João Goulão alerta
O especialista em drogas João Goulão alertou para a "enorme complacência social” que existe em relação à cannabis, uma...

João Goulão, responsável pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), comentava hoje, na Comissão de Saúde, os resultados do relatório anual sobre “A situação do país em matéria de drogas e toxicodependências 2014”, que apontam para o aumento do consumo de cannabis.

O relatório indica que em 2014 foi mais uma vez consolidado o predomínio crescente da cannabis, o que reflete a prevalência do seu consumo no país.

A este propósito, e respondendo ao Bloco de Esquerda sobre a possibilidade do uso da cannabis para fins recreativos, João Goulão lembrou que Portugal foi “ao limite do paradigma proibicionista” e que agora tem que dar tempo para tomar decisões que sejam fundamentadas cientificamente.

“Encontrámos uma solução, admirada no mundo inteiro, de descriminalizar sem despenalizar. Temos todo o tempo para alicerçar as nossas escolhas à evidência científica. Não devemos dar um salto em frente só porque é a altura ou para sermos modernos”, afirmou, salvaguardando que não tem qualquer “resistência mental a este paradigma”.

No entanto, sublinhou o risco que acarreta o consumo de cannabis, sobretudo de forma intensiva ou em associação com outras substâncias como o álcool ou as benzodiazepinas.

Aliás, o relatório dá conta de que a droga principal mais referida pelos novos utentes em tratamento em ambulatório em 2014 foi a cannabis (49%), sendo simultaneamente a droga ilícita percecionada como sendo a de menor risco para a saúde.

“Chamo a atenção de que há uma enorme complacência social em relação à cannabis. Chegou à nossa sociedade e o seu uso era residual, não era um fenómeno de massas. Depois transformou-se numa substância usada transgeracionalmente. As gerações mais velhas desvalorizaram o seu consumo, e o dos filhos, e dos netos. Toleram esse uso e é também intergeracional: podemos ver o avô, o filho e o neto a consumir alegremente o seu charro”, disse.

Na opinião do presidente do SICAD, alterar este contexto é difícil, mas “há progressos na perceção do risco” e é preciso perceber como minimizar os malefícios, se através de políticas reguladoras, medidas preventivas, ou outras.

“Não acredito que erradiquemos, mas minoraremos o impacto negativo. Hoje há urgências, psicoses agudas e esquizofrenias desencadeadas por estes consumos”, alertou.

O relatório revela que no que respeita ao grau de pureza das drogas apreendidas, a potência média da cannabis e em particular da cannabis resina, tem vindo a aumentar nos últimos anos, atingindo em 2014 os valores médios mais elevados desde 2005.

União Humanitária dos Doentes com Cancro
A União Humanitária dos Doentes com Cancro, associação que concede serviços gratuitos a doentes oncológicos organiza, no dia 6...

Este evento solidário conta com a participação de vários artistas, nomeadamente, Ana, Natacha, Renato, Francisco Hilário, Alex Barbosa, Simara, Ivo Alan, Bruna Guerreiro, Hélder Barradas, Dianja, Custódio Gonçalves, Miguel de Paiva, Vitor Duarte, Fernando Valdrez, Banda Novo Som e Academia Dança Vanessa Silva.

Os bilhetes já se encontram à venda na Secretaria dos Bombeiros Voluntários de Santa Iria ou através dos números 925593760 / 936796501 e o valor dos bilhetes, de três Euros, vão ser revertidos, na sua totalidade, para assegurar a continuidade dos serviços de apoio, gratuitos, que a União Humanitária dos Doentes com Cancro (UHDC) disponibiliza a doentes oncológicos e familiares.

Cláudia Natacha Costa, porta-voz da UHDC revela que “Na UHDC os doentes e familiares conseguem encontrar vários profissionais de saúde voluntários de várias áreas, que prestam serviços ao nível do Apoio Domiciliário, Apoio Hospitalar, Apoio Médico, Apoio Multidisciplinar a Crianças com Cancro, Apoio Psicológico, Assistência Social e Consultas Online. Estas atividades que organizamos, como é o caso deste concerto, são essenciais para darmos continuidade às várias valências de apoio que prestamos há 17 anos e iniciativas que visam consciencializar a população para o cancro.”

Na União Europeia, a previsão realizada pela International Agency for Research on Cancer (IARC), que tem como base apenas o envelhecimento da população, determina um aumento dos novos casos de cancro em 13,7%. As previsões para Portugal são semelhantes e apontam para um acréscimo de 12,6%. O cancro é a segunda principal causa de morte em Portugal e a primeira no grupo etário entre os 35 e os 64 anos. Prevê-se que as taxas de incidência de cancro podem aumentar cerca de 20%, até 2020.

“A sobrevivência dos doentes com cancro tem também vindo a aumentar devido a múltiplos fatores, entre os quais o desenvolvimento científico e o empenhamento dos profissionais, sendo crescente uma nova população, os sobreviventes de cancro, com problemas clínicos e sociais particulares, para os quais o apoio de associações é essencial”, continua Cláudia Natacha Costa.

Estudo
Um estudo sobre as expetativas dos portugueses em relação às farmácias revelou que mais de um terço dos inquiridos teve de...

O inquérito, realizado pela Universidade Católica a pedido da Associação Nacional das Farmácias (ANF), analisou 1.114 inquéritos e será apresentado na quarta-feira, em Lisboa.

De acordo com esta análise, 47% dos inquiridos declararam-se doentes crónicos, ou sob medicação continuada, e que 38% tiveram de regressar à farmácia, ou ir a mais do que uma, para conseguirem obter todos os fármacos receitados.

Questionados sobre o motivo mais frequente para não terem comprado os medicamentos receitados, os inquiridos destacaram a rutura de stock como a justificação mais comum.

O estudo indica ainda que 14% dos inquiridos deixaram de comprar algum medicamento receitado pelo seu médico e que, destes, “o motivo mais frequente foi não o ter conseguido encontrar em nenhuma farmácia (33%), seguido de ainda ter o medicamento em casa (26%) e ter menos dinheiro (21%)”.

“Como seria de esperar, são principalmente os doentes crónicos quem mais teve de regressar à farmácia nos últimos 12 meses, para obter todos os medicamentos receitados (62%)”.

Sobre os cinco serviços que os inquiridos elegeram como os mais importantes prestados pelas farmácias, surge em primeiro lugar a renovação automática das receitas para doentes crónicos, seguindo-se o apoio no controlo de doentes crónicos, a entrega de medicamentos ao domicílio, os cuidados de saúde alargados e a dispensa de alguns fármacos atualmente disponíveis só no hospital e acompanhamento do tratamento e cuidados de saúde alargados.

Mais de um terço (36%) dos inquiridos disse que a farmácia é o primeiro local que consulta quando surge um problema menor de saúde, seguindo-se o centro de saúde.

Um em cada cinco inquiridos referiu que não procura aconselhamento.

Instituto Português do Sangue e Transplantação
Os dadores de sangue em Portugal estão a ser devidamente rastreados para que as dádivas sejam seguras, sem risco de alguma vez...

Em declarações, Gracinda Sousa, do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), garantiu que estão a ser tomadas todas as medidas de precaução necessárias para que as dádivas de sangue em Portugal sejam seguras, tendo sido realizado um alerta de prevenção em janeiro de prevenção.

As declarações desta responsável surgem um dia depois de as autoridades de saúde do Texas, no sul dos Estados Unidos, terem notificado um caso de transmissão por contacto sexual do vírus zika, potencialmente perigoso para mulheres grávidas e em crescimento na América Latina.

“Através do sistema português de hemovigilância , as informações[sobre alertas de vírus] são enviadas para todos os serviços de sangue para que estes tenham a informação atualizada de forma a acautelar e assegurar que não há transmissão destes vários agentes de doença que também podem ser transmissíveis pelo sangue”, explicou Gracinda Sousa.

Segundo a responsável, em janeiro deste ano foi feito um alerta devido à “agressividade imensa da epidemia pelo vírus zika”, garantindo que todos os profissionais de saúde que fazem a recolha de sangue em Portugal estão cientes das normas que devem seguir.

“Qualquer candidato a dador que chegue e diga que esteve nem que seja uma só noite no Brasil ou em outros países onde a doença pelo vírus zika se está a manifestar, a colheita não pode ser feita. A indicação é de uma suspensão por 28 dias depois de abandonar a área, mesmo não tendo qualquer manifestação da doença”, explicou.

O alerta, segundo Gracinda Sousa, refere ainda que caso o pretendente a dador tenha tido a doença, só depois de a ter curado, e após 120 dias, é que poderá dar sangue, “garantindo que não vai haver prejuízo de receção de contato de qualquer recetor de transfusão com qualquer coisa menos boa”.

Gracinda Sousa lembrou ainda que o primeiro alerta feito em Portugal para o vírus zika foi feito a 01 de junho de 2015, altura em que houve a primeira informação ao nível da eclosão do vírus, “embora não sendo comparável com aquilo que se passa hoje”, reconheceu.

De acordo com a responsável o IPST, está, desde sempre, “em contato permanente” com todas as informações nacionais, da Direção Geral de Saúde, por exemplo, e internacionais, como a Comissão Europeia, Organização Mundial de Saúde e ECDE – European Centre for Disease Prevention and Control, sobre as doenças e os vírus que circulam.

Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Um novo curso de pós-graduação para Formadores de Primeira Ajuda em Saúde Mental tem início, no próximo mês de março, na Escola...

Este curso, dirigido a profissionais de Saúde e de Educação, visa a formação de formadores no domínio da Primeira Ajuda [e primeiros socorros] em Saúde Mental (PASM), que, por sua vez, irão difundir o curso base de PASM junto do público, com enfoque no espaço escolar.

“Ao ensinar o público, por exemplo, pais e encarregados de educação, a reconhecer os sinais (e valorizar sintomas) de diferentes perturbações mentais e de diferentes situações de crise relacionadas com a saúde mental, o modo como se deve prestar a ajuda inicial e encaminhar para os profissionais de saúde adequados, estamos em consonância com aqueles que são os objetivos da primeira ajuda”, explica o professor doutor Luís Loureiro, coordenador desta formação pós-graduada.

O curso para formadores de PASM tem por público-alvo profissionais de Saúde e de Educação, justamente, pelo facto de serem quem está em contacto direto com adolescentes e jovens, seja por via dos programas de saúde escolar, como é o caso dos enfermeiros, seja pela troca de informações propiciada em sala de aula.

“Os adolescentes e jovens apresentam uma elevada prevalência de problemas de saúde mental, sabendo-se, hoje, que 50% das pessoas com doença mental diagnóstica tiveram os primeiros sintomas antes dos 18 anos de idade e que, destes, 70% não receberam cuidados de saúde atempadamente. Assim, quanto mais célere for a intervenção de modo a promover a procura de ajuda, melhores benefícios são de esperar”, conclui Luís Loureiro.

O que é a Primeira Ajuda em Saúde Mental
A PASM pode ser definida como a ajuda dada ou prestada a uma pessoa, neste caso a população adolescente e jovem, que está a desenvolver um problema de saúde mental ou uma crise relacionada com a saúde mental.

A primeira ajuda é dada até que a pessoa receba o tratamento profissional adequado, ou até a crise estar resolvida. Na maioria dos casos, a PASM é realizada por alguém que não é profissional especializado na área da Saúde Mental. Daí a importância de se estar apto (recebendo formação para isso) para prover a ajuda inicial.

Formação aos sábados
O curso de pós-graduação para Formadores de Primeira Ajuda em Saúde Mental compreende 13 semanas de trabalho letivo, aos sábados (das 9h00 às 18h00). O prazo de candidaturas termina já no dia 5 de fevereiro.

Os termos da candidatura podem ser conhecidos através da leitura do edital que consta na página Web da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, em www.esenfc.pt.

Para eventuais esclarecimentos, podem também os interessados contactar a Área Académica da ESEnfC (números de telefone 239 487 257 e 239 802 850, ou e-mail [email protected]).

Eurostat
Em Portugal, uma em cada quatro mortes em 2013 deveram-se a cancro, proporção que chega a mais de duas em cada três (40%) nas...

O cancro, segundo os dados divulgados, foi a causa da morte de 26% da população da União Europeia (UE) em 2013, sendo que abaixo dos 65 anos a taxa de óbitos por cancro sobe para 37%.

O cancro do pulmão foi o que mais mortes causou no ano em análise, com 21% de óbitos na média da UE e 15% em Portugal, valor que coloca o país no fundo da tabela das mortes por esta doença que é liderada pela Hungria, com 26%.

Tanto na UE como em Portugal, o cancro do pulmão mata mais homens (PT 20%, UE 26%) do que mulheres (PT 8%, UE 15%).

O cancro colorretal surge, na média europeia, em segundo lugar na lista dos mais mortais (12%), mas empatado com o do pulmão em Portugal (15%).

Seguem-se na taxa de mortes, em Portugal, o cancro da próstata (7%), da mama (6%) e do pâncreas (5%), valores que na média europeia são de, respetivamente, 6%, 6% e 7%.

Em 2013, o cancro causou a morte a 32% de pessoas na Eslovénia, 31% na Holanda e 30% na Irlanda, países que apresentam as maiores taxas, estando no extremo oposto a Bulgária (17%) e a Lituânia (19%).

Os dados foram divulgados no âmbito do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, que se assinala quinta-feira.

Em 2014
Doze pessoas por dia iniciaram tratamento e dez foram internadas por problemas relacionados com o uso de álcool em 2014,...

De acordo com o relatório anual “A situação do país em matéria de álcool 2014”, do SICAD (Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências), estiveram em tratamento no ambulatório da rede pública 11.881 utentes, dos quais 3.353 iniciaram tratamento pela primeira vez e 930 foram readmitidos.

Estes números revelam uma tendência de acréscimo, registando-se nos últimos três anos os valores mais elevados de novos utentes e de readmitidos.

Quanto a internamentos devido ao alcoolismo, deram entrada em Unidades de Alcoologia e Unidades de Desabituação 1.472 utentes (1.465 na rede pública e 7 na licenciada) e 2.256 em Comunidades Terapêuticas (61 em públicas e 2.195 licenciadas).

Pelo segundo ano consecutivo aumentou o número de internamentos por problemas relacionados álcool em unidades de alcoologia, enquanto nas comunidades terapêuticas a tendência de subida verifica-se já há vários anos.

Em termos gerais, o consumo de álcool mantém-se relativamente estável, com 70% da população com mais de 15 anos a afirmar ter consumido bebidas pelo menos uma vez no último ano, sobretudo com uma frequência diária ou semanal.

No entanto, ao nível do consumo arriscado/binge, os resultados do inquérito apontam valores muito superiores aos de 2012: 33% da população consumidora tomou, pelo menos uma vez, 6 ou mais bebidas alcoólicas numa única ocasião.

Apesar disto, os jovens portugueses estão mais conscientes dos riscos de consumir bebidas alcoólicas do que os europeus, tendo a maioria dos jovens (59%) de 15-24 anos considerado de “alto risco” o consumo regular de álcool, enquanto 36% o classificaram de “médio risco”.

O relatório destaca que entre 2010 e 2014 se verifica entre a população escolar uma tendência de descida das frequências de consumo dos vários tipos de bebidas alcoólicas, bem como das prevalências e frequências de embriaguez.

O relatório relaciona o consumo nocivo de álcool com a população reclusa, revelando que mais de metade afirma ter ficado embriagada antes de entrar na prisão, um em cada dez reconheceram que antes de serem presos tiveram um episódio de coma alcoólico e 28% estavam alcoolizados quando cometeram os crimes.

Quanto aos consumos em contexto de reclusão, “como expectável, verifica-se uma redução importante com a entrada na prisão”.

No entanto, dentro dos estabelecimentos prisionais também existe consumo, sendo que o mais prevalente foi o de cervejas e bebidas alcoólicas de “fabrico artesanal” na prisão.

Em 2014 continuaram a registar-se internamentos hospitalares com diagnóstico principal atribuível ao consumo de álcool, embora em tendência decrescente nos últimos três anos (menos 7% face a 2013 e menos 17% em relação a 2012).

Nesse ano, foram internados em hospitais 5.768 pessoas por causa do alcool, a maioria (67%) com doença alcoólica do fígado (dos quais, 53% cirrose) e 20% com síndrome de dependência.

Se se considerar para além do diagnóstico principal também os secundários, o número de internamentos atribuíveis ao consumo de álcool é bastante superior – 34.272 internamentos em 2014 –, e tem vindo a aumentar ao longo dos últimos anos (+1,4% entre 2013 e 2014).

Os registos de mortalidade em 2014 indicam a existência de 829 óbitos devido ao álcool: 33% em acidentes de viação, 31% morte natural, 18% suicídio e 5% intoxicação alcoólica.

A criminalidade relacionada com o consumo de álcool também tem vindo a diminuir (menos 16% face a 2013), invertendo a tendência crescente entre 2009 e 2012, mantendo-se no entanto um aumento da proporção estes crimes no total da criminalidade.

Em 2014, registaram-se 20.752 crimes por condução sob efeito de álcool e 27.317 participações de violência doméstica relacionada com consumo de álcool, 41% das quais referiam-se a casos já sinalizados.

Em matéria de fiscalização relativa ao consumo e disponibilização de bebidas alcoólicas em locais públicos, em 2014 foram fiscalizados 7.312 estabelecimentos comerciais, registadas 728 infrações e aplicadas 87 contraordenações relacionadas com a venda a menores.

Em 2014
O haxixe foi a droga com maior número de apreensões em 2014, pela primeira vez as apreensões de cannabis herbácea superaram as...

Estes dados, que refletem o mercado de oferta de drogas em 2014, constam do relatório anual “A situação do país em matéria de drogas e toxicodependências 2014”, do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

Segundo o documento, a cannabis continua a ser a droga ilícita percecionada como de maior acessibilidade, refletindo as prevalências de consumo na população portuguesa.

Em 2014, foi mais uma vez “consolidado o predomínio crescente da cannabis”, a cocaína manteve-se como segunda droga com maior visibilidade no mercado nacional e a heroína continuou a perder visibilidade.

O haxixe foi a substância com o maior número de apreensões (3.472), seguindo-se a cocaína (com 1.042 apreensões).

O relatório destaca que “pela primeira vez o número de apreensões de cannabis herbácea (771) foi superior ao de heroína (690), o que se deve mais à diminuição de apreensões desta última droga, do que ao aumento de apreensões de cannabis.

Além do haxixe, registou-se também um aumento nas apreensões de ecstasy (de 80 para 138), face a 2013.

Quanto aos mercados de tráfico e de tráfico-consumo, a principal diferença relativamente a 2013 foi a subida do preço médio da heroína, invertendo a descida verificada naquele ano, mas ainda assim mantendo um valor inferior aos registados entre 2002 e 2011.

Relativamente ao grau de pureza das drogas apreendidas, o relatório salienta que a potência média da cannabis, e em particular da cannabis resina, tem vindo a aumentar nos últimos anos, atingindo em 2014 os valores médios mais elevados desde 2005.

No contexto das populações escolares, um estudo que incidiu nos alunos do 8º e 10º anos de escolaridade revelou que a cannabis continua a ser a mais consumida (8,8% já experimentaram).

O relatório destaca indicadores de tendências emergentes, como a experimentação de produtos usados como doping (2,3%) e de smartdrugs (2,1%).

Relatório revela
Em 2014 aumentou o número de pessoas que morreram com droga no organismo, bem como o número de casos por overdose, sendo de...

De acordo com o documento do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) - “A situação do país em matéria de Drogas e Toxicodependência 2014” –, nesse ano morreram 220 pessoas com a presença de pelo menos uma substancia ilícita (mais 36 do que no ano anterior), 33 das quais (15%) com overdoses, configurando um aumento de 50% neste tipo de óbito face a 2013.

Entre as substâncias detetadas nestas overdoses, o relatório destaca a presença de cocaína (64%), os opiáceos (45%) e a metadona (42%). Verifica-se um aumento significativo da presença de cocaína (36% em 2013) e da metadona (27% em 2013), mantendo-se os opiáceos nos mesmos níveis (46% em 2013).

“É de notar, enquanto tendência emergente, embora ainda com valores residuais, a ocorrência de casos de overdose com a presença de drogas sintéticas”, sublinha o relatório.

Na maioria das overdoses (85%) foram detetadas mais do que uma substância, sendo de destacar em associação com as drogas ilícitas, as overdoses com a presença de álcool (21%) e benzodiazepinas (46%).

Relativamente às outras 187 causas de mortes com a presença de pelo menos uma substância ilícita (ou seu metabolito) no organismo, estas foram sobretudo atribuídas a acidentes (40%), seguindo-se-lhes a morte natural (35%), suicídio (17%) e homicídio (4%).

Citando um estudo europeu que pela primeira vez incluiu Portugal e que estudou a prevalência de drogas e álcool na população condutora, o relatório refere que nos condutores mortos em acidentes de viação as drogas ilícitas mais prevalentes em Portugal foram a cannabis (4,2%) e a cocaína (1,4%).

No que se refere à mortalidade relacionada com o VIH/Sida, de acordo com as notificações de óbitos recebidas no Instituto Nacional de Saúde (INSA), foram notificadas 87 mortes em 2014 associadas à toxicodependência, 57 dos quais já em fase de Sida.

Relativamente aos utentes em tratamento em ambulatório, o relatório aponta para uma “ligeira subida” nas proporções de novas infeções pelo VIH, face aos três anos anteriores.

No âmbito do tratamento da toxicodependência, em 2014 estiveram em tratamento em regime de ambulatório da rede pública 27.689 utentes com problemas relacionados com o uso de drogas, sendo que, dos que iniciaram tratamento nesse ano, 1.803 foram readmitidos e 1.950 fizeram-no pela primeira vez.

O relatório destaca que metade destes novos utentes tinha como droga principal de uso a cannabis. Em termos gerais, verifica-se uma tendência para a estabilização do número de novos utentes a entrar em tratamento nos últimos três anos.

Relativamente aos internamentos, em 2014 deram entrada nas Unidades de Desabituação 793 utentes, por problemas relacionados com droga, enquanto as comunidades terapêuticas receberam 66% de utentes com a mesma problemática.

Quanto aos consumos, a heroína continua a ser a droga principal mais referida, exceto entre os novos utentes em ambulatório, em que foi a cannabis (49%), e os utentes das Comunidades Terapêuticas públicas, em que predominou a cocaína (61%).

O relatório destaca um aumento de utentes que referem a cannabis e a cocaína como drogas principais, nos últimos quatro anos.

O documento aponta também para uma redução de consumo recente de droga injetada, e para uma maior heterogeneidade nas idades dos utentes que iniciaram tratamento no ambulatório.

 

No âmbito do tratamento em sistema prisional, em 2014 estiveram integrados em Programas Orientados para a Abstinência 137 reclusos e 1.152 estavam em Programas Farmacológicos.

Na Beira Baixa
A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária mandou destruir 29 toneladas de queijo produzidas na Cooperativa de Produtores de...

Num comunicado, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) explica que, no âmbito do plano de inspeção de géneros alimentícios, "foi detetada a presença da bactéria Listeria monocytogenes" em queijos produzidos pela Cooperativa de Produtores de Queijo da Beira Baixa, em Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco.

"Face à gravidade da situação encontrada, a DGAV determinou, no dia 15 de janeiro, a suspensão da atividade e a retirada do mercado de todos os produtos provenientes daquele estabelecimento [cooperativa]", lê-se no comunicado.

A DGAV adianta que todos os lotes de queijos (29 toneladas, incluindo os produtos retirados do mercado e os que estavam em armazém), foram encaminhados para destruição.

Esta situação foi detetada, inicialmente, em dois lotes de queijos devidamente identificados, na sequência de uma colheita realizada no dia 16 de dezembro de 2015.

"Os resultados foram conhecidos a 30 de dezembro, tendo as autoridades da DGAV ordenado a retirada imediata daqueles lotes de queijos do mercado e a apreensão do restante produto proveniente dos mesmos lotes, que se encontrava ainda no estabelecimento", explica o documento.

A DGAV sublinha ainda que foi efetuada uma nova amostragem, incidindo sobre todos os lotes de produtos armazenados na Cooperativa de Produtores de Queijo da Beira Baixa (52 no total), "da qual resultaram 39 amostras positivas à presença de Listeria monocytogenes".

10º Congresso Português do AVC
O Porto vai receber de 4 a 6 de fevereiro o 10º Congresso Português do AVC, o maior evento nacional sobre uma doença que afeta...

Organizado pela Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), o encontro vai reunir mais de 700 especialistas nacionais e estrangeiros, escreve o Sapo.

Para debater os últimos avanços no setor do acidente vascular cerebral, e uma vez que se trata de uma patologia transversal a outras áreas, para além da SPAVC, estarão representadas mais sociedades científicas, nomeadamente a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, a Sociedade Portuguesa de Diabetologia e a Sociedade Portuguesa de Cardiologia.

O último dia do congresso (sábado) será dedicado à população geral, com uma sessão gratuita às 15h30, onde será explicado porque se trata de uma doença prevenível e tratável.

O AVC ocorre por lesão de um vaso sanguíneo da circulação do sistema nervoso central mais frequentemente no cérebro mas também noutras estruturas como o cerebelo, o tronco cerebral ou, raramente, na medula espinhal.

Estudo
Um estudo realizado com cerca de mil professores de escolas portuguesas revelou que 30% dos docentes estavam em ‘burnout’, ou...

Durante três anos – entre 2010 e 2013 - uma equipa de investigadores do ISPA - Instituto Universitário inquiriu cerca de mil docentes que davam aulas a alunos do 2º e 3º ciclos mas também do ensino secundário, escreve Sapo.

O objetivo era perceber se existiam muitos docentes em stress ou burnout e, no final, descobriram que 30% dos professores estavam em burnout, contou a investigadora do ISPA responsável pela coordenação do estudo, Ivone Patrão.

“Esta percentagem fica um pouco acima dos números habituais registados nos outros países, que rondam entre os 15 e os 25%”, sublinhou a psicóloga clínica.

A maior parte dos docentes em burnout são mais velhos, têm um vínculo à função pública e dão aulas no ensino secundário, acrescentou a responsável, explicando que a média de idades dos inquiridos é de 49 anos.

Stress, ansiedade e depressão
O estudo revela ainda que existem entre 20 a 25% de docentes que sofrem de stress, ansiedade e depressão.

“O bem-estar dos professores é considerado essencial para o sucesso de todo o projeto educativo. Tendo em conta todas as mudanças sociais e políticas, o burnout começa a ser um problema social de extrema relevância”, sublinhou a especialista, lembrando que este problema representa exaustão emocional e falta de realização profissional.

A psicóloga salienta o facto de todos estes docentes estarem no ativo quando responderam ao inquérito, o que representa um risco muito elevado com a relação que se estabelece com os alunos e com a aprendizagem.

O burnout afeta não só o professor, mas também o contexto educacional, uma vez que o mal-estar sentido pode originar problemas de saúde, perda de motivação, irritabilidade, aumento dos níveis de absentismo e abandono da profissão, o que pode interferir na realização de objetivos pedagógicos.

Para a especialista, falta formação continua e oferta formativa que permita aos docentes ter ferramentas para saber como lidar com situações de conflito em sala de aula.

Segundo a investigadora, estes professores "não se sentem satisfeitos com o seu trabalho nem com o sistema educativo tal como ele estava quando foram inquiridos”.

O estudo foi feito numa altura em que se registaram algumas mudanças tais como a avaliação de professores, o aumento de alunos por sala de aula ou o aumento da idade de reforma.

Ivone Patrão sublinha que os resultados do estudo não são representativos da realidade que se vive entre os docente, mas pela sua experiência clinica “é possível perceber que o burnout é uma prática constante”.

O estudo será apresentado hoje na Assembleia da República, durante a conferência levada a cabo pela Federação Nacional de Professores (FENPROF), que assim pretende denunciar este problema, apontando causas e consequências e apresentando propostas para a sua resolução.

Cientistas acreditam
O cancro no estômago afeta duas vezes mais homens do que mulheres e é mais comum nos países em que a alimentação é rica em...

A comunidade científica acredita que a ingestão desses alimentos tem um papel importante no desenvolvimento de cancro no estômago, que tem vindo a diminuir de forma global nas últimas décadas, possivelmente devido à cada vez maior preservação dos alimentos através do frio (refrigeração e congelação).

A melhoria das condições sanitárias e a consequente redução da infeção pela bactéria Helicobacter pylori é também determinante, escreve o Sapo.

"O cancro gástrico resulta de uma complexa combinação, entre fatores ambientais e genéticos. Nos fatores ambientais conta-se a dieta com o recurso excessivo a alimentos ricos em sal, nomeadamente fumados e conservas e a infeção pela bactéria Helicobacter pylori, presente em águas contaminadas por exemplo", esclarece Sandra Faias, coordenadora da Unidade de Gastrenterologia do Hospital Lusíadas Lisboa.

Os principais sintomas do cancro no estômago são a dor persistente, náuseas, vómitos, enfartamento persistente, falta de apetite e emagrecimento.

Sintomas mais comuns em estadios avançados da doença

Quando existem sintomas, os tumores apresentam-se habitualmente em fase avançada e o prognóstico é reservado, com uma sobrevivência de cerca de 30% aos 5 anos. Assim, a prevenção é uma das principais armas contra este cancro.

E recomenda: "para prevenir este tipo de cancro é importante ter cuidados alimentares. Deve-se aumentar o consumo de frutas e vegetais frescos, limitar o consumo de sal, evitando alimentos enlatados e fumados. Os indivíduos com antecedentes familiares de cancro gástrico devem fazer a pesquisa da infeção pelo Helicobacter pylori e eliminar a bactéria com antibióticos se ela estiver presente.

Além disso, se detetada a presença de metaplasia de tipo intestinal nas biópsias do estômago, é recomendado fazer endoscopias de vigilância com regularidade, para deteção precoce de lesões neoplásicas do estômago".

O cancro gástrico é o terceiro mais frequente e o terceiro com maior mortalidade em Portugal.

O nosso país conta com o maior número de mortes por cancro no estômago da União Europeia e ocupa o sexto lugar a nível mundial.

Estudo
Mudanças nos padrões do sono afetam negativamente o desenvolvimento e a performance académica dos mais novos.

Um estudo da Universidade do Minho concluiu que 72% dos menores dormem sete a nove horas por noite, o que "nem sempre é suficiente" e pode estar associado a sintomas como desmotivação, ansiedade ou obesidade, revelou a instituição minhota.

A investigação, que envolveu 500 alunos com idades entre os 9 e os 17 anos e a cargo da investigadora Olinda Oliveira, concluiu que a presença de aparelhos multimédia no quarto é "um dos fatores que mais retarda a hora de deitar".

O estudo da UMinho verificou que, segundo a Rádio Renascença, mais de sete em cada dez inquiridos afirmaram ter televisão no quarto, seguindo-se do computador, aparelho de música e internet (55,8%).

"A necessidade cada vez maior de privacidade por parte das crianças e adolescentes leva os pais a colocarem vários aparelhos eletrónicos nos quartos dos filhos, propiciando hábitos de sono pouco saudáveis", refere a autora, professora do ensino básico.

Citando a Fundação Nacional do Sono dos EUA, o estudo revela que "os alunos com quatro ou mais itens eletrónicos nos quartos têm quase o dobro da probabilidade de adormecer na escola e/ou enquanto fazem os trabalhos de casa".

"Esta mudança nos padrões do sono pode ter efeitos negativos nos processos de desenvolvimento, no progresso psicossocial e na performance académica dos mais novos", sublinha Olinda Oliveira.

Os resultados mostram que mais de metade dos 502 inquiridos admite sentir, "às vezes", distração havendo ainda outros sintomas que mesmo não sendo manifestados pela maioria surgem com alguma frequência: mudanças de humor (198), ansiedade (195), bocejo constante (185), agitação (166), desmotivação (160), olheiras (141), irritabilidade (129), pequenos acidentes (118), muita tristeza (114) e fadiga muscular (100).

A investigação aponta ainda que o local de residência pode igualmente influenciar a qualidade do sono dos estudantes. Aqueles que vivem em meios rurais tendem a ter períodos de sono mais tranquilos e deitam-se mais cedo durante a semana e ao fim de semana. 

Estudo
Poucas pessoas sobrevivem a uma paragem cardíaca súbita, por norma causada por problemas cardíacos até ali ignorados. O índice...

Um novo estudo, que analisou 839 pessoas que sofreram paragens cardíacas inesperadas, concluiu que em 430 casos houve sintomas de aviso nas quatro semanas anteriores. Ou seja, 51% dos doentes ignorou pequenos sinais, que os cientistas depois identificaram em conversa com os próprios ou com os familiares, quando o doente não sobreviveu, escreve o Diário de Notícias.

A descoberta deste "sinais" revela uma "janela de oportunidade que não sabíamos que existia" para, potencialmente, prevenir os episódios súbitos de paragem cardíaca, defende o autor do estudo, Sumeet S. Chugh, do Instituto do Coração do Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles, EUA.

Ao The Wall Street Journal, o especialista explicou que outros estudos anteriores, com um número menor de participantes, mostraram que há sintomas imediatamente antes da paragem cardíaca, mas a possibilidade de existirem sinais nas quatro semanas que a precedem não estava, até agora, documentada.

E estes sinais incluem dores no peito, respiração ofegante, tonturas e palpitações cardíacas, que indicam normalmente problemas no coração mas não são considerados um aviso se forem surgindo espaçadamente e ao longo do tempo.

"As horas antes de uma paragem cardíaca são uma enorme caixa negra", admitiu Benjamin Abella, especialista da Universidade da Pensilvânia. "Este é um dos primeiros estudos que espreita para dentro dessa caixa".

No entanto, a nova pesquisa deixa, no entender de outros peritos, uma questão essencial por responder: deverá a pessoa que sofre destes sintomas contactar imediatamente os serviços de emergência médica? Segundo o autor do estudo, um aparente sintoma de ataque cardíaco, como uma leve dor no peito, não deve levar imediatamente a uma chamada para o 112, até porque iria "criar o caos".

Por isso, e como parte de uma pesquisa que investiga as causas da morte súbita e inesperada, Sumeet S. Chugh tem vindo a recolher dados genéticos, relatórios de autópsias e informação de historiais clínicos, com vista a traçar o perfil dos casos que merecem atendimento médico urgente.

O objetivo é também conceber uma aplicação que possa ser usada num smartphone e que, partindo dos dados recolhidos, consiga avisar a pessoa quando existe risco iminente.

Grão ou batata?
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal reabre as portas da sua Cozinha Dietética, na Escola da Diabetes em Lisboa,...

 

Desconstruindo vários mitos associados a alimentos e à alimentação, uma dietista e um chef de cozinha partilham saberes e sabores, em ambiente descontraído, com todos os que quiserem aprender: pessoas com e sem diabetes. E provam o resultado final!

 

Cursos e Datas:

  • Pequenos-almoços e lanches - 25/Fev (17h30-19h30)
  • Pratos de Baixo Índice Glicémico  - 31/Mar (17h30-19h30)
  • Menu Completo  - 14/Abr (15h30-17h30)
  • Refeições ligeiras - 19/Mai (15h30-17h30)
  • Doces Quase sem Açúcar - 09/Jun (17h30-19h30)

No primeiro curso, “Pequenos-almoços e lanches”, recorda-se a importância destas refeições para manter os níveis de energia e de açúcar no sangue entre as refeições principais e recebem-se dicas sobre os melhores alimentos a incluir nestes pequenos repastos. Com a ajuda do chef de cozinha e da dietista, os participantes podem ainda aprender as fazer os seus próprios cereais.

Outros cursos se seguem. Da preparação de “Pratos de Baixo Índice Glicémico”, ao “Menu Completo”, passando pelas “Refeições Ligeiras” e terminando na confeção de “Doces Quase sem Açúcar”, os profissionais da APDP ensinam a ter uma alimentação saudável de forma rápida, criativa e saborosa.

“A alimentação é um dos pilares em que assenta o controlo da Diabetes e a confeção pode tornar-se um momento de prazer entre familiares e amigos. Estes cursos da APDP têm tido muito sucesso e contado com a participação de pessoas de todas as idades. Acredito que o facto de decorrerem em ambiente descontraído, mas com dicas saudáveis de muito interesse, tanto para pessoas com diabetes como para pessoas sem diabetes, são razões de sucesso”, aponta Luis Gardete Correia, presidente da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).

Nos Cursos de Cozinha Saudável da APDP, os participantes vão poder desmistificar algumas questões: leguminosas como grão, feijão, ervilhas têm menor ou maior Índice Glicémico (IG) do que as batatas? A batata-doce tem mais ou menos fibra do que a batata normal, apesar de ter maior teor de hidratos de carbono? Sabia que a utilização de especiarias como a canela, noz-moscada, erva-doce, anis ou extrato de baunilha pode ser uma solução para reduzir a quantidade de açúcar nas receitas? Ou que as refeições com um IG mais baixo podem contribuir para um melhor controlo metabólico e do apetite?

As inscrições para os Cursos de Cozinha da APDP devem ser feitas através do email [email protected] ou do telefone 213 816 101. O custo associado é de 25 euros, sendo que as crianças até aos 12 anos não pagam.

Zika
O Ministério da Saúde do Brasil revelou que foram confirmados 404 casos de microcefalia entre outubro e janeiro no país e que 3...

Em 17 pacientes, as autoridades foram capazes de estabelecer uma relação com o Zika, vírus suspeito de estar ligado à microcefalia, uma malformação congénita.

A 30 de janeiro estavam a ser analisados 4.783 casos suspeitos de microcefalia, dos quais, 709 foram descartados e 404 tiveram o diagnóstico confirmado, um aumento de 49,6% face à semana anterior, especifica o Ministério da Saúde brasileiro em comunicado.

O número de casos suspeitos, por seu lado, aumentou 6,43% no mesmo intervalo de tempo.

Por comparação, 147 casos de microcefalia foram diagnosticados em todo o ano de 2014.

Além disso, foram reportadas 76 mortes infantis, incluindo 15 de crianças que sofriam de microcefalia ou de uma outra alteração do sistema nervoso, sendo que o vírus Zika foi identificado em cinco.

Cinquenta e seis casos estão ainda a ser analisados, enquanto cinco foram descartados.

“O Ministério da Saúde investigou todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central reportados pelos estados, bem como a sua possibilidade de ligação ao vírus Zika e a outras doenças congénitas”, indicou o ministério.

Desde abril de 2015, mais de 1,5 milhões de brasileiros contraíram o vírus Zika, que se propaga de forma exponencial na América Latina através do mosquito “Aedes aegypti”, que é também o vetor da dengue, da febre amarela ou da febre chikungunya.

A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, garantiu, esta terça-feira, que “não vão faltar recursos financeiros” para combater os mosquitos que transmitem o Zika, a seis meses da realização dos Jogos Olímpicos, que vão ter como sede o Rio de Janeiro.

O governo brasileiro já anunciou a mobilização de 220 mil militares este mês, tal como um forte contingente de funcionários do setor da saúde, que vão realizar fumigações e eliminar os pontos de água estagnada, favoráveis ao desenvolvimento dos mosquitos, bem como ações de sensibilização da população.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou, esta segunda-feira, que os casos de microcefalia e de desordens neurológicas surgidas no Brasil constituem uma emergência sanitária de alcance internacional, mas disse não ter sido comprovada relação com o vírus zika.

A OMS confirmou que, até à data, foram detetados casos em 25 países e territórios das Américas.

Zika
Os Estados Unidos confirmaram que o vírus Zika se transmite sexualmente, aumentando o temor de uma propagação rápida da doença,...

Por causa da epidemia, os ministros da Saúde do Mercosul, mercado comum do continente sul-americano, o mais afetado pelo vírus, vão reunir-se quarta-feira para avaliar a situação epidemiológica em relação a doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

A Cruz Vermelha apelou para que sejam feitos donativos para a luta contra a epidemia, que pode ser potencialmente perigosa para mulheres grávidas.

Até agora, foram detetados casos de infeção com vírus Zika na América Latina, África e Ásia.

“A única maneira de impedir o vírus Zika é controlar os mosquitos ou parar completamente o seu contato com os seres humanos, acompanhando esta ação para reduzir a pobreza”, referiu, em comunicado, a Cruz Vermelha.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou segunda-feira a epidemia como “emergência de saúde pública de alcance global”.

Na Europa e na América do Norte, dezenas de casos foram relatados, mas as temperaturas frias que atualmente se registam impedem a sobrevivência do mosquito.

O Brasil, país mais atingido pela epidemia, com 1,5 milhões de casos, segundo a OMS, desaconselhou as mulheres grávidas a viajarem para aquele país.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que a epidemia do vírus Zika poderá afetar entre três a quatro milhões de pessoas no continente americano. O Brasil e a Colômbia são os países onde se registam mais casos de infetados e de suspeitos.

O vírus Zika é transmitido aos seres humanos pela picada de mosquitos infetados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos.

Em Lisboa
A Junta da Estrela, em Lisboa, vai introduzir sete desfibrilhadores automáticos externos em escolas primárias, jardins de...

"Na freguesia da Estrela já iniciámos a consulta para adquirir os equipamentos [desfibrilhadores automáticos externos (DAE)] para os polos de atendimento da junta, escolas, jardins de infância e equipamentos desportivos e culturais", afirmou o presidente, Luís Newton (PSD).

Na opinião do autarca, "hoje em dia não faz sentido não dotar os espaços públicos deste tipo de equipamentos".

Na freguesia, existem "sete locais prioritários e [serão depois colocados] mais três em espaços que se encontram em requalificação".

O anúncio foi feito pelo autarca aos jornalistas no final de uma reunião da Assembleia Municipal de Lisboa e acontece na sequência da morte de uma menina de 11 anos, que sofreu uma paragem cardiorrespiratória.

A estudante da escola de Monte Abraão morreu ao final da tarde de quinta-feira, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde deu entrada após ter sido encontrada inconsciente no estabelecimento de ensino no início da semana.

Apesar de ainda não ter um orçamento concreto, Luís Newton afirmou que será a junta a suportar os encargos e foi taxativo quanto à importância do investimento: "Não é matéria a que vá olhar a custos".

"Fica evidente que é necessário termos este cuidado acrescido", vincou.

Apesar disso, em relação à instrução que será necessária dar a quem vai operar os DAE, a junta está "à procura de parcerias para diminuir os custos com a formação".

Referindo ter consultado outras freguesias, o autarca considerou que "também não têm" estes dispositivos.

Luís Newton, também deputado municipal pelo PSD, tentou introduzir na ordem de trabalhos da Assembleia Municipal de Lisboa uma recomendação à Câmara para "a imediata instalação de um desfibrilhador em cada um dos equipamentos desportivos municipais", assim como "em cada uma das escolas do 2.º e 3.º ciclos de escolaridade".

Como não houve consenso entre os deputados quanto à alteração da ordem de trabalhos, a recomendação não foi apreciada ontem.

Uso Responsável do Medicamento
A Ordem dos Farmacêuticos quer que a renovação da prescrição de medicamentos de doentes crónicos passe a ser feita na farmácia,...

Num documento com 30 recomendações para o Uso Responsável do Medicamento, a Ordem dos Farmacêuticos sugere a implementação do serviço farmacêutico de renovação da prescrição dos medicamentos dos doentes crónicos controlados, “em estreita colaboração com o médico”.

“A prestação deste serviço pressupõe a comunicação ao médico das renovações realizadas, assim como a referenciação à consulta médica quando os resultados clínicos não correspondem ao expectável”, indica o documento, a que a agência Lusa teve acesso.

A adesão à terapêutica e a gestão da toma simultânea de vários remédios seriam as melhorias alcançadas com esta medida.

A Ordem dos Farmacêuticos propõe também que seja revista a lista dos medicamentos de uso exclusivo hospitalar, considerando que uma deslocação do doente ao hospital pode comprometer o acesso à terapêutica e a sua respetiva adesão.

Entre as grandes recomendações da Ordem estão: promover a literacia em saúde; promover a partilha de dados clínicos em saúde; otimizar a prescrição clínica; monitorizar a qualidade de prescrição nos doentes idosos e promover a investigação e avaliação dos programas de saúde.

A campanha “Uso do Medicamento – Somos Todos Responsáveis” foi lançada pela Ordem dos Farmacêuticos para sensibilizar a população e os decisores de saúde para a importância de um uso racional dos fármacos

A Organização Mundial de Saúde estima que 50% dos cidadãos em todo o mundo não tomem corretamente os medicamentos.

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