Dos EUA
A saúde das mulheres fica em risco com a decisão da justiça que dispensa algumas empresas norte-americanas de financiarem...

“Esta decisão coloca em risco a saúde das mulheres que trabalham nestas empresas”, declarou o porta-voz Josh Earnest, em conferência de imprensa. A Casa Branca vai agora trabalhar com o Congresso norte-americano para garantir que estas funcionárias “tenham a mesma cobertura de serviços de saúde vitais como todas as outras”.

Josh Earnest apela aos congressistas que legislem no sentido de garantir a todas as mulheres o acesso a métodos contraceptivos e admitiu a possibilidade de o Presidente Barack Obama actuar nesse sentido, noticia a Renascença citada pelo RCM pharma.

“Os donos de organizações sem fins lucrativos não devem ser autorizados a fazer valer os seus pontos de vista religiosos para negar benefícios aos seus empregados”, afirma o porta-voz da Casa Branca.

O Supremo Tribunal dos EUA saiu esta segunda-feira em defesa da liberdade religiosa, dando razão a duas empresas que processaram o Governo, que queria obrigá-las a financiar contraceptivos, esterilizações e pílulas abortivas para os seus funcionários como parte dos seus seguros de saúde.

As empresas, Hobby Lobby e Conestoga Wood, obtiveram assim uma importante vitória, que pode ser vista como crucial na actual disputa entre vários grupos religiosos, incluindo a Igreja Católica, e a administração Obama.

 

Programa de computador reconhece
Um grupo de investigadores do Reino Unido e da Escócia criou um programa de computador capaz de detectar problemas genéticos...

Cientistas das Universidades de Edimburgo, na Escócia, e Oxford, no Reino Unido, inventaram um programa de computador que além de reconhecer expressões faciais em fotografias, consegue detectar problemas genéticos através dessas mesmas expressões e traços.

Segundo a BBC, este programa recorre a uma tecnologia de reconhecimento facial idêntica à existente no Facebook, mas consegue também verificar variações de luz, qualidade de imagem, cenários de fundo e a própria postura da pessoa fotografada.

E é através destas características que a magia acontece. Tendo todas estas percepções como base, o programa faz uma descrição da estrutura do rosto da pessoa, delineando os olhos, o nariz a boca e outros traços da cara. Cada expressão facial é comparada com as restantes já existentes no programa.

É com esta comparação que o algoritmo desenvolvido pelos pesquisadores consegue, automaticamente, relacionar as imagens de doentes portadores da mesma doença ou síndrome.

Estas doenças genéticas são raras, mas acredita-se que entre 30% a 40% destes problemas de saúde têm em comum alguma mudança no rosto e no crânio do doente.

 

Relatório de Primavera 2014
O Relatório de Primavera 2014, divulgado pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde, diz que prevalece o silêncio e/ou a...

Há vários dados que indiciam o impacto da crise sobre a saúde das pessoas, mas continua a haver, quer da União Europeia, quer do Governo “um manifesto esforço” em negar esta evidência, conclui o Relatório de Primavera 2014, divulgado esta segunda-feira pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS).

O documento, intitulado “Saúde - Síndrome de Negação”, sublinha que, à semelhança do “silêncio das autoridades europeias”, em que as evidências parecem ser “intencionalmente ignoradas, votadas ao esquecimento”, “também por cá prevalece o silêncio e/ou a tentativa de demonstração de que não há impacto negativo da crise de forma significativa para a saúde das pessoas”.

O controlo da diabetes, a evolução da infecção por VIH/Sida e Tuberculose, a evolução das doenças respiratórias, os estilos de vida, a saúde mental, o acesso ao medicamento, os cuidados de saúde primários são algumas das áreas críticas analisadas pelo OPSS, num relatório que coincide com o fim da intervenção formal da “troika” em Portugal.

Os Cuidados de Saúde Primários, “sistematicamente referidos no discurso político como a área a privilegiar”, “não se têm constituído como prioridade”, prevalecendo dificuldades no dia-a-dia dos profissionais que “dificultam muito a prestação de cuidados”, critica o OPSS.

O estudo é feito com base nos dados disponibilizados, o que leva os relatores a realçar que é um exercício “cada vez mais difícil na medida em que o acesso e a transparência da informação estão, cada vez mais, condicionados”.

“Podemos dizer que há actualmente mecanismos que impedem ou limitam os investigadores em saúde de aceder a dados do SNS, o que, entendemos, torna a governação menos transparente e consequentemente menos participada”.

Numa análise às políticas de saúde, o OPSS critica as diversas medidas de centralização adoptadas pelo Ministério de Paulo Macedo - lei dos compromissos, burocratização dos processos de aquisição e contratação, controlo central dos investimentos e da informação - considerando que “desmotivam e desresponsabilizam as lideranças das organizações de saúde”. Manuel Lopes, Felismina Mendes e Ana Escoval, coordenadores do Relatório de Primavera 2014, entendem que “através do centralismo silencia-se um conjunto diversificado de players e por essa via esta opção representa hoje um elevado factor de risco no desempenho futuro do SNS”.

“Ao transformarem-se as estruturas regionais e locais, e as suas organizações, em simples correias de transmissão de decisões centralmente tomadas, retira-se eficácia, massa crítica, experiência e capacidade de inovação, para encontrar soluções que só a proximidade e o conhecimento dos problemas permitem resolver”, sublinha o documento.

 

Governo nega acusação de estar a esconder efeitos da crise na saúde

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, recusou, estar a esconder os efeitos da crise na saúde, lembrando que “as situações existem” e reiterando que pediu à Organização Mundial de Saúde estudos sobre esse impacto.

“As situações existem, não são minimamente escondidas”, afirmou aos jornalistas, em Lisboa, assinalando que “a crise tem consequências negativas na saúde”, nomeadamente na saúde mental.

O ministro reiterou, a este propósito, o pedido feito à Organização Mundial de Saúde (OMS) e à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para avaliarem o impacto da crise na saúde em Portugal.

Numa breve declaração à imprensa, à margem do I Conselho Interministerial para os Problemas da Droga, das Toxicodependências e do Uso Nocivo do Álcool, o ministro da Saúde enalteceu, não obstante a contenção orçamental, que o sector da saúde teve “um conjunto de fundos, sem paralelo, nos últimos três anos”.

Reconheceu, no entanto, que “é preciso investir mais em recursos humanos, em infra-estruturas” e na prevenção de comportamentos nocivos para a saúde.

 

Arte ou um risco para a saúde?
As tatuagens e piercings são uma opção pessoal e podem ser vistos de várias formas.
Tatuagens e piercings

Da aplicação de uma tatuagem ou de um piercing pode advir uma alergia ao material, infeções cutâneas localizadas e risco de contração de hepatite B e C ou HIV (se o material não for esterilizado). Nos piercings, em particular, existem riscos de traumatismos e atingimento de nervos relevantes (se o profissional não tiver conhecimentos mínimos de anatomia), hemorragias (principalmente nos piercings orais e genitais), dentes e gengivas danificadas e alterações nas funções normais da boca (nos piercings orais), alterações do fluxo urinário (nos genitais) e endocardites. Devido à alta vascularização da língua, este é um local muito suscetível a hemorragias na aplicação de um piercing.

Os cidadãos com contraindicação para fazer tatuagens são todos aqueles que tenham o sistema imunitário debilitado, que tenham alterações nos seus valores hematológicos, que tenham doenças de pele (em especial psoríase), que tenham alergia a pigmentos de tinta e metal, cidadãos com epilepsia ou hemofílicos e cidadãos que não tenham a vacina contra o tétano atualizada. Todo o cidadão deve ter a noção de que se fizer uma tatuagem ou se aplicar um piercing não pode doar sangue durante um ano, devido ao risco de incubação de qualquer tipo de infeção sanguínea.

Cuidados?…muitos antes de fazer
Antes de se fazer um piercing ou uma tatuagem o cidadão comum deve ter em conta vários aspetos preventivos, tais como:

- verificar a credibilidade profissional da loja e dos seus profissionais;

- pedir para visitar a loja e verificar se o local é arejado, limpo, iluminado e se possui sala de esterilização;

- ser questionado pelo profissional sobre situação de infeções atuais, problemas de saúde e atualização de vacina do tétano;

- ser informado pelo profissional sobre riscos e cuidados pós-técnica;

- observar se o profissional usa luvas diferentes para cada procedimento e se abre as agulhas, tubos de tinta e todo o material envolvido (bandejas e recipientes) de pacotes fechados e esterilizados, e se as agulhas são destruídas em frente ao cliente.

Após fazer uma tatuagem ou colocar um piercing há que ter em conta determinados cuidados para evitar infeções indesejadas.

Depois de fazer?...muitos cuidados para evitar infeções
Como tal, após colocar um piercing o cidadão deve evitar coçar o local de aplicação, limpar diariamente com soro fisiológico (higienizando sempre as suas mãos), evitar, durante a cicatrização, banhos de mar ou de piscina e exposição ao sol. No caso dos piercings orais deve lavar os dentes com antissético sem álcool após beber, comer ou fumar, e evitar beber bebidas alcoólicas e comer comidas picantes. Relativamente aos piercings genitais deve evitar-se a relação sexual até á cicatrização (entre 4 a 12 semanas, dependendo do local da aplicação), e no que diz respeito aos piercings faciais, deve evitar-se a colocação de maquilhagem.

Após a execução de uma tatuagem o cidadão deverá manter o curativo durante 24 horas. Após remover o curativo deve lavar a pele 2 a 3 vezes por dia com água e sabão neutro e secar sem esfregar (se formar crosta esta não deve ser removida), deve aplicar creme hidratante e cicatrizante (sem perfumes), vestir roupa larga e sem fibras sintéticas para evitar o traumatismo e a irritação da pele.

Em ambas as situações, no caso de verificar sinais de infeção evidentes no local (dor, rubor, calor ou drenagem de qualquer tipo de líquido) deve dirigir-se de imediato ao seu médico assistente.

Tendo em conta as palavras de Pitágoras “antes de fazer alguma coisa, pense, quando achar que já pode fazê-la, pense novamente”! Ponderação e noção dos risco acima de tudo!

Ângela Quinteiro - Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediatria, a exercer na USF Viriato, em Viseu

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
6 a 12 de Julho
A Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas organiza de 6 de Julho a 12 de Julho, em Óbidos, a 6ª...

O FUNFILIA foi criado a pensar nas crianças que sofrem de hemofilia ou de outro distúrbio hemorrágico hereditário, como nos seus irmãos e também nas crianças filhas de pais com as mesmas patologias.

Este projecto tem como missão proporcionar momentos agradáveis às crianças, através da participação em actividades orientadas que têm como objectivo melhorar a sua autoconfiança, autoestima e independência, assim como fomentar o seu espírito de grupo, a pertença e identificação e desenvolver o seu sentido de responsabilidade, cooperação e civismo.

De acordo com Cristina Cunha, Psicóloga da Associação Portuguesa de Hemofilia e de outras Coagulopatias Congénitas (APH), “há que explicar às crianças quais os seus limites, riscos a evitar e, principalmente, fazer com que não se sintam inferiorizadas relativamente aos outros meninos".

No FUNFILIA as crianças podem desfrutar das actividades, adaptadas à realidade e limites destas crianças, como: escalada, tiro com laser, high ropes, karting, insufláveis, easy up, paintball, espeleologia, slide e jogos tradicionais.

A APH realiza também, durante esta semana acções formativas com as crianças com o objectivo de incentivá-las a realizar ao auto tratamento e a aderirem á profilaxia.

De forma a garantir o bom funcionamento e a segurança das crianças, a APH terá uma equipa técnica própria, constituída por um monitor e uma enfermeira. A enfermeira assegurará a administração da medicação específica de cada criança, estejam estas em regime profilático ou on demand, bem como de qualquer outro medicamento que necessitem.

Deu entrada no Tribunal Constitucional
O pedido de fiscalização da constitucionalidade do diploma que aumenta os descontos para a ADSE, apresentado por PCP, BE e PEV,...

"Informa-se que esta manhã deu entrada no Tribunal Constitucional (TC) o pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma que aumenta os descontos dos funcionários públicos para a Segurança Social (ADSE, ADM e SAD), subscrito pelo Partido Comunista Português, Bloco de Esquerda e Partido Ecologista ‘Os Verdes’", refere o partido, em nota à imprensa.

Na sexta-feira, PCP, BE e PEV tentaram entregar este pedido no TC, mas a falta de um documento obrigou a adiar o processo para hoje.

O diploma, que entrou em vigor em Maio e cujos efeitos se aplicaram aos salários pagos em Junho, aumenta as contribuições dos funcionários públicos e dos pensionistas, incluindo militares e forças se segurança, para os respectivos subsistemas de saúde, de 2,5 para 3,5 por cento.

No requerimento, disponibilizado à comunicação social, os deputados alegam que não há conexão entre o novo aumento e a necessidade, invocada pelo Governo PSD/CDS-PP, de cumprir o Programa de Assistência Económica e Financeira porque o programa terminou no dia 17 de Maio.

Os deputados requerem a declaração de inconstitucionalidade do diploma invocando a violação dos artigos que estipulam as "tarefas fundamentais do Estado", que preveem a "obrigação de assegurar a defesa nacional", e as funções da polícia, e dos princípios da igualdade e da "estrita necessidade e proporcionalidade".

Os requerentes sublinham que através do diploma, "50 por cento da contribuição da entidade empregadora, que corresponde a 1,25 por cento da remuneração dos trabalhadores, passa a ter como destino os cofres do Estado", não se destinando ao financiamento dos subsistemas de saúde.

"Estamos, portanto, diante de um verdadeiro imposto, calculado sobre o rendimento pessoal, diverso do IRS, atingindo uma determinada e circunscrita categoria de pessoas, os beneficiários deste subsistema de protecção social, trabalhadores em funções públicas e aposentados", sustentam.

O aumento dos descontos para os subsistemas de saúde ADSE, ADM (militares) e SAD (forças de segurança) foi aprovado no parlamento a 17 de Abril, promulgado pelo Presidente da República a 9 de Maio e publicado em Diário da República no dia 19 do mesmo mês, e começou a ser aplicado em Junho.

O Presidente da República acabou por promulgar esta medida, depois de, em Março, ter chumbado a primeira versão do diploma.

Na altura, Cavaco Silva considerou que o aumento dos descontos visava "sobretudo consolidar as contas públicas", manifestando "sérias dúvidas" sobre a necessidade de aumentar em um ponto percentual as contribuições dos trabalhadores e aposentados para garantir a autossustentabilidade dos subsistemas de saúde da função pública.

Para responder a estas objecções, os partidos da maioria parlamentar introduziram alterações à proposta inicial, mantendo o aumento mas precisando que os descontos dos trabalhadores para a ADSE seriam exclusivamente destinados a pagar os benefícios concedidos.

Os descontos para a ADSE aumentaram em Agosto do ano passado de 1,5% para 2,25%, tendo em Janeiro sofrido nova subida de 0,25 pontos percentuais.

O aumento aprovado em Janeiro está incluído no conjunto de medidas do Orçamento Retificativo que está em análise no Tribunal Constitucional.

Três em cada quatro
Três em cada quatro portugueses não pensam ter filhos nos próximos três anos, revela o Inquérito à Fertilidade, que concluiu...

Três quartos (75,1%) das pessoas em idade fértil inquiridas no estudo não tencionam ter filhos nos próximos três anos, sendo que a maioria (53,2%) não pensa ter filhos ou ter mais filhos, enquanto 21,9% não pensa ter filhos nos próximos três anos.

A percentagem atinge nas mulheres 73,6% e nos homens 76,4%.

O Inquérito à Fecundidade (IFEC) 2013, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em parceria com a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS), decorreu entre 16 de Janeiro e 15 de Abril e foi dirigido a uma amostra de mulheres com idades entre os 18 e 49 anos e de homens com idades entre os 18 e 54 anos.

O inquérito, realizado em cerca de 10 mil alojamentos de todo o país e do qual resultaram 7.624 entrevistas, permitiu analisar a fecundidade, para quem tem filhos, para quem (ainda) não tem, em função do número de filhos tidos, do número de filhos que as pessoas (ainda) pensam vir a ter e do número de filhos que desejariam ter.

O estudo estima que as mulheres e os homens residentes em Portugal, têm em média 1,03 filhos, mas pensam chegar aos 1,78 filhos.

Este valor é superior ao que se verifica actualmente, o que, segundo o INE, permite "equacionar um cenário otimista quanto a uma possível recuperação dos níveis de fecundidade no futuro".

O inquérito revela ainda que entre os mais jovens o número de filhos já tidos e os que ainda tencionam ter é maior do que entre os mais velhos.

O número médio de filhos desejados e o número médio de filhos esperados é de 2,20 e 1,94, respectivamente para as mulheres dos 18-29 anos, e 2,11 e 1,80, respectivamente para os homens, do mesmo escalão etário.

Para as mulheres e homens mais velhos, situa-se nos 2,32 e 1,67, respectivamente para as mulheres dos 40-49 anos, e 2,39 e 1,65, respectivamente para os homens das mesmas idades.

O inquérito regista ainda um decréscimo no número ideal de filhos numa família (2,38 filhos), no número de filhos que as pessoas desejam ter ao longo da vida (2,31 filhos) e aqueles que efectivamente esperam ter (1,78 filhos), uma tendência que se verifica em todas as regiões do país e que é mais acentuada nos homens que nas mulheres.

Os homens e mulheres mais qualificados são os que querem ter mais filhos, mas são os menos qualificados que os têm efectivamente, adianta o estudo, que conclui que são os homens mais qualificados e as mulheres como menos habilitações escolares que esperam ter um maior número de filhos.

A escolaridade tem igualmente impacto no adiamento da maternidade e da paternidade: tanto mulheres como homens mais qualificados têm o primeiro filho mais tarde - 29,9 anos para mulheres com ensino superior (23,9 anos para mulheres com escolaridade até ao ensino básico) e 31,5 anos para homens com ensino superior (27,3 anos para homens com escolaridade até ao ensino básico).

As mulheres mais qualificadas admitem ter o primeiro filho com 33,1 anos (29,4 anos para as mulheres menos qualificadas).

Os homens com ensino superior admitem ter o primeiro filho, no máximo, com 35,4 anos, que contrasta com os 32,4 anos para os homens menos qualificados.

O estudo incluiu também um conjunto de questões para perceber a opinião dos inquiridos sobre os incentivos à natalidade e concluiu que cerca de 94% das mulheres e 92% dos homens consideram que devem existir incentivos à natalidade. 

"Aumentar os rendimentos das famílias com filhos" foi a medida de incentivo mais frequentemente referida como "a mais importante".

Esta medida inclui, por exemplo, reduzir impostos sobre famílias com filhos, aumentar as deduções fiscais e aumentar os apoios à educação, saúde, habitação e alimentação.

Facilitar as condições de trabalho "para quem tem filhos, sem perder regalias", o que inclui a oportunidade de trabalho a tempo parcial, períodos de licenças de maternidade e paternidade mais alargados e flexibilidade de horários para quem tem crianças pequenas, foi apontada como a segunda medida mais importante.

"Alargar o acesso a serviços para ocupação dos filhos durante o tempo de trabalho dos pais" foi considerada a opção "menos importante".

No Porto
A Ordem dos Médicos exigiu hoje conhecer todas as questões que podem pôr "em risco" os cuidados de saúde no Centro...

Em conferência de imprensa, o presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, elogiou a decisão dos profissionais do S. João como “um exemplo a seguir em defesa do Serviço Nacional de Saúde”, mas pretende que lhe sejam “comunicadas todas as situações que possam pôr em risco a qualidade da prestação de cuidados de saúde à população”.

“Esta é uma obrigação ética, deontológica, moral e cívica de todos os médicos”, frisou o responsável, acrescentando já ter “recebido algumas denúncias sobre situações de deficiência, insuficiência ou irregularidade que podem colocar em risco a saúde dos doentes ou dos médicos”.

Municípios de Aveiro
O Conselho Intermunicipal da Região de Aveiro acusa o Governo de "inércia perante a falta de qualidade da gestão do Centro...

"Mantendo-se a falta de qualidade da gestão e do funcionamento do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) a vários níveis, mantendo-se a inércia do ministro da Saúde e do Governo em dar respostas que resolvam os referidos problemas de que são vítimas os cidadãos que residem, trabalham e desfrutam tempos de lazer na região de Aveiro, este é o tempo de fazer outro tipo de trabalho, mantendo, no entanto, o nosso protesto público vivo e o alerta intenso aos responsáveis do Ministério da Saúde, exigindo a implementação de qualidade total e de qualificação do CHBV", refere o texto.

A nota de imprensa reporta-se à última reunião do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, realizada no dia 23, em que aquele órgão deliberou, por unanimidade, encomendar à Universidade de Aveiro um estudo técnico-científico sobre o futuro do CHBV.

O estudo, que deverá ficar pronto até ao final do ano, irá incidir sobre a gestão e as funções do centro hospitalar.

Na mesma reunião, o Conselho Intermunicipal aprovou a versão final do Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes da Região de Aveiro, que será apresentado numa sessão pública a realizar no dia 16.

Foi ainda deliberado, no âmbito da "Estratégia de Desenvolvimento Territorial/Quadro Comum de Investimentos da Região de Aveiro 2014/2020", realizar um conjunto de iniciativas no período de Setembro 2014 a Março de 2015, para recolher contributos para a elaboração de uma Iniciativa Territorial Integrada e de um projecto de Desenvolvimento Local de Base Comunitária, nas áreas da pesca, agricultura e floresta.

Esclarecer os doentes
A RESPIRA desenvolve manual de apoio às pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e outras Doenças Respiratórias Crónicas....

A pensar nas dificuldades que os doentes sentem na utilização dos diversos dispositivos, a Respira elaborou a brochura “Inaladores: Utilize correctamente”, que explica o que são os inaladores, para que servem, como se utilizam e os diferentes dispositivos existentes. 

“Os inaladores são dispositivos utilizados no tratamento de doenças respiratórias, sobretudo na DPOC, normalmente conhecidos por ‘bombas’. Existem várias modelos, divididos em três grandes grupos, nomeadamente de spray, nuvem e pó seco”, explica a Direcção da Respira.

Em cada um destes grupos existe uma enorme diversidade de modelos, embora todos com a mesma finalidade: conduzir ao interior dos brônquios medicamentos capazes de produzir um efeito dilatador (que facilita a respiração).

“Desenvolvemos esta brochura, pois a técnica inalatória é fundamental para a eficácia do tratamento. Percebemos que muitos dos doentes inalam directamente sem fazer uma expiração prévia, o que condiciona a inspiração do medicamento e, por conseguinte, a sua eficácia, diz Luísa Soares Branco.

 

Pelos próprios enfermeiros
Devido à carência de profissionais denunciada pelos próprios profissionais a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros...

A Secção Regional do Centro (SRC) da Ordem dos Enfermeiros (OE) realiza esta manhã uma visita institucional ao Hospital de Viseu, em resposta a uma denúncia de carência de profissionais que poderá pôr em risco a qualidade e segurança dos cuidados prestados aos cidadãos.

Trata-se de uma denúncia à OE pelos próprios enfermeiros que prestam a sua actividade no Centro Hospitalar Tondela-Viseu.

Dada a natureza da denúncia, o próprio Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Enf.º Germano Couto, acompanhará a visita para estabelecer contactos com os intervenientes da instituição hospitalar e se inteirar da situação.

A actividade estruturante da Ordem dos Enfermeiros, razão primeira da sua existência, é a defesa intransigente da segurança e dos cuidados de enfermagem prestados aos cidadãos.

 

Alerta precoce
Um simples exame de sangue pode oferecer a muitas mulheres um alerta precoce sobre o cancro da mama, mesmo que elas não tenham...

Cientistas identificaram uma característica molecular em amostras de sangue que aumenta os riscos de cancro da mama. O diferencial encontrado é associado ao gene do cancro da mama BRCA1, cuja alteração é responsável por 10% dos casos da doença, junto com mutações no BRCA2, deixando 90% do restante da incidência sem explicações. Uma mulher com o gene BRCA1 tem risco de 85% de desenvolver cancro da mama, o que leva algumas portadoras a tomarem a medida drástica de remoção da mama.

A característica molecular descoberta, de acordo com o chefe da pesquisa Martin Widschwendter, da University College London, é presente em mulheres com a mutação do gene BRCA1 e foi observada em grandes grupos de mulheres sem essa alteração genética. A descoberta foi capaz de prever o risco do cancro em doentes sem a predisposição genética, explicou o especialista.

O investigador sobre a doença Matthew Lam afirmou que os resultados podem significar que no futuro uma mulher seja capaz de fazer um simples exame de sangue para procurar essa alteração molecular e descobrir a sua predisposição para a doença.

 

Estudo atribui
Cientistas médicos indianos anunciaram ter testado com sucesso uma mistura de temperos conhecida como caril que reduziu a...

S. Thanikachalam, especialista em cardiologia que liderou a pesquisa, disse que a sua equipa testou em roedores uma mistura de gengibre, cardamomo, cominho e pimenta, ingredientes comuns na cozinha indiana, juntamente com pétalas de lótus branca e outros.

“Vimos, então, mudanças positivas em ratos com pressão arterial elevada induzida nas nossas experiências em laboratório”, disse Thanikachalam, que chefia o departamento de cardiologia na Universidade Sri Ramachandra da cidade de Madrassa (sul).

“A droga foi muito eficaz em reduzir a pressão arterial e diminuir o stress oxidativo em ratos”, disse.

O estudo destaca que as especiarias contribuíram para reduzir a hipertensão arterial, uma forma secundária da pressão arterial alta, causada por um estreitamento das artérias nos rins.

Os indianos são geneticamente predispostos à hipertensão. Uma em cada quatro pessoas sofre desta doença nas cidades, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Não é a primeira vez que o caril foi associado a benefícios para a saúde.

Os resultados do estudo foram publicados na edição de Junho da publicação médica Experimental Biology and Medicine.

 

2013
O Instituto Nacional de Emergência Médica anunciou que, em 2013, os desfibrilhadores automáticos externos disponíveis em...

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) refere que, das 4.558 utilizações de DAE, “em 532 casos o aparelho recomendou a administração de choque eléctrico, sendo que 447 vítimas foram transportadas para uma unidade hospitalar com sinais de circulação espontânea”.

“A utilização dos desfibrilhadores traduziu-se assim num número significativo de vidas salvas no próprio local da ocorrência, com recurso ao Suporte Básico de Vida (SBV) e à utilização dos desfibrilhadores por equipas de tripulantes de ambulância”, sustenta o INEM.

A utilização precoce dos desfibrilhadores automáticos externos (DAE), disponíveis nas ambulâncias do INEM, dos bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa, “é um factor crítico de sucesso na cadeia de sobrevivência das vítimas com paragem cardio-respiratória”.

O INEM salienta que, além das ambulâncias, colaboraram no socorro às vítimas outros meios de socorro, nomeadamente viaturas médicas, ambulâncias de Suporte Imediato de Vida e motociclos de emergência médica.

Em 2013, o INEM formou cerca de 600 elementos de corporações de bombeiros em suporte básico de vida e desfibrilhação automática externa, sendo que, actualmente, há já cerca de 2.900 operacionais formados.

De acordo com o INEM, circulam a nível nacional 558 veículos equipados com DAE, entre ambulâncias do instituto (148) e ambulâncias operadas pelos bombeiros e Cruz Vermelha (410).

O alargamento da instalação dos DAE a espaços públicos “permitiu igualmente um importante alargamento do acesso do cidadão à desfibrilhação precoce”, frisa o INEM.

O DAE é um dispositivo portátil que permite, através de eléctrodos adesivos colocados no tórax de uma vítima em paragem cardio-respiratória, analisar o ritmo cardíaco e recomendar ou não a administração de um choque eléctrico.

 

Num trimestre
Os portugueses gastaram em medicamentos e suplementos para emagrecer quase três milhões de euros no primeiro trimestre deste...

Há uma clara preferência pelos suplementos dietéticos face ao único medicamento actualmente comercializado para tratar a obesidade. A facilidade de aquisição - sem receita e em diversos locais - e o preço (custam, em média, metade, do que o fármaco) são certamente factores decisivos.

Nos primeiros três meses deste ano, venderam-se 95 mil unidades de produtos para perda de peso em farmácias e parafarmácias, apurou o Jornal de Notícias junto da consultora IMS Health, que não contabiliza os dados dos ervanários.

No Serviço Nacional de Saúde
A partir de hoje vai ser possível registar um testamento vital em meia centena de balcões criados para esse efeito nos centros...

Dois anos depois da legalização deste instrumento, o Estado passa a oferecer uma forma sem custos de qualquer pessoa deixar escrito e com força legal que tratamentos e cuidados de saúde quer ou não receber caso se encontre incapaz de expressar a sua vontade numa situação clínica que os médicos considerem irreversível e terminal. Pode ainda nomear um procurador de cuidados que o represente nas decisões.

O Portal da Saúde tem disponível para download o modelo de directiva antecipada de vontade. Depois de descarregado, o documento pode ser impresso, preenchido e entregue no agrupamento de centros de saúde, ou unidade local de saúde, para registo na plataforma RENTEV - Registo Nacional do Testamento Vital.

O RENTEV é um sistema de informação desenvolvido pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), que possibilita a recepção, registo, organização e actualização de toda a informação e documentação relativas ao documento de directivas antecipadas de vontade e à procuração de cuidados de saúde, para todos os cidadãos nacionais, estrangeiros e apátridas residentes em Portugal.

O RENTEV é suportado por uma base de dados de âmbito nacional, que centraliza e mantém actualizados os Testamentos Vitais (TV), garantindo a sua consulta aos cidadãos (e ao respectivo procurador de cuidados de saúde, caso exista), através do Portal do Utente, e aos médicos responsáveis pela prestação de cuidados de saúde através do Portal do Profissional.

Para saber mais consulte os seguintes documentos:

Circular Informativa nº 05/2014 dos SPMS

Folheto informativo

Perguntas frequentes

Formulário para registo da "Directiva Antecipada de Vontade" (DAV)

Coimbra lidera estudo
Investigadores da Universidade de Coimbra descobriram como eliminar células estaminais cancerígenas através da manipulação da...

Uma equipa internacional liderada por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) descobriu como eliminar células estaminais cancerígenas através da manipulação da sua produção de energia, anunciou hoje a instituição.

A investigação centrou-se na identificação do modo como “os processos de geração de energia em células estaminais cancerígenas estão interligados com os fenómenos de diferenciação (transformação) celular e resistência a agentes anticancerígenos”, revela uma nota da UC hoje divulgada e referida pelo Destak.

De acordo com “várias evidências científicas, as células estaminais cancerígenas podem funcionar como uma semente”, resistindo “aos tratamentos convencionais” e podendo “proliferar e gerar novas células malignas, sendo responsáveis pela reincidência de vários tipos de cancros”, salienta a UC.

Prevenção é o melhor remédio
A alergia ao sol é uma reacção do sistema imunológico à exposição da pele à luz solar.
Alergias solares

A luz solar, além de ser a principal responsável pelo surgimento do cancro da pele e do envelhecimento cutâneo, pode provocar uma série de doenças, induzidas directamente pela radiação ultra-violeta ou pela exacerbação de reacções provocadas por medicamentos ou produtos químicos, sejam eles aplicados na pele ou de uso sistémico.

Os quadros podem ser desencadeados pela luz solar ou mesmo por fontes luminosas artificiais, como os solários. São várias as doenças incluídas neste grupo e, algumas delas, podem ser extremamente incapacitantes, pois exigem total falta de contacto com a luz do sol para que os seus sintomas não se manifestem.

Estima-se que 5 a 10% das pessoas sofrem de alergia ao sol. Esta doença afecta principalmente as mulheres, sendo que 95% são jovens de 20 a 35 anos.

As fotodermatoses podem ser de causa desconhecida ou idiopática, doenças hereditárias, fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas aplicadas na pele ou a medicamentos ingeridos.

Entre as fotodermatoses idiopáticas, a mais frequente é a lucite estival benigna, que ocorre principalmente na mulher jovem: ao 2º ou 3º dia de exposição solar na praia surge, nas zonas habitualmente protegidas do sol (decote, dorso, coxas…), uma comichão intensa e a pele fica vermelha e com pequenas borbulhas que parecem tornar a pele irregular.

A erupção polimorfa à luz é também uma erupção cutânea (pele vermelha com borbulhas) pruriginosa nas zonas expostas ao sol em jovens adultos, que surge recorrentemente na Primavera e melhora ao longo do Verão, desaparecendo quase por completo no Inverno.

As fotodermatoses de etiologia genética são raras, sendo a mais frequente o xeroderma pigmentoso (um caso por milhão de recém-nascidos), em que há um defeito da capacidade de reparação do material genético danificado pelo Sol, pelo que têm uma incidência aumentada de cancros de pele e tem habitualmente uma esperança de vida diminuída. As porfirias são também distúrbios do metabolismo em que há acumulação de substâncias endógenas capazes de desencadear intolerância ao sol.

A fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas ocorre no local da pele em que coexiste a substância e há exposição solar. Estas substâncias são produtos de aplicação tópica na pele como perfumes, anti-inflamatórios não esteróides, antimicrobianos, protectores solares e medicamentos de uso sistémico, como anti-inflamatórios não esteróides, antibióticos, ou diuréticos.

Causas
A resposta do organismo à luz solar varia de indivíduo para indivíduo. Os sinais mais graves podem aparecer imediatamente após a exposição, há portanto uma hipersensibilidade imediata. Por outro lado, a hipersensibilidade tardia, menos ofensiva, aparece horas mais tarde à exposição. De referir que a alergia ao sol pode resultar mesmo quando se apanha sol através de uma janela, um pára-brisas ou um guarda-sol.

As alergias ao sol são reacções conhecidas como fotodermatoses cuja origem pode ser diversa: de causa desconhecida ou idiopática (relacionadas com prováveis alterações do sistema de defesa imune), doenças hereditárias (por exemplo acumulação na pele de substâncias “tóxicas” após exposição ao sol), fotossensibilidade a substâncias químicas exógenas aplicadas na pele ou a medicamentos ingeridos. Existem, ainda, doenças cutâneas que agravam com a exposição solar, como o Lúpus Eritematoso.

Diagnóstico
O diagnóstico das fotodermatoses é feito com base no exame clínico - um questionário e o historial clínico do doente ajudam o médico - e por vezes é necessário recorrer a meios auxiliares de diagnóstico, que permitem diferenciar a fotodermatose de outras afecções.

O especialista pode ainda realizar os testes fotoepicutâneos (testes semelhantes aos utilizados no estudo das dermatites de contacto, mas em que as substâncias a testar são expostas aos raios UV) estão entre os vários exames auxiliares disponíveis.

Sintomas
A alergia ao sol pode ser classificada em quatro grupos de acordo com os sintomas e as circunstâncias de surgimento: urticária solar, erupção cutânea fotoalérgica, erupção polimorfa à luz e a fotossensibilidade.

A urticária solar é rara e ocorre minutos após o contacto com o sol. Surge uma placa rosácea, elevada sobre a pele, lembrando a picada de um mosquito. A lesão pode atingir todo o corpo, principalmente nas áreas não cobertas por roupas e desaparece 1-2 horas após, se o doente for para a sombra. As mulheres adultas são as mais frequentemente vulneráveis. Este tipo de alergia cria um verdadeiro transtorno, porque obriga a vítima a permanecer constantemente na sombra mesmo durante suas actividades diárias.

Ao contrário, a erupção cutânea fotoalérgica, aparece nas horas seguintes a exposição aos raios solares com sintomas bem intensos. Ou seja, é caracterizada por inchaços vermelhos, bolhas, ou papúlas acompanhadas por prurido intenso nas partes expostas do corpo como pescoço, mãos e antebraços. Geralmente não aparece no rosto, excepto nos casos graves. Os sintomas persistem por vários dias e repetem-se a cada reexposição.

Quanto à erupção polimorfa à luz, é rara e é causada por uma luz solar de baixa intensidade, após exposição de 30 minutos ou por algumas horas. A pele apresenta vesículas, manchas vermelhas e rosáceas em círculo. Estas lesões de aparência variada surgem no pescoço, rosto, membros ou atrás das orelhas e são acompanhadas de forte prurido. Os sintomas das exposições subsequentes tendem a piorar. Esta condição crónica afecta tanto as mulheres quanto os homens adultos.

A fotossensibilização ocorre pela combinação da acção dos raios solares com a administração por via oral, local, rectal, ou parentérica de produtos alimentares, medicinais ou cosméticos. Manifesta-se pelo aparecimento de erupções cutâneas vermelhas, papulosas ou vesiculosas e muito pruriginosas em toda a superfície da pele. A cor da pele pode tornar-se azul ou acastanhada.

Tratamento
O primeiro procedimento de tratamento é usar e abusar da sombra, ou seja, evitar a exposição directa ao sol. Isto quer dizer que a prevenção é o melhor tratamento da alergia solar. Contudo, o tratamento geralmente é baseado no uso de anti-histamínicos e corticosteróides contra o prurido.

Em caso de erupção cutânea fotoalérgica pode-se prevenir a doença com suplementos alimentares, disponíveis nas farmácias (pergunte ao farmacêutico). Em caso de falha de tratamentos preventivos, o seu médico pode impedir a erupção cutânea com o uso de antimaláricos durante oito dias antes de apanhar sol e, durante os oito primeiros dias de permanência ao sol.

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Saiba mais
Os medicamentos homeopáticos são feitos a partir de substâncias naturais, provenientes dos reinos ve
Medicamentos homeopáticos

A crescente utilização de medicamentos homeopáticos e de medicamentos à base de plantas em todo o espaço da União Europeia obrigou a uma clarificação na Legislação Comunitária, de modo a harmonizar e estabelecer disposições específicas para este tipo de medicamentos.

Pela primeira vez, a legislação comunitária veio estabelecer disposições específicas para os medicamentos homeopáticos, criando um regime semelhante ao existente para os medicamentos alopáticos, tendo no entanto em linha de conta, as suas características específicas, designadamente o seu reduzido teor em princípios activos e a dificuldade de se lhes aplicar a metodologia estatística convencional dos ensaios clínicos.

Por outro lado, as directivas comunitárias responderam ao objectivo de harmonizar as regras distintas dos vários estados membros em matéria de medicamentos à base de plantas, geralmente associadas a uma grande tradição de utilização, para, desta forma, facilitar o seu comércio e competitividade entre os fabricantes dentro da Comunidade.

Compete ao Infarmed assegurar a implementação da legislação a nível nacional e participar em vários grupos de trabalho a nível europeu, de forma a garantir um elevado nível de harmonização dos critérios aplicáveis à avaliação dos medicamentos homeopáticos e dos medicamentos tradicionais à base de plantas e a sua utilização de forma segura.

A legislação em vigor estabelece 2 procedimentos para a autorização de medicamentos homeopáticos:

  • Um processo de registo simplificado, para os medicamentos homeopáticos introduzidos no mercado sem indicações terapêuticas e sob forma farmacêutica e dosagem que não apresentem riscos para o doente.
  • Um regime idêntico ao dos restantes medicamentos de uso humano, para os medicamentos homeopáticos comercializados com indicações terapêuticas ou com uma apresentação susceptível de apresentar riscos para o doente, sem prejuízo das características próprias a que devem obedecer os ensaios tóxico farmacológicos e clínicos destes medicamentos.

Os medicamentos homeopáticos diferenciam-se de outros tipos de medicamentos, tais como os medicamentos à base de plantas, apesar de poderem ser preparados a partir das mesmas matérias-primas.

Esta diferenciação é feita, principalmente, pelos métodos de fabrico utilizados na sua preparação e pela forma como são prescritos. A preparação de medicamentos homeopáticos envolve a utilização de quantidades mínimas de substâncias activas (obtidas através de diluições e dinamizações sucessivas).

A legislação existente, cujo cumprimento em Portugal é regulado pelo Infarmed, visa garantir a qualidade e a segurança de utilização dos medicamentos homeopáticos, salvaguardando a saúde pública e assegurando aos utilizadores o fornecimento de informações claras sobre o seu carácter homeopático e a sua inocuidade.

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Malo Clinic
Os dentes do siso são os terceiros molares e são, normalmente, os últimos dentes a nascer.

Estes dentes devem ser avaliados nas consultas de rotina, semestrais ou anuais, de modo a controlar a sua formação e erupção, pois só assim haverá uma correta avaliação do seu posicionamento e crescimento nas arcadas dentárias, prevenindo qualquer prejuízo dos restantes dentes. Em alguns casos estes dentes inclusos poderão nunca nascer, caso se encontrem impactados, isto é, quando alguma barreira (dente vizinho, osso ou quisto) impede o seu trajeto normal de erupção.

Estes dentes localizam-se numa zona posterior de difícil acesso à escovagem e fio dentário e, consequentemente, de maior acumulação de placa bacteriana, situação que pode levar ao aparecimento de lesões de cárie, inflamação gengival e inclusivamente de quistos, abcessos e infeções mais graves com consequências sistémicas. A dificuldade e ineficácia resultantes da falta de acesso aos dentes do siso, pode levar ao aparecimento de doenças de gengivas e consequente perda do osso de suporte não só dos dentes do siso como também dos dentes vizinhos. Em pacientes com predisposição para desenvolver doenças na gengiva (doenças periodontais) os dentes do siso devem ser extraídos por prevenção. Se houver falta de espaço na arcada dentária e mau posicionamento dos dentes, os dentes do siso têm indicação para extração, assim como quando os tratamentos de Ortodontia e de Reabilitação fixa com implantes o exigem.

Pensa-se que os dentes do siso estejam a desaparecer gradualmente da espécie humana - um sinal visível da evolução da espécie. Hoje, são cada vez mais as pessoas que já não têm sisos o que se atribui à falta do uso de dentes fortes para mastigar alimentos que gradualmente passaram de rijos e crus a moles e cozinhados.

Na maioria dos casos a extração é efetuada com anestesia local, sendo um procedimento indolor para o paciente. Posteriormente é ministrada uma medicação pós-operatória adequada a cada paciente. Nalguns casos, quando se verifica um posicionamento anormal dos dentes do siso (dentes ectópicos), ou tratando-se de pacientes extremamente ansiosos, pode-se optar por realizar o procedimento cirúrgico sob o efeito de anestesia geral. A dieta no dia da cirurgia e nos dias seguintes deverá ser fria, com alimentos moles e líquidos, sendo que é também fortemente aconselhável fazer gelo na face por vários períodos nas primeiras 48 horas pós-cirúrgicas.

As consultas regulares ao Médico Dentista são fundamentais para monitorização de toda a saúde oral e intervenção precoce, pois só assim podemos simplificar ao máximo eventuais intervenções cirúrgicas para extração dos dentes do siso, prevenindo-se complicações associadas à impactação e erupção atípica dos mesmos.

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