o Infarmed.

O estudo indica ainda que o grupo de medicamentos que actuam no aparelho cardiovascular é o que representa maiores encargos para o Serviço Nacional de Saúde. É também aqui que existe uma menor quota de genéricos no mercado.

O Infarmed refere que continuam também a registar-se várias situações em que, embora haja disponível vários medicamentos genéricos comparticipados, o medicamento de marca ainda detém a maior quota de vendas, como é o caso de alguns comprimidos para a hipertensão.

 

Cancro
Os avanços científicos mais recentes na área da oncologia vão estar em debate nos 10º Encontros da Primavera. O especialista...

O cancro está a deixar de ser uma “doença incurável” para se tornar numa doença crónica, com tratamento ou até cura, graças às inovações científicas mais recentes. Esta é a convicção do médico especialista em Oncologia Sérgio Barroso.

“Um dos nossos desafios principais é conseguir transformar o cancro numa doença crónica. Já o conseguimos fazer em muitas situações” e, noutros casos, “também conseguimos curá-lo verdadeiramente, através de técnicas de cirurgia ou de radioterapia ou de medicamentos”, salientou.

O especialista, director do Serviço de Oncologia do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), reconheceu que, “infelizmente, há ainda uma parte” dos casos de cancro que não se consegue curar. Mas as inovações científicas que “a cada ano” têm surgido, disse, são “contributos que, no seu conjunto, se têm traduzido por aumentos significativos da sobrevivência dos doentes” e da sua “qualidade de vida”.

Por isso, sublinhou, o cancro não deve continuar a ser encarado, de forma geral, “como uma doença incurável, sem tratamento ou invariavelmente mortal”.

“Devemos considerá-la como uma doença que, na maior parte dos casos, já tem tratamento” e em que é possível “aumentar a esperança de vida dos doentes e a sua qualidade de vida”, afiançou.

 

10.ª edição dos Encontros da Primavera de Oncologia

Os avanços científicos mais recentes nesta área, responsáveis pela mudança de paradigma em relação ao cancro, vão estar em debate na 10.ª edição dos Encontros da Primavera de Oncologia, em Évora.

O evento, organizado pelo Serviço de Oncologia do HESE, vai decorrer a partir de quinta-feira e até sábado, devendo juntar perto de mil profissionais de Saúde.

Esta reunião serve, frisou Sérgio Barroso, para fazer “uma actualização dos últimos conhecimentos e avanços científicos”, o que ajuda os profissionais de oncologia a ficarem “mais bem apetrechados para lidar com as situações diferentes e difíceis que todos os dias surgem”.

A mudança de paradigma do cancro não significa, contudo, “que já esteja tudo feito”, advertiu o especialista, realçando que é necessário que sejam desenvolvidos “mais medicamentos e estratégias cirúrgicas, de radioterapia e de diagnóstico”.

Uma atitude proactiva do doente e o diagnóstico precoce são também cruciais, segundo o organizador do encontro, que alertou para a importância de os vários tipos de cancro serem “detectados em fases iniciais”. Se assim acontecer, “são curáveis num número muito significativo de casos”, acrescentou.

“Existe muito trabalho para fazer, mas é muito importante que as pessoas tenham a noção de que o cancro pode ser tratado de forma eficaz”, pelo que, “aos primeiros sintomas, devem suspeitar e recorrer aos serviços de Saúde para um diagnóstico precoce”, ao invés de “deixarem passar o tempo e esconderem sintomas”, aconselhou.

De entre os temas em discussão nos três dias dos Encontros da Primavera, vão estar em destaque o tratamento do doente oncológico idoso e a área da imuno-oncologia, relacionada com medicamentos e estratégias de tratamento que envolvem o sistema imunitário.

 

Sondagem Eurobarómetro
Numa Europa sedentária, os portugueses estão entre os que praticam menos actividades desportivas, segundo as conclusões de uma...

De forma geral, a maioria dos europeus (59%) afirma nunca ou raramente fazer desporto e apenas 8% dizem praticar desporto com regularidade, mas há diferenças a nível regional. Os habitantes dos países do Sul da Europa são genericamente os menos activos em termos desportivos, apesar de a Bulgária ser o país que apresenta o número mais alto de sedentarismo, com 78%, seguido de Malta (75%) e de Portugal, onde 64% dos inquiridos afirmaram nunca fazer desporto.

É nos países do Norte que as pessoas praticam desporto mais regularmente. Na Suécia, 70% dos inquiridos afirmaram participar em alguma actividade desportiva pelo menos uma vez por semana, seguidos de perto pelos dinamarqueses (68%) e pelos finlandeses (66%).

O desfasamento entre os dois grupos de países pode estar relacionado com a própria metodologia do questionário, observa a investigadora da Faculdade de Motricidade Humana (FMH), Diana Santos. “No Sul não se associam as actividades como caminhar, correr ou andar de bicicleta ao desporto, por não ser algo estruturado”, disse ao jornal Público Online a especialista, que refere ser necessária uma “medida objectiva” daquilo que é a prática desportiva.

Cerca de dois terços dos europeus estão sentados durante um período entre duas horas e meia e oito horas e meia num dia normal e há mesmo 11% dos inquiridos que afirmam passar mais de oito horas e meia por dia sentados.

Face aos dados do último inquérito europeu sobre este tema, de 2009, Portugal regista um aumento do número de pessoas sem hábitos de prática desportiva. Há cinco anos, eram 55% os que respondiam não ter qualquer actividade física, contra os 64% actuais.

Para a comissária europeia para o Desporto, Androulla Vassiliou, “os resultados da sondagem Eurobarómetro confirmam a necessidade de medidas para incentivar mais pessoas a fazer desporto e a praticar actividade física”.

Entre as razões que impedem os europeus de realizar desporto, a falta de tempo (42%) e o desinteresse (20%) são as mais apontadas.

Malo Clinic
A Cirurgia Oral é a especialidade da Medicina Dentária dedicada à prevenção, diagnóstico e tratament

A correção das alterações e patologias da cavidade oral permite melhorar significativamente a capacidade estética e funcional, nomeadamente as funções fonéticas, de mastigação e deglutição, em muitos casos com resultados visíveis na autoconfiança e envolvimento social dos pacientes.

Entre as principais competências da Cirurgia Oral incluem-se:

Extração de dentes inclusos
Designam-se por inclusos os dentes que não chegam a erupcionar. A não erupção de um dente pode ser motivada por várias razões, sendo uma das mais comuns a falta de espaço na arcada dentária. Se não forem removidos, a constante pressão causada pela tentativa de erupção pode causar diversos problemas como a destruição dos dentes vizinhos, inflamação, dor e apinhamento. Por serem os últimos a nascer, os sisos são os dentes que mais frequentemente permanecem inclusos. Contudo, existem também situações em que o organismo produz dentes extra, os supranumerários, que não têm espaço para erupcionar.

Diagnóstico e Tratamento das Patologias das Glândulas Salivares
Responsáveis pela produção de saliva, as glândulas salivares são suscetíveis de sofrer disfunções cujo sintoma mais frequente é a boca seca (xerostomia). Com consequências ao nível da mastigação, deglutição, nutrição, fala e respiração, na sua origem podem estar infeções bacterianas ou virais, distúrbios sistémicos (como síndrome de Sjögren, HIV, Lúpus, Diabetes ou Alzheimer), tumores ou interferência de determinados fármacos. Para determinar a causa das patologias das glândulas salivares, os meios de diagnóstico mais utilizados são o Rx, a tomografia computorizada e a avaliação do fluxo salivar.
 
Tratamento da Disfunção da Articulação Temporo-Mandibular
Localizada junto ao ouvido, a articulação temporo-mandibular (ATM) estabelece a união da mandíbula com o crânio. As disfunções desta articulação estão, regra geral relacionadas com problemas de má relação dentária que provocam desequilíbrio nas articulações, músculos e ligamentos. Os principais sintomas reportados pelos pacientes são dores de cabeça, ouvidos, olhos, face e pescoço, bem como, dificuldades na mastigação, zumbidos, enjoos e tonturas. O tratamento da disfunção da ATM passa pela eliminação dos fatores causais, pelo que é frequente a necessidade de articulação com o tratamento ortodôntico, com intervenções de implantologia, destinadas a repor dentes em falta, ou com cirurgia ortognática.

Esta especialidade atua também no tratamento de deformações dentárias e esqueléticas, infeções faciais ou remoção de quistos e tumores.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Internatos começam a 1 de Abril
Os Internatos Médicos começam a 1 de Abril, mas os 172 candidatos ainda não conhecem o mapa de vagas. O Bloco de Esquerda...

O Regulamento do Internato Médico define o internato médico como “um processo único de formação médica pós-graduada, teórica e prática, tendo como finalidade habilitar o médico ao exercício tecnicamente diferenciado de uma das especialidades médicas legalmente reconhecidas.” Na secção II desta Portaria são estipuladas as condições de acesso ao “ingresso normal” no internato médico enquanto a secção III se debruça sobre o “ingresso especial”, designado como “referência B”. Assim, considera-se que podem candidatar-se ao concurso B “os médicos que tenham concluído, com aproveitamento, o ano comum ou detenham formação equivalente” (artigo 46º, número 1, alínea a), bem como “os médicos internos que pretendam mudança de especialidade ou reingresso no internato médico”.

No ano de 2012, foram disponibilizadas apenas 93 vagas neste concurso; em 2013 este número foi reduzido para 90 vagas, sendo que os candidatos eram 179. Em 2013, as vagas disponíveis foram conhecidas a 11 de Março, as escolhas foram efectuaras nos dias 13 e 14 deste mês, para internatos que iniciaram no dia 1 de Abril, ou seja, os prazos foram muito apertados mais ainda se tivermos em conta que a realização do internato implica, para muitas pessoas, mudança de cidade.

Em 2014, no entanto, o cenário é ainda pior do que nos anos transactos. Estamos a 21 de marco e não se conhece ainda o mapa de vagas para internatos que vão iniciar-se daqui a poucos dias. Desconhece-se igualmente o número de vagas a serem disponibilizadas para os 172 candidatos.

Acresce que, nos anos anteriores, o Concurso B não tem contemplado vagas em todas as especialidades médicas, o que deve ser corrigido, de modo a garantir que os médicos que se candidatam a este concurso têm a possibilidade de efectuar a formação médica na especialidade que pretendem.

O Bloco de Esquerda considera premente clarificar por que motivo não se conhece ainda o mapa de vagas do Concurso B, bem como garantir que estas irão abranger as diversas especialidades, acautelando assim a formação médica na especialidade pretendida por parte dos médicos que se candidatam a este concurso. Como tal, o Bloco de Esquerda endereçou ao Governo as seguintes questões:

 

- Quando vai ser divulgado o mapa de vagas para o Concurso IM 2014-B?

- Por que motivo não foi ainda divulgado o mapa de vagas para o Concurso IM 2014-B?

- Os internatos mantêm o seu início a 1 de Abril de 2014?

- O mapa de vagas a ser apresentado no âmbito do Concurso IM 2014-B vai assegurar vagas em todas as especialidades médicas?

- O mapa a ser divulgado vai permitir assegurar a formação dos 172 candidatos?

Estudo indica:
Os alimentos ricos em amido, como as batatas, quando cozidas a temperaturas superiores a 120°C geram uma reacção química que...

Alimentos ricos em amido submetidos a altas temperaturas causam um processo de glicação (soma entre uma proteína e um hidrato de carbono) avançada, conhecido como AGE, que pode acelerar o envelhecimento, segundo um estudo dirigido por Eric Boulanger, especialista em Biologia da Universidade de Lille.

As partes queimadas das batatas fritas e cozidas, assim como do pão tostado, as bolachas, o pão branco e o café, contêm acrilamida, um composto comprovadamente cancerígeno e neurotóxico em células animais, embora não em seres humanos.

Um recente estudo norte-americano realizado em homens e animais mostra que esses produtos podem provocar no ser humano problemas de memória semelhantes ao Alzheimer.

A partir deste estudo, a equipa de Boulanger estabeleceu a existência de um vínculo entre esses produtos e o envelhecimento vascular, que causa maior rigidez nas artérias e hipertensão. Para evitar consequências negativas, os investigadores franceses recomendam cozinhar os alimentos com água, vapor ou no micro-ondas, em vez de assados ou preparados na grelha.

Dos militares e polícias
Mesmo com o aumento dos descontos que o Governo insiste em querer impor aos subsistemas de saúde dos militares e das forças de...

Os subsistemas de saúde dos militares (ADM) e das forças de segurança (SAD) continuarão a ser deficitários, mesmo com o aumento dos descontos que o Governo insiste em levar por diante. Enquanto na ADSE (o subsistema de saúde que abrange a generalidade dos funcionários públicos) esse aumento se traduzirá num excedente de 198 milhões de euros em 2014, nos outros subsistemas o saldo entre as receitas e as despesas continuará a ser negativo e ficará nos 60 milhões de euros, avança o jornal Público.

Com o aumento dos descontos a cargo dos beneficiários de 2,5% para 3,5%,o Governo estima que o saldo do subsistema dos militares seja de 22 milhões de euros negativos. Não foram disponibilizados dados relativos aos anos anteriores, pelo que não é possível avaliar qual tem sido a evolução do défice e qual o impacto das alterações.

No caso da SAD, que abrange 156.431 beneficiários da PSP e da GNR, o défice no final deste ano será de 38 milhões de euros. Trata-se, ainda assim, de uma evolução face ao saldo negativo de quase 68 milhões de euros de 2012, de acordo com as contas apresentadas pelo Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, durante a discussão do Orçamento do Estado para 2014. Os dados de 2013 também não são públicos.

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, tinha alertado que apenas a ADSE teria um excedente este ano, enquanto os subsistemas dos militares e das forças de segurança continuariam a ser deficitários. “As contribuições dos beneficiários não serão gastas pelo Estado. O saldo fica na ADSE em particular, porque a ADM e a SAD continuam a ser deficitárias mesmo com o aumento dos descontos”, destacou.

No caso da ADSE, as contas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental revelam que o saldo será de 258 milhões de euros ou de 198 milhões, se descontarmos os 60 milhões de euros oriundos dos descontos das entidades empregadoras que serão transferidos para o orçamento do Ministério das Finanças.

Implante usado como diagnóstico pode evitar a morte súbita
Hospital de Santo António, no Porto, foi dos primeiros do País a realizar o implante de micro dispositivos de monitorização...

É um micro dispositivo usado na monitorização cardíaca e tem por objectivo detectar as arritmias (alterações do batimento cardíaco). Trata-se de uma melhor capacidade de diagnóstico dos problemas do coração que não eram reconhecidos pelos métodos disponíveis. Chama-se detector de eventos subcutâneo (linq) e já está a ser utilizado no Hospital de Santo António, no Porto, um dos primeiros do País a realizar este implante.

Esta novidade no diagnóstico cardíaco já é realidade desde o mês passado. “É a primeira vez no País que implantamos um sistema com estas características”, começa por explicar Hipólito Reis, responsável pela Unidade de Arritmologia do Santo António.

Até aqui os dispositivos utilizados para monitorização cardíaca consistiam num detector de eventos (reveal). “A diferença em relação ao reveal é o tamanho (o linq é 87% menor), maior facilidade de colocação (pode ser colocado fora do bloco), precisão do registo e possibilidade de monitorizar à distância. A informação é, assim, continuamente disponibilizada ao médico”, adianta. O linq tem um sistema de monitorização remota (wireless) que permite, mesmo com o paciente em casa, enviar notificações - para telemóvel ou internet - à equipa médica quando se registam arritmias cardíacas.

“É para saber o que está na causa dos sintomas: palpitações, cansaço, falta de ar, síncope (perda de consciência) e morte súbita”, acrescenta Hipólito Reis. Assim, consegue-se correlacionar os sintomas com a presença (ou ausência) de arritmias cardíacas, permitindo um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais específico de eventuais alterações do ritmo cardíaco. O mecanismo tem ainda outra vantagem: “Pode ajudar a evitar a morte súbita cardíaca (paragem cardio respiratória de causa arrítmica) ao evitar precocemente arritmias potencialmente fatais. A morte súbita é um evento relativamente frequente, este aparelho é um auxiliar brutal no diagnóstico”, adianta o especialista. O dispositivo tem uma duração contínua de três anos. “Para situações em que a ocorrência é rara, mas não deixa de poder ser grave, existe, na actualidade, a possibilidade de uma monitorização mais prolongada que pode ir até aos três anos. Daí a importância na correlação entre queixas do doente e a alteração do ritmo cardíaco”, conclui.

Associação alerta
Apenas um em cada dez doentes terminais tem acesso a cuidados paliativos, alerta a Associação Portuguesa desta área, lamentando...

O presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos classificou como “altamente negativo” o panorama actual desta área em Portugal, embora reconhecendo que houve esforços de melhoramento.

Recorrendo a dados de relatórios de entidades oficiais, Manuel Luís Capelas indica que pelo menos 90% da população portuguesa que necessitaria de cuidados paliativos não tem acesso a eles.

“No máximo, só 10% da população terá acesso a cuidados paliativos. Estamos a deixar muitos destes doentes a serem cuidados noutra tipologia de serviços que não são os mais adequados para dar resposta cabal às suas necessidades”, afirmou.

A burocracia na referenciação de doentes é um dos problemas desta área, que já está diagnosticado há muito e que a lei de bases para o sector queria alterar.

“A ideia da lei de bases, que continua a aguardar regulamentação, era agilizar e tornar a referenciação numa referenciação clínica, que tivesse em conta a prioridade dos doentes e não a questão burocrática da ordem numa lista de espera”, explicou Manuel Luís Capelas. Para o presidente da Associação, sem a regulamentação da lei, a rede nacional de cuidados paliativos parou.

“Isto leva a aumentos de tempos de espera. Cerca de 50% dos doentes referenciados nem sequer chegam a ser admitidos nas unidades porque morrem entretanto”, lamentou.

A falta de equidade no acesso a estes cuidados é outro dos problemas que se verifica, havendo distritos que continuam sem um único recurso de cuidados paliativos.

Manuel Capelas, apela a que a legislação seja regulamentada, recordando que o grupo de trabalho criado pelo Governo para o efeito já cumpriu a sua tarefa.

Durante o Congresso será apresentada uma investigação, baseada na análise de dezenas de estudos, que mostra os benefícios dos cuidados paliativos domiciliários para os doentes.

Segundo a investigadora Bárbara Gomes, a maioria das pessoas com doença avançada prefere morrer em casa, uma hipótese que duplica de probabilidade quando os doentes recebem cuidados de saúde domiciliários.

“Na área, esta meta-análise é um marco importante porque demonstra, pela primeira vez, evidência clara e fidedigna de benefícios que justificam um investimento na prestação de cuidados paliativos domiciliários”, comentou Bárbara Gomes.

Liga Portuguesa
Tornou-se viral nas redes sociais a acção do núcleo regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que recebe cabelo, mais...

O núcleo regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro (CPCC) tem recebido, todas as semanas, tranças de cabelo de portugueses que tentam ajudar que passa pela doença.

“As doações começaram a ser virais no início do ano passado, a partir do momento em que alguém colocou nas redes sociais que estávamos a receber”, sem ter sido feita qualquer publicidade, contou a responsável, Helena Grilo, ao Diário de Notícias Online.

O cabelo era depois entregue a parceiros, que o trocavam por perucas de cabelo sintético, para doar a doentes oncológicos.

A estratégia da LPCC passa agora pode encontrar um parceiro que construa perucas com o cabelo doado. Até lá, as tranças de voluntários são guardadas, para mais tarde fazer a diferença na vida de alguém.

A cabeleireira Joana Silva chega mesmo a pedir a colaboração dos clientes que querem cortar o cabelo, sendo que até hoje “todos disseram que sim”.

ONU:
O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, alertou que a tuberculose é a segunda maior causa de morte em todo o mundo, ficando...

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,3 milhões de mortes por tuberculose são registadas anualmente e quase 9 milhões de pessoas contraem a doença durante o mesmo período.

Segundo a Rádio ONU, Ban afirmou que a tragédia tem ainda maior dimensão devido ao facto de a tuberculose ser uma doença curável e um terço dos doentes, 3 milhões de pessoas, não receber qualquer tipo de tratamento.

“Alcançar os 3 milhões” é precisamente o tema da campanha deste ano.

O secretário-geral da ONU afirmou que ao se tratar os pacientes que não recebem cuidados médicos promove-se um futuro melhor para toda a humanidade.

Acrescentou que a maioria dos doentes é pobre, muitos de classes marginalizadas pelas sociedades, como trabalhadores migrantes, refugiados e deslocados internos.

Ainda na lista estão prisioneiros, povos indígenas e minorias étnicas.

Ban citou que os avanços conquistados nos últimos anos provam que a comunidade internacional pode atacar essa ameaça com esforços concentrados.

Explicou que entre 1995 e 2012, intervenções globais de saúde conseguiram salvar 22 milhões de vidas e tratar 56 milhões que contraíram a doença.

Para acelerar os resultados, Ban disse que todos os países devem aumentar o acesso aos serviços de saúde e mobilizar comunidades e hospitais para que alcancem rapidamente um número maior de pessoas.

Frisou ainda que os países devem investir mais em pesquisas para criar novos equipamentos de diagnóstico, medicamentos e vacinas.

Sublinhou que é uma questão de justiça social que todos os doentes tenham acesso a serviços para um rápido diagnóstico, tratamento e cura da tuberculose.

Para Ban, aquela é uma questão também de segurança de saúde global, principalmente em relação ao aumento dos casos de pacientes que sofrem do tipo mais grave da doença, que é resistente aos medicamentos.

Circular Informativa N.º 067/CD/8.1.7. Data: 21/03/2014
O Infarmed emitiu uma circular informativa sobre a restrição da utilização dos medicamentos contendo diacereína.

O Grupo de Coordenação (CMDh) adoptou as recomendações do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) de restrição da utilização dos medicamentos contendo diacereína, divulgadas na circular informativa n.º 056/CD/8.1.6 de 07/03/2014, para minimizar os riscos de diarreia grave e de efeitos hepáticos.

A diacereína é um medicamento usado no tratamento de doenças como a osteartrose (dor e inchaço das articulações).

Face à revisão de segurança agora concluída e para que os benefícios da diacereína superem os riscos conhecidos, a EMA e o Infarmed recomendam o seguinte:

 

Aos profissionais de saúde

- A diacereína deve ser utilizada apenas para o tratamento de osteartrose da anca e do joelho e não é recomendada para o tratamento de osteartrose da anca de progressão rápida.

- A terapêutica com diacereína só deve ser iniciada por médicos com experiência no tratamento de osteartrose.

- A diacereína não deve ser utilizada em doentes com doença hepática ou história de doença hepática. Os médicos devem monitorizar a função hepática dos seus doentes, para que possam identificar precocemente problemas hepáticos e ensinar os doentes a reconhecer os primeiros sintomas e sinais deste tipo de situações.

- Para minimizar risco de diarreia grave:

- é recomendável iniciar o tratamento com metade da dose normal (50 mg/dia) nas primeiras 2 a 4 semanas, após as quais, a dose recomendada é de 50 mg 2 vezes ao dia.

- o tratamento deve ser interrompido se surgir diarreia.

- estes medicamentos não devem ser utilizados em doentes com mais de 65 anos.

 

Aos Doentes

- Se tiver diarreia enquanto toma medicamentos contendo diacereína, interrompa o tratamento e contacte o seu médico para que este possa avaliar a situação e, eventualmente, indicar uma alternativa terapêutica.

- Se tiver mais de 65 anos e estiver a tomar estes medicamentos, contacte o seu médico para que este possa reavaliar a terapêutica.

- Se tem ou teve problemas de fígado não deve tomar diacereína.

- Se estiver a tomar estes medicamentos, o médico irá vigiar a sua função hepática e ajudar a identificar eventuais sinais e sintomas de problemas de fígado (tais como prurido e icterícia).

 

A opinião do CMDh seguirá para a Comissão Europeia, a qual emitirá uma decisão vinculativa. A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar este assunto e a divulgar toda a informação relacionada.

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