Sindicato de médicos e Hospital de Braga anunciam
O Hospital de Braga e o Sindicato Independente dos Médicos anunciaram ontem o "primeiro" acordo de Empresa entre uma...

Em comunicado, o Hospital de Braga, gerido pela sociedade Escala Braga (pertencente ao Grupo Mello Saúde), realça que com o referido entendimento "pretende promover junto dos profissionais médicos com Contrato Individual de Trabalho igualdade de oportunidades, independentemente do vínculo profissional".

Também por comunicado, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) aponta que este Acordo de Empresa, o "primeiro" assinado entre uma PPP e um sindicato de médicos, beneficia os médicos "que ficarão protegidos laboralmente pelas mais-valias da negociação colectiva" mas também a Escala Braga "que assim consegue uma garantia de estabilidade e de satisfação dos seus profissionais, o que lhe permitirá por certo uma melhor prossecução dos seus objectivos".

Segundo o SIM "é dado assim mais um passo na construção pelos sindicatos médicos do edifício da negociação colectiva, iniciado em 2009".

Aquele sindicato manifesta ainda desejo que o entendimento alcançado "possa ser rapidamente replicado noutras unidades e com outras Parcerias Público-Privadas".

No texto, o hospital bracarense justifica o Acordo de Empresa alcançado salientando que "o desenvolvimento de uma organização não é compatível com dois modelos de funcionamento ou de progressão" pelo que, sublinha, "é muito importante para o sucesso do Hospital de Braga que todos os seus colaboradores tenham a maior motivação no seu desempenho e que sejam reconhecidos pelo mérito".

O Hospital de Braga realça ainda que este acordo garante "o desenvolvimento de uma avaliação de desempenho que permitirá premiar a competência e a prossecução de níveis elevados de desempenho".

O referido acordo tem efeitos retroactivos a 01 de Janeiro de 2014.

Alerta
Quinze regiões do país apresentam hoje risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta e outras nove estão com níveis...

Segundo informação disponível na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na Internet, as regiões de Aveiro, Braga, Faro, Funchal, Leiria, Lisboa, Porto, Porto Santo, Sagres, Santarém, Setúbal, Sines, Viana do Castelo, Santa Cruz das Flores e Horta apresentam risco muito alto de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Também as regiões de Beja, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Penhas Douradas, Portalegre, Viseu e Vila Real apresentam hoje risco alto.

Para estas regiões, o IPMA aconselha a população a utilizar óculos de sol com filtro UV, chapéu, t-shirt, guarda-sol e protector solar e a evitar a exposição das crianças ao sol.

Segundo o instituto, a radiação ultravioleta pode causar graves prejuízos para a saúde se o nível exceder os limites de segurança.

O índice desta radiação apresenta cinco níveis, entre o baixo e o extremo, sendo o máximo o onze.

Quanto às temperaturas máximas, em Lisboa e em Castelo Branco prevêem-se 28 graus Celsius, em Évora 32, Beja e Braga 29, Porto, Bragança e Leiria 26, Faro, Portalegre, Viseu e Viana do Castelo 25, Guarda 22, Funchal e Santa Cruz das Flores 24 e Ponta Delgada e Angra do Heroísmo 23.

Remédio Santo
O Ministério Público defendeu ontem que ficou provada a existência de um esquema de burlas executado por dois grupos no...

Os 18 arguidos são suspeitos de pertencerem a uma alegada rede criminosa, composta pelos grupos do Norte e do Centro/Sul, a qual terá levado a cabo um suposto esquema de uso fraudulento de receitas, que terá lesado o Serviço Nacional de Saúde (SNS) em cerca de quatro milhões de euros, valor reclamado pelo Estado no pedido de indemnização civil.

Nas alegações finais, que começaram hoje no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, o procurador do Ministério Público (MP) sustentou ter ficado provado, de forma "inequívoca", a existência de "duas estruturas, com planos delineados", que visavam a obtenção de enriquecimento ilícito à custa do SNS, com o consequente prejuízo para o Estado.

O magistrado admitiu, contudo, haver receitas verdadeiras que fazem parte do processo, razão pela qual terá de haver uma reavaliação e correcção do valor final da indemnização.

Rui Peixoto é considerado pela acusação como o alegado líder do grupo do Norte, que à data dos factos era chefe de vendas regional de uma das empresas do grupo Bial.

O MP entende que o grupo do Norte não podia ter sido criado apenas por este arguido.

"Sem o acordo inicial de Daniel Ramos (farmacêutico/distribuidor), não era possível que este grupo fosse constituído. Não há dúvida que foi o Rui Peixoto, com o Daniel Ramos, que criaram e formaram este grupo", sustentou o procurador.

Em relação ao grupo Centro/Sul, ficou também claro para o MP que a ideia da sua criação partiu de João Carlos Alexandre (delegado de informação médica), à qual aderiram os arguidos Sérgio Sá (farmacêutico/distribuidor) e Carlos Carvalho (médico).

Segundo o procurador, os arguidos "aproveitaram-se das debilidades do sistema, pois tinham conhecimento que este tipo de coisas podia ser feito", acrescentando que alguns dos envolvidos "já faziam isto (burlas) ou coisas parecidas há muito tempo".

Para o MP, o essencial é perceber o modo de actuação de cada um dos arguidos na rede criminosa e o respectivo papel na execução do plano, tendo em conta a "abundância de prova e as confissões parciais" dos mesmos.

O procurador iniciou as alegações, da parte da manhã, por ler e demonstrar, no seu entender, que a grande maioria dos mais de 400 artigos da acusação, ficaram provados.

Da parte da tarde, enumerou as dezenas de farmácias e quais as receitas foram levantadas das mesmas, prescritas pelos médicos arguidos no processo.

A sessão foi interrompida ao final da tarde, e recomeça às 09:30 de hoje com a continuação das alegações finais do MP, havendo a expectativa de que o procurador profira as suas conclusões.

Entre os 18 envolvidos na suposta fraude, que durava pelo menos desde 2009, estão seis médicos, dois farmacêuticos, sete delegados de informação médica, uma esteticista (ex-delegada de acção médica), um empresário brasileiro e um comerciante de pão.

O médico Luíz Renato Basile, suspeito de prescrever 1.7 milhões de euros em receitas em apenas dois meses, recebendo em troca um valor correspondente a 17,5% do preço de venda ao público dos medicamentos, é o único arguido em prisão preventiva. Nove outros elementos estão com pulseira eletrónica e os restantes encontram-se em liberdade.

Com as receitas falsas, os arguidos compravam os medicamentos em diversas farmácias, onde apenas era paga, no acto da compra dos medicamentos, a parte do preço que cabia ao utente. Depois, o SNS pagava à farmácia o valor relativo à comparticipação.

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Os trabalhadores do Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa associam os cerca de 20 casos oncológicos...

João Mendonça, do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública, defende que a Santa Casa deve realizar um rastreio aos trabalhadores e efectuar uma avaliação do edifício. A reivindicação surge depois da morte de três funcionários nos últimos três meses, o último dos quais há uma semana.

“A presença confirmada de amianto numa sala do Departamento de Jogos levanta a dúvida se todo o edifício da Rua das Taipas não tem problemas relacionados com esse facto”, referiu em comunicado o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública.

Por sua vez, a Santa Casa refere que “não é possível retirar qualquer relação entre as mortes ocorridas e a eventual exposição ao amianto”.

Em comunicado, o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa esclareceu que “lamenta a morte dos seus funcionários desconhecendo formalmente se as mesmas tiveram origem oncológica, acrescendo ainda que, até ao momento, não existe nenhum registo ou comunicação de doença profissional relativa a nenhum trabalhador”.

Acrescenta a instituição que “vem procedendo ao levantamento dos edifícios da instituição que possam ter incorporado amianto nas respectivas construções e, bem assim, às adequadas intervenções”.

Sobre o edifício em causa, a Santa Casa confirma que “foi identificada a presença de amianto numa sala deste edifício. Esta sala era utilizada, embora não incluísse postos de trabalho permanentes/fixos para o processo de digitalização de apostas e tratamento de dados em sistema 'off line', processo este que foi extinto em 2001”.

Em 2004, a Santa Casa solicitou um estudo relativamente à concentração de fibras totais respiráveis nas salas norte do 2.º e 3.º piso do edifício, na Rua das Taipas, cujo relatório determinou a existência de fibras de amianto em suspensão no ar em concentrações menores do que o valor limite de exposição adoptada pela Directiva 2003/18/CE. “Ainda assim e desde então, essa sala encontra-se encerrada e inacessível, não sendo utilizada para qualquer actividade”, sublinhou a Santa Casa. O edifício do Departamento de Jogos será desactivado e os serviços serão transferidos para a Avenida da Liberdade, contudo, a Santa Casa refere que esta mudança nada tem a ver com a questão do amianto.

 

Prevenção do cancro do ânus:
A Comissão Europeia aprovou a nova indicação da vacina quadrivalente contra o HPV para a prevenção do cancro e lesões pré...

A Sanofi Pasteur MSD anunciou que a Comissão Europeia aprovou o uso da vacina quadrivalente contra o HPV para a prevenção do cancro do ânus e das lesões anais pré-cancerosas, associados aos tipos oncogénicos do Papilomavírus Humano (HPV 16 e 18), em ambos os géneros.

A vacina quadrivalente contra o HPV já tinha indicação a partir dos nove anos de idade, para a prevenção do cancro do colo do útero e de lesões genitais pré-cancerosas (colo do útero, vulva e vagina), relacionados com determinados tipos oncogénicos do Papilomavírus Humano (HPV), em mulheres. Também tem indicação para a prevenção de verrugas genitais (condiloma acuminado) associadas aos tipos específicos do HPV, em ambos os sexos.

O HPV é um vírus que causa várias doenças genitais e cancro, incluindo o cancro do colo do útero em mulheres e cancro do ânus em homens e mulheres. Esta nova indicação vem demonstrar os benefícios da vacina quadrivalente contra o HPV na prevenção de infeção pelos tipos de HPV de alto risco, 16 e 18, responsáveis pela maioria dos cancros do ânus(1).

“Com esta nova indicação, a vacina quadrivalente contra o HPV, é hoje a única medida de prevenção para estas doenças oncológicas graves”, afirma o Dr. Jean-Paul Kress, Presidente da Sanofi Pasteur MSD. “A possibilidade de prevenção do cancro do ânus reforça ainda mais a necessidade de estender a vacinação contra o HPV a ambos os sexos, especialmente quando não existem outras medidas ou programas de rastreio para a prevenção do cancro do ânus”, conclui o Dr. Kress.

A vacina quadrivalente contra o HPV é uma vacina que ajuda a proteger a população do cancro do colo do útero e cancro do ânus, das lesões pré-cancerosas genitais e das verrugas genitais, com protecção demonstrada na vida real(2,3,4). A vacina quadrivalente contra o HPV foi lançada em 2006, é líder na Europa e integra o Programa Nacional de Vacinação em Portugal, desde 2008. Estima-se que tenham já sido distribuídas cerca de 152 milhões a nível mundial.

 

Sobre cancro do ânus

Estima-se que, anualmente, ocorram cerca de 6.800 novos casos de cancro do ânus na Europa*, dos quais cerca de 75-80% estão associados aos tipos 16 e 18 do HPV(6,7,8). De acordo com estudos de base populacional,

o cancro do ânus é mais frequente em mulheres do que em homens, sendo que mais de 60% dos casos ocorrem em mulheres(6). No sexo masculino, a incidência é maior entre os homens que têm relações sexuais com outros homens (MSM), embora um estudo de base populacional tenha estimado que 53% dos casos de cancro do ânus neste género ocorram em homens heterossexuais(8).

A incidência deste tipo de cancro, em ambos os sexos, tem vindo a aumentar nas últimas décadas nos países industrializados, em geral e na Europa, em particular(8).

 

Prevenção do cancro do ânus

A eficácia da vacina quadrivalente contra o HPV na prevenção de doenças do ânus - neoplasia intraepitelial anal (AIN) e cancro anal - foi avaliada numa população de 598 homens que tinham relações sexuais com outros homens (MSM), com idades compreendidas entre os 16 e os 26 anos.

A análise primária de eficácia foi realizada na população por-protocolo (PPE), que consistiu em indivíduos que receberam as três doses da vacina no período de um ano após o recrutamento no ensaio clínico, não tiveram desvios major ao protocolo do ensaio, não tinham evidência de exposição aos tipos de HPV 6, 11, 16 e 18 quando do recrutamento e permaneceram livres de infecção a estes quatro tipos de HPV até um mês após a última dose da vacina(9).

A eficácia da vacina foi de 74,9% (IC 95%: 8,8;95,4) na redução da incidência de lesões pré-cancerosas anais 2/3 (AIN 2/3) associadas aos tipos de HPV 6, 11, 16 e 18 e de 86,6 % (IC 95%: 0;99,7) para as lesões associadas aos dois tipos oncogénicos de HPV 16 e 18(9). A duração média do acompanhamento foi de 2,15 anos.

O Comité Europeu dos Medicamentos para Uso Humano (CHMP) reconheceu a extrapolação da eficácia da vacina quadrivalente contra o HPV demonstrada na prevenção do AIN 2/3 na população MSM para homens e mulheres heterossexuais.

Sobre os programas de vacinação contra o HPV

Todos os países Europeus têm actualmente implementados programas de vacinação para raparigas, muitos programas de base escolar. O programa de vacinação contra o HPV na Áustria terá início em Setembro de 2014 e irá vacinar todos os rapazes e raparigas com a vacina quadrivalente contra o HPV. Para mais informações relativas aos programas de vacinação na Europa consulte o site: http://www.ecdc.europa.eu/

 

Sobre a vacina quadrivalente contra o HPV

A vacina quadrivalente contra o HPV, produzida pela Merck, é uma vacina para a prevenção do cancro do colo do útero e cancro do ânus e lesões genitais pré-cancerosas do colo do útero (CIN2/3), da vulva (VIN2/3), da vagina (VaIN2/3) e do ânus (AIN2/3) e verrugas genitais (condiloma acuminado), associadas aos tipos 6, 11, 16 e 18 do Papilomavírus Humano.

Lançada em 2006, a vacina quadrivalente contra o HPV é a vacina contra o HPV mais utilizada a nível mundial, com cerca de 152 milhões de doses distribuídas até ao momento.

 

Sobre a Sanofi Pasteur MSD

A Sanofi Pasteur MSD é uma joint venture entre a Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas da Sanofi, e a divisão de vacinas da Merck and Co. Inc. (MSD na Europa). Combinando inovação e competência, a Sanofi Pasteur MSD é a única empresa na Europa exclusivamente dedicada a vacinas. A Sanofi Pasteur MSD alia a experiência no campo da investigação da Sanofi Pasteur e da MSD para, juntamente com as suas equipas de todo o mundo, se dedicar ao desenvolvimento de novas vacinas que alarguem a protecção a mais doenças e ao aperfeiçoamento das vacinas já existentes, procurando melhorar a aceitabilidade, eficácia e tolerabilidade da vacinação.

 

Referências

(1) Scholefield JH, Castle MT, Watson NF. Malignant transformation of high grade anal intraepithelial neoplasia. Br J

Surg 2005;92:1133-6.

(2) Brotherton JML et al. Early effect of the HPV vaccination programme on cervical abnormalities in Victoria, Australia:

an ecological study. Lancet 2011;377:2085-92.

(3) Read TRh et al. The near disappearance of genital warts in young women 4 years after commencing a national

human papillomavirus (HPV) vaccination programme. Sex Transm Infect 2011; 87: 544-547.

(4) Markowitz LE et al. Reduction in Human Papillomavirus (HPV) Prevalence Among Young Women Following HPV

Vaccine Introduction in the United States, National Health and Nutrition Examination Surveys, 2003–2010. J Infect

Dis, 2013; 208[3]: 385-393.

(5) Gardasil SmPC, April 2014.

(6) Forman D, de Martel C, Lacey CJ, Soerjomataram I, Lortet-Tieulent J, Bruni L, et al. Global burden of human

papillomavirus and related diseases. Vaccine 2012;30 Suppl 5:F12-23.

(7) de Martel C, Ferlay J, Franceschi S, Vignat J, Bray F, Forman D, et al. Global burden of cancers attributable to

infections in 2008: a review and synthetic analysis. Lancet Oncol 2012;13(6):607-15.

(8) De Vuyst H, Clifford GM, Nascimento MC, Madeleine MM, Franceschi S. Prevalence and type distribution of human

papillomavirus in carcinoma and intraepithelial neoplasia of the vulva, vagina and anus: a meta-analysis. Int J Cancer

2009;124(7):1626-36.

(9) Brewster DH, Bhatti LA. Increasing incidence of squamous cell carcinoma of the anus in Scotland, 1975-2002. Br J

Cancer 2006;95(1):87-90.

(10) Nielsen A, Munk C, Kjaer SK. Trends in incidence of anal cancer and high-grade anal intraepithelial neoplasia in

Denmark, 1978-2008. Int J Cancer 2012;130(5):1168-73.

(11) Daling JR, Madeleine MM, Johnson LG, Schwartz SM, Shera KA, Wurscher MA, et al. Human papillomavirus,

smoking, and sexual practices in the etiology of anal cancer. Cancer 2004;101(2):270-80.

(12) Brewster DH, Bhatti LA. Increasing incidence of squamous cell carcinoma of the anus in Scotland, 1975-2002. Br J

Cancer 2006;95(1):87-90.

(13) Robinson D, Coupland V, Moller H. An analysis of temporal and generational trends in the incidence of anal and other

HPV-related cancers in Southeast England. Br J Cancer 2009;100(3):527-31.

(14) Goldman S, Glimelius B, Nilsson B, Pahlman L. Incidence of anal epidermoid carcinoma in Sweden 1970-1984. Acta

Chir Scand 1989;155(3):191-7.

(15) Nielsen A, Munk C, Kjaer SK. Trends in incidence of anal cancer and high-grade anal intraepithelial neoplasia in

Denmark, 1978-2008. Int J Cancer 2012;130(5):1168-73.

(16) van Lieshout A, Pronk A. [Increasing incidence of anal cancer in the Netherlands]. Ned Tijdschr Geneeskd

2010;154:A1163.

 

 

Investigação Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos
Orientar para a obtenção de resultados óptimos foi o principal objectivo do desenvolvimento de 101 indicadores de qualidade...

“Este estudo surge da inexistência em Portugal, de indicadores de qualidade para os serviços de cuidados paliativos. Desenvolveram-se um conjunto de 101 indicadores que permitem orientar para a obtenção de resultados óptimos nos cuidados profissionais aos doentes em fim-de-vida”, explica Manuel Luís Capelas, Presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP).

Manuel Luís Capelas, Presidente da APCP e autor da investigação “Indicadores de Qualidade para os Serviços de Cuidados Paliativos”, mostra que apenas através de determinados indicadores de qualidade é possível determinar onde os cuidadores profissionais e as organizações precisam de melhorar.

“Este estudo surge num momento-chave, de início da Rede Nacional de Cuidados Paliativos e permite-nos perceber que precisamos de serviços mais adequados à nossa realidade. Os Indicadores de Qualidade ajudam inclusivamente a reformular serviços e a alterar políticas de saúde”, refere Manuel Luís Capelas.

Os Indicadores de Qualidade são um forte motor de melhoria dos cuidados de saúde e podem ajudar a melhor controlar os sintomas; capacitar o doente para viver e morrer melhor no local que escolheu e diminuir crises por parte dos doentes e suas famílias.

O autor criou 3 grandes grupos de indicadores:

  • Indicadores de Estrutura (física, humana, financeira e organizacional)
  • Indicadores de Processo
  • Indicadores de Resultado

Os vários aspectos do cuidar são fortemente focados nesta investigação nomeadamente os aspectos físicos, psicológicos, sociais, espirituais e ético-legais.

A investigação “Indicadores de Qualidade para os Serviços de Cuidados Paliativos em Portugal” faz parte da tese de doutoramento de Manuel Luís Capelas, que cedeu os direitos de autor à APCP. Foi publicada em livro pela Universidade Católica Editora.

 

Demonstrates Superior Overall Survival Compared to Dacarbazine
Bristol-Myers Squibb Company (NYSE:BMY) announced that a randomized blinded comparative Phase 3 study evaluating nivolumab...

Bristol-Myers Squibb Company (NYSE:BMY) announced that a randomized blinded comparative Phase 3 study evaluating nivolumab versus dacarbazine (DTIC) in patients with previously untreated BRAF wild-type advanced melanoma was stopped early because an analysis conducted by the independent Data Monitoring Committee (DMC) showed evidence of superior overall survival in patients receiving nivolumab compared to the control arm. Patients in the trial will be unblinded and allowed to cross over to nivolumab. The Company will share these data with health authorities.

“The outcome of CheckMate -066 is an important milestone in the field of immuno-oncology as it represents the first well-controlled, randomized Phase 3 trial of an investigational PD-1 checkpoint inhibitor to demonstrate an overall survival benefit,” said Michael Giordano, MD, Head of Oncology Development. “Bristol-Myers Squibb is committed to continuing to lead advances in immuno-oncology and to executing our strategy to provide patients with the best opportunity to achieve the potential for long term survival.”

CheckMate -066 investigators have been informed of the decision to stop the blinded comparative portion of the trial. Bristol-Myers Squibb will ensure that patients are informed of the opportunity to continue or start treatment with nivolumab in an open-label extension as part of the Company’s commitment to characterize long-term survival. The study, which was designed in consultation with the Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP), was primarily conducted in countries where DTIC is a commonly-used treatment in the first-line setting, including Canada, but not at U.S. trial sites. The Company will complete a full evaluation of the final CheckMate -066 data and work with investigators on the future presentation and publication of the results.

 

About the Study

CheckMate -066 is a Phase 3 randomized, double-blind study of patients with previously untreated BRAF wild-type unresectable Stage III and IV melanoma. The trial enrolled 418 patients who were randomized to receive either nivolumab 3 mg/kg every two weeks or DTIC 1000 mg/m2 every three weeks. The primary endpoint was overall survival. Secondary endpoints included progression free survival and objective response rate.

 

About Nivolumab

Cancer cells may exploit “regulatory” pathways, such as checkpoint pathways, to hide from the immune system and shield the tumor from immune attack. Nivolumab is an investigational, fully-human PD-1 immune checkpoint inhibitor that binds to the checkpoint receptor PD-1 (programmed death-1) expressed on activated T-cells. We are investigating whether by blocking this pathway, nivolumab would enable the immune system to resume its ability to recognize, attack and destroy cancer cells.

Bristol-Myers Squibb has a broad, global development program to study nivolumab in multiple tumor types consisting of more than 35 trials – as monotherapy or in combination with other therapies – in which more than 7,000 patients have been enrolled worldwide. Among these are several potentially registrational trials in non-small cell lung cancer melanoma, renal cell carcinoma (RCC), head and neck cancer, glioblastoma and non-Hodgkin lymphoma. In 2013, the FDA granted Fast Track designation for nivolumab in NSCLC, melanoma and RCC. In May 2014, the FDA granted nivolumab Breakthrough Therapy Designation for the treatment of patients with Hodgkin lymphoma after failure of autologous stem cell transplant and brentuximab.

 

About Advanced Melanoma

Melanoma is a form of skin cancer characterized by the uncontrolled growth of pigment-producing cells (melanocytes) located in the skin. Metastatic melanoma is the deadliest form of the disease, and occurs when cancer spreads beyond the surface of the skin to other organs, such as the lymph nodes, lungs, brain or other areas of the body. The incidence of melanoma has been increasing for at least 30 years. In 2012, an estimated 232,130 melanoma cases were diagnosed globally. Melanoma is mostly curable when treated in its early stages. However, in its late stages, the average survival rate has historically been just six months with a one-year mortality rate of 75%, making it one of the most aggressive forms of cancer.

 

Immuno-Oncology at Bristol-Myers Squibb

Surgery, radiation, cytotoxic or targeted therapies have represented the mainstay of cancer treatment over the last several decades, but long-term survival and a positive quality of life have remained elusive for many patients with advanced disease.

To address this unmet medical need, Bristol-Myers Squibb is leading advances in a rapidly evolving field of cancer research and treatment known as immuno-oncology, which involves agents whose primary mechanism is to work directly with the body’s immune system to fight cancer. The company is exploring a variety of compounds and immunotherapeutic approaches for patients with different types of cancer, including researching the potential of combining immuno-oncology agents that target different and complementary pathways in the treatment of cancer.

Bristol-Myers Squibb is committed to advancing the science of immuno-oncology, with the goal of changing survival expectations and the way patients live with cancer.

About the Bristol-Myers Squibb and Ono Pharmaceutical Partnership

Through a collaboration agreement with Ono Pharmaceutical in 2011, Bristol-Myers Squibb expanded its territorial rights to develop and commercialize nivolumab (BMS-936558/ONO-4538) globally except in Japan, Korea and Taiwan where Ono has retained all rights to the compound.

 

About Bristol-Myers Squibb

Bristol-Myers Squibb is a global biopharmaceutical company whose mission is to discover, develop and deliver innovative medicines that help patients prevail over serious diseases. For more information about Bristol-Myers Squibb, visit www.bms.com, or follow us on Twitter at http://twitter.com/bmsnews.

 

Bristol-Myers Squibb Forward-Looking Statement

This press release contains "forward-looking statements" as that term is defined in the Private Securities Litigation Reform Act of 1995 regarding the research, development and commercialization of pharmaceutical products. Such forward-looking statements are based on current expectations and involve inherent risks and uncertainties, including factors that could delay, divert or change any of them, and could cause actual outcomes and results to differ materially from current expectations. No forward-looking statement can be guaranteed. Among other risks, there can be no guarantee that nivolumab will receive regulatory approval or, if approved, that it will become a commercially successful product. Forward-looking statements in this press release should be evaluated together with the many uncertainties that affect Bristol-Myers Squibb's business, particularly those identified in the cautionary factors discussion in Bristol-Myers Squibb's Annual Report on Form 10-K for the year ended December 31, 2013 in our Quarterly Reports on Form 10-Q and our Current Reports on Form 8-K. Bristol-Myers Squibb undertakes no obligation to publicly update any forward-looking statement, whether as a result of new information, future events or otherwise.

Inovação
Investigadores da Universidade de Sidney, Harvard, Stanford and MIT, conseguiram imprimir pela primeira vez vasos sanguíneos...

Um dos principais problemas da criação de órgãos humanos era até aqui a de conseguir ter vasos sanguíneos funcionais que possibilitassem fazer crescer órgãos à sua volta. Porém, uma equipa de cientistas conseguiu reproduzir vasos, o que é considerado um grande avanço.

“Imagine ser possível entrar num hospital e ter um órgão completo impresso – ou bio imprimido, como lhe chamamos – com todas as células, proteínas e vasos sanguíneos no lugar certo, sendo que para isso é apenas preciso carregar num botão no computador que diz ‘imprimir’”, relatou o especialista da Universidade de Sydney, Dr. Luiz Bertassoni.

Até aqui era já possível aos cientistas recrearem pequenas partes de vasos sanguíneos por métodos laboratoriais, porém, com este desenvolvimento é possível fazer surgir do nada um conjunto funcional de vasos sanguíneos, o que para Bertassoni “muda completamente ‘o jogo’”.

Estes vasos permitirão fazer chegar, de forma mais eficaz, os nutrientes aos tecidos bio impressos, possibilitando que estas células mais rapidamente se diferenciem e se reproduzam. Os investigadores acreditam que isto possa, no futuro, permitir a regeneração completa de órgãos humanos, apesar de até aqui, laboratorialmente, os cientistas apenas terem conseguido criar vasos capilares.

 

ONU divulga
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura publicou em Roma um relatório com os 10 principais parasitas...

Estes parasitas afectam a saúde de milhões de pessoas a cada ano, infectando tecidos musculares, causando epilepsia ou choques anafilácticos, entre outros problemas, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

A organização com sede em Roma também assinalou que, na Europa, mais de 2,5 mil pessoas são afectadas a cada ano por infecções parasitárias transmitidas por alimentos e, só em 2011, foram registados na UE 268 casos de triquinose e 781 casos de equinococose.

O relatório, “Classificação multicritério para a gestão de riscos dos parasitas transmitidos pelos alimentos”, inclui os nomes dos parasitas com maior impacto a nível internacional, o dano que produzem e onde podem ser encontrados.

Entre eles, aponta para a Taenia solium (ténia do porco ou ténia armada), que se transmite através da carne de porco, ou o Cryptosporidium spp, um protozoário cujo contágio se produz através da ingestão de produtos frescos, assim como do sumo de fruta ou do leite.

 

Médicos apelam a doentes
A Ordem dos Médicos apelou esta terça-feira aos doentes para não se deslocarem aos centros de saúde e hospitais, nos dias 8 e 9...

Em comunicado, a Ordem dos Médicos (OM) pede aos doentes para não irem às consultas ou realizar exames complementares de diagnóstico, nos serviços de saúde públicos, durante os dois dias de greve dos médicos, “para evitar despesas e perdas de tempo desnecessárias”.

A OM apela ainda à “participação dos doentes e de toda a população” numa concentração marcada para 8 de Julho, às 15.30 horas, em frente ao Ministério da Saúde, “Pela nossa Saúde e em defesa do SNS”.

O pretexto é a “degradação” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), por opção política, uma vez que “este Governo impôs mais cortes à Saúde e aos Doentes do que aquilo a que foi forçado pela Troika”.

No comunicado intitulado “Memorando de exigências”, a OM afirma mesmo que o SNS está a sofrer com as medidas de austeridade e a “degradar-se muito mais do que outros sectores da governação”. Às denúncias da Ordem, à ameaça de demissões no Hospital de São João e às denúncias de outros hospitais, a OM junta agora o “panorama terrível” traçado pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde, num relatório a que chamou “Síndrome da negação”, para demonstrar que o Ministério “já não pode continuar a esconder a dramática verdade do SNS”.

As razões por detrás das acusações da ordem são várias, desde os tempos de espera dos utentes pelas cirurgias e consultas, à falta de medicamentos e material clínico nos hospitais, passando pelos aparelhos que não são reparados, a impossibilidade de os médicos pedirem os exames de diagnóstico que acham necessários, a impossibilidade de acesso dos doentes aos novos medicamentos ou a falta de dinheiro para pagar transportes.

A OM diz que há meses que procura negociar medidas, “quase sem sucesso”, e dá como exemplo a portaria da reforma hospitalar que a tutela se “recusa a revogar” e que “ilustra a maior destruição do SNS desde a sua fundação”.

O bastonário afirma-se mesmo “disponível para um debate público com o ministro da Saúde” e adianta que vai apresentar “múltiplas propostas de alteração” ao Código de Ética, que acusa de ser um instrumento “enviesado”, através do qual o ministro quer “filtrar a informação”.

A Ordem acrescenta ainda que irá dar sequência às medidas que já tinha anunciado, caso as negociações falhassem: continuar a insistir junto de médicos e doentes para comunicarem todas as falhas do SNS e apelar a todos os médicos que renunciem a qualquer tipo de contratualização “de indicadores doentios e que prejudicam a humanização da medicina”.

A OM apela ainda a estes profissionais para que suspendam a colaboração com o Ministério da Saúde e com todos os organismos deste dependentes, assim como com quaisquer outros Grupos de Trabalho, e apoiem as formas de intervenção sindical decididas pela FNAM.

 

Para doenças neurológicas
O Centro de Genética Preditiva e Preventiva, do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto, anunciou...

Este reconhecimento, pelo Instituto Português da Acreditação (IPAC), segue os requisitos da NP EN ISO 15189, a norma de acreditação mais exigente para laboratórios clínicos, sendo o Centro de Genética Preditiva e Preventiva (CGPP) “o primeiro laboratório acreditado em Portugal para realizar testes genéticos em doenças neurológicas, além da hemocromatose”, disse o coordenador desta unidade clínica, o médico geneticista Jorge Sequeiros.

De entre os testes genéticos acreditados, destacam-se os para a paramiloidose (PAF TTR), a doença de Charcot-Marie-Tooth, doença de Huntington, doença de Machado-Joseph e outras ataxias espinocerebelosas (SCA1, SCA2, SCA6 e SCA7) e a hemocromatose.

Para Jorge Sequeiros,”o CGPP sempre se preocupou com a qualidade e segurança dos testes, cujos resultados podem ter grande impacto nos doentes e suas famílias”.

De facto, explica Jorge Sequeiros, “a acreditação não alterou os procedimentos levados a cabo pelo CGPP e sempre existiu uma avaliação anual da qualidade por uma equipa externa de especialistas” mas, agora, “temos uma entidade oficial que veio acreditar o que é cá feito”.

Jorge Sequeiros refere, a título de exemplo, que “as próprias colheitas de sangue e a extracção de ADN foram acreditadas, o que é muito importante, pois estes são os primeiros passos essenciais para um teste genético e onde os erros são tão frequentes”.

A acreditação é o processo pelo qual a entidade nacional autorizada (o IPAC, em Portugal) reconhece formalmente a qualidade na realização de tarefas específicas. Apesar das recomendações internacionais e ao contrário de muitos países europeus, a acreditação ainda não é obrigatória em Portugal. De acordo com o responsável daquele centro de genética, “a mera certificação dos laboratórios não é suficiente”.

A acreditação diferencia-se da certificação em vários aspectos, nomeadamente numa “muito maior exigência dos critérios e metodologias usadas, ensaio a ensaio, tendo como princípio a avaliação da competência técnica, bem como o facto de existir uma única entidade acreditadora em cada país”, sustenta.

A acreditação contribui para a melhoria da qualidade dos processos laboratoriais, incluindo a redução dos tempos de resposta, com grande impacto para médicos e utentes.

“A resposta mais rápida diminui a ansiedade dos doentes, bem como permite a confirmação do diagnóstico e aplicação atempada das medidas clínicas adequadas, incluindo o aconselhamento genético em familiares”, sublinha Jorge Sequeiros.

O Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto é uma associação sem fins lucrativos e um Laboratório Associado do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTES), com ligação à Universidade do Porto. Actua no sector da saúde através do Centro de Genética Preditiva e Preventiva (CGPP), prestando serviços à comunidade na área dos testes genéticos, aconselhamento genético e formação científica, clínica e laboratorial a profissionais de saúde.

 

Desenvolvido por portuguesa
Um novo tipo de ferro nanoparticulado, desenvolvido no laboratório da investigadora portuguesa Dora Pereira, em Cambridge, foi...

O novo composto, desenvolvido no laboratório da portuguesa, líder de equipa no Conselho de Pesquisa Médica (Medical Research Council), pretende ser mais eficaz e ter menos efeitos secundários do que os suplementos de ferro actualmente usados no combate à anemia.

“Actualmente, as terapias são baseadas em ferro solúvel, que não é completamente absorvido e tem efeitos secundários gastrointestinais, causa mudanças na flora intestinal ou provoca reacções redox no intestino, que podem dar origem a inflamação e lesões cancerígenas”, disse Dora Pereira.

 

Projecto apresentado em Matosinhos
Um fármaco para impedir a progressão da doença de Alzheimer pode ser desenvolvido no programa COHiTEC.

Durante o Programa COHiTEC, que vai decorrer ao longo de quatro meses, equipas multidisciplinares vão “gerar ideias de produto” baseadas nas tecnologias participantes e preparar “um projecto de negócio” para uma de essas ideias. As tecnologias que estão na base dos projectos foram desenvolvidas nas universidades de Aveiro, Coimbra, Lisboa, Minho, Nova de Lisboa e Porto e nos institutos IBET e WavEC. Uma delas é um fármaco para impedir a progressão da doença de Alzheimer, avança o Correio da Manha, citado pelo RCM pharma.

“Acreditamos que o trabalho em equipa de investigadores, estudantes de gestão e mentores desenvolvido no COHiTEC é crucial para o êxito dos projectos e das futuras empresas”, salientou aquele responsável.

O Programa COHiTEC é uma iniciativa da COTEC Portugal - Associação Empresarial para a Inovação, que conta com o apoio da CGD, da Caixa Capital e da FLAD - Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e é realizado em parceria com o Centro HiTEC da North Carolina State University, a Porto Business School e o INDEG-IUL ISCTE Executive Education.

Exposição excessiva à água
Com o aumento da temperatura, a vontade de passar cada vez mais horas dentro de água também aumenta, principalmente nas...

Os casos de otites em crianças são muito frequentes desde os primeiros meses de vida. Estima-se que 20% das crianças até aos quatro anos tenham pelo menos uma otite por ano. As crianças tendem a ser mais atingidas pelas otites médias devido à condição anatómica do ouvido nesta fase da vida e à maior incidência de infecções virais e bacterianas.

“As crianças não têm a sensação de ouvido tapado tão apurada como os adultos, e queixam-se apenas da sensação de dor, na maioria das vezes. É preciso que os pais tenham especial atenção nesta altura do ano, pois as otites, quando ocorrem com frequência, podem deixar sequelas graves, como a perda permanente do nível de audição, o que pode levar a atrasos no desenvolvimento da linguagem, distúrbios da fala e menor facilidade de aprendizagem”, refere Alexandra Marinho, audiologista na GAES – Centros Auditivos.

Para os pais protegerem a audição dos mais novos deixamos algumas dicas: secar bem os ouvidos após sair da água, usar apenas uma toalha de papel, evitar nadar e mergulhar em águas poluídas ou nunca utilizar cotonetes no canal externo do ouvido. Para as crianças com otites externas recorrentes, é aconselhável o uso de protectores auditivos à medida, devendo em alguns casos, ser acompanhados de bandas para reduzir o risco de entrada de água no ouvido.

 

Instituto Oswaldo Cruz
Um estudo do Instituto Oswaldo Cruz mostra que pessoas infectadas pelo vírus VIH são menos susceptíveis ao vírus H1N1, causador...

“É como se o VIH se protegesse para que aquele organismo não fosse infectado por outro vírus, que iria competir com ele pela mesma célula”, explicou o cientista Thiago Moreno.

“Durante a pandemia de 2009, foi surpreendente observar que indivíduos infectados pelo VIH não tiveram uma maior gravidade quando infectados pelo H1N1. É surpreendente porque, pela condição deles de imunocomprometimento devido à infecção pelo VIH, era esperado o contrário, que foi o que ocorreu com outros indivíduos imunocomprometidos, como os portadores de cancro e os transplantados”, disse o investigador.

Os estudos sugerem que o efeito da pandemia em indivíduos infectados pela sida não foi diferente do observado na população em geral. A explicação científica é que o VIH, ao responder à defesa da célula que ataca, usa uma proteína (IFITM3) capaz de inibir a replicação do vírus H1N1. Com isso, a capacidade da gripe de infectar as células é prejudicada.

Após constatarem o efeito do VIH sobre a replicação do vírus influenza, os pesquisadores querem agora detectar qual é o efeito da gripe sobre o vírus da sida. Thiago Moreno admitiu que a ideia, no futuro, é procurar novos tratamentos para a gripe. O estudo foi publicado na revista científica Plos One.

 

Investigação recusa
As vacinas infantis para o sarampo, papeira ou rubéola não causam autismo, revela um novo estudo, que conclui ainda que são...

O estudo analisou 20 mil relatórios publicados entre 2010 e 2013 e concluiu também não existirem quaisquer ligações entre a vacinação e doenças como leucemia, cancro ou alergias alimentares.

Os investigadores esperam que estas conclusões ajudem a dissipar receios propagados pelos activistas anti-vacinas, entre os quais se contam várias estrelas de Hollywood, como Jenny McCarthy ou Jim Carrey.

O estudo, publicado na revista científica norte-americana Pediatrics, pretende abordar uma tendência crescente de recusa das vacinas entre os pais nos Estados Unidos e na Europa, o que levou já ao ressurgimento do sarampo e tosse convulsa em algumas partes do mundo.

“Concluímos que os efeitos secundários adversos ligados às vacinas são muito raros e, quando ocorrem, não são necessariamente graves”, disse Courtney Gidengil, pediatra do Boston Children's Hospital, professora na Harvard Medical School e co-autora do estudo. “Consideramos que isto reforça as provas de que os benefícios ultrapassam largamente o baixo risco de efeitos secundários graves das vacinas”, acrescentou.

A investigação reforça as conclusões de um estudo de 2011 do Institute of Medicine, que apontavam alguns efeitos secundários relacionados com as vacinas, mas encontrava “raros problemas de saúde causados ou claramente associados à vacinação”.

O relatório agora publicado inclui o estudo de várias vacinas que não foram analisadas no estudo de 2011, nomeadamente as da hepatite A, meningites [Haemophilus influenzae type b (Hib)], poliomielite, rotavírus e vacina pneumocócica conjugada.

Os efeitos secundários das vacinas do sarampo, papeira e rubéola (VASPR) e da vacina pneumocócica conjugada incluem febre e convulsões, enquanto as vacinas VASPR e a da hepatite A surgem ligadas ao surgimento de purpura (ruptura de pequenos vasos sanguíneos debaixo da pele.

Foram recolhidas também algumas evidências de que as crianças vacinadas contra a varicela podem desenvolver infecções ou reacções alérgicas.

As vacinas do rotavírus surgem associadas ao risco de intussuscepção, uma condição em que uma parte do intestino desliza para dentro de outra.

Contudo, ressalvam os investigadores, o risco de surgimento desta condição é de entre 1 a 5 casos em cada 100 mil pessoas.

Não foram registadas mortes na investigação, que não encontrou provas suficientes de ligação entre a vacina da poliomielite e alergias alimentares nem qualquer ligação entre as vacinas e o surgimento de leucemias.

 

Cabo Verde
Cabo Verde é considerado um dos países com melhor desempenho na execução dos programas de luta contra o VIH/Sida e malária.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez questão de saudar efusivamente o desempenho da Instância Nacional de Coordenação (INC) e dos programas de Cabo Verde. Considera que, apesar de um ou outro problema que possa existir, formalmente, o arquipélago é considerado um dos países com melhor desempenho e pedem-nos mesmo para compartilhar a nossa experiência a nível regional e em toda a África”, avançou Cristina Fontes Lima, ministra da Saúde cabo-verdiana.

Cristina Lima adiantou que Cabo verde tem de assumir o compromisso de fazer bom uso dos cinco milhões de dólares (cerca de 3,6 milhões de euros) disponibilizados na segunda fase do Fundo Global, que permitem comprar anti-retrovirais e reforçar a alimentação dos portadores de VIH/Sida.

De acordo com a ministra, o plano estratégico cabo-verdiano de luta contra o VIH/Sida 2011-2015 está em processo de revisão a meio percurso e brevemente será realizado o terceiro Inquérito Demográfico de Saúde Reprodutiva.

Segundo dados do Comité de Coordenação do Combate à Sida, a taxa de prevalência do VIH/Sida em Cabo Verde permanece “estável”, mantendo-se em menos de 1%.

Quanto à malária, Cabo Verde está a implementar um plano de luta contra a doença, que registou uma taxa de um caso por cada mil habitantes desde 2012. As autoridades cabo-verdianas pretendem alcançar a erradicação da doença no arquipélago até 2020.

 

Escolha o protector mais indicado para a sua pele
Este Verão, desfrute do sol e da praia mas antes, escolha o protector solar que mais se adequa à sua
Protecção solar

A exposição ao sol é um factor de bem-estar, mas torna-se prejudicial se ignorar determinadas regras. A radiação solar é necessária à produção de vitamina D no nosso organismo, mas essa radiação pode também provocar queimaduras dolorosas, o envelhecimento precoce da pele e lesões cutâneas potencialmente graves.

As precauções relativamente ao sol aplicam-se a toda a gente, mas são especialmente importantes no caso das crianças e das pessoas com tipos de pele mais sensíveis.

E não se pense que a protecção solar é apenas importante no Verão e durante os meses mais quentes, pois durante todo o ano existem raios ultravioletas (UV). Mas mesmo durante o Verão, ainda há muitas pessoas que não usam protector solar, seja porque acham que ficam gordurosas, porque não querem ter o trabalho ou porque não querem gastar dinheiro. A verdade é que os raios UV estão cada vez mais perigosos e a nossa camada de ozono cada vez mais frágil, o que nos deixa menos protegidos. Mesmo quando temos roupa, os raios UV continuam a passar os tecidos e podem queimar-nos. Os riscos de não usar protector solar são o envelhecimento precoce, manchas escuras na pele, aparecimento de sinais, desidratação e cancro da pele. Hoje em dia existem inúmeros protectores solares no mercado, para todos os gostos e necessidades e para todas as carteiras, pelo que não há desculpa para não usar um. Ter alguns cuidados e aplicar correctamente o protector solar mais adequado à sua pele é, pois, de suma importância. A melhor forma de ter a certeza que está a optar por um protector solar adequado é saber se as substâncias e a textura de cada produto são indicadas para o seu tipo de pele.

Há protectores físicos e químicos. Os primeiros contêm substâncias como o dióxido de titânio que reflectem os raios ultravioletas. Os segundos absorvem a radiação filtrando-a (como os filtros químicos PABA ou cinamatos). A maior parte dos protectores solares existentes actualmente no mercado é mista. Ou seja, filtram e absorvem ou reflectem os raios ultravioletas.

A escolha certa
A escolha do protector solar deve estar de acordo com cada tipo de pele (oleosa, mista ou sensível) e adequado ao fototipo. Quanto mais claro for (fototipo 1 e 2) mais alto deve ser o factor de protecção solar. Idealmente, deve proteger diariamente, no Inverno, as zonas expostas ao sol com um protector solar com um índice de protecção mínimo 20 e, a partir da Primavera, com um índice de protecção 40 ou 50+.

Em férias passadas ao sol e na praia, é recomendado o uso de um protector com índice de protecção alto. As fórmulas em gel são mais indicadas para as peles oleosas e mistas, já as fórmulas de creme são indicadas para peles secas pelo poder hidratante que têm. Geralmente, os homens preferem o spray porque é mais fácil de espalhar.

Ainda há quem aplique o protector solar apenas ao chegar à praia, ou seja, quando já está exposto às radiações solares. Contudo, o correcto, é aplicar o protector em casa, sem roupa, bem espalhado e numa dose que faça cumprir o índice indicado. Uma vez na praia, repete-se a aplicação várias vezes.

Escolher o Factor de Protecção Solar (FPS)
O FPS (ou Factor de Protecção Solar), SPF em inglês (Sun Protection Factor) define o tempo que a pele pode estar ao sol sem se queimar. Assim, se habitualmente a sua pele consegue ficar 10 minutos ao sol sem se queimar, significa que usando um protector solar de factor 20, a sua pele estará 200 minutos ao sol sem se queimar, usando um factor 50, estará 500 minutos ao sol sem se queimar, sempre dependendo um pouco do fototipo da pessoa. Isto, claro, se o protector solar for bem aplicado.

Segundo a The Skin Cancer Foundation International devemos usar o equivalente a uma colher de sopa em cada zona do corpo (uma colher de sopa para cada braço, cada perna, cada coxa, etc.) e reaplicar a mesma quantidade de 2 em 2 horas ou sempre que saímos da água e nos expomos ao sol, sendo que a primeira aplicação deve ser sempre 15/30 minutos antes de sair de casa. Nunca se deve usar um factor de protecção solar inferior a 15, a não ser que seja o final da tarde e a pele já esteja bronzeada, sendo que nessa altura se poderá usar 6/10, mais uma vez dependo do fototipo de cada um.

Cuidados a ter antes e durante a exposição ao sol

1. Evite expor-se ao sol entre as 11 e as 16 horas;

2. Aplique um bom protector solar com meia hora de antecedência;

3. Atenção às zonas particularmente sensíveis: lábios, rosto, ombros, face anterior dos braços e pernas;

4. Atenção a áreas habitualmente esquecidas: costas das mãos e dos pés, orelhas, nuca e nariz;

5. A protecção solar é também necessária à sombra (porque a radiação é reflectida) e nos dias nublados (porque os raios ultravioletas atravessam as nuvens);

6. Em caso de exposição prolongada ao sol, proteja-se com óculos escuros, um chapéu e uma t-shirt e hidrate-se bebendo água.

Como escolher um protector solar

1. A escolha do protector solar deve ser orientada pelo seu médico ou farmacêutico;

2. Os protectores solares devem ter na sua composição filtros (físicos ou químicos) destinados a bloquear a radiação UVA e UVB;

3. Os índices de protecção devem ser adequados ao seu tipo de pele;

4. As condições de conservação afectam a eficácia do protector solar: não compre um protector solar que esteja exposto ao sol e depois de o comprar, proteja-o do calor;

5. Evite o uso de protectores solares de um ano para o outro: em regra, o prazo de validade de um protector solar é de 12 meses após a abertura, desde que se tenha mantido em boas condições de conservação.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Cuidados a ter
O termo “assadura” é muito frequente, referindo-se à irritação da pele do rabinho dos bebés que usam
Dermatite das fraldas

Quando os pais falam de “assaduras” nos bebés, estão quase sempre a referir uma situação que é conhecida em dermatologia como a dermatite das fraldas, que ocorre frequentemente na área onde a fralda é colocada.

É uma situação causada pela humidade, pela fricção e pelo contacto com irritantes químicos e biológicos, contidos na urina e nas fezes. No seu conjunto estes agentes comprometem a barreira cutânea e tornam a pele vulnerável a agentes infecciosos oportunistas.

Saiba o que fazer para evitar esta condição dermatológica que tanto incomoda os bebés e preocupa os pais.

1. Mude as fraldas com grande regularidade
Pelo menos cinco a seis vezes ao dia, de modo a garantir que a pele do bebé não contacte com uma superfície suja e húmida durante muito tempo.

2. Não seja portadora de bactérias
Assegure-se que as suas mãos se encontram lavadas ao trocar a fralda, de modo a não serem portadoras de bactérias e a passá-las ao seu bebé.

3. Use produtos indicados para a pele dos bebés
Recorra a sabonetes, óleos de limpeza e cremes indicados para a pele dos mais novos. Não usar produtos que contenham detergentes, álcool e fragrâncias. Deve preferir a água e sabonete em vez dos toalhetes e proteja o rabinho sempre com uma pasta de água que contenha óxido de zinco.

4. Limpe bem a zona afectada
Proceda a uma limpeza adequada de toda a zona, eliminando (com suavidade) o mais pequeno vestígio de urina ou de fezes que se encontre na pele, com particular atenção às rugas e sulcos. A pele deve ficar perfeitamente seca.

5. Ar livre
Deixe o rabinho do bebé exposto ao ar livre durante o maior período de tempo possível.

6. Prefira roupa de tecidos suaves
Não utilize tecidos como flanela ou toalhas de textura grossa, que fragilizam a epiderme, nem recorra a calças de plástico.

7. Escolha das fraldas
Os estudos comprovam que a dermatite pode ocorrer, quer se recorra a fraldas descartáveis quer às de pano, porém, em ambos os casos, determinados aspectos têm de ser ponderados. Ou seja, deve escolher modelos adequados à idade do bebé e que sejam o mais absorvente possível. É essencial que estas se adaptem na perfeição à região das pernas e da cintura, de modo a evitar que as fezes ou a urina se espalhem.

Se utilizar fraldas de pano, tenha atenção ao processo de lavagem e utilize sabão neutro e lave as fraldas separadamente. Evite o uso de sabão em pó bem como os amaciadores  no processo de lavagem.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Observatório Português dos Sistemas de Saúde
Portugal foi o país europeu que mais medidas tomou para conter a despesa com medicamentos entre 2008 e 2011.

A estas medidas é preciso juntar três anos de programa de ajustamento, em que uma parte da contracção na despesa com saúde foi feita à custa dos cortes na despesa com medicamentos, avança o Diário Económico, citado pelo RCM pharma.

Até aqui, parecem boas notícias. Mas o Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), no relatório de Primavera ontem apresentado - e que este ano tem como título “Saúde: síndroma da negação” - alerta para as consequências negativas das sucessivas medidas aplicadas à cadeia do medicamento: aumento da exportação paralela de remédios, atrasos na inovação, falhas no abastecimento de medicamentos e dificuldades no acesso à terapêutica.

“Tanto o facto do sector da distribuição dos medicamentos se encontrar em graves dificuldades financeiras, como o aumento significativo da exportação paralela em Portugal, provocaram um fenómeno preocupante, que afecta directamente a saúde dos portugueses - a dificuldade de acesso a medicamentos”, conclui o grupo de peritos do OPSS.

De acordo com dados do Observatório dos Medicamentos, citados no relatório do OPSS, desde Agosto de 2013 que o número médio de embalagens em falta por mês se situa próximo dos cinco milhões. Em 2013, cerca de 46% dos doentes inquiridos num estudo da consultora Deloitte reportou indisponibilidade de encontrar medicamentos na farmácia e destes, 24% não conseguiu obter os remédios em menos de 24 horas. Entre Agosto e Dezembro de 2013 registaram-se 23.853.179 faltas de medicamentos, reportadas por 60% das farmácias nacionais.

Olhando para as falhas de abastecimento, estas concentram-se em cinco grupos farmacoterapêuticos “relevantes em termos de saúde” e a “grande maioria destinada a doentes crónicos”, como são as doenças cardiovasculares e respiratórias.

“À falta de medicamentos disponíveis para aquisição nas farmácias, acresce ainda a diminuição do poder de compra da população, que obviamente afecta a sua capacidade de aceder aos medicamentos”, sublinha o OPSS, alertando mais à frente para “o potencial aumento de problemas de adesão à terapêutica” e para a “degradação dos resultados em saúde que certamente daí advirão”.

 

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