Mais uma edição de sucesso do Pet Festival
A especialista em nutrição animal Rita Silva alerta que “existe uma tendência para aumento da obesidade tanto em cães como em...

“Ao longo dos três dias da feira houve uma grande adesão ao espaço Royal Canin dedicado à alimentação dos animais, com aconselhamento nutricional e pesagem do animal. Verificamos que ainda existem muitos mitos e desconhecimento por parte dos donos relativamente à importância de adequar a alimentação ao animal. A raça, a idade, o peso ou a castração são fatores que devem ser tidos em conta na escolha do alimento”, continua Rita Silva.

Considera-se que um animal tem excesso de peso, se o seu peso corporal estiver menos de 20% do seu peso ideal. Nestes casos, “a implementação de um programa de perda de peso, que inclui a administração de uma dieta adaptada, é a única forma de ajudar o animal a voltar a ter o peso ideal”, explica Rita Silva.

A par das competitividades de agility que ao longo do fim-de-semana galardoaram os cães mais hábeis, obedientes e velozes, decorreu a Exposição Internacional de Felinos de Lisboa, desenvolvida pelo Clube Português de Felinicultura com o apoio da Royal Canin, momento que permitiu dar a conhecer várias raças de gatos ao público em geral.

Síndrome de Ingestão Noturna
Se acorda várias vezes durante a noite com fome e se “ataca” o frigorífico em busca de alimentos hip

Descrita pela primeira vez na década de 50, a Síndrome de Ingestão Noturna (também conhecida por Síndrome da Fome Noturna) caracteriza-se pelo excesso de fome durante o período da noite, insónia e sono fragmentado.

Estima-se que cerca de 25% da população obesa sofra deste distúrbio, responsável também pelo desenvolvimento de diabetes, hipertensão e aumento dos níveis de colesterol.

Este transtorno alimentar caracteriza-se, na realidade, por uma maior ingestão calórica durante o período noturno, a contar após as 19 horas. Vários estudos mostram que as pessoas que apresentam este distúrbio consomem mais de metade das calorias diárias recomendadas, entre as 22h e as 6h da manhã, e que acordam várias vezes durante a noite para ingerir alimentos.

Curiosamente, estas pessoas preferem alimentos muito calóricos, ricos em gorduras e com baixo teor de fibras. A explicação pode estar no facto deste tipo de alimentos – como é o caso do chocolate, por exemplo – conseguirem ativar de maneira mais eficaz os centros de prazer no cérebro.

Embora este distúrbio alimentar afete quer homens quer mulheres, algumas pesquisas demonstram que o género feminino é o que mais sofre com este transtorno, sobretudo entre os 20 e os 30 anos. Pode ainda surgir na infância e adolescência.

Por outro lado, sabe-se que está ligada a distúrbios do humor – registados em quadros de depressão ou ansiedade.

Apesar de ser mais comum do que imaginamos, ainda não se sabe ao certo o que a provoca. Sendo que, no entanto, têm sido registados distúrbios neuroendócrinos, relacionados com o ritmo circadiano (uma das funções deste sistema é o ajuste do relógio biológico, controlando o sono e o apetite) em pessoas que sofrem deste transtorno.

Estes distúrbios neuroendócrinos caracterizam-se sobretudo por níveis mais altos de cortisol plasmático durante o dia (comum nos transtornos relacionados com o stress) e níveis mais baixos de melatonina e leptina durante o período da tarde até meio da noite, responsáveis pelo aumento de apetite e pela necessidade de ingestão de alimentos mais calóricos.

A mudança do estilo de vida, que envolva hábitos alimentares saudáveis e prática de exercício físico, é essencial para o tratamento desta síndrome. Mas mais importante é reconhecer o problema, que passa despercebido a olhares menos atentos ou informados.

Mas não se assuste caso tenha ataques de fome súbitos, durante a noite, uma vez por outra! É que para se tratar de um distúrbio alimentar, o seu modelo de comportamento tem de ser o que aqui descrevemos, pelo menos há mais três meses.

No entanto, se quiser prevenir estes “ataques” saiba que:

  • Não deve saltar o pequeno-almoço;
  • Deve fazer várias refeições ao longo do dia;
  • Deve comer sempre dentro do mesmo horário;
  • Deve preferir alimentos com baixo índice glicémico, sobretudo à noite;
  • Deve evitar beber café depois das 18 horas ou fazer exercício físico antes de dormir;
  • Deve dormir, pelo menos, seis horas por noite, todos os dias.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Aplicação de ressonância magnética para prever a evolução dos doentes com trombose venosa cerebral
O trabalho “Análise multiparamétrica por Ressonância Magnética para predição da viabilidade tecidual e recanalização em doentes...

A José de Mello Saúde, que comemorou 70 anos em 2015, e a Fundação Amélia de Mello atribuem anualmente a Bolsa D. Manuel de Mello com o objetivo de contribuir para a investigação e progresso das Ciências da Saúde em Portugal.

A Bolsa destina-se a premiar jovens médicos que desenvolvam projetos de investigação clínica, individualmente ou integrados em equipas, no âmbito das Unidades de Investigação e Desenvolvimento das faculdades de Medicina portuguesas.

Médica Interna de Neurologia do Hospital Santa Maria e estudante de doutoramento da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, para além de Investigadora do Instituto de Medicina Molecular (Unidade Neurológica de Investigação Clínica), Diana de Aguiar Dias de Sousa, de 29 anos, afirma que “a atribuição da Bolsa D. Manuel de Mello é essencial porque permitirá prosseguir e concluir o estudo já iniciado”.

Diana de Aguiar Dias de Sousa obteve uma das melhores classificações do respetivo curso da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. No último ano do internato de Neurologia do Hospital de Santa Maria, é ainda aluna de doutoramento da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e investigadora do Instituto de Medicina Molecular.

Recebeu uma distinção pela Harvard Medical School pelo trabalho realizado "Clinical Scholars Research Training Certificate I" da Harvard Medical School (no programa português do "Global Education Program" da prestigiada universidade americana). Recebeu uma bolsa da Academia Europeia de Neurologia para realizar um programa de formação ("Research Fellow") no Inselspital (hospital na Suíça reconhecido pela qualidade e inovação na investigação do tratamento do AVC) e tem várias publicações na área da patologia vascular cerebral em revistas científicas internacionais.

O trabalho premiado entre cerca de 30 candidaturas, pretende “determinar formas de prever a evolução dos doentes com Trombose Venosa Cerebral através da aplicação de protocolos específicos de ressonância magnética cerebral.”

A Trombose Venosa Cerebral é uma forma menos frequente de AVC mas que, ainda assim, tem uma incidência nos países ocidentais semelhante à da Meningite bacteriana. No entanto, é especialmente relevante do ponto de vista de saúde pública uma vez que, ao contrário de outros tipos de AVC, afeta mais frequentemente crianças e adultos jovens, particularmente mulheres.

Outra característica particular da Trombose Venosa Cerebral em relação a outros tipos de AVC é a sua evolução especialmente imprevisível. Mesmo com o tratamento convencional cerca de 15% das pessoas que sofrem Trombose Venosa Cerebral morre ou fica dependente.

Nos últimos anos a tecnologia que permite obter imagens do cérebro têm vindo a ser melhorada e já existem atualmente técnicas que permitem avaliar diferentes características do tecido cerebral e dos coágulos através de ressonância magnética. No entanto, ainda não está definido o significado dos achados obtidos nessas técnicas em doentes com trombose venosa cerebral. É isso mesmo que o estudo agora premiado pretende apurar e ajudar a definir.

6 de Fevereiro - Eleições na Ordem dos Farmacêuticos
Os farmacêuticos portugueses elegem no próximo sábado, dia 6 de fevereiro, os novos Órgãos Sociais da Ordem dos Farmacêuticos...

Ao longo das últimas semanas, a Ordem dos Farmacêuticos (OF) tem vindo a receber os votos por correspondência dos farmacêuticos que integram os Cadernos Eleitorais. Em alternativa, os farmacêuticos podem exercer o seu direito de voto presencialmente, no dia 6, na sede Nacional, nas Secções ou Delegações Regionais da Ordem dos Farmacêuticos, entre as 10:00 e as 18:00 horas.

A professora universitária Ana Paula Martins lidera a única lista que se apresentará a sufrágio aos Órgãos Nacionais da Ordem dos Farmacêuticos. Os resultados do sufrágio ditarão também a composição dos órgãos sociais das Secções Regionais do Norte, do Centro e do Sul e Regiões Autónomas, bem como dos Conselhos dos Colégios de Especialidade de Indústria Farmacêutica, Análises Clínicas e Genética Humana, Farmácia Hospitalar e Assuntos Regulamentares.

4 de Fevereiro - Dia do Voluntariado
No âmbito do projeto de responsabilidade social da Jaba Recordati, o Recordati Quer, a empresa dedica a tarde do próximo dia 4...

O programa “Restolho”, promovido pela ENTRAJUDA em parceria com o Banco Alimentar, propõe-se congregar boas-vontades e mobilizar voluntários para fazerem a recolha da produção agrícola que fica nos pomares, nas hortas ou nos campos, retomando uma prática ancestral conhecida em português como “restolho” ou “rabisco”. Os produtos recolhidos durante esta atividade de voluntariado são distribuídos a pessoas carenciadas apoiadas por instituições de solidariedade acompanhadas na sua atividade com o Banco Alimentar da respetiva região.”

“Na Europa, estima-se que cerca de 89 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçados por ano, em todas as fases dos produtos – produção, transformação, distribuição e consumo. A redução do desperdício alimentar é, hoje em dia, um imperativo de cidadania, tanto por razões sociais, como ambientais. Esta ambição exige um esforço concertado de toda a sociedade e cada um deve assumir a sua responsabilidade.

“Os nossos colaboradores estão comprometidos com a missão e partilha dos nossos valores, desenvolvendo uma cultura de responsabilidade social, que confirma a vocação da Jaba Recordati como empresa de destaque no panorama da Indústria Farmacêutica”, comenta Nelson Pires, diretor-geral da empresa. 

Instituto de Investigação e Inovação em Saúde
O Instituto de Investigação e Inovação em Saúde anunciou que o seu investigador José Bessa foi contemplado com um financiamento...

“Este financiamento [atribuído pelo European Research Council (ERC)] vai ser excelente porque podemos de facto ter recursos para comprar toda a tecnologia de ponta para desenvolver este projeto de investigação, contratar pessoas e constituir uma equipa para desenvolver este projeto complexo”, afirmou o investigador do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S).

Em declarações, José Bessa explicou que o trabalho que está a desenvolver e que irá aprofundar nos próximos cinco anos visa “compreender melhor como é que modificações do nosso genoma podem contribuir para um determinado risco de desenvolvimento desta doença [diabetes]. Inclusivamente podemos, se calhar, melhorar a nossa capacidade de prever o risco associado ao desenvolvimento da doença”.

“Podemos, inclusivamente, precaver-nos no caso de uma pessoa que tem risco demasiado elevado poder ficar sob vigilância e tomar as devidas precauções em termos de tipo de vida”, acrescentou.

No seu projeto, os cientistas do i3S irão utilizar um animal modelo, que é um peixe tropical, com pâncreas muito semelhante ao dos humanos. “Vamos induzir mutações do genoma não modificante e ver se conseguimos recapitular uma condição semelhante a diabetes tipo 2”, referiu.

O objetivo do investigador é compreender “o reguloma do pâncreas”, ou seja, as regiões do genoma que, no seu conjunto, regulam a formação e funcionamento desse órgão.

“Sabe-se que durante a diferenciação de qualquer órgão há um conjunto de genes que são expressos e outros silenciados, e que essa expressão é crucial para o correto desenvolvimento e funcionamento dos órgãos. ‘Ligar’ e ‘desligar’ genes, no sítio certo e no momento certo, depende de zonas regulatórias espalhadas pelo genoma dos seres vivos. Erros nessas zonas regulatórias, ou nos reguladores que sobre ela agem, estão na base de várias doenças que conhecemos”, nomeadamente da Diabetes, disse.

O i3S considera que “sem este tipo de financiamentos mais avultados, ou com financiamentos mais limitados, os passos que se dão no conhecimento são também limitados”.

“Em áreas científicas muito competitivas, como é o estudo da Diabetes, haverá sempre alguém, noutro país, em condições para dar passos de gigante. Por isso, a ciência portuguesa está, mais uma vez, de parabéns ao conseguir angariar as condições para competir a nível mundial”, sustenta a instituição.

O i3S é uma instituição transdisciplinar cuja missão é a promoção da investigação e inovação nas ciências da saúde e a formação pós-graduada, contribuindo para a resolução dos grandes desafios societais da atualidade.

No instituto trabalham cerca de mil colaboradores, distribuídos por três linhas temáticas: Cancro, Interação e Resposta do Hospedeiro, e a Neurobiologia e doenças neurológicas.

Congloba 50 grupos de investigação e mais de 400 investigadores doutorados, levando a cabo mais de 192 projetos financiados nacional e internacionalmente. Os investigadores são financiados por fontes diversas e cerca de 120 são professores em faculdades da Universidade do Porto.

Ordem dos Médicos
O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, disse que a região Centro precisa de 80 médicos...

As declarações daquele responsável, citado num comunicado do Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), surgem no dia seguinte ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, ter admitido que está a ser discutido um modelo de incentivo à contratação de médicos de família, que saíram com reforma antecipada.

"Estamos a trabalhar com o Ministério das Finanças e com os representantes dos médicos", disse o ministro, reforçando contudo que, "a ser implementada, terá caráter limitado no tempo", com um prazo de validade de dois anos, porque, depois disso, "a formação médica irá suplantar os pedidos de reforma".

Segundo o presidente da SRCOM, Carlos Cortes, na região Centro faltam, "neste momento, oitenta médicos e os profissionais que estão reformados podem ajudar a solucionar o problema para que todos os utentes tenham um médico de família".

O responsável regional elogia o regresso dos médicos reformados ao Serviço Nacional de Saúde, caso avance a medida preconizada pela tutela, mas alertou para a existência de "cuidados de saúde primários a duas velocidades".

De acordo com Carlos Cortes, "nos próximos dois anos, já estarão formados mais de 140 médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar na região Centro (dos 300 em formação neste momento, 72 no último ano da especialidade), o que, previsivelmente, dará para suprir as necessidades e colmatar a falta de recursos humanos".

"Em dois anos, as necessidades serão supridas. Até que a falta de médicos de família seja resolvida, esta medida em estudo pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério das Finanças é bem-vinda para tentar aumentar o número de médicos reformados que aceitem regressar ao trabalho", sublinha.

No entanto, o presidente da SRCOM considera que "a medida deverá ter uma abordagem transitória", uma vez que, nos próximos anos, serão necessários "incentivos à fixação dos recém-especialistas em zonas mais carenciadas".

Para além da falta de médicos nos cuidados de saúde primários, Carlos Cortes denuncia ainda más condições nos Centros de Saúde, com infraestruturas degradadas e escassez de material técnico e fármacos, que "causam desmotivação nos profissionais de saúde".

Infarmed
A despesa com medicamentos órfãos, destinados às doenças raras, aumentou 94% entre 2007 e 2014, quando representava já 7,8% dos...

O estudo, incluído na mais recente edição do “Infarmed Notícias” – órgão oficial da Autoridade do Medicamento, faz uma análise da evolução dos consumos dos medicamentos órfãos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os medicamentos órfãos são os que se destinam ao diagnóstico, prevenção ou tratamento de doenças raras (que afetem até cinco em cada 10 mil pessoas) e que são cronicamente debilitantes.

Em Portugal, estes fármacos são usados essencialmente em meio hospitalar e a despesa do SNS tem aumentado entre 2007 e 2014, com exceção de 2011 para 2012 por perda de designação de um medicamento órfão específico.

Segundo o estudo do Infarmed, em 2014 a despesa com medicamentos órfãos foi de 74,9 milhões de euros, representando 7,8% dos encargos hospitalares com medicamentos.

A análise por terapêutica reflete que a área oncológica foi a que mais pesou nos encargos com medicamentos órfãos, com uma fatia de 38% em 2014.

“Desta breve análise conclui-se que existe um incremento da despesa com medicamentos órfãos devido à aprovação de medicamentos com a designação de órfãos e ao aumento da sua acessibilidade nos hospitais do SNS”, refere o Infarmed.

Segundo a Agência Europeia do Medicamento, estima-se que existam entre cinco mil a oito mil doenças raras, afetando entre seis a oito por cento da população da União Europeia.

O investimento para investigar medicamentos que tratam doenças raras pode ser desproporcionado em relação ao retorno esperado do ponto de vista económico, por se dirigirem a poucos doentes.

A Comissão Europeia criou em 2000 um regulamento para dar incentivos ao desenvolvimento de fármacos órfãos, tendo contribuído para o aumento da investigação na área das doenças raras.

Assim, o número de medicamentos com a designação de órfãos tem vindo a aumentar desde 2002.

Infarmed determina
O Infarmed emitiu um comunicado com indicações para a recolha do medicamento Primperan, usado no tratamento de náuseas e...

“A empresa Sanofi – Produtos Farmacêuticos, Lda. irá proceder à recolha voluntária dos lotes abaixo indicados do medicamento Primperan, 10mg, por se ter detetado que estes se encontram em comercialização com indicação do prazo de validade de 5 anos quando o prazo de validade aprovado é de 3 anos”, refere o comunicado do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde).

De acordo com a autoridade nacional do medicamento, estão sujeitos à recolha 14 lotes de Primperan, com prazos de validade entre março de 2018 e agosto de 2020, quando a validade real deveria ser entre março de 2016 e agosto de 2018.

O Infarmed determinou a suspensão imediata da comercialização dos lotes em questão, sublinhando que as entidades que os tenham em ‘stock’ “não os podem vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução”.

“Os doentes que tenham embalagens deste medicamento pertencentes a estes lotes não as devem utilizar após a data de validade real referida”, revela o documento do Infarmed.

Os lotes em questão são: 3Y002, 3Y003, 3Y004, 3Y005, 4Y001, 4Y002, 4Y003, 4Y004, 4Y006, AY001, AY002, AY004, AY005 e AY006.

14 de Fevereiro – Dia Nacional do Doente Coronário
No âmbito do Dia Nacional do Doente Coronário, a Fundação Portuguesa de Cardiologia organiza o 1º Encontro de Doentes Cardíacos...

Em Portugal, as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte. Anualmente, só por Enfarte Agudo do Miocárdio morrem mais de 4000 portugueses¹, dos quais cerca de 3000 ocorrem fora de ambiente hospitalar². Contudo, os avanços nesta área têm ajudado a que, em média, por ano, mais de 12 mil portugueses² tenham tido alta hospitalar depois de terem sofrido um enfarte agudo do miocárdio.

Este ano, o Dia Nacional do Doente Coronário é dedicado aos sobreviventes de enfarte agudo do miocárdio e o principal objetivo desta iniciativa é a partilha de histórias na primeira pessoa. A conversa será moderada pelo Assessor Médico da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), Dr. Luís Negrão, e contará com testemunhos de sobreviventes de um ataque cardíaco e com os comentários do Dr. Carlos Catarino, cardiologista e coordenador do Clube Rei Coração da FPC. As inscrições são gratuitas no Ponto de Informação, no Piso 0 do El Corte Inglês ou através do e-mail [email protected].

Segundo o Dr. Carlos Catarino “a doença coronária é favorecida por uma série de hábitos, comportamentos e estilos de vida, como por exemplo, a alimentação desequilibrada, a obesidade, o tabagismo, o sedentarismo, o stress, que são forte contributo para os designados fatores de risco para a aterosclerose como: a hipertensão arterial, o colesterol elevado e a diabetes”. O especialista salienta ainda que “assiste-se a grandes avanços na terapêutica da doença coronária, mas a morbilidade e mortalidade mantêm-se elevada, por isso é importante passar a mensagem de “mais vale prevenir que remediar”, reforçando a necessidade de uma alimentação saudável e atividade física… o simples andar faz maravilhas ao coração”.

Para além de Lisboa, a FPC vai dinamizar também o Encontro em Coimbra, no dia 15 de Fevereiro, no Café Santa Cruz, junto à Câmara Municipal, Pç. 8 de Maio, pelas 18h00 e a norte, no dia 14 de Fevereiro decorrerá um rastreio cardiovascular, entre as 10h00 e as 16h00 na Praça do Município de Vila Real e às 15h00m a Palestra “Alimentação no Amor e na Paixão, com a Prof. Doutora Rosa Maria Santos, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Vila Real.

1INE – Publicação “Causas de Morte 2013”, Edição 2015
2DGS – Publicação Portugal: Doenças Cérebro-Cardiovasculares em números – 2014”

Médico lembra
"Basta um caso de cancro na próstata na família para aconselhar os restantes homens a procurarem acompanhamento médico a...

E esclarece: "Apesar de ainda não conhecermos bem todas as causas envolvidas no desenvolvimento do cancro da próstata está provado que há fatores genéticos que predispõem o seu surgimento. Por essa razão sempre que existe uma história familiar pesada, onde o pai ou o irmão ou o avô já tiverem morrido da doença, o rastreio deve iniciar-se logo aos 45 anos, em vez dos habituais 50 anos", esclarece.

O cancro da próstata não tem sintomas e só se manifesta numa fase muito tardia, nomeadamente por dores ósseas, escreve o Sapo.

"Assim sendo, só com rastreios, especialmente através de realização do PSA anual, uma análise ao sangue, e do toque rectal, é que podemos diagnosticar o cancro da próstata", explica o urologista.

"Este tumor é tratável e curável, desde que diagnosticado em fases precoces. Há estudos recentes que indicam que o rastreio oportuno vale a pena e diminui o risco de vida", esclarece.

Em Portugal surgem 4000 novos casos por ano de cancro da próstata. Este é o tumor mais frequente nos homens e a segunda causa de morte por cancro, logo a seguir ao pulmão.

Farmacêutica francesa
A Sanofi Pasteur, do grupo farmacêutico francês Sanofi, anunciou que se lançou na procura por uma vacina contra o vírus Zika,...

Em comunicado, a Sanofi diz esperar apoiar-se “nos sucessos obtidos no desenvolvimento de vacinas contra vírus idênticos”, como a sua vacina contra a dengue, Dengvaxia, recentemente registada.

O Comité de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu, na segunda-feira, que os casos de microcefalia e de desordens neurológicas surgidas no Brasil constituem uma emergência sanitária de alcance internacional, mas não o vírus Zika, por não ter sido comprovada relação entre ambos.

A OMS confirmou que, até à data, foram detetados casos em 25 países e territórios das Américas.

“A Sanofi Pasteur respondeu ao apelo mundial para o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus Zika, justificado pela rapidez da propagação da doença e pelos riscos e complicações médicas”, indicou Nicholas Jackson, diretor de investigação do Sanofi Pasteur, divisão do grupo que ficará responsável pelo novo projeto para a criação de uma vacina.

“Além disso, estão em curso investigações para avaliar a possibilidade de uma outra associação entre a infeção pelo vírus Zika e um problema neurológico grave, o que viria a juntar-se à forte suspeita de malformações congénitas associadas à infeção”, afirmou.

OMS
O Comité de emergência da Organização Mundial de Saúde decidiu que os casos de microcefalia e de desordens neurológicas...

A medida foi anunciada em conferência de imprensa pela diretora-geral da instituição, Margaret Chan, ao referir que “os casos de microcefalia e outras desordens neurológicas por si mesmos, pela sua gravidade e pela carga que implicam para as famílias constituem por si só uma ameaça [para o resto da população mundial] e por isso aceitei a recomendação do Comité”. A mesma responsável sugeriu ainda “medidas preventivas”.

“Por si só, o Zika não é uma emergência internacional”, sublinhou por seu turno o diretor de emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), Bruce Aylwar.

“O que é uma ameaça e por isso uma emergência internacional são os dois grupos de casos de microcefalia atualmente no Brasil e os que ocorreram na Polinésia francesa em 2013 e 2014”, disse por sua vez David Heymann, presidente do Comité de emergências.

“Não pudemos estabelecer uma relação direta entre o vírus Zika e os casos de microcefalia e desordens neurológicas. É isso que devemos investigar. Mas os casos de malformações são tão graves que decidimos declará-los uma emergência”, acrescentou Heymann.

“O facto de se estar a expandir é outros dos argumentos para declarar a emergência”, sublinhou ainda.

Apesar da declaração de emergência, a OMS recusou a recomendação de restrições de viagens, incluindo a mulheres grávidas.

“Não fazemos nenhuma recomendação de restrição de viagens nem de comércio, nem sequer para as grávidas”, enfatizou Aylward.

A OMS confirmou que até à data foram detetados casos do vírus em 25 países e territórios das Américas.

"Verdes" querem
O grupo parlamentar “Os Verdes” quer alterar o Código da Publicidade e proibir a publicidade a produtos alimentares em...

O projeto de lei é discutido na sexta-feira e destina-se a regular a publicidade a produtos alimentares dirigida a crianças e jovens, alvos de mensagens sobre produtos que muitas vezes não são saudáveis.

Segundo um comunicado do partido ecologista, há estudos que assinalam o crescimento “para números chocantes” da obesidade infantil, pré-adolescente e adolescente, sabendo-se também que a alimentação e a aprendizagem alimentar das crianças é “determinante na saúde e na prevenção da obesidade”.

Assumindo a importância da televisão e da internet junto dos jovens, com as crianças a passar várias horas por dia em frente da televisão, o Grupo lembra, na nota justificativa do projeto, que as crianças consomem de forma passiva as mensagens que lhes chegam através do écran, nomeadamente a publicidade (muitas vezes feita também por jovens).

“Os spots e filmes publicitários que apelam ao consumo de alimentos pobres em nutrientes e muito ricos em gordura, açúcar, sal e aditivos químicos, designadamente aperitivos, fritos, refrigerantes, bolos, chocolates, pré-cozinhados, ´fast-food´ ou ´junk-food´”, apresentando-se muitas vezes como alimentação saudável, são “parte de um problema” que é o da “falta de educação para uma alimentação saudável”, diz a nota.

O partido ecologista já tinha apresentado em 2006 um projeto de lei sobre a mesma matéria, partindo do princípio de que a publicidade a alimentos visando os jovens leva a práticas alimentares erradas e que essas práticas levam a doenças como a obesidade.

“Hoje, 10 anos depois, as mesmas razões continuam válidas”, e apesar de “alguns passos”, como o Regime da Fruta Escolar, muito está por fazer “no sentido de remeter para um consumo marginal” os fritos, os aperitivos hipersalinos ou os doces, que provocam diabetes, cáries, problemas renais e obesidade, diz o partido.

E acrescenta: “A ocorrência de diabetes de tipo 2 (anteriormente conhecida como a diabete dos adultos), de dislipidemia, hipertensão arterial e de problemas de ordem psico-comportamental, já se tornaram vulgares nas crianças e jovens, não se podendo descurar o papel que uma dieta alimentar desadequada desempenha neste contexto”.

Nem o papel negativo de publicidade a alimentos centrada na imagem do produto, em mensagens subliminares, brindes, ofertas e promoções e não na sua importância dietética real.

O projeto de lei de “Os Verdes” altera o Código da Publicidade e torna proibida a publicidade e alimentos em publicações destinadas a público infantil e juvenil e na televisão em períodos dedicados aos mais jovens ou em filmes também com temática jovem. Também proíbe a publicidade na internet em páginas com conteúdos para jovens.

Infarmed
A Agência Europeia do Medicamento iniciou a revisão da informação relativa a todos os medicamentos contendo metformina.

Os medicamentos contendo metformina são utilizados no tratamento da diabetes tipo 2, isoladamente ou em associação com outros fármacos antidiabéticos orais ou com insulina.

Esta revisão deve-se à verificação que a informação que consta no resumo das características do medicamento (RCM) e no folheto informativo (FI), relativa à utilização destes medicamento em doentes com função renal reduzida, não se encontra harmonizada a nível europeu.

Em Portugal, de acordo com a Norma da Direção-Geral da Saúde, Norma nº 052/2011 de 27/12/2011 atualizada a 30/07/2013 - Abordagem Terapêutica Farmacológica na Diabetes tipo 2, a metformina é contraindicada (segundo RCM) na insuficiência renal com depuração da creatinina <60 ml/min (calculada pela formula Cockcroft-Gault):
a) O National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), a Haute Autorité de Santé (HAS) e as sociedades científicas internacionais propõem que a metformina seja administrada em dose reduzida (<1500 mg/dia) quando a depuração da creatinina se situar entre 60 e 30 mL/min e contraindicada para valores inferiores a 30 mL/min;
b) É recomendada a vigilância da função renal, duas a quatro vezes por ano, em doentes com níveis de depuração de creatinina no limite inferior da normalidade e em doentes idosos.

A justificação para estas recomendações e precauções nos doentes com uma função renal reduzida devem-se a os doentes tratados com metformina terem maior risco de desenvolver acidose láctica, uma complicação rara, mas grave, que se deve a uma acumulação de ácido láctico.

Os benefícios clínicos da metformina no controlo metabólico da diabetes e das complicações associadas a esta doença mantêm-se inalterados.

Os doentes com diabetes devem continuar a tomar os seus medicamentos conforme prescrito pelo médico. Caso tenham dúvidas, devem consultar o seu médico ou farmacêutico.

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) irá agora rever os dados disponíveis e emitir recomendações harmonizadas de utilização da metformina em doentes com problemas renais a nível europeu.

A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a esta matéria.

Quatro áreas disponíveis
A partir de hoje está disponível um portal do Serviço Nacional de Saúde, que congrega toda a informação existente sobre saúde,...

O novo site hoje apresentado, www.sns.gov.pt, está dividido em quatro grandes áreas estruturais: Serviço Nacional de Saúde (SNS), institucional, cidadão e profissional.

A primeira contém toda a informação de saúde que no passado estava dispersa, a segunda tem a visão das instituições, política de saúde e toda a informação relativa ao Ministério, a terceira dirige-se a todos os cidadãos e inclui toda a parte do portal do utente e o registo online, e a última pretende dar respostas aos profissionais relativamente as todas as suas necessidades.

Na nova página do SNS é possível acompanhar ao segundo as atualizações dos tempos de espera para urgências, das listas de espera, das vacinas ou dos gastos com medicamentos, bem como consultar dados relativamente a um determinado ano.

A título de exemplo, ficou a saber-se que durante o tempo que demorava a sessão de apresentação do site, 80 chamadas telefónicas deveriam ser atendidas pela linha saúde 24.

Em 2015 foram administrados 3,9 milhões de vacinas, 867 milhões foram gastos com medicamentos hospitalares, foram dispensados 3.805 genéricos por minuto, foram feitas 85 mil consultas por dia e 114 cirurgias por hora.

Segundo os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), a cargo de quem esteve a apresentação do site, até agora não era fácil encontrar este tipo de informação, porque não havia ainda uma biblioteca de dados do SNS, sendo objetivo desta iniciativa criar essa biblioteca com dados quantificáveis para o cidadão.

O ministro da Saúde, presente no evento, sublinhou que o objetivo do portal “é estabelecer uma relação diferente com os cidadãos, os dirigentes e os responsáveis” e que este permite um “diálogo e transferência para o cidadão da possibilidade de diariamente interpelarem a tutela ou os serviços”.

A transparência é também um dos principais objetivos da criação de um portal desta dimensão, visando disponibilizar toda a informação relativa ao acesso, à eficiência, à qualidade e à saúde dos portugueses.

“Estamos on-line e a nossa responsabilidade política também está online. É um serviço de cidadania responsável e serviço púbico, pois permite, por exemplo, acompanhar o tempo de demora nas urgências ou se os tempos de resposta garantidos para as listas de espera estão a ser assegurados”, frisou Adalberto Campos Fernandes.

O portal SNS contém mais de 180 variáveis médicas quantificáveis e relativas às mais diversas áreas, como transplantação, vacinação, urgências, emergência pré-hospitalar, consultas, internamentos ou partos, entre outras, permitindo inclusivamente cruzar dados, por exemplo, da vacinação com as Unidades de Saúde Familiar.

Trata-se do “primeiro e modesto contributo para cumprir a ambição do simplex na administração pública”, salientou o ministro, secundado por Maria Manuela Leitão Marques, ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, que quer integrar vários portais num mesmo ponto de contacto.

“Temos feito recolha da opinião de cidadãos e empresas para o programa simplex, e todos se queixam de muita informação dispersa. Espero que este seja um espaço agregador e que novas iniciativas de portais tenham sempre em conta esta sugestão dos cidadãos”, afirmou a ministra.

Polícia Judiciária
A Polícia Judiciária deteve um médico e duas farmacêuticas no âmbito de uma investigação por fraude ao Serviço Nacional de...

Em comunicado, a Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ) refere que a fraude se concretizaria em duas farmácias do distrito de Braga.

A PJ realizou buscas nessas farmácias, onde recolheu prova relacionada com a prática da atividade criminosa em investigação.

Segundo a PJ, o esquema fraudulento envolvia a faturação, por parte das farmácias, de vendas fictícias de medicamentos, para fins de comparticipação pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O esquema concretizava-se graças a receituário e prescrições médicas falsas.

“O montante da fraude já apurado ascende a cerca de um milhão de euros numa das farmácias e a cerca de 180 mil euros na outra”, acrescenta o comunicado.

Ainda de acordo com a PJ, os detidos estão indiciados dos crimes de burla qualificada ao Estado, corrupção, falsificação de documento agravada e falsidade informática.

Os detidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo ficado sujeitos às medidas de coação de proibição de contactos entre eles, proibição de ausência para o estrangeiro, suspensão de atividade e gerência das farmácias, prestação de cauções e apresentações periódicas no posto policial de residência.

Parlamento
A Assembleia da República vai discutir em plenário uma petição, que já foi assinada por quase dez mil pessoas, que pretende ver...

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que, até essa idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e mais nenhum outro alimento complementar ou bebida. Segundo a organização, o leite materno traz várias vantagens - promove o desenvolvimento sensorial e cognitivo, protege a criança de doenças crónicas e infecciosas, reduz tanto a mortalidade infantil como as doenças comuns da infância, como a diarreia ou a pneumonia, e ajuda na recuperação rápida das doenças.

A ideia da petição resultou “de frustração”, das dificuldades em cumprir a recomendação, diz Carina Pereira, que lançou a iniciativa. A licença de maternidade em Portugal é de quatro meses (remunerada a 100%), e pode ser alargada para cinco meses, mas a mulher perde cerca de 20% da sua remuneração, escreve o Jornal Público. Existe a possibilidade legal de a estender por mais três meses, mas apenas a receber 25% do salário, explica, “o que é complicadíssimo para a maioria das famílias”.

Carina Pereira, apesar de tudo, conseguiu. Quando foi mãe do Miguel, há três anos, para conseguir amamentar até ao meio ano, meteu cinco meses de licença, 15 dias de licença sem vencimento que juntou às férias. Para o Rodrigo, que tem agora 11 meses, meteu os cinco meses e alargou um mês a 25%. “Em Portugal não se cumpre porque não temos condições”.

Por isso teve a ideia de criar a petição “Licença de maternidade de 6 meses, pela saúde dos nossos bebés”. Aí se lê que “todas as mães que regressam ao trabalho aos quatro ou cinco meses deparam-se com a enorme dificuldade em conciliar o trabalho com a amamentação exclusiva. Isto leva a que, na sua grande maioria, introduzam outros alimentos precocemente, abandonando, muitas vezes, a amamentação.”

“Para que isso não aconteça, e Portugal possa ocupar um lugar cimeiro no que diz respeito à amamentação”, continua o texto da petição, “é fundamental que a licença de maternidade seja alargada para os seis meses”. Quando enviou a petição para o parlamento esta tinha 6740 assinaturas, mas a petição online continuou aberta e no domingo tinha quase dez mil subscrições.

Carina Pereira, que é subdiretora de uma escola de línguas no Porto, diz que esta é também uma forma de promover a natalidade. O que se pede “é mais um ou dois meses pagos a 100%. Implica um gasto para o país, mas, honestamente, acho que é fundamental dar este passo”.

Um relatório da Direção-Geral da Saúde de 2014 dava conta de que, numa amostra recolhida em centros de saúde durante 2013, 88% das mães amamentavam em exclusivo até à sexta semana de vida do bebé, percentagem que descia para 22% aos cinco meses de vida.

A OMS recomenda também que se continue a amamentar além dos seis meses mas não em exclusivo, passando o bebé a receber alimentos complementares (sopas, papas), devendo continuar com o aleitamento materno, pelo menos, até completar dois anos.

A petição 9/XIII/1.ª recebeu a confirmação da sua admissibilidade no parlamento na passada quarta-feira. Os peticionários serão ouvidos porque tem mais de mil subscritores e será apreciada em plenário por ter mais de 4000 . O parlamento terá agora 60 dias para apreciar a deliberação. Qualquer cidadão pode apresentar uma petição à Assembleia da República.

Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos classificou como “medida transitória positiva” a intenção do governo de permitir aos médicos...

Em declarações, José Manuel Silva considerou que a medida, a ser tomada de forma transitória, “não é um benefício particular para os médicos”, mas sim o colmatar de “uma necessidade dos doentes”.

“Temos um governo preocupado em encontrar uma solução justa, que permita, no imediato, dar médico de família a todos os cidadãos portugueses. Saudamos a medida. É positiva, justa e é transitória, só é necessária transitoriamente e durante um prazo muito reduzido”, afirmou José Manuel Silva.

A edição de hoje do Diário de Notícias revela que o Ministério do Saúde quer fazer uma proposta aos clínicos para regressarem aos hospitais e centros de saúde, que lhe permite a possibilidade de acumularem a pensão de reforma com um salário.

De acordo com o jornal, o Ministério da Saúde está a trabalhar com os responsáveis das Finanças para tentar que, sobretudo na área da medicina familiar, não se acentue a falta de profissionais, já que esta é uma das especialidades mais afetadas – só em cinco anos reformaram-se 1.299 clínicos.

Segundo o bastonário, o país tem atualmente um défice de 600 médicos nos cuidados de saúde primários, situação que pode ser colmatada no curto prazo chamando os clínicos que se encontram reformados.

“Neste momento, o número daqueles que estão a tirar a especialidade é suficiente para compensar as necessidades do país. Estão garantidos em excesso no futuro, mas a curto prazo é necessária uma medida transitória, de dois/três anos, para cativar e atrair os médicos reformados”, concluiu.

Estudo revela
Um estudo do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra revela que falha em células imunitárias...

Uma equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) descobriu como algumas células do sistema imunitário perdem a capacidade de combater a doença de Alzheimer, conhecimento que pode ajudar a encontrar um diagnóstico definitivo, afirma a Universidade de Coimbra (UC), numa nota divulgada.

“Descobrimos que os monócitos (células do sistema imunitário inato) de doentes de Alzheimer são incapazes de se deslocar quando estimuladas por substâncias produzidas no cérebro, o que pode levar à redução do número de células que podem ser recrutadas para o tecido nervoso e participar no combate à doença”, explica a coordenadora da investigação, Ana Luísa Cardoso.

A investigação, que foi desenvolvida durante quatro anos, identificou alterações moleculares nos monócitos de doentes que podem servir de ‘biomarcadores’ sinalizadores da doença de Alzheimer, tanto numa fase precoce como em estados mais avançados.

A especialista do CNC sublinha “a importância do estudo face à dificuldade em obter um diagnóstico definitivo em vida”, não sendo fácil distinguir as diversas formas de demência.

“Penso que demos um passo importante na direção de um diagnóstico mais preciso, uma vez que conseguimos identificar diferenças evidentes nos monócitos dos doentes de Alzheimer, sobretudo nas fases muito precoces semelhantes ao défice cognitivo ligeiro (DCL), comparativamente aos indivíduos saudáveis”, salienta a investigadora, citada pela UC.

“A descoberta é particularmente importante visto que estas alterações foram encontradas em células do sangue, as quais podem ser obtidas de forma fácil, rápida e não invasiva”, acrescenta Ana Luísa Cardoso.

O estudo, que já foi publicado na revista ‘Alzheimer's & Dementia: Diagnosis, Assessment & Disease Monitoring’, teve a colaboração da neurologista Isabel Santana, coordenadora da Consulta de Demência do Serviço de Neurologia do CHUC (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra).

Recorrendo a amostras de sangue de doentes de Alzheimer, com DCL e de pessoas saudáveis, a investigação revelou igualmente, pela primeira vez, defeitos funcionais importantes nos monócitos, células que têm sido apontadas como tendo efeitos terapêuticos em modelos animais de Alzheimer.

De acordo com Ana Luísa Cardoso, “é necessário enfatizar que este tipo de trabalhos com doentes é muito importante, visto que nem sempre os estudos em animais têm uma translação direta para humanos”.

Os resultados da investigação sugerem ainda que “as alterações associadas à doença de Alzheimer não ocorrem apenas no cérebro, mas também no sangue, o que pode abrir caminho para novas terapias não invasivas”, admite a investigadora do CNC.

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