Nos EUA
Investigadores de duas universidades dos Estados Unidos querem levar um raio laser até às nuvens para fazer chover....

A ideia é de um grupo de investigadores das universidades do Arizona e da Florida Central, que estão a desenvolver um laser de alta energia capaz de chegar às nuvens e de ali desencadear chuva e relâmpagos.

Mathew Mills e Ali Miri, dois dos jovens investigadores da Universidade da Florida Central que estão a desenvolver o projecto, conseguiram uma proposta suficientemente convincente para o Departamento de Defesa lhes atribuir 7,5 milhões de dólares (5,4 milhões de euros).

Centenas de doentes afectados
Pelo menos dez medicamentos mais antigos para o tratamento de cancros têm escasseado no mercado seja porque têm baixos preços e...

O problema, que chega a prolongar-se vários meses, tem levado ao adiamento de tratamentos ou ao uso de alternativas que nem sempre são as mais eficazes. Em causa estão remédios antigos e que, por serem baratos (menos de dez euros), são pouco produzidos. A escassez é global, estando a ser estudadas estratégias, como a produção centralizada para a Europa.

Portas afasta
A criação de uma taxa para os produtos com excesso de sal ou açúcar foi afastada ontem por Paulo Portas. O vice-primeiro...

Numa audição no parlamento, Portas disse que terá de ser feito "um esforço suplementar de 300 milhões de euros" na área da saúde, mas garantiu que essa verba será conseguida "através de uma redução de rendas na indústria de medicamentos e também na área da tributação do tabaco e do álcool". De fora, o vice-primeiro-ministro deixou a intenção manifestada, na terça-feira, por Maria Luís Albuquerque de tributar "produtos que têm efeitos nocivos para a saúde".

A nova taxa foi depois confirmada pelo secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa, mas rapidamente contestada pelo ministro da Economia. Pires de Lima, que classificou a intenção de aplicar uma taxa aos produtos prejudicais à saúde como uma "ficção".

Na mesma linha, a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, garantiu ontem que "essa matéria não foi discutida no Conselho de Ministros". Cristas disse tratar-se de "uma não questão".

A descoordenação no governo sobre esta medida foi duramente criticada pelo ex-líder do PSD, Luís Marques Mendes. "Cada um fala para seu lado. Parece que não fazem parte do mesmo governo", disse o social-democrata, que classificou a falta de articulação entre os governantes como "um espectáculo deplorável".

O PS também acusa o governo de estar a gerar "um clima de incerteza" e de estar a preparar "um aumento encapotado de impostos" para o próximo ano. 

Promover envelhecimento activo
Aliar alimentação saudável e exercício físico são os comportamentos ideias para saúde física

A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) apresenta hoje, em Lisboa, uma campanha que pretende combater “estereótipos associados ao idoso” e alertar para a importância de um “envelhecimento activo saudável”.

A campanha está integrada na iniciativa “Maio Mês do Coração”, dedicada este ano ao envelhecimento activo, adianta a fundação em comunicado.

Ao eleger os mais velhos como alvo desta mensagem, a fundação pretende “fomentar oportunidades para estimular a saúde e bem-estar geral da população e promover melhores atitudes futuras”.

“Esta iniciativa insere-se na nossa missão global de sensibilização para as doenças cardiovasculares” e pretende “alertar os homens e mulheres para a necessidade de mudança dos seus comportamentos, mas também a sociedade em geral, alterando a forma como as pessoas idosas são percecionadas”, adianta o presidente da FPC, Manuel Carrageta.

Manuel Carrageta sublinha que o envelhecimento não deve ser encarado como “um processo negativo, em que se perdem capacidades, mas sim como um processo natural e uma oportunidade resultante dos avanços na sociedade”.

“As pessoas mais velhas estão bem a tempo de cuidar do seu coração”, salienta o cardiologista.

Maria João Quintela, da fundação, defende que é “essencial prevenir a doença e mobilizar recursos e alterar percepções” que “ajudem a melhorar a qualidade de vida dos mais velhos.”

Segundo a médica, as estratégias de promoção do envelhecimento activo devem passar por comportamentos promotores da saúde física, como uma alimentação saudável e exercício físico.

Mas também passam por comportamentos de integração social, que incluem a participação do idoso na sociedade e na família, prevenindo o isolamento, e pela aposta na segurança, através da prevenção de acidentes e quedas, do mau trato, do abandono e de outras formas de discriminação e violência, que “contribuem para uma má saúde geral e cardiovascular”, adianta Maria João Quintela.

A Fundação Portuguesa de Cardiologia lembra que “os homens e mulheres fisicamente activos ao longo da vida têm, geralmente, uma redução em 25-30% no risco de AVC e morte”.

Segundo a FPC, a actividade física favorece o controlo da pressão arterial e de outros factores de risco para a doença cardiovascular, incluindo a diabetes e o excesso de peso.

Em exames
Em 2003, a unidade local de saúde de Matosinhos fez contas à vida. Gastava 5,5 milhões em exames fora, apesar da capacidade...

Há 11 anos que a Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM), que junta o Hospital Pedro Hispano e os centros de saúde do concelho, faz o que o Ministério da Saúde anunciou, há semanas, que quer ver: quem precisa de análises faz a colheita ali mesmo e o produto é analisado pelo hospital de que depende a unidade, sem necessidade de recorrer aos convencionados. A ideia é poupar parte dos 150 milhões que o Estado paga aos laboratórios privados.

Futuramente
FMI reconhece que os hospitais estão suborçamentados.

As dívidas vencidas dos hospitais do sector empresarial do Estado continuam na mira do FMI.

O relatório sobre da 10ª avaliação, conhecido em Fevereiro, fazia o diagnóstico da situação.

Agora, o Fundo aponta a solução: além dos 300 milhões de euros de dotação extraordinária que os hospitais vão receber nas próximas semanas, “sempre que surjam novas ‘arrears' (dívidas por pagar há mais de 90 dias além do praz), estas serão totalmente compensadas pelo Orçamento do Estado”, pode ler-se no documento sobre a 11ª avaliação, ontem conhecido. 

Portas confirma
O vice-primeiro-ministro reconheceu ontem que o Governo terá que fazer ainda cortes na despesa pública com a Saúde em 2014, na...

Paulo Portas vem assim confirmar a intenção do Governo em avançar com uma taxa sobre as vendas das empresas farmacêuticas, tal como o Ministério da Saúde já tinha confirmado. A taxa está dependente do acordo que o ministro da Saúde, Paulo Macedo, quer fechar com a Apifarma, que representa a indústria. Caso o acordo falhe, avança a taxa sobre as farmacêuticas, mas só em 2015. Paulo Portas, que foi ouvido no Parlamento a propósito da 11ª avaliação da “troika” ao programa de ajustamento, explicou que este esforço é feito para que “fiquem saldadas as contas na Saúde e para que exista maior equilíbrio no futuro”.

Os deputados socialistas pediram mais detalhes sobre o que será a reforma hospitalar que o Governo acordou com a “troika”. O vice-primeiro-ministro adiantou ainda que os cortes que terão que ser feito no Estado em 2014 ficarão aquém dos “4 mil milhões de euros ou 2 mil milhões de euros” de que se tem falado, porque “temos o contributo do crescimento económico para consolidação mais equilirada”.

O PS pede para que Portas anuncie onde vão ser feitos os cortes “nas gorduras” e que não esconda nada dos portugueses a pensar nas eleições de 25 de Maio.

Em Guimarães
No próximo dia 9 de Maio celebra-se a alegria de vida e saúde com uma aula de dança de baixo impacto no âmbito do Dia Europeu...

A acção, promovida pelo Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca (GEIC) – integrado na Sociedade Portuguesa de Cardiologia – e com o apoio da Merck, alerta para a importância da alimentação saudável e exercício físico na prevenção e tratamento de problemas cardiovasculares.

Guimarães junta-se este ano à luta contra a Insuficiência Cardíaca (IC) depois do Porto em 2012 e Lisboa em 2013. Dia 9 de Maio, às 17 horas, no Largo da Oliveira, decorrerá uma aula de dança de baixo impacto (orientada pela professora de ginástica Egídia Cardoso, com o apoio da Tempo Livre Guimarães) direcionada tanto a doentes com IC e profissionais de saúde como à população em geral. A participação neste evento é livre e gratuita, sem necessidade de marcação, sendo que os participantes deverão chegar meia hora antes para receberem os kits de participação.

Esta acção visa enfatizar a importância de um estilo de vida saudável, com exercício físico moderado e alimentação equilibrada, no tratamento e prevenção desta doença que afecta mais de 4% da população acima dos 25 anos de idade.

A par da acção de rua realiza-se igualmente uma reunião científica destinada a médicos e profissionais de saúde. Esta reunião realizar-se-á dia 10 de Maio no Hotel de Guimarães às 9h30 e cobrirá temas como o diagnóstico, tratamento e casos clínicos de IC.

Eventos em Lisboa

Ao Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca junta-se também este ano o Grupo de Estudos de Fisiopatologia de Esforço e Reabilitação Cardíaca (GEFERC), que dedicará o seu evento anual “Exercício no Parque” ao combate à IC. O evento terá lugar no Parque das Conchas, em Lisboa, no dia 11 de Maio pelas 10h30 e consistirá em caminhada, ginástica, dança e avaliação de perfil de risco. Esta acção, dirigida pela Drª Ana Abreu, coordenadora do GEFERC, visa alertar para a necessidade de um estilo de vida saudável na prevenção e tratamento de problemas cardíacos, nomeadamente IC. O “Exercício no Parque” reúne todos os anos diversos centros hospitalares com as respectivas equipas, doentes e familiares e é aberta ao público em geral, sendo que a entrada é totalmente livre e gratuita, sem necessidade de marcação.

A IC caracteriza-se por uma incapacidade do coração de bombear sangue a níveis adequados. Assim, o doente com IC apresenta geralmente sintomas como falta de ar, cansaço fácil com esforços, pés inchados e necessidade de urinar frequentemente durante a noite. Dada a gravidade da condição a nível individual e a importância da mesma a nível de saúde pública, é importante educar a população acerca dos sintomas e prevenção desta doença e acerca da importância do acompanhamento médico no tratamento da mesma.

A IC evita-se prevenindo as doenças cardíacas. Para isso, deve manter-se um estilo de vida saudável, com os factores de risco controlados (não fumar, evitar o excesso de peso e sedentarismo, controlar a hipertensão arterial, a diabetes e a dislipidemia – gorduras no sangue –, se esta existir).

Quanto ao tratamento, é essencial uma alimentação saudável, evitando o sal, as gorduras e o álcool. A maioria dos doentes pode e deve fazer exercício, sendo a marcha uma óptima actividade para começar. O ideal será fazê-la diariamente, durante trinta minutos. Estes doentes têm de tomar diversos medicamentos, que dependem dos seus sintomas e da sua doença cardíaca, e mesmo quando se sentem bem há que manter a medicação. Brenda Moura, coordenadora do Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca, sublinha que “a terapêutica aumenta a qualidade de vida e a sobrevida”, concluindo que “é fundamental que a Insuficiência Cardíaca seja detectada o mais cedo possível, pois uma intervenção precoce pode alterar o curso desta síndrome”.

O Dia Europeu da Insuficiência Cardíaca é assinalado em diversos países europeus, sendo que no ano passado participaram 23 países no total.

Insuficiência Cardíaca: o que é?

Insuficiência Cardíaca é o termo utilizado para descrever a incapacidade do coração de bombear sangue pelo organismo a níveis adequados, provocando uma falta de irrigação sanguínea apropriada nos vários órgãos do doente.

As suas principais causas são a doença das coronárias (p.e. enfarte do miocárdio) e a hipertensão, embora existam outras menos frequentes, como as doenças das válvulas cardíacas, as doenças que atingem o músculo cardíaco e algumas malformações congénitas (“defeitos” do coração de nascença).

O doente com IC apresenta frequentemente falta de ar com esforços, ou quando se deita; cansaço fácil com esforços; pés inchados e necessidade de urinar frequentemente durante a noite. Pode também apresentar queixas de tonturas, sensação de batimentos cardíacos rápidos, perda de apetite, depressão e ansiedade.

Mensagens-chave sobre a Insuficiência Cardíaca

♥ A Insuficiência Cardíaca é uma síndrome na qual há degradação da capacidade do ventrículo de encher ou ejectar o sangue

♥ Afecta mais de 4 por cento da população acima dos 25 anos

♥ A prevalência da IC tem vindo a aumentar nas últimas décadas

♥ A Insuficiência Cardíaca tem uma taxa de mortalidade mais elevada do que a maioria dos tipos de cancro

♥ Cansaço e falta de ar são os principais sintomas de IC, devendo os pacientes com doenças cardíacas estar muito atentos, sobretudo porque estes sintomas confundem-se com os de outras patologias

♥ A hipertensão, que atinge quase metade da população portuguesa acima dos 25 anos, implica um maior risco de se desenvolver IC

♥ A IC é uma das causas mais frequentes de internamento hospitalar

♥ A Insuficiência Cardíaca é um grave problema de saúde pública – mais de 25% dos pacientes são readmitidos no hospital durante o primeiro ano após a primeira hospitalização

♥ Mais de 40% dos doentes morrem durante o primeiro ano após a primeira hospitalização cuja principal causa foi a IC

♥ A prevalência de IC aumenta grandemente com a idade

♥ A terapêutica aumenta a qualidade de vida e a sobrevida

Sobre o GEIC

O Grupo de Estudo de Insuficiência Cardíaca (GEIC), criado no âmbito da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, tem como objectivo melhorar o tratamento dos doentes com IC. Para tal, fomenta a realização de reuniões científicas, e troca de experiencias de todos os profissionais de saúde envolvidos no tratamento desta síndrome. Tem também como missão, a divulgação junto da população, no sentido de incentivar a prevenção e melhorar o tratamento da Insuficiência Cardíaca.

Sobre o GEFERC

O Grupo de Estudos de Fisiopatologia de Esforço e Reabilitação Cardíaca (GEFERC) da Sociedade Portuguesa de Cardiologia tem como objectivo aglutinar os diversos interessados em matéria de Fisiopatologia do Esforço e Reabilitação Cardíaca em todo o País, facilitando a sua reunião, elaboração de projectos comuns de trabalho, intercâmbio de rotinas e informações.

Sociedade Portuguesa de Hipertensão defende
No âmbito da recente polémica, no seio do Governo, a respeito da possível aplicação de taxas sobre alimentos nocivos para a...

O Presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão (SPH), o Dr. Fernando Pinto, acrescenta ainda que “já em 2013, a SPH apresentou, junto da Comissão Parlamentar de Saúde e da Comissão Parlamentar de Economia, propostas concretas, no sentido de criar uma ferramenta que informe os consumidores da quantidade de sal presente nos alimentos que consomem. Este é um tema que temos conduzido com todo o empenho, de forma a alcançarmos resultados efetivos.”

Neste sentido, no dia 6 de Maio, realiza-se o Fórum da Hipertensão na Assembleia da República, promovido pela SPH, levando a debate a problemática do consumo de sal em Portugal. A proposta passa por uma rotulagem adequada dos alimentos, quanto ao teor de sal, através de um semáforo de cores, que irá potenciar uma escolha mais consciente e informada por parte dos consumidores.

Esta nova proposta de legislação por parte da SPH surge no seguimento da aprovação da lei que limita a quantidade de sal no Pão, em 2009, levada a debate na Assembleia.

Após um ano
Passou um ano desde que foi publicada a lei que proibiu a produção ou venda de 159 novas drogas, em parte em smartshops.

Desde essa data, "não houve casos notificados de situações de risco associadas ao seu consumo", confirma Manuel Cardoso, o subdirector-geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

Foi "uma medida de sucesso", refere o responsável, que permitiu aliviar as autoridades de saúde e provocar o fecho da maior parte das lojas que vendiam as chamadas drogas legais. Entre 2011 e 2012 foram registados 46 casos de urgências hospitalares (em cima), algumas com consequências clínicas muito graves, o que motivou uma alteração legislativa para travar o acesso às mesmas.

Queimar calorias até 72 horas após exercício
Um novo formato de treino de força está a tornar-se a forma de exercício preferida entre atletas, ciclistas, desportistas,...

Especialistas defendem que em conjunto com uma alimentação equilibrada, o treino de força permite queimar calorias até 72 horas depois do exercício. Mas não é para todos.

O tradicional treino de força requer habitualmente o uso de pesos ou aparelhos de peso para criar massa muscular ou endurecer os músculos. No caso do treino de força metabólico é utilizada uma combinação de circuitos de exercício intenso com variações e repetições de exercícios com pesos livres, kettlebells (bolas de ferro), alteres de vários tamanhos, e faixas de resistência para aumentar o metabolismo depois e durante o treino.

O treinador Nick Tumminello, autor de Strength Training for Fat Loss, afirma em declarações à Reuters que o treino de força deve ser a forma primária de exercício para todos, excepto principiantes. “Se pretende perder gordura, faça treino de força”, recomenda Tumminello. “Esteja atento à sua dieta para revelar a forma do corpo e treino de força para melhorar a forma física”, continua.

O treinador, actualmente a trabalhar na Florida, EUA, sublinha que o body-building é a melhor opção para maximizar a modelação do corpo, mas para a maioria das pessoas que pretendem “perder gordura no corpo ou sentir-se melhor, ou melhorar a forma física, este [treino de força] provoca uma maior perturbação metabólica”.

Devido à intensidade deste tipo de treino, Nick Tumminello recomenda que se comece por fazê-lo uma ou duas vezes por semana e que se aumente gradualmente o número de dias para três ou quatro vezes. Isto porque, explica Tumminello, o corpo necessita de recuperar da intensidade do esforço.

Jenn Burke, uma treinador pessoal e gerente de uma cadeia de ginásios em São Francisco, sublinha, por sua vez, à Reuters, que a actividade cardiovascular estável, como corrida ou ciclismo, deve ser utilizada para queimar calorias e aumentar as capacidades cardíaca e pulmonar. A diferença quanto ao treino de força é que esta forma de exercício permite queimar calorias até 72 horas depois da actividade física ter terminado.

A treinadora explica que mais que comparar quanto peso se pode levantar, o treino de força tem muito mais em conta a forma como se pode tornar o corpo mas eficiente, tonificado e forte. “Podemos ser magros, mas não conseguirmos levantar a nossa mala”, exemplifica.

Jacque Ratliff, fisiologista de exercício no American Council on Exercise, acrescenta aos benefícios desta forma de exercício o aumento da densidade mineral dos ossos e o fortalecimento dos tecidos, tendões e ligamentos. “Se alguém cair, quanto mais força tiverem os seus músculos, ossos, tendões e ligamentos, será menos provável que se magoe”, afirma.

Outra das vantagens é o aumento da elasticidade do músculo. Quanto maior for a massa muscular, maior será o repouso do metabolismo e melhor será a posição do corpo, realça a fisiologista.

Tal como Nick Tumminello, Ratliff não aconselha este tipo de exercício a pessoas que façam actividade física há pouco tempo e recomenda aos que estão mais aptos que o façam inicialmente uma ou duas vezes por semana.

Fresenius integra projecto de arte urbana da Câmara Municipal de Lisboa
O muro lateral com cerca de 70 metros da clínica de hemodiálise da NephroCare Lumiar em Lisboa, na Rua José da Costa Pedreira,...

No âmbito das comemorações do seu vigésimo aniversário em Portugal, a Fresenius Medical Care Portugal, empresa líder de mercado em produtos e serviços para o tratamento da insuficiência renal crónica, acaba de apresentar um inédito projecto de arte urbana. Em pleno centro do Lumiar, Lisboa, é agora possível encontrar um mural com cerca de 70 metros em homenagem a todos os insuficientes renais crónicos portugueses. O mural foi criado e pintado perto da sede da empresa e de uma das suas unidades de diálise por Diogo Machado e Eime Daniel, uma dupla de artistas de arte urbana da ADD FUEL.

Para Ricardo Da Silva, CEO da Fresenius em Portugal “esta iniciativa assinalou o nosso 20º aniversário de presença directa em Portugal, vinte anos dedicados a cuidar dos insuficientes renais. Integrando este projecto, tivemos o propósito de homenagear aqueles que tratamos diariamente".

A obra agora inaugurada contou com o apoio da GAU – Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa que, tendo por base a sua mais valia significativa para a comunidade local, desde cedo apoiou a concretização deste inédito projecto artístico. A GAU deixou-nos o seu testemunho: "Recorrendo à sua exímia técnica de stencil, a dupla de street artists Add Fuel e Eime realizaram esta vasta intervenção no seu habitual discurso estético que conjuga figuração e padrões azulejares, que associa património histórico e a contemporaneidade das peças de arte urbana patentes nas ruas de Lisboa. No seu conjunto, consideramos constituir um importante trabalho relevante para a revitalização artística daquela zona da cidade. E esta efectiva melhoria do espaço público resultou da iniciativa de uma entidade privada capaz não só de encontrar na arte urbana o meio de dinamizar a sua própria imagem, como também de oferecer a Lisboa esta relevante criação”.

Os autores do projecto utilizaram a azulejaria para fazer a ponte entre a arte urbana e a tradição portuguesa, uma ligação entre o antigo e o contemporâneo, reforçando orgulhosamente e em termos gráficos a afirmação da Fresenius "Estamos em Portugal”.

O mural representa, da esquerda para a direita, o paciente durante o tratamento de diálise, no conforto que a clinica proporciona. A segunda imagem, duas mãos com os dedos entrelaçados simbolizam a humanidade e confiança, e a terceira imagem, um casal de idosos cúmplices, próximos e unidos representam a importância do apoio constante que deve ser dado a todos os doentes.

“Procurámos transmitir um dinamismo que acreditamos não passar despercebido e que vai chamar a atenção do transeunte para este mural, uma peça de arte urbana "nossa" - portuguesa, que inspira confiança e que transmite o espírito positivo e inovador da Fresenius Medical Care”, refere Diogo Machado da ADD FUEL.

A alimentação do bebé
O aleitamento materno exclusivo nos primeiros meses de vida é o mais aconselhado para a alimentação
Alimentação do bebé

 

No ano de 2012 foram efetuadas, por vários autores, 29 revisões sistemáticas e meta-análises que envolveram 400 estudos, de forma a criar recomendações na alimentação no 1º ano de vida, tendo em conta a idade de início e tipo de alimentos a introduzir, tendo por base a evidência científica acumulada relativamente a efeitos a curto e a longo prazo para a Saúde.

 

 

A diversificação alimentar baseia-se nos seguintes aspetos:

4 Meses
Aos 4 meses a criança deve fazer 4 a 6 refeições de leite (materno, adaptado ou misto), 1 refeição de sopa, com fruta como sobremesa (preferencialmente ao almoço) ou 1 farinha sem glúten.

A Sopa: deve iniciar com um caldo ou puré de legumes (1ª sopa ABC – abóbora, batata e cenoura). Podem introduzir-se todos os legumes – cebola, alho, alho francês, alface, curgete, brócolo, couve branca, entre outros. No final juntar azeite (5 a 7,5 ml). Os espinafres, o nabo, a nabiça e a beterraba, pelo seu elevado teor de Nitrato e de Fitato, só devem ser introduzidos após os 12 meses.

A Fruta: a pera, a maçã (cozidas ou assadas) e a banana são os frutos aconselhados até aos 6 meses. Deve ser iniciada 1 semana após a introdução da sopa, como sobremesa.

5 Meses
Se houver necessidade pode ser introduzida uma farinha sem glúten ao lanche.

6 Meses
Aos 6 meses a criança deve fazer 3 a 5 refeições de leite, 1 sopa de legumes, com carne, ao almoço, fruta como sobremesa e 1 farinha láctea com glúten, à tarde.

Na sopa, juntar o correspondente a 1 colher de sopa de carne, sem gorduras e peles, começando com carnes brancas: peito de frango, peito de peru, coelho e pato.

À sobremesa já pode introduzir a papaia, a pera, abacate e a manga.

7 Meses
Aos 7 meses a criança faz 2 a 3 refeições lácteas (leite ou farinha) e 2 refeições de sopa de legumes, com carne ou peixe. 1 Porção de proteínas na sopa por dia.

Só se deve dar peixe magro e branco: pescada, linguado, solha e faneca.

Pode adicionar-se a dose recomendada de carne ou peixe a preparados como a açorda.

Idealmente, deve comer 4 vezes por semana carne e 3 vezes peixe.

9 Meses
Aos 9 meses faz 2 ou 3 refeições lácteas (leite, farinha ou iogurte), 2 refeições de sopa de legumes com carne ou peixe ou gema de ovo, com fruta, em peça, como sobremesa.

Pode oferecer-se carne, peixe ou ovos com puré de batata, arroz ou massa.

Já pode ser introduzido o feijão fradinho e a lentilha, sempre previamente bem demolhado e inicialmente sem casca e em pequenas porções.

Só se deve dar a gema (iniciar com metade da gema por refeição, por semana, durante 2 a 3 semanas, depois passa a 1 gema por refeição, por semana, também durante 2 a 3 semanas). Não se deve exceder 2-3 gemas por semana; o ovo substitui o peixe ou a carne na sopa.

O iogurte deve ser sempre natural e pode ser dado simples, ou com fruta ou bolacha, fazendo 1 refeição. Iogurtes com aromas e queijo só devem ser oferecidos à criança após os 12 meses de idade. Nunca se deve dar iogurtes à sobremesa, pois as proteínas evitam a absorção do ferro, que o bebé ingere na sopa.

12 Meses
Deve fazer-se a integração gradual na dieta familiar sem restrições, de acordo com hábitos de vida saudáveis.

Nunca se deve introduzir o sal antes dos 12 meses.

Bibliografia
Guerra, A. et al
. Amamentação e Nutrição do lactente. Acta Pediatrica Portuguesa 2012: 43(2): S17-S40.

Nota: Este artigo foi escrito pelos autores ao abrigo do novo acordo ortográfico

Ângela Quinteiro – Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediatria; OE nº. 2-E-53608 a exercer na USF Viriato

Rosa Lacerda – Enfermeira; OE nº. 2-E-15021 a exercer na USF Viriato

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Um crime público… uma responsabilidade de todos
A Mutilação Genital Feminina é um crime público em Portugal e o profissional de saúde deve estar ale
Mutilação Genital Feminina

No nosso país, em janeiro iniciou-se um estudo para conhecer a prevalência desta prática. Em fevereiro a Assembleia da República aprovou projetos-lei que tipificam como crime público a Mutilação Genital Feminina, o que faz com que o processo avance independentemente da vontade da vítima e obriga entidades policiais e funcionários públicos a denunciá-lo.

 

Anualmente entre 100 a 140 milhões de raparigas e mulheres, em todo o mundo, são vítimas desta prática. No espaço europeu são 500 mil por ano. Em Portugal sabe-se que o problema existe, mas desconhece-se a sua dimensão.

Embora se assuma que as sociedades estejam cada vez mais informadas e esclarecidas, continuam a persistir no seio de algumas comunidades certas práticas culturais e religiosas que são um exemplo claro da violação dos Direitos Humanos. A Mutilação Genital Feminina (MGF) é uma dessas práticas.

A MGF acontece quando se procede à remoção parcial ou total dos órgãos genitais femininos, ou quando são provocadas lesões nos mesmos, por razões não médicas. A sua realização é de tal forma nociva que provoca danos irreparáveis para a saúde física, psicológica e sexual, podendo, nalguns casos, provocar mesmo a morte.

Entre as complicações imediatas mais frequentes destacam-se os traumatismos da uretra, as infeções urinárias, as hemorragias e outras infeções onde se inclui o HIV. Ao nível das complicações crónicas pode ocorrer a formação de quelóides, áreas de fibrose e estreitamento vaginal provocando dor e úlceras de repetição por traumatismo durante as relações sexuais. Nos casos mais graves o estreitamento vaginal pode provocar obstrução ao fluxo menstrual e a impossibilidade de penetração vaginal. As alterações obstétricas podem ainda provocar obstrução ao parto e consequente sofrimento fetal. Ao nível das alterações psicológicas existem referências de stress pós traumático, depressão e perda de memória.

“Proteger a honra da família” é argumento para a Mutilação Genital Feminina
Entre os motivos para a sua realização, e segundo as comunidades em que é praticada, encontram-se argumentos como ajudar a preservar a virgindade da mulher até ao casamento, proteger a honra da família, reduzir o desejo sexual da mulher tornando-a “menos promíscua”, aumentar a higiene e estética, ser benéfica para a saúde e aumentar a fertilidade, entre muitas outras. Em todas elas se denota uma clara falta de conhecimentos no que diz respeito às questões da saúde física e reprodutiva das mulheres.

A Mutilação Genital Feminina insere-se ainda dentro das discriminações de género, já que se encontra profundamente enraizada nas culturas onde as desigualdades e assimetrias de poder entre homens e mulheres são mais notórias, impedindo estas de usufruir plenamente dos seus direitos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde entre 100 a 140 milhões de meninas, raparigas e mulheres em todo o mundo já terão sido submetidas a MGF. Todos os anos cerca de 3 milhões continuam a estar em risco de sofrer alguma forma deste tipo de mutilação.

500 mil mulheres vítimas desta prática no espaço europeu
Por sua vez, ao nível do espaço europeu estima-se que sejam cerca de 500 mil mulheres a sofrer as consequências desta prática, e que 180 mil raparigas se encontrem em risco de ser alvo da mesma.

No nosso país não existem dados estatísticas, o que não permite identificar um número de casos. Em janeiro deste ano avançou-se com um estudo que vai permitir conhecer a prevalência da mesma. No entanto, sabe-se que há em Portugal mulheres a necessitaram de cuidados de saúde por terem sofrido mutilação nos seus países de origem.

Portugal não pode, neste sentido, afastar-se desta questão. É considerado um país de risco neste domínio. Alguns dos elementos das comunidades migrantes a residir no País, e que são oriundos de países onde a MGF existe, poderão estar a continuar com esta prática, tanto em Portugal como enviando menores aos países de origem.

Felizmente esta questão não está a passar ao lado, nem da sociedade civil, nem de quem tem o poder de decisão política. Desde 2009 que Portugal tem vindo a assumir formalmente um compromisso político específico relativamente à erradicação da sua prática, por via da implementação de um Programa de Ação para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina. Também algumas organizações não-governamentais, como a Amnistia Internacional, têm acompanhado de perto este problema.

O respeito para com uma cultura diferente não pode de forma alguma justificar a aceitação deste tipo de práticas, tornando-se necessário avançar no sentido de terminar com as mesmas. Assim, é fundamental trabalhar com as comunidades onde a MGF ainda acontece, e capacitar os seus elementos para que estes interiorizem a necessidade de desenvolver formas de a combater. É essencial que se faça um trabalho constante de sensibilização e de prevenção.

Assembleia da República aprovou em fevereiro leis de agravamento penal
Um dos últimos avanços nesta questão passou pela aprovação, a 28 de fevereiro, em Assembleia da República, dos projetos de lei que têm em vista a alteração do Código Penal. Esses projetos preconizam a alteração da moldura penal do crime de MGF, e a sua inclusão no âmbito dos crimes de ofensa à integridade física qualificada.

Estes projetos de alteração à lei pretendem colmatar uma lacuna que existia na legislação em vigor, e que tinha como consequência que este tipo de crime raramente chegasse a tribunal. Até este ano a MGF enquadrava-se nos crimes de ofensa à integridade física grave, o que levava a que, não sendo considerado um crime público e ficando dependente de queixa às autoridades pelas próprias vítimas ou famílias, estas muito excecionalmente o faziam. Com o novo enquadramento legal é considerada um crime público e passa a ser possível atuar judicialmente sem que exista obrigatoriamente queixa por parte da vítima ou família.

Enfermeiros em situação privilegiada para sinalizar casos
E os enfermeiros, qual o seu papel nesta questão? Estes têm uma posição privilegiada nas equipas de saúde. Nos cuidados de saúde primários são aqueles que conhecem de mais perto a realidade das comunidades em que trabalham. Estes deslocam-se em múltiplas visitas domiciliárias que, afastadas do contexto físico dos Centros de Saúde e das Unidades de Saúde Familiar, lhes permitem conhecer in loco o espaço familiar, possibilitando fazer uma avaliação mais aprofundada das famílias.

Por sua vez, também os enfermeiros que trabalham no meio hospitalar são de entre todos os profissionais de saúde os que conhecem de mais perto a pessoa internada. São estes que passam 24 horas por dia junto dela.

Mas, para que os sinais de alerta sejam entendidos como tal, é necessário que também os profissionais de saúde conheçam e estejam despertos para esta realidade. Só assim poderão ser tomadas as medidas necessárias, quer relacionadas com o encaminhamento para o tratamento de lesões, quer relacionadas com a capacitação destas meninas e mulheres para rejeitarem a MGF e qualquer outra forma de violência sobre elas, quer relacionadas com o encaminhamento judicial do crime para as autoridades competentes. Também aqui ainda existe muito trabalho a fazer.

Neste sentido, estar consciente de que esta situação continua a existir é um dever de todos, e denunciar a sua ocorrência é uma responsabilidade de todos.

Bibliografia
Declaração Universal dos Direitos Humanos. [em linha]. [Consult. em 15 fevereiro de 2014]. Disponível em http://dre.pt/util/pdfs/files/dudh.pdf
II Programa de Ação para a Eliminação da Mutilação Genital Feminina. [em linha]. [Consult. em 15 fevereiro de 2014]. Disponível em http://www.cig.gov.pt/wp-content/uploads/2013/12/II_Programa_Accao_Mutilacao_Genital_Feminina.pdf
Resolução do Parlamento Europeu sobre as mutilações genitais femininas (2001/2035(INI)). [em linha]. [Consult. em 15 fevereiro de 2014]. Disponível em http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:C:2002:077E:0126:0133:PT:PDF

Nota: Este artigo foi escrito pelos autores ao abrigo do novo acordo ortográfico

Enfermeira Rita Gonçalves

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Porque acontece?
A sensibilidade dentária é uma dor nos dentes, que pode ser causada por uma variedade de problemas.
Mulher a apontar para um dente

As causas possíveis para a sensibilidade dentária incluem:

 

Num dente saudável, uma camada de esmalte protege a coroa do dente acima da margem gengival. Por baixo da gengiva o cemento protege a raiz do dente. Por baixo do esmalte e do cemento está a dentina, que é menos densa que o esmalte e o cemento, e contem inúmeros túbulos microscópicos. Quando a dentina perde a sua cobertura protetora estes túbulos permitem que o calor, frio ou ácidos atinjam a polpa e causem dor. A dentina também pode estar exposta por recessão da gengiva. O resultado pode ser hipersensibilidade.

A dor de hipersensibilidade é uma dor forte e rápida, semelhante a um “arrepio”, quando os dentes entram em contacto com o frio, calor, ácidos ou ao toque.

Ignorar os dentes sensíveis pode levar a outros problemas de saúde oral. A dor pode levar a que a remoção da placa bacteriana (escovagem e fio) não seja tão eficaz, tornando os dentes mais vulneráveis à cárie e doenças gengivais.


Os dentes sensíveis podem ser tratados. O tipo de tratamento depende da causa da sensibilidade. O profissional de saúde oral pode sugerir uma variedade de tratamentos, como:

  • Dentífricos e elixires para a hipersensibilidade

Estes produtos contêm compostos que ajudam a bloquear a transmissão de sensações da superfície do dente ao nervo do dente e, normalmente, requer várias aplicações até a sensibilidade ser aliviada.

  • Gel fluoretado

Este produto vai fortalecer o esmalte e reduzir a transmissão de estímulos.

  • Aplicação de adesivos dentinários

Estes produtos têm que ser aplicados em consultório dentário e criam uma barreira física aos estímulos que provocam a dor.

  • Restauração ou coroa

Estes procedimentos normalmente usam-se para dentes que apresentam cárie dentária.

  • Cirurgia de contorno gengival

Se o tecido gengival foi perdido pode optar-se pelo recobrimento radicular que protegerá o dente e reduzirá a sensibilidade

  • Endodontia ou desvitalização

Se a sensibilidade for persistente e não pode ser tratada por outro meio pode optar-se pela desvitalização do dente o que eliminará de vez o problema. 

Uma higiene oral adequada é a chave para prevenir problemas de sensibilidade dentária.

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Qual a importância?
O desenvolvimento da visão na criança depende de uma correcta estimulação cerebral nos primeiros ano

Ao nascimento, toda a estrutura cerebral que suporta a função visual está presente. Contudo, para que se torne funcional, é necessário que receba nos primeiros anos de vida (e sobretudo nos primeiros meses) imagens de qualidade, imagens que sejam focadas de forma correcta e simétrica pelos dois olhos. Quando isto não acontece, o desenvolvimento das competências visuais dá-se de forma incorrecta com a instalação de ambliopia (olho preguiçoso).

Entre as causas mais frequente de mau desenvolvimentos visual na criança, predominam os erros refractivos, que em princípio devem ser corrigidos ou compensados com óculos. Segue-se o estrabismo, que na maioria das vezes, também ele, tem como causa um erro refractivo não corrigido.

Os erros refractivos mais frequentes são a hipermetropia (o olho foca a imagem atrás da retina), a miopia (o olho foca a imagem frente da retina) e o astigmatismo (o olho tem dois focos diferentes e esta dupla focagem dá uma imagem desfocada).

Nos adultos e nas crianças mais velhas (acima dos 7-8 anos) com erros refractivos, a ausência da sua correcção tem como consequência apenas a diminuição imediata da acuidade visual e o cansaço muitas vezes associado a cefaleias. Porém, nas crianças mais novas o uso permanente dos óculos é muitas vezes fundamental para prevenir e/ou tratar a ambliopia e o estrabismo.

Neste grupo etário, a rejeição dos óculos pode por isso ter consequências nefastas e irreversíveis. Por isso é muito importante conhecer e optimizar os factores capazes de aumentar a “compliance” neste grupo etário.

O aspecto mais importante nos óculos de uma criança é a prescrição.

Na criança, mais que no adulto, o rigor da prescrição é fundamental. No adulto, habitualmente a prescrição baseia-se em critérios subjectivos; é o doente quem decide qual a lente que lhe proporciona melhor visão e conforto. Na criança, e em particular nas mais novas, a prescrição de lentes de correcção baseia-se em critérios objectivos. A medição do erro refractivo deve ser efectuada após a aplicação de gotas que inibem a focagem automática do olho (cicloplegia), e os critérios de prescrição baseiam-se muitas vezes, mais na experiencia individual (e na integração de outros achados clínicos como o equilíbrio oculomotor) do que em “guidelines” suportadas na evidência clínica. Por este motivo, a prescrição deve ser sempre efectuada por um oftalmologista, que de preferência tenha experiencia e treino na avaliação de crianças.

A escolha e a montagem dos óculos são também aspectos fundamentais nos óculos de uma criança para que ela se sinta confortável e os assimile no seu quotidiano.

A armação
Deve ser leve, confortável e deve estar perfeitamente adaptada. É importante ter em conta que o nariz das crianças está normalmente mal desenvolvido e isso implica alguns ajustes importantes na adaptação ao nível da ponte. Outro aspecto crítico diz respeito às hastes; devem ser adaptadas de forma a impedir que a armação deslize ao longo do nariz, mas sem provocar desconforto nas orelhas.

As lentes
No que respeita às lentes, o aspecto mais importante é a sua qualidade óptica; se a visão não for confortável serão seguramente rejeitados. Devem também ser confortáveis; para isso devem ser leves e finas, construídas com um material de alto índice refractivo e de baixa densidade. O desconforto é uma das causas mais frequentes de rejeição dos óculos na infância. Devem ter um índice elevado desegurança; é importante que sejam de um material que tenha boa resistência ao impacto uma vez que a criança tem um risco elevado de traumatismo e de acidentes. Devem garantir boa protecção relativamente às radiações nocivas para o aparelho visual; devem filtrar a 100% a radiação UVA e UVB; é importante não esquecer que cerca de 80% da exposição à radiação UV ocorre durante as duas primeiras décadas de vida. Finalmente devem ter uma protecção anti-risco eficaz; as crianças são habitualmente menos cuidadosas na utilização dos óculos.

Os aspectos estéticos são menos importantes nas crianças mais novas e a durabilidade é também um aspecto secundário, uma vez que o mais importante é de facto a utilização continuada de lentes com qualidade óptica que satisfaçam um aparelho visual em desenvolvimento.

Que material ou materiais deverão então ser escolhidos no fabrico de lentes para crianças?
De um modo geral os materiais orgânicos têm clara vantagem sobre o vidro. O policarbonato tem vantagem adicional sobre as resinas orgânicas (plásticos convencionais). De facto o policarbonato tem uma estrutura química especial que lhe confere características óptimas para a construção de lentes ópticas.

O policarbonato
É diferente de todos os outros plásticos. As suas moléculas são constituídas por cadeias de átomos extremamente longas que deslizam para frente e para trás umas nas outras. Desta estrutura química resulta um material extremamente resistente que se curva ou deforma sem quebrar (a energia de qualquer impacto deforma a lente em vez de a partir); a sua resistência ao impacto é muito elevada quando comparada com os outros materiais, sendo por ex. 21 vezes superior ao CR-39.

Por outro lado, as características do policarbonato permitem a produção de lentes finas (com elevado índice refractivo) e leves (baixa gravidade), o que as torna muito confortáveis. Adicionalmente o policarbonato garante uma protecção UV natural, já que sem protecção adicional filtra 100% das radiações abaixo dos 380 nm.

Finalmente as lentes de policarbonato permitem uma excelente qualidade óptica embora apresentem mais aberração cromática lateral (numero de Abbe elevado) para potências da lente mais elevadas.

A grande desvantagem do policarbonato na construção de lentes é a sua fraca resistência ao risco, pelo que devem sempre ser suplementadas com uma capa de protecção anti-abrasão, de preferência de dupla superfície.

Conclusão
O policarbonato, pela sua estrutura químicas e pelas características que ela lhe confere, é seguramente o material mais adequado para a construção de lentes ópticas. Essas características são particularmente vantajosas para o uso em crianças e desportistas, devendo contudo ser suplementadas com capa de protecção anti-risco.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Factores de risco organizacionais
São muitos os factores de risco que concorrem para o aparecimento das doenças profissionais.
Doenças profissionais

Os factores de risco organizacionais prendem-se com a maioria dos domínios e contextos de actividade laboral. Situações como a flexibilização do trabalho, a precariedade dos vínculos de trabalho ou o ritmo de trabalho implicam grande capacidade de respostas adaptativas pessoais, sociais e biológicas e podem representar elevados para a saúde dos trabalhadores.

Os efeitos negativos que advém destes factores de risco justificam-se pelos sentimentos generalizados de insatisfação que conduzem a um menor envolvimento dos trabalhadores na situação de trabalho, diminuindo os comportamentos de segurança dos mesmos.

Vários estudos indicam que as pessoas que trabalham à menos de dois anos numa organização registam uma probabilidade superior à média de serem vítimas de um acidente de trabalho.

A justificação para esta maior susceptibilidade à ocorrência de acidentes de trabalho encontra-se na falta de informação adequada, nas alterações psicossomáticas devidas ao trabalho por turnos ou nocturno, na falta de motivação, na ausência de vínculos contratuais, bem como na ausência de ligações físicas entre o local de trabalho e o desempenho do mesmo, não deixando espaço para o desenvolvimento de medidas de prevenção dos riscos.

Os trabalhadores subcontratados, por exemplo, trabalham sob condições ergonómicas deficitárias, ao mesmo que tempo que têm menos acesso a treinos e a informação sobre os riscos de trabalho.

De entre os factores de risco no contexto organizacional destaca-se também o controlo do trabalhador sobre o próprio trabalho e que se traduz em aspectos como a autonomia e a influência no desenvolvimento do mesmo ao nível da ordem de execução das tarefas, dos métodos de trabalho, do ritmo e horas de trabalho, dos intervalos, pausas, folgas e férias.

Especialistas afirmam que a ausência de controlo sobre o modo e o ritmo do trabalho realizado, sobre as pausas efectuadas e sobre as férias realizadas, levando a que os ciclos e ritmos naturais e biológicos do trabalhador não estejam em sintonia com os das máquinas, chefias ou equipas de trabalho, perturba o trabalhador, reduz a sua performance e tem graves efeitos nos processos psicológicos, podendo funcionar como factor estimulador de stress.

As pausas, por exemplo, assumem um peso determinante para o restabelecimento físico e mental do trabalhador, ao mesmo tempo que melhoram o rendimento, permitindo prevenir a aparecimento de sintomas de fadiga e a consequente baixa de produção.

Ainda no contexto dos factores de risco organizacionais, a dimensão da empresa e os seus recursos limitados de tempo, capacidade financeira e meios técnicos para analisarem riscos e adoptarem práticas preventivas, são identificadas como apresentando maior risco para a sua população trabalhadora. Aliás, a percentagem de acidentes de trabalho é superior para os trabalhadores pertencentes a pequenas e médias empresas, sendo que a taxa de incidência de acidentes de trabalho fatais nas pequenas empresas é duas vezes superior à que se verifica nas grandes empresas.

Também os factores associados ao tempo de trabalho – trabalho por turnos, trabalho nocturno, número de horas de trabalho, etc. – encontram-se muitas vezes em oposição aos ritmos de trabalho naturais e humanos. Ou seja, a existência ou não de equilíbrio entre os ritmos naturais de trabalho e o momento de realização do mesmo pode conduzir ao stress no indivíduo.

O trabalho nocturno e o trabalho contínuo por turnos apresentam inúmeros efeitos nocivos no plano familiar, social, profissional e fisiológico, como seja a fadiga e os problemas gástricos, comportamentais e cardiovasculares, claramente reconhecidos como um problema de saúde pública.

O trabalho nocturno implica, geralmente, um menor nível de rendimento e uma maior frequência de acidentes de trabalho e, ao nível fisiológico e para a grande maioria de pessoas, conduz a reacções como a "alteração nos ritmos normais do organismo, na temperatura do corpo e na secreção de adrenalina, conduzindo a situações desequilibradoras no funcionamento do organismo”. Ao nível social, o trabalho nocturno é também responsável por problemas de stress ao interferir na vida familiar e social dos trabalhadores.

Ritmo de trabalho

Estudos apontam para a existência de uma correlação directa entre problemas de saúde e condições de trabalho caracterizada pela imposição de ritmos de trabalho intensivos.

Ou seja, quando o ritmo de realização de uma tarefa é imposto, por uma máquina, por objectivos de produção, por exigências externas, por colegas ou mesmo pelo controlo directo do chefe, o trabalhador não pode regular o seu trabalho, aumentando a probabilidade de ocorrência de acidentes.

A manifestação clínica mais frequente associada aos ritmos e movimentos de trabalho intensos são as tendinites resultantes da sobrecarga sobre as bainhas tendinosas e musculares.

Novas tecnologias da informação e comunicação

As novas tecnologias da informação e comunicação são uma realidade nos actuais contextos de trabalho.

A maioria das tarefas é apoiada por suportes tecnológicos e o uso do computador, de ecrãs e/ou monitores. São de facto instrumentos fundamentais para operacionalização das novas tecnologias da informação e comunicação, mas também são responsáveis pelo crescente aumento das horas dispendidas em frente aos mesmos e, por isso, originam queixas dos trabalhadores como:

Fadiga
• Cansaço
• Irritação ocular
• Visão turva
• Tensão muscular
Dores de cabeça
Stress
• Dores no pescoço
• Dores nas costas e nos braços.

Assim, os problemas de saúde implicados na utilização do computador são fundamentalmente de três tipos:

Lesões músculo-esqueléticas
• Perturbações visuais
• Reacções do organismo à exposição a radiações (campos electromagnéticos gerados pelos dispositivos electrónicos).

Todas estas problemáticas são agravadas pelo tipo de tarefas desenvolvidas, muitas vezes assumindo um elevado carácter estático, sendo que este tipo de funções cresce ao mesmo ritmo que a evolução tecnológica.

No entanto, para uma correcta análise deste factor de risco não se deve isolar o uso das novas tecnologias de informação e comunicação de outras variáveis que se constituem igualmente como factores de risco e que a elas estão associadas, como sejam:

• Má disposição das fontes de luz no local de trabalho
• Design inadequado de secretárias e cadeiras
• Quantidade de horas passadas em frente aos monitores e ecrãs
• Carácter repetitivo das tarefas
• Predisposição e sensibilidades individuais
• Ambiente e tensão do trabalho.

É a associação destes factores de risco que causa os efeitos nocivos para a saúde dos trabalhadores e que provêm maioritariamente dos reflexos dos monitores, do seu mau posicionamento e da execução de tarefas repetitivas que obrigam ao uso redobrado dos mesmos músculos e nervos dos olhos, implicadas na utilização dos referidos instrumentos.

Principais factores de risco no contexto organizacional:

• Organização de trabalho mais flexível
• Precariedade dos vínculos contratuais
• Grau de controlo sobre o próprio trabalho
• Ritmo de trabalho
• Rotatividade dos postos de trabalho
• Novas tecnologias da informação e comunicação
• Dimensão da empresa
• Sistema de pagamento
• Exigências de produtividade ou obrigação de resultados
• Impossibilidade de discutir condições de trabalho e mudanças organizacionais

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Por mais de 73 milhões de euros
A Pfizer manteve negociações informais para adquirir a AstraZeneca há alguns meses mas a transacção não está neste momento em...

A Pfizer, a maior fabricante de medicamentos mundial, estudou a possibilidade de comprar a AstraZeneca, farmacêutica com sede em Londres, num negócio superior a 73 milhões de euros.

A notícia foi ontem avançada pelo Times e confirmada hoje por duas fontes do sector. Segundo essas fontes houve, há alguns meses, conversações informais entre as duas empresas. Negociações que não existem actualmente, garantem.

A compra da AstraZeneca poderia potencialmente permitir à Pfizer transferir o seu domicílio fiscal para o Reino Unido, um movimento que tem permitido a outras farmacêuticas nos Estados Unidos reduzirem a carga com impostos.

"Nós não comentamos especulações de mercado ou rumores", afirmou Andrew Töpen, um porta-voz da Pfizer. Também Esra Erkal Palrer, porta-voz da AstraZeneca com sede em Londres, não quis comentar.

A Pfizer reorganizou os seus negócios nos últimos três anos, fechando alguns projectos de pesquisa e enfatizando outros. A AstraZeneca tem neste momento um promissor trabalho de pesquisa sobre tratamentos de cancro que utiliza as próprias células do sistema imunológico do organismo para reconhecer e acabar com vários tipos de cancro.

As acções da maior fabricante de medicamentos do mundo valorizaram 35% nos últimos dois anos, beneficiando das apostas de reorganização da empresa nos últimos tempos. Também os títulos da AstraZeneca dispararam cerca de 32% os últimos dois anos, apesar das vendas terem caído, devido ao estudos e medicamentos da empresa para tratar vários tipos dos de cancro. 

Criado até Junho de 2015
Os ministros da Saúde de África comprometeram-se na passada quinta-feira em Luanda a criar até Junho de 2015 o Centro Africano...

Este é um dos seis compromissos assumidos pelos ministros da Saúde de África na reunião que terminou a semana passada em Luanda.

Os ministros da Saúde africanos, preocupados com as doenças transmissíveis e não transmissíveis, que "contribuem significativamente para a morbilidade e mortalidade evitáveis em África" comprometeram-se a criar um grupo de ação até Julho de 2015 para definir as modalidades e mapear o roteiro do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças.

Ministério da Saúde garante
O Ministério da Saúde garantiu na passada quinta-feira que a recente portaria sobre a categorização dos serviços e...

O desmentido do ministério de Paulo Macedo surge após o presidente da Câmara Municipal de Gaia ter afirmado que tinha a "garantia do Governo" de que a portaria que classifica os hospitais e lhes retira algumas valências médicas vai ser revogada.

"Eu sobre isso a única coisa que digo, porque até à hora da reunião de câmara estou expectante, é que tenho neste momento a garantia do Governo, a partir das diligências que fiz junto do Ministério da Saúde e do Governo, de que a portaria vai ser revogada", afirmou Eduardo Vítor Rodrigues.

Fonte do gabinete do Ministro da Saúde desmentiu esta intenção do Governo.

O Ministério da Saúde tinha já desmentido a intenção de encerrar maternidades, no seguimento da aplicação desta portaria, após críticas de alguns autarcas.

O Ministério da Saúde tinha publicado recentemente, em Diário da República, a portaria que classifica o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) como uma unidade de tipologia II, quando antes desta publicação este estabelecimento estava classificado como III.

O documento punha em causa os serviços de Cirurgia Cardiotorácica e Cirurgia Pediátrica daquela unidade de saúde.

Um esclarecimento da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) refere que "a nova classificação assenta, primordialmente, em critérios de base populacional e complementaridade da rede hospitalar para a prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade e proximidade".

No dia seguinte à publicação da portaria, o Ministério da Saúde garantiu que nenhum hospital público terá encerramento de serviços no imediato e que, caso isso venha a acontecer no futuro, os profissionais de saúde serão sempre integrados noutras unidades.

"Não há nenhuma quebra de serviços imediata. O que existem são indicações estratégicas que o sistema vai ter de observar. Não é um quadro totalmente fechado, nem é para ter efeito imediato. Não há que haver preocupação", declarou o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira.

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