Vírus Zika
Os investigadores e os institutos renomados comprometeram-se a colocar gratuitamente as suas futuras descobertas sobre o vírus...

Numa declaração comum, as revistas Nature, Science e The Lancet, a Academia de Ciências Chinesa, o Instituto Pasteur de França, a Fundação Bill e Melinda Gates, assim como a Agência Japonesa de Investigação Médica estimaram que os dados sobre este vírus são “uma ferramenta viral na luta contra essa emergência de saúde”.

“Os signatários colocarão em livre acesso todos os conteúdos sobre o vírus Zika”, segundo essa declaração.

Na maioria dos casos, o vírus Zika provoca uma doença benigna e, por vezes, assintomática. Provoca alguns sintomas leves parecidos com a gripe (febre, dor de cabeça, dores no corpo).

No entanto, quando o vírus afeta mulheres grávidas, poderá provocar graves malformações congénitas dos fetos, em particular a microcefalia, doença que leva ao desenvolvimento anormalmente pequeno do tamanho da cabeça dos bebés, nefasto para o desenvolvimento intelectual e físico das crianças.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a explosão de casos de malformações congénitas constitui “uma urgência de saúde pública a nível mundial”.

Os investigadores assinaram a declaração conjunta enfatizando que compartilharão os dados preliminares dos seus estudos, assim como os seus dados finais "tão rapidamente e tão amplamente quanto possível".

Normalmente, a publicação de dados científicos ou os resultados de um estudo é realizada ao fim de um longo processo e os resultados não são compartilhados antes da sua publicação numa revista científica.

“No contexto de uma emergência de saúde, é imperativo disponibilizar qualquer informação que possa contribuir para a luta contra a crise", declararam os signatários, entre os quais estão incluídos ainda os Médicos Sem Fronteiras, a revista The New England Journal of Medicine, a revista científica PLOS, o Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul.

Os especialistas concordam que há mais incógnitas do que informações cientificamente comprovadas que envolvem o vírus Zika, que assola a América Latina, particularmente o Brasil, com cerca de 1,5 milhões de casos, e a Colômbia.

Os investigadores esforçam-se, em particular, em determinar a ligação entre o Zika e a microcefalia e procuram saber em que proporções o vírus afeta o feto.

No momento, não existe vacina ou tratamento contra o Zika.

Comissão Europeia revela
O número de telefone gratuito 112 para alertar a polícia, ativar ambulâncias ou os bombeiros, é conhecido apenas por metade dos...

No dia europeu do 112, Bruxelas informou que 51% dos portugueses sabe que o 112 é o número de emergência, um valor ligeiramente acima da média da União Europeia (48%).

O 112 é o único número de emergência a funcionar na Dinamarca, Estónia, Finlândia, Malta, Holanda, Portugal, Roménia e Suécia.

Entre os cidadãos mais informados estavam os polacos e os luxemburgueses, com médias de 83% e 80%, respetivamente.

Face a este cenário, a Comissão Europeia pretende desenvolver ações de divulgação, sobretudo junto dos mais novos, como os estudantes envolvidos no programa de intercâmbio, o Eramus+.

Dia Mundial do Doente
Hoje, que se assinala o Dia Mundial do Doente, falamos-lhe de direitos e deveres.

O direito à proteção da saúde está consagrado na Constituição da Republica Portuguesa, assentando num conjunto de valores fundamentais, tais como a dignidade humana ou a equidade.

Estes princípios orientadores, protegidos pela Lei de Bases da Saúde (lei 48/90 de 24 de Agosto) estão na origem da chamada Carta de Direitos e Deveres do Doente.

De acordo com os especialistas, conhecer e exercer estes direitos e deveres representa uma das formas mais importantes de defesa da Saúde.

Eles permitem uma melhoria progressiva dos cuidados e serviços, contribuindo para a humanização dos cuidados de saúde, colocando o cidadão como a figura central de todo o sistema de saúde.

Por outro lado, pretendem reafirmar os direitos humanos fundamentais na prestação de cuidados de saúde, sobretudo, protegendo a dignidade e integridade humanas.

Pretendem ainda desenvolver um bom relacionamento entre doentes e profissionais de saúde, procurando estimular a participação ativa do doente.

No entanto, embora consagrados na lei, os nossos direitos e deveres devem ser vistos também como uma obrigação contratual tácita entre o doente e o médico. Para José Fragata, cirurgião cardiotorácico e autor do livro «Segurança dos Doentes», “trata-se de uma aliança sagrada, baseada na confiança de parte a parte. É um contrato muito importante, não só para a cura como para a promoção da segurança”.

Desta forma, e tal como explica o cirurgião, “o peso da responsabilidade não está só do lado do médico mas também do lado do doente”.

Direitos do Doente:

- Ser tratado com dignidade
Tratando-se de um direito humano fundamental, ele adquire particular importância em situação de doença. Este princípio deve estar patente nos aspetos técnicos, atos de acolhimento, orientação e encaminhamento dos doentes.

De acordo com o documento, este direito abrange ainda “as condições das instalações e equipamento que têm de proporcionar o conforto e o bem-estar exigidos pela situação de vulnerabilidade em que o doente se encontra”.

- Respeito pelas convicções culturais, filosóficas e religiosas
As instituições e profissionais de saúde devem respeitar os valores religiosos, filosóficos e culturais do doente.

O apoio de familiares e amigos deve ser facilitado e incentivado com o objetivo de tornar menos penosa a situação do doente e deve ser proporcionado apoio espiritual, caso este o solicite.

- Receber cuidados apropriados ao seu estado de saúde
Os serviços de saúde devem estar acessíveis a todos os cidadãos e prestar os cuidados necessários à melhoria do seu estado de saúde. Quer no âmbito dos cuidados preventivos, curativos, de reabilitação e terminais.

Em circunstância alguma os doentes podem ser objeto de discriminação.

- Acesso a cuidados continuados
Todos os cidadãos, em situação de doença, devem poder usufruir dos diversos níveis de prestação de cuidados e, quando necessário ao seu restabelecimento, devem ser integrados num plano de cuidados continuados.

- Receber informação sobre os serviços de saúde existentes
O doente deve ter acesso a informação sobre a rede de serviços de saúde locais, regionais e nacionais, suas competências e níveis de cuidados, organização e funcionamento, bem como ter acesso aos elementos de diagnóstico e terapêutica importantes para a prossecução do tratamento.

- Ser informado sobre o estado de saúde
O doente deve ser informado sobre o diagnóstico, evolução da doença, tratamentos, riscos e alternativas terapêuticas. A informação deve ser clara, tendo em conta a personalidade, instrução e condições clínicas e psíquicas do doente.

- Obter uma segunda opinião
O doente tem direito a obter o parecer de outro médico, dando-lhe a possibilidade de decidir, através de informação complementar, sobre o tratamento a seguir.

- Dar ou recusar o consentimento
O consentimento do doente é imprescindível antes da realização de qualquer ato médico, após ter sido corretamente informado.

O doente pode decidir se aceita ou recusa um tratamento ou intervenção.

O consentimento pode ser presumido em situações de emergência e, em caso de incapacidade, deve este direito ser exercido pelo representante legal.

- Direito à confidencialidade
Todas as informações referentes ao estado de saúde do doente são confidenciais. Este direito implica a obrigatoriedade do segredo profissional.

- Acesso à informação clínica
Toda a informação clínica e elementos identificativos do doente estão contidos no seu processo clínico. O doente tem direito a tomar conhecimento dos dados registados no seu processo, excepto se a sua revelação foi considerada prejudicial para o doente ou se contiver informação sobre terceiros.

- Direito à privacidade
A prestação de cuidados de saúde assenta no respeito rigoroso do direito do doente à privacidade. Todo e qualquer ato médico só pode ser realizado na presença dos profissionais indispensáveis à sua execução.

A vida privada do doente não pode ser objeto de intromissão.

- Direito a apresentar sugestões e reclamações
O doente pode avaliar a qualidade dos cuidados prestados e apresentar sugestões ou reclamações e receber resposta ou informação a respeito das mesmas, em tempo útil.

Conheça agora os seus deveres:

  1. Zelar pelo seu estado de saúde. Deve procurar garantir o mais completo restabelecimento e participar na promoção da sua própria saúde e da comunidade em que vive;
  2. Fornecer todas as informações necessárias para obtenção de um diagnóstico correto e tratamento adequado;
  3. Respeitar os direitos dos outros doentes;
  4. Colaborar com os profissionais de saúde respeitando as indicações que lhe são recomendadas;
  5. Respeitar as regras de funcionamento dos serviços de saúde,
  6. Utilizar de forma apropriada os serviços de saúde e colaborar ativamente na redução de gastos desnecessários.
Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Segundo cientistas
Os pontos pretos nas bananas maduras ajudaram a fazer um teste de diagnóstico mais fácil e rápido do cancro na pele, aumentando...

Quando as bananas amadurecem, a casca fica coberta de pequenas manchas pretas redondas, causadas por um enzima conhecido como tirosinase e que também está presente na pele humana e em maior quantidade nas pessoas que sofrem de melanoma, uma forma letal de cancro na pele, escreve o Jornal de Notícias.

Uma equipa de cientistas usou esta semelhança para construir um scanner de cancro e, segundo os investigadores do Laboratório de Física e Analítica Eletroquímica da Suíça, a enzima é um marcador confiável para analisar o crescimento do melanoma.

O scanner tem oito microeléctrodos flexíveis, espaçados como dentes de um pente, que passam sobre a pele e medem a quantidade e distribuição de tirosinase.

"O sistema pode evitar a necessidade de testes invasivos como biópsias", disse o chefe da equipa de investigadores, Hubert Girault.

Hubert Girault acredita que no futuro o teste pode ser usado para destruir tumores, acabando com as biópsias e com as quimioterapias. "Os nossos testes de laboratório iniciais revelaram que o dispositivo poderá ser usado para destruir células", concluiu.

Operação "Underground Pharma"
Vinte pessoas foram constituídas arguidas na sequência de uma investigação da Polícia Judiciária que levou ao encerramento de...

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) anuncia ainda que a operação "Underground Pharma" resultou ainda na apreensão de 750.000 comprimidos e 50.000 ampolas daqueles produtos que estavam prontos a entrar no mercado, além de máquinas de produção de comprimidos, de etiquetagem e de embalagem.

A operação contou com 34 ações de busca só em Portugal, escreve o Sapo.

Foi apreendida matéria-prima para produção dos medicamentos, testosterona, óleos e excipientes, além de frascos de vidro e plástico, cartonagens, bulas, hologramas, fórmulas de fabricação, assim como medicamentos contrafeitos adquiridos no mercado negro.

No âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ Ministério Público - DIAP de Lisboa, finalizou e remeteu, com proposta de acusação por corrupção de substâncias medicinais e tráfico de substâncias proibidas, um inquérito cuja investigação se iniciou em 2012, lê-se no comunicado.

Ligações em Espanha
Segundo a PJ, tratam-se de redes com ligações em Espanha, pelo que a investigação foi desenvolvida em articulação e cooperação com as autoridades espanholas, através da Guardia Civil espanhola.

Na sequência da cooperação com as autoridades espanholas, foi desencadeada em Espanha a operação Escudo, no âmbito da qual foram efetuadas cinquenta e cinco detenções.

Além das autoridades espanholas, a investigação contou ainda com a colaboração da Autoridade Nacional do Medicamento (INFARMED) e da Autoridade Anti-Dopagem de Portugal (ADOP).

Ministério da Segurança Social
O Ministério da Segurança Social vai reforçar as verificações de baixa por doença. O objetivo é que todas as pessoas que...

Esta é uma das medidas com que o Governo conta para baixar a despesa na Segurança Social (as poupanças estão avaliadas em 60 milhões de euros) e que avançará com a entrada em vigor do Orçamento do Estado.

"A redução das convocatórias e algum aligeiramento que se foi verificando" é um dos motivos que levaram ao acréscimo de despesa registado nestes últimos anos. É que, apesar das regras em vigor já determinarem as chamadas a junta médica a quem ultrapasse os 30 dias, as convocatórias não eram feitas. Os valores pagos a quem está de baixa não vão ser alterados, mas admite-se uma revisão dos critérios de convocação.

Entre 2013 e 2015, segundo o Jornal de Notícias, os gastos com subsídios de doença aumentaram cerca de 65 milhões de euros.

Reformas antecipadas
Outra das áreas de atuação do Governo está nas reformas antecipadas, prevendo-se que, em meados de março, entre em vigor um novo regime, que limita as saídas da vida ativa a quem tem pelo menos 60 anos de idade e 40 de descontos.

Desde que o acesso às reformas antecipadas ficou totalmente descongelado, chegaram ao Centro Nacional de Pensões "alguns milhares de requerimentos". Mas um estudo realizado pelo ministério tutelado por Vieira da Silva, a uma amostra de 294 destes pedidos feitos por pessoas com 55 anos de idade e pelo menos 30 de carreira contributiva, revela que a pensão média que cada um irá receber não chega aos 176 euros.

Entre os pedidos de pessoas com 57 e 59 anos, aquele valor médio mensal é de 213 euros e de 398 euros, respetivamente. Estes cortes não são eliminados quando a pessoa atinge a idade legal da reforma.

Perante este cenário, o Governo decidiu atuar em duas frentes: criar um diploma que só vai permitir as saídas para a reforma a quem tenha mais de 60 anos (que entrará em vigor em meados de março) e estudar um modelo que valorize as carreiras mais longas.

Outra das áreas de combate à fraude e evasão contributivas em que o Governo quer apostar, e que permitirá um encaixe adicional de 50 milhões de euros, é a declaração mensal de remunerações (DMR). As alterações não vão chegar a todas as empresas ao mesmo tempo - serão realizadas de forma faseada nos próximos meses -, mas o modelo que está a ser desenhado vai obrigar as firmas a justificar as flutuações da base contributiva, seja pelo número de trabalhadores declarados, seja pelo valor das remunerações.

Sempre que o sistema detete uma divergência entre a informação de que dispõe e a DMR, esta deixa de ser automaticamente aceite, como agora sucede.

Pensões mínimas
Em relação às pensões mínimas - que absorvem cerca de 411 milhões de euros por mês -, Vieira da Silva assegurou não estar em cima da mesa a criação de uma condição de recursos para este tipo de reformas. Salientou, no entanto, que a opção tomada pelo Governo de aumentar este ano todas as pensões até aos 628 euros mensais, em vez de reforçar apenas as de mais baixo valor, teve a ver com a reposição (subida) dos valores mínimos de referência do Complemento Solidário para Idosos e com o facto de vários dados evidenciarem que "as pensões mínimas não serem aquelas que estão associadas a pessoas de menores rendimentos".

Polícia de Segurança Pública
O número 112, dedicado a comunicar emergências, recebe em média 25 mil chamadas por dia, mas 75% não correspondem a emergências...

Com 50 anos de vida, assinalados em outubro de 2015, o serviço 112, “assegurado pela Polícia de Segurança Pública (PSP), com elementos fardados” vai ocupar novas instalações em Lisboa, em março.

De acordo com a Polícia de Segurança Pública, que tem atribuições de coordenação, supervisão e controlo do serviço, “75% das chamadas não respeitam a emergências, o que não quer dizer que sejam chamadas a reportar ocorrências falsas”.

O encaminhamento das chamadas para o 112 é feito de acordo com o tipo de emergência reportado, recordou a PSP, explicando também que as forças de segurança, o INEM, ou outra entidade com competência para resolver a emergência “atuam conforme os seus procedimentos instituídos, sendo que se detetarem que se tratou de uma falsa emergência, atuam conforme os respetivos mecanismos legais”.

O Código Penal prevê que, “quem utilizar abusivamente sinal ou chamada de alarme ou de socorro, ou simuladamente fizer crer que é necessário auxílio alheio em virtude de desastre, perigo ou situação de necessidade coletiva, é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias”.

A PSP diz ainda dar “especial atenção à mensagem” que passa em relação a este tema, em ações de sensibilização, com principal destaque dado aos mais jovens e aos mais velhos, e à “forma como devem aceder a este serviço”.

Desde 2009 que, a 11 de fevereiro, se assinala o Dia Europeu do 112, o número europeu de emergência.

De acordo com informação disponível no portal na Internet do 112, “o Número Europeu de Emergência 112 foi criado em 1991 e, desde 2008, passou a ser o único número de emergência que pode ser usado de qualquer telefone fixo, móvel ou telefone público, para aceder aos serviços de emergência em qualquer país da União Europeia, gratuitamente”.

A Associação do Número Europeu de Emergência, sediada em Bruxelas, na Bélgica, dedica a data deste ano aos estudantes Erasmus, o programa da União Europeia para intercâmbios universitários.

Segundo números citados pela associação, apenas 27% dos cidadãos europeus estão familiarizados com o número de emergência 112 e recorreria ao serviço de forma espontânea em caso de necessidade.

Em 2015
O gabinete do doente da Ordem dos Médicos recebeu, no ano passado, 268 reclamações e, em 7% dos casos, foi apurada matéria...

Segundo dados da Secção Sul da Ordem dos Médicos, fornecidos na véspera do Dia Mundial do Doente, que se assinala na quinta-feira, das 268 reclamações, 164 foram arquivadas, em muitos casos por desistência do próprio doente.

Todas as queixas recebidas no gabinete do doente da Ordem são analisadas pelo coordenador, que pede depois informações relativas aos episódios relatados nas queixas. Obtida a informação, decide-se então o seguimento do processo.

Se existir matéria para queixa, tanto pode remeter-se o processo para o conselho disciplinar como arquivá-lo, sempre depois de análise pelo colégio da especialidade e do departamento jurídico.

Das reclamações apresentadas em 2015, há ainda 85 processos em curso a aguardar esclarecimentos, e 20 que transitaram já para conselho disciplinar, o que significa que o gabinete considera que existe matéria suscetível de dar origem à instauração de processos disciplinares.

Ainda em 2015, o gabinete do doente arquivou 110 processos relativos ao ano de 2014 e levou 13 reclamações desse ano a conselho disciplinar.

Em 2014, o gabinete do doente tinha registado 305 reclamações.

A Secção Regional Sul da Ordem dos Médicos lembra que o gabinete não emite julgamentos nem sentenças, tendo como principal objetivo o apuramento dos factos e da verdade.

O contacto para o gabinete do doente é feito sobretudo por escrito, estando disponível no site da Ordem um formulário específico para apresentação de reclamações.

Encontro feminino
De 18 a 20 de Março vai acontecer mais uma edição do Retiro Caminho da Mulher, com Deva Shamim, no Monte Mariposa, no Algarve.

Um retiro exclusivo para Mulheres, que com 9 anos de existência e surpreendente inovação, tem acontecido em Portugal e no Estrangeiro, tocando e mudando a vida de centenas de Mulheres.

Um fim-de-semana de encontro feminino num espaço de crescimento pessoal, harmonia e celebração. Um espaço seguro onde cada participante tem a oportunidade de “ver a sua vida de fora”, refletindo com clareza sobre o Caminho de Vida percorrido até aqui e conscientemente definir quais os próximos passos na direção da sua realização e paz pessoal.

Meditação, Dança Livre, Círculos de Partilha temáticos femininos, Práticas Xamânicas Ancestrais, Bioenergética e Libertação Emocional, Conexão com a Natureza e Criatividade são alguns dos ingredientes deste mágico Retiro.

O Retiro Caminho da Mulher é guiado com habilidade e sabedoria por Deva Shamim, que abraçou este Caminho há 14 anos. Formada em Ciências da Comunicação, aos 28 anos escolheu dar um rumo diferente à sua vida entrando no mundo da Meditação, Dança, Terapia e Xamanismo. Viajou por diferentes países, da Índia à América do Sul, fazendo trainings, workshops e formações sempre na sua busca pessoal de aprender mais sobre si mesma e resgatar conhecimentos e práticas contemporâneas e ancestrais que ligam o Ser Humano à sua verdadeira Essência e Poder Pessoal.

O Retiro Caminho da Mulher surge de uma necessidade coletiva das Mulheres recordarem o seu poder e habilidades inatas e as usarem de forma equilibrada e harmoniosa pela evolução da humanidade.

GNR promove
A Guarda Nacional Republicana promove na quinta-feira várias ações de sensibilização junto da comunidade escolar sobre a...

O número europeu de emergência 112 foi criado em 1991 e desde 2008 passou a ser o único número de emergência que pode ser usado de qualquer telefone fixo, móvel ou telefone público para aceder gratuitamente aos serviços de emergência (Forças de Segurança, Bombeiros, INEM), em qualquer dos 28 Estados-Membros da União Europeia (UE).

Este ano, a European Emergency Number Association (EENA - Associação do Número Europeu de Emergência) dedica o “Dia Europeu do 112” à sensibilização dos estudantes Erasmus, uma vez que, de forma alarmante, apenas 27% dos cidadãos europeus estão familiarizados com o 112.

A iniciativa mobiliza 348 militares das secções dos programas especiais irão desenvolver 239 ações em todo o território nacional, com o intuito de alertar os cidadãos, com maior incidência na comunidade escolar, para a importância da correta utilização do 112.

A ação visa, sobretudo, dar especial importância ao elevado impacto negativo que as chamadas falsas produzem na prestação dos serviços de emergência e socorro aos cidadãos.

Stopped Early
Opdivo Study Demonstrates Superior Overall Survival Compared to Therapy of Investigator’s Choice in Patients with Recurrent or...

Bristol-Myers Squibb Company (NYSE:BMY) today announced that a randomized Phase 3 study evaluating Opdivo (nivolumab) versus investigator’s choice in patients with recurrent or metastatic platinum-refractory squamous cell carcinoma of the head and neck (SCCHN) was stopped early because an assessment conducted by the independent Data Monitoring Committee (DMC) concluded that the study met its primary endpoint, demonstrating superior overall survival (OS) in patients receiving Opdivo compared to the control arm. The company looks forward to sharing these data with health authorities soon.    “With the results of CheckMate -141, Opdivo moves closer to providing a potential treatment option for patients with head and neck cancer, a cancer with a high unmet need and limited treatment options,” said Michael Giordano, M.D., senior vice president, head of Oncology Development, Bristol-Myers Squibb. “We look forward to continuing to advance the Opdivo clinical development program in hard-to-treat cancers, such as head and neck cancer.” CheckMate -141 investigators have been informed of the decision to stop the trial early and Bristol-Myers Squibb is working to ensure that eligible patients be provided the opportunity to continue or start treatment with Opdivo as part of the company’s commitment to providing patient access to Opdivo, and characterizing long-term survival. The company will complete a full evaluation of the final CheckMate -141 data, and work with investigators on the future presentation and publication of the results.  

About CheckMate -141  CheckMate -141 is a Phase 3, open-label, randomized study of Opdivo versus investigator’s choice of therapy in previously treated patients with SCCHN who have tumor progression on or within 6 months of platinum therapy in the primary, recurrent, or metastatic setting. The trial randomized 361 patients 2:1 to receive either Opdivo 3 mg/kg intravenously every two weeks or investigator’s choice (cetuximab/methotrexate/docetaxel) until documented disease progression or 

unacceptable toxicity. The primary endpoint is OS. Secondary endpoints include objective response rate and progression free survival.  

About Head & Neck Cancer  Head and neck cancer is the seventh most common cancer globally, with an estimated 400,000 to 600,000 new cases per year and 223,000 to 300,000 deaths per year. The five year survival rate is reported as less than four percent for metastatic Stage IV disease. SCCHN accounts for approximately 90 percent of all head and neck cancers with global incidence expected to increase by 17 percent between 2012 and 2022. Risk factors for SCCHN include tobacco and alcohol consumption and the increasing role of Human Papilloma Virus (HPV) infection leading to rapid increase in oropharyngeal SCCHN in Europe and North America. Quality of life is often impacted for SCCHN patients as physiological function (breathing, swallowing, eating, drinking), personal characteristics (appearance, speaking, voice), sensory function (taste, smell, hearing), and psychological/social function can be affected.   

Bristol-Myers Squibb & Immuno-Oncology: Advancing Oncology Research At Bristol-Myers Squibb, we have a vision for the future of cancer care that is focused on Immuno-Oncology, now considered a major treatment choice alongside surgery, radiation, chemotherapy and targeted therapies for certain types of cancer.  We have a comprehensive clinical portfolio of investigational and approved ImmunoOncology agents, many of which were discovered and developed by our scientists. Our ongoing Immuno-Oncology clinical program is looking at broad patient populations, across multiple solid tumors and hematologic malignancies, and lines of therapy and histologies, with the intent of powering our trials for overall survival and other important measures like durability of response. We pioneered the research leading to the first regulatory approval for the combination of two Immuno-Oncology agents, and continue to study the role of combinations in cancer. We are also investigating other immune system pathways in the treatment of cancer including CTLA-4, CD-137, KIR, SLAMF7, PD-1, GITR, CSF1R, IDO, and LAG-3. These pathways may lead to potential new treatment options – in combination or monotherapy – to help patients fight different types of cancers.  Our collaboration with academia, as well as small and large biotech companies is responsible for researching the potential Immuno-Oncology and non-Immuno-Oncology combinations, with the goal of providing new treatment options in clinical practice.

At Bristol-Myers Squibb, we are committed to changing survival expectations in hard-totreat cancers and the way patients live with cancer.  

About Opdivo  Cancer cells may exploit “regulatory” pathways, such as checkpoint pathways, to hide from the immune system and shield the tumor from immune attack. Opdivo is a PD-1 immune checkpoint inhibitor that binds to the checkpoint receptor PD-1 expressed on activated T-cells, and blocks the binding of PD-L1 and PD-L2, preventing the PD-1 pathway’s suppressive signaling on the immune system, including the interference with an anti-tumor immune response. Opdivo’s broad global development program is based on Bristol-Myers Squibb’s understanding of the biology behind Immuno-Oncology. Our company is at the forefront of researching the potential of Immuno-Oncology to extend survival in hard-to-treat cancers. This scientific expertise serves as the basis for the Opdivo development program, which includes a broad range of Phase 3 clinical trials evaluating overall survival as the primary endpoint across a variety of tumor types. The Opdivo trials have also contributed toward the clinical and scientific understanding of the role of biomarkers and how patients may benefit from Opdivo across the continuum of PD-L1 expression. To date, the Opdivo clinical development program has enrolled more than 18,000 patients. Opdivo was the first PD-1 immune checkpoint inhibitor to receive regulatory approval anywhere in the world in July 2014, and currently has regulatory approval in 46 countries including the United States, Japan, and in the European Union.   

INDICATIONS OPDIVO® (nivolumab) as a single agent is indicated for the treatment of patients with BRAF V600 wild-type unresectable or metastatic melanoma. 

OPDIVO® (nivolumab) as a single agent is indicated for the treatment of patients with BRAF V600 mutation-positive unresectable or metastatic melanoma. This indication is approved under accelerated approval based on progression-free survival. Continued approval for this indication may be contingent upon verification and description of clinical benefit in confirmatory trials. 

OPDIVO® (nivolumab) is indicated for the treatment of patients with metastatic non-small cell lung cancer (NSCLC) with progression on or after platinum-based chemotherapy. Patients with EGFR or

ALK genomic tumor aberrations should have disease progression on FDA-approved therapy for these aberrations prior to receiving OPDIVO.

OPDIVO® (nivolumab) is indicated for the treatment of patients with advanced renal cell carcinoma (RCC) who have received prior anti-angiogenic therapy. 

IMPORTANT SAFETY INFORMATION
Immune-Mediated Pneumonitis  Immune-mediated pneumonitis, including fatal cases, occurred with OPDIVO treatment. Across the clinical trial experience with solid tumors, fatal immune-mediated pneumonitis occurred with OPDIVO. Monitor patients for signs with radiographic imaging and symptoms of pneumonitis. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater pneumonitis. Permanently discontinue for Grade 3 or 4 and withhold until resolution for Grade 2. In Checkmate 037, 066, and 067, immune-mediated pneumonitis occurred in 1.8% (14/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2) and Grade 2 (n=12). In Checkmate 057, immune-mediated pneumonitis, including interstitial lung disease, occurred in 3.4% (10/287) of patients: Grade 3 (n=5), Grade 2 (n=2), and Grade 1 (n=3). In Checkmate 025, pneumonitis, including interstitial lung disease, occurred in 5% (21/406) of patients receiving OPDIVO and 18% (73/397) of patients receiving everolimus. Immune-mediated pneumonitis occurred in 4.4% (18/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 4 (n=1), Grade 3 (n=4), Grade 2 (n=12), and Grade 1 (n=1). 

Immune-Mediated Colitis Immune-mediated colitis can occur with OPDIVO treatment. Monitor patients for signs and symptoms of colitis. Administer corticosteroids for Grade 2 (of more than 5 days duration), 3, or 4 colitis. As a single agent, withhold OPDIVO for Grade 2 or 3 and permanently discontinue for Grade 4 or recurrent colitis upon restarting OPDIVO. In Checkmate 037, 066, and 067, diarrhea or colitis occurred in 31% (242/787) of patients receiving OPDIVO. Immune-mediated colitis occurred in 4.1% (32/787) of patients: Grade 3 (n=20), Grade 2 (n=10), and Grade 1 (n=2). In Checkmate 057, diarrhea or colitis occurred in 17% (50/287) of patients receiving OPDIVO. Immune-mediated colitis occurred in 2.4% (7/287) of patients: Grade 3 (n=3), Grade 2 (n=2), and Grade 1 (n=2). In Checkmate 025, diarrhea or colitis occurred in 25% (100/406) of patients receiving OPDIVO and 32% (126/397) of patients receiving everolimus. Immune-mediated diarrhea

or colitis occurred in 3.2% (13/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=5), Grade 2 (n=7), and Grade 1 (n=1).  

Immune-Mediated Hepatitis Immune-mediated hepatitis can occur with OPDIVO treatment. Monitor patients for abnormal liver tests prior to and periodically during treatment. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater transaminase elevations. Withhold for Grade 2 and permanently discontinue for Grade 3 or 4 immune-mediated hepatitis. In Checkmate 037, 066, and 067, immune-mediated hepatitis occurred in 2.3% (18/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 4 (n=3), Grade 3 (n=11), and Grade 2 (n=4). In Checkmate 057, one patient (0.3%) developed immune-mediated hepatitis. In Checkmate 025, there was an increased incidence of liver test abnormalities compared to baseline in AST (33% vs 39%), alkaline phosphatase (32% vs 32%), ALT (22% vs 31%), and total bilirubin (9% vs 3.5%) in the OPDIVO and everolimus arms, respectively. Immune-mediated hepatitis requiring systemic immunosuppression occurred in 1.5% (6/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=5) and Grade 2 (n=1). 

Immune-Mediated Endocrinopathies Hypophysitis, adrenal insufficiency, thyroid disorders, and type 1 diabetes mellitus can occur with OPDIVO treatment. Monitor patients for signs and symptoms of hypophysitis, signs and symptoms of adrenal insufficiency during and after treatment, thyroid function prior to and periodically during treatment, and hyperglycemia. Administer corticosteroids for Grade 2 or greater hypophysitis. Withhold for Grade 2 or 3 and permanently discontinue for Grade 4 hypophysitis. Administer corticosteroids for Grade 3 or 4 adrenal insufficiency. Withhold for Grade 2 and permanently discontinue for Grade 3 or 4 adrenal insufficiency. Administer hormone-replacement therapy for hypothyroidism. Initiate medical management for control of hyperthyroidism. Administer insulin for type 1 diabetes. Withhold OPDIVO for Grade 3 and permanently discontinue for Grade 4 hyperglycemia. 

In Checkmate 037, 066, and 067, hypophysitis occurred in 0.9% (7/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2), Grade 2 (n=3), and Grade 1 (n=2). In Checkmate 025, hypophysitis occurred in 0.5% (2/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=1) and Grade 1 (n=1). In Checkmate 037, 066, and 067, adrenal insufficiency occurred in 1% (8/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2), Grade 2 (n=5), and Grade 1 (n=1). In Checkmate 057, 0.3% (1/287) of

OPDIVO-treated patients developed adrenal insufficiency. In Checkmate 025, adrenal insufficiency occurred in 2.0% (8/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=3), Grade 2 (n=4), and Grade 1 (n=1). In Checkmate 037, 066, and 067, hypothyroidism or thyroiditis occurred in 9% (73/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=1), Grade 2 (n=37), Grade 1 (n=35). Hyperthyroidism occurred in 4.4% (35/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=1), Grade 2 (n=12), and Grade 1 (n=22). In Checkmate 057, Grade 1 or 2 hypothyroidism, including thyroiditis, occurred in 7% (20/287) and elevated thyroid stimulating hormone occurred in 17% of patients receiving OPDIVO. Grade 1 or 2 hyperthyroidism occurred in 1.4% (4/287) of patients. In Checkmate 025, thyroid disease occurred in 11% (43/406) of patients receiving OPDIVO, including one Grade 3 event, and in 3.0% (12/397) of patients receiving everolimus. Hypothyroidism/thyroiditis occurred in 8% (33/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2), Grade 2 (n=17), and Grade 1 (n=14). Hyperthyroidism occurred in 2.5% (10/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 2 (n=5) and Grade 1 (n=5). In Checkmate 037, 066, and 067, diabetes mellitus or diabetic ketoacidosis occurred in 0.8% (6/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2), Grade 2 (n=3), and Grade 1 (n=1). In Checkmate 025, hyperglycemic adverse events occurred in 9% (37/406) patients. Diabetes mellitus or diabetic ketoacidosis occurred in 1.5% (6/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=3), Grade 2 (n=2), and Grade 1 (n=1).  

Immune-Mediated Nephritis and Renal Dysfunction Immune-mediated nephritis can occur with OPDIVO treatment. Monitor patients for elevated serum creatinine prior to and periodically during treatment. For Grade 2 or 3 increased serum creatinine, withhold and administer corticosteroids; if worsening or no improvement occurs, permanently discontinue. Administer corticosteroids for Grade 4 serum creatinine elevation and permanently discontinue. In Checkmate 037, 066, and 067, nephritis and renal dysfunction of any grade occurred in 5% (40/787) of patients receiving OPDIVO. Immune-mediated nephritis and renal dysfunction occurred in 0.8% (6/787) of patients: Grade 3 (n=4) and Grade 2 (n=2). In Checkmate 057, Grade 2 immune-mediated renal dysfunction occurred in 0.3% (1/287) of patients receiving OPDIVO. In Checkmate 025, renal injury occurred in 7% (27/406) of patients receiving OPDIVO and 3.0% (12/397) of patients receiving everolimus. Immune-mediated nephritis and renal dysfunction occurred in 3.2% (13/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 5 (n=1), Grade 4 (n=1), Grade 3 (n=5), and Grade 2 (n=6).  

Immune-Mediated Rash

Immune-mediated rash can occur with OPDIVO treatment. Severe rash (including rare cases of fatal toxic epidermal necrolysis) occurred in the clinical program of OPDIVO. Monitor patients for rash. Administer corticosteroids for Grade 3 or 4 rash. Withhold for Grade 3 and permanently discontinue for Grade 4.  In Checkmate 037, 066, and 067, immune-mediated rash occurred in 9% (72/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=7), Grade 2 (n=15), and Grade 1 (n=50). In Checkmate 057, immune-mediated rash occurred in 6% (17/287) of patients receiving OPDIVO including four Grade 3 cases. In Checkmate 025, rash occurred in 28% (112/406) of patients receiving OPDIVO and 36% (143/397) of patients receiving everolimus. Immune-mediated rash, defined as a rash treated with systemic or topical corticosteroids, occurred in 7% (30/406) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=4), Grade 2 (n=7), and Grade 1 (n=19).   Immune-Mediated Encephalitis Immune-mediated encephalitis can occur with OPDIVO treatment. Withhold OPDIVO in patients with new-onset moderate to severe neurologic signs or symptoms and evaluate to rule out other causes. If other etiologies are ruled out, administer corticosteroids and permanently discontinue OPDIVO for immune-mediated encephalitis. In Checkmate 057, fatal limbic encephalitis occurred in one patient (0.3%) receiving OPDIVO. 

Other Immune-Mediated Adverse Reactions Based on the severity of adverse reaction, permanently discontinue or withhold treatment, administer high-dose corticosteroids, and, if appropriate, initiate hormone-replacement therapy. In < 1.0% of patients receiving OPDIVO, the following clinically significant, immune-mediated adverse reactions occurred: uveitis, pancreatitis, facial and abducens nerve paresis, demyelination, polymyalgia rheumatica, autoimmune neuropathy, Guillain-Barré syndrome, hypopituitarism, systemic inflammatory response syndrome, gastritis, duodenitis, and sarcoidosis. Across clinical trials of OPDIVO as a single agent administered at doses of 3 mg/kg and 10 mg/kg, additional clinically significant, immune-mediated adverse reactions were identified: motor dysfunction, vasculitis, and myasthenic syndrome. 

Infusion Reactions Severe infusion reactions have been reported in <1.0% of patients in clinical trials of OPDIVO. Discontinue OPDIVO in patients with Grade 3 or 4 infusion reactions. Interrupt or slow the rate of infusion in patients with Grade 1 or 2. In Checkmate 037, 066, and 067, Grade 2 infusion related

reactions occurred in 2.7% (21/787) of patients receiving OPDIVO: Grade 3 (n=2), Grade 2 (n=8), and Grade 1 (n=11). In Checkmate 057, Grade 2 infusion reactions requiring corticosteroids occurred in 1.0% (3/287) of patients receiving OPDIVO. In Checkmate 025, hypersensitivity/infusion-related reactions occurred in 6% (25/406) of patients receiving OPDIVO and 1.0% (4/397) of patients receiving everolimus. 

Embryo-fetal Toxicity Based on its mechanism of action, OPDIVO can cause fetal harm when administered to a pregnant woman. Advise pregnant women of the potential risk to a fetus. Advise females of reproductive potential to use effective contraception during treatment with an OPDIVO- containing regimen and for at least 5 months after the last dose of OPDIVO.  

Lactation  It is not known whether OPDIVO is present in human milk. Because many drugs, including antibodies, are excreted in human milk and because of the potential for serious adverse reactions in nursing infants from an OPDIVO-containing regimen, advise women to discontinue breastfeeding during treatment.  

Serious Adverse Reactions In Checkmate 067, serious adverse reactions (37%), adverse reactions leading to permanent discontinuation (14%) or to dosing delays (28%), and Grade 3 or 4 adverse reactions (72%) occurred in the OPDIVO arm. The most frequent (≥10%) serious adverse reactions in the OPDIVO arm were diarrhea (2.6%), colitis (1.6%), and pyrexia (0.6%). In Checkmate 037, serious adverse reactions occurred in 41% of patients receiving OPDIVO. Grade 3 and 4 adverse reactions occurred in 42% of patients receiving OPDIVO. The most frequent Grade 3 and 4 adverse drug reactions reported in 2% to <5% of patients receiving OPDIVO were abdominal pain, hyponatremia, increased aspartate aminotransferase, and increased lipase. In Checkmate 066, serious adverse reactions occurred in 36% of patients receiving OPDIVO. Grade 3 and 4 adverse reactions occurred in 41% of patients receiving OPDIVO. The most frequent Grade 3 and 4 adverse reactions reported in ≥2% of patients receiving OPDIVO were gamma-glutamyltransferase increase (3.9%) and diarrhea (3.4%). In Checkmate 057, serious adverse reactions occurred in 47% of patients receiving OPDIVO. The most frequent serious adverse reactions reported in ≥2% of patients were pneumonia, pulmonary embolism, dyspnea, pleural effusion, and respiratory failure. In Checkmate 025, serious

adverse reactions occurred in 47% of patients receiving OPDIVO. The most frequent serious adverse reactions reported in ≥2% of patients were acute kidney injury, pleural effusion, pneumonia, diarrhea, and hypercalcemia.  

Common Adverse Reactions In Checkmate 067, the most common (≥20%) adverse reactions in the OPDIVO arm were fatigue (53%), rash (40%), diarrhea (31%), and nausea (28%). In Checkmate 037, the most common adverse reaction (≥20%) reported with OPDIVO was rash (21%). In Checkmate 066, the most common adverse reactions (≥20%) reported with OPDIVO vs dacarbazine were fatigue (49% vs 39%), musculoskeletal pain (32% vs 25%), rash (28% vs 12%), and pruritus (23% vs 12%). In Checkmate 057, the most common adverse reactions (≥20%) reported with OPDIVO were fatigue (49%), musculoskeletal pain (36%), cough (30%), decreased appetite (29%), and constipation (23%). In Checkmate 025, the most common adverse reactions (≥20%) reported in patients receiving OPDIVO vs everolimus were asthenic conditions (56% vs 57%), cough (34% vs 38%), nausea (28% vs 29%), rash (28% vs 36%), dyspnea (27% vs 31%), diarrhea (25% vs 32%), constipation (23% vs 18%), decreased appetite (23% vs 30%), back pain (21% vs 16%), and arthralgia (20% vs 14%).    

About the Bristol-Myers Squibb and Ono Pharmaceutical Collaboration In 2011, through a collaboration agreement with Ono Pharmaceutical Co., Bristol-Myers Squibb expanded its territorial rights to develop and commercialize Opdivo globally except in Japan, South Korea and Taiwan, where Ono had retained all rights to the compound at the time. On July 23, 2014, Bristol-Myers Squibb and Ono Pharmaceutical further expanded the companies’ strategic collaboration agreement to jointly develop and commercialize multiple immunotherapies – as single agents and combination regimens – for patients with cancer in Japan, South Korea and Taiwan. 

Bristol-Myers Squibb Bristol-Myers Squibb is a global biopharmaceutical company whose mission is to discover, develop and deliver innovative medicines that help patients prevail over serious diseases. For more information about Bristol-Myers Squibb, visit www.bms.com, or follow us on our social channels: • Twitter: https://twitter.com/bmsnews  • LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/bristol-myers-squibb   • YouTube: https://www.youtube.com/bristolmyerssquibb

Associação de Bioética
O presidente da Associação de Bioética defende que a legalização da eutanásia tem de ser submetida a referendo por ser uma...

“Não é este o momento para legislar a correr nesta matéria”, afirmou Rui Nunes.

Mesmo considerando positivo o manifesto de um conjunto de personalidades em defesa da despenalização da morte assistida, o perito diz que “o povo português não está devidamente esclarecido”.

“Muitas vezes nem os próprios profissionais de saúde estão adequadamente preparados nesta matéria. É o tempo de se iniciar um profundo debate sobre este tema para que as pessoas possam mais tarde pronunciar-se”, argumentou Rui Nunes, indicando que o manifesto assinado por uma centena de personalidades é um ponto de partida, um contributo para o debate.

O especialista lembrou que a questão da eutanásia engloba aspetos “muito diversos” que têm de ser discutidos, indicando que ele próprio concorda com algumas matérias e discorda de outras.

“Discordo da eutanásia em crianças ou em pessoas com doenças terminais que não têm capacidade de manifestar a sua vontade”, exemplificou.

“Só é admissível a prática da eutanásia quando a pessoa está a exercer a sua liberdade ética muito profunda, não quando está com um sofrimento, com dores profundas, ou quando está excluída socialmente”, acrescento.

Nos países que legalizaram a eutanásia, recordou Rui Nunes, foi implementada atempadamente uma rede adequada de cuidados paliativos.

Esta rede de cuidados paliativos permitiria que, a ser legalizada, a morte assistida fosse solicitada apenas por pessoas que não estejam constrangidas por fatores como o abandono, as dores profundas, a depressão ou a solidão.

Concordando que a dignidade humana não se referenda, o presidente da Associação Portuguesa de Bioética frisa, no entanto, que essa não é a questão em debate, mas antes a possibilidade de vir a dispor da própria vida no futuro.

“A Constituição Portuguesa diz claramente que a vida humana é inviolável. A concretização dessa mesma dignidade humana não pode ser determinada por meia dúzia de notáveis da nossa sociedade”, justifica.

Insistindo na necessidade de referendo, Rui Nunes considera que pôr a sociedade a pronunciar-se teria dois méritos: realizar um debate para esclarecer a população e legitimar a legislação que se venha a adotar, tornando-a mais consistente e menos permeável a alterações da composição do parlamento.

“O tema da eutanásia é sério demais para ser instrumentalizado politicamente”, referiu, manifestando incompreensão por qualquer precipitação legislativa e assumindo que aceita discutir a eutanásia quando é “um ato de verdadeira liberdade pessoal”.

Em 2015 foram doados mais de 42 mil euros em medicamentos
O Banco Farmacêutico realiza no último sábado de fevereiro, dia 27, a VIII Jornada de Recolha de Medicamentos, entre as 09h e...

A Jornada de Recolha de Medicamentos do Banco Farmacêutico quer sensibilizar os portugueses para a doação de medicamentos e produtos de saúde não sujeitos a receita médica, numa dinâmica semelhante à do Banco Alimentar Contra a Fome.

A recolha é feita nas farmácias aderentes, onde o farmacêutico está informado sobre as necessidades mais prementes das instituições que serão ajudadas. Só podem ser doados medicamentos novos, seguros e de qualidade e que ainda não tenham estado fora do circuito do medicamento (não são aceites medicamentos vindos de casa) e que correspondam à lista de necessidades de cada uma das instituições de solidariedade social contempladas pela recolha.

As doações serão recolhidas nas farmácias aderentes por 500 voluntários e distribuídas posteriormente pelas instituições particulares de solidariedade social (IPSS) abrangidas pelo projeto.

Na edição anterior foram recolhidos mais de 10.500 medicamentos e produtos de saúde, num valor superior a 42 mil euros. As doações foram distribuídas a 77 instituições das zonas centro e sul do país e chegaram a cerca de 80 mil pessoas. À edição de 2015 aderiram 132 farmácias.

Luís Mendonça, presidente do Banco Farmacêutico nota que “a solidariedade dos portugueses tem crescido nos últimos anos, apesar do contexto de crise económica. É com muita satisfação que constatamos que cada nova edição conta com mais farmácias, mais doações e chega a cada vez mais pessoas, o que nos permite alcançar o nosso principal objetivo”.

A VIII Jornada de Recolha de Medicamentos conta com o apoio de cada uma das farmácias aderentes, da Ordem dos Farmacêuticos, da Associação Nacional de Farmácias (ANF) e da Logista Pharma.

Para saber mais sobre o projeto e quais as farmácias e instituições abrangidas pela recolha de 2016 visite o site www.bancofarmaceutico.pt.

Inspeção-Geral das Atividades em Saúde
Doentes queixam-se à Ordem de esperar anos por cirurgia. Há quem discorde das técnicas utilizadas. Unidade de Coimbra garante...

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) está a fazer uma auditoria à única unidade pública que realiza cirurgias de mudança de sexo. Isto depois de algumas queixas terem sido apresentadas à Ordem dos Médicos (OM) por pessoas com disforia de género — mais conhecida como transexualidade.

As queixas — “seis, sendo que numa delas a pessoa diz que fala por mais” — são de doentes da Unidade Reconstrutiva Genito-Urinária e Sexual (URGUS), do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), segundo o bastonário da OM, José Manuel Silva. Denunciam a alegada falta de resposta do serviço, mas não só. “Estando a decorrer uma auditoria, e não podendo eu confirmar ou infirmar as queixas que recebemos, não me devo pronunciar sobre elas. Mas não foi só uma questão de acessibilidade ao serviço”, disse ao PÚBLICO José Manuel Silva.

“Há alguns meses”, o bastonário encaminhou essas denúncias para a IGAS e sugeriu que fosse feita uma auditoria, “já que infelizmente a Ordem não tem competência para fazer auditorias clínicas”. O Ministério da Saúde confirmou ao jornal Público que estando ainda a ser recolhidas informações, não há data para conclusão do processo.

A URGUS “não está a funcionar”, é o diagnóstico de Pedro Freitas, médico, sexólogo. Entre os mais de 100 doentes transexuais que acompanha “há muito tempo”, nenhum fez uma cirurgia genital naquele serviço de Coimbra, “ou porque não conseguem inscrição ou porque não querem ser lá tratados”, porque não têm confiança no serviço.

Muitos acabam por desistir do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e optar pelo privado, continua Pedro Freitas, que é também coordenador da comissão instaladora da competência de sexologia clínica na OM. “As coisas estão muito complicadas para estas pessoas. Já não lhes basta todo o sofrimento que acarreta [a transexualidade] e o estigma de que são alvo.”

Contactada a equipa da URGUS, esta respondeu por escrito: “A realidade é que temos apenas seis pessoas para iniciarem as cirurgias.” O tempo de espera é “adequado”, diz ainda, são seguidas as “recomendações internacionais sobre todo o processo” e aplicadas “as melhores práticas”. E acrescenta: “O que já tem sucedido é chegarem até nós situações que ou não nos foram referenciadas, ou não têm o processo prévio completo (avaliação/autorização da OM), ou têm comorbilidades que contra-indicam os procedimentos em causa.”

Letícia pediu um empréstimo
Visão diferente têm doentes com quem o jornal Público falou, como Letícia Santos, 24 anos, cabeleireira, no Porto, a quem foi dada luz verde pela OM para avançar para a cirurgia genital (de masculino para feminino) — esta autorização é obrigatória para quem quer realizar uma cirurgia de mudança de sexo, sendo que a Ordem passa cerca de 30 autorizações por ano, de acordo com José Manuel Silva.

A primeira consulta de psiquiatria foi em 2009, no Hospital Magalhães Lemos, no Porto. Depois, Letícia passou para a URGUS. Mais consultas. Exames. Iniciou o tratamento hormonal e, em 2013, disseram-lhe que seria operada ainda nesse ano. O seu corpo seria finalmente o de uma mulher. Mas nem em 2014 nem em 2015 foi chamada. “Nunca tinha pensado em pôr termo à minha vida. Mas no último ano, depois de todo este tempo, desestabilizei.”

Cerca de três anos depois de lhe terem dito que estava prestes a ser operada no SNS, Letícia pediu um empréstimo ao banco e foi até Lisboa. A 22 de Janeiro fez uma vaginoplastia (“O doutor construiu-me uma vagina”, descreve) no Hospital de Jesus. Foi nesta unidade de saúde privada, nos primeiros dias após a intervenção, que o jornal Público esteve com ela. A sua história e a do seu processo pode ser lida na primeira pessoa nesta edição do jornal Público.

Afonso desistiu
A URGUS diz que dos 27 utentes que operou desde 2012, e até 2015, 15 “completaram o processo”. “Alguns destes utentes iniciaram noutra instituição, uma vez que nós só iniciamos as nossas cirurgias a partir de 2012, outros fizeram as intervenções todas na URGUS. Nem todos requerem todas as fases, sendo que 12 realizaram a intervenção genital (vaginoplastia e faloplastia). Os restantes, mamoplastias de aumento [de mamas] bilaterais; cirurgias de feminização da face; mastectomias [retirada da mama] subcutâneas bilaterais, entre outras.”

Afonso Candeias, 27 anos, enfermeiro, a trabalhar na Suíça, não foi um deles. Nasceu oficialmente rapariga. “Sempre achei que tinha nascido com o corpo errado. Era uma Maria-rapaz em criança, as pessoas diziam que ia passar, mas eu sabia que não ia passar”, conta. Na faculdade conheceu uma rapariga. “Foi a primeira pessoa que viu que havia algo em mim fora do normal, que disse que eu me comportava e sentia e falava como um homem.” Foi também a ela que disse que gostaria de se chamar Afonso e acabou por ser esse o nome que adotou no registo civil. Foi ela quem lhe mandou um email em 2011 a falar da URGUS.

Quando chegou a Coimbra, nesse ano, para a primeira consulta de sexologia, já sabia mais do assunto. Formara-se em enfermagem, arranjara trabalho no estrangeiro. Ainda que com alguns desacertos, foi sendo acompanhado. Vinha de propósito a Portugal para as consultas e exames. Iniciou o tratamento hormonal em Fevereiro de 2013. Um ano depois foi-lhe dito que deveria requerer à OM a autorização para a cirurgia genital.

Tinha uma sensação de urgência. Haviam passado dois anos e oito meses desde a primeira consulta. A voz mudara. O aspeto exterior. O nome. Os colegas do hospital a acompanharem as mudanças… Mas o resto... “Vivemos com o nosso corpo 24 horas sobre 24 horas, é como ter um prego num pé, dói sempre e só a atribuição de um corpo correto, que esteja de acordo com a cabeça, faz com que deixe de doer.”

Em Abril de 2014, foi chamado à consulta de cirurgia da URGUS. “Foi aí que percebi que não ia dar.” Primeiro disseram-lhe que afinal não podia haver consulta naquele dia porque a equipa estava a operar. Bateu o pé. Tinha vindo da Suíça de propósito. Horas depois foi atendido por um assistente de cirurgia. “Explicou-me que a primeira cirurgia deveria ser marcada dentro de 4 a 6 meses” e que se seguiria um plano de cirurgias. “Mastectomia, dois meses de recuperação, depois a histerectomia [remoção do útero], mais quatro meses de recuperação...” Não lhe conseguiam dizer em que lugar estava na lista de espera para cada uma delas. “Mas explicaram-me que o bloco operatório para mastectomias só funcionava, para os transexuais, uma vez por mês.”

Disseram ainda que para lhe fazer a faloplastia (construção de um pénis) seria usado um retalho do antebraço, técnica com a qual Afonso discordava. “Sabia que havia outras técnicas. Sou enfermeiro. Preciso do braço. Aquilo tudo estava a enervar-me muito, não voltei lá mais.” Fez tudo no privado — outras técnicas, tudo muito mais rápido, várias intervenções em simultâneo. “Felizmente podia fazer isso, ganho bem como enfermeiro na Suíça.”

Cirurgião contesta números
João Décio Ferreira, 71 anos, é um cirurgião reconhecido. Em Junho vai a Munique receber uma medalha da Sociedade de Sexologia Clínica alemã pelo contributo de uma vida dedicada ao “desenvolvimento técnico dos tratamentos médicos e cirúrgicos dos transexuais”. Foi ele quem operou Letícia Santos e Afonso Candeias.

O médico questiona os números da URGUS divulgados pelo PÚBLICO há cerca de duas semanas: 65 cirurgias a 27 transexuais, até agora. Segundo fez saber então a equipa coordenada pela psicóloga clínica Lígia Fonseca, citada nessa notícia, “a mudança de sexo é um processo de transição complexo e demorado”, quatro anos em média, “desde que se sigam guidelines cientificamente sustentáveis”, e as cirurgias são a última etapa. A escolha das mesmas é partilhada entre o médico e o doente, não havendo obrigatoriedade na realização de todas.

Décio Ferreira faz contas: “65 cirurgias a 27 pessoas, se fizer a média dá duas cirurgias e pouco por pessoa. Se pensar que nos casos de feminino para masculino são precisas algumas 10, 11, 12, fica com uma ideia mais precisa.” Resumindo, “os números não dão uns com os outros”. E garante que tem muitos doentes que o procuram depois de desesperarem com a URGUS.

A história já foi contada: o cirurgião reformou-se em 2009, mas continuou a trabalhar mais algum tempo no “seu” Hospital de Santa Maria, até que lhe propuseram continuar por qualquer coisa que, “fazendo bem as contas”, dava seis euros por hora. Não quis. Com a sua saída, o SNS ficava sem ninguém para fazer o que ele fazia. Foi assim anunciada a criação da URGUS, em 2011.

Décio Ferreiro prosseguiu  o seu trabalho no Hospital de Jesus. E chegou a ser alvo de uma queixa por difamação (do CHUC e do respetivo diretor do serviço de Psiquiatria). Em textos do seu blogue, e numa reportagem da SIC, há um ano, criticava a contratação de um cirurgião sérvio, para fazer uma ou mais cirurgias, lançava dúvidas sobre a capacidade da unidade e sobre os dados divulgados amiúde pela unidade. O Ministério Público entendeu que ele se limitou a exercer a sua liberdade de expressão. E arquivou o processo em Novembro.

Ivo continua à espera
À OM, Décio Ferreira tem ajudado a fazer chegar cartas de doentes seus, não só de transexuais. Afinal, a URGUS também faz intervenção médico-cirúrgica em malformações génito-urinárias, lesões resultantes de traumatismos por acidente ou queimaduras, por exemplo.

Ivo Rodrigues, 23 anos, não tem qualquer perturbação de identidade de género. Teve um acidente de carro em 2002, perdeu uma perna, pénis, um testículo... Sobreviveu por pouco. Foi tratado na Urologia de Coimbra e no âmbito de um pedido de colaboração com Décio Ferreira, foi também operado em Santa Maria, Curry Cabral e Hospital de Jesus. Em 2011, com a notícia da criação da URGUS, regressou a Coimbra — morava perto, saía mais barato. Faltava apenas colocar as próteses penianas e corrigir algumas cicatrizes, diz.

Disseram-lhe para esperar. E está à espera desde Março de 2013. “Dizem que tem de haver uma autorização da direção por causa dos custos...”, explica. “Acho que é inadmissível o nosso SNS manter-me em espera há mais de dois anos”, escreveu na carta que em Novembro dirigiu à Ordem.

União Europeia
A segurança dos medicamentos será ainda mais reforçada com a introdução de novos elementos obrigatórios como um identificador...

Esses dispositivos de segurança irão proteger os cidadãos europeus contra as ameaças para a saúde decorrentes de medicamentos falsificados, que podem conter ingredientes, incluindo ingredientes ativos, de baixa qualidade ou com uma dosagem incorreta.

Os dispositivos de segurança devem garantir a autenticidade do medicamento em benefício de doentes e empresas e reforçar a segurança da cadeia de abastecimento dos fabricantes de medicamentos, passando pelos distribuidores e pelas farmácias e hospitais, escreve o Diário Digital.

O ato jurídico em questão, publicado no Jornal Oficial, complementa a Diretiva relativa aos medicamentos falsificados (2011/62/UE), que tem por objetivo impedir que medicamentos falsificados cheguem aos doentes, permitir aos cidadãos da UE a compra de medicamentos na Internet através de fontes verificadas e garantir que apenas são utilizados na UE ingredientes de alta qualidade para os medicamentos.

Ketamina
Especialistas internacionais estão convencidos que, à semelhança da canábis, também a ketamina pode brevemente vir a ser...

Tem nome de cereais de pequeno almoço e de chocolate e em breve pode vir a ser usada para tratar a depressão. Também conhecida como Special K e Kit Kat, a ketamina é uma droga com efeitos alucinogénios derivada da fenciclidina, (re)conhecida pelas suas propriedades sedativas, analgésicas e anestésicas. Especialistas internacionais acreditam que, num futuro muito próximo, poderá ser utilizada para combater a patologia, que afeta cerca de um quarto da população portuguesa, escreve o Sapo.

Ao contrário da canábis, esta substância, que foi descoberta em 1962, é encarada com bons olhos por muitos médicos. Num artigo publicado recentemente no The World Journal of Biological Psychiatry, Matthew Cooper, professor na Universidade de Dalhousie no Canadá, elogia algumas das experiências laboratoriais que têm vindo a ser desenvolvidas nos últimos anos. Dennis Hartman é uma das (poucas) cobaias já conhecidas internacionalmente.

“A minha vida terá sempre um antes e um depois da primeira infusão [de ketamina] que tomei. A sensação de dor e de sofrimento que tinha desapareceu. Fiquei [sobretudo] surpreendido com a ausência de dor”, referiu o paciente, um homem que sofria de uma depressão que já se arrastava há vários anos e que até já tinha estado à beira do suicídio, em entrevista ao jornal The Washington Post.

“Nos dias que correm, a administração intranasal [desta droga] apresenta-se como a estratégia mais promissora para mitigar os [seus] efeitos dissociativos e psicomiméticos”, assegura Matthew Cooper. Nalgumas das experiências já realizadas, a administração da substância foi feita por via intravenosa, usando uma dosagem inferior à que é administrada durante uma cirurgia.

A divulgação pública de algumas das experiências efetuadas nos últimos anos levou já a American Psychiatric Association (APA), a associação de psiquiatria norte-americana, a considerar e discutir o uso desta droga no tratamento de doenças depressivas. A própria organização Ketamine Advocacy Network, que Dennis Hartman ajudou a fundar, tem feito alguma pressão nesse sentido. Apesar dos benefícios (re)conhecidos, mesmo administrada em doses pequenas, a ketamina pode, contudo, causar alucinações e estados dissociativos.

Estudo
Sofrer um traumatismo craniano aumenta em três vezes o risco de suicídio na idade adulta, aponta um estudo canadiano.

Os resultados corroboram estudos anteriores, segundo os quais o traumatismo pode provocar alterações fisiológicas duradouras invisíveis aos meios complementares de diagnóstico, escreve o Sapo.

Tratam-se de alterações nas doses de serotonina, uma hormona do sistema nervoso central que desempenha um papel-chave na depressão.

"Devido ao desaparecimento rápido dos sintomas depois do traumatismo (vertigem, dor de cabeça, entre outros), os médicos tendem a subestimar os seus efeitos nefastos e a sua importância no histórico médico do paciente", assinala o investigador Donald Redelmeier, do Instituto de Análises Científicas Clínicas de Toronto, Canadá, principal autor do estudo.

"Podem ser salvas várias vidas", caso se dê mais atenção aos efeitos duradouros de uma comoção cerebral, acrescentou.

Neste estudo, os investigadores examinaram o histórico médico de 235.110 doentes, com idade média de 41 anos, que sofreram de um ou mais traumatismos cranianos.

Durante um período de acompanhamento de 9,3 anos foram registados 667 suicídios, por overdose de soníferos ou enforcamento.

A maioria das pessoas nunca chegou a ser tratada por doença psiquiátrica.

Estudo
Tomar antibióticos pode aumentar o risco de uma mulher contrair uma doença sexualmente transmissível, segundo um estudo feito...

Os antibióticos, necessários para tratar doenças causadas por microrganismos como as bactérias, debilitam as defesas e tornam as pessoas mais vulneráveis aos vírus sexualmente transmissíveis, segundo um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Os investigadores do Instituto Coreano para o Avanço da Ciência e Tecnologia referem, segundo o Sapo, que o tratamento com antibióticos diminui os mecanismos de imunidade do corpo.

A investigação, feita com base no estudo da flora vaginal, conclui que a toma de antibióticos prejudicam a imunidade contra o herpes genital porque provocam uma quebra enorme no conjunto de bactérias imunitárias que combatem as infeções virais.

A equipa, coordenada por Ji Eun Oh, chegou a esta conclusão após realizar experiências em ratos.

Os animais tratados com antibióticos foram infetados com o vírus do herpes (HSV-2) mais rápido do que o grupo de controlo que não recebeu os referidos fármacos.

Doenças antigas?
Dietas mais restritas, alergias alimentares ou casos importados explicam porque ainda aparecem doenças do passado que muitos...

Quando se ouviu falar de um caso de escorbuto em Espanha num bebé de 11 meses foi uma surpresa, escreve o Diário de Notícias. Quando ouvimos falar da doença provocada pela falta de vitamina C pensamos nos Descobrimentos e em barcos cheios de marinheiros ansiosos de chegar a terra depois de meses no mar. Mas aconteceu. Nos hospitais portugueses também surgem doenças que há muito passaram para a categoria de "antigas" e que muitos dos novos médicos só estudaram nos livros.

Raquitismo: doença decorrente da mineralização inadequada do osso em crescimento; é provocada pela falta de vitamina D, seja por baixa exposição à luz solar ou por dieta incorreta. Margarida Valério estava no primeiro ano do internato de pediatria no Hospital de S. Francisco Xavier quando viu o primeiro caso. "Se me tivessem chamado, não saberia", diz, explicando que "era um menino de 28 meses referenciado do centro de saúde para consulta por suspeita de alergias e intolerância ao leite de vaca".

A mãe tinha-o amamentado em exclusivo até aos nove meses, sem qualquer suplemento, e tinha uma alimentação incorreta. Apresentava carência de vitamina D e B12. Uma das pediatras da equipa fez a história: hábitos alimentares, antecedentes e testes de alergia. Foi quando apalpou um pulso "de boneca". Chamou a colega Conceição Santos. Diagnostico: raquitismo. "Tinha as pernas arqueadas, as costelas salientes, os pulsos mais largos. Eram tudo sinais muito lógicos. Há 25 anos tinha visto dois casos no internamento do Hospital D. Estefânia. Neste hospital, em 20 anos, foi o primeiro que vi. São doenças clássicas que tínhamos de saber para exame. Basta ver um caso para nunca mais se esquecer", contou.

Continua a ser estudada nas faculdades e tem tratamento simples: umas gotas de suplemento de vitamina D e cálcio. Porque acontece? "Nós recebemos vitamina D através dos alimentos, como salmão, cavala e sardinha. Mas grande parte é produzida pela pele. Cinco minutos de exposição solar é o suficiente para ter vitamina D para uma semana. Mas os miúdos hoje em dia passam muito tempo em casa, cheios de roupa e protetores solares", explica Margarida Valério. A colega Sara Marcos acrescenta: "É uma doença para a qual temos de estar sempre alerta e que se faz prevenção. Faz parte das recomendações dar uma gota por dia de suplemento de vitamina D até aos 12 meses."

António Vaz Carneiro, diretor do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência, lembra que "as doenças provocadas por défices nutricionais hoje em dia são raras, porque as condições socioeconómicas melhoraram nos últimos anos". Quando surgem não é pelo desconhecimento como acontecia no passado, mas sim muitas vezes ligadas "a dietas subnutricionais, como vegan e macrobiótica. Há fenómenos também por questões ideológicas e crenças. Se queremos fazer uma dieta mais restrita deve ser feita prevenção. Mesmo intolerâncias não implicam quadros destes". Por serem raras, diz, "são mais difíceis de diagnosticar".

Margarida Valério e a colega Sara Marcos nunca viram sarampo, mas estudaram-no. Entre 2011 e 2014 registaram-se 10 casos de sarampo, 13 de lepra, um de raiva e oito de rubéola. Doenças consideradas inexistentes em Portugal. "Sarampo é um caso paradigmático. O último surto terá sido há 28 anos, mas recebemos casos importados", conta Graça Freitas, subdiretora-geral da Saúde. "São doenças que não fazem parte da rotina, chegam ao país por importação, e há muitas gerações de médicos que nunca as viram. Por isso é tão importante o trabalho em equipa com os médicos mais velhos. Ter experiência é diferente de ter visto no livro. Estes casos raros são alvo de investigação para se perceber se é nosso ou de importação", explica a responsável que se lembra bem do primeiro caso de rubéola que viu. Fazia o primeiro banco de urgência no Hospital de Santa Maria, em 1989. "Entrou uma senhora com uma criança cheia de manchas. Não sabia o que era. Atravessei o corredor e pedi ajuda aos colegas mais velhos. Quando chegaram à porta disseram em coro: é rubéola. O diagnóstico foi imediato porque estavam habituados".

Raros ou não, os tratamentos estão disponíveis. "Os casos de lepra são normalmente de cidadãos estrangeiros. No Brasil, por exemplo, ainda é um problema grave. Os dermatologistas diagnosticam e o tratamento é gratuito. Todos os casos são sinalizados para a Direção Geral da Saúde e a Organização Mundial da Saúde envia os tratamentos. Raiva é raríssimo. O último caso foi de um senhor que esteve na Índia e foi mordido por um macaco. É letal na maioria dos casos, por isso sempre que se suspeita faz-se vacina. Temos uma reserva nacional estratégica que é ativada sempre que preciso", adianta.

Chefes arriscam sanções
Há novas regras que limitam o tempo de trabalho, acabando com as urgências de 24 horas ou mais. Internos só podem ficar...

"Os internos vão passar a ser proibidos de fazer mais de 12 horas de trabalho contínuo, nomeadamente em urgência. E os diretores de serviço e diretores clínicos ficam proibidos de os escalar para mais horas", diz o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva. A OM aprovou um novo regulamento, que além de limitar as horas de trabalho dos internos, define em que altura podem ficar sozinhos numa urgência. Quem não cumprir as regras "pode sofrer sanções disciplinares, porque este regulamento tem força de lei para a Ordem dos Médicos".

O regulamento relativo ao trabalho durante o internato médico foi trabalhado em conjunto pela Ordem dos Médicos e pelo Conselho Nacional do Internato Médico (CNIM), organismo técnico do Ministério da Saúde. E o documento final foi aprovado pelo Conselho Nacional Executivo da Ordem, devendo entrar em vigor este mês, assim que for tornado público na revista da OM. A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) está agora a acompanhar os organismos, que queriam o documento publicado como norma.

José Manuel Silva admite que, mesmo não sendo uma norma, terá força legal. "Os médicos e os serviços têm de cumprir as regras porque representam a boa prática. Isto clarifica o funcionamento dos serviços e protege os internos, que são o elo mais frágil. Porque fazer 24 horas implica grande cansaço físico e mental e põe em causa a formação. Vem proteger os utentes e garantir segurança e qualidade".

O Diário de Notícias já tinha noticiado que a OM queria limitar as urgências a 12 horas. João Paulo Farias, o presidente do CNIM, explica agora que os internos só vão poder fazer "12 horas de trabalho por dia, sejam ou não em urgência, e apenas um período de urgência no seu horário semanal". Excecionalmente e por necessidade dos serviços, "podem fazer mais um por semana fora do seu horário de formação, e duas urgências suplementares num mês. Podem fazer mais horas, mas não seguidas. Sabemos que se não o fizéssemos haveria hospitais a entrar em colapso e os próprios médicos também beneficiam com o pagamento de algumas horas extras".

Seja como for, ultrapassados os limites legais das 200 horas extras por ano, os internos podem pedir a escusa do serviço. "Isto passa a impedir que haja médicos a fazer duas urgências de 24 por semana ou a trabalhar 36 ou até 48 horas seguidas, entre urgências e o trabalho de rotina do dia-a-dia", denuncia o bastonário. "Os médicos eram pressionados a fazer muitas horas".

O recurso excessivo ao trabalho dos internos, não será "generalizado, mas boa parte dos hospitais vai ter de se ajustar. Vai haver algumas dificuldades em desenhar as escalas". Na sua opinião, as regras vão proteger os internos, mesmo em relação a eventuais erros. Se houver problemas e não se cumprir este documento, pode haver responsabilização dos envolvidos".

Urgência só com internos
Além destas regras, aplicáveis quer a internos do ano comum, quer aos internos que estão já a fazer a especialidade, o documento resolve outros problemas frequentemente denunciados pelos internos e em alguns serviços. "Só a partir da segunda metade da formação da especialidade é que os médicos podem ficar sozinhos em presença física na urgência", diz João Paulo Farias. Mas esta hipótese, que será sempre em casos excecionais. está dependente de três fatores: o interno tem de concordar, tem de haver um médico especialista escalado de prevenção e o diretor de serviço tem de assumir responsabilidade.

"Cada colégio vai ter de definir a partir de que ano podem ser escalados sozinhos, porque havia abusos. E o diretor de serviço tem de aprovar porque conhece as capacidades de cada interno, que são variáveis", frisa o bastonário.

Páginas