Cancro oral
Médicos dentistas que vão fazer o rastreio já foram seleccionados e tudo está pronto para arrancar em Março. Programa vai focar...

Os 240 médicos dentistas que vão participar no programa de rastreio do cancro oral já foram seleccionados e a rede está pronta para arrancar assim que houver a luz-verde oficial. A ideia é que todo o processo demore menos de um mês, entre a primeira consulta com o médico de família ou o dentista que detectam a lesão suspeita, a biópsia que confirma o diagnóstico e a chegada dos casos positivos a um dos três Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) do país.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas explicou que o rastreio, que regra geral começa com uma avaliação de rotina feita pelo médico de família, “vai dar prioridade às pessoas com mais de 40 anos que sejam fumadoras e que bebam álcool em excesso”, por serem situações de risco para o desenvolvimento deste tipo de tumores que afectam a cavidade oral, dos lábios à garganta, incluindo as amígdalas e faringe.

Orlando Monteiro da Silva adiantou que a lista final dos 240 profissionais “calibrados especificamente para o programa” e que vão integrar a rede será entregue ainda durante esta sexta-feira à Direcção-Geral da Saúde, sendo que no total houve mais de 1100 candidatos. O despacho do Ministério da Saúde determina que oficialmente o rastreio arranca a 1 de Março, mas o bastonário afirmou que é preciso uma comunicação prática no sentido de poderem avançar no terreno, ainda que considere que na próxima semana os médicos já possam começar a sinalizar os doentes com lesões suspeitas.

Além do grupo de risco, sempre que o médico de família detecte uma lesão suspeita ou que o próprio doente apresente uma queixa, o cheque também será emitido e o utente pode ir à rede de dentistas seleccionados para ser avaliado e fazer uma eventual biópsia – já que ao contrário dos outros cheques relacionados com a saúde oral “a condição económica não é determinante”, disse Orlando Monteiro da Silva.

Se a lesão for detectada numa consulta particular com um dentista o doente pode também ser encaminhado para o médico de família, para que este ordene a emissão do cheque para biópsia. Orlando Monteiro da Silva adiantou que quando o exame confirma a existência de um cancro a informação é enviada para os IPO. Na biópsia será testada também a presença do vírus do papiloma humano (HPV), presente em alguns cancros orais e que pode levar a alterações no protocolo de cirurgia e de radioterapia a seguir.

Ao todo, entre o primeiro contacto com o médico e a chegada do doente ao IPO da área de residência para a primeira consulta deve passar no máximo um mês. “No caso de a lesão ainda ser pré-maligna o doente fica em vigilância e, em princípio, ao fim de seis meses repete a biópsia”, acrescentou o bastonário.

Principais sintomas
Alterações de cor, aumento de volume em alguma zona com presença de uma massa endurecida, feridas que não cicatrizam e dificuldade em engolir são alguns dos principais sinais de alerta, alertou Orlando Monteiro da Silva, que sublinhou que, muitas vezes, na primeira fase este tipo de cancro não dá dor, apesar de se estimar que mate 500 pessoas por ano em Portugal e de já estar entre os principais tumores malignos em termos de mortalidade. “O auto-exame é fundamental para se actuar a tempo, pois a detecção precoce aumenta a sobrevivência e permite até a cura”, acrescentou.

O rastreio insere-se no alargamento do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, que conta neste ano com um orçamento total de mais de 16 milhões de euros. Além dos anteriores cheques-dentista para diagnóstico, as pessoas passam agora a ter acesso até dois “cheque-biópsia” no valor de 50 euros e que o bastonário definiu como um “programa de saúde pública de vanguarda que permitirá a detecção precoce, melhorando o prognóstico” do doente. Ao todo a ideia é que neste ano sejam feitas 5000 biópsias a lesões suspeitas que serão analisadas no Ipatimup (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular), no Porto.

Na Madeira
Pagamento esteve suspenso durante alguns dias nas urgências da hospital central do Funchal até o parlamento regional repor a...

O governo regional da Madeira, por portaria publicada na passada sexta-feira no Jornal Oficial, determina que o regulamento das tabelas de preços das instituições e serviços integrados no Serviço Nacional de Saúde, aprovado pela Portaria n.º 20/2014, de 29 de Janeiro, do Ministério de Saúde, seja aplicável ao Serviço Regional de Saúde que integra os hospitais, centros de saúde e demais estabelecimentos.

A portaria, assinada pelos secretários regionais das Finanças e dos Assuntos Sociais, apresenta algumas especificações e adaptações na portaria nacional, nomeadamente que as unidades hospitalares integradas no Serviço de Saúde da Região sejam consideradas como Hospital Central. E adianta que a classificação dos serviços de urgência será aprovada por despacho do secretário Regional dos Assuntos Sociais, após a entrada em vigor da presente portaria, ou seja a partir de 1 de Março, dia seguinte ao da sua publicação.

O novo diploma revoga a Portaria n.º 113/2009, de 4 de Setembro, dos Secretários regionais do Plano e Finanças e dos Assuntos Sociais, bem como o Despacho n.º 26-A/2009, de 5 de Setembro, do secretário regional dos Assuntos Sociais, que restringiam o pagamento das taxas moderadoras no arquipélago.

Alberto João Jardim tinha prometido durante a campanha para as eleições regionais de 2011 que a Madeira continuaria a ser a única excepção do país, ao não aplicar as taxas moderadoras, mas através do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro que assinou em Janeiro de 2012,comprometeu-se com a sua cobrança, uma das medidas implementadas para “garantir a sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde e a viabilidade da entidade pública que presta serviços no sector”.

A aplicação das taxas foi determinada através de simples decreto regulamentar do governo regional, cuja ilegalidade foi declarada pelo Tribunal Constitucional, alegando “regulamentar um decreto-lei é manifestamente um acto que excede os poderes do governo regional”. Até repor a legalidade, o executivo de Jardim decidiu suspender a cobrança e enviou ao parlamento regional - órgão a cuja competência legislativa está reservada a nível regional, em exclusivo, tal matéria – uma proposta de decreto legislativo regional que, discutido com processo de urgência, foi aprovado pela maioria PSD na passada terça-feira, 25 de Fevereiro.

Durante o debate, o deputado Mário Pereira (CDS/PP) exigiu que os madeirenses tivessem as mesmas condições de acesso aos cuidados de saúde proporcionados pelo Serviço nacional. “Não é possível exigir a comparticipação financeira dos madeirenses se não lhes proporcionamos o que de positivo é garantido pelo Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente indicadores de qualidade e acessibilidade”, frisou o deputado, reclamando programas de recuperação dos doentes em lista de espera.

“Não pode haver portugueses de primeira e portugueses de segunda”, concluiu o também médico que pediu a demissão do secretário regional dos Assuntos Sociais, Jardim Ramos, porque, disse Mário Pereira, “não é possível continuar a liderar o sector de saúde que apresenta a pior perfomance do país”. O número de pessoas na lista de espera de cirurgia subiu 40% desde 2011 na Madeira, região onde o serviço de saúde não tem sistema de gestão de inscritos e demora, em média, três anos a concretizar pedidos. Dados reportados pelas instituições regionais à Direcção Geral de Saúde referem que no espaço de três anos (2010/12) o número de infecções hospitalares aumentou 44% no Hospital Central do Funchal, sendo de 14,4% a taxa registada em 2013, o valor mais alto do país.

Idosa operada
Mulher de 88 anos sofria de um tumor da pele no nariz que lhe deixara um terço da face em carne viva.

Foi operada em Gaia, onde lhe construíram um nariz a partir da pele do antebraço e de osso da bacia.

Maria das Dores Franco punha um penso sempre que saía à rua, em Valadares. "É a curiosidade das pessoas, sabe". Encolhe os ombros naquele jeito que faz descair a cabeça, como quem não pode fazer nada. E semicerra os olhos. Aquilo, o olhar delas, das pessoas, dava-lhe pena.

Mas com essa pena podia ela bem. O medo que tinha de se deitar numa marquesa, de ser adormecida e de, quiçá, não voltar a acordar, esse sim, tolhia-a. Andou dois anos nisto, depois de saber que aquela ferida em carne viva que lhe crescia na cara era um tumor, dos maus. Coisa de pele. Com o tempo, já estava no septo nasal. Com o tempo, invadir-lhe-ia os olhos.

Estudo
Os homens têm maior risco de distúrbios de desenvolvimento neurológico – do cérebro e do sistema nervoso, como por exemplo o...

As estatísticas médicas são claras. O que não era claro era a origem da diferença. Um estudo que analisou milhares de casos demonstrou agora que o motivo da diferença está na genética.

Os cérebros de homens e mulheres têm várias diferenças, e isso vem da fase de desenvolvimento da infância em diante.

E mutações genéticas, ou seja, modificações nos genes, podem criar desordens, distúrbios no desenvolvimento neurológico.

O que se viu agora é que as mulheres têm mais resistência do que os homens quando se trata de acumular mutações genéticas nocivas. Os «defeitos» nos genes que bastam para causar os problemas precisam de estar em bem maior quantidade nas mulheres para produzir o mesmo efeito nocivo nos homens.

«Este é o primeiro estudo de, que modo convincente, demonstra uma diferença a nível molecular entre rapazes e raparigas que foram para uma clínica por conta de um distúrbio de desenvolvimento», afirmou um dos líderes do estudo, Sébastien Jacquemont, da Universidade de Lausanne, na Suíça. O trabalho está publicado na última edição da revista científica American Journal of Human Genetics.

Estudo
Os autores de um novo estudo alertam os cardiologistas e outros profissionais da saúde sobre «lesões cardíacas ocultas»...

Apesar dos airbags salvarem vidas e reduzirem ferimentos, também podem causar lesões e mortes de origem cardíaca e pulmonar, especialmente se o condutor ou passageiro não estiver a usar o cinto de segurança, segundo um estudo publicado no Canadian Journal of Cardiology.

«Lesões cardíacas podem acontecer após a abertura do airbag, mesmo quando não há lesões visíveis no momento da apresentação no hospital, e isso pode incluir lesões cardíacas graves», disse o autor principal do estudo, Rami Khouzam, da University of Tennessee Health Science Center (Memphis, Estados Unidos).

Os principais tipos de lesões cardiovasculares foram: dissecção da artéria aorta, lesão das válvulas cardíacas, ruptura do átrio direito, enfarte do miocárdio, hemopericárdio (acumulação de sangue na membrana em torno do coração) e tamponamento cardíaco.

«As pessoas precisam de estar cientes de que, sentar-se a uma distância menor do que 25 centímetros de onde está localizado um airbag aumenta o risco de lesões, além disso, é necessário utilizar o cinto de segurança», conclui Khouzam.

Recomendado pela National Comprehensive Cancer Network
A National Comprehensive Cancer Network Clinical Practice Guidelines in Oncology recomendou a inclusão do Yondelis em ensaios...

A National Comprehensive Cancer Network (NCCN) Clinical Practice Guidelines in Oncology em neoplasias uterinas recomendou a inclusão do Yondelis em ensaios clínicos para o tratamento de doentes com leiomiossarcoma uterino, já que os dados da actividade deste medicamento nesta indicação (13,9 meses de sobrevivência global) mostram que pode ser útil em doentes que já esgotaram as linhas de tratamento standard.

Os leiomiossarcomas são tumores agressivos e frequentemente difíceis de tratar. O leiomisossarcoma uterino é um sarcoma de tecidos moles que deriva das células dos músculos lisos do útero. Já os sarcomas de tecidos moles são tumores malignos que surgem nas células mesenquimais e são um grupo heterogéneo de tumores representando 0,7% dos tumores malignos.

Geralmente, os sarcomas classificam-se de acordo com a linha de células normais a que mais se parecem. De todos os sarcomas de tecidos moles, cerca de 5 a 10% são leiomiossarcomas e acredita-se que provenham de células musculares lisas das paredes dos pequenos vasos sanguíneos.

A NCCN é uma entidade sem fins lucrativos formada por 23 dos principais centros do mundo dedicados à investigação, educação e cuidado dos doentes com cancro. Os seus principais objectivos são melhorar a qualidade, eficácia e eficiência dos cuidados dos doentes com cancro para melhorar a sua qualidade de vida. Através da liderança e experiência dos profissionais clínicos das instituições membros da NCCN, esta desenvolve recursos que representam informação valiosa para os numerosos interessados em melhorar o sistema de cuidados de saúde. Assim, a NCCN promove a importância da melhoria contínua da qualidade e reconhece a importância da criação de guidelines de prática clínica adequados para uso dos doentes, médicos e outros responsáveis que tomam decisões nos cuidados médicos.

Algumas instituições membros da NCCN foram pioneiras no conceito da abordagem em equipa multidisciplinar no atendimento ao doente e poder assim levar a cabo uma investigação inovadora que contribua significativamente na compreensão, diagnóstico e tratamento do cancro.

 

Sobre PharmaMar

A PharmaMar é uma empresa biofarmacêutica do Grupo Zeltia líder mundial na descoberta, desenvolvimento e comercialização de novos medicamentos de origem marinha contra o cancro. Yondelis é o primeiro medicamento anti-tumoral espanhol, está actualmente aprovado para o tratamento dos sarcomas de tecidos moles em 42 países fora do Espaço Económico Europeu (EEE) e em 31 desses países para o tratamento do cancro do ovário recorrente e platino sensíveis, para além do Brasil. Em 30 países do EEE está também aprovado para o tratamento dos sarcomas de tecidos moles e do cancro do ovário recorrentes platino sensíveis. Yondelis também está em estudo de fase II no cancro da mama e tumores pediátricos. A PharmaMar conta com outros quatro novos compostos em desenvolvimento clínico: Aplidin, Zalypsis, PM01183 e PM060184. A PharmaMar também tem uma excelente carteira pré-clínica de candidatos e um forte programa de investigação e desenvolvimento.

 

Sobre a Zeltia

Zeltia S.A é um grupo biofarmacêutico líder mundial no desenvolvimento de medicamentos de origem marinha aplicados à oncologia. As principais empresas do Grupo Zeltia são a PharmaMar, a empresa biotecnológica líder mundial dedicada ao desenvolvimento de tratamentos contra o cancro através da descoberta e desenvolvimento de medicamentos inovadores de origem marinha; GENOMICA, a primeira empresa espanhola no campo do diagnóstico molecular; Sylentis, dedicada à investigação de aplicações terapêuticas no silenciamento genético (RNAi), e um sector químico composto pela Zelnova e pela Xylazel, duas empresas rentáveis e líderes nos seus respectivos segmentos de mercado.

Autorizada utilização em meio hospitalar
Está autorizada a utilização do ipilimumab em meio hospitalar no tratamento do Melanoma Avançado em doentes adultos previamente...
  • A terapêutica inovadora da Imuno-Oncologia, Ipilimumab, é a primeira e única aprovada que demonstra, no ensaio de Fase III, aleatorizado, prolongar a sobrevivência a longo prazo em alguns dos doentes com tratamento prévio para o melanoma avançado
  • O ipilimumab, uma imunoterapia inovadora, é o primeiro e único tratamento aprovado que demonstrou sobrevivência a longo prazo em doentes previamente tratados para o melanoma avançado num ensaio de fase III aleatorizado
  • Em Portugal os doentes com melanoma avançado (irressecável ou metastático) previamente tratados podem agora ter acesso a um dos avanços no tratamento desta doença mais significativos nos últimos 30 anos
  • O ipilimumab ilustra o enfoque da Bristol-Myers Squibb na Imuno-Oncologia, um novo paradigma no tratamento do cancro que modula directamente o sistema imunitário em diversos tipos de cancro

A Bristol-Myers Squibb (BMS) anuncia que o INFARMED, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, autorizou, para utilização em meio hospitalar no tratamento do Melanoma Avançado em doentes adultos previamente tratados, o medicamento YERVOY® (ipilimumab), uma imunoterapia inovadora que vem preencher uma lacuna existente nesta área terapêutica . Esta decisão é saudada pela Bristol-Myers Squibb e médicos envolvidos no tratamento e na assistência de doentes que lidam com esta doença devastadora, onde a esperança média de vida através da quimioterapia convencional é de apenas seis a nove meses.·[i]

A decisão tomada pelo Infarmed simboliza um importante marco no tratamento do melanoma avançado. Os resultados que temos vindo a alcançar para o tratamento do melanoma avançado através de tratamentos standard como a quimioterapia e a radioterapia têm sido extremamente fracos. O Ipilimumab, que potencia a resposta do sistema imunitário para procurar e destruir as células do melanoma, é a primeira e única terapia a demonstrar a sobrevivência a longo prazo, em alguns doentes.

Aprovado na Europa em Julho de 2011, o ipilimumab representa um dos avanços mais significativos no tratamento de melanoma avançado nos últimos 30 anos. [ii] É o primeiro e único tratamento aprovado que demonstra o benefício de prolongar a vida dos doentes previamente tratados para o melanoma avançado, num ensaio de fase III aleatorizado. [iii] As taxas de sobrevivência estimadas nos ensaios para um e dois anos de tratamento com Ipilimumab foram de 46% e 24% respectivamente, o que representa quase o dobro do controle, com alguns doentes vivos após 3, 4 anos de tratamento.iv No estudo, a mediana da sobrevivência global foi de 10 meses (IC 95%: 8,0 - 13,8) para o YERVOY e de 6 meses (IC 95%: 5,5 - 8,7) para o braço de controlo gp100. No Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica, em Outubro de 2012, para além da apresentação do crescente número de dados de sobrevivência a longo prazo para o Ipilimumab no tratamento de melanoma metastático, também foram apresentados os resultados de cinco anos de acompanhamento de três estudos de fase 2. [iv]

Os tipos de acontecimentos adversos atribuídos ao YERVOY relacionam-se geralmente com o seu mecanismo de acção (imunitário). YERVOY pode resultar em reacções adversas graves e fatais relacionadas com o mecanismo de acção imunitário devido à activação e proliferação de células-T. Os acontecimentos adversos associados ao YERVOY são geridos utilizando as normas orientadoras específicas, que incluem a administração de corticosteróides sistémicos, interrupção/descontinuação da dose e/ou outros agentes imussupressores. Orientações de tratamento descritas no resumo de características do medicamento (RCM), que incluem a interrupção/descontinuação (novo RCM prevê atraso de dose para gestão das reacções adversas imunitárias), administração de corticosteróides sistémicos, e/ou outros imunossupressores.

O Ipilimumab representa um passo de mudança genuíno no tratamento do melanoma avançado. A possibilidade de acesso a um novo medicamento que tem o potencial de prolongar a vida é um passo encorajador para estes doentes e para os familiares de quem sofre desta devastadora doença. A aprovação do Ipilimumab é uma óptima notícia para os doentes, para as suas famílias e para os médicos que tratam estes doentes em Portugal.

A aprovação pelo Infarmed para a utilização do Ipilimumab em meio hospitalar no tratamento de melanoma avançado em doentes adultos previamente tratados segue-se ao acesso ao tratamento com o ipilimumab num número crescente de países Europeus, incluindo Áustria, Bélgica, Dinamarca, Inglaterra, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Escócia, Espanha, Suécia, Suíça e País de Gales.

Historicamente, a cirurgia, a radiação e a terapia dirigida por citotóxicos têm sido o pilar do tratamento na maioria dos cancros avançados [v]. Contudo, a sobrevivência a 5 anos, continua baixa para muitos doentes com tumores sólidos avançados [vi]. A Imuno-Oncologia, que utiliza a capacidade natural do sistema imunitário do doente para combater o cancro [vii], tem sido reconhecida como uma nova modalidade terapêutica, com potencial de prolongar a sobrevivência a longo prazo.

A Imuno-Oncologia, uma abordagem inovadora com evolução rápida no tratamento do cancro, que se foca em agentes que trabalham directamente com o sistema imunitário do corpo para combater as células do tumor, tornou-se uma área prioritária de pesquisa e desenvolvimento da BMS. A companhia está comprometida em conseguir avanços neste importante campo de investigação, com o objectivo último de melhorar os outcomes dos doentes e a sobrevida a longo prazo de entre uma extensa variedade de cancros. O ipilimumab representa o primeiro composto aprovado do nosso robusto pipeline na área da Imuno-Oncologia.

 

Sobre o Melanoma Metastático

O melanoma é um tipo de cancro da pele caracterizado pelo crescimento descontrolado das células produtoras de pigmentos (melanócitos) localizadas na pele [viii]. O melanoma avançado é a forma mais mortal e ocorre quando o cancro se dissemina para além da superfície da pele, invadindo outros órgãos, nomeadamente os gânglios linfáticos, pulmões, cérebro ou outras partes do corpo [ix]. Algumas células cancerígenas conseguem evitar a vigilância do sistema imunitário, o que permite a sobrevivência do tumor [x].

O melanoma tem maior probabilidade de cura quando tratado nos estadios iniciais [xi]. No entanto, no melanoma avançado, a taxa média de sobrevivência é de apenas 6 meses, com taxas de mortalidade a um ano de 75%, tornando-o numa das formas mais agressivas de cancro. Ao contrário da maioria dos outros tumores sólidos, o melanoma afecta os mais jovens e pessoas de meia-idade. A mediana da idade de diagnóstico do melanoma é de 57 anos e a mediana da idade da morte é aos 67 anos [xii]. Todos os anos, surgem 1000 novos casos de melanoma em Portugal.

 

Sobre o Yervoy (Ipilimumab)

O ipilimumab é um anticorpo monoclonal humano recombinante, que bloqueia a actividade do antigénio-4 associado aos linfócitos T citotóxicos (CTLA-4). O CTLA-4 desempenha um papel crucial na regulação da resposta imunitária natural, através do envio de sinais inibitórios às células T. O ipilimumab liga-se ao CTLA-4 e bloqueia a sua interacção com os seus ligandos CD80/CD86. O bloqueio da actividade do CTLA-4 aumenta a activação e proliferação das células T. O mecanismo de acção de YERVOY nos doentes com melanoma é indirecto, possivelmente através das respostas imunitárias anti-tumoral mediadas pelas células T.

O ipilimumab é a primeira imunoterapia indicada no tratamento do cancro a ser aprovada pela FDA. Nos doentes com melanoma, o mecanismo de acção do ipilimumab é indirecto, através de uma resposta imunitária anti-tumoral mediada pelas células [iv].

A 25 de Março de 2011, a Autoridade Americana do Medicamento (FDA) aprovou o ipilimumab para o tratamento de doentes com melanoma avançado irressecável ou metastático.

Em Julho de 2011, a EMA, Agência Europeia de Medicamentos, aprovou o ipilimumab para o tratamento de doentes adultos com melanoma avançado irressecável ou metastático previamente tratados.

Em Novembro de 2013, a Comissão Europeia aprovou YERVOY® (ipilimumab) para uso em primeira linha de tratamento em doentes adultos com melanoma avançado (irresecável e metastático).

O perfil de segurança do ipilimumab é considerado estar relacionado com o seu mecanismo de acção enquanto imunoterapia. No ensaio clínico piloto de Fase 3, em doentes adultos previamente tratados, os acontecimentos adversos relacionados com o fármaco foram maioritariamente acontecimentos adversos imunitários (irAEs), que ocorreram em aproximadamente 60% dos doentes tratados com ipilimumabiv. Os acontecimentos adversos imunitários descritos até à data incluem gastrointestinais, cutâneos, hepáticos, endocrinológico e sistema nervoso [xiii]. Os acontecimentos adversos mais frequentemente notificados (>=10% dos doentes) incluíram diarreia, erupção cutânea, prurido, fadiga, náuseas, vómitos, diminuição do apetite e dores abdominais iv. A maioria dos acontecimentos foram ligeiros a moderados. O diagnóstico precoce e uma gestão apropriada dos acontecimentos adversos usando normas orientadoras estabelecidas específicas do produto (referidas no RCM) são essenciais para minimizar as complicações xiv.

 

Sobre a Bristol-Myers Squibb

A Bristol-Myers Squibb é uma empresa Biofarmacêutica global cuja missão consiste em descobrir, desenvolver e disponibilizar medicamentos inovadores que ajudem os doentes a vencer doenças graves.

 

[i] Korn E et al. Meta-analysis of phase 2 cooperative group trials in metastatic stage IV melanoma to determine progression-free and overall survival benchmarks for future phase 2 trials. J Clin Oncol 2008;26:527-534.

[ii] Eggermont A and Robert C. New drugs in melanoma: it’s a whole new world. European J Cancer 2011; 47:2150-57.

[iii] Hodi FS et al. Improved survival with ipilimumab in patients with metastatic melanoma. N Engl J Med 2010; 363:711-23.

[iv] Lebbe C, Weber JS, Maio M, et al. Five-year survival rates for patients (pts) with metastatic melanoma (mm) treated with ipilimumab (ipi) in phase II trials. Presented at: 37th European Society of Medical Oncology 2012 Congress; September 28–October 2, 2012; Vienna, Austria. Abstract 1116. Available at: http://abstracts.webges.com/viewing/view.php?congress=esmo2012&congress_id=370&publication_id=607 Last accessed May 2013

[v] DeVita VT, Rosenberg SA. N Engl J Med. 2012:366:2207-2214.

[vi] Surveillance, Epidemiology and End Results (SEER) Program. Available at: http://seer.cancer.gov Last accessed May 2013

[vii] Borghaei H, Smith MR, Campbell KS. Eur J Pharmacol 2009;625:41-54.

[viii] Skin Cancer Foundation. What is melanoma? Available at http://www.skincancer.org/Melanoma. Last accessed May 2013

[ix] SkinCancerNet. Melanoma: How it returns, where it spreads. Available at: http://www.skincarephysicians.com/skincancernet/melanoma_returns.html. Last accessed May 2013

[x] Ryungsa K, Manabu E and Kazuaki T, Cancer immunoediting from immune surveillance to immune escape, Immunology 2007 May; 121(1): 1–14

[xi] American Cancer Society. Melanoma skin cancer. Can melanoma be found early? Available at: http://www.cancer.org/cancer/skincancer-melanoma/detailedguide/melanoma-skin-cancer-detection. Last accessed May 2013.

[xii] Markovic SN et al. Malignant melanoma in the 21st century, part 1: epidemiology, risk factors, screening, prevention, and diagnosis. Mayo Clin Proc. 2007;82:364-380.

[xiii]http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/medicines/human/medicines/002213/human_med_001465.jsp&mid=WC0b01ac058001d124 Last accessed: May 2013

 

A- Robert C, Thomas L, Bondarenko I et al. Ipilimumab plus dacarbazine for previously untreated metastatic melanoma. N Engl J Med. 2011 30;364(26):2517-26.

B-Patt D. et al, Eur J Canc Suppl 2013; 49 (suppl 2): abstract 3751

C- Margolin K et al, Eur J cancer, 2013; 49 (supp): abstract 3742

 

Durante todo o mês de Março
Sensibilizar a população para a importância de aquisição de hábitos correctos de higiene e saúde oral é o objectivo da 15ª...

No âmbito desta iniciativa de responsabilidade social lançada em 2000, a Colgate, empresa líder em produtos de higiene oral, promove hábitos correctos de higiene oral e a prevenção de problemas de saúde bucal através da realização de rastreios gratuitos em Lisboa e Madrid.

Estes check-ups dentários gratuitos serão realizados numa carrinha Colgate, equipada com todos os equipamentos necessários à eficaz e bem-sucedida observação de rotina à população. Estacionada em Lisboa em diferentes pontos da cidade entre 12 e 16 de Março, a carrinha conta com Profissionais em Saúde Oral para a realização de check-ups dentários gratuitos, consultas gratuitas e para responder às dúvidas dos utentes.

Complementando os check-ups realizados na carrinha, os consumidores poderão também fazer check-ups dentários em diferentes pontos de venda em todo o país ao longo do mês de Março. Para além da observação realizada pelos Profissionais e da identificação dos problemas dentários, as pessoas serão aconselhadas sobre as boas práticas de higiene oral e sobre eventuais necessidades para prevenção de problemas de saúde.

Com o objectivo de sensibilizar e educar as famílias para a importância de uma boa saúde e higiene oral, e durante todo o mês de Março, esta iniciativa da Colgate é complementada com a oferta diária de 250€ em tratamentos dentários e de centenas de produtos, iniciativas centradas no site e no Facebook da Colgate Portugal.

Como participar?

Para se habilitar aos 250€ diários em tratamentos dentários, basta comprar dois produtos da marca Colgate e registar-se, indicando o número do talão de compra no site do passatempo: www.colgate.pt

Para ganhar um dos kits de produtos Colgate, siga a página de Facebook da Colgate Portugal e participe no jogo ‘Quem quer um sorriso premiado?’.

 

Calendário do consultório móvel Colgate em Lisboa:

12 de Março – Junto ao Amoreiras Shopping Center, Lisboa

13 de Março – Praça Duque de Saldanha, Lisboa

14 de Março – Praça do Oriente, Parque das Nações, Lisboa

15 de Março – Praça D. Pedro IV – Rossio, Lisboa

16 de Março – Hipermercado Jumbo de Cascais

 

Sobre a Colgate

A Colgate é uma marca de produtos de higiene oral, entre os quais dentífricos, escovas de dentes, fio dentário e elixir pertencente ao grupo Colgate-Palmolive. A marca nasceu em 1806 quando William Colgate iniciou a comercialização de amido, sabão e velas. Actualmente, a Colgate está presente em mais de 200 países com vendas que ultrapassam os 15 mil milhões de dólares.

As principais áreas de negócio do grupo Colgate-Palmolive são: Cuidados de Higiene Oral, Cuidados de Higiene Pessoal, Produtos para a Casa e Produtos para Animais.

A nova Labesfal Genéricos é 100% nacional
Depois da aquisição recente por empresários nacionais, a empresa Labesfal Genéricos é agora 100% portuguesa e aposta num novo...

A estratégia da Labesfal Genéricos é consolidar o mercado interno e, em simultâneo, reforçar a aposta na internacionalização com vista ao crescimento. A criação de novos postos de trabalho, o incremento do portfólio, a entrada de novas moléculas e as novas instalações em Lisboa foram os primeiros passos da nova Labesfal Genéricos.

A Labesfal Genéricos assume um novo posicionamento e tem como objectivo ajudar Portugal e os portugueses a cuidar do Futuro. “Cuidamos do Futuro” é aliás a nova assinatura da empresa, que apresenta também uma nova imagem inspirada nos azulejos típicos, uma associação à tradição e, ao mesmo tempo, à inovação, sendo transversal a todos os portugueses e funcionando ainda como imagem de marca no estrangeiro. O azul e o branco, cores características dos azulejos, são as cores da identidade gráfica da Labesfal Genéricos. Esta nova imagem tem em conta o passado da empresa, uma das pioneiras no mercado de genéricos nacional, que mantém até hoje no seu ADN toda a tradição e experiência nessa área.

«O relançamento da empresa é uma aposta na nossa tradição, na tradição de levar qualidade e possibilidade de escolha aos portugueses. A nível nacional queremos consolidar a nossa posição no top 10 das empresas de genéricos. Para isso, vamos dar aos portugueses mais e melhores medicamentos, com incremento substancial do portfólio Labesfal Genéricos e assim assegurando alternativas de qualidade, segurança e eficácia para todos os utentes», explica Ismael Gomes, director-geral da empresa.

Com mais de uma centena de referências distribuídas por sete áreas terapêuticas (área cardiovascular, sistema nervoso central, anti-infecciosos e anti-histamínicos, entre outros), a Labesfal Genéricos tem um dos maiores portfolios no mercado dos genéricos e está apostada em aumentá-lo já este ano.

O crescimento da empresa passa também por uma estratégia de internacionalização: Angola e Cabo Verde foram os dois primeiros mercados de exportação da Labesfal Genéricos, seguindo-se o Iraque, a Líbia e a Costa do Marfim. Nos próximos dois anos, o investimento será nos mercados sul-americanos, onde se destacam a Colômbia, Peru e Venezuela.

Desde a nova reestruturação da empresa, a Labesfal Genéricos tem vindo a desenvolver uma estrutura que permite a sustentação competitiva da recém-criada companhia a enfrentar os desafios previstos para 2014. Foram criados novos postos de trabalho e novas instalações em Lisboa, completando assim a primeira fase do plano estratégico da empresa.

 

Sobre a Labesfal Genéricos

A Labesfal Genéricos é uma empresa 100% portuguesa que aposta numa saúde de qualidade. Em 2003 iniciou a sua actividade dentro do Grupo Labesfal SA, tendo integrado a Fresenius Kabi em 2005. Em Julho de 2013, deu-se o spin-off do segmento de genéricos, passando este a ser controlado por parte da família Almiro Coimbra e pela empresa Virtuoso. Mantendo um portfólio completo de medicamentos genéricos de grande qualidade a um preço acessível, a Labesfal Genéricos renova a vontade de continuar a crescer em Portugal e de se lançar nos mercados internacionais. Com este novo posicionamento, a Labesfal Genéricos acredita que está a ajudar Portugal e os portugueses a cuidar do Futuro. “Cuidamos do Futuro” é aliás a nova assinatura da empresa que demonstra a ambição de evoluir, crescer e levar os produtos Labesfal Genéricos além-fronteiras, sem nunca esquecer a tradição de apostar em medicamentos de qualidade e em evoluir pela saúde de todos.

Enfermeiros:
A Unidade de Farmacovigilância ligada à Associação para a Investigação Biomédica e Inovação em Luz e Imagem (AIBILI) e a Secção...

Está matéria reveste-se de particular importância para os enfermeiros considerando que, no desempenho das suas funções, são responsáveis pela administração de medicamentos e monitorização dos efeitos da mesma, sendo indispensável o seu envolvimento na notificação de reacções adversas a medicamentos aos Centros de Farmacovigilância.

Para a Enfermeira Isabel Oliveira, presidente do Conselho Directivo Regional da Secção Regional do Centro (SRC), os enfermeiros estarão, assim, a colaborar activamente na garantia da segurança dos doentes e na monitorização contínua das relações beneficio-risco dos medicamentos.

A Unidade de Farmacovigilância do Centro (UFC), sedeada em Coimbra e ligada à AIBILI, vai emitir trimestralmente um boletim de farmacovigilância que a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros se compromete a fazer chegar a cada um dos seus 14 mil membros.

O primeiro número do Boletim de Farmacovigilância, actualizações de segurança de medicamentos, foi publicado no dia 12 de Fevereiro e será divulgado em breve a todos os enfermeiros da Secção Regional do Centro, na sequência da celebração deste acordo.

A divulgação deste boletim pretende estimular uma cultura de notificação das suspeitas de reacções adversas a medicamentos, refere a Enfermeira Isabel Oliveira.

Outro dos objectivos é a difusão dos alertas de segurança, com particular preocupação pelas atitudes a tomar pelos profissionais de saúde, bem como os resultados da actividade de farmacovigilância.

Para a Secção Regional do Centro, esta publicação trimestral representa um contributo para a valorização científica dos enfermeiros e para o garante da qualidade e segurança dos cuidados prestados à população.

O acordo, celebrado este mês pelo Coordenador da UFC, Prof. Doutor Batel Marques, e pela presidente da SRC da Ordem dos Enfermeiros (OE), Enfermeira Isabel de Oliveira, tem a duração de um ano, renovável.

A Enfermeira Isabel Oliveira passa também a integrar o Conselho Científico da Unidade de Farmacovigilância do Centro (UFC).

No âmbito do Dia Internacional para as Doenças Raras
Assinala-se hoje o Dia Internacional das Doenças Raras e para lembrar a efeméride é lançado um livro inédito em Portugal sobre...

Um grupo de médicos de diferentes especialidades reuniu-se para redigir um livro inédito em Portugal com recomendações sobre meios de diagnóstico e avanços recentes no tratamento da Esclerose Tuberosa, uma doença genética rara.

Coordenado pelo Grupo Português Génito-Urinário, o livro “Esclerose Tuberosa, Angiomiolipomas e Everolimus” vai ser apresentado hoje [28 de Fevereiro], Dia Internacional das Doenças Raras, pelas 19h00, nas instalações da Ordem dos Médicos, em Lisboa. A apresentação estará a cargo de Fernando Calais da Silva, presidente do Grupo Génito-Urinário, e editor da obra.

Quando se manifesta a Esclerose Tuberosa pode provocar epilepsia, autismo ou défice cognitivo. Consiste num distúrbio genético que se traduz no desenvolvimento de tumores benignos em órgãos vitais como o coração, olhos, cérebro, rins, pulmões e pele. O crescimento destes tumores revela um comportamento agressivo porque ameaça a função dos órgãos atingidos. Dois terços dos diagnósticos são novos casos da doença sem antecedentes familiares, e um terço são casos hereditários.

O Grupo Português Génito-Urinário dedica-se ao estudo e desenvolvimento científicos, e ao apoio do doente com patologias no trato génito-urinário em Portugal. Fundado há 30 anos, o Grupo conta actualmente com 350 membros permanentes de várias especialidades, tendo vindo a desenvolver inúmeros trabalhos científicos, onde se contam a publicação de livros, e reuniões de formação. Tem igualmente promovido congressos e workshops com a presença de membros dos mais conceituados hospitais, tanto nacionais como internacionais.

A Esclerose Tuberosa é uma doença rara para a qual ainda não se conhece cura, havendo porém medicamentos disponíveis para o tratamento dos diferentes sintomas. As manifestações e prognóstico variam de caso para caso, em função dos órgãos envolvidos e da gravidade dos sintomas, sendo os mais comuns, as alterações cutâneas e convulsões, que se desencadeiam à nascença e se vão agravando durante a infância. Os tumores benignos cerebrais e renais são também frequentes, e comportam risco de vida para os doentes.

De acordo com a Associação de Esclerose Tuberosa em Portugal (AETN), a Esclerose Tuberosa afecta cerca de 1600 pessoas em Portugal, e muitos casos não têm diagnóstico correcto da doença. Criada com o objectivo de apoiar familiares e doentes de Esclerose Tuberosa, a AETN trabalha para a sensibilização da sociedade em geral, ao mesmo tempo que defende e valoriza o interesse da comunidade médica na partilha de conhecimento sobre a doença, para garantir o acesso dos doentes a terapêuticas de qualidade, contribuindo para o aumento da sua qualidade de vida.

As recomendações deste grupo de especialistas introduzem orientações sobre os avanços recentes no tratamento da doença, e resultam de um trabalho exaustivo de análise e discussão sobre a complexidade dos meios de diagnóstico e terapêuticas na Esclerose Tuberosa, consequência da sua variabilidade de apresentação, que implica o contributo de várias especialidades médicas. A obra tem o apoio da Novartis.

 

Estudo hispano-italiano
Juntar o consumo de morangos à dieta diária pode ajudar a reduzir os níveis de mau colesterol.

Os níveis de mau colesterol podem ser reduzidos com o consumo diário de morangos. Esta é a conclusão de um estudo hispano-italiano, publicado esta semana no Journal of Nutritional Biochemistry.

Uma equipa de cientistas espanhóis e italianos descobriu que consumir diariamente morangos pode ajudar a reduzir os níveis de mau colesterol. Os cientistas concluíram também que o consumo regular deste fruto ajuda a reduzir os triglicéridos no sangue.

Para a investigação, os cientistas usaram 23 voluntários que, durante o período de um mês, ingeriram 500 gramas de morangos por dia. Antes, submeteram-se a um vasto processo de análises de forma a conhecer os seus níveis de mau colesterol e triglicéridos. No final do tempo de experiência, foi possível detectar que os níveis no sangue tinham baixado: uma queda de 8,78% no colesterol total, de 13,72% no mau colesterol e de 20,8% nos triglicéridos. Além destes valores, o consumo diário de morangos melhorou os índices de antioxidantes no corpo. Quando os voluntários deixaram de consumir os morangos, os valores colesterol e triglicéridos tinham voltado aos anteriores.

Os benefícios dos morangos têm sido tema de estudos científicos e são vários os que defendem que a ingestão deste fruto ajuda a prevenir ataques cardíacos, a proteger contra a obesidade e a melhor as capacidades cognitivas.

Este estudo hispano-italiano foi publicado esta semana no Journal of Nutritional Biochemistry.

1 de Março
Quarenta apresentações de 26 medicamentos vão deixar de ser comparticipadas pelo Estado a partir de 1 de Março.

A lista de medicamentos que vão deixar de ser comparticipados pelo Estado foi tornada pública no site do Infarmed. O governo justifica-o com não haver vantagem mas os farmacêuticos ouvidos pelo jornal iOnline dizem que na lista há medicamentos bastante prescritos, por vezes a doentes crónicos. É o caso de medicação usada para controlar espasmos intestinais, das ampolas de magnésio e das pomadas para hemorróidas. Perdem também comparticipação anti-inflamatórios em pomada ou gel. Em alguns casos eram os únicos medicamentos do mesmo tipo que mantinham comparticipações. Eram todas de 37%, pelo que será essa a diferença que os utentes irão sentir na carteira.

A existência de alterações nas comparticipações foi anunciada no preâmbulo de uma portaria publicada sexta-feira, entretanto rectificada após terem sido detectados lapsos que descomparticipariam ainda mais medicamentos. O diploma referia que, após comparação com seis países europeus, se identificaram medicamentos em que não há “prova da sua eficácia relativa em termos susceptíveis de justificar a continuidade da sua comparticipação pelo Serviço Nacional de Saúde ou de não justificar a comparticipação nos termos em que vinha ocorrendo”. A tutela acrescentou ao iOnline que a revisão visa reforçar a coerência do sistema e não poupanças. Segundo informou o ministério, em causa estão medicamentos cuja comparticipação representou 0,5% da despesa do SNS com remédios vendidos nas farmácias em 2013. Com base nos dados do Infarmed, terão custado mais de 5 milhões.

Veja aqui a lista de medicamentos descomparticipados.

Aborto espontâneo
As grávidas que são fumadoras passivas podem correr o risco de perda do bebé, indica uma pesquisa divulgada pelo jornal Tobacco...

Segundo o jornal Tobacco Control, o tabagismo passivo pode levar a aborto espontâneo, morte fetal e gravidez ectópica ou tubária, que é uma gravidez anormal que ocorre fora do útero, em que normalmente o bebé não consegue sobreviver.

“Este estudo demonstrou que os resultados da gravidez podem ser correlacionados com o tabagismo passivo. Significativamente, as mulheres que nunca fumaram, mas que foram expostas ao fumo passivo correram maior risco de perda fetal”, disse o investigador principal do estudo, Andrew Hyland, que preside ao Departamento de Saúde Comportamental em Nova Iorque, citado pela publicação.

Estudos anteriores sobre a matéria estabelecerem a relação entre fumar durante a gravidez e os três resultados de perda fetal – o aborto espontâneo ou natural (perda de um feto antes de 20 semanas de gestação), nado-morto (perda de um feto depois de 20 ou mais semanas de gestação) e gravidez ectópica tubária –, as evidências do risco à exposição do fumo passivo eram limitadas.

Os resultados demonstram que as mulheres com os mais altos níveis de exposição ao fumo de cigarros - apesar de elas mesmas nunca terem fumado - tiveram significativamente maiores estimativas de risco para todos os três resultados adversos da gravidez, concluem os pesquisadores.

Os riscos que as mulheres grávidas fumadoras passivas, submetidas ao estudo, correram aproximaram-se ao observado em mulheres que fumam, incluindo aquelas que fumaram mais de 100 cigarros durante toda a vida. Também foram avaliados adultos que se expuseram ao fumo dentro de casa por mais de 20 anos e adultos que se submeteram a ambientes de fumadores no trabalho por mais de 10 anos.

“Este estudo oferece novas informações para as mulheres em relação ao impacto que o fumo passivo pode ter sobre os resultados reprodutivos e a sua capacidade de ter uma gravidez com sucesso”, disse Andrew Hyland.

“O objectivo do estudo também é fornecer aos profissionais de saúde pública e outras informações sobre quais as orientações de saúde e as consequências significativas de fumo passivo”, acrescentou o investigador.

De acordo com jornal Tobacco Control, o estudo é igualmente importante, por um lado, por levar em consideração a exposição dos participantes ao fumo, tanto na infância, como na idade adulta, e não apenas durante a gravidez, ou somente após os anos do período de gestação.

Os pesquisadores compararam também o grupo de mulheres não fumadoras com as que nunca se expuseram a ambientes de fumadores, criando assim um grupo verdadeiramente de controlo se comparado aos estudos anteriores, refere a publicação.

A pesquisa abrangeu 80.762 mulheres, número que representa uma das maiores amostras neste tipo de pesquisa.

“Os participantes vieram de várias áreas geográficas e têm várias origens étnicas, educacionais e socioeconómicas. Isso permitiu uma avaliação abrangente de informações detalhadas sobre as exposições, resultados e potenciais factores de confusão”, considerou o co-autor do estudo Jean Wactawski-Wende, docente no Departamentos de Medicina Preventiva e Social, Ginecologia e Obstetrícia na Universidade de Buffalo, em Nova Iorque.

Incluiu agora intervenção precoce no cancro oral
A Direcção-Geral da Saúde emitiu, no passado dia 25 de Fevereiro, uma Norma sobre o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral...

De acordo com o documento, “este alargamento traduz-se na possibilidade de emissão de um cheque-diagnóstico”.

População Alvo:

- Utentes pertencentes ao grupo de risco: homens fumadores, com idade igual ou superior a 40 anos e com hábitos alcoólicos.

- Identificação de lesões na cavidade oral por queixa do utente ou observação do médico de família.

- Utentes com queixas de dor, lesões ou alterações da cor ou da superfície da mucosa oral ou aumentos de volume não habituais de estruturas da cavidade oral ou vias aéreas superiores, parestesia oral ou perioral.

Objectivos

- Aumentar a sobrevivência por cancro oral aos cinco anos após o diagnóstico de cancro oral nos indivíduos pertencentes ao grupo de maior risco abrangidos pelo presente projecto, ultrapassando em cinco pontos percentuais o actual valor, tendo por referência a média europeia.

- Utilizar de forma eficiente toda a capacidade instalada em serviços públicos e/ou privados para o diagnóstico diferencial de lesões potencialmente malignas ou malignas da cavidade oral e para uma intervenção terapêutica precoce, num período de tempo o mais curto possível.

Esta Norma da DGS, a segunda emitida pela DGS em 2014, tem como principais destinatários as Administrações Regionais de Saúde e Médicos de Família, Médicos Dentistas ou Médicos Estomatologistas aderentes ao Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO), Laboratório de Referência e IPO.

O documento pode ser consultado na íntegra aqui.

Com tendência decrescente
A actividade gripal em Portugal na última semana foi moderada, com tendência decrescente, segundo o boletim de vigilância...

Na semana de 17 a 23 de Fevereiro, a taxa de incidência da síndroma gripal foi de 42,8 casos por cada 100.000 habitantes, abaixo da taxa de 45,6 verificada na semana anterior.

Segundo o relatório do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA), na semana passada apenas foram reportados dois novos casos de admissão por gripe nos cuidados intensivos dos 16 hospitais portugueses que contribuem com informação para esta vigilância epidemiológica.

O relatório indica ainda que predomina a circulação do vírus da gripe do tipo A e que os vírus da gripe detectados são semelhantes às estirpes que integram a vacina antigripal 2013/2014.

Desde 1990 que a Rede Médicos-Sentinela realiza a vigilância epidemiológica, semanal, da síndroma gripal, em colaboração com o Centro Nacional da Gripe. Até 1999, na Direcção-Geral da Saúde e, a partir daí, no Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

Este programa, que se inicia no princípio de Outubro e termina em Maio do ano seguinte, integra as componentes clínica e laboratorial da vigilância. A vigilância clínica ocorre, semanalmente, durante todo o ano.

Tutela diz não haver razão para alarme
Um caso de tuberculose detectado numa escola da Praia da Vitória, na ilha Terceira, Açores, obrigou ao rastreio de 312 pessoas....

Segundo Armando Almeida, director regional da Saúde, foram realizadas “312 provas de tuberculina” na Escola Básica Integrada Francisco Ornelas da Câmara na sequência do “diagnóstico de um caso de tuberculose”.

“Na sequência de um procedimento de doenças de declaração obrigatória, foi notificada à Delegação de Saúde da Praia da Vitória a existência de um caso de tuberculose e foram tomadas as medidas habituais para esta situação”, explicou o responsável. Armando Almeida explicou que foram “lidos”, os resultados das 312 provas de tuberculina “sem notificações de novos casos”, referindo que “alguns utentes vão ser encaminhados para fazer exame radiológico”.

“Não há nenhuma razão para qualquer tipo de alarmismo”, disse, sublinhando que o rastreio "está a seguir o seu procedimento normal".

O presidente do conselho executivo da escola, Rodolfo França, informou que “não há conhecimento” de outros casos, quer no corpo docente, discente ou nos alunos relacionados com a doença diagnosticada a um professor, que se encontra de baixa médica há um mês.

O director regional da Saúde referiu ainda que os Açores já integram o sistema nacional de notificação da tuberculose coordenado pela Direcção-Geral da Saúde, depois de ter sido noticiado, em Dezembro do ano passado, que o arquipélago era a única região do país que não o usava.

“Neste momento, a região tem todos os casos já introduzidos nesse sistema informático”, acrescentou Armando Almeida, explicando que “logo” que tomou conhecimento “do problema”, foram tomadas as “diligência necessárias” para a implementação do referido sistema.

Em 2012 foram registados 18 casos de tuberculose nos Açores, em 2011 tinham sido 29 e no ano anterior 18. Segundo o director regional da Saúde, ainda não há dados relativos a 2013.

A tuberculose é uma doença causada pelo Mycobacterium tuberculosis, transmissível por via aérea, que tem como principais sintomas tosse prolongada, febre, dores no tórax, apatia e falta de apetite.

Estudo indica:
As crianças cujos pais são mais velhos têm maior risco de sofrer de problemas psiquiátricos e de dificuldades de aprendizagem,...

Investigadores da Universidade de Indiana, no norte Estados Unidos, e do Instituto Karolinska, em Estocolmo, analisaram dados médicos sobre 2,6 milhões de pessoas nascidas na Suécia entre 1973 e 2001. Constataram uma “ligação muito forte” entre a idade avançada do pai, à nascença, e o desenvolvimento de doenças como transtorno bipolar, esquizofrenia e de problemas como o défice de atenção ou o autismo.

Comparando com uma criança nascida quando o pai tem 24 anos, uma que nasce quando o progenitor tem 45 terá 3,5 vezes maior risco de sofrer de autismo e 13 vezes mais probabilidade de ter problemas de atenção.

O risco de ser bipolar será 25 vezes maior e a probabilidade de ter um comportamento suicida e problemas de droga mostra-se 2,5 vezes mais elevada.

“Ficámos espantados com os resultados deste estudo. As associações com a idade paterna foram muito, muito maiores do que as observadas em estudos anteriores”, afirmou Brian D'Onofrio, professor de psicologia da Universidade de Indiana e principal autor do trabalho publicado no Journal of the American Association Psychiatry.

Os investigadores tiveram também em conta o nível de formação e os rendimentos dos pais, factores que podem contrabalançar os efeitos negativos de uma paternidade tardia.

Nos últimos 40 anos, a idade média para ter filhos tem aumentado constantemente quer para os homens quer para as mulheres.

Em Portugal, dados do Instituto Nacional de Estatística relativos às mulheres mostram que a idade média ser mãe do primeiro filho passou dos 26,5 anos em 2000 para 29,5 em 2012. Em relação ao pai não existem dados estatísticos que permitam perceber a idade média ao nascimento do primeiro filho.

Estados Unidos
Um tumor cerebral raro causou o crescimento de dentes no cérebro de um rapaz de quatro anos nos Estados Unidos, um caso inédito...

Após ter sido removido o tumor, o rapaz, que tem um “inédito craniofaringioma”, ficou bem de saúde e os médicos afirmam que este caso lança luz sobre a forma como estes tipos de tumores raros se desenvolvem, refere a publicação Live Science, que cita o relatório.

Os médicos começaram a suspeitar que algo podia estar errado com o menor quando notaram que a sua cabeça parecia estar a crescer mais rapidamente do que é normal para alguém daquela faixa etária, revela o Diário de Notícias.

“A varredura do cérebro revelou um tumor que contém estruturas que pareciam muito semelhantes aos dentes normalmente encontrados no maxilar inferior. A criança passou por uma cirurgia no cérebro para remover o tumor, durante a qual os médicos constataram que o tumor continha vários dentes totalmente formados, de acordo com o relatório”, refere a Live Science, uma publicação online especializada.

O neurocirurgião Narlin Beaty, da Universidade de Maryland Medical Center, que realizou a cirurgia juntamente com o seu colega do Centro de Johns Hopkins Children, Edward Ahn, disse à Live Science que os pesquisadores sempre suspeitaram que estes tumores se formam a partir das mesmas células encontradas no desenvolvimento de dentes, mas, até agora, os médicos nunca tinham visto dentes reais nestes tumores.

“Não é todos os dias que se vêem dentes em algum tipo de tumor no cérebro. É um craniofaringioma, é inédito”, resumiu Narlin Beaty, assinalando que o caso do rapaz de quatro anos fornece mais evidências de que, de facto, o craniofaringioma se desenvolve a partir de células que formam os dentes.

De acordo com o Instituto do Cancro do Estado norte-americano de Maryland, estes tumores são diagnosticados mais frequentemente em crianças com idades entre cinco e 14 anos, mas são raros os casos em crianças menores de dois anos. Narlin Beaty lembrou que anteriormente foram encontrados dentes em cérebros, especialmente em tumores conhecidos como teratoma, uma massa tumoral formada por uma grande diversidade de células e tecidos estranhos à região onde estão localizados.

No caso do rapaz de Maryland, o tumor destruiu as conexões normais no cérebro que permitem que certas hormonas possam ser libertadas, pelo que o menor vai precisar de receber tratamentos hormonais para o resto da vida para substituir essas hormonas, disse o neurocirurgião. Os dentes foram enviados para um patologista para um estudo mais aprofundado, como acontece normalmente com este tipo de amostras de tecido, guardadas durante anos para investigação.

Dia Internacional para as Doenças Raras
Paula Brito e Costa, presidente da Raríssimas, denuncia o facto de haver doentes com doenças raras que aguardam 5 anos pelo...

“Há doentes com doenças raras que esperam quatro a cinco anos para tomar o medicamento adequado”, denuncia a presidente da Associação Raríssimas que pede celeridade na aprovação de fármacos órfãos.

Em Janeiro foi aprovada a comparticipação de um medicamento órfão. Em 2013, foram três. Paula Brito e Costa, presidente da Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras pensou ser uma luz ao fundo do túnel, mas não. “O fármaco de Janeiro estava aprovado na Europa desde 2009, assegura”. “Estes dossiers nunca foram uma prioridade, há um travão na aprovação de medicamentos órfãos, considerados `life-saving´, para os quais não há alternativa. Os doentes ou tomam aquilo ou tomam nada, explica a responsável ao Jornal de Notícias Online.

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