Alergias na primavera
Com a chegada da primavera chegam com ela também, para além das temperaturas mais amenas e dias de s

Crises de espirros, olhos vermelhos, tosse, falta de ar, comichão na pele e na garganta são algumas das manifestações mais frequentes e incómodas de uma reação alérgica.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, estas reações “são uma das consequências possíveis do funcionamento do sistema imunológico”, uma vez que resultam num mecanismo de defesa perante a ação de inúmeros micróbios ou substâncias que estão presentes no ar que respiramos, nos alimentos que comemos e em tudo o que tocamos.

A primavera é uma época propícia ao desenvolvimento de alergias. O aumento do número de horas de sol e da temperatura, bem como a diminuição de precipitação, potencia o aparecimento de agentes alérgenos.

Os pólenes são, aliás, considerados os principais responsáveis pelas alergias durante esta estação. Mas atenção, eles não são os únicos!

As elevadas concentrações de pólenes na atmosfera verificam-se sobretudo numa altura em que a maioria das plantas está em polinização, aumentando quando o ar está mais seco e quando há mais vento.

Estes grãos, invisíveis a olho nú, causam a inflamação das mucosas com as quais entram em contato, podendo afetar os olhos, nariz, brônquios, laringe e faringe.

Conjuntivite, rinite, asma, laringite e faringite são as doenças que lhes estão associadas.

Embora possam apresentar sintomas ligeiros, são habitualmente persistentes. Por isso a doença alérgica deve ser tratada de modo a evitar quadros mais graves.

De acordo com os especialistas, a melhor forma de prevenir ou controlar as alergias passa por educar o doente e a sua família. Evitar os fatores de agravamento, sobretudo no que diz respeito à exposição aos alérgenos.

Por isso deixamos-lhe algumas recomendações:

  • Proteja os olhos com o uso de óculos de sol sempre que sair de casa
  • Evite sair à rua, sempre que possível, quando faz muito vento
  • Evite ter plantas polinizadoras em casa e certifique-se que as janelas estão bem vedadas
  • Aproveite para arejar a casa nos períodos mais frescos do dia
  • Mantenha a casa sempre limpa para evitar a acumulação de pó (um agravante dos sintomas alérgicos)
  • Quando viajar de automóvel faço-o de janelas fechadas. Se usar o ar condicionado certifique-se que o filtro está limpo
  • Evite andar de mota e, se o fizer, use sempre o capacete com viseira fechada
  • Prefira passar o tempo livre à beira mar, afastando-se dos relvados, jardins e parques
  • Troque sempre de roupa assim que chegar a casa, ao final do dia, e sacuda-a. Descalce-se também
  • Se as queixas forem muito intensas, evite praticar atividades físicas ao ar livre
  • E afaste-se dos cigarros. O fumo do tabaco agrava os sintomas das alergias primaveris, principalmente aqueles relacionados com o sistema respiratório. 
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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ministro da Educação
O Ministro da Educação anunciou um novo projeto de atribuição de verbas às escolas, para que os alunos do 3º ciclo e secundário...

O Conselho de Ministros decidiu desenvolver uma experiência de Orçamento Participativo nas escolas, com o objetivo de criar mecanismos que permitam aos estudantes decidir como utilizar uma parte do orçamento da sua escola, na aquisição de bens ou serviços.

“Os estudantes vão ter a possibilidade de decidir como utilizar uma parte do seu orçamento da escola. Vai haver uma verba adicional para as escolas”, revelou o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, durante a conferência de imprensa no final da reunião de Conselho de Ministros que hoje foi dedicada à educação, no âmbito do Dia Nacional do Estudante.

Tiago Brandão Rodrigues anunciou ainda a celebração de um protocolo com o Ministério da Saúde, para que todos os alunos do 10º ano possam ter “um pequeno módulo, com um determinado número de horas”, de formação sobre suporte básico de vida.

O programa “Arte na Rua” foi outra das novidades anunciadas pelo ministro que disse estar a trabalhar em colaboração com o Ministério da Economia para que os alunos das escolas de ensino artístico possam “pôr em prática tudo o que aprendem em contexto profissional, nos pontos turísticos do país”.

Os estudantes com Necessidades Educativas Especiais (NEE) também foram alvo de atenção do Conselho de Ministros, que decidiu criar um grupo de trabalho “com a missão de rever a lei em vigor, produzir um relatório e criar propostas de maior inclusão escolar dos Estudantes com Necessidades Educativas Especiais”, acrescentou.

 

À margem das medidas anunciadas, e questionado sobre o número de escolas que tinha decidido fazer as provas de aferição, que são facultativas, Tiago Brandão Rodrigues disse que “as escolas têm uma janela temporal até ao final do mês de abril” para decidir, e que, no ministério, “não existe um contador” que permita saber quantas já o decidiram fazer.

Em Lisboa
Cerca de 300 crianças e adolescentes deram entrada em 2014 nas urgências de pedopsiquiatria no Hospital Dona Estefânia, em...

Estes dados, que se referem ao período entre 2012 e 2014, foram hoje revelados no âmbito da apresentação do relatório “Portugal – Saúde Mental em Números 2015”.

Estes dados recordam que no Serviço Nacional de Saúde (SNS) só existem camas específicas para crianças e adolescentes nos Departamentos de Saúde Mental da Infância e Adolescência (SMIA) do Centro Hospitalar (CH) Lisboa Central/Hospital Dona Estefânia (10) e no Centro Hospitalar do Porto.

Em cada uma destas instituições existem 10 camas para esta especialidade, estando prevista a abertura de mais dez camas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) ainda este ano.

Por ano, deram entrada em cada um dos serviços de urgências destas unidades de saúde 1.500 crianças e jovens.

No Hospital Dona Estefânia, o grupo etário de 16 e mais anos foi o maioritário, tendo dez por cento dos casos resultado em internamento.

Quanto aos motivos da ida às urgências, 25% deveram-se a perturbações de comportamento, 20% a comportamentos autoagressivos (como automutilações e tentativas de suicídio), 20% a perturbações do humor e 20% a perturbações de ansiedade.

As perturbações psicóticas estiveram na origem de quatro por cento dos episódios de urgência e as perturbações alimentares de quatro por cento.

No Centro Hospitalar do Porto, registaram-se cerca de 1.500 episódios de urgência em 2014, sendo a anorexia nervosa a causa mais comum dos internamentos.

O documento refere que estas duas instituições registam “um acréscimo de tentativa de recurso mais imediata para internamento, quer por parte das famílias quer de instituições sociais especializadas”.

Tal parece ser sinal de uma “menor tolerância para gerirem situações de intranquilidade dos adolescentes, sobretudo alterações de comportamento”, acrescenta.

Administração Regional de Saúde
O risco de contrair tuberculose na região Norte “tem vindo a descer de forma sustentada”, atingindo predominantemente os...

“O risco de contrair tuberculose na região Norte tem vindo a descer de forma sustentada, a um ritmo de cerca de 5,3% ao ano", uma descida superior à observada em Portugal, nomeadamente a que ocorreu entre 2013 e 2014 e que se situou em 5%, atingindo, refere o relatório da Administração Regional de Saúde (ARS).

O estudo “A Tuberculose na Região de Saúde do Norte – 2014”, que atualiza a situação epidemiológica, conclui que a doença “está mais concentrada no Litoral, em alguns concelhos do Grande Porto e da sub-região do Tâmega”.

Segundo o estudo, o risco de contrair tuberculose concentra-se na população residente em Barcelos, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos, Porto, Maia, Valongo, Gondomar, Penafiel e Marco de Canaveses.

Em termos demográficos, a doença “continua a assumir uma maior magnitude nos indivíduos do sexo masculino, mas atinge as mulheres em idades mais jovens”, sendo o risco de contrair tuberculose “mais elevado nos grupos etários com mais de 74 anos de idade”.

Ao nível do tratamento, o sucesso terapêutico dos casos de tuberculose pulmonar diagnosticados fixou-se nos 84,6% em 2013 e nos 81,3% em 2014, ano em que foram registados 884 casos na região, dos quais 833 eram casos novos.

Do total de 884 casos de tuberculose registados em 2014, em 99 casos (11,2%) havia registo de “dependência do álcool”, proporção mais baixa do que a registada em anos anteriores (14,3% em 2011, 14,2% em 2012, 13,7% em 2013).

Ainda em termos de fatores de risco, o estudo indica que o número de casos de tuberculose em indivíduos que consomem drogas por via intravenosa "tem vindo a descer de forma muito evidente nos últimos anos", passando de 195 casos em 2000 para 28 casos em 2014.

Já os dados relativos a internamentos hospitalares de doentes com tuberculose “têm vindo a descer a um ritmo superior ao observado para o total de casos de doença registados na comunidade, tendo atingido em 2014 um valor mais baixo do que seria expectável, quando comparado com o ano precedente”.

“Em resumo, a evolução da tuberculose na Região de Saúde do Norte tem sido, nos últimos anos, consistentemente favorável”, conclui o relatório que acrescenta, contudo, a necessidade de uma “atenção redobrada sobre os fatores que explicam que os doentes interrompam o tratamento ou morram no seu decurso”.

A ARS Norte lembra que “têm sido desenvolvidas na região estratégias de intervenção dedicadas aos grupos de maior risco”, nomeadamente reclusos e utilizadores de serviços de tratamento de toxicodependência.

“Perspetiva-se, para os próximos anos, a manutenção dos bons resultados atingidos na região e o controlo da doença na comunidade”, assinala.

Estudo
Um estudo sobre pessoas com demência revela que os residentes em lares com défice cognitivo têm o dobro da percentagem de casos...

“Estudo sobre Necessidades de Cuidados em Pessoas com Demência” é um trabalho financiado pelo Programa Nacional de Saúde Mental que visa “caracterizar os doentes-tipo existentes no país, com base em amostras epidemiologicamente representativas de cada região de saúde, possibilitando estruturar os planos de cuidados mais adequados”.

Para já, e segundo consta do relatório “Portugal - Saúde Mental em Números – 2015”, foram conhecidos os dados relativos à região norte, cujo trabalho começou em 2013.

Dos 171 utentes dos cuidados de saúde primários com problemas de saúde mental e avaliação compreensiva em casa ou no centro de saúde, 151 (88,3%) foram identificados como tendo défice cognitivo.

Destes, 44,8% tem défice cognitivo ligeiro, 24% demência ligeira, 23,4% demência moderada e 7,8% demência grave.

Por seu lado, dos 153 residentes em lares, 51 apresentavam défice cognitivo: 23,5% tinham défice ligeiro, 25,5% demência ligeira, 29,4% demência moderada e 15,7% demência grave.

O relatório cita as conclusões dos resultados preliminares deste estudo, segundo as quais “o rastreio e triagem precoce de pessoas com défice cognitivo e respetiva referenciação ou acompanhamento são essenciais para garantir cuidados adequados às pessoas mais velhas, nomeadamente as que têm demência”.

O estudo insere-se nas Parcerias Europeias de Inovação (EIP, 2012), das quais a Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos (UNIFAI) do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto é parceira.

Recomendações
Após extração dentária há medidas gerais a adotar que devem ser seguidas.

 

Para evitar inflamação e dor: aplicar gelo sobre o rosto no lado do dente extraído. Aplica-se o gelo 10 segundo e retira-se durante os 10 segundo seguintes, repetindo várias vezes. Quando há edema do rosto não se aplica gelo mas lava-se com antisséticos diluídos em água morna;

 

 

Para evitar hemorragia: não fazer bochechos durante 24 horas após extração dentária;

Para conter hemorragia ou sangramento: aplicar gaze em almofada sobre o local de extração para facilitar coagulação sanguínea;

Alimentos: nas primeiras 24 horas preferir alimentos líquidos frescos e gelados para evitar hemorragia e dor local;

Deitar: utilizar 2 almofadas na 1ª noite após extração para evitar hemorragia, dor e edema.

Nos casos de hemorragia ligeira em doentes sem patologia hematológica nem a tomar anticoagulantes, a colocação de uma compressa de gaze no local pode ser efetivo, para os restantes casos devem ser aconselhados a consulta de especialista, podendo requerer terapêutica adicional ou sutura.

A osteíte alveolar pode ocorrer após 2-4 dias de extração dentária, sob a forma de infeção localizada no local de onde saiu o dente. Acompanha-se de dor localizada, contínua que pode espalhar-se para o queixo. Esta situação requer observação e tratamento especializado. 

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Saúde oral
As infeções herpéticas bucais são as gengivo-estomatite herpética aguda e o herpes labial.

As infeções herpéticas são ocasionadas pelo vírus Herpes simplex tipo 1 em que a transmissão é direta ou pelo contato com objetos contaminados. Após um surto, o vírus regressa aos gânglios trigémeos ou lombossagrados até surgirem condições para novo surto. A infeção herpética labial pode ser precipitada por situações de stresse, como radiações solares, frio, traumatismo dos lábios, ou associada à presença de infeções víricas. A fadiga, vento, alterações hormonais pela menstruação podem igualmente predispor para o surto herpético.

Com frequência, a primeira infeção surge em criança, com febre, irritabilidade, gengivas vermelhas com vesículas dolorosas que rebentam e deixam úlceras. Estas infeções são autolimitadas e podem regressar sob a forma de herpes labial com vesículas que formam crostas que curam em 7-10 dias.

O surto de herpes labial surge com uma fase prodrómica até 24 horas antes do aparecimento de sinais visíveis em que a área em torno dos lábios apresenta latejamento com sensação de queimadura e prurido. Desenvolve-se posteriormente, nos lábios e em volta deles, o eritema seguido de formação de bolhas dolorosas e irritativas cheias de fluido, que rebentam ao fim de 1-3 dias. Formam-se posteriormente, crostas que podem cair com a cura em 2 semanas.

Tratamento das Infeções Herpéticas
Há medidas gerais a aconselhar ao doente que complementam o tratamento medicamentoso.

Medidas Gerais
As medidas gerais de tratamento destinam-se a melhorar o estado geral do doente, quando afetado. Pode recomendar-se o repouso, dieta com alimentos moles ou líquidos, analgésicos orais e antipiréticos no caso de febre.

As mucosas podem ser limpas com solução desinfetante ou solução salina preparada com 1 colher de sal de mesa em 250 mL de água morna.

A aplicação de gelo sobre as lesões na fase prodrómica pode ter algum efeito benéfico.

Para prevenir a disseminação da infeção: lavar as mãos após aplicação da medicação ou tocar nas lesões, não tocar nos olhos.

Para evitar a contaminação de terceiros: não partilhar talheres, copos, toalhas, almofadas, etc.

Doentes com surtos repetidos: evitar sempre a exposição solar aplicando diariamente protetores solares. 

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DGS assume
O diretor-geral da Saúde afirmou que “não é possível medir a evolução do suicídio em Portugal”, uma vez que, em 2014, o registo...

Francisco George falava na apresentação do relatório “Portugal – Saúde Mental em Números 2015”, no qual se lê que a taxa de mortalidade por suicídio passou para 11,7 por 100 mil habitantes, em 2014, quando em 2012 e 2013 tinha sido de 10,1, por 100 mil habitantes.

“Não sabemos, nem podemos medir, a evolução do suicídio em Portugal, devido a uma quebra de série”, disse o diretor-geral da Saúde, acrescentando que, por esta razão, não se pode dizer que houve um aumento do suicídio.

Até 2014, explicou, o certificado de óbito era em papel assinado pelo médico. “Muitas vezes – por pressão da família ou por motivos religiosos – o suicídio era subnotificado”, pelo que “terão existido mais suicídios do que os notificados”.

Há dois anos, iniciou-se uma nova série, com o registo eletrónico, que “veio reduzir a subnotificação”, disse Francisco George.

Esta dificuldade em medir o suicídio é “motivo de inquietação” para o diretor-geral da Saúde.

O relatório, que foi hoje apresentado em Lisboa, analisou a variação da mortalidade por suicídio, ao longo de três intervalos de tempo (1989-1993, 1999-2003 e 2008-2012), concluindo que o período mais recente – “de crise” – apresentou “a mortalidade por suicídio mais alta", assim como "a taxa bruta mais alta”.

Entre 1989-1993 e 1999-2003, a taxa de suicídio tinha diminuído 5,4%; já desde o segundo período até 2008-2012, registou-se um aumento de 22,6%.

Segundo este estudo por intervalos temporais, os homens apresentam uma taxa de suicídio três vezes maior, assim como os maiores aumentos de taxa, entre os diferentes períodos de tempo analisados.

Há também uma distribuição geográfica marcada no suicídio, que é tradicionalmente menor no Norte e maior na região Sul.

Nas últimas décadas, contudo, esta divisão geográfica Norte/Sul parece ter vindo a esbater-se, “devido ao aumento das taxas na região Centro e no interior da região Norte”.

O estudo encontrou ainda uma associação estatística entre os altos níveis de ruralidade e de privação material e a taxa de suicídio aumentada para os homens.

São mudanças recentes nestes padrões que poderão resultar do atual período de crise, indica o relatório.

Saúde pública
O diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental defende uma menor comparticipação das benzodiazepinas (ansiolíticos,...

Álvaro Carvalho falava aos jornalistas no final da apresentação do Relatório “Portugal – Saúde Mental em Números 2015”, segundo o qual “as benzodiazepinas mais prescritas (alprazolam e lorazepam) são das que têm maior potencial ansiolítico e, consequentemente, de tolerância e dependência”.

Em 2014, os portugueses consumiram 91.496.345 doses diárias de alprazolam e 65.851.064 de lorazepam.

O documento sublinha “a continuação do acréscimo prescritivo em todos os grupos farmacológicos, com ênfase para os antidepressores e os ansiolíticos”

“Se os primeiros não acionam qualquer alarme na comparação internacional, os segundos, que integram sobretudo benzodiazepinas, mantêm este grupo farmacológico em níveis de risco para a saúde pública”, prossegue o documento.

Para Álvaro de Carvalho, uma das medidas que poderá diminuir o consumo destes medicamentos é a diminuição da sua comparticipação pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), ou seja, aumentar o preço a pagar pelo consumidor.

O psiquiatra defende uma maior formação na prescrição destes medicamentos com vista a “boas práticas”.

Também o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, disse aos jornalistas que é preciso “refletir sobre o consumo destes fármacos”.

O governante defendeu uma maior capacitação dos cuidados de saúde primários para estas áreas, estando previsto um reforço de psicólogos nos centros de saúde até ao final do ano.

Infeção
Apesar da evolução positiva do combate à tuberculose, ao longo dos últimos anos, em Portugal – que s

De acordo com os dados registados, morrem, em todo o mundo, cerca de três pessoas por minuto de tuberculose. 17 contraem a doença.

Embora em Portugal, nos últimos anos, se tenho vindo a assistir a um decréscimo de novos casos, sabe-se que esta doença continua a ser a segunda causa de morte por doença infeciosa a seguir ao vírus da imunodeficiência humana (VIH).

A tuberculose mata aproximadamente dois milhões de pessoas por ano, 98 por cento das quais em países em desenvolvimento.

Estima-se que cerca de um terço da população mundial se encontre infetada pelo bacilo da tuberculose, tendo sido declarada pela Organização Mundial de Saúde como emergência mundial.

Causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida com bacilo de Koch, é uma doença contagiosa que se transmite de pessoa para pessoa e que atinge sobretudo os pulmões.

De acordo com a Fundação Portuguesa do Pulmão, a doença transmite-se por via aérea “e por isso, regra geral, só são contagiosas as pessoas com tuberculose pulmonar ou laríngea”.

“Cada vez que um destes doentes tosse, fala, ri, canta ou espirra liberta pequenas gotículas que transportam o bacilo de koch”, pode-se ler.

Sabe-se que estas gotículas, que são invisíveis a olho nu, podem ficar suspensas durante horas no ar ambiente, sobretudo se o doente estiver em local não ventilado.

A infeção pelo bacilo de koch depende de vários fatores: do número de gotículas infeciosas existentes no ar, do tempo e local de exposição, bem como da susceptibilidade do indivíduo exposto ao mesmo.

Na realidade, nem todas as pessoas que entram em contato com este micróbio adoecem. Na maior parte das vezes o organismo resiste.

Entre as pessoas que mais probabilidades têm de contrair esta infeção encontram-se os idosos, as crianças e pessoas muito debilitadas por outras doenças, como é o caso da sida, cancro ou diabetes, por exemplo.

Para além dos pulmões, a doença pode ainda atingir outros órgãos e outras partes do corpo. Gânglios, rins, ossos, intestinos e meninges podem ser afetados.

Os sintomas mais evidentes são tosse crónica, febre, sudorese noturna, dores no tórax, perda de peso (lenta e progressiva) e falta apetite e vitalidade.

Apesar de ter cura, a doença se não for devidamente diagnosticada e tratada pode matar.

Na maior parte dos casos o tratamento é feito em casa com acompanhamento médico no centro de saúde ou hospital da área de residência.

O internamento acontece quando a infeção não é diagnosticada a tempo e os pulmões ficam gravemente afetados.

As metas definidas pela Organização Mundial de Saúde propõem a erradicação da doença em 2050.

Até lá a prevenção continua a ser a melhor arma contra a tuberculose, sendo feita através da vacina BCG (Bacilo de Calmette e Guérin), aplicada nos primeiros 30 dias de vida.

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Direção-Geral da Saúde
O número de suicídios em Portugal aumentou em 2014, segundo o relatório da Direção-Geral da Saúde sobre doença mental, o que...

A taxa de mortalidade por suicídio passou para 11,7 por 100 mil habitantes, em 2014, quando em 2012 e 2013 tinha sido de 10,1, por 100 mil habitantes.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recorda contudo que 2014 foi o primeiro ano em que o registo das causas de morte passou a ser feito através de uma nova metodologia, com 2013 a ser o último ano baseado no certificado médico de óbito registado em papel.

O relatório "Saúde Mental em Números – 2015" analisou a variação da mortalidade por suicídio, ao longo de três intervalos de tempo (1989-1993, 1999-2003 e 2008-2012), concluindo que o período mais recente – “de crise” – apresentou “a mortalidade por suicídio mais alta", assim como "a taxa bruta mais alta”.

Entre 1989-1993 e 1999-2003, a taxa de suicídio tinha diminuído 5,4%; já desde o segundo período até 2008-2012 registou-se um aumento de 22,6%.

Segundo este estudo por intervalos temporais, os homens apresentam uma taxa de suicídio três vezes maior, assim como os maiores aumentos de taxa, entre os diferentes períodos de tempo analisados.

Há também uma distribuição geográfica marcada no suicídio, que é tradicionalmente menor no Norte e maior na região Sul.

Nas últimas décadas, contudo, esta divisão geográfica Norte/Sul parece ter vindo a esbater-se, “devido ao aumento das taxas na região Centro e no interior da região Norte”.

O estudo encontrou ainda uma associação estatística entre os altos níveis de ruralidade e de privação material e a taxa de suicídio aumentada para os homens.

São mudanças recentes nestes padrões que poderão resultar do atual período de crise, indica o relatório.

Segundo o documento da DGS, as perturbações mentais e do comportamento mantêm um peso significativo no total de anos de vida saudável perdidos pelos portugueses, com uma taxa de 11,75% - por comparação, a taxa é de 13,74% nas doenças cerebrovasculares e 10,38% nas doenças oncológicas.

As perturbações mentais representam ainda 20,55% do total de anos vividos com incapacidade.

Estudo
As emissões de gases com efeito de estufa ocorrem atualmente a um "ritmo inédito", dez vezes superior ao que foi...

Esse ritmo conduz a um "terreno perigoso", afirmam os cientistas citados pela agência de notícias France Presse.

Esses registos superam inclusivamente a perturbação climática que marcou a passagem do período Paleoceno para o Eoceno, há 56 milhões de anos, segundo o estudo.

Naquele tempo, segundo o Sapo, as temperaturas globais subiram mais de 5°C por causa do impacto dos gases com efeito de estufa. Como consequência, muitas espécies desapareceram, particularmente nos oceanos.

As emissões atuais, de origem humana (uso de combustíveis fósseis, em particular), têm causado um aumento na temperatura da Terra de 1°C em relação à Era pré-industrial. É esperado um aumento de 3 a 4°C até 2100 caso nenhuma medida drástica seja tomada.

"A taxa de emissões é absolutamente crítica", explica Andy Ridgwell, paleoclimatologista da Universidade de Bristol, coautor do estudo com dois cientistas da Universidade do Havai e da Universidade da Califórnia.

Para estimar o ritmo das emissões de 56 milhões de anos, os investigadores estudaram sedimentos recolhidos no estado americano de Nova Jérsia.

Os isótopos de oxigénio (marcadores de temperatura) e de carbono (marcadores dos gases com efeito de estufa) demonstram que as emissões de há 56 milhões de anos foram feitas lentamente. Durante cerca de 4.000 anos concretamente, a uma taxa de mil milhões de toneladas de carbono por ano.

Atualmente, as atividades humanas causam emissões de cerca de 10 mil milhões de toneladas de carbono, dez vezes mais.

Especialista alerta
Uma em cada cinco pessoas sofre de algum tipo de alergia ocular com impacto na sua qualidade de vida e no grau de absentismo...

“Seja qual for a sintomatologia sentida, não basta ir à farmácia mais próxima. Na problemática da alergia ocular, um correto acompanhamento médico é fundamental para o diagnóstico e tratamento do problema, de forma a conseguirmos assegurar a qualidade de vida da pessoa”, alerta Jorge Palmares, oftalmologista do Hospital Lusíadas Porto.

As doenças alérgicas oculares são provocadas pelo meio ambiente, medicamentos, produtos cosméticos, produtos das lentes de contacto ou fatores genéticos e os principais sintomas são olho vermelho, comichão, ardor, lacrimejo, sensibilidade à luz, edema da conjuntiva e inflamação, escreve o Sapo.

“O olho vermelho” é uma apresentação clínica muito frequente e justifica mais de 60 por cento das prescrições tópicas oftalmológicas. Pode observar-se em situações alérgicas (geralmente com prurido e lacrimejo) e noutras doenças como olho seco (ardência com sensação de “areia” e poucas lágrimas) ou querato-uveíte (visão turva e dor). O tratamento é diferente em cada um dos casos pelo que o diagnóstico diferencial é fundamental”, revela.

A forma mais comum de alergia ocular é a conjuntivite alérgica. “Manifesta-se em 70 por cento dos doentes com rinite alérgica muitas vezes acompanhada por sintomas nasais de rinite”, conclui o oftalmologista. Mas existem várias formas de alergia ocular, como as queratoconjuntivites vernal e atópica, conjuntivite gigantopapilar e blefaroconjuntivite de contacto/tóxica.

Óculos escuros
“A alergia ocular previne-se com medidas de evicção, diminuindo a exposição aos alergénios, quando identificados pelo alergologista. Na época polínica, de março a julho, deve usar-se óculos escuros (100% filtração ultravioleta) e evitar andar ao ar livre nas primeiras horas da manhã, em dias ventosos ou quentes e secos, em espaços relvados ou cortar relva”, explica o médico, acrescentando ainda que em casa “é fundamental evitar a acumulação de pó e de ácaros domésticos que se alimentam das escamas que se libertam da pele humana e de certos bolores, cujo crescimento é facilitado pelo calor e pela humidade”.

Relativamente ao tratamento, Jorge Palmares explica como atuar: “O tratamento antialérgico com anti-histamínicos aplicados diretamente no órgão alvo diminui os potenciais efeitos sistémicos destes fármacos via oral. Os anti-histamínicos tópicos de ação rápida e dupla, com estabilização prolongada dos mastócitos conjuntivais humanos, como azelastina, cetotifeno, epinastina e olopatadina, são eficazes no alívio imediato dos sintomas e previnem a libertação de mediadores inflamatórios”.

“Os corticosteróides tópicos são também muito eficazes na alergia ocular ao suprimirem a inflamação. Todavia, a sua utilização deve ser cuidadosa, por períodos curtos e monitorizada por oftalmologistas, porque provocam atraso na cicatrização da córnea, aumento da tensão intra-ocular (glaucoma), formação de catarata e imunossupressão local, aumentando o risco de herpes da córnea e da conjuntiva”, conclui.

Estudo
Um estudo publicado na edição online do jornal especializado Lancet Neurology elogia os poderes do botox, muito usado em...

Fazer injeções de botox de forma contínua e repetida ajuda a combater a dor neuropática, reduzindo-a, escreve o Sapo. A garantia é dada pelo autores de uma nova investigação publicada na edição online do jornal especializado Lancet Neurology. “O estudo mostrou que duas séries de injeções eram seguras e eficientes no tratamento da dor neuropática periférica, especialmente num subgrupo de pacientes com alodínia [uma dor que aparece após um estimulo que geralmente não deveria causar dores]”, refere o site Medscape.

A descoberta está a entusiasmar especialistas. “Este estudo é importante porque esta dor é incapacitante e existem poucos tratamentos efetivos que não tenham grandes efeitos secundários”, refere Nadine Attal, professora de neurologia da Universidade de Versailles Saint-Quentin, em Paris, em França, que é também membro do Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale. “É preciso aumentar as opções terapêuticas para estes pacientes”, defende a especialista.

Centro de Conferência de Faturas
Ministério da Saúde diz que o Centro de Conferência de Faturas, operado por uma empresa privada, tem funcionado bem e promete...

O Centro de Conferência de Faturas do Serviço Nacional de Saúde pode custar ao Estado quase 20 milhões de euros nos próximos três anos. A exploração deste centro continuará a cargo de uma empresa privada e a verba máxima a pagar entre 2017 e 2019 foi agora publicada em Diário da República, escreve a TSF.

O centro existe desde 2009 e tem como objetivos reduzir a fraude e controlar vários tipos de despesas do SNS, fiscalizando prescrições de medicamentos, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, cuidados continuados, hemodiálise e cuidados respiratórios domiciliários.

Em seis anos, o centro já verificou mais de 500 milhões de documentos detetando irregularidades no valor de 160 milhões de euros, com investigações no montante de 600 milhões de euros.

O governo defende que o modelo de exploração deste centro, gerido pela Administração Central do Sistema da Saúde (ACSS) e operado pela empresa MEO, tem-se revelado uma "opção correta".

A resolução que autoriza a despesa para os próximos anos admite que "o desgaste e a desatualização" dos equipamentos informáticos obriga a um investimento extra de 1,7 milhões de euros em equipamentos.
Em 2017 o investimento máximo do Estado no Centro de Conferência de Faturas será de 7,6 milhões de euros, descendo em 2018 e 2019 para 5,9 milhões de euros.

A resolução publicada em Diário da República prevê a realização de um concurso público para escolher o privado que vai continuar a gerir o Centro de Conferência de Faturas que vai também mudar de nome passando chamar-se Centro de Controlo e Monitorização do Serviço Nacional de Saúde (CCM-SNS).

Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge
Um estudo que analisou ao longo de 20 anos os registos nacionais de anomalias congénitas em 19 países, entre os quais Portugal,...

O estudo, coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge, analisou os dados relativos a 12,5 milhões de nascimentos entre 1991 e 2011, tendo concluído que, durante este período, não se verificou uma diminuição na prevalência de defeitos do tubo neural, como a espinha bífida e a anencefalia.

“Apesar das recomendações que são feitas nos países europeus para que as mulheres tomem ácido fólico antes ou imediatamente após a conceção, este estudo não identificou um efeito preventivo dessas medidas”, refere o Instituto Nacional Dr. Ricardo Jorge (INSA), num artigo publicado no seu ‘site’.

Os autores do estudo defendem a fortificação dos alimentos com ácido fólico como uma medida a adotar, à semelhança de outros países como os Estados Unidos da América.

Os defeitos do tubo neural - grupo de anomalias congénitas constituído por anencefalia, espinha bífida e encefalocelo - têm uma frequência inferior a um caso por cada 2.000 nascimentos em Portugal.

Segundo o INSA, esta frequência pode ser reduzida através de medidas de prevenção primária, como seja a toma suplementar de ácido fólico antes da gravidez.

“A evidência científica tem demonstrado que o consumo de pelo menos 0,4 mg de ácido fólico, se iniciado antes da gravidez e durante o 1º trimestre, previne cerca de 70% dos defeitos do tubo neural”, salienta.

As anomalias congénitas tornaram-se nas últimas décadas uma das principais causas de mortalidade e morbilidade no período infantil constituindo por isso um importante problema de saúde pública.

As conclusões do estudo ‘Long term trends in prevalence of neural tube defects in Europe: population based study’ foram publicadas no British Medical Journal, uma das revistas biomédicas com maior fator de impacto a nível mundial.

UNICEF
Mais de 86,7 milhões de crianças menores de sete anos passaram toda a sua vida em zonas de conflito, o que constitui um risco...

Os números do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) mostram que, no mundo, uma em cada 11 crianças com idade até aos sete anos passou “o período mais importante de desenvolvimento do seu cérebro numa situação de conflito”.

Neste período, o cérebro de uma criança tem a possibilidade de ativar 1.000 células cerebrais por segundo e cada uma dessas células, os neurónios, tem a faculdade de se ligar mil vezes por segundo a outros 10.000 neurónios.

“As conexões do cérebro são elementos básicos para o futuro da criança, definindo como serão a sua saúde, o seu bem-estar e a sua capacidade de aprendizagem”, salienta a UNICEF em comunicado.

Ao viverem em zonas de conflito, as crianças são “frequentemente expostas a situações traumáticas extremas que as fazem correr o risco de viver numa situação de stress tóxico, um estado que inibe a conexão das células do cérebro e que tem consequências sobre o seu desenvolvimento cognitivo, social e físico para toda a vida”, adverte.

“Além das ameaças físicas imediatas com as quais as crianças são confrontadas em situações de crise, elas correm o risco de sequelas emocionais muito profundas”, explica a responsável do Departamento de Desenvolvimento Infantil, Pia Britto.

Pia Britto adianta que “os conflitos privam as crianças da sua segurança, da sua família e dos seus amigos, de brincar e de uma rotina”, elementos que dão aos menores as “melhores oportunidades para se desenvolverem plenamente e aprenderem de forma eficaz”.

“Esta é a razão pela qual devemos investir mais para proporcionar às crianças e aos seus cuidadores bens e serviços essenciais, como materiais de aprendizagem, apoio psicossocial, e espaços protegidos e amigos das crianças, que, em pleno conflito, podem contribuir para restabelecer o sentimento de ser criança”, defende a responsável.

Segundo a UNICEF, uma criança nasce com 253 milhões de neurónios ativos, mas para que o cérebro atinja a sua plena capacidade de funcionamento na idade adulta, com cerca de mil milhões de neurónios capazes de se conectarem, depende em grande medida do desenvolvimento na primeira infância.

Nesta fase – salienta - são muito importantes a amamentação, a estimulação precoce por parte dos cuidadores, a possibilidade de aprender desde muito cedo e a oportunidade de crescer e brincar num ambiente seguro e saudável.

No quadro da sua intervenção em situações de emergência e crises prolongadas, a UNICEF luta para criar um ambiente amigo das crianças, distribuindo ‘kits’ de emergência com materiais pedagógicos e recreativos.

Em 2015, estes ‘kits’ de emergência ajudaram mais de 800.000 crianças que se encontravam em situações de emergência.

Ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse, em Coimbra, que os centros académicos clínicos têm condições para se...

Há “condições para que os centros académicos clínicos se afirmem e se consolidem” como “um eixo estratégico que desenvolverá o ensino e a investigação em Portugal”, afirmou o ministro, que falava na Universidade de Coimbra (UC), durante a tomada de posse dos órgãos do Centro Académico Clínico de Coimbra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)/Universidade de Coimbra (UC).

Na sessão de tomada de posse da direção e do conselho estratégico do Centro Académico Clínico, que decorre na Sala do Senado da UC, também participou o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

Adalberto Campos Fernandes salientou “a importância da aposta no modelo colaborativo entre hospitais de ensino e universidades, agregando, juntando, densificando, acabando com a separação errada entre serviço social de saúde, delimitação de cuidados e universidade”.

Importa “retomar o espírito positivo dos ancestrais hospitais universitários, numa dimensão em que a medicina clínica se afirme também como medicina de base científica”, sustentou o governante.

Sobre o centro de Coimbra, o ministro da Saúde afirmou ter a “profunda convicção” que ele se “afirmará como um exemplo de agregação de vontades, capaz de mobilizar os melhores recursos, as capacidades e inteligência, para garantir a afirmação da qualidade e do pioneirismo de Coimbra na liderança dos processos de transformação e inovação da saúde” em Portugal.

“Acreditamos que a experiência que poderá ser construída [com este consórcio] em Coimbra uma referência nacional e também europeia”, afirmou, por seu lado, durante a mesma sessão, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O consórcio integra as faculdades de Medicina, de Farmácia e de Ciências e Tecnologia da UC e “poderá vir a integrar outras instituições públicas que, pela sua relevância, permitam desenvolver competências diferenciadas na dinamização da atividade assistencial, académica e de investigação”, recordou o presidente do CHUC, José Martins Nunes.

O CHUC não é “apenas economia e finanças: é essencialmente um templo de cuidados de saúde, de ensino de investigação”, sustentou o presidente deste centro hospitalar, que assegura “mais de 900 mil consultas”, cerca de “300 mil urgências” e “mais de 65 mil cirurgias” por ano.

Destacando também o papel da Universidade de Coimbra na “vida e na história de Portugal”, Martins Nunes defendeu que tanto ela como o CHUC “foram sempre – e querem continuar a ser – determinantes na vida do país, dando importantes contributos para o seu desenvolvimento e para a sua história, como agentes de mudança e garantia de progresso”.

Ministro da Saúde
Um conselho nacional dos centros académicos clínicos em Portugal vai ser criado em breve, disse, em Coimbra, o ministro da...

Sem querer “antecipar anúncios”, o governante adiantou que, com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, terá “o gosto, amanhã [quinta-feira], de anunciar publicamente a criação, em breve, do Conselho Nacional dos Centros Académicos Clínicos”.

O responsável pela pasta da saúde falava, na Universidade de Coimbra (UC), na sessão de tomada de posse dos órgãos (direção e conselho estratégico) do Centro Académico e Clínico de Coimbra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)-UC.

Na sessão, que decorreu na Sala do Senado, também participou o ministro Manuel Heitor, que destacou igualmente a importância da criação daquele conselho para coordenador os centros académicos clínicos.

Há sete centros académicos clínicos em Portugal e é admissível que venham a ser criados outros, um dos quais já em desenvolvimento na Beira Interior, disse Manuel Heitor, em declarações aos jornalistas, à margem da sessão.

“Pode parecer estranho [a presença] de dois ministros numa tomada de posse”, mas ela representa “o reconhecimento pelo trabalho passado” e também um estímulo ao “desafio que é para o futuro” este modelo de interação entre diferentes áreas, explicou, durante a sessão, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

A direção do centro Académico Clínico de Coimbra é integrada por José Martins Nunes, presidente do CHUC, e pelos professores universitários Duarte Nuno Vieira e Catarina Rezende de Oliveira.

O Conselho Estratégico é formado por José Mendes Ribeiro, economista da saúde, Amílcar Falcão Ferreira, vice-reitor da UC, José Pedro Figueiredo e António Reis Marques, médicos do CHUC, Caetano Almeida Sampaio, embaixador, Joaquim Neto Murta, da Faculdade de Medicina de Coimbra, Luís Figueiredo Neves e Francisco Baptista Veiga, diretores das faculdades de Medicina e de Farmácia de Coimbra, respetivamente, e Paulo Barradas, presidente da Bluepharma, indicados por diferentes entidades.

Sistema digestivo
Todas as pessoas são sensíveis ao enjoo do movimento, com graus diferentes de intensidade e sob a in
Mulher sentada na proa de barco

A estimulação do labirinto no canal auditivo produz o enjoo de movimento pelos ajustes posturais à receção pelo cérebro de impulsos do movimento, quando a cabeça se move sobre os 2 eixos simultaneamente, havendo uma interpretação errónea de um estímulo visual. A discrepância entre os estímulos externos gerados pelos sentidos, que observam o movimento e as expectativas internas geradas pelo corpo que não está em movimento.

A maioria das pessoas adapta-se aos conflitos gerados pelo movimento, sendo que a repetição da utilização de um meio de transporte pode reduzir e mesmo deixar de induzir o enjoo. A suscetibilidade ao enjoo do movimento é variável com a idade, sendo superior entre os 2-12 anos, porque a falta de adaptação é mais comum em crianças. Também há influência do género, sendo que as mulheres são mais suscetíveis ao enjoo do movimento do que os homens.

O enjoo do movimento é de prevenção mais fácil do que trata-lo, sendo que a sintomatologia própria do enjoo do movimento, envolve:

  • Palidez;
  • Falta de descanso;
  • Náuseas e vómitos.

Admite-se a existência de 2 tipos de enjoo do movimento, com características próprias:

Tipo 1: náuseas e os vómitos acompanhados de palidez, transpiração fria e hipersalivação.

Tipo 2 (mais comum em pessoas introvertidas, ansiosas e temerosas): sintomas mentais e psíquicos que incluem sonolência, cefaleias, desconforto geral, apatia, depressão e uma sensação global de miséria.

Suspeita de enjoo do movimento

Pode suspeitar-se da ocorrência de enjoo do movimento pela presença dos sintomas associados ao movimento.

Quando os sintomas se iniciam com o movimento e desaparecem pouco tempo após a saída do veículo ou o movimento cessar, embora alguns sintomas possam permanecer durante algumas horas, tais como desequilíbrio, dificuldade em manter-se de pé, etc.

Há fatores que predispõem para o enjoo do movimento, sendo de destacar:

  • Realizar atividades durante a viagem, particularmente com exigência de focar a visão;
  • Passividade (o fato de não ser o condutor);
  • Existência de cheiros desagradáveis e certos alimentos;
  • Ver outra pessoa a vomitar.
  • Nas viagens de barco, o fato de se encontrar abaixo é mais nauseante do que estar no deck (convés, em cima).

Medidas Preventivas Gerais

Há alguns cuidados gerais que podem reduzir a predisposição e a ocorrência do enjoo do movimento e dos vómitos. Pode recomendar-se conforme as circunstâncias, as seguintes medidas:

  • No caso de uma criança, sentá-la num banco elevado, para ver para for a pela janela da frente;
  • Sentar-se perto do centro do veículo com os olhos fechados;
  • Olhar para o exterior pela janela da frente, na direção para a qual o veículo se dirige;
  • Fixar a visão em pontos de referência estáveis tal como o horizonte;
  • Não ler, jogar ou realizar qualquer outra atividade que obrigue o olhar a movimentar-se;
  • Evitar movimentos de cabeça desnecessários;
  • Viajar de noite ou usar óculos escuros pode reduzir os estímulos visuais e o enjoo;
  • Dormir durante a viagem;
  • Imitar o condutor (dar um volante, no caso de uma criança);
  • Fazer refeições ligeiras e pobres em gorduras antes de iniciar a viagem;
  • Evitar odores desagradáveis ou fortes (perfumes, combustível, alimentos);
  • Promover ventilação adequada do veículo;
  • Parar de vez em quando, sair do veículo e andar a pé;
  • Pulseiras de acupressão são úteis para muitas pessoas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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