Saiba mais
A ambliopia consiste na diminuição da acuidade visual de um ou de ambos os olhos.
Ambliopia

Porque se instala a ambliopia?
É sempre provocada por uma experiência visual incorrecta nos primeiros meses ou nos primeiros anos de vida. A rapidez com que se instala e a gravidade da ambliopia depende da causa.

Ao nascimento o funcionamento cerebral da visão é muito limitado. Os centros corticais da visão estão morfologicamente desenvolvidos mas funcionam ainda de maneira muito rudimentar. Inicialmente o fenómeno visual é essencialmente sub-cortical. O córtex visual e as restantes áreas corticais relacionadas com a visão só se desenvolvem funcionalmente após o nascimento. Esse desenvolvimento dá-se de uma forma estruturada e sequencial. Para que ocorra de forma normal é necessário que as imagens que chegam ao córtex visual sejam de boa qualidade.

Causas
São várias as causas de ambliopia. As mais frequentes são os erros refractivos e os estrabismos. Entre os erros refractivos são sobretudo importantes as situaçoes em que há um erro refractivo muito elevado ou que há uma diferença de erro entre os dois olhos (anisometropia). No total os erros refractivos e o estrabismo representam cerca de 99% das causas de ambliopia. Estas causas de ambliopia têm importância sobretudo depois dos 12 -15 meses de idade. Embora o tratamento normalmente seja possível até aos 7 ou 8 anos, a recuperação é tanto mais fácil e rápida quanto menor for a idade em que se inicia.

Existem outras causas mais graves e de tratamento urgente. Felizmente são mais raras. Incluem todas as alterações que provocam obstrução da entrada da luz e das imagens no olho. Nestes casos a ambliopia pode instalar-se de forma imediata e nos casos mais graves torna-se irreversível se a sua causa não for tratada nos primeiros meses de vida. Um bom exemplo é o que acontece com a catarata congénita. Quando a obstrução que provoca à entrada da luz é importante a ambliopia desenvolve-se imediatamente. Esta é uma das formas mais graves da doença e nesta situação concreta, o período de plasticidade cerebral esgota-se nos primeiros meses de vida, pelo que o tratamento deve ser realizado com extrema urgência. Uma catarata congénita deve ser operada entre as 6 semanas de vida e os 2 ou 3 meses.

Quais são os sintomas da ambliopia?
O único sintoma da ambliopia é a diminuição da visão! Contudo as crianças raramente se queixam de má visão, pelo que mais importante que os sintomas são os sinais de má visão.

É importante ter em consideração que uma criança que tenha uma muito má visão de apenas um dos olhos não tem qualquer limitação visual!

Mesmo na presença de diminuição da acuidade visual dos dois olhos, muitas crianças não aparentam qualquer limitação da função visual!

Diagnóstico
O diagnóstico faz-se através da avaliação da acuidade visual e constatando que é inferior ao normal; isto só é possível a partir dos 3 ou 4 anos de idade, quando a criança já colabora.
Nas crianças mais pequenas, não colaborantes, podemos inferir que existe ambliopia de um olho quando há uma reacção à oclusão do outro olho.

Nos casos de estrabismo podemos inferir da presença de ambliopia de um olho quando a criança fixa os objectos apenas com o outro olho.

Contudo a forma mais segura de diagnosticar e prevenir a ambliopia é a detecção de alteraçoes oculares capazes de provocar o aparecimento de ambliopia. O rastreio destas alteraçoes deve ser feito desde o nascimento e durante o primeiro ano de vida, pelos pediatras e pelos médicos de família. Durante o segundo e o terceiro anos de vida, todas as crianças deveriam ser rastreadas pelo oftalmologista no sentido de excluir a presença de erros refractivos importantes capazes de provocar ambliopia ou capazes de provocar estrabismo e por consequência ambliopia.

Prevenção
Melhor que tratar a ambliopia instalada é evitar o seu desenvolvimento.

Nos casos em que existe obstrução do eixo visual, a sua causa deve ser tratada imediatamente antes que se instale uma ambliopia profunda e antes que surjam outras complicações como o nistagmo.

Relativamente aos erros refractivos devem ser compensados precocemente de forma a evitar a instalação da ambliopia.

A maioria dos estrabismos tem uma causa refractiva pelo que o seu aparecimento pode ser prevenido pelo uso de óculos em tempo útil; nos casos de estrabismo por outra causa, o tratamento instituído precocemente também pode prevenir a ambliopia.

Rastreio
Só é possível prevenir a ambliopia detectando precocemente as alteraçoes oculares capazes de a provocar. Por isso o rastreio visual é tão importante nas crianças.

O rastreio deve preferencialmente efectuar-se em tempo útil.

As causas de obstrução do eixo visual devem ser detectada nos primeiros dias após o seu aparecimento; os Pediatras têm habitualmente muito cuidado e fazem-no com muita facilidade.

Relativamente às causas mais frequentes de ambliopia, o ideal é efectuar o primeiro rastreio no segundo ano de vida por volta dos 14 -15 meses; nesta idade rastreiam-se as causas de ambliopia já referidas. O segundo rastreio idealmente deve realizar-se aos 4 anos; nesta idade já existe colaboração para o registo da acuidade visual com testes de visão adequados à idade. À entrada para escola primária é também importante verificar o estado da função visual para garantir a presença de condições sensoriais adequadas para uma aprendizagem correcta.

Tratamento
Uma vez diagnosticada a presença de ambliopia o tratamento deve ser personalizado de acordo com a sua causa, a sua profundidade e a idade da criança.

Recidiva
A recidiva da ambliopia é muito frequente! Mesmo nos casos que foi tratada com sucesso é possível haver uma recaída até aos 7-8 anos. por isso todas as crianças que tiveram ambliopia devem ser cuidadosamente monitorizadas até essa idade.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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Ter refluxo, em pequena quantidade e depois das refeições, pode ser normal.
Estômago e esófago

O que é o refluxo?

Consiste na subida do conteúdo do estômago (ácido) para o esófago, sem que haja vómitos.

Ter refluxo, em pequena quantidade e depois das refeições, pode ser normal.

Apesar disso, o refluxo pode tornar-se doença, passando a chamar-se Doença de Refluxo Gastroesofágico ou Esofagite de Refluxo.

Existe normalmente doença quando:

  • O refluxo passa a ser muito intenso e/ou muito frequente;
  • O refluxo começa a causar sintomas;
  • Surgem lesões (feridas) na parede do esófago (o conteúdo do estômago é muito ácido, o que o torna agressivo para o esófago, podendo, por isso, feri-lo).

Nem todas as pessoas que sofrem de Doença do Refluxo apresentam lesões no esófago.

Deste modo, podemos distinguir dois tipos de Doença ou Esofagite de Refluxo:

  • Esofagite não erosiva - quando não se observam erosões (feridas) no esófago;
  • Esofagite erosiva - quando é possível observar erosões (feridas) no esófago inflamado.

Quais são os factores de risco para ter refluxo gastroesofágico?

Algumas situações e hábitos de vida, em conjunto, tornam mais provável o aparecimento de refluxo gastroesofágico.

Entre eles, destacam-se:

  • Hábitos tabágicos;
  • Obesidade;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Alguns alimentos (por exemplo: derivados do tomate, citrinos, chocolate e bebidas com cafeína);
  • Hérnia do hiato – doença em que uma parte do estômago passa do abdómen (barriga), local da sua localização normal, para o tórax, através do diafragma (que separa o abdómen do tórax). Nem todas as pessoas que sofrem desta doença têm refluxo. No entanto, esta situação favorece o aparecimento de refluxo;
  • Utilização de roupa apertada na zona da barriga;
  • Gravidez;
  • Tosse;
  • Obstipação;
  • Toma de alguns medicamentos (nitratos, estrogénios, contraceptivos orais, bloqueadores dos canais de cálcio, beta-agonistas, anticolinérgicos, entre outros).

Quais são os sintomas do refluxo?

  • Azia (pirose) – é o sintoma mais frequente. Corresponde a uma sensação de ardor ou queimadura no peito, que se pode estender até ao pescoço. Normalmente aparece menos de uma hora depois das refeições e piora quando em posição deitada ou inclinada para a frente;
  • Regurgitação – é a sensação de que os alimentos sobem até à boca, sem que se faça esforço para vomitar;
  • Dor ou dificuldade ao engolir;
  • Vómitos escuros ou sangue no vómito (raro);
  • Podem surgir outras queixas (como, tosse, rouquidão, falta de ar, inflamação das gengivas), normalmente associadas às acima descritas.

Como é feito o diagnóstico do refluxo?

A partir dos sintomas. Perante a suspeita de refluxo gastroesofágico, as queixas deverão ser avaliadas por um médico, podendo não ser necessários mais exames para estabelecer o diagnóstico. 

Caso seja necessário, podem ser realizados um ou mais dos seguintes exames:

  • Endoscopia digestiva alta;
  • Radiografia do esófago, estômago e duodeno;
  • pHmetria das 24h – regista o pH do esófago durante 24 horas seguidas, para avaliar se existe de facto um aumento da acidez.

Como se trata o refluxo?

Todas as pessoas que sofrem de refluxo gastroesofágico devem ter em atenção as seguintes medidas gerais:

  • Evitar comer refeições muito pesadas e em grande quantidade - deve comer mais vezes, em pequenas quantidades;
  • Evitar comer nas 2 ou 3 horas antes de se deitar;
  • Dormir com a cabeceira ligeiramente elevada (se necessário com mais do que uma almofada);
  • Evitar comer alguns alimentos: chocolate, café, chá preto, álcool, bebidas com gás, citrinos (sumos de laranja, limão), pimenta, alimentos gordos, tomate ou outros alimentos que agravem os sintomas;
  • Evitar exercício físico intenso, sempre que este lhe provocar um agravamento do ardor;
  • Deixar de fumar;
  • Perder peso;
  • Evitar usar roupa apertada (cintas, calças e saias apertadas, cintos, etc.)

Para além destas medidas gerais, deve seguir as indicações que o seu médico lhe der.

Dependendo do tipo de refluxo que tem, pode ter indicação para fazer:

  • Medicamentos anti-ácidos (que diminuem a acidez do estômago, tornando o refluxo menos agressivo para o esófago e que ajudam a cicatrizar as feridas do esófago, caso elas existam). Uma vez que se trata de uma situação crónica, pode ser necessário fazer estes medicamentos durante um período prolongado.

Nos casos mais graves, pode ser necessário:

  • Tratamento por via endoscópica, em centros especializados.

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Soluços

As doenças digestivas mais frequentes

“Não é um assunto tabu, mas é um pouco embaraçoso”

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O que é?
O esófago é um tubo muscular que transporta os alimentos desde a boca até ao estômago, estando local
Esófago

Normalmente não sentimos este órgão, excepto quando engolimos. No entanto, se o revestimento interno (denominado de mucosa) do esófago ficar inflamado, podemos sentir dor no peito ou dificuldade na deglutição. Esta inflamação do esófago é denominada de esofagite.

A esofagite tem diversas causas comuns

Refluxo ácido

O refluxo ácido é, de longe, a causa mais comum de esofagite (também denominada doença de refluxo gastro-esofágico ou DRGE). Nesta situação ocorre fluxo retrógrado do ácido do estômago, o que resulta numa queimadura química do esófago.

O refluxo de ácido do estômago para o esófago pode levar à inflamação da mucosa do esófago e causar azia e sensação de ardor no peito.

Distúrbios alimentares

De forma semelhante ao refluxo ácido, os vómitos frequentes podem causar uma queimadura ácida do esófago. A esofagite pode, por vezes, ser observada em pessoas com distúrbios alimentares, tais como a bulimia.

Medicamentos

Alguns medicamentos comuns podem causar uma queimadura química do esófago. Os comprimidos que têm uma maior probabilidade de causar esofagite incluem:

  • A aspirina;
  • A doxiciclina;
  • Os suplementos de ferro;
  • Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, tais como o ibuprofeno ou o naproxeno;
  • Medicamentos para a osteoporose, tais como o alendronato ou o risedronato.

Quimioterapia e radioterapia para o cancro

Alguns destes tratamentos podem lesar o revestimento do esófago, resultando numa esofagite.

Infecções

As infecções no esófago podem causar igualmente uma esofagite, ocorrendo geralmente em pessoas com deficiência do sistema imunitário. A esofagite secundária a infecções é comum em doentes com infecção pelo VIH, pessoas que tomam medicamentos corticosteróides a longo prazo, doentes submetidos a transplantes de órgão ou que foram tratados com quimioterapia para cancro.

Apenas alguns tipos de infecção podem surgir no esófago, tais como:

  • Fungos (como a Candida);
  • Vírus Herpes Simplex (HSV);
  • Citomegalovírus (CMV).

Mesmo numa pessoa que já apresenta uma infecção herpética na boca, esta raramente se dissemina para o esófago se o sistema imunitário não estiver deprimido.

Manifestações clínicas

Os sintomas principais de esofagite são:

  • Dor no tórax (retrosternal) ou na garganta. A dor pode ser tipo queimadura ou uma sensação de peso ou facada. Se a esofagite for causada por refluxo ácido, a dor pode ser mais intensa depois das refeições ou quando a pessoa está deitada. A dor da esofagite pode ser constante ou intermitente;
  • Dificuldade na deglutição, incluindo o agravamento da dor torácica quando o doente engole ou uma sensação de que os alimentos ficam presos no tórax depois da deglutição;
  • Quando a inflamação é exuberante pode surgir hemorragia, observada sob a forma de sangue no vómito (hematemeses) ou nas fezes (melenas), que podem apresentar uma cor escura pela presença de sangue digerido.

Diagnóstico

O diagnóstico é frequentemente realizado com base nos sintomas.

A forma mais fidedigna de avaliar esofagite é através da observação directa do interior do esófago por meio do chamado endoscópio. O endoscópio consiste numa câmara acoplada à extremidade de um tubo flexível. Este tubo é suficientemente longo para alcançar o estômago e a primeira porção do intestino delgado (duodeno). Este procedimento é, por vezes, denominado endoscopia digestiva alta.

Através da utilização do endoscópio, o médico pode encontrar inflamação no esófago ou esofagite. O médico irá procurar identificar a presença de áreas onde o revestimento do esófago sofreu “desgaste” (denominadas erosões ou úlceras) ou apresenta vesículas  ou áreas cicatriciais. Em alguns casos, o médico irá fazer uma biopsia ao esófago obtendo uma pequena amostra da mucosa através da extremidade do endoscópio. Este tecido é subsequentemente observado ao microscópio por médico especialista.

Através de endoscopia, o médico pode observar a mucosa do esófago e saber se esta se encontra inflamada. Como referido anteriormente, em determinadas circunstâncias devem ser retiradas biópsias da mucosa para esclarecimento da causa da esofagite.

Uma vez que a esofagite é apenas uma das causas possíveis para os sintomas de dor torácica ou de dificuldades na deglutição, o médico pode pedir outros exames para avaliar o coração, os pulmões e restante o aparelho digestivo.

História Natural

A duração dos sintomas depende da facilidade com que a sua causa pode ser corrigida. Os casos de refluxo grave ou de infecções por vírus resistentes, por exemplo, podem requerer várias tentativas antes de se conseguir encontrar o medicamento ou tratamento certo. Na maior parte dos casos, os sintomas começam a melhorar dentro de alguns dias após o início do tratamento apropriado. Contudo, pode demorar semanas até que os sintomas desapareçam completamente. A esofagite secundária a uma infecção pode ser mais difícil de tratar se o sistema imunitário estiver gravemente deprimido.

Prevenção

A causa mais comum de esofagite, o refluxo ácido, pode, por vezes, ser prevenida através da instituição de algumas medidas bastante simples:

  • Evitar refeições pesadas e volumosas, especialmente nas horas que antecedem o deitar;
  • Cortar os cigarros e o álcool;
  • Cortar líquidos às refeições;
  • Evitar consumir grandes quantidades de cafeína, chocolate, hortelã-pimenta e alimentos com um teor elevado de gorduras;
  • Controlar o peso. Emagrecer;
  • Não usar roupas apertadas.

Se a pessoa tiver azia apesar destas medidas, o médico pode sugerir que tome um medicamento que bloqueia o ácido do estômago.

Todos os medicamentos de venda livre ou sujeitos a prescrição médica devem ser tomados de pé ou sentada e ser engolidos com água. Isto é especialmente importante para os medicamentos que podem causar esofagite.

Tratamento

O tratamento depende da causa de esofagite.

Refluxo ácido — Podem ser utilizados medicamentos que bloqueiam o ácido, incluindo os inibidores da bomba de protões. Em alguns casos difíceis de tratar, geralmente quando os sintomas são refractários a medicamentos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica ao estômago para ajudar a prevenir o refluxo. Esta raramente está indicada.

Medicamentos — A ingestão de um copo cheio de água depois de tomar um comprimido pode ser útil. De um modo geral, se tiver surgido esofagite, é necessário parar o medicamento, pelo menos temporariamente enquanto esta cicatriza. Uma vez que o ácido pode agravar a esofagite causada por medicamentos, o médico pode prescrever igualmente um medicamento bloqueador da acidez gástrica para acelerar a cicatrização.

Infecções — A escolha do tratamento depende do agente infeccioso que causa a esofagite. Algumas infecções do esófago são difíceis de tratar através de comprimidos ou líquidos por via oral, pelo que os medicamentos podem ter que ser administrados por via endovenosa.

Quando contactar um médico

Se não conseguir comer ou beber devido à dor durante a deglutição ou se deixar de conseguir engolir e os alimentos voltarem à boca, é sinal para procurar imediatamente o seu médico.

Se os sintomas não desaparecerem com o tratamento inicial, consulte o seu médico. Ocasionalmente, a cicatrização do esófago irá causar uma dificuldade persistente na deglutição que pode requerer uma terapêutica para dilatação de uma estenose através de uma endoscopia.

Prognóstico

Quase todos os casos de esofagite podem ser curados. Algumas causas, como o refluxo ácido, podem requerer tratamento a longo prazo. A esofagite causada pelo refluxo, se persistente e/ou não tratada pode evoluir para um tipo de cancro do esófago, o adenocarcinoma, cuja incidência tem aumentado nos últimos anos.

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10% dos portugueses sofre de azia e enfartamento

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A ideia de ter uma antena implantada no corpo certamente não agrada a ninguém, mas a verdade é que esta aplicação,...

O autor deste projecto é André Santiago, português actualmente a residir em Luanda e cuja tese de mestrado alcançou o segundo lugar no concurso internacional Future Ideas, na categoria de cuidados de saúde.

Na prática trata-se de um aparelho que usa a tecnologia de radiofrequência, que comunica com um receptor que armazena, por exemplo, o historial de um portador de pacemaker.

Este projecto foi desenvolvido em parceria com o Instituto Superior Técnico, o Instituto de Telecomunicações e a Universidade de Atenas.

André Santiago concebeu outra antena, esta para utilização exterior ao corpo humano. Usando a mesma tecnologia sem fios, torna possível a gestão integrada de uma unidade tão complexa como, por exemplo, um hospital.

“Podemos não só identificar os pacientes como também os aparelhos médicos e também medicamentos e tudo o que for necessário. Podemos ter toda a gestão do hospital automatizada e depois ser gerida através de uma base de dados”, explica.

Sobre a relação do custo/benefício da utilização destas tecnologias, vários estudos apontam para os riscos da exposição humana às redes sem fios, quanto mais a implantação de aparelhos que usam essa tecnologia no próprio corpo humano.

André Santiago garante esta antena é segura. “Não existe nenhum problema em utilizar no interior do corpo humano. Hoje em dia já é utilizada, é uma gama de frequências diferentes do wi-fi e dos telemóveis”, sublinha.

Ainda há todo um estudo a seguir e dentro de quanto tempo é que esta tecnologia pode estar ao dispor dos hospitais?

André Santiago diz que é difícil de prever, mas acredita que não será “num futuro tão longínquo quanto isso. Talvez nos próximos 5 anos”.

Este projecto de André Santiago, investigador português do Instituto Superior Técnico, foi segundo entre mais de 400 projectos no concurso Future Ideas. Em 2013, já tinha alcançado o primeiro lugar no Fraunhoffer Challenge Portugal com a melhor tese de mestrado, a que se somou um prémio de 2.000 euros em dinheiro.

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A plataforma de "software", que já está em desenvolvimento e que deverá demorar entre dois a três anos a estar concluída, "é completamente inovadora", referiu Nuno Arantes Oliveira, director daquela "start-up", explicando que, a partir deste projecto, será possível "o médico consultar o genoma do doente, com a permissão do próprio, e perceber qual a acção a tomar face à informação que recebe do genoma".

A partir da plataforma, o médico "consegue saber se é mais ou menos provável o doente ter determinada doença e como é que pode reagir a determinada terapia", aclarou, acrescentando que "esta é uma ferramenta que permite aos médicos a tomada de decisões com base no genoma".

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A GlaxoSmithKline (GSK) interrompeu um estudo clínico de alto padrão, em que usava uma nova vacina para combater o cancro do...

A decisão chega menos de duas semanas após a GSK dizer que a vacina terapêutica MAGE-A3 não ajudou os pacientes com cancro do pulmão de não-pequenas células em fase III do estudo geral, mas que a companhia ainda estava à procura de melhorias entre pacientes com perfis genéticos específicos.

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Ao contrário das vacinas preventivas tradicionais, o tratamento MAGE-A3 foi projectado para pessoas com a doença estabelecida, e iria ajudar os seus sistemas imunológicos a impedir o retorno da doença depois de cirurgia.

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De acordo com os dados disponíveis no "site" da Apifarma, as dívidas dos hospitais do SNS a empresas farmacêuticas atingiam, em Fevereiro, os 993,70 milhões de euros.

Em Setembro do ano passado, esse valor era de 1.266,30 milhões de euros.

Na sua avaliação, a UTAO recorda que um dos objectivos definidos no programa é o de "gerar poupanças adicionais nos custos operacionais dos hospitais e definir uma estratégia para regularizar os pagamentos em atraso".

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A agência da ONU decidiu dedicar o Dia Mundial da Saúde, que se comemora no próximo dia 07 de março, a consciencializar as pessoas sobre a importância de prevenir as enfermidades transmitidas por vectores (organismos vivos que propagam as doenças).

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Em comunicado, Mário Morais de Almeida, coordenador do Centro de Alergia do Hospital CUF Descobertas disse que "a anafilaxia é a reação alérgica mais grave, que pode resultar em dificuldade respiratória, perda de consciência ou mesmo morte se não for imediatamente tratada. Pode ocorrer em qualquer criança após ter sido exposta a uma substância que é alérgica, pelo que o diagnóstico precoce das alergias na idade infantil é importante".

O imunoalergologista acrescentou ainda que "os sintomas de anafilaxia podem incluir prurido cutâneo (comichão), urticária e/ou edema dos lábios, língua, pálpebras ou outras regiões do corpo, tosse, dificuldade respiratória ou pieira, náuseas e vómitos, cólicas abdominais e diarreia".

Na criança, as causas mais frequentes de anafilaxia estão relacionadas com alimentos, como o leite de vaca, ovo, amendoim, frutos secos (noz, avelã, amêndoa), frutos frescos, marisco, peixe e trigo. Outras causas possíveis são os medicamentos, como é o caso dos anti-inflamatórios e dos antibióticos, o frio ou as picadas de insectos (abelhas e vespas).

A alergia é uma resposta exagerada do sistema de defesas do corpo humano a uma substância presente no ambiente, que por si só não seria uma agressão para o organismo. As alergias são a sexta doença mais frequente no mundo e estima-se que afectem mais de 10% da população mundial e quase um terço dos portugueses.

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De acordo com o INE, no quinquénio 2008-2012 as “disponibilidades alimentares per capita atingiram em média as 3 963 kcal”, o que traduz uma subida de 2,1% face ao quinquénio 2003-2008.

Este valor “permite satisfazer as necessidades de consumo de 1,6 a 2 adultos, tendo por base o aporte calórico médio recomendado (2 000 a 2 500 kcal)”.

O INE destaca, contudo, que “a análise ao quinquénio 2008/2012 revela dois períodos marcadamente distintos: até 2010 um período de expansão caracterizado por elevadas disponibilidades alimentares e calóricas e a partir de 2010 com reduções acentuadas das disponibilidades alimentares”.

“Em 2012, o consumo de carne de bovino foi o mais baixo em 10 anos e o de carne de suíno atingiu um mínimo de 13 anos, o que levou a carne de aves, pela primeira vez desde de que há registos estatísticos, a garantir a principal disponibilidade de carne em Portugal”.

Mais preocupante, é o facto de o consumo de frutos ter apresentado mínimos de 20 anos, o de laticínios ter o valor mais baixo em nove anos e o de peixe ter caído para mínimos de oito anos.

“Em termos médios, no período 2008-2012, verificaram-se decréscimos de 5,9 Kg de carne/hab, 3,2 Kg de pescado/hab, 7,6 l de vinho/hab (período 2009-2012) e 8,3 l de cerveja/hab, a que se juntam reduções de 4,0% nas disponibilidades de laticínios, 10,6% nos frutos (período 2009-2012). Em contrapartida observaram-se aumentos nos cereais (+2,1%), nos hortícolas (+5,8%) e nos produtos estimulantes (café e sucedâneos, cacau e chocolate, +4%)”, assinala o INE.

“A comparação da distribuição das disponibilidades diárias per capita da Balança Alimentar Portuguesa com o padrão alimentar preconizado pela Roda dos Alimentos continuou em 2012 a evidenciar distorções, apontando para excesso de produtos alimentares dos grupos “Carne, pescado e ovos” (com tendência acentuada para decréscimo), e “Óleos e Gorduras” e défice em “Hortícolas”, “Frutos” e “Leguminosas secas”. Este desequilíbrio continua a ser potencialmente pouco saudável, com uma predominância de proteínas de origem animal e excesso de gorduras.”, sublinha o documento.

Pode consultar o relatório do INE aqui

Por falta de pessoal
O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) pode ver comprometido o funcionamento, devido a falta de...

É que, justifica o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Sintap), dos 580 postos de trabalho, “apenas 460 se encontram preenchidos”, o que “resulta num acréscimo das dificuldades no desenvolvimento de uma função de extrema relevância social”.

Depois da reunião com o Conselho Directivo (CD) do Instituto, a estrutura sindical afirma-se preocupada “com os problemas que afectam os trabalhadores e os serviços”, em consequência de constrangimentos financeiros, aposentações e não renovação de contratos.

“São os próprios membros do CD do IPST os primeiros a reconhecer que as reservas de sangue do nosso país se encontram em níveis considerados bons, em grande medida devido ao grande empenho, sacrifício e espírito de missão dos trabalhadores que, sendo cada vez em menor número, asseguram os serviços de que estão incumbidos em benefício dos utentes que deles dependem”, diz o Sintap.

No IPST há trabalhadores com contratos a termo, em regime de tarefa e avença, “muitos em condições precárias, sem saber se os contratos serão renovados”, alguns deles a terminar em maio, embora o CD tivesse dito aos representantes do Sintap “não ter intenção de dispensar nenhum trabalhador”.

O Sintap, diz ainda o comunicado, irá exigir do Governo que sejam desbloqueadas autorizações para renovação e prorrogação de contratos e que seja autorizada a abertura de concursos, para evitar “roturas nos serviços”.

A propósito do Dia Nacional do Dador de Sangue, que se assinalou na semana passada, o IPST anunciou que pretende aumentar este ano o número de novos dadores, chamando os jovens à causa da dádiva de sangue.

Segundo o Instituto, no ano passado houve 28 mil novas inscrições, número que quer ver aumentado este ano.

Em Fevereiro, o IPST fez um apelo "urgente" à população para que desse sangue, porque as reservas estavam baixas, uma situação que já se encontra ultrapassada.

Também no Dia do Dador de Sangue o presidente da Federação das Associações de Dadores de Sangue (FAS) denunciou que “há gente com fome que quer mas que não consegue dar sangue, porque tem as hemoglobinas em baixo, por não comer o que devia”.

Estudo diz:
Um estudo concluiu que Portugal é competitivo em alguns países europeus para desenvolver o turismo de saúde, em áreas como a...

O documento “Definição da estratégia colectiva para o sector do Turismo de Saúde e Bem-Estar Português”, que é hoje apresentado no Porto, foi preparado pela Accenture e Neoturis para o Health Cluster Portugal e para a Associação Empresarial de Portugal, Câmara de Comércio e Indústria, parceiras no projecto.

O director executivo do Health Cluster Portugal, Joaquim Cunha, avançou que “a grande conclusão é que (Portugal tem) condições para poder ter uma operação bem sucedida na área do turismo de saúde», faltando a questão da reputação, “o que leva aos aspectos da promoção e da divulgação” do turismo, dos serviços de saúde e, em última análise, de Portugal.

Por ano
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) denunciou ontem que, em média, cada habitante da Terra...

Durante uma conferência regional da FAO para a Europa e a Ásia Central, centrada no desperdício de alimentos, o director-geral da organização, o brasileiro José Graziano da Silva, destacou que se perdem por ano cerca de 1.300 milhões de toneladas de alimentos.

“Se os desperdícios e perdas pudessem reduzir-se simplesmente a metade, o aumento de alimentos necessários para alimentar a população mundial em 2050 seria de apenas 25%, em vez dos 60% estimados atualmente”, sublinhou o ex-ministro brasileiro da Segurança Alimentar.

Segundo dados da FAO, cada habitante da Terra desperdiça, em média, cerca de 280 quilos de alimentos por ano, enquanto 842 milhões dos estimados 7.000 milhões de habitantes do planeta passam diariamente fome.

Graziano da Silva precisou que a perda de alimentos se verifica sobretudo “nas explorações, durante o processamento, transporte e armazenamento, e ainda por falta de regulação”, o que compromete a segurança alimentar.

A crise financeira e económica, que afectou duramente muitos estados europeus, reduziu o desperdício de alimentos, mas ainda é insuficiente para a FAO, afirmou Graziano da Silva.

As perdas económicas e ambientais pelo desperdício de alimentos ascendem a centenas de milhares de milhões de dólares.

“O custo anual dos desperdícios e perdas de alimentos, expresso no preço ao produtor, é de cerca de 750.000 milhões de dólares. Se considerássemos os preços ao pormenor e os custos ambientais, este número seria muito maior”, destacou.

A conferência de Bucareste reúne esta semana mais de 300 delegados de meia centena de países da Europa e Ásia Central e que debatem como reduzir a perda de alimentos, além de como fomentar a agricultura familiar e como combater a mudança do clima sobre a produção agrária.

Cancro e diabetes
São doenças civilizacionais e assustadoramente emergentes: obesidade, diabetes e cancro previnem-se muito mais do que se curam...

O alerta foi deixado pelo Professor Manuel Sobrinho Simões na última reunião do Ciclo de Conferências “Diabetes Século XXI: O Desafio”, na passada terça-feira, no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP).

No cancro, como na diabetes, é preciso conhecer a doença para combater o seu aparecimento e os riscos inerentes. “A prevenção do cancro é praticamente idêntica à da diabetes: – passa por não fumar, não beber em excesso, não engordar, fazer exercício regular, entre outros. As doenças civilizacionais e emergentes, como é o caso da diabetes, da obesidade, do cancro, entre outras, previnem-se muito mais do que se curam”, referiu Manuel Sobrinho Simões, director do IPATIMUP, lembrando que é preciso “articular as instituições que intervêm ou podem intervir na Prevenção, no Tratamento e no Controlo da Diabetes”.

Sobrinho Simões identifica outras melhorias necessárias em matéria de comunicação e de operacionalidade: “clarificar o tipo e o nível de intervenção das instituições (frequentemente há dupla ou tripla intervenção no tratamento); falta de articulação do médico com os outros profissionais que cuidam dos doentes; relação do médico (e de outros profissionais de saúde) com a pessoa com diabetes e a família - há “barreiras” de ignorância entre o médico e o doente e entre o médico e os familiares do doente; articulação entre as especialidades médicas – ex. diabetologista e cirurgião vascular”. E acrescenta: “não chega falar de intervenção multidisciplinar, interdisciplinar e interinstitucional. É preciso operacionalizar através de acções concretas”.

Na mesma linha, o Director do Programa Nacional da Diabetes, diz que é importante actuar o quanto antes. José Manuel Boavida defende que «a Assembleia da República devia ter uma intervenção directa sobre as prioridades da saúde, uma questão que deveria ser acompanhada dentro do próprio parlamento. É fundamental fazer planos de prevenção: 50% dos casos de diabetes estão ainda por diagnosticar. É preciso avançar com planos de prevenção e aplicar programas vastos de rastreio».

Lembrando que “hoje em dia é pior ter diabetes ou cancro do que ter um AVC”, deixou um desafio à Comissão Parlamentar da Saúde. “Há medidas relativamente simples que têm de ser aplicadas. Devemos focar-nos em processos de mobilização coletiva com objectivos bem definidos, e não no trabalho um a um”.

Dicionário de A a Z
Estado de doença infecciosa facilmente transmissível.

Pode espalhar-se rapidamente pela população e tem capacidade de mutação. Ocorre durante um período de tempo especifico, numa determinada região geográfica, e pode afectar um número significativo de pessoas.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Dicionário de A a Z
Estado de doença infecciosa com baixa taxa de mortalidade.

Ocorre de uma forma constante ou por surtos numa determinada zona geográfica. Acontece devido a factores específicos característicos de cada região que favorecem o contágio de determinados micro-organismos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Dicionário de A a Z
Epidemia propagada em larga escala.

A pandemia refere-se a uma doença ou estado infeccioso que atinge proporções à escala global. Ao atingir tais proporções pode espalhar-se por vários continentes e ser responsável pela morte de milhões de seres humanos.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Investigadores concluem
Uma equipa de investigadores norte-americanos concluiu que os pais que limitam o tempo que os filhos passam frente ao ecrã do...

O estudo, publicado na revista "Jama Pediatrics", foi organizado por um grupo de investigadores liderados por Douglas Gentil, psicólogo da Universidade Estatal de Iowa, nos EUA. Envolveu 1323 estudantes de escolas dos estados norte-americanos de Iowa e Minnesota.

O objectivo era saber de que forma o acompanhamento dos pais em relação ao tempo que os filhos passam em frente ao ecrã dos computadores e televisores influencia os resultados demonstrados pelas crianças em termos físicos, sociais e académicos.

Os investigadores sabiam, com base em estudos já elaborados, que as crianças que passam muito tempo frente ao ecrã têm fraco rendimento escolar, dormem mal e ganham peso.

O estudo concluiu que, ao limitar o tempo frente ao ecrã até cerca de duas horas diárias, os pais conseguem que os filhos revelem, a médio prazo, melhores resultados escolares, além de terem um sono mais compensador e não estejam tão sujeitos à obesidade.

Também concluiu que cabe aos pediatras, psicólogos e médicos de família fazerem recomendações aos pais com base científica no sentido de controlarem as atividades dos filhos.

Aplicação para telemóvel
Através desta aplicação, o doente pode simular e confirmar a despesa que terá na aquisição dos fármacos.

Sabia que já pode usar o seu telemóvel para saber o preço dos medicamentos? "Poupe na Receita" é uma aplicação grátis disponibilizada pelo Infarmed, a autoridade que regula o sector farmacêutico.

O doente vai poder simular e confirmar a despesa que terá na aquisição dos fármacos

"Poupe na Receita” permite ao utente poupar no custo da sua receita, através da identificação dos medicamentos mais baratos para a substância activa prescrita pelo médico. O objectivo é facilitar ao utente, simular, ou confirmar o total da sua despesa na compra de um ou mais medicamentos.

A nova aplicação tem a vantagem de permitir visualizar o folheto informativo do medicamento, consultar as novidades e alertas sobre fármacos e produtos de saúde. Também possibilita a localização das farmácias mais próximas e a criação de um plano de tomas de medicamentos com um sistema de alerta.

Esta aplicação está disponível para sistemas iOS e Android, na App Store da Apple e na Play Store da Google. Os links aos quais poderá aceder directamente através da área "Público" do site do Infarmed.

Chegam sexta-feira ao SNS
A inauguração do centro de ensaios clínicos de fase I no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra coloca Portugal na rota...

O primeiro centro do Sistema Nacional de Saúde (SNS) dedicado a ensaios clínicos de fase I – em que são testadas pela primeira vez em seres humanos saudáveis a segurança e a tolerância de novos fármacos – é inaugurado esta sexta-feira, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Representando um investimento de “menos de 100 mil euros”, a criação do centro (instalado no antigo Hospital dos Covões, conforme foi anunciado há um ano) foi integralmente suportada por mecenas e “coloca Portugal na rota internacional dos ensaios clínicos”, frisou Pedro Monteiro, director da Unidade de Inovação e Desenvolvimento do CHUC.

“Não escondemos que um dos objectivos é que este projecto seja uma importante fonte de financiamento, mas o mais relevante é o facto de representar, para os doentes, a possibilidade de acesso precoce a medicamentos, a tecnologias de saúde e a dispositivos médicos inovadores, sem encargos para os próprios ou para o erário público”, disse.

Nos CHUC, que conta com equipas de investigação consideradas “altamente diferenciadas e experientes”, estão a decorrer cerca de centena e meia de ensaios clínicos das fases II, III e IV , “um número que nos próximos anos aumentará exponencialmente, com vantagem para os doentes”, disse Pedro Monteiro. Isto, explicou, porque pela primeira vez as empresas nacionais e multinacionais poderão colocar em Portugal os respectivos produtos para ensaios de fase I “e, de uma forma natural, prosseguir com os das fases II e III, o que permitirá aumentar o número de doentes com acesso, nessas fases, aos fármacos inovadores”. Por outro lado, adiantou, no caso da oncologia, "em que os medicamentos têm um nível de toxicidade potencial elevada ou efeitos secundários que podem ser significativos, mesmo na fase I eles poderão vir a ser testados em pacientes, voluntários, para os quais tenham sido esgotadas todas as outras possibilidades terapêuticas”.

Voluntários saudáveis

Pedro Monteiro indica que a aposta do centro de ensaios de fase I do CHUC se fará em áreas como a neurologia, a oftalmologia, a pneumologia, a reumatologia, a cardiologia, a oncologia e as das doenças infecciosas, do metabolismo e auto-imunes. Acredita que não haverá dificuldade em encontrar voluntários, pessoas consideradas saudáveis de acordo com os parâmetros estritos para cada um dos produtos ou tecnologia testados. “Os portugueses são tradicionalmente generosos”, frisou. Nesta fase, os testes são feitos em grupos de apenas algumas dezenas de pessoas.

Os primeiros ensaios poderão arrancar no fim do mês de Maio, prevê Pedro Monteiro, que acredita que, face às manifestações de interesse já recebidas, vários pedidos para a sua realização serão submetidos à aprovação da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) e à Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC) imediatamente após a inauguração do centro, na sexta-feira.

O facto de ensaios de fase I com os mesmos produtos se terem iniciado, já, em diversos centros europeus, faz baixar as probabilidades de as autoridades nacionais detectarem obstáculos que não foram detectados noutros países. Além disso, a recente aprovação na generalidade, pelo Parlamento, da lei sobre a investigação clínica em pessoas, criou, entretanto, "expectativas importantes no que respeita a uma maior celeridade dos processos", frisou Pedro Monteiro. 

Ressalvando a possibilidade de ainda virem a ser feitas alterações à proposta de lei durante a discussão na especialidade, o investigador referiu como vantajosas, do ponto de vista competitivo, as medidas previstas relativas à redução de prazos para avaliação e aprovação dos ensaios (nos casos da CEIC e do Infarmed) e da definição de prazos para decidir a aprovação dos contratos financeiros ao nível dos Centros de Estudos Clínicos. É ainda preconizada a criação de um Registo Nacional de Estudos Clínicos, com informação acessível ao público em geral sobre o processo de autorização, realização e conclusão de todos os estudos clínicos realizados em Portugal, uma medida que, considera o responsável pelo novo centro de ensaios de fase I, "garantirá que todos os doentes têm acesso à informação que lhes permite candidatarem-se a participar nos ensaios".

Segundo os últimos dados do Infarmed, em 2013 foram autorizados 114 ensaios clínicos, dos quais dez de fase I e 20 de fase II (que têm por objectivo avaliar a eficácia terapêutica de um novo medicamento em pacientes com a doença em estudo, avaliando simultaneamente a sua segurança). Os de fase III (em que é que comparada a segurança, eficácia e o benefício terapêutico de um novo medicamento com outros ou com um placebo) representam a maioria dos ensaios autorizados, 75.

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