O que são?
As infecções estafilocócicas são as causadas por estafilococos, que são bactérias gram-positivas mui

Embora normalmente estejam presentes no nariz e na pele de 20 % a 30 % dos adultos sãos e, menos frequentemente, na boca, glândulas mamárias, aparelhos geniturinário e intestinal e vias aéreas superiores, os estafilococos não costumam ser prejudiciais. No entanto, a ruptura da pele ou qualquer outra lesão podem permitir que as bactérias atravessem as defesas do organismo e causem uma infecção.

Os indivíduos propensos às infecções estafilocócicas são os recém-nascidos, as mulheres em período de lactação, as pessoas com doenças crónicas (especialmente afecções pulmonares, diabetes e cancro), as que apresentam afecções cutâneas e incisões cirúrgicas e aquelas cujos sistemas imunológicos estão inibidos pelo uso de corticosteróides, radioterapia, fármacos imunossupressores e medicações anticancerosas.

Sintomas
Os estafilococos podem infectar qualquer parte do corpo e os sintomas dependem da localização da infecção. Ela pode ser ligeira ou chegar a pôr a vida em perigo. Em geral, as infecções estafilocócicas produzem cavidades cheias de pus, como os abcessos e os furúnculos (furúnculos e antrazes). Os estafilococos podem circular através do sangue e formar abcessos em órgãos internos, como os pulmões, bem como infecções nos ossos (osteomielite) e no revestimento interno do coração e das suas válvulas (endocardite).
Os estafilococos tendem a infectar a pele. Os abcessos estafilocócicos da pele manifestam-se como saliências quentes cheias de pus, localizadas por baixo da superfície cutânea. Em geral rebentam como o faria uma espinha de considerável volume e o pus espalha-se sobre a pele, daí poderem verificar-se mais infecções se não se limpar de imediato. Os estafilococos podem também causar celulite, uma infecção que se propaga por baixo da pele. Geralmente também podem formar furúnculos. Duas infecções cutâneas estafilocócicas particularmente graves são a necrólise epidérmica tóxica e a síndroma da pele escaldada ,processos em que a pele pode descamar-se em largas superfícies.

Os recém-nascidos podem ter infecções estafilocócicas cutâneas, geralmente nas suas 6 primeiras semanas de vida. O sintoma mais frequente é a presença de grandes bolhas cheias de um líquido claro ou pus localizadas na axila, na virilha e nas pregas do pescoço. As infecções estafilocócicas mais graves podem formar numerosos abcessos cutâneos, separação de grandes superfícies de pele, infecção do sangue e das membranas que revestem o cérebro e a espinal medula (meningite) e pneumonia.

As mães no período da lactação podem apresentar infecções estafilocócicas nos seios (mastite) e abcessos entre uma e quatro semanas após o parto. Estas infecções costumam ser contraídas pelos bebés nas salas de neonatalogia dos hospitais e depois transmitidas ao seio da mãe quando mamam.

A pneumonia estafilocócica é uma infecção grave. Os indivíduos com doenças pulmonares crónicas (como a bronquite crónica e o enfisema) e os que têm gripe estão particularmente expostos. Costuma provocar febre muito alta e sintomas pulmonares intensos, como dificuldade em respirar, respiração acelerada e uma tosse com produção de escarros que podem estar tingidos de sangue. Nos recém-nascidos e por vezes nos adultos, a pneumonia estafilocócica pode causar abcessos pulmonares e uma infecção da pleura (as membranas que envolvem os pulmões). Essa infecção, chamada empiema pleural, agrava as dificuldades respiratórias causadas pela pneumonia.

Apesar de uma infecção estafilocócica do sangue (bacteriemia estafilocócica) se poder desenvolver a partir de uma infecção estafilocócica localizada noutra parte do corpo, ela costuma provir habitualmente de algum elemento infectado introduzido numa veia, como, por exemplo, um cateter, o que faculta aos estafilococos um acesso directo à corrente sanguínea. A bacteriemia estafilocócica é uma causa frequente de morte nas pessoas com queimaduras graves. Em geral, surge febre alta e persistente e, em certos casos, choque.

Os estafilococos presentes na corrente sanguínea podem causar uma infecção no revestimento interno do coração e das suas válvulas (endocardite) , especialmente entre aqueles que se injectam com drogas. Esta situação pode lesar rapidamente as válvulas, provocando insuficiência cardíaca e morte.

As infecções ósseas (osteomielite) afectam predominantemente as crianças, apesar de também afectarem os idosos, em particular os possuidores de úlceras cutâneas profundas (escaras por pressão). Essas infecções podem provocar arrepios, febre e dores nos ossos. Nos tecidos em cima do osso infectado surge tumefacção e vermelhidão e pode acumular-se líquido nas articulações próximas das áreas invadidas pelas bactérias. O local afectado pela infecção pode doer e, geralmente, há febre. Em certos casos as radiografias e outros estudos radiológicos podem identificar a zona infectada, mas, em regra, não são úteis para estabelecer um diagnóstico precoce.

Uma infecção estafilocócica do intestino costuma provocar febre, bem como edema e distensão abdominal, devido a uma suspensão temporária dos movimentos contrácteis normais do intestino (íleo), e diarreia. A infecção é mais frequente entre os doentes hospitalizados, em especial nos que foram submetidos a cirurgia abdominal ou que tenham recebido um tratamento com antibióticos.

A cirurgia aumenta o risco de infecção estafilocócica. A infecção pode produzir abcessos nos pontos de sutura ou então causar uma destruição extensa do local da incisão. Estas infecções costumam aparecer entre alguns dias e algumas semanas depois de uma operação, mas podem desenvolver-se mais lentamente se o doente tiver recebido antibióticos no momento da cirurgia. Uma infecção estafilocócica no pós-operatório pode tender a piorar e constituir a chamada síndroma do choque tóxico.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Estudo TOP demonstra
A Biogen Idec acaba de anunciar novos dados que confirmam que os doentes com Esclerose Múltipla por Surto Remissão em...

Estes são os resultados da análise interina do estudo TOP (TYSABRI Observational Program), que acaba de ser publicada na edição online do Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry.

O estudo TOP é um estudo observacional, prospectivo, sem ocultação e com a duração de 10 anos, que avalia doentes com Esclerose Múltipla Surto Remissão (EMSR) tratados com natalizumab num cenário de prática clínica. Para além da avaliação da eficácia, o estudo também confirmou o seu perfil de segurança.

O natalizumab “representou um marco no tratamento da Esclerose Múltipla por Surto Remissão, revelando-se o medicamento com dados de eficácia clínica de maior magnitude”, refere Maria José Sá, coordenadora da consulta de doenças desmielinizantes do Centro Hospitalar de São João no Porto, acrescentando que “estes resultados agora divulgados confirmam os benefícios clínicos a longo prazo e apontam o potencial valor da administração precoce” do natalizumab no decorrer da doença.

 

Resultados do estudo

A média da taxa anualizada de surtos durante o tratamento foi significativamente reduzida (de 1,99 no início para 0,31 ao fim do primeiro ano, correspondendo a uma diminuição de 84%) e permaneceu baixa nos cinco anos de exposição ao natalizumab. A taxa anualizada de surtos foi menor em doentes naïve à terapêutica e baixas pontuações na escala de EDSS. A taxa anualizada de surtos foi mais elevada nos doentes que já tinham utilizado imunossupressores.

As pontuações de EDSS durante o tratamento mantiveram-se estáveis e a probabilidade de diminuição (melhoria) confirmada de EDSS foi significativamente superior do que a probabilidade de aumento (agravamento) confirmado (29% comparado a 16% (p<0,0001) em doentes com pontuações de EDSS >2,0 na avaliação inicial).

Esta análise interina indica que o natalizumab demonstrou um perfil de segurança consistente com os estudos anteriores. Não foram identificados novos problemas de segurança no cenário de prática clínica. 2,6% dos doentes tiveram um efeito adverso grave relacionado, ou possivelmente relacionado, com o tratamento com Natalizumab. O evento adverso mais comum foi infecção (1,9%).

“Esta análise da prática clínica comprova o perfil de segurança a longo prazo e o seu impacto positivo nas avaliações clínicas da actividade da Esclerose Múltipla, na taxa anual de surtos e progressão da incapacidade”, afirma Helmut Butzkueven, médico e membro do comité coordenador do estudo TOP. “Estas conclusões encorajam os doentes e médicos que procuram opções de tratamento que atrasam significativamente a progressão desta doença crónica e avaliam melhor os riscos e benefícios de um tratamento a longo prazo”.

Hospital da Arrábida
O Hospital da Arrábida já realiza implantes do novo micro dispositivo de monitorização cardíaca, dando, assim, início a uma...

Os implantes são realizados pelo cardiologista e electrofisiologista, João Primo e pela sua equipa em pacientes com síncopes de repetição e de causa desconhecida.

O Hospital da Arrábida é uma das primeiras unidades privadas a colocar este novo sistema de monitorização de arritmias cardíacas, cujo tamanho é 80% menor que os dispositivos actualmente disponíveis. Apesar de ser significativamente mais pequeno, o novo dispositivo permite uma monitorização contínua durante três anos e é disponibilizado com um sistema monitorização remota (wireless), que permite uma avaliação à distância do aparelho e possibilita o envio de notificações perante a presença de determinadas arritmias cardíacas.

“Este dispositivo cardíaco está indicado nalguns doentes com síncope (“desmaio”) ou palpitações, de modo a correlacionar os sintomas com a presença (ou ausência) de arritmias cardíacas, permitindo um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais específico de eventuais alterações do ritmo cardíaco”, explica João Primo, cardiologista do Hospital da Arrábida.

A síncope é uma perda de consciência resultante de uma diminuição da circulação sanguínea cerebral global e transitória. Caracteriza-se por um início súbito, curta duração e recuperação completa e espontânea. Estima-se que nos indivíduos que atingem os 70 anos a sua prevalência seja de 42% e é responsável por 1% das idas às urgências hospitalares.

V Concurso Bento Menni
O Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus abriu as candidaturas à 5ª edição do Concurso Bento Menni.

A iniciativa que decorre desde 2001 tem como objectivo premiar trabalhos na área da saúde mental nas vertentes de investigação e intervenção, desenvolvidos por técnicos das instituições das Irmãs Hospitaleiras ou de qualquer outra entidade exterior à Congregação, de natureza académica ou assistencial. Aos vencedores será atribuído um prémio no valor de 1.500€ ou 1.000€ correspondente ao primeiro e segundo lugar.

Na vertente de investigação os trabalhos podem ser revisões de literatura científica, estudos descritivos ou estudos analíticos. Por outro lado, na vertente de intervenção os projectos devem ser efectivos e fundamentados na evidência científica e devem demonstrar as boas práticas.

O grande objectivo das Irmãs Hospitaleiras é estimular a participação e produção científica no âmbito da saúde mental, reabilitação e cuidados paliativos que são as áreas em que o Instituto desenvolve o seu trabalho.

A entrega dos projectos deve ser feita por correio registado e simultaneamente por e-mail até dia 30 de Janeiro de 2015. Os vencedores serão anunciados no dia 24 de Abril de 2015.

 

Sobre o Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus:

A Congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus é uma Instituição Particular de Solidariedade Social com Fins de Saúde que presta assistência e cuidado especializado de saúde integral a pessoas com doença mental.

Em Portugal, o Instituto desenvolve a sua intervenção no âmbito da Saúde em 12 estabelecimentos, 8 no Continente, 2 na Região Autónoma da Madeira e 2 na Região Autónoma dos Açores.

http://www.irmashospitaleiras.pt/

Infarmed
A autoridade que regula o sector do medicamento recomendou “restrições” na utilização de medicamentos com domperidona, indicado...

O aviso do Infarmed surgiu após uma conclusão da revisão de segurança do fármaco que levou o Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) a recomendar “restrições” à utilização dos medicamentos contendo domperidona.

Esta revisão foi desencadeada na sequência de novos casos de efeitos adversos cardíacos, lê-se na nota que consta no site do Infarmed.

O PRAC recomenda que os medicamentos contendo domperidona devem ser utilizados no alívio dos sintomas de náuseas e vómitos em períodos inferiores a uma semana.

Além das doses indicadas, o PRAC recomenda que estes fármacos “não devem ser utilizados para outras indicações, tais como, distensão abdominal e azia”.

“Estes medicamentos não devem ser utilizados em doentes com insuficiência hepática grave ou moderada, doentes que tenham alterações na actividade eléctrica cardíaca ou no ritmo cardíaco ou em doentes que tenham um risco acrescido destes efeitos”, diz o comunicado.

Fácil e barato
Um teste barato, fácil e preciso para detectar o cancro da próstata pode estar disponível nos próximos meses.

Estudos mostram que o novo teste, feito com a urina, pode ser duas vezes mais confiável que o exame de sangue existente para a detecção da doença.

O teste também informa os médicos sobre a gravidade do cancro. Além de salvar vidas, vai aposentar, segundo especialistas, o toque rectal. É descrito como o maior avanço no diagnóstico do cancro da próstata em 25 anos.

Além de preciso, deve custar, quando chegar ao mercado, menos de 12 euros por paciente, o que permitiria a realização de testes em todos os homens a partir dos 40 anos, como acontece com o cancro da mama.

O material foi desenvolvido por cientistas da britânica Universidade de Surrey. Os investigadores anunciaram ter chegado a um acordo com duas empresas, o que porá o teste em consultórios médicos ainda este ano.

O inventor do teste é o professor de oncologia médica Hardev Pandha, que acredita no potencial de poder detectar rapidamente a doença, salvando centenas de vidas a baixo custo.

Em Vila Real e Valpaços
A Cáritas arranca este mês com um projecto de luta contra a toxicodependência e alcoolismo em Vila Real e Valpaços, que aposta...

A Cáritas Diocesana de Vila Real é a entidade promotora do projecto que integra o Programa de Respostas Integradas (PRI), envolve a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte e conta com um financiamento de 250 mil euros.

Hélder Afonso, responsável pela instituição de solidariedade social, afirmou à agência Lusa que o projecto se vai desenvolver em dois eixos: o “Mais próximo de ti”, que aposta na redução de riscos e minimização de danos, e o “Espaço Humanus”, que visa promover a reinserção.

“Depois de fazermos o diagnóstico viu-se que Valpaços e quatro freguesias de Vila Real tinham algum défice de acompanhamento destes casos, ao nível da reinserção e da redução de danos”, salientou.

O objectivo é complementar o tratamento que já é feito pelo Centro de Respostas Integradas (CRI), bem como “fazer a articulação entre as instituições”, entre a Cáritas, a ARS, o CRI, a Segurança Social ou o Centro Hospitalar.

Eva Madeira, enfermeira do CRI, salientou que o projecto visa “conciliar e articular respostas”.

Hélder Afonso referiu que se pretende uma intervenção de proximidade junto dos consumidores de droga e álcool, sustentada no trabalho de rua, pelo que se vai criar uma equipa de rua que também actuará junto dos espaços conotados com o consumo.

No entanto, o responsável sublinhou que “estas equipas não podem ser vistas como entidades fiscalizadoras”.

A ideia é apostar num “contacto directo” com os consumidores. A intervenção deve assegurar a troca e distribuição de material como seringas ou preservativos, promover a motivação para o tratamento em ambulatório ou encaminhamento para outro tipo de recursos existentes na comunidade.

Vai ser ainda criado um espaço onde serão implementados programas de tratamento de substituição opiácea de baixo limiar de exigência.

As equipas serão constituídas por assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos.

Depois, no “Espaço Humanus”, a instalar numa escola primária desactivada no centro da cidade de Vila Real, será feito o atendimento, encaminhamento e apoio, bem como serão também realizadas actividades ligadas à prática de exercício físico, de formação ou integração social no mercado de trabalho.

Serão ainda, segundo Hélder Afonso, disponibilizadas refeições e, mais tarde, até banho e roupa ou apoio jurídico.

Os técnicos terão ainda como missão elaborar planos de inserção específicos para cada utente e será criado um espaço para atendimento e apoio aos familiares dos beneficiários.

Segundo o responsável, a iniciativa arranca este mês e decorrerá durante os próximos dois anos, sendo que uma das primeiras actividades a desenvolver é a actualização do diagnóstico.

Em 2011, de acordo com o diagnóstico feito ao concelho de Valpaços e das quatro freguesias da cidade de Vila Real, estavam referenciados cerca de 200 indivíduos com consumos de álcool, a maior parte dos quais com mais de 30 anos e desempregados.

Ainda cerca de 30 pessoas com consumos por via endovenosa, sobretudo de heroína e cocaína, e um grupo de 10 a 15 trabalhadoras sexuais, algumas das quais dependentes de substâncias psicoactivas.

Hélder Afonso mostrou-se preocupado com estes números e com receio que a conjuntura de crise que existe no país possa contribuir para um aumento de casos.

“Estou com receio de que o grande problema que é flagelo do desemprego acabe por levar mais pessoas a refugiarem-se na droga, álcool ou na prostituição”, referiu.

Prémio de 10 mil euros
A investigação do cientista Tiago Santos, que permitiu aumentar novos neurónios, em caso de dano cerebral, ao colocar moléculas...

“O que há aqui de inovador é o uso das nano partículas que nos oferece uma vantagem muito superior à utilização dos fármacos ou a moléculas activas não encapsuladas para indução da neurogenese, que conseguimos aumentar do próprio organismo”, disse o investigador. “Ou seja, endogenamente, sem transplantar células, conseguimos que houvesse um aumento de novos neurónios” no ratinho, explicou o autor do trabalho desenvolvido no Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC) e publicado na revista ACS Nano.

O prémio, de 10 mil euros, a ser entregue em Lisboa, distingue o trabalho que, “com as nano partículas conseguiu uma eficiência 2.500 vezes superior relativamente ao ácido retinóico”.

Trata-se de “induzir a diferenciação das células estaminais residentes do cérebro em neurónios para, deste modo, conseguir reparar danos que podem ser doenças neurodegenerativas como Alzeimher ou Parkinson”, ou casos em que há morte de neurónios, acrescentou Tiago Santos.

Na década de 90, concluiu-se que havia células estaminais adultas no cérebro e que tinham capacidade de se diferenciar nos vários tipos celulares existentes nesta parte do corpo.

Tirando partido dessas células estaminais que são levadas para o processo de memória, por exemplo, e que são activadas em situações de dano cerebral, os cientistas tentaram diferenciá-las em neurónios de modo a poder usar esse aumento de diferenciação neuronal como estratégia para reparação cerebral.

“O problema de muitos desses factores é que são degradados muito facilmente e são de difícil administração e para conseguir ultrapassar essas dificuldades foram desenvolvidas nanopartículas, muito, muito pequenas, que levaram ácido retinóico encapsulado”, composto que consegue diferenciar as células em neurónios, mas é de difícil uso, especificou Tiago Santos.

Para Tiago Santos, o prémio é importante em termos de reconhecimento do trabalho realizado e por permitir o financiamento da investigação, mas também é positivo porque “o financiamento é cada vez mais difícil, principalmente em Portugal, e é bom premiar a ciência que se faz no país, que é muito boa”.

O Prémio Pulido Valente Ciência, criado em conjunto pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pela Fundação Professor Francisco Pulido Valente, distingue o melhor trabalho publicado no domínio das Ciências Biomédicas, que descreva a pesquisa executada por investigadores, com idade inferior a 35 anos, em laboratórios nacionais.

Doença de Machado-Joseph
Uma equipa liderada pela Universidade do Minho desenvolveu um modelo que comprova a eficácia do fármaco 17-DMAG nos casos de...

A Universidade do Minho (UMinho) adianta que os resultados da investigação - coordenada pela investigadora do Laboratório Associado ICVS/3B's da academia minhota Patrícia Maciel - foram publicados na prestigiada revista Neurotherapeutics.

A Doença de Machado-Joseph é uma doença neurodegenerativa hereditária incurável causada por uma mutação no gene ATXN3 e que se caracteriza pela descoordenação dos movimentos corporais, incluindo défices piramidais, extrapiramidais e cerebelosos, bem como neuropatia periférica e, em alguns casos, parkinsonismo que pode ter interferências na coordenação dos dedos, mãos, braços e pernas, nos movimentos oculares e no mecanismo de deglutição.

O fármaco 17-DMAG “induz a autofagia, um mecanismo celular de defesa, cuja activação provou em estudos anteriores ser benéfica na protecção contra esta doença”, diz a bioquímica Patrícia Maciel, explicando os resultados da investigação da sua equipa.

O fármaco “atrasa a progressão da doença e está inclusivamente a ser testado em tumores cancerígenos avançados”, refere, por seu lado, o comunicado UMinho citado pelo Sapo saúde.

O modelo utilizado para validar a acção do 17-DMAG foi desenvolvido em ratinhos e reuniu manifestações clínicas e patológicas semelhantes às da DMJ.

“Os ratinhos apresentam uma progressiva descoordenação motora, perda de força e neurónios, bem como uma agregação da proteína ataxina-3 mutada em várias regiões do cérebro”, contextualiza a especialista.

A academia minhota adianta ainda que o referido modelo “reproduz muito fielmente a doença” e “constitui uma ferramenta valiosa para testar novas estratégias terapêuticas”.

Patrícia Maciel, de 42 anos, é licenciada em Bioquímica, com doutoramento em Ciências Biomédicas na Universidade do Porto e na Universidade McGill, no Canadá, foi docente no Instituto Superior de Ciências da Saúde-Norte e investigadora no Instituto de Biologia Molecular e Celular e, desde 2002, é professora na Escola de Ciências da Saúde e investigadora do ICVS - Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da UMinho.

Estudo do Fundo Mundial de Investigação do Cancro
O excesso de peso parece ser um dos factores de risco para vir a desenvolver cancro do ovário, segundo resultados de um estudo.

As mulheres com excesso de peso são mais propensas a desenvolver cancro do ovário do que as que mantêm um peso saudável, segundo um estudo do Fundo Mundial de Investigação do Cancro (WCRF, na sigla em inglês).

Cientistas tinham relacionado a obesidade ou o excesso de peso com cancros como o do útero, da mama ou do cólon, mas especialistas daquela organização britânica associaram também ao do ovário, após avaliarem 128 estudos sobre a doença.

Até agora, acrescentaram os investigadores, apontavam-se como factores de risco a idade ou o historial familiar.

Recurso a acção popular
A Maternidade Alfredo da Costa vai manter-se em funcionamento por decisão da juíza do Tribunal Administrativo do Circulo de...

A juíza do Tribunal Administrativo do Circulo de Lisboa manteve a decisão de manter aberta a Maternidade Alfredo da Costa em resposta ao recuso apresentado pelo Ministério da Saúde e pelo Centro Hospitalar Lisboa Central. Recurso vai ser agora apreciado pelo Tribunal Central Administrativo do Sul.

O Tribunal Administrativo de Lisboa tomou a decisão no ano passado após uma acção popular apresentada por diversos cidadãos, entre os quais o ex-ministro da Saúde Correia de campos, pela manutenção da Maternidade Alfredo da Costa (MAC).

Em resposta, o Ministério da Saúde e o Centro Hospitalar Lisboa Central, a que pertence a maternidade, apresentou um recurso que teve agora resposta. A juíza manteve a sua decisão e enviou o recurso para o Tribunal Central Administrativo do Sul, uma instância superior, que vai agora analisar a argumentação do ministério, que pretende encerrar a MAC.

Em resposta à decisão, o Ministério da Saúde “congratula-se com o facto de, finalmente, os recursos da decisão da primeira instância, apresentados pelo Ministério e pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) há sete meses (Agosto), poderem ser agora apreciados pelo Tribunal Central Administrativo Sul”.

Financiamento de 400 mil euros
Um consórcio de cientistas de três países, liderado por um português, foi escolhido para receber um financiamento de 400 mil...

Miguel Castanho, do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (IMM-FMUL), coordena o consórcio que reúne equipas de Portugal, França e Roménia e que durante os próximos três anos vai trabalhar para conseguir novos fármacos a aplicar no Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).

O director de laboratório no IMM explicou que o objectivo é também encontrar novas formas de administração conjunta de substâncias complementares, ou seja, com actuação diferente sobre o vírus.

O VIH é o retrovírus responsável pela síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA) e, embora os tratamentos anti-retrovirais disponíveis reduzam a mortalidade, ainda não existe qualquer tratamento ou vacina completamente eficaz.

O trabalho obteve o financiamento do projecto europeu para investigação na SIDA e HIV, o HIVERA, entre um conjunto de propostas apresentadas.

O investigador do IMM fez questão de salientar a qualidade e competência dos cientistas portugueses nesta área de investigação. Os parceiros no projecto vão dar contributos diferentes, consoante as suas experiências, e uma das duas equipas portuguesas estuda a interacção dos inibidores de fusão do HIV-1 e anticorpos anti-HIV com membranas de células, enquanto a outra utiliza o seu conhecimento sobre o desenvolvimento de novos anticorpos anti-HIV e em ensaios de inibição da replicação do HIV-1, explica uma informação do IMM.

A equipa francesa tem experiência na caracterização da ligação de moléculas a membranas e o seu impacto sobre o normal funcionamento dessas células e os cientistas da Roménia dedicam-se a estudos de dinâmica molecular e técnicas biofísicas.

“Com a conclusão deste trabalho espera-se chegar mais longe na luta farmacológica contra a SIDA e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos doentes através de medicação mais eficaz”, frisou Miguel Castanho.

De 12 a 14 de Março
Sensibilizar a população para os procedimentos correctos que podem salvar uma vida é o principal objectivo da acção do INEM que...

Ao longo de três dias o INEM vai procurar sensibilizar a população para a importância de ligar para o 112, dar a conhecer o sistema integrado de emergência médica, saber como transmitir de forma simples e sucinta ao operador telefónico a informação sobre a vítima para que os meios a enviar sejam os mais adequados e ensinar procedimentos simples de Suporte Básico de Vida para iniciar o socorro e manter a vítima viável até à chegada das equipas de emergência.

Ao longo do evento estará patente na zona exterior do Dolce Vita Coimbra (frente à Escola João de Deus) uma exposição representativa do dispositivo do INEM, nomeadamente uma ambulância, uma viatura médica e uma mota. A população poderá visitar estes equipamentos entre as 9h e as 20h.

No dia 14 de Março, às 15h e às 17h, a Praça Central do Centro Comercial recebe um treino de Suporte Básico de Vida (Mass Training). Ao longo destas duas sessões, técnicos do INEM vão ensinar os procedimentos correctos para manter a vítima estabilizada e corrigir ideias pré-concebidas de comportamentos associados ao socorro a vítimas que devem ser evitados.

Para participar neste treino é necessária inscrição obrigatória no Balcão de Atendimento do Dolce Vita Coimbra ou através do telefone 239 798 090. As sessões são limitadas a 50 inscrições.

Company Award da EURORDIS
O prémio Company Award da EURORDIS foi entregue à farmacêutica Orphan Europe, do Grupo Recordati, pelo desenvolvimento e...

A farmacêutica Orphan Europe, do Grupo Recordati, acaba de receber o prémio Company Award da EURORDIS (Organização Europeia para as Doenças Raras), maior organização de doentes na área das doenças raras. Esta distinção visa premiar a contribuição da empresa no desenvolvimento e disponibilização de medicamentos órfãos, e na redução do impacto das doenças raras na vida dos pacientes e das suas famílias.
O prémio destaca ainda o envolvimento da Orphan Europe com as associações de doentes, na melhoria do diagnóstico e tratamento das doenças raras. A Orphan Europe tem vindo a estabelecer redes científicas de trabalho, interagindo com organizações de doentes e promovendo o seu próprio programa de voluntariado. Mais recentemente a Orphan Europe fundou a Fundação Recordati Rare Diseases com o intuito de promover o avanço do conhecimento das doenças raras, através de formação profissional e independente.
Os prémios EURORDIS são atribuídos a empresas pioneiras em desenvolvimento de terapêuticas para doenças raras. Os vencedores são seleccionados com base no número de tratamentos aprovados ou em desenvolvimento, a política da empresa sobre o acesso a medicamentos e a relação com associações de doentes.
“É uma grande honra receber este prémio. É o reconhecimento do nosso trabalho e dedicação às Doenças Raras. Na Orphan Europe, temos consciência dos efeitos devastadores das Doenças Raras e a necessidade urgente de desenvolvimento de novos tratamentos inovadores”, revela Corrado Castellucci, MD Vice-presidente de medicamentos órfãos na Recordati, que recebeu o prémio em nome da Orphan Europe.
“Os vencedores têm todos contribuído de forma significativa e única para melhorar o acesso aos diferentes tipos de cuidados que os portadores de doenças raras necessitam e merecem. Trabalhando juntos, estamos a começar a fazer a diferença para os milhões de pacientes e familiares por toda a Europa, que vivem com uma doença rara”, declara Yann Le Can, CEO da ERORDIS.
Na Europa, as doenças raras afectam cerca de 5 em cada 10 mil habitantes, têm elevadas taxas de mortalidade e são muito debilitantes. Há cerca de 7 mil doenças raras. Embora cada doença seja rara, quando consideradas em conjunto, afectam mais de 25 milhões de europeus, ou seja, 1 em cada 10 pessoas.

Sobre a Orphan Europe
A Orphan Europe é uma empresa farmacêutica do Grupo Recordati que oferece tratamentos a doentes com necessidades médicas não satisfeitas que sofrem de doenças raras. A Orphan Europe tem uma experiência de quase 25 anos em medicamentos órfãos para doenças raras. Para mais informações, visite www.orphan-europe.com

Sobre os Prémios EURORDIS 2014
Os prémios EURORDIS vêm reconhecer as contribuições das associações de doentes, voluntários, cientistas, empresas, órgãos de comunicação social e decisores políticos no sentido de reduzir o impacto das doenças raras no dia-a-dia das famílias.
 

Mês da Queda do Cabelo proporciona rastreios capilares
A acção pretende desmistificar a queda do cabelo e alertar para os sintomas e formas eficazes para combater a doença.

A Farmácia Alvalade Saúde será a primeira a receber esta acção que é promovida no âmbito do Mês da Queda do cabelo, uma campanha de sensibilização desenvolvida por Viviscal pelo sexto ano consecutivo. Esta iniciativa que pretende esclarecer dúvidas e disponibilizar aconselhamento especializado a todos os interessados, assenta numa avaliação científica ao estado do cabelo recorrendo a um aparelho inovador que avaliará o tipo de cabelo e medirá as hipóteses de vir a desenvolver queda de cabelo.

Criada por Viviscal com a missão de educar e motivar a população para uma melhor saúde capilar, esta edição do Mês da Queda do Cabelo é dedicada à beleza enquanto elemento de sucesso no mercado de trabalho, onde o cabelo ocupa um importante lugar enquanto moldura do rosto e reflexo da personalidade.

Podendo conduzir à perda de auto-estima, ansiedade, disfunção social e necessidade de apoio por parte da família e amigos, a Alopécia Androgenética, ou calvície, como é vulgarmente conhecida, é a principal razão da queda de cabelo nos homens, mas também nas mulheres – atingindo uma em cada duas pessoas do sexo feminino em Portugal.

 

Itinerário de rastreios do Mês da Queda do Cabelo

 

Zona Centro

Dia 12 de Março: Farmácia Duo Dinâmico, em Azeitão (Estrada Nacional 10, nº 331, 2925-483 Azeitão), entre as 09h e as 17h.

Dia 19 de Março: Farmácia Alcoitão, em Alcoitão (Estrada Nacional 9 Cascais Shopping, loja 89 – Piso 0, 2645-543 Alcabideche).

Dia 21 de Março: Farmácia Tanara, em Odivelas (Rua da Paiã Odivelas Park, 2675-626 Odivelas).

Dia 24 de Março: Farmácia Alta de Lisboa (Rua António Lopes Ribeiro, 6A, 1750-336 Lisboa), entre as 10h e as 18h.

Dia 26 de Março: Farmácia Samsfarma, em Lisboa (Rua Fialho de Almeida, 21, 2715-311 Lisboa), entre as 10h e as 18h.

Dia 28 de Março: Farmácia Frazão, em Lisboa (Rua Pt São Antão 72, 1150 Lisboa).

Dia 31 de Março: Farmácia das Olaias, em Lisboa (Av. Descobertas, nº90, Qta. Infantado, Lisboa).

 

Zona Norte

Dia 11 de Março: Farmácia Lima Lixa, em Vila Nova da Lixa (Praça Dr. José Joaquim Coimbra, S/N R/C, 4615-648 Lixa), entre as 10h e as 19h.

Dia 14 de Março: Farmácia Vitália, no Porto (Praça da Liberdade nº37, 4000 Porto), entre as 10h e as 19h.

Dia 25 de Março: Farmácia S. José, em Coimbra (Av. Calouste Gulbenkian, Lote 5, 3000-090 Coimbra), entre as 10h e as 19h.

 

Sobre Viviscal

Comercializado em cerca de 25 países, Viviscal é uma das marcas de suplementos líderes de mercado a nível mundial. A sua eficácia tem sido comprovada por diferentes estudos científicos publicados em jornais médicos reconhecidos na Europa e na América Latina. Recentemente, um novo estudo, editado no The Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology, demonstra existir inclusivamente um crescimento de 125% de cabelo após seis meses de toma de Viviscal.

Março – Mês Europeu de Luta Contra o Cancro do Intestino
Durante o Mês Europeu de Luta contra o Cancro do Intestino, a EUROPACOLON, em parceria com as Farmácias Holon, promove...

As Farmácias Holon, em parceria com a Europacolon e os Laboratórios de Análises Clínicas BMAC, promovem a realização de um rastreio do cancro colo-rectal através da pesquisa de sangue oculto.

“Prevenir é o mote desta parceria. Trabalhamos arduamente para sensibilizar a população para o diagnóstico precoce do cancro colo-rectal. É urgente unirmos forças e diminuir os números alarmantes desta doença, não esquecendo que, todos os anos, são diagnosticados mais de 7 mil novos casos”, afirma Vítor Neves, Presidente da Europacolon.

“Temos 89 farmácias unidas na prevenção e sensibilização de uma doença que mata mais de 10 pessoas por dia. As Farmácias Holon pretendem ajudar a criar awareness para esta doença, que é silenciosa e precisa de um diagnóstico atempado”, explica Pedro Diamantino, farmacêutico.

 

De 15 a 31 de Março esta parceria engloba as seguintes acções

Formação aos farmacêuticos das Farmácias Holon sobre o cancro colo-rectal

Realização de rastreios através da pesquisa de sangue oculto nas fezes

Comunicação específica nas Farmácias, através de Mupis

Colaboração no Peditório Público da Europacolon

 

Sobre a Europacolon

A Europacolon Portugal - Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino é uma Associação sem fins lucrativos que promove a prevenção do cancro colo-rectal, difundindo o conhecimento da doença e os seus sintomas, apoiando os doentes, familiares/cuidadores, na área psico-emocional, no esclarecimento dos seus direitos e criando parcerias com a comunidade médica em tudo o que a esta doença se refira.

www.europacolon.pt

 

Sobre o Cancro Colo-Rectal

O cancro colo-rectal é a terceira causa de morte por cancro em todo o mundo, sendo responsável por cerca de 694 mil mortes a cada ano. O relatório GLOBOCAN 2012 da Agência Internacional de Investigação do Cancro (IARC) revela que o cancro colo-rectal é a terceira forma mais comum de cancro nos homens (746 mil casos, 10% do total) e a segunda forma mais comum nas mulheres (614 mil casos, 9,2% do total) em todo o mundo.

Em Portugal o cancro colo-rectal é o tumor maligno com maior incidência (14,5%) e afecta de igual modo homens e mulheres. Anualmente surgem cerca de 7000 novos casos e morrem mais de 3 mil pessoas com a doença, sendo actualmente esta a principal causa de morte por cancro.

 

Sobre as Farmácias Holon

Farmácias Holon é uma rede nacional de farmácias independentes e autónomas que partilham a mesma marca, imagem e forma de estar e ser farmácia, orientadas para a prestação de um serviço de excelência à comunidade, baseado num modelo inovador e sustentável.

Investigação
Um grupo de investigadores norte-americanos acredita que um novo exame ao sangue permite diagnosticar, com uma precisão de 90%,...

Segundo investigadores norte-americanos, um novo exame ao sangue consegue identificar, com três anos de antecedência, se uma pessoa tem probabilidade de desenvolver Alzheimer e até ajudar a que o tratamento à doença seja bem-sucedido, refere o The Telegraph citado pelo Notícias ao Minuto.

O exame prevê se uma pessoa desenvolve a doença de Alzheimer dentro de três anos, com um nível de 90% de precisão.

Os resultados deste ensaio podem significar um avanço importante no tratamento desta demência mas implica também dilemas éticos sobre a vontade de um doente querer ou não receber informação sobre o seu futuro clínico.

“O Alzheimer começa a desenvolver-se muito antes de começarem a aparecer os primeiros sintomas, como as perdas de memórias. Mais trabalhos serão necessários para confirmar esta descoberta, mas se for possível diagnosticar a doença através destas análises ao sangue, então pode ser um grande avanço”, afirma Simon Ridley, o responsável pela investigação.

Hospital Amadora-Sintra
O Hospital Amadora-Sintra deixou de fazer colonoscopias aos utentes que vêm de centros de saúde da sua área.

Esta é uma decisão que surge depois de ter sido noticiado pelo Diário de Notícias o atraso de dois anos no exame a uma doente, que acabou por desenvolver um cancro grave e inoperável.

De acordo com um documento enviado pelo presidente do Conselho Clínico do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Amadora, e que foi recebido por médicos dos centros de saúde, o hospital decidiu “rescindir o acordo com os centros de saúde do ACES”, refere uma médica, que teve acesso à deliberação.

Outro funcionário refere que a unidade só aceita doentes já com o rastreio feito, “com a pesquisa de sangue oculto nas fezes, uma colonoscopia no sector privado/convencionado e a existência de um pólipo com pelo menos seis milímetros”. Um clínico contestou a decisão, porque “todos os doentes, mesmo com pólipos mais pequenos, devem ser rastreados”.

Fonte oficial do hospital confirma o fim do protocolo para todos os centros de saúde da área de influência, mas precisa que não havia um protocolo assinado, “antes um acordo de cavalheiros, que resultou de uma decisão em reunião com os agrupamentos de centros de saúde da região”.

Unidades de Saúde Familiar
O Tribunal de Contas identificou “falta de coerência e transparência” na atribuição de compensações aos médicos nas Unidades de...

Esta é uma das conclusões de uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) ao desempenho das unidades funcionais da rede de cuidados de saúde primários, que incidiu sobre Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), Unidades de Saúde Familiar (USF) e Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), entre 2009 a 2012.

A auditoria visou avaliar a organização e o desempenho das unidades funcionais prestadoras de cuidados primários, no contexto da reforma empreendida neste nível de prestação de cuidados de saúde, nos últimos cinco anos, tendo em conta o desempenho económico-financeiro, operacional, bem como, os regimes de incentivos, compensações e suplementos.

“Os incentivos institucionais e financeiros atribuídos às USF e aos seus profissionais (USF modelo B) não acompanham o grau de eficiência económica revelado, sobretudo no que respeita às USF modelo B”, lê-se no relatório, citado pelo Jornal de Notícias Online.

Em 2011, por exemplo, a auditoria apurou que a remuneração média anual ilíquida por médico nas USF modelo B, foi de 75.014,14 euros, o que, comparado com a remuneração média anual por médico nas UCSP, foi superior em 22.338,70 euros, (mais 42,4%).

No mesmo ano, a remuneração média anual ilíquida por enfermeiro nas USF modelo B foi de 28.954,56 euros, mais 13.608,98 euros (mais 88,7%) do que nas USF modelo A e mais 9.213,93 euros (mais 46,7%) do que nas UCSP.

O TdC apurou ainda que a remuneração média anual ilíquida dos assistentes inseridos nas USF modelo B foi de 17.077,64 euros, o que, comparativamente com a remuneração anual auferida pelos assistentes das USF modelo A, foi superior em 7.382,91 euros (mais 76,2%) e, com as UCSP, em 8.543,60 euros (mais 100,1%).

Em 2012, foi identificada uma diminuição do número de consultas realizadas nas UCSP (15,82%) e nas USF (0,99%), bem como uma descida do número de utilizadores das UCSP (4,36%), face a 2011.

Em relação às USF, modelo B, o TdC concluiu que “a estrutura remuneratória aplicável aos profissionais que integram a equipa multi-profissional, tal como está desenhada, é sofisticada e de difícil percepção e propicia um aumento expressivo da remuneração”.

“Os acréscimos remuneratórios constituem uma amálgama, diversificada e complexa, de diversas componentes, por vezes sobrepostas entre si, com indícios de não se encontrarem adequadamente suportadas, validadas ou auditadas”, lê-se no relatório.

Para os auditores, as compensações pelo desempenho atribuídas apenas aos médicos integrados em USF modelo B revelam “falta de coerência e de transparência nas condições de atribuição, de processamento e pagamento” e resultam na “falta de equidade face a outros profissionais com idêntica carreira, categoria, ou cargo”.

No relatório, lê-se ainda que, “não obstante a proibição” em 2011 e 2012, “foram pagos aos profissionais das USF modelo B, pela respectiva Administração Regional de Saúde (ARS), incentivos financeiros a enfermeiros, que totalizaram o montante de 4.161.629 euros, e a assistentes técnicos o montante de 1.068.778 euros, acrescendo os montantes que, previsivelmente, terão sido pagos por cada ARS durante o exercício de 2013”.

Sobre estes valores, o TdC refere que os membros dos conselhos directivos das respectivas ARS, em 2011 e 2012, que autorizaram a despesa decorrente da atribuição de incentivos financeiros (prémios de desempenho) a profissionais de enfermagem e assistentes técnicos, inseridos em USF de modelo B, “podem incorrer em eventual infracção financeira, susceptível de gerar responsabilidade financeira reintegratória e sancionatória”.

Num período de cinco anos
Dados relativos à diabetes na gravidez indicam que números absolutos praticamente estabilizaram, mas o peso da doença no total...

O número de mulheres que desenvolvem diabetes durante a gravidez aparentemente estabilizou, com a queda da natalidade em Portugal. Porém, quando se tem em consideração a proporção de grávidas com diabetes gestacional no total de partos, verifica-se que a taxa quase duplicou, passando de 3,3% em 2007 para 5,6% em 2012, segundo os dados divulgados pelo Público Online apresentados no 11.º Congresso Português de Diabetes. Adiamento da maternidade, obesidade das mães e critérios de identificação da doença mais apertados são algumas das justificações para este crescimento.

O endocrinologista Jorge Dores, médico do Centro Hospitalar do Porto e coordenador do Grupo de Estudos da Diabetes e Gravidez da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, disse que os dados que fazem parte do Registo Nacional da Diabetes Gestacional “mostram uma prevalência superior à encontrada pelo Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes”, apresentado no final de 2013, que também analisava os casos de 2012 e referia uma percentagem que se ficava nos 4,8%.

O também membro da comissão organizadora do congresso, que decorre em Vilamoura e que juntou 1300 profissionais do sector, explica que o registo nacional só recolheu dados de cerca de 75% a 80% do total de partos, enviados por mais de 20 unidades, “mas que são representativos e apontam para que os números do relatório estejam subestimados”. Jorge Dores justifica que o registo e o relatório “têm métodos de recolha diferentes”, já que o registo faz uma recolha directa voluntária junto dos colegas nos vários hospitais, contando com informações como as características das parturientes, “enquanto o relatório é mais administrativo e tem como fonte as bases de dados da Administração Central do Sistema de Saúde e da Direcção-Geral da Saúde”. O especialista diz que, por vezes, “há casos que não estão codificados” e que escapam por isso na contabilidade final do relatório.

A análise preliminar do registo permite ainda perceber que 280 mulheres já tinham diabetes quando engravidaram – sendo que o relatório referia apenas 120 e já contava com um número fechado. Quanto às 2700 mulheres que desenvolveram diabetes durante a gravidez, tinham em média 32,8 anos e 28,3% eram obesas mesmo antes de engravidarem. A média de peso ganho durante a gestação foi de cerca de 10 Kg, mas Jorge Dores alerta que este número vai precisar de “uma análise mais detalhada, pois se uma mulher com baixo peso pode ganhar até 17 quilos, uma mulher com sobrepeso em alguns casos não deverá ir além dos cinco quilos”. Quanto a diferenças geográficas, o médico garante que não têm expressão, com a taxa mais baixa a ser encontrada em Braga e a mais elevada em Gaia.

“O adiamento da maternidade, com muitas mulheres a terem filhos depois dos 30 anos, o peso excessivo ou ganho de peso na gravidez e o historial familiar de diabetes são os factores que mais influenciam a probabilidade de se desenvolver diabetes gestacional”, refere Jorge Dores. O endocrinologista sublinha, contudo, que os critérios para se considerar que uma grávida é diabética mudaram há três anos, sendo agora “mais apertados” e estando os profissionais “mais atentos”, pelo que parte do aumento se justifica pelo maior rigor na identificação destes casos que quase nunca dão sintomas mas que colocam a saúde da mulher e do bebé em risco, com as grávidas a registarem mais situações de hipertensão e de pré-eclampsia.

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