Duas opções de tratamento para a doença
O Aneurisma da Aorta Abdominal é uma das principais causas de morte nas sociedades ocidentais.

O Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) é uma dilatação localizada e permanente da aorta (diâmetro 50% superior ao normal) – a maior artéria do organismo. É o mais frequente dos aneurismas arteriais, sendo muitas vezes causa de morte súbita. Estima-se que, na Europa, entre seis e oito por cento da população masculina com mais de 65 anos sejam portadores de um AAA.

Ser homem com mais de 65 anos, historial de tabagismo, colesterol elevado e hipertensão são alguns dos factores de risco associados ao AAA, uma doença grave, progressiva e assintomática que tem sido uma das causas de morte mais significativa nas sociedades ocidentais.

Caso o médico considere a existência de risco de ruptura do aneurisma, o tratamento é sempre cirúrgico. Existem duas opções de tratamento disponíveis, dependendo do diagnóstico do médico: cirurgia aberta ou colocação de uma prótese endovascular (stent).

No caso da cirurgia aberta, o cirurgião acede ao aneurisma através de uma incisão no abdómen. A parte aneurismática da artéria é substituída por uma prótese sintética. O procedimento cirúrgico é realizado sob anestesia geral e demora entre três a quatro horas. Normalmente, os doentes precisam de Cuidados Intensivos no pós-operatório imediato e têm de permanecer no hospital durante pelo menos uma semana e o período de total recuperação é entre um a três meses.

A colocação de uma prótese endovascular é um procedimento minimamente invasivo, em que o stent – uma prótese tubular ramificada suportada por um esqueleto metálico – é colocado dentro do vaso doente (aneurismático) através de uma pequena incisão na área superior da coxa. A prótese endovascular (stent) exclui o aneurisma e reforça a parede enfraquecida da aorta, reduzindo o risco de ruptura através do alívio da pressão e providenciando um novo trajecto para o fluxo sanguíneo. O procedimento demora, normalmente, cerca de uma a duas horas. A permanência no hospital reduz-se a um período de dois a quatro dias e a permanência na unidade de cuidados intensivos geralmente não é necessária.

Ambos os tratamentos apresentam benefícios e riscos, e deverá ser o doente, juntamente com o médico, a discutir qual a melhor opção terapêutica.

Para mais informações, consulte o website da campanha disponível em www.aortaevida.com

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Hoje é Dia Mundial do Rim
Existem em Portugal cerca de 800 mil pessoas que sofrem de doença renal crónica, prevendo-se que os

Assinala-se hoje o Dia Mundial do Rim. Uma efeméride que pretende “fundamentalmente para dar a conhecer o problema”, diz ao Atlas da Saúde Fernando Neves, nefrologista. Este ano a data é dedicada ao tema ‘A Doença Renal Crónica e o Envelhecimento’, porque “o envelhecimento da população é uma realidade, a doença renal ‘oculta’, porque não dá dores, é subavaliada e quando se torna clinicamente relevante, a maior parte das vezes, está irreversivelmente instalada sendo então de evolução inexorável para a sua fase terminal, em que pouco mais há a fazer do que ‘controlar os danos’”, acrescenta o especialista, também membro da Sociedade Portuguesa de Nefrologia.

O facto de haver um dia dedicado a esta temática é na opinião do especialista mais que propositado, inclusive Fernando Neves considera que, “a problemática é de tal ordem, prevendo-se o seu agravamento, que devia haver um dia mundial do rim direito e outro dia mundial do rim esquerdo”.

Mas para além da gravidade da doença, convém salientar que são muitas as dificuldades pelas quais os insuficientes renais crónicos em idade activa passam. Nomeadamente, esclarece Fernando Neves, “o estigma social, a descriminação na hora de obter emprego, pedir empréstimos, fazer seguros”, para além “do cansaço, da depressão, etc.”. “Imagine-se, por um breve instante, dependente de uma máquina!”, alerta o especialista.

Para este Dia Mundial do Rim, Fernando Neves deixa uma mensagem: “Vale a pena não cometer excessos, que gordura não é formosura, que a piada de o diabético ser muito doce…não tem piada nenhuma. Que os pais se devem preocupar com a alimentação dos filhos e com o exemplo que dão. Que o Estado não deveria ganhar dinheiro com as máquinas de venda de comida hipercalórica, de chocolates, alto teor em gorduras e sal… particularmente em hospitais e escolas! Que as populações deveriam ter acesso a consultas nos centros de saúde, para informação, aconselhamento e rastreio. Para que deixasse de ser necessário a existência do dia mundial do rim. Do direito e do esquerdo”.

 

 

A Doença Renal

Segundo o nefrologista esta é uma doença que arrastou para a Terapêutica Substitutiva da Função Renal (TSFR) mais de 17.500 portugueses - número de doentes actualmente em tratamento - com todas as consequências clínicas, sociais e económicas.

“A Diabetes, a Hipertensão Arterial, a obesidade, hábitos dietéticos errados com o consumo de gorduras e açúcares desregulados” são os principais factores de risco para desenvolver falência renal. Por outro lado, acrescenta o nefrologista, “o abuso do sal, o tabagismo, o abuso de medicamentos de grande consumo como são os anti-inflamatórios não esteroides, mais requisitados pelos idosos, onde se regista com elevada prevalência patologia osteo-articular (as atroses)”.

 

Tratamento

O tratamento da Doença Renal Crónica passa pela diálise e pelo transplante “para os casos em que se avance para a substituição da função renal”, refere Fernando Neves, acrescentando que, “outros casos há em que as medidas terapêuticas são menos invasivas, particularmente nas situações de outras doenças terminais, tumores malignos disseminados ou estados de demência”.

A diálise é – das duas práticas – a mais prevalente, sendo que a hemodiálise é mais praticada do que a dialise peritoneal. Na opinião do especialista porque “foi a primeira, porque está acessível em todo o país, porque exige menos responsabilidade ao doente e muitos deles são idosos com algum grau de dependência, porque há um investimento muito forte, com unidades de diálise de grande qualidade, que deverão ser rentabilizadas, porque a dialise peritoneal está concentrada nas grandes cidades e os doentes de outras zonas necessitariam de grandes deslocações, etc. Mas sobretudo porque a hemodiálise em Portugal tem resultados de grande qualidade merecendo a plena confiança dos doentes e profissionais de saúde”.

 

Dados do Registo da Doença Renal Crónica da Sociedade Portuguesa de Nefrologia

Segundo os Dados do Registo da Doença Renal Crónica da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN), tem-se assistido nos últimos anos a um aumento da prevalência da doença renal na população com mais de 65 anos. Neste sentido, é necessária uma maior vigilância junto da população mais envelhecida de forma a detectar o mais precocemente possível estas doenças. Mas Fernando Neves esclarece que “muito raramente o diagnóstico é precoce, sobretudo, nas doenças mais graves, com sintomas bem evidentes, pois aí existe a possibilidade de se procurar a causa, tão cedo quanto possível, do que os está a provocar”. Contudo, o facto de muitos portugueses não terem médico de família atribuído ajuda a que os doentes não sejam atempadamente detectados e tratados.

Ainda segundo os dados da SPN, estima-se que existam em Portugal cerca de 800 mil pessoas que sofrem de doença renal crónica e todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal.

Existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca 2 mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

De salientar que os dados estatísticos conhecidos são anualmente recolhidos, analisados e tratados pela SPN à sua inteira custa com “a colaboração de todo o grupo nefrológico, obtendo uma adesão de próxima dos 100% de respostas por parte das unidades de diálise e transplantação do país. É um trabalho insano por parte dos colegas envolvidos neste processo, cujos resultados são facultados às Autoridades de Saúde nacionais sem qualquer contrapartida”.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
A síndrome seco
A síndrome seco caracteriza-se pela presença clínica de olho seco e boca seca.

A síndrome seco é definida pela presença de xeroftalmia - "olho seco" - e xerostomia - "boca seca". Por outro lado, a síndrome seco é o quadro principal da síndrome de Sjögren, que se caracteriza pela existência de sintomas de secura da boca, dos olhos, da pele, vias aéreas e mucosa vaginal.

É importante salientar que a síndrome seco pode ocorrer em idosos sem síndrome de Sjögren e ser secundário à toma de alguns medicamentos, como anti-depressivos, anti-histamínicos, alguns anti-hipertensores etc., ou relacionados com a diabetes, a sarcoidose, infecções virais ou outras doenças.

A investigação da síndrome seco exige uma história clínica apurada. As queixas devem ser valorizadas de acordo com a idade e sexo do doente, já que existe uma diminuição da produção do filme lacrimal com a idade, durante a gravidez e após a menopausa. O desenvolvimento das queixas é normalmente insidioso, pelo que se as queixas forem de início abrupto, há que averiguar da toma de nova medicação ou da presença de estados ansiosos e depressivos.

Xeroftalmia

Assim, a xeroftalmia - "olho seco" - caracteriza-se pela diminuição da secreção aquosa lacrimal, e descrita pelos doentes como a sensação de corpo estranho, associada a prurido e/ou sensação de queimadura nos olhos, que aumenta ao longo do dia. São também frequentes as queixas de fotofobia. Os principais sintomas são a secura ocular, ardor ou dor ocular, sensação de ardor ou prurido. A xeroftalmia mantida pode levar à formação de úlceras na córnea (queratoconjuntivite sicca), que podem, se não tratadas, evoluir com gravidade.

Por outro lado, a xerostomia - "boca seca" - caracteriza-se pela diminuição da produção de saliva pelas glândulas salivares. Manifesta-se pela sensação de secura oral, necessidade da ingestão frequente de líquidos e dificuldade na ingestão de alimentos sólidos ou em falar continuamente. Traduz-se por um aumento de cáries, necessidade do uso de próteses dentárias e susceptibilidade a infecções, como a candidíase oral recorrente. As razões para o seu aparecimento são variadas.

Com o intuito de minimizar os sintomas deste problema deve alterar hábitos, medicações ou factores ambientais que podem prejudicar os olhos, bem como evitar ambientes com baixa humidade, fluxos de ar de ventoinhas ou ar condicionado, fumo ou poeiras. Também é conveniente evitar a utilização excessiva de maquilhagem, utilizar lubrificantes oculares para manter os olhos húmidos durante a noite, se possível evitar medicamentos que originem secura ocular, como alguns anti-hipertensivos, anti-depressivos ou anti-histamínicos.

Outras atitudes preventivas incluem o uso de óculos com protecção lateral ou de lente larga de modo a evitar a evaporação da lágrima bloqueando o vento e aumentando a humidade à volta dos olhos, manter os olhos lubrificados durante o dia, mesmo nas alturas em que não tem sintomas, evite permanecer muito tempo sem pestanejar, porque leva a uma maior evaporação da lágrima e aplique compressas mornas nos olhos, para humedecer os tecidos secos e irritados, e aumentar a secreção de substâncias oleosas pelas glândulas palpebrais.

Xerostomia

A xerostomia pode ser muito incomodativa e levar a grande incapacidade. Pode causar dificuldade na mastigação, rápida degradação dos dentes e infecções (sobretudo fúngicas, candidíase). Pode haver dor ou ardor, alterações no paladar e mesmo dificuldade em falar. Por vezes os sintomas são causados não por uma diminuição da saliva, mas sim por uma diminuição da qualidade da saliva.

Deve por isso beber pequenas quantidades de água frequentemente para manter a boca húmida, mas evitar beber grandes volumes de uma vez, porque remove a camada protectora de saliva, evitar bebidas ácidas, como refrigerantes ou bebidas energéticas, a cafeína, porque pode aumentar a sensação de secura oral.

A secreção de saliva pode ser aumentada com pastilhas ou rebuçados sem açúcar ou à base de Xilitol - adoçante que ajuda a prevenir a degradação dos dentes. Contudo, estes produtos têm um efeito temporário, sendo úteis sobretudo em pessoas com xerostomia grave. A secura labial pode ser prevenida com cremes ou batons hidratantes e pode utilizar um humidificador para aumentar a humidade ambiente, sobretudo de noite.

É importante também prevenir e tratar os problemas dentários bem como prevenir e tratar infecções da boca. As infecções orais mais frequentes nestes doentes são causadas por fungos, sobretudo candidíase, manifestando-se por inflamação da mucosa oral e sensação de ardor na boca, por isso a prevenção, com limpeza frequente da boca, dentes e dentaduras, para remover restos de comida e potenciais agentes patogénicos é essencial.

Tratamento

No caso da xerostomia existem medicamentos que reduzem os sintomas de secura oral e aumentam a secreção de saliva durante algumas horas, no entanto, associam-se frequentemente a efeitos secundários, podem não ser eficazes em todos os doentes e podem não prevenir as cáries, devendo ser utilizados apenas por indicação médica.

É também importante avaliar medicamentos que o doente esteja a tomar por outras indicações (hipertensão, depressão) e que possam agravar as queixas de secura.

Para a xeroftalmia, as lágrimas artificiais - de venda livre - podem proporcionar alívio temporário das queixas oculares. Contém água, sais minerais e polímeros, mas não possuem as proteínas habitualmente presentes na lágrima natural.

No tratamento da inflamação crónica que agrava a secura ocular mediante a perturbação da secreção lacrimal existem aplicações tópicas, mas devem ser administradas pelo seu médico.

A manutenção da higiene e saúde das pálpebras é fundamental para manter uma boa lubrificação ocular. As infecções palpebrais devem ser prontamente tratadas, e problemas cutâneos que possam envolver as pálpebras devem ser identificados e tratados.

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FDA questionada
A comercialização de um potente novo analgésico nos EUA tem gerado polémica entre médicos e grupos de defesa do consumidor, que...

O medicamento Zohydro®, do laboratório Zogdnix, foi aprovado pela FDA (agência reguladora de medicamentos norte-americana) em Outubro de 2013.

Num facto pouco usual, o analgésico recebeu sinal verde da agência mesmo depois de um comité de especialistas independentes ter recomendado a sua não aprovação. A FDA geralmente segue o conselho dos comités, embora não seja obrigada a fazê-lo.

A decisão tem mobilizado muitos médicos e organizações que lutam contra o abuso desses analgésicos – reunidos no grupo Fed up (“Fartos”, em tradução livre) - "para acabar com a epidemia de opiáceos". Em carta dirigida à directora-geral da FDA, a médica Margaret Hamburg, o grupo pede a revisão desta autorização.

A permissão para comercializar o Zohydro® “tem potencial para piorar a nossa epidemia nacional de abuso destes medicamentos – alguns dos quais ilegais – porque este analgésico será o único a conter hidrocodona pura, um narcótico opióide cinco a dez vezes mais forte do que os analgésicos à venda que contêm esta substância”, ressaltam médicos e activistas.

“Aprovar um medicamento que vai agravar o problema do vício é muito chocante”, disse o médico Andrew Kolodny, presidente da Associação de Médicos pela Prescrição de Opiáceos de Maneira Responsável, que assinou a petição.

Círculo vicioso

A FDA “determinou que o Zohydro® ER respeita os nossos requisitos reguladores e que os seus benefícios superam os riscos quando utilizado de forma correcta”, garantiu um porta-voz da FDA.

Analgésicos como o Zohydro® são perfeitos para o tratamento da dor poucos dias depois de uma cirurgia ou em doentes com doenças terminais, como cancro, que estão em sofrimento, explicou Kolodny à AFP.

Mas estes opiáceos “são medicamentos muito maus” para as pessoas com dores crónicas, como dores nos ombros ou enxaquecas, explicou o médico, que ressaltou que 100 milhões de norte-americanos se encaixam nesta categoria, principal alvo dos laboratórios farmacêuticos. Estima-se que este mercado movimente 9 mil milhões de dólares nos EUA.

Por serem altamente aditivos, o uso destes analgésicos por períodos prolongados exige o aumento da dose para que o efeito seja mantido, criando um vício perigoso, acrescentou Kolodny.

Para o médico, a decisão da FDA de autorizar o Zohydro® e os problemas causados pela dependência de opiáceos nos últimos 15 anos reflecte a “influência, talvez grande demais, das empresas farmacêuticas nas decisões tomadas pela FDA, especialmente na divisão de analgésicos”.

Em Outubro, o jornal Washington Post publicou uma série de e-mails mostrando que as empresas farmacêuticas pagaram dezenas de milhares de dólares a alguns centros médicos universitários para assistir a reuniões internas da FDA durante as quais foram decididos os critérios de aprovação de novos analgésicos, lembrou Kolodny.

Dois senadores norte-americanos iniciaram uma investigação e convidaram a FDA a dar maiores explicações sobre seus motivos numa carta conjunta enviada em 26 de Fevereiro, em que descrevem a acusação como “muito preocupante”.

Em comunicado, a FDA disse “levar essas preocupações muito a sério”, mas afirmou “não ter conhecimento de nenhuma irregularidade”.

Vectibix (DCI: panitumumab)
Foi renovada a autorização de aquisição pelos hospitais do SNS do Vectibix (DCI: panitumumab).

A autorização de aquisição pelos hospitais do SNS para o medicamento Vectibix (DCI: panitumumab) para o tratamento de doentes adultos com carcinoma colo-rectal metastizado (CCRm), sem mutação de (K)RAS, em monoterapia após insucesso terapêutico com regimes de quimioterapia contendo fluoropirimidina, oxaliplatina e irinotecano foi renovada, tendo sido restrita a situações em que há contra-indicações para a associação cetuximab com irinotecano ou em caso de reacções infusionais ao cetuximab.

O relatório de avaliação prévia à utilização em meio hospitalar e o respectivo relatório da Comissão de Farmácia e Terapêutica encontra-se disponível na página Relatórios de avaliação prévia à utilização em meio hospitalar

Circular Informativa N.º 060/CD/8.1.6 Data: 12/03/2014
Para clarificar as situações excepcionais de arredondamento do PVA o Infarmed emitiu uma circular informativa

No decorrer da determinação dos novos preços de venda ao público (PVP)1, verificou-se que, devido a arredondamentos no valor do preço de venda ao armazenista (PVA), o medicamento podia alterar o seu escalão das margens máximas de comercialização2 . A título de exemplo, um medicamento cujo PVA seja 20,009 € seria incluído no escalão e).

Para clarificar este tipo de situações, o Infarmed decidiu a título excepcional, que o PVA poderá ser alterado nos casos em que este implique uma mudança de escalão e cuja diferença seja de apenas um cêntimo. Ou seja, retomando o exemplo acima mencionado, o titular poderia solicitar a alteração do PVA para 20,00 € para que este seja incluído no escalão d).

Para tal, os titulares e seus representantes devem solicitar a alteração do PVA através do e-mail [email protected], com o assunto “Alteração de PVA – DL nº 19/2014”, até dia 21 de Março.

Nos casos em que o pedido seja aceite por este Instituto, as bases de dados serão actualizadas em conformidade.

Refere-se ainda que, por se tratar de uma excepção, esta decisão não é aplicável a outro tipo de cálculos (aprovações e revisões de preços).

1Aplicação do Decreto-Lei n.º 19/2014, de 5 de Fevereiro, que altera o Decreto-Lei n.º 112/2011, de 29 de novembro.

2N.º 1 do artigo 11.º do Decreto-Lei n.º 112/2011, de 29 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 19/2014, de 5 de Fevereiro.

Regime jurídico das incompatibilidades
O regime jurídico das incompatibilidades iniciou a produção de efeitos no dia 26 de Fevereiro de 2014 (artigo 10.º).

O regime jurídico das incompatibilidades, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 14/2014, de 22 de Janeiro, aplicável a todos os membros das Comissões Técnicas Especializadas e/ou de Grupos de Trabalho, nas áreas do medicamento e do dispositivo médico no âmbito dos estabelecimentos e serviços do Serviço Nacional de Saúde, independentemente da sua natureza jurídica, bem como dos serviços e organismos do Ministério da Saúde, iniciou a produção de efeitos no dia 26 de Fevereiro de 2014 (artigo 10.º).

A publicação deste regime impôs a necessidade de reorganização das Comissões Técnicas Especializadas e/ou dos Grupos de Trabalho com carácter consultivo do Infarmed, nomeadamente a Comissão de Avaliação de Medicamentos (CAM), a Comissão de Avaliação Terapêutica e Económica, a Comissão da Farmacopeia Portuguesa, a Comissão do Prontuário Terapêutico e a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica.

Esta reorganização tem gerado alguns atrasos na execução das tarefas atribuídas às Comissões e/ou Grupos de Trabalho. Contudo, o Infarmed encontra-se a envidar todos os esforços conducentes à devida regularização desta situação, com a maior brevidade possível.

Revista Nature
Investigadores demonstraram o papel do cérebro na obesidade, ao verificarem em ratos que as mutações num gene do hipotálamo, o...

Até agora, sabia-se que as mutações com maior grau de associação com a obesidade residiam no gene FTO. Contudo, investigadores em Espanha, nos Estados Unidos e no Canadá descobriram que tais mutações afectam elementos reguladores, que, apesar de estarem localizados no gene FTO, controlam o gene IRX3.

Marcelo Nóbrega, geneticista brasileiro da Universidade de Chicago que coordenou o estudo, sustenta que, numa experiência com ratinhos, os roedores com mutações no IRX3 revelaram-se 30% mais magros - devido à perda de tecido adiposo branco, ao aumento de tecido adiposo castanho e à actividade metabólica - e mais resistentes às dietas ricas em gorduras. Tal aconteceu, não obstante os ratinhos terem comido e exercitado o mesmo que os roedores com o gene “intacto”.

“Os nossos dados sugerem, fortemente, que IRX3 controla a massa de gordura”, ao regular o metabolismo, assinalou o geneticista.

As mutações causam uma produção excessiva da proteína com o mesmo nome no cérebro, afectando possivelmente, segundo os cientistas, o hipotálamo, onde são regulados o apetite e o metabolismo.

A próxima meta da equipa de investigadores será identificar quais as funções das células que foram alteradas pelo IRX3, e de que forma, para que possam ser desenvolvidos medicamentos que bloqueiem os efeitos causadores da obesidade.

As conclusões do estudo são publicadas na quinta-feira, na revista Nature.

Estudo
Um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto concluiu que a maioria dos casais inférteis aceita doar...

O estudo, do qual apenas algumas conclusões foram hoje divulgadas em comunicado, foi feito entre Agosto de 2011 e Dezembro de 2012, abrangendo 313 mulheres e 221 homens em tratamentos de fertilidade.

Os restantes resultados serão apresentados na próxima terça-feira, num debate no Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) sobre "a governação da investigação em embriões de origem humana".

Segundo o inquérito, 85% dos casais inférteis aceitam doar embriões para investigação, "sendo que as mulheres e os homens católicos se revelam mais propensos à doação", comparativamente aos não católicos ou sem religião.

Por outro lado, mais de 75% dos inquiridos defendem a extensão do limite máximo da criopreservação de embriões em Portugal, actualmente fixado em três anos.

Desde 2006 que a lei portuguesa prevê a possibilidade de os embriões criopreservados se destinarem à investigação científica, sendo que as experiências têm de ser autorizadas pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida e pelos casais envolvidos em tratamentos de fertilização in vitro ou de microinjeção intracitoplasmática de espermatozóides.

Associação exige:
A Associação de Hipertensão Pulmonar quer o estatuto de doente crónico para quem sofra da doença e recorda que a petição já foi...

“Os doentes têm de estar protegidos”, defendeu Teresa Carvalho, da Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP), frisando que estes doentes, aos olhos da medicina, “são doentes crónicos”, mas a lei “não inclui estes doentes”, considerando-os “como incapacitados, como se fosse um acidente de trabalho”, revela o Notícias ao Minuto.

A associação defende protecção jurídica, recordando que quem sofra desta doença, por não ser considerado doente crónico, “não está isento de taxas moderadoras”, explicou.

Teresa Carvalho sublinhou que a hipertensão pulmonar “é uma doença que tem uma taxa de mortalidade igual à de muitos cancros” e que os doentes, recorrentemente, “são mal diagnosticados, porque os sintomas são confundidos com a asma”.

A associação critica a “inépcia do governo que está há 44 meses para legislar sobre as matérias desta doença e, como tal, os seus doentes são vítimas de discriminação”.

A inexistência de uma tabela de incapacidade para os doentes crónicos, que acabam por estar na tabela de doenças profissionais e acidentes de viação, conduz a “situações de arbitrariedade e desigualdade”, refere nota da Associação.

Para tal, a associação irá realizar uma acção de sensibilização no domingo, na Mealhada, onde está sediada, em que promove uma caminhada solidária, a iniciar-se às 09:30, no local de passagem da rota portuguesa dos caminhos de Santiago de Compostela. Todos os participantes da caminhada irão de lábios pintados com batons azuis, que serão distribuídos na iniciativa, como forma de simbolizar a hipertensão pulmonar, em que um dos sintomas é “a coloração dos lábios”, contou Teresa Carvalho.

Depois da caminhada, no dia 31 de Março, seis peregrinos e dois atletas veteranos, Aurora Cunha e Baltasar Sousa, irão partir do Porto até Santiago de Compostela, aproveitando a peregrinação, patrocinada pela APHP, para divulgar os problemas que afectam os doentes, ao longo do caminho. A peregrinação está prevista terminar a 05 de Abril.

Desenvolvido e testado em Barcelona
Um novo tratamento para o cancro do colo do útero aumenta em quatro meses a sobrevivência global, indicam os resultados de uma...

Um novo tratamento desenvolvido e testado num hospital de Barcelona melhora a sobrevivência das doentes com cancro do colo do útero e reduz em 30% a taxa de mortalidade por esse tipo de tumor, avança o Diário Digital.

A oncologista ginecológica e coordenadora do estudo, Ana Oaknin, explicou que os cientistas compararam “a eficácia do tratamento padrão baseado em quimioterapia com outro” ao qual acrescentaram “um novo agente, um anticorpo monoclonal, que inibe a angiogénese”, ou seja, a formação de novos vasos sanguíneos e o crescimento dos tumores.

A pesquisa, publicada esta quarta-feira pela revista The New England Journal of Medicine, marca, segundo a cientista, a primeira vez que um tratamento médico consegue prolongar a sobrevivência dessas doentes em mais de 12 meses.

Segundo Oaknin, o novo tratamento aumenta em quatro meses a sobrevivência global, numa doença que tem uma incidência baixa mas que afecta sobretudo a mulheres com idades entre os 30 e 40 anos.

O estudo foi realizado com uma amostra de 452 doentes com cancro do colo do útero em 164 hospitais americanos e espanhóis. Segundo Oaknin, “até 2009, ano em que começou o teste clínico, era muito difícil que essas doentes vivessem mais de um ano, mas conseguimos prolongar a sua sobrevivência 17 meses”.

Uma das doentes que já provou o novo tratamento é Stania García, que contou que após receber o anticorpo se sente “bem, em geral com muita energia” e que pode “sair de casa, correr e passear”. “Sinto-me muito melhor, porque com o tratamento anterior estava muito cansada”, compara a doente.

O cancro do colo do útero é diagnosticado a cada ano em cerca de 500 mil mulheres no mundo, das quais a metade morre, 90% delas nos países em desenvolvimento.

Até agora, quando fracassava o tratamento padrão (cirurgia em estágios iniciais e uma combinação de quimioterapia e radioterapia em estágios avançados), as doentes tinham como única opção a quimioterapia convencional, mas a sua sobrevivência era de aproximadamente um ano.

Embora o cancro do colo de útero seja a principal causa de morte em mulheres jovens, as taxas desse tipo de doença nos países desenvolvidos diminuíram drasticamente graças ao rastreio que se realiza através de citologia (estudo das células) e dos testes ao vírus do papiloma humano (HPV).

Guia
O Guia de Reações Adversas Cardiovasculares é da responsabilidade da Unidade de Farmacovigilância do
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14 de Março nas unidades Saúde CUF
As unidades Saúde CUF vão realizar uma acção de sensibilização para assinalar o Dia Mundial da Incontinência Urinária, no dia...

Entre outras iniciativas, em todas as unidades de saúde da rede CUF, será possível responder a um questionário para avaliar a probabilidade de sofrer de incontinência urinária.

A perda involuntária de urina é uma perturbação da fase de armazenamento do funcionamento da bexiga, podendo estar na origem de diversos problemas. Esta doença é mais frequente nas mulheres do que nos homens. Entre outras causas, esta doença está intimamente associada ao avanço da idade, à gravidez, ao parto, à menopausa e ao prolapso uro-genital (relaxamento da vagina com descida do útero e/ou da bexiga).

Estima-se que a incontinência urinária afecte cerca de 30% das mulheres. Nos homens, a presença da próstata e a ancoragem da bexiga na bacia são condições determinantes para evitar este tipo de problemas.

Esta iniciativa é realizada, em simultâneo, em todas as unidades Saúde CUF com o apoio várias especialidades médicas, entre elas, a Medicina Física e Reabilitação, Urologia e Ginecologia.

As unidades Saúde CUF dispõem de unidades de urologia, uroginecologia e ginecologia com equipas de especialistas reconhecidos e com experiência que disponibilizam serviços nas áreas de consultas, exames, tratamentos (litotrícia) e cirurgias.

Para mais informações consulte www.saudecuf.pt

13 de Março - Dia Mundial do Rim
A Sociedade Portuguesa de Nefrologia alerta para o aumento do número de biopsia renais que no último ano aumentaram em Portugal...

No ano de 2013 foram realizadas cerca de 788 biopsias renais a nível nacional, mais 88 do que no ano anterior, de acordo com o Gabinete de Registo das Biopsias Renais da Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN). O maior número de biopsias renais concentrou-se na região Sul e Ilhas (405, segundo dados estimativos), seguida da região Norte (295) e da região Centro (88). De acordo com os mesmos dados, do total de biopsias renais realizadas em 2013, 40 foram realizadas em doentes com menos de 15 anos de idade, o que corresponde a 3,3%.

“Não têm existido variações significativas no número de biopsias renais realizadas em Portugal mas, no último ano, verificou-se um aumento significativo”, refere Fernanda Carvalho, médica nefrologista, Vice-Presidente da SPN e Coordenadora Nacional do Gabinete de Registo das Biopsias Renais.

A biopsia renal é um instrumento fundamental para detectar uma possível lesão renal, não identificada através de outros procedimentos. “Entre as principais indicações da biopsia renal destacam-se a proteinúria persistente (presença de proteínas na urina), a hematúria frequente (presença de sangue na urina), a insuficiência renal aguda de causa inexplicável ou prolongada duração, a síndrome nefrótica e as alterações renais produzidas durante determinadas doenças sistémicas”, refere a Dra. Fernanda Carvalho.

De acordo com Fernando Nolasco, presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, “nos últimos anos, tem-se assistido a um aumento da prevalência da doença renal na população com mais de 65 anos. Neste sentido, é necessária uma maior vigilância junto da população mais envelhecida de forma a detectar o mais precocemente possível estas doenças”.

Em Portugal, estima-se que cerca de 800 mil pessoas deverão sofrer de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.

Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente cerca de 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca 2 mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

Associação Europacolon
A partir de 1 de Abril todas as colonoscopias passam a ser feitas com sedação. Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino...

Todas as colonoscopias no Serviço Nacional de Saúde passam a poder ser feitas com recurso a sedação a partir de 1 de Abril, uma forma de reduzir o receio com a realização deste exame, segundo um despacho publicado.

“A 1 de Abril de 2014 entra em vigor um novo pacote de cuidados ao abrigo da convenção para a endoscopia gastrenterológica, que garante a colonoscopia associada à analgesia do doente, reduzindo o efeito dissuasor à realização do exame. Este novo pacote de cuidados inclui a realização da colonoscopia e todos os seus procedimentos adequados [como a sedação], representando um elevado esforço financeiro do Ministério do Ministério da Saúde”, refere o diploma.

A Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino (Europacolon) saudou a introdução de sedação gratuita para o utente nas colonoscopias realizadas nos hospitais, considerando que é um factor importante para aumentar a adesão a estes exames.

“A sedação gratuita motivará muitas pessoas a aproximarem-se do rastreio. Porque há muitas pessoas que reagiam mal à necessidade de realizar o exame, com medo do aspecto invasivo”, comentou o presidente da Europacolon.

Segundo Vítor Neves, até agora as colonoscopias realizadas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde podiam ter recurso a analgesia, mas era o utente que pagava a opção da sedação.

Estudo da Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional
Estudo da Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional alerta para problema de saúde pública: situações limite de...

A maioria dos trabalhadores portugueses está à beira de um ataque de nervos. É desta forma que a Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional (APPSO) começou esta semana a apresentar os resultados de um perfil de riscos psicossociais associado ao trabalho, revela o jornal iOnline. Avaliações feitas entre 2008 e 2013 a 38 791 trabalhadores dos sectores públicos e privado revelam que nove em cada 10 portugueses que estão empregados apresenta sintomas de exaustão. A fadiga é associada ao sentimento de sobrecarga no trabalho, perda de energia e recompensas, mas também a uma diminuição acentuada da percepção de que as organizações onde trabalham são justas ou capazes de ter algum tipo de controlo sobre as tarefas que desempenham.

Se a deterioração dos indicadores de bem-estar em contexto laboral é transversal, com 83% dos trabalhadores em situação de risco moderado de colapso, o sector público apresenta os piores resultados em todas as variáveis analisadas. Segundo o estudo, em 2008, 32% dos funcionários do sector público apresentavam critérios para diagnóstico com stresse e em 2013 essa percentagem chegou aos 59%. No sector privado, subiu de 24% para 43%.

As situações de esgotamento (burnout) também se agravaram e parecem ser mais incidentes no sector público: 15% dos trabalhadores do Estado avaliados tiveram diagnóstico de burnout no ano passado contra 10% na amostra de 2008. No privado, a incidência ronda os 12%.

O estudo, que resultou de informação recolhida em avaliações e intervenções psicológicas como coaching ou team building realizadas em empresas de ambos os sectores, vai ser apresentado esta manhã na comissão de Saúde do parlamento. João Paulo Pereira, presidente da (APPSO), justifica o pedido de audição aos deputados com o facto de os dados apontarem para um problema de saúde pública com tendência a piorar. “Quando olhamos para indicadores como o grau de exaustão, é assustador”, disse. "Sabemos que a exaustão e o stresse podem estar associados a muitos outros indicadores de saúde, como consumo de medicamentos mas também mais pneumonias oportunistas ou enfartes do miocárdio, fenómenos que têm apresentado uma tendência crescente nos últimos anos sobretudo em faixas etárias mais jovens", explica o psicólogo, adiantando que no âmbito de algumas parcerias com a Autoridade para as Condições de Trabalho também tem sido discutida uma eventual ligação com o aumento dos acidentes laborais.

Direcção-Geral da Saúde
Gripe dá sinais de regresso a actividade basal. Resultados apontam eficácia da distribuição gratuita de vacina.

Na passada semana (9.ª) verificou-se uma diminuição do número de casos de gripe confirmados laboratorialmente, com tendência decrescente, que foi interpretada como o regresso ao período de actividade basal.

Este ano, em comparação com a época anterior (2012-2013), o início da fase mais intensa de gripe sazonal parece ter sido mais abrupto, embora, durante a época de 2013-2014, a actividade gripal nunca tenha sido considerada mais do que “moderada”.

A fase de maior incidência teve, seguramente, um pico mais precoce em cerca de seis semanas, em comparação com 2013, e esse pico foi um pouco mais elevado, com uma incidência em torno dos 90 por 100.000 na 4.ª semana de 2014, contra o máximo de 69,6 por 100.000, na semana 10 de 2013. Os dados provisórios indicam que a duração total da época gripal também parece ter sido mais curta em duas a três semanas, face a período homólogo do ano anterior.

O número de internamentos em cuidados intensivos foi, até agora, ligeiramente inferior ao de 2013. Desde o início da época, em Outubro de 2013, até ao fim da 9ª semana de 2014, foram reportados 97 casos de gripe nos doentes admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) de vários hospitais, contra 121 casos na época de 2012-2013. Na época em curso, verificou-se, ainda, que apenas 1,5% dos doentes internados em UCI tinham sido vacinados contra a gripe e cerca de 71% apresentavam doença crónica subjacente.

Assim, verifica-se que pelo segundo ano consecutivo, desde que a vacinação anti-gripal é distribuída, gratuitamente, nos centros de saúde, a idosos e a outras pessoas com risco mais significativo, não houve pico invernal na mortalidade esperada.

O vírus da gripe do subtipo A(H1)pdm09 foi o detectado na maioria dos casos analisados. Os vírus da gripe detectados são semelhantes às estirpes que integram a vacina antigripal 2013/2014.

Este ano a impossibilidade de contar com um dos fabricantes habituais da vacina a nível mundial afectou o processo de vacinação em Portugal. Apesar disso, os dados já disponíveis apontam para que 62% das pessoas maiores de 65 anos foram vacinadas (refira-se que o ano passado atingiu-se uma cobertura de 51%), o que corresponde a mais de 1.200.000 pessoas neste grupo, a que devemos adicionar mais 200.000 pessoas com mais de 60 anos. Nunca se registou, em Portugal, uma cobertura desta dimensão contra a gripe sazonal, o que se reflectiu nos resultados epidemiológicos e clínicos reportados, globalmente mais favoráveis nesta época.

Face a estes resultados positivos, o Ministério da Saúde vai prosseguir com a estratégia de distribuição gratuita de vacina através da rede pública de centros de saúde, modelo que demonstrou grande eficácia.

Iniciativa Stent for Life
A parceria entre a Delta Cafés e a Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular vai alertar para os sintomas do enfarte.

A Iniciativa Stent for Life, a decorrer em Portugal pela mão da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC), desenvolveu uma parceria com a Delta Cafés, no âmbito da campanha “Não perca tempo, salve uma vida - o enfarte não pode esperar”.

Assim, para sensibilizar a população para os sinais de um enfarte e a importância de agir rapidamente e ligar 112, cerca de 4 milhões pacotes de açúcar Delta contêm o logótipo da campanha e o respectivo link para o site e página facebook da iniciativa, que conta já com mais de 2 mil seguidores.

Em simultâneo à distribuição de pacotes de açúcar, vão também ser colocados mais de 10 mil trípticos informativos em estabelecimentos de restauração a nível nacional, que permitirão à população reconhecer facilmente as mensagens desta iniciativa.

Hélder Pereira, champion da Stent for Life em Portugal, referiu que “ao conseguirmos que as pessoas saibam reconhecer estes mesmos sintomas e que liguem 112, estamos a melhorar o rápido acesso ao tratamento do enfarte, uma vez que com a ajuda de profissionais especializados do INEM reencaminhamos o doente para a unidade de saúde mais adequada para a realização de uma angioplastia primária, que é vista pela comunidade médica como a forma de tratamento mais eficaz em caso de enfarte”.

Estudo do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge
Cerca de 10% dos doentes com intoxicações alimentares analisados no ano passado pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge...

Segundo o estudo do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), dos 19 surtos analisados, em 10 foi identificado o agente causador que provocou casos de toxinfecção alimentar em 183 pessoas e 17 hospitalizações, 9,3%

A investigação permitiu concluir que um mau tratamento térmico e uma incorrecta conservação estiveram na origem da maioria dos casos.

No que se refere ao local onde o alimento foi consumido ou esteve em preparação, as cantinas surgem em primeiro lugar (em 35% dos casos), logo seguidos de casas particulares (em 20% das situações), de instituição residencial (15%) e de restaurantes (5%).

“Os factores que mais têm contribuído para a ocorrência de toxinfecções alimentares têm sido contaminações cruzadas, procedimentos de manipulação incorrectos, assim como abusos no binómio tempo/temperatura de conservação de alimentos”, refere o artigo publicado no boletim epidemiológico do INSA.

Nos últimos cinco anos, foram registados pelo INSA 40 surtos com agente identificado, provocando mais de 700 casos de toxinfecções alimentares e uma centena de hospitalizações. Contudo, o boletim admite que este estudo representa apenas uma fracção do número real de intoxicações ocorridas em Portugal.

Ainda assim, os resultados mostram que é preciso insistir, nos programas de educação para a segurança alimentar, nas medidas adequadas de tratamento térmico dos alimentos, bem como da temperatura e tempo de conservação.

Segundo os surtos investigados no ano passado, as refeições mistas e os produtos de pastelaria e bolos continuam a ser o género alimentício predominante.

Patrocinado pela Fundação Portugal Telecom
Foi renovado o portal da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama. Visite-o.

A Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama apresenta o seu novo site http://www.apamcm.org/ patrocinado pela Fundação Portugal Telecom.

A Associação aproveitou o Dia da Mulher que se assinalou no passado dia 8 de Março para desejar a todas as Mulheres um Feliz Dia. “Cuide de si e dos que ama!”.

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