Inspeção-Geral da Saúde
Inspeção-Geral da Saúde recebe muitas queixas e no ano passado apanhou 15 profissionais a trabalhar ilegalmente nos dois lados...

A Inspetora-Geral das Atividades em Saúde diz que os hospitais e centros de saúde têm de reforçar a fiscalização e o controlo dos horários dos médicos e outros profissionais do Serviço Nacional de Saúde.

A recomendação surge numa altura em que a maioria das queixas que chegam à inspeção-geral se refere a acumulações fraudulentas ou indevidas de funções, sobretudo de médicos que trabalham no público e no privado ao mesmo tempo.

Em entrevista à TSF, Leonor Furtado sublinha que esta acumulação é legalmente possível e acontece com muita regularidade na classe médica. O problema é que isso não esteja autorizado ou que "a pessoa trabalhe no Serviço Nacional de Saúde e num serviço privado nos mesmos horários".

No último ano a inspeção sancionou um total de 21 profissionais de saúde e 15 foram apanhados em situações deste tipo: 14 médicos e 1 enfermeiro que acabaram por devolver 154 mil euros ao Estado relativos a ordenados recebidos de forma indevida.

A responsável da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) diz que os utentes queixam-se muito dos tempos de espera na hora da consulta ou que o médico chegou demasiado tarde ao serviço.

Leonor Furtado defende que é preciso apertar a fiscalização ou o controlo dos horários de trabalho dos profissionais de saúde, apesar de admitir que este é um tema "tabu".

A tendência é para desculpabilizar os médicos ou enfermeiros por estarem noutro sítio, mas a Inspetora-Geral sublinha que isto "significa um aumento da despesa do Serviço Nacional de Saúde e, ao receberem por horas que não trabalharam, estão a defraudar o Estado".

Fraude e combate à corrupção são prioridades
Leonor Furtado, que tomou posse em março de 2015, explica ainda que o primeiro ano de mandato saldou-se numa redução de 79% nos processos pendentes na IGAS com a conclusão de 987 casos (85% através do arquivamento por falta de fundamentos para avançarem). Em 2016 a prioridade é a prevenção da fraude e da corrupção no SNS.

Apesar da atenção à corrupção, Leonor Furtado recorda que muitas vezes os casos que surgem na IGAS parecem, mas não são fraude pois estamos perante situações de desconhecimento das leis e dos procedimentos que levam, na prática, a muito desperdício.

Dia Internacional da Criança com Cancro
Todos os anos são registados mais de 300 novos casos de cancro, em crianças e jovens, em Portugal.

A alimentação tem um papel fundamental durante o processo oncológico. Ela é responsável por restituir as defesas do organismo e ajudar a colmatar qualquer função que se encontre afetada pelo tratamento oncológico.

Deste modo, uma dieta equilibrada é essencial para permitir uma maior tolerância e resistência aos tratamentos e, consequentemente, aos seus efeitos, contribuindo para uma recuperação mais rápida e uma melhor qualidade de vida.

Embora não existindo um tipo específico de dieta, ela é aconselhada pelo médico e/ou nutricionista, e adaptada caso a caso, tendo em conta o diagnóstico, idade, plano de tratamento e medicação prescrita.

De uma forma geral, em situação de doença oncológica é frequente assistir-se à perda de apetite, a intolerâncias ou aversões alimentares, limitando, deste modo, a riqueza do regime alimentar.

Proteínas, gorduras, hidratos de carbono, vitaminas, minerais e água, nas quantidades adequadas, são essenciais durante este processo.

As proteínas desempenham um papel importante na renovação dos tecidos, no reforço do sistema imunitário e na manutenção das células sanguíneas. Carne, peixe, ovos, leite e derivados, bem como leguminosas (feijão, grão, lentilhas) são importantes fontes proteicas para os doentes pediátricos.

As gorduras, que se podem encontrar em alimentos como o azeite, manteiga, leite, carne ou natas, fornecem uma boa fonte de energia, permitindo ainda a proteção dos tecidos e o transporte de certos tipos de vitaminas através da corrente sanguínea.

Os hidratos de carbono fundamentais para o correto funcionamento dos órgãos, por exemplo, podem-se encontrar no pão, arroz, massa, cereais, leguminosas secas e fruta.

Entre os hidratos de carbono, as fibras têm um papel essencial na prevenção de problemas digestivos.

Vitamina A, B, C, D, E e K são indispensáveis para o equilíbrio do organismo. Assim como os sais minerais já que a carência destes nutrientes podem contribuir para a redução da atividade dos músculos, maior risco de fraturas, dificuldade em absorção de ferro, enfraquecimento dos dentes e osso ou maior sensibilidade ao frio ou ao calor.

A água assume um papel fundamental na reposição dos líquidos, uma vez que, durante o processo oncológico a desidratação é uma das situações mais frequentes, motivada pelos vómitos e diarreia.

Não obstante, em determinadas fases do tratamento, a criança pode necessitar de cuidados específicos no que diz respeito à alimentação.

Quando a criança apresenta falta de apetite, como consequência do tratamento, aconselha-se a que faça refeições leves, mas com alto teor calórico – pão, tostas, bolachas, biscoitos, farinhas lácteas, cremes, iogurtes ou gelados. Sumos e batidos são igualmente recomendados.

Com diarreia, a criança deve comer mais vezes ao longo do dia, realizando refeições com alimentos nutritivos, de fácil digestão e com pouca fibra. Neste caso, deve-se privilegiar o pão branco, bolachas de água e sal ou Maria, arroz, batata, massa, carne e peixe.

A fruta deve ser cozida ou assada e os legumes cozidos. Devem-se evitar os vegetais de cor verde ou escuros. Já os lacticínios devem ser substituídos por alimentos sem lactose ou equivalentes de soja.

Água, chás de ervas ou néctares de fruta diluídos são essenciais para evitar a desidratação que acompanha casos de diarreia.

Em situação de náuseas e vómitos aconselham-se refeições pequenas, frequentes e de fácil digestão. Alimentos frescos, pouco condimentados e com pouca gordura são recomendados.

Também durante os tratamentos oncológicos pode ser necessário recorrer a suplementos nutricionais como forma complementar à alimentação. Neste caso, as fórmulas podem ser em pó (para adicionar aos alimentos) líquidas ou em creme (usadas como sobremesa ou como substituto das refeições).

Não raras vezes, é necessário recorrer à nutrição parentérica, ou seja, à administração direta dos nutrientes na corrente sanguínea, ou ainda, à alimentação através de sonda.

No entanto, o importante é incentivar a criança a comer, variando tanto quanto possível as refeições, e seguindo sempre os conselhos do seu médico.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Que atuação perante o sofrimento?
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos defende o desenvolvimento e equidade no acesso aos cuidados paliativos e a...

O manifesto “Morrer com Dignidade” surge da preocupação dos signatários com o sofrimento dos doentes e apontam a eutanásia como a solução para este problema. A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) descredibiliza esta lógica de pensamento ao defender os cuidados paliativos como cuidados que visam melhorar a qualidade de vida dos doentes e suas famílias, através da prevenção e alívio do sofrimento, com recurso à identificação precoce e tratamento rigoroso dos problemas físicos, psicológicos, sociais e espirituais.

“Onde estavam todos os signatários, inclusive os que exercem altos cargos na área da saúde em Portugal, quando a APCP e entidades independentes, como a Entidade Reguladora da Saúde e o Observatório Português dos Sistemas de Saúde, tornaram público que mais de 90% dos doentes que precisavam de cuidados paliativos não tinham acesso a estes cuidados, que muitos (mais de 50%) morriam à espera de acesso a cuidados paliativos, que os profissionais que constituíam a maior parte das equipas eram em número insuficiente e inadequadamente formados? Não nos lembramos de nenhuma voz ter mostrado preocupação com essas pessoas, que tinham altas probabilidades de estar em sofrimento”, defende Manuel Luís Capelas.

Em Portugal existem entre 72 mil e 86 mil doentes a necessitar de cuidados paliativos. De acordo com um estudo apresentado pelo Observatório Português dos Cuidados Paliativos, em janeiro, cerca de 51% dos doentes internados nos hospitais eram doentes paliativos e cerca de 16% eram doentes paliativos com prognóstico de 15 dias de vida, no entanto, apenas 7%, dos primeiros, e 10%, dos segundos, estavam referenciados para equipas de cuidados paliativos. Isto porque, os seus médicos consideraram que ainda os conseguiam curar ou por estes ainda estarem a fazer o respetivo tratamento.

“Não será esta prática obstinação terapêutica? Será que perante este sofrimento o doente ao pedir a eutanásia, não estará antes a pedir que o deixem morrer, que não lhe prolonguem futilmente a sua vida? Porque é que a discussão gira em torno da eutanásia, e não sobre os mais de 80 mil doentes sem acesso a cuidados paliativos? Mais uma vez, quer atuar-se nas causas e nos cuidados que ajudam ao alívio do sofrimento, ou simular que se resolve o problema, matando ou ajudando a morrer quem sofre?”, adverte Manuel Luís Capelas.

A APCP, enquanto associação de profissionais que desenvolvem uma prática de cuidados paliativos e se preocupa com esta área científica e especializada do saber, defende que é fundamental, antes da discussão sobre a liberalização da eutanásia ou suicídio assistido, garantir o acesso em tempo útil aos cuidados paliativos e assegurar que são prestados por profissionais, técnica e cientificamente competentes e com formação, que consigam identificar e referenciar atempadamente o doente.

“Consideramos que deve existir um amplo e aprofundado debate público sobre a eutanásia, por forma a garantir uma total elucidação dos cidadãos. No entanto, é necessário uma pedagogia de valores e de princípios que norteiem o debate, para que o discurso não se superficialize em slogans populistas”, conclui Manuel Luís.

A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos será sempre um elemento ativo neste debate e deixa alguns desafios aos signatários:

  • Que exista garantia na acessibilidade universal aos cuidados paliativos de qualidade, prestados por profissionais em número e com formação adequada;
  • Que se reforcem as equipas atuais (que estão no limite da sua capacidade de resposta);
  • Que conjuntamente reflitamos e trabalhemos na perspetiva de encontrar resposta para aqueles cujo sofrimento não consiga ser controlado pelos cuidados paliativos.

O tema “Sedação paliativa vs. Eutanásia”  estará em debate no VIII Congresso Nacional de Cuidados Paliativos, que se realiza de 7 a 9 de Abril, na Universidade Católica de Lisboa.

Estudo alerta
Um estudo alerta que ainda existem muitas substâncias químicas potencialmente perigosas em cosméticos usados diariamente para...

O estudo é da responsabilidade da organização não-governamental Women in Europe for a Common Future (WECF), que examinou 341 produtos cosméticos para bebés vendidos em França em farmácias, parafarmácias, supermercados ou lojas de produtos biológicos.

A avaliação dos produtos decorreu entre julho e agosto do ano passado.

Com base em estudos científicos e avaliações das autoridades sanitárias da União Europeia (Comité Científico da Segurança dos Consumidores - SCCS) e de França (Agência Nacional de Segurança do Medicamento – ANSM), a organização não-governamental classificou as substâncias que compõem os produtos em três categorias: “alto risco”, “risco moderado” e “risco baixo ou não identificado”.

Os resultados deste estudo revelaram que uma grande maioria dos produtos (299) continha substâncias de “alto risco”.

“Encontrámos três substâncias ou da família de substâncias classificadas como de ‘alto risco’ em 299 produtos: um alergénio (méthylisothiazolinone, substância que, introduzida no organismo, produz alergia) em 19 produtos, incluindo sete marcas de toalhetes; um conservador suspeito de efeitos tóxicos (fenoxietanol) em 54 produtos, incluindo 26 toalhetes; e perfumes em 226 produtos, que implicam riscos potenciais de alergias”, pormenorizou a WECF, num comunicado citado pelas agências internacionais.

A organização não-governamental também detetou quatro substâncias ou da família de substâncias classificadas como “risco moderado” em 181 produtos.

A WECF, que conta com uma rede internacional de 150 organizações ambientais e feministas em 50 países, exigiu “a proibição das três substâncias de alto risco em todos os cosméticos destinados a crianças com menos de três anos”.

Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular
O número de angioplastias primárias realizadas em Portugal triplicou em mais de uma década, atingindo agora valores que estão...

Dados da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) mostram que em 2002 se realizavam 106 angioplastias por milhão de habitantes, passando para 299 em 2011 e para 353 no ano 2014 – último com dados disponíveis.

A angioplastia primária tem como objetivo reabrir as artérias que estão obstruídas e restaurar a circulação sanguínea no coração. É considerado pelos especialistas como fundamental que este procedimento seja realizado o mais cedo possível, idealmente até 90 minutos após o início de sintomas.

“Portugal dispõe atualmente de uma rede de hospitais com unidades de hemodinâmica que asseguram a realização das angioplastias. Esta rede na área da cardiologia de intervenção tem sido fundamental para o crescimento do número de angioplastias”, afirma a Associação de Intervenção Cardiovascular em comunicado.

Contudo, a importância da intervenção precoce fica por vezes comprometida porque as vítimas de enfarte agudo do miocárdio ainda desvalorizam os sinais e sintomas da doença.

Dados recolhidos através de inquéritos realizados nas unidades de hemodinâmica em Portugal indicam que 59% dos doentes com enfarte não liga para o 112 e que 44% desses doentes se dirige pelos próprios meios para hospitais que não têm condições para realizar angioplastias primárias.

A dor no peito é o sintoma mais comum no enfarte agudo do miocárdio e também pode ocorrer noutras partes do corpo (braço esquerdo, pescoço ou queixo) e é acompanhada de falta de ar, náuseas vómitos, batimentos cardíacos irregulares, suores, ansiedade e sensação de morte iminente.

Os especialistas da APIC reforçam que, perante uma suspeita de enfarte, ligar para o 112 continua a ser a atitude mais adequada, para não atrasar o socorro nem comprometer o tratamento mais adequado.

“Muitos dos doentes têm uma ideia ‘cinematográfica’ do enfarte, com dor extrema, perda de consciência, suor acentuado. E se é certo que estes são alguns dos sintomas, estes podem não se manifestar de forma exuberante, pelo que importa que os doentes não os desvalorizem e não tenham receio em pedir ajuda se suspeitam estar a sofrer de um enfarte”, explica, em comunicado, o cardiologista Hélder Pereira, da APIC.

Estudo revela
As histórias de violência no namoro que chegaram ao Instituto de Medicina Legal aumentaram 44% no ano passado, atingindo os 699...

Estes são alguns dos números do estudo realizado por César Santos, representante da Comissão Nacional de Prevenção de Violência Doméstica do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF).

No ano passado, os técnicos do INMLCF analisaram 23.752 casos de violência, menos 6,6% do que no ano anterior. No entanto, dentro deste universo, a violência entre namorados ou ex-namorados registou um aumento de 44,4%, ao passar de 484 para 699 pessoas que, depois de uma queixa às autoridades, foram submetidas a perícias médicas para comprovar as agressões.

Por detrás de cada um destes números está uma história dramática de alguém que ganhou coragem, quebrou o silêncio e admitiu ser vítima do namorado ou ex-namorado. Na maior parte dos casos, os agressores são homens e as vítimas são mulheres (87%).

“É preciso algum grau de consciência e de decisão interior para uma vítima de uma relação que deveria ser de amor, paixão e romantismo tomar uma decisão de ir a uma esquadra apresentar queixa contra o namorado ou ex-namorado”, sublinhou o vice-presidente do INMLCF, João Pinheiro.

Segundo o estudo, há mais casos envolvendo ex-relacionamentos (52,9%) do que namoros atuais (47,1%).

Mas nem todas as vítimas fazem queixa e, por isso, os números agora divulgados “não representam o fenómeno da violência no namoro na sua globalidade, mas sim o que chega até ao Instituto de Medicina Legal”.

O estudo mostra ainda que não existe um limite de idade para se namorar mas também revela o lado negro do namoro: “Pode-se namorar uma vida toda e bater ao longo de toda a vida”, lamentou o vice-presidente da instituição.

Algumas das pessoas vistas pelos médicos do INML, acabam por regressar. Algumas, muito poucas, já sem vida. “É uma minoria mas acontece e são casos que chocam muito normalmente pela idade muito jovem das vítimas”, disse João Pinheiro, explicando que neste estudo não foi feita essa análise.

Depois do exame pericial, os especialistas do Instituto de Medicina Legal perdem o rasto das vítimas, que seguem com o processo judicial.

O estudo analisou as vítimas por grupos etários e mostrou que quase metade das pessoas que fez exames periciais tem até 25 anos, sendo que no ano passado os médicos legistas receberam 42 jovens com idades compreendidas entre os 14 e os 17 anos.

“Isto é um mau indício, um mau percurso para uma vida futura que se pretendia de amor e que começa muito cedo com problemas de violência”, alertou o professor, lembrando os estudos que indicam que este é normalmente um comportamento repetitivo de quem já viveu em ambientes de violência familiar.

No ano passado, 276 pessoas entre 18 e 25 anos fizeram queixa contra o namorado ou ex-namorado, ou seja, quatro em cada dez vítimas que recorreu ao INML estava naquela faixa etária.

Os técnicos do INML receberam ainda 146 pessoas entre os 31 e os 39 anos e outras 109 com idades compreendidas entre os 26 e os 30 anos. Com mais de 50 anos, registaram-se 30 casos de relacionamentos amorosos marcados por violência.

Dar murros e bofetadas continuam a ser as agressões mais comuns entre os namorados, seguindo-se os apertões, empurrões e pontapés.

Puxões de cabelos, quedas, esganaduras e unhadas também são casos de violência confirmados pelos médicos do INML. Com menos expressão, surgem 12 casos em que as pessoas foram ameaçadas com facas.

Os números avançados serão divulgados no seminário “E se a escola do namoro formasse profissionais em violência?”, que se realiza na próxima semana no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra.

Que relação?
Apesar de decréscimo registado nos últimos anos, as doenças cardiovasculares continuam a ser a prime
Periodontite e doença cardiovascular

As doenças cardiovasculares estão associadas a vários fatores de risco. A doença periodontal é um deles.

Estudos recentes comprovam esta relação justificando-a com o facto de que as proteínas inflamatórias e as bactérias, presentes no tecido periodontal, penetram na corrente sanguínea provocando alterações a nível do sistema cardiovascular.

Esta conclusão foi retirada de uma pesquisa que envolveu mais de 650 participantes, e de onde foi possível observar a relação entre a presença de bactérias, que causa periodontite, e o espessamento da parede dos vasos sanguíneos observado em doenças cardíacas.

Os pesquisadores demonstraram ainda que os indivíduos com doença periodontal têm o dobro de probabilidades de sofrer de doenças cardíacas, do que os indivíduos sem doença periodontal.

Por outro lado, a passagem frequente de algumas bactérias orais para o sangue pode, ainda, permitir a acumulação das mesmas na parede do coração, levando ao desenvolvimento de um quadro de infeção, conhecido por endocardite. A endocardite não acontece em corações saudáveis e desenvolve-se quando germes entram na corrente sanguínea, viajam até o coração (normalmente com alguma condição de saúde pré-existente) e se ligam às suas válvulas ou tecido. Na maior parte dos casos a infecção é causada por uma bactéria, mas fungos ou outros microrganismos também podem levar ao desenvolvimento da doença.

Deste modo, o tratamento periodontal de pacientes com cardiopatias é de fundamental importância.

De acordo com a Academia Americana de Periodontia, o tratamento da periodontite pode prevenir o desenvolvimento e progressão de arteriosclerose.

O que é a doença Periodontal?

Antigamente conhecida como piorreia, a doença periodontal corresponde a uma inflamação e/ou infeção dos ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes.

A periodontite acontece quando a gengivite (inflamação e infecção das gengivas) não é tratada ou quando o seu tratamento é adiado. Os quadros infecciosos e inflamatórios passam das gengivas para os ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes. A perda deste suporte faz com que os dentes fiquem soltos e acabem por cair, fazendo da doença periodontal a principal causa de perda de dentes nos adultos.

São fatores de risco:

  • Gengivite
  • Predisposição genética
  • Maus hábitos de saúde bucal
  • Tabaco
  • Diabetes
  • Idade avançada
  • Má nutrição
  • Alguns medicamentos
  • Alterações hormonais relacionadas com a gravidez ou menopausa
  • Abuso de substâncias, como álcool e drogas
  • Problemas dentários estruturais

A boa higiene oral é, deste modo, a melhor forma de prevenção da periodontite. Ela deve incluir a escovagem e o uso de fio dentário diariamente, para além de limpezas profissionais regulares dos dentes.

A prevenção e o tratamento da gengivite reduzem, também, o risco de desenvolvimento da doença periodontal.

Artigos relacionados

O que são as doenças das gengivas?

Doença das gengivas: a doença silenciosa que é fácil de prevenir

Doença coronária

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Europeu da Disfunção Sexual
No dia em que se assinala o Dia Europeu da Disfunção Sexual falamos-lhe do problema no feminino.

No passado acreditava-se que apenas questões psicológicas e sociais estavam na origem da disfunção sexual feminina. No entanto, atualmente, sabe-se que não é bem assim.

De acordo com a Associação para o Planeamento da Família, “as causas que podem estar na origem ou contribuir para estas dificuldades podem ser orgânicas, psicológicas ou mistas”.

Na realidade, problemas de saúde físicos e psicológicos, uso de medicamentos, tabagismo, problemas afetivos ou de natureza relacional, falta de experiência sexual e de conhecimento do corpo, traumas sexuais, assim como fatores sócio económicos e profissionais pode refletir-se de forma negativa na resposta sexual.

Diabetes, doenças cardíacas, doenças neurológicas, alcoolismo ou uso de drogas são algumas das condições que podem causar a redução do desejo sexual da mulher.

Também a menopausa se encontra fortemente ligada à disfunção sexual feminina. Nesta fase, que sinaliza o fim do período fértil da mulher, os ovários produzem menos hormonas, diminuindo a produção de testosterona que, embora seja uma hormona masculina, também circula no corpo da mulher e está relacionada com a libido feminina.

Por outro lado, também a fase do ciclo menstrual em que se encontra pode afetar o desejo e o prazer da mulher.

Se, por um lado, durante a menstruação, graças às altas concentrações hormonais, a mulher tem um maior apetite sexual, na semana que a antecede há uma quebra da libido.

Relativamente ao uso de medicamentos, alguns fármacos podem afetar o apetite sexual. O uso de contraceptivos, por exemplo, é apontado por alguns especialistas, como responsável pelo problema.

A verdade é que, alguns tipos de pílulas são produzidas com um tipo de progesterona sintético – ciproterona – , que interfere com a produção de testosterona, contribuindo para a redução da libido.

Os anti-depressivos também podem contribuir para a redução do desejo sexual. Alguns diuréticos e anti-fúngicos podem alterar o metabolismo hormonal.

Nos fatores psicológicos que podem conduzir a estes problemas encontram-se, por exemplo, os conflitos relacionados com a auto-estima. Quando a mulher não gosta ou não se sente confortável com o seu corpo poderá ter problemas com a sua libido, já que o sexo envolve a exposição do seu corpo.

Outros fatores como ansiedade, insegurança ou conflitos com o parceiro podem interferir no desejo sexual.

Por outro lado, a expectativa de atingir o orgasmo pode ter o efeito inverso. A verdade é que, quando a mulher vive o relacionamento sexual de forma ansiosa ou preocupada pode apresentar dificuldade em entregar-se ao prazer.

Também uma educação rígida pode ser responsável por crenças e conceitos errados em relação ao sexo oposto, sexualidade, masturbação e orgasmo. Vários relatos há que dão conta que algumas mulheres se sentem culpadas e por isso não conseguem atingir o orgasmo.

As disfunções sexuais femininas:

Desejo sexual hipoativo - caracteriza-se pela diminuição ou ausência total de desejo sexual. “Alterações hormonais, doenças endócrinas, toma de determinados medicamentos ou fatores psicológicos tais como depressão ou perturbações de ansiedade, podem contribuir para a diminuição do desejo sexual”, alerta a APF.

Aversão sexual – Mulher apresenta total aversão ao contato sexual, evitando-o a todo o custo. Esta disfunção pode ser consequência de uma educação sexual repressiva, de um passado de violência ou abuso e dispareunia.

Perturbação da excitação sexual – consiste na dificuldade em manter um estado de excitação sexual, que resulta na ausência ou diminuição da lubrificação vaginal. Pode ser resultado de alterações hormonais, por exemplo.

Perturbação do orgasmo – caracteriza-se pela dificuldade ou incapacidade persistente ou recorrente em atingir o orgasmo, após uma fase normal de excitação sexual.

Dispareunia – dor persistente na zona genital ou pélvica durante as relações sexuais. Alguns problemas orgânicos como inflamações ginecológicas, fatores relacionais ou conflitos psicossexuais podem estar na causa desta disfunção.

Vaginismo – dificuldade em tolerar a penetração que acontece devido à contração involuntária dos músculos do períneo “adjacentes ao terço inferior da vagina”.

Na origem do vaginismo podem estar fatores orgânicos ou psicológicos e emocionais.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
O que são?
A necessidade do uso do preservativo nas relações sexuais é, já há muito, recomendada pelos especial

As Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST) são infeções contagiosas transmitidas por via sexual, que podem desencadear as chamadas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

Apesar de designarem condições diferentes, estes dois termos são muitas vezes entendidos como sinónimos.

Na realidade, a infeção “é a invasão de tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de agentes capazes de provocar doenças”, enquanto a doença infeciosa “corresponde a qualquer doença clinicamente evidente – manifestando-se através de sintomas e sinais, com alterações fisiológicas, bioquímicas e hispatologicas – como consequência das lesões causadas pelo agente e pela resposta do hospedeiro”.

Nem sempre as IST se manifestam de forma clara, pelo que os especialistas aconselham rastreios e exames clínicos de diagnóstico.

Algumas infeções provocam apenas sintomas na mulher, outras no homem. E, não raras vezes, elas podem ser assintomáticas, daí a necessidade de tomar cuidados redobrados e não esquecer o uso do preservativo.

Apesar de não apresentarem sintomas, com alguma frequência, os sinais mais evidentes de uma IST são: corrimentos vaginais ou uretrais (no caso dos homens), a presença de vermelhidão, bolhas, verrugas, ou vesículas nos órgãos genitais e à sua volta.

Dor ou sensação de ardor ao urinar, dor na zona pélvica, sensação de dor ou desconforto durante as relações sexuais e febre são outros sinais de alerta.

Em certos casos, as consequências de uma Infeção Sexualmente Transmissível não tratada manifestam-se mais tarde, sem que se tenha detetado anteriormente qualquer sinal fora do normal.

Uma das complicações mais graves das IST é a infertilidade.

A utilização de métodos barreira, como é o caso do preservativo (mas não só), é a forma mais eficaz na prevenção de uma Infeção Sexualmente Transmissível sempre que existam relações sexuais, inclusive para proteger os chamados brinquedos sexuais – aspeto muitas vezes esquecido.

Entre as Infeções Sexualmente Transmissíveis encontram-se:

  • Clamídia: infeção do tipo bacteriano que pode afetar o pénis, vagina, colo do útero, anús, uretra, garganta ou olhos. É uma infeção bastante comum, transmitida por via sexual e que se pode transmitir de mãe para filho.
  • Gonorreia: também popularmente conhecida por “esquentamento”, é uma infeção causada por uma bactéria. Geralmente não apresenta sintomas, no entanto, pode causar dor pélvica, hemorragia, febre, corrimento, dor ou ardor ao urinar. A consequência mais grave no caso das mulheres é a infertilidade. Nos homens, há um maior risco de desenvolver cancro da próstata.
  • Sífilis: Frequentemente assintomática, o que dificulta o seu diagnóstico. “Após infeção, existe um período latente que dura em média três semanas e durante este período não são visíveis quaisquer sintomas, podendo manter-se assintomática durante um tempo considerável”. A Sífilis Primária caracteriza-se por uma úlcera indolor no ponto de exposição bacteriana. Pode afetar os genitais, uretra, ânus, colo do útero, lábios e boca.
  • Herpes Genital: causada pelos vírus herpes simplex do tipo 1 (que provoca lesões na mucosa oral) ou pelo vírus herpes simplex do tipo 2 (lesões nos genitais ou ânus). Tem um período de incubação que vai entre três a sete dias. Caracteriza-se pelo aparecimento de vesículas e lesões na área genital, provocando dor, prurido e ardor ao urinar.
  • Tricomoníase: infeção provocada por um parasita – Trichonomas Vaginalis. Pode causar pequenas hemorragias, prurido ou comichão, inchaço nas virilhas, corrimento com odor intenso e cor alterada. Nos homens, traz maior necessidade de urinar com dor ou ardor e irritação no pénis. É tratada com antibióticos.

A utilização do preservativo é o único método contraceptivo que diminui o risco de contágio.

  • Hepatite B: infeção viral que ataca o fígado e pode causar doença aguda ou crónica. O vírus é extremamente contagioso e esta é a mais perigosa de todas as hepatites, uma vez que apresenta associado um elevado risco de morte por cirrose ou cancro do fígado. Um dos comportamentos de risco são as relações sexuais desprotegidas.
  • Vírus do Papiloma Humano (HPV): “Existem mais de 100 tipos de HPV”. Estima-se que 80% das mulheres e homens tenham contato com o vírus em alguma fase da sua vida. Quando afeta o aparelho genital causa condilomas, conhecidos como verrugas genitais.

As relações sexuais precoces, desprotegidas e elevado número de parceiros são alguns dos fatores de risco.

  • VIH/SIDA: O vírus do VIH encontra-se no sangue, sémen e nos fluidos vaginais das pessoas infetadas.

A infeção pode ser prevenida através da utilização do preservativo e não partilhado objetos que possam ter estado em contato com fluidos contaminados.

Não há ainda uma cura para a infeção pelo VIH e SIDA. Os tratamentos passam pela administração de uma terapêutica anti-retrovírica. 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Um estudo divulgado pela revista científica Science mostra evidências de uma "subtil mas significativa" ligação entre...

"A nossa principal conclusão é que o DNA do 'Homem Neandertal' influencia realmente os traços clínicos nos humanos modernos", lê-se no artigo, citado pela agência de notícias AFP.

"Descobrimos associações entre o DNA e um vasto leque de traços em doenças imunológicas, dermatológicas, neurológicas, psquiátricas e reprodutivas", acrescenta o estudo.

Já em 2010 os cientistas tinham encontrado nos europeus uma percentagem de traços dos neandertais que podia chegar a 4%, acrescentando agora que o o DNA do homem moderno contém variantes de 135 mil genes que foram passados dos neandertais, que desapareceram há cerca de 30 mil anos.

O estudo mostra ainda que estas variantes estão ligadas a um aumento do risco de contrair 12 doenças, incluindo depressão e ataques de coração.

Ministério da Saúde
A vacina BCG, que tem estado indisponível em Portugal, vai hoje começar a ser distribuída pelas administrações regionais de...

Uma falha de produção do laboratório que fabrica a BCG (contra a tuberculose) para a Europa esteve na origem dos problemas de fornecimento da vacina em Portugal, que começaram em março do ano passado.

Segundo uma nota oficial do Ministério da Saúde, a distribuição das vacinas pelas administrações regionais de saúde (ARS)e pelas regiões autónomas da Madeira e dos Açores vai hoje arrancar.

Estas vacinas destinam-se a crianças com menos de seis anos, pertencentes a grupos de risco, como: provenientes de países com elevada incidência de tuberculose; que coabitem ou convivam com portadores de VIH/sida ou dependentes de droga e álcool; que pertençam a comunidades com risco elevado de tuberculose; ou viajantes para países com elevada incidência de tuberculose.

“Portugal já faz parte dos países desenvolvidos com baixo risco de infeção por tuberculose, e tem um sistema de informação eficaz para monitorizar a doença”, refere o comunicado do Ministério.

Adianta que a vacinação é da responsabilidade a nível local (unidades de saúde), com as crianças de risco a serem identificadas pelas respetivas unidades de saúde e convocadas para vacinação.

O Ministério recorda que a vacina BCG pode ser dada na mesma altura em que se administram outras vacinas do Programa Nacional de Vacinação.

Fitoterapia e Acupunctura
Todos os excessos cometidos, seja de que forma for, são prejudiciais ao organismo.
Fitoterapia e Acupunctura

“Todo o excesso alimentar, principalmente de alguns nutrimentos menos saudáveis, irá provoca a acumulação de substâncias tóxicas no nosso corpo”, começa por explicar Hélder Flor, especialista em Medicina Tradicional Chinesa. O resultado é um organismo intoxicado, “entupido, com dificuldades a nível da circulação de oxigénio e sangue, por exemplo”. Sintomas como dores de estômago, vómitos, enjoos, azia e sensação de enfartamento podem ser os principais sinais. “Sobretudo, se persistirem durante vários dias”, adianta o terapeuta.

“A alimentação e a Medicina Tradicional Chinesa sempre estiveram intimamente relacionadas ao longo dos séculos. O pensador da Dinastia Shang (séc. XVI ao séc. XI a.C.), Yi Yin, elaborou uma teoria utilizada até aos dias de hoje”, refere.

De acordo com Hélder Flor, esta teoria relaciona os cinco sabores – doce, amargo, picante, salgado e ácido – às cinco necessidades nutricionais dos cinco principais sistemas de órgãos do corpo – Coração, Fígado, Baço-Pancreas, Pulmões e Rins.

“O objetivo é encontrar nos alimentos valor medicinal, até porque tanto os alimentos como os medicamentos têm a mesma origem”, explica.

“Os alimentos, para a Medicina Tradicional Chinesa, são precisamente um dos fatores mais importantes na conservação e manutenção da saúde. E mesmo na medicina ocidental há, cada vez mais, essa preocupação. Já o «pai da medicina», Hipócrates, dizia «que o teu alimento seja o teu medicamento»”, acrescenta Hélder Flor.

Para a Medicina Tradicional Chinesa, os excessos alimentares vão prejudicar ou dificultar a função do baço e pâncreas, considerado um órgão único.

“Uma das suas principais funções é auxiliar a digestão através do transporte e transformação da essência dos alimentos”, explica o especialista.

Tendo em conta esta característica, o baço é um órgão importante para a separação entre o que é tóxico e o que não o é.

“Se este órgão estiver bloqueado isso irá refletir-se ao nível da digestão”, diz.

Na realidade, tendo esta importância para a manutenção da saúde, também o sistema imunitário, nervoso ou endócrino é afetado, caso exista algum desequilíbrio no seu funcionamento.

“Outro dos órgãos que podem ser afetados pelos excessos alimentares é o fígado. Para a Medicina Tradicional Chinesa, é ele o responsável pela eliminação de toxinas e resíduos a todos os níveis – físico, mental e psíquico.

“Quando é afetado todo o corpo o acaba por ser, já que ele é responsável pelo livre fluir do Qi – energia vital que existe tanto dentro como fora do corpo humano”, acrescenta Hélder Flor.

De acordo com o terapeuta, a acupunctura aliada a outras técnicas da Medicina Tradicional Chinesa, como a Fitoterapia (“terapêutica que recorre ao uso de ingredientes de origem vegetal, mineral ou animal para o tratamento de patologias ou desequilíbrios”) ajuda a restabelecer o equilíbrio do organismo “de forma saudável e sem recurso a químicos”.

“Ao estimular pontos específicos no corpo, ajuda a reequilibrar os órgãos melhorando todos os aspetos dos organismo”, justifica.

“A acupunctura estimula a circulação sanguínea local, mais concretamente nos pontos chamados de acupunctura, o que vai fazer com que sejam produzidas uma série de substâncias que fazem com que exista um equilíbrio destes sistemas – imunitário, endócrino ou nervoso”, explica o especialista em Medicina Tradicional Chinesa.

O aumento de peso e o aparecimento de gordura localizada são outras das consequências dos excessos alimentares.

“Neste sentido, tanto a acupunctura como a fitoterapia são técnicas de reconhecida eficácia no controlo do apetite e à correção dos desequilíbrios que estejam a contribuir para essa tendência”, adianta.

De acordo com Hélder Flor, o tratamento para estes casos passa pela utilização de acupunctura sistémica “para reequilibrar os órgãos”, a utilização de electrolipólise através de acupunctura – “técnica que provoca o rebentamento das células adiposas e aumenta o metabolismo, acelerando o gasto calórico, para além de promover a irrigação sanguínea”, e da fitoterapia “através da prescrição de plantas que ajudam a reduzir o apetite e a eliminar a retenção de líquidos”.

“Na desintoxicação, a fitoterapia recorre, por exemplo, à Fu Ling (Poria), Pu Gong Ying (Dente de Leão), Huang Lian (Rhizoma Coptidis) ou à ShengJiang (Gengibre fresco)”, acrescenta o terapeuta.

No entanto, apesar de dado este exemplo, o plano de tratamento é sempre adequado às necessidades de cada pessoa. 

Artigos relacionados

O poder curativo das plantas

Acupunctura

Dançar é terapêutico

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
14 de fevereiro - Dia Europeu da Disfunção Sexual
Estudo diz que maioria pretende soluções tomadas 15 minutos antes, que permitam relação mais natural.

Os homens que sofrem de disfunção erétil querem medicamentos que não lhes obriguem a programar a atividade sexual com tantas horas de antecedência. A maioria deseja soluções que possam ser tomadas 15 minutos antes da relação. Estas são algumas das conclusões do inquérito realizado por Andrea Burri, investigadora lusodescendente que trabalha no Departamento de Psicologia da Universidade de Zurique, recentemente publicado no International Journal of Impotence Research.  

“O estudo teve como objetivo avaliar as necessidades e expetativas terapêuticas de pacientes com disfunção erétil numa diversidade de aspetos relacionados com a atividade sexual e com os medicamentos, tais como a importância da espontaneidade e naturalidade da relação, a satisfação do parceiro, múltiplos episódios no contexto de uma relação sexual, início ideal de ação, bem como a duração ideal do efeito do medicamento”, explica a autora. 

No documento pode ler-se que “um rápido início de ação de cerca de 15 minutos e uma duração de ação inferior a 12 horas foram os aspetos considerados como prioritários por homens com disfunção erétil para poderem ir de encontro aos seus desejos e expetativas predominantes”. 

Referindo-se os inquiridos àquilo que entendem como uma vida sexual plena, “a capacidade de proporcionar prazer ao parceiro foi considerado o aspeto mais importante”, revela Andrea Burri. A maioria dos homens (38,1%) considerou ainda que seria desejável um início de ação de cerca de 15 minutos. No seu conjunto, 95,9% dos homens consideraram ser desejável uma duração de ação até 4 horas e aproximadamente 71% dos homens entenderam uma duração superior a 12 horas como demasiado longa. 

Os resultados foram obtidos através de inquérito online no qual participaram 1.124 homens com disfunção erétil e 410 homens saudáveis. “Todos os grupos consideraram como o aspeto mais importante relativo à função erétil a manutenção da ereção até o parceiro atingir o orgasmo”, conclui a investigadora.

Serviço Nacional de Saúde
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, garantiu, no Porto, que o Serviço Nacional de Saúde dispõe de uma...

“Os utentes podem ter confiança que durante o dia ou durante a noite há uma resposta de radiologia que é adequada e segura para os seus problemas de saúde”, afirmou Fernando Araújo.

Questionado pelos jornalistas sobre falta de especialistas em radiologia à noite e fins de semana nos hospitais da região Norte, que tem vindo a ser denunciada desde dezembro de 2015, o secretário de Estado disse ser “necessário sossegar e tranquilizar as pessoas” porque existe “uma resposta de radiologia durante o período noturno nas principais instituições hospitalares do Norte e do país”.

“Temos uma resposta semelhante à que acontece na maior parte das cidades europeias e americanas”, sublinhou, admitindo a possibilidade de “contratar recursos humanos que estejam disponíveis”, desde que exista “capacidade do ponto de vista orçamental”.

De acordo com o secretário de Estado, o recurso à telerradiologia também acontece em hospitais do Centro e Sul do país, “assim como existe noutras cidades da Europa e do mundo”.

Secretário de Estado
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou, no Porto, que é “expectável” que Portugal consiga ter até junho “as...

“É expectável que neste primeiro semestre de 2016 consigamos ter as primeiras respostas de forma efetiva não só em instituições, mas também na comunidade, na família, com o apoio de equipas altamente preparadas, para termos uma resposta de qualidade para esses doentes”, disse Fernando Araújo.

O secretário de Estado falava aos jornalistas na abertura do 14º Congresso Nacional de Bioética que tem como tema central os “cuidados Paliativos na Criança”.

“É uma área [cuidados paliativos pediátricos] em que estamos muito empenhados e essa será a primeira a ter uma resposta efetiva no terreno, até primeiro do que a dos adultos”, sublinhou.

Sem especificar o número de unidades e de camas que serão criadas para este tipo de cuidados em fim de vida, Fernando Araújo referiu que “o que será primeiramente abordado será a organização, o modo de funcionamento e a formação das várias equipas”.

“Naturalmente, que a questão das vagas e dos locais será importante, mas mais importante é a reposta que é necessária para esses doentes e para essas famílias. É nisso que estamos muito focados”, acrescentou.

O presidente da Associação Portuguesa de Bioética e responsável pelo congresso, Rui Nunes, defendeu que “os cuidados paliativos devem definitivamente passar a ser considerados como uma prioridade na saúde”.

Esta necessidade de dar prioridade aos cuidados paliativos, acrescentou, coloca-se quer na área dos adultos, onde existe uma enorme carência - pelo menos 60% das pessoas que morrem necessitam de cuidados paliativos -, quer na área das crianças, onde o problema ainda é mais grave.

De acordo com o responsável, “necessitaremos de cerca de 400 camas de paliativos pediátricos e há um enorme vazio no nosso país”.

“Isso implica várias coisas”, disse Rui Nunes, referindo que “implica, em primeiro lugar, criar uma rede para adultos e crianças e implementá-la de facto no terreno e, por outro lado, apostar na formação profissional. Não basta ter as infraestruturas, é necessário também ter pessoal especificamente preparado nesse domínio. Há aqui um trabalho ainda intenso a fazer”.

Também o presidente da Secção Regional da Ordem dos Médicos do Norte, Miguel Guimarães, considerou que “mais importante" do que debater a eutanásia, o grupo que recentemente assinou o manifesto em defesa da morte assistida, deveria "preocupar-se também com o facto de não existir em Portugal uma boa rede de cuidados paliativos, que permita o acesso a todos os doentes”.

Salientou, contudo, que Portugal aparece “bem qualificado” num estudo internacional divulgado recentemente sobre cuidados em fim de vida.

“Concretamente, em 80 países estudados, utilizando cinco indicadores mais frequentes para referenciar a qualidade no fim de vida, Portugal aparecia qualificado em 24º lugar, o que é de facto saudável”, acrescentou.

Reforma do Serviço Nacional de Saúde
O coordenador para a Reforma do Serviço Nacional de Saúde, na área dos Cuidados de Saúde Hospitalares, António Ferreira, disse...

A notícia surge no mesmo dia em que o Governo nomeou, em Conselho de Ministros, o novo conselho de administração do hospital de S. João, no Porto, liderado por António Oliveira e Silva.

António Ferreira, ex-presidente da administração desse hospital, foi nomeado coordenador nacional para a reforma hospitalar, no final de 2015, tendo o despacho, com a sua nomeação, sido publicado no passado dia 7 de janeiro.

A nomeação de António Ferreira surgiu na sequência da criação, pelo atual Governo, de três equipas responsáveis pela apresentação de propostas para a reforma do Serviço Nacional de Saúde, nas áreas dos Cuidados de Saúde Primários, dos Cuidados Continuados Integrados e dos Cuidados de Saúde Hospitalares.

O sucessor de António Ferreira será nomeado pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física
A Universidade do Porto está a realizar um inquérito nacional sobre os hábitos alimentares e atividade física dos portugueses,...

Fonte ligada à iniciativa disse que o Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF) é o primeiro estudo do género realizado desde 1980 e visa atualizar a informação recolhida nessa altura pelo Centro de Estudos de Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), escreve o Sapo.

Para obter os resultados pretendidos, vão ser inquiridas cerca de 5.000 pessoas, de idades compreendidas entre os três meses e os 84 anos, divididas por faixa etária e selecionadas aleatoriamente através do registo de utentes do Serviço Nacional de Saúde.

A mais-valia do projeto, para além da recolha de dados relevantes em saúde pública, é a "ideia de formar um sistema de vigilância” para "suportar aquilo que é o planeamento em saúde", disse à Lusa a investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto(ISPUP) que coordena o estudo, Carla Lopes.

Para a recolha dos dados, foi concebida uma plataforma eletrónica que permite "cumprir requisitos de complexidade metodológica na área alimentar", onde são inseridas as informações com base em instrumentos harmonizados de acordo com as recomendações da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, que permitirá a comparação de dados com outros países europeus, acrescentou a investigadora.

Os objetivos principais do IAN-AF passam pela avaliação do consumo, segurança e insegurança alimentar (associada a fatores socioeconómicos) bem como a avaliação dos níveis de atividade física - inclui comportamentos sedentários e hábitos desportivos - e a caracterização das dimensões alimentares, de atividade física e antropométricas (peso, altura, perímetro da cintura e do braço) por região.

Com este inquérito, "pretende-se dar satisfação aos indicadores de saúde clássicos, mas também discutir com outros potenciais parceiros, como é o caso dos ministérios da Agricultura e do Mar, outros indicadores de sustentabilidade do sistema alimentar", indica Carla Lopes.

Os inquéritos são feitos nos centros de saúde por 40 profissionais, distribuídos por sete regiões, que fazem, em média, 100 entrevistas por dia.

Esta etapa é dividida em duas fases: na primeira, com duração de cerca de uma hora e 15 minutos, os utentes respondem a questões relacionadas com a alimentação, dados demográficos, comportamentos de saúde, atividade física e comportamentos sedentários, havendo, passados oito a quinze dias, uma segunda entrevista, de 30 minutos, que inclui também aspetos de insegurança alimentar.

A fase das entrevistas tem a duração de um ano – iniciou-se em outubro de 2015 e mantém-se até setembro de 2016 – para avaliar as variações sazonais nos hábitos alimentares e físicos da população, estando previsto que o relatório com os resultados obtidos seja apresentado no primeiro trimestre de 2017.

O projeto, onde estão envolvidos 13 investigadores nacionais principais e uma investigadora norueguesa, é coordenado pela Universidade do Porto, e conta com a participação das faculdades de Medicina, Nutrição e Desporto e Instituto de Saúde Pública da UPorto.

Participam ainda no projeto a Faculdade de Medicina e Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Medicina de Oslo, o INSA e a SILICOLIFE - empresa que se dedica à criação de soluções de Biologia Computacional para as Ciências da Vida -, com o apoio do programa EEAGrants - Iniciativas em Saúde Pública, cujo financiamento ronda os 750 mil euros.

Estudo revela
A exposição a curtos flashes de luz durante a noite pode ajudar o ser humano a adaptar-se ao novo fuso horário, de acordo com...

A luz atravessa as pálpebras que enviam informação ao cérebro para reajustar o relógio biológico, defendem investigadores da Universidade de Stanford.

O teste, segundo o Sapo, foi feito em 39 voluntários e concluiu que o método consegue mudar o horário biológico do ser humano em duas horas e adaptá-lo a um novo fuso horário.

De acordo com os investigadores, foi apenas necessário uma hora de terapia de flash para atingir este efeito, escreve a BBC.

O corpo humano adota ritmos circadianos que são difíceis de alterar. Em viagens para regiões com fusos horários diferentes - sobretudo quando se viaja em direção ao Leste - os horários biológicos demoram a ser reprogramados pelo organismo.

O jet lag pode deixar quem viaja cansado, irritado, desorientado e sonolento durante vários dias.

Algumas pessoas optam por tomar comprimidos de melatonina, que imita os efeitos de uma das hormona que regula os ciclos de sono.

Estudo
Desde 2013 que o Código Penal considera as agressões entre namorados e ex-namorados um crime de violência doméstica.

Um estudo sobre violência no namoro realizado junto de 2.500 jovens revela que quase um terço dos rapazes (32,5%) acha legítimo exercer violência sexual sobre a sua namorada e que, segundo a Rádio Renascença, 14,5% das raparigas não considera violência forçar um beijo ou relações sexuais.

Também 32,5% dos rapazes inquiridos diz não considerar forçar o beijo ou a relação sexual como uma forma de violência, indica a criminóloga Cátia Pontedeira, da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), que divulga esta sexta-feira no Porto o resultado do estudo sobre a prevalência e legitimação da violência no namoro.

O estudo, desenvolvido nos últimos quatro meses, inquiriu jovens entre 12 e 18 anos do Grande Porto, Braga e Coimbra e conclui que os rapazes legitimam mais os comportamentos violentos do que as raparigas, sendo que, da totalidade dos 2.500 jovens, "16% consideram normal forçar o/a companheiro/a a ter relações sexuais".

Realizada no âmbito do projecto Artways – Políticas Educativas e de Formação contra a Violência e Delinquência Juvenil, a investigação indica ainda que "7% dos jovens já tinham sofrido algum tipo de violência nas suas relações de namoro" e que a maior parte da violência descrita é psicológica.

A violência física no namoro foi assumida por 5% do total de jovens inquiridos e a violência sexual foi reportada por 4,5% dos jovens.

"Estes dados de prevalência de violência são preocupantes", considera, em declarações à agência Lusa, a criminóloga da UMAR, lembrando que se está a falar de um grupo de jovens cuja idade média é de 14 anos.

Segundo a UMAR, que faz estudos sobre violência de namoro desde 2009, estes dados revelam que a "vitimização tem subido ligeiramente, o que não significa necessariamente que haja mais vítimas no namoro.

"Pode significar, por exemplo, que há um maior reconhecimento deste fenómeno e, portanto, uma maior denúncia, uma maior procura de ajuda e também maiores dados estatísticos em termos da sua prevalência.

"Os dados deste estudo levam-nos a afirmar e defender que há ainda uma grande necessidade de trabalhar estes temas com os jovens", defende Cátia Pontedeira, lembrando que a UMAR está a desenvolver um trabalho de "prevenção primária na violência de género e que está a decorrer nas escolas há mais de 12 anos.

Por violência física entenda-se violência que deixa marcas visíveis físicas e actos que não deixem vestígios, como por exemplo "empurrar ou puxar".

Na violência sexual está implícito a violação, mas também pressões verbais como dizer "se não fazes sexo, não gostas de mim ou estás a perder o interesse em mim". Já na violência psicológica, a maior incidência são as proibições de estar ou falar com amigos ou mexer no telemóvel.

Em Fevereiro de 2013, o Código Penal passou a considerar crime de violência doméstica as agressões entre namorados e também entre ex-namorados.

Instituto Nacional de Saúde
A taxa de incidência da gripe em Portugal foi baixa, na semana passada, e com tendência decrescente, segundo um boletim do...

De acordo com o documento, a taxa de incidência foi de 41,7 por 100 mil habitantes (47,8 na semana anterior), numa semana em houve um aumento de casos de gripe na Europa.

Na semana passada, o vírus da gripe do tipo A foi o mais detetado, em 12 dos 22 casos analisados, um valor semelhante ao de semanas anteriores.

O Instituto Nacional de Saúde salienta que os vírus da gripe circulantes são, na sua maioria, semelhantes aos vírus contemplados na vacina antigripal, que foi distribuída para este inverno.

No boletim, o Instituto explica que, na semana em questão, foram admitidos 17 novos casos de gripe em unidades de cuidados intensivos, “estimando-se em 6,3% a taxa de admissão por gripe”, em unidades de cuidados intensivos.

Este valor é mais elevado do que o estimado em semanas anteriores, diz-se ainda no documento, no qual se explica que, em 85% dos doentes, foi identificado o vírus influenza A.

O Instituto afirma ainda que a mortalidade por todas as causas, na primeira semana de fevereiro, foi de acordo com o esperado, e que as temperaturas estiveram em valores próximos do normal.

Páginas