Que relação?
Apesar de decréscimo registado nos últimos anos, as doenças cardiovasculares continuam a ser a prime
Periodontite e doença cardiovascular

As doenças cardiovasculares estão associadas a vários fatores de risco. A doença periodontal é um deles.

Estudos recentes comprovam esta relação justificando-a com o facto de que as proteínas inflamatórias e as bactérias, presentes no tecido periodontal, penetram na corrente sanguínea provocando alterações a nível do sistema cardiovascular.

Esta conclusão foi retirada de uma pesquisa que envolveu mais de 650 participantes, e de onde foi possível observar a relação entre a presença de bactérias, que causa periodontite, e o espessamento da parede dos vasos sanguíneos observado em doenças cardíacas.

Os pesquisadores demonstraram ainda que os indivíduos com doença periodontal têm o dobro de probabilidades de sofrer de doenças cardíacas, do que os indivíduos sem doença periodontal.

Por outro lado, a passagem frequente de algumas bactérias orais para o sangue pode, ainda, permitir a acumulação das mesmas na parede do coração, levando ao desenvolvimento de um quadro de infeção, conhecido por endocardite. A endocardite não acontece em corações saudáveis e desenvolve-se quando germes entram na corrente sanguínea, viajam até o coração (normalmente com alguma condição de saúde pré-existente) e se ligam às suas válvulas ou tecido. Na maior parte dos casos a infecção é causada por uma bactéria, mas fungos ou outros microrganismos também podem levar ao desenvolvimento da doença.

Deste modo, o tratamento periodontal de pacientes com cardiopatias é de fundamental importância.

De acordo com a Academia Americana de Periodontia, o tratamento da periodontite pode prevenir o desenvolvimento e progressão de arteriosclerose.

O que é a doença Periodontal?

Antigamente conhecida como piorreia, a doença periodontal corresponde a uma inflamação e/ou infeção dos ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes.

A periodontite acontece quando a gengivite (inflamação e infecção das gengivas) não é tratada ou quando o seu tratamento é adiado. Os quadros infecciosos e inflamatórios passam das gengivas para os ligamentos e ossos que dão suporte aos dentes. A perda deste suporte faz com que os dentes fiquem soltos e acabem por cair, fazendo da doença periodontal a principal causa de perda de dentes nos adultos.

São fatores de risco:

  • Gengivite
  • Predisposição genética
  • Maus hábitos de saúde bucal
  • Tabaco
  • Diabetes
  • Idade avançada
  • Má nutrição
  • Alguns medicamentos
  • Alterações hormonais relacionadas com a gravidez ou menopausa
  • Abuso de substâncias, como álcool e drogas
  • Problemas dentários estruturais

A boa higiene oral é, deste modo, a melhor forma de prevenção da periodontite. Ela deve incluir a escovagem e o uso de fio dentário diariamente, para além de limpezas profissionais regulares dos dentes.

A prevenção e o tratamento da gengivite reduzem, também, o risco de desenvolvimento da doença periodontal.

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Dia Europeu da Disfunção Sexual
No dia em que se assinala o Dia Europeu da Disfunção Sexual falamos-lhe do problema no feminino.

No passado acreditava-se que apenas questões psicológicas e sociais estavam na origem da disfunção sexual feminina. No entanto, atualmente, sabe-se que não é bem assim.

De acordo com a Associação para o Planeamento da Família, “as causas que podem estar na origem ou contribuir para estas dificuldades podem ser orgânicas, psicológicas ou mistas”.

Na realidade, problemas de saúde físicos e psicológicos, uso de medicamentos, tabagismo, problemas afetivos ou de natureza relacional, falta de experiência sexual e de conhecimento do corpo, traumas sexuais, assim como fatores sócio económicos e profissionais pode refletir-se de forma negativa na resposta sexual.

Diabetes, doenças cardíacas, doenças neurológicas, alcoolismo ou uso de drogas são algumas das condições que podem causar a redução do desejo sexual da mulher.

Também a menopausa se encontra fortemente ligada à disfunção sexual feminina. Nesta fase, que sinaliza o fim do período fértil da mulher, os ovários produzem menos hormonas, diminuindo a produção de testosterona que, embora seja uma hormona masculina, também circula no corpo da mulher e está relacionada com a libido feminina.

Por outro lado, também a fase do ciclo menstrual em que se encontra pode afetar o desejo e o prazer da mulher.

Se, por um lado, durante a menstruação, graças às altas concentrações hormonais, a mulher tem um maior apetite sexual, na semana que a antecede há uma quebra da libido.

Relativamente ao uso de medicamentos, alguns fármacos podem afetar o apetite sexual. O uso de contraceptivos, por exemplo, é apontado por alguns especialistas, como responsável pelo problema.

A verdade é que, alguns tipos de pílulas são produzidas com um tipo de progesterona sintético – ciproterona – , que interfere com a produção de testosterona, contribuindo para a redução da libido.

Os anti-depressivos também podem contribuir para a redução do desejo sexual. Alguns diuréticos e anti-fúngicos podem alterar o metabolismo hormonal.

Nos fatores psicológicos que podem conduzir a estes problemas encontram-se, por exemplo, os conflitos relacionados com a auto-estima. Quando a mulher não gosta ou não se sente confortável com o seu corpo poderá ter problemas com a sua libido, já que o sexo envolve a exposição do seu corpo.

Outros fatores como ansiedade, insegurança ou conflitos com o parceiro podem interferir no desejo sexual.

Por outro lado, a expectativa de atingir o orgasmo pode ter o efeito inverso. A verdade é que, quando a mulher vive o relacionamento sexual de forma ansiosa ou preocupada pode apresentar dificuldade em entregar-se ao prazer.

Também uma educação rígida pode ser responsável por crenças e conceitos errados em relação ao sexo oposto, sexualidade, masturbação e orgasmo. Vários relatos há que dão conta que algumas mulheres se sentem culpadas e por isso não conseguem atingir o orgasmo.

As disfunções sexuais femininas:

Desejo sexual hipoativo - caracteriza-se pela diminuição ou ausência total de desejo sexual. “Alterações hormonais, doenças endócrinas, toma de determinados medicamentos ou fatores psicológicos tais como depressão ou perturbações de ansiedade, podem contribuir para a diminuição do desejo sexual”, alerta a APF.

Aversão sexual – Mulher apresenta total aversão ao contato sexual, evitando-o a todo o custo. Esta disfunção pode ser consequência de uma educação sexual repressiva, de um passado de violência ou abuso e dispareunia.

Perturbação da excitação sexual – consiste na dificuldade em manter um estado de excitação sexual, que resulta na ausência ou diminuição da lubrificação vaginal. Pode ser resultado de alterações hormonais, por exemplo.

Perturbação do orgasmo – caracteriza-se pela dificuldade ou incapacidade persistente ou recorrente em atingir o orgasmo, após uma fase normal de excitação sexual.

Dispareunia – dor persistente na zona genital ou pélvica durante as relações sexuais. Alguns problemas orgânicos como inflamações ginecológicas, fatores relacionais ou conflitos psicossexuais podem estar na causa desta disfunção.

Vaginismo – dificuldade em tolerar a penetração que acontece devido à contração involuntária dos músculos do períneo “adjacentes ao terço inferior da vagina”.

Na origem do vaginismo podem estar fatores orgânicos ou psicológicos e emocionais.

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O que são?
A necessidade do uso do preservativo nas relações sexuais é, já há muito, recomendada pelos especial

As Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST) são infeções contagiosas transmitidas por via sexual, que podem desencadear as chamadas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

Apesar de designarem condições diferentes, estes dois termos são muitas vezes entendidos como sinónimos.

Na realidade, a infeção “é a invasão de tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de agentes capazes de provocar doenças”, enquanto a doença infeciosa “corresponde a qualquer doença clinicamente evidente – manifestando-se através de sintomas e sinais, com alterações fisiológicas, bioquímicas e hispatologicas – como consequência das lesões causadas pelo agente e pela resposta do hospedeiro”.

Nem sempre as IST se manifestam de forma clara, pelo que os especialistas aconselham rastreios e exames clínicos de diagnóstico.

Algumas infeções provocam apenas sintomas na mulher, outras no homem. E, não raras vezes, elas podem ser assintomáticas, daí a necessidade de tomar cuidados redobrados e não esquecer o uso do preservativo.

Apesar de não apresentarem sintomas, com alguma frequência, os sinais mais evidentes de uma IST são: corrimentos vaginais ou uretrais (no caso dos homens), a presença de vermelhidão, bolhas, verrugas, ou vesículas nos órgãos genitais e à sua volta.

Dor ou sensação de ardor ao urinar, dor na zona pélvica, sensação de dor ou desconforto durante as relações sexuais e febre são outros sinais de alerta.

Em certos casos, as consequências de uma Infeção Sexualmente Transmissível não tratada manifestam-se mais tarde, sem que se tenha detetado anteriormente qualquer sinal fora do normal.

Uma das complicações mais graves das IST é a infertilidade.

A utilização de métodos barreira, como é o caso do preservativo (mas não só), é a forma mais eficaz na prevenção de uma Infeção Sexualmente Transmissível sempre que existam relações sexuais, inclusive para proteger os chamados brinquedos sexuais – aspeto muitas vezes esquecido.

Entre as Infeções Sexualmente Transmissíveis encontram-se:

  • Clamídia: infeção do tipo bacteriano que pode afetar o pénis, vagina, colo do útero, anús, uretra, garganta ou olhos. É uma infeção bastante comum, transmitida por via sexual e que se pode transmitir de mãe para filho.
  • Gonorreia: também popularmente conhecida por “esquentamento”, é uma infeção causada por uma bactéria. Geralmente não apresenta sintomas, no entanto, pode causar dor pélvica, hemorragia, febre, corrimento, dor ou ardor ao urinar. A consequência mais grave no caso das mulheres é a infertilidade. Nos homens, há um maior risco de desenvolver cancro da próstata.
  • Sífilis: Frequentemente assintomática, o que dificulta o seu diagnóstico. “Após infeção, existe um período latente que dura em média três semanas e durante este período não são visíveis quaisquer sintomas, podendo manter-se assintomática durante um tempo considerável”. A Sífilis Primária caracteriza-se por uma úlcera indolor no ponto de exposição bacteriana. Pode afetar os genitais, uretra, ânus, colo do útero, lábios e boca.
  • Herpes Genital: causada pelos vírus herpes simplex do tipo 1 (que provoca lesões na mucosa oral) ou pelo vírus herpes simplex do tipo 2 (lesões nos genitais ou ânus). Tem um período de incubação que vai entre três a sete dias. Caracteriza-se pelo aparecimento de vesículas e lesões na área genital, provocando dor, prurido e ardor ao urinar.
  • Tricomoníase: infeção provocada por um parasita – Trichonomas Vaginalis. Pode causar pequenas hemorragias, prurido ou comichão, inchaço nas virilhas, corrimento com odor intenso e cor alterada. Nos homens, traz maior necessidade de urinar com dor ou ardor e irritação no pénis. É tratada com antibióticos.

A utilização do preservativo é o único método contraceptivo que diminui o risco de contágio.

  • Hepatite B: infeção viral que ataca o fígado e pode causar doença aguda ou crónica. O vírus é extremamente contagioso e esta é a mais perigosa de todas as hepatites, uma vez que apresenta associado um elevado risco de morte por cirrose ou cancro do fígado. Um dos comportamentos de risco são as relações sexuais desprotegidas.
  • Vírus do Papiloma Humano (HPV): “Existem mais de 100 tipos de HPV”. Estima-se que 80% das mulheres e homens tenham contato com o vírus em alguma fase da sua vida. Quando afeta o aparelho genital causa condilomas, conhecidos como verrugas genitais.

As relações sexuais precoces, desprotegidas e elevado número de parceiros são alguns dos fatores de risco.

  • VIH/SIDA: O vírus do VIH encontra-se no sangue, sémen e nos fluidos vaginais das pessoas infetadas.

A infeção pode ser prevenida através da utilização do preservativo e não partilhado objetos que possam ter estado em contato com fluidos contaminados.

Não há ainda uma cura para a infeção pelo VIH e SIDA. Os tratamentos passam pela administração de uma terapêutica anti-retrovírica. 

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Estudo
Um estudo divulgado pela revista científica Science mostra evidências de uma "subtil mas significativa" ligação entre...

"A nossa principal conclusão é que o DNA do 'Homem Neandertal' influencia realmente os traços clínicos nos humanos modernos", lê-se no artigo, citado pela agência de notícias AFP.

"Descobrimos associações entre o DNA e um vasto leque de traços em doenças imunológicas, dermatológicas, neurológicas, psquiátricas e reprodutivas", acrescenta o estudo.

Já em 2010 os cientistas tinham encontrado nos europeus uma percentagem de traços dos neandertais que podia chegar a 4%, acrescentando agora que o o DNA do homem moderno contém variantes de 135 mil genes que foram passados dos neandertais, que desapareceram há cerca de 30 mil anos.

O estudo mostra ainda que estas variantes estão ligadas a um aumento do risco de contrair 12 doenças, incluindo depressão e ataques de coração.

Ministério da Saúde
A vacina BCG, que tem estado indisponível em Portugal, vai hoje começar a ser distribuída pelas administrações regionais de...

Uma falha de produção do laboratório que fabrica a BCG (contra a tuberculose) para a Europa esteve na origem dos problemas de fornecimento da vacina em Portugal, que começaram em março do ano passado.

Segundo uma nota oficial do Ministério da Saúde, a distribuição das vacinas pelas administrações regionais de saúde (ARS)e pelas regiões autónomas da Madeira e dos Açores vai hoje arrancar.

Estas vacinas destinam-se a crianças com menos de seis anos, pertencentes a grupos de risco, como: provenientes de países com elevada incidência de tuberculose; que coabitem ou convivam com portadores de VIH/sida ou dependentes de droga e álcool; que pertençam a comunidades com risco elevado de tuberculose; ou viajantes para países com elevada incidência de tuberculose.

“Portugal já faz parte dos países desenvolvidos com baixo risco de infeção por tuberculose, e tem um sistema de informação eficaz para monitorizar a doença”, refere o comunicado do Ministério.

Adianta que a vacinação é da responsabilidade a nível local (unidades de saúde), com as crianças de risco a serem identificadas pelas respetivas unidades de saúde e convocadas para vacinação.

O Ministério recorda que a vacina BCG pode ser dada na mesma altura em que se administram outras vacinas do Programa Nacional de Vacinação.

Fitoterapia e Acupunctura
Todos os excessos cometidos, seja de que forma for, são prejudiciais ao organismo.
Fitoterapia e Acupunctura

“Todo o excesso alimentar, principalmente de alguns nutrimentos menos saudáveis, irá provoca a acumulação de substâncias tóxicas no nosso corpo”, começa por explicar Hélder Flor, especialista em Medicina Tradicional Chinesa. O resultado é um organismo intoxicado, “entupido, com dificuldades a nível da circulação de oxigénio e sangue, por exemplo”. Sintomas como dores de estômago, vómitos, enjoos, azia e sensação de enfartamento podem ser os principais sinais. “Sobretudo, se persistirem durante vários dias”, adianta o terapeuta.

“A alimentação e a Medicina Tradicional Chinesa sempre estiveram intimamente relacionadas ao longo dos séculos. O pensador da Dinastia Shang (séc. XVI ao séc. XI a.C.), Yi Yin, elaborou uma teoria utilizada até aos dias de hoje”, refere.

De acordo com Hélder Flor, esta teoria relaciona os cinco sabores – doce, amargo, picante, salgado e ácido – às cinco necessidades nutricionais dos cinco principais sistemas de órgãos do corpo – Coração, Fígado, Baço-Pancreas, Pulmões e Rins.

“O objetivo é encontrar nos alimentos valor medicinal, até porque tanto os alimentos como os medicamentos têm a mesma origem”, explica.

“Os alimentos, para a Medicina Tradicional Chinesa, são precisamente um dos fatores mais importantes na conservação e manutenção da saúde. E mesmo na medicina ocidental há, cada vez mais, essa preocupação. Já o «pai da medicina», Hipócrates, dizia «que o teu alimento seja o teu medicamento»”, acrescenta Hélder Flor.

Para a Medicina Tradicional Chinesa, os excessos alimentares vão prejudicar ou dificultar a função do baço e pâncreas, considerado um órgão único.

“Uma das suas principais funções é auxiliar a digestão através do transporte e transformação da essência dos alimentos”, explica o especialista.

Tendo em conta esta característica, o baço é um órgão importante para a separação entre o que é tóxico e o que não o é.

“Se este órgão estiver bloqueado isso irá refletir-se ao nível da digestão”, diz.

Na realidade, tendo esta importância para a manutenção da saúde, também o sistema imunitário, nervoso ou endócrino é afetado, caso exista algum desequilíbrio no seu funcionamento.

“Outro dos órgãos que podem ser afetados pelos excessos alimentares é o fígado. Para a Medicina Tradicional Chinesa, é ele o responsável pela eliminação de toxinas e resíduos a todos os níveis – físico, mental e psíquico.

“Quando é afetado todo o corpo o acaba por ser, já que ele é responsável pelo livre fluir do Qi – energia vital que existe tanto dentro como fora do corpo humano”, acrescenta Hélder Flor.

De acordo com o terapeuta, a acupunctura aliada a outras técnicas da Medicina Tradicional Chinesa, como a Fitoterapia (“terapêutica que recorre ao uso de ingredientes de origem vegetal, mineral ou animal para o tratamento de patologias ou desequilíbrios”) ajuda a restabelecer o equilíbrio do organismo “de forma saudável e sem recurso a químicos”.

“Ao estimular pontos específicos no corpo, ajuda a reequilibrar os órgãos melhorando todos os aspetos dos organismo”, justifica.

“A acupunctura estimula a circulação sanguínea local, mais concretamente nos pontos chamados de acupunctura, o que vai fazer com que sejam produzidas uma série de substâncias que fazem com que exista um equilíbrio destes sistemas – imunitário, endócrino ou nervoso”, explica o especialista em Medicina Tradicional Chinesa.

O aumento de peso e o aparecimento de gordura localizada são outras das consequências dos excessos alimentares.

“Neste sentido, tanto a acupunctura como a fitoterapia são técnicas de reconhecida eficácia no controlo do apetite e à correção dos desequilíbrios que estejam a contribuir para essa tendência”, adianta.

De acordo com Hélder Flor, o tratamento para estes casos passa pela utilização de acupunctura sistémica “para reequilibrar os órgãos”, a utilização de electrolipólise através de acupunctura – “técnica que provoca o rebentamento das células adiposas e aumenta o metabolismo, acelerando o gasto calórico, para além de promover a irrigação sanguínea”, e da fitoterapia “através da prescrição de plantas que ajudam a reduzir o apetite e a eliminar a retenção de líquidos”.

“Na desintoxicação, a fitoterapia recorre, por exemplo, à Fu Ling (Poria), Pu Gong Ying (Dente de Leão), Huang Lian (Rhizoma Coptidis) ou à ShengJiang (Gengibre fresco)”, acrescenta o terapeuta.

No entanto, apesar de dado este exemplo, o plano de tratamento é sempre adequado às necessidades de cada pessoa. 

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Dançar é terapêutico

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14 de fevereiro - Dia Europeu da Disfunção Sexual
Estudo diz que maioria pretende soluções tomadas 15 minutos antes, que permitam relação mais natural.

Os homens que sofrem de disfunção erétil querem medicamentos que não lhes obriguem a programar a atividade sexual com tantas horas de antecedência. A maioria deseja soluções que possam ser tomadas 15 minutos antes da relação. Estas são algumas das conclusões do inquérito realizado por Andrea Burri, investigadora lusodescendente que trabalha no Departamento de Psicologia da Universidade de Zurique, recentemente publicado no International Journal of Impotence Research.  

“O estudo teve como objetivo avaliar as necessidades e expetativas terapêuticas de pacientes com disfunção erétil numa diversidade de aspetos relacionados com a atividade sexual e com os medicamentos, tais como a importância da espontaneidade e naturalidade da relação, a satisfação do parceiro, múltiplos episódios no contexto de uma relação sexual, início ideal de ação, bem como a duração ideal do efeito do medicamento”, explica a autora. 

No documento pode ler-se que “um rápido início de ação de cerca de 15 minutos e uma duração de ação inferior a 12 horas foram os aspetos considerados como prioritários por homens com disfunção erétil para poderem ir de encontro aos seus desejos e expetativas predominantes”. 

Referindo-se os inquiridos àquilo que entendem como uma vida sexual plena, “a capacidade de proporcionar prazer ao parceiro foi considerado o aspeto mais importante”, revela Andrea Burri. A maioria dos homens (38,1%) considerou ainda que seria desejável um início de ação de cerca de 15 minutos. No seu conjunto, 95,9% dos homens consideraram ser desejável uma duração de ação até 4 horas e aproximadamente 71% dos homens entenderam uma duração superior a 12 horas como demasiado longa. 

Os resultados foram obtidos através de inquérito online no qual participaram 1.124 homens com disfunção erétil e 410 homens saudáveis. “Todos os grupos consideraram como o aspeto mais importante relativo à função erétil a manutenção da ereção até o parceiro atingir o orgasmo”, conclui a investigadora.

Serviço Nacional de Saúde
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, garantiu, no Porto, que o Serviço Nacional de Saúde dispõe de uma...

“Os utentes podem ter confiança que durante o dia ou durante a noite há uma resposta de radiologia que é adequada e segura para os seus problemas de saúde”, afirmou Fernando Araújo.

Questionado pelos jornalistas sobre falta de especialistas em radiologia à noite e fins de semana nos hospitais da região Norte, que tem vindo a ser denunciada desde dezembro de 2015, o secretário de Estado disse ser “necessário sossegar e tranquilizar as pessoas” porque existe “uma resposta de radiologia durante o período noturno nas principais instituições hospitalares do Norte e do país”.

“Temos uma resposta semelhante à que acontece na maior parte das cidades europeias e americanas”, sublinhou, admitindo a possibilidade de “contratar recursos humanos que estejam disponíveis”, desde que exista “capacidade do ponto de vista orçamental”.

De acordo com o secretário de Estado, o recurso à telerradiologia também acontece em hospitais do Centro e Sul do país, “assim como existe noutras cidades da Europa e do mundo”.

Secretário de Estado
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou, no Porto, que é “expectável” que Portugal consiga ter até junho “as...

“É expectável que neste primeiro semestre de 2016 consigamos ter as primeiras respostas de forma efetiva não só em instituições, mas também na comunidade, na família, com o apoio de equipas altamente preparadas, para termos uma resposta de qualidade para esses doentes”, disse Fernando Araújo.

O secretário de Estado falava aos jornalistas na abertura do 14º Congresso Nacional de Bioética que tem como tema central os “cuidados Paliativos na Criança”.

“É uma área [cuidados paliativos pediátricos] em que estamos muito empenhados e essa será a primeira a ter uma resposta efetiva no terreno, até primeiro do que a dos adultos”, sublinhou.

Sem especificar o número de unidades e de camas que serão criadas para este tipo de cuidados em fim de vida, Fernando Araújo referiu que “o que será primeiramente abordado será a organização, o modo de funcionamento e a formação das várias equipas”.

“Naturalmente, que a questão das vagas e dos locais será importante, mas mais importante é a reposta que é necessária para esses doentes e para essas famílias. É nisso que estamos muito focados”, acrescentou.

O presidente da Associação Portuguesa de Bioética e responsável pelo congresso, Rui Nunes, defendeu que “os cuidados paliativos devem definitivamente passar a ser considerados como uma prioridade na saúde”.

Esta necessidade de dar prioridade aos cuidados paliativos, acrescentou, coloca-se quer na área dos adultos, onde existe uma enorme carência - pelo menos 60% das pessoas que morrem necessitam de cuidados paliativos -, quer na área das crianças, onde o problema ainda é mais grave.

De acordo com o responsável, “necessitaremos de cerca de 400 camas de paliativos pediátricos e há um enorme vazio no nosso país”.

“Isso implica várias coisas”, disse Rui Nunes, referindo que “implica, em primeiro lugar, criar uma rede para adultos e crianças e implementá-la de facto no terreno e, por outro lado, apostar na formação profissional. Não basta ter as infraestruturas, é necessário também ter pessoal especificamente preparado nesse domínio. Há aqui um trabalho ainda intenso a fazer”.

Também o presidente da Secção Regional da Ordem dos Médicos do Norte, Miguel Guimarães, considerou que “mais importante" do que debater a eutanásia, o grupo que recentemente assinou o manifesto em defesa da morte assistida, deveria "preocupar-se também com o facto de não existir em Portugal uma boa rede de cuidados paliativos, que permita o acesso a todos os doentes”.

Salientou, contudo, que Portugal aparece “bem qualificado” num estudo internacional divulgado recentemente sobre cuidados em fim de vida.

“Concretamente, em 80 países estudados, utilizando cinco indicadores mais frequentes para referenciar a qualidade no fim de vida, Portugal aparecia qualificado em 24º lugar, o que é de facto saudável”, acrescentou.

Reforma do Serviço Nacional de Saúde
O coordenador para a Reforma do Serviço Nacional de Saúde, na área dos Cuidados de Saúde Hospitalares, António Ferreira, disse...

A notícia surge no mesmo dia em que o Governo nomeou, em Conselho de Ministros, o novo conselho de administração do hospital de S. João, no Porto, liderado por António Oliveira e Silva.

António Ferreira, ex-presidente da administração desse hospital, foi nomeado coordenador nacional para a reforma hospitalar, no final de 2015, tendo o despacho, com a sua nomeação, sido publicado no passado dia 7 de janeiro.

A nomeação de António Ferreira surgiu na sequência da criação, pelo atual Governo, de três equipas responsáveis pela apresentação de propostas para a reforma do Serviço Nacional de Saúde, nas áreas dos Cuidados de Saúde Primários, dos Cuidados Continuados Integrados e dos Cuidados de Saúde Hospitalares.

O sucessor de António Ferreira será nomeado pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física
A Universidade do Porto está a realizar um inquérito nacional sobre os hábitos alimentares e atividade física dos portugueses,...

Fonte ligada à iniciativa disse que o Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física (IAN-AF) é o primeiro estudo do género realizado desde 1980 e visa atualizar a informação recolhida nessa altura pelo Centro de Estudos de Nutrição do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), escreve o Sapo.

Para obter os resultados pretendidos, vão ser inquiridas cerca de 5.000 pessoas, de idades compreendidas entre os três meses e os 84 anos, divididas por faixa etária e selecionadas aleatoriamente através do registo de utentes do Serviço Nacional de Saúde.

A mais-valia do projeto, para além da recolha de dados relevantes em saúde pública, é a "ideia de formar um sistema de vigilância” para "suportar aquilo que é o planeamento em saúde", disse à Lusa a investigadora do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto(ISPUP) que coordena o estudo, Carla Lopes.

Para a recolha dos dados, foi concebida uma plataforma eletrónica que permite "cumprir requisitos de complexidade metodológica na área alimentar", onde são inseridas as informações com base em instrumentos harmonizados de acordo com as recomendações da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, que permitirá a comparação de dados com outros países europeus, acrescentou a investigadora.

Os objetivos principais do IAN-AF passam pela avaliação do consumo, segurança e insegurança alimentar (associada a fatores socioeconómicos) bem como a avaliação dos níveis de atividade física - inclui comportamentos sedentários e hábitos desportivos - e a caracterização das dimensões alimentares, de atividade física e antropométricas (peso, altura, perímetro da cintura e do braço) por região.

Com este inquérito, "pretende-se dar satisfação aos indicadores de saúde clássicos, mas também discutir com outros potenciais parceiros, como é o caso dos ministérios da Agricultura e do Mar, outros indicadores de sustentabilidade do sistema alimentar", indica Carla Lopes.

Os inquéritos são feitos nos centros de saúde por 40 profissionais, distribuídos por sete regiões, que fazem, em média, 100 entrevistas por dia.

Esta etapa é dividida em duas fases: na primeira, com duração de cerca de uma hora e 15 minutos, os utentes respondem a questões relacionadas com a alimentação, dados demográficos, comportamentos de saúde, atividade física e comportamentos sedentários, havendo, passados oito a quinze dias, uma segunda entrevista, de 30 minutos, que inclui também aspetos de insegurança alimentar.

A fase das entrevistas tem a duração de um ano – iniciou-se em outubro de 2015 e mantém-se até setembro de 2016 – para avaliar as variações sazonais nos hábitos alimentares e físicos da população, estando previsto que o relatório com os resultados obtidos seja apresentado no primeiro trimestre de 2017.

O projeto, onde estão envolvidos 13 investigadores nacionais principais e uma investigadora norueguesa, é coordenado pela Universidade do Porto, e conta com a participação das faculdades de Medicina, Nutrição e Desporto e Instituto de Saúde Pública da UPorto.

Participam ainda no projeto a Faculdade de Medicina e Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, a Faculdade de Medicina de Oslo, o INSA e a SILICOLIFE - empresa que se dedica à criação de soluções de Biologia Computacional para as Ciências da Vida -, com o apoio do programa EEAGrants - Iniciativas em Saúde Pública, cujo financiamento ronda os 750 mil euros.

Estudo revela
A exposição a curtos flashes de luz durante a noite pode ajudar o ser humano a adaptar-se ao novo fuso horário, de acordo com...

A luz atravessa as pálpebras que enviam informação ao cérebro para reajustar o relógio biológico, defendem investigadores da Universidade de Stanford.

O teste, segundo o Sapo, foi feito em 39 voluntários e concluiu que o método consegue mudar o horário biológico do ser humano em duas horas e adaptá-lo a um novo fuso horário.

De acordo com os investigadores, foi apenas necessário uma hora de terapia de flash para atingir este efeito, escreve a BBC.

O corpo humano adota ritmos circadianos que são difíceis de alterar. Em viagens para regiões com fusos horários diferentes - sobretudo quando se viaja em direção ao Leste - os horários biológicos demoram a ser reprogramados pelo organismo.

O jet lag pode deixar quem viaja cansado, irritado, desorientado e sonolento durante vários dias.

Algumas pessoas optam por tomar comprimidos de melatonina, que imita os efeitos de uma das hormona que regula os ciclos de sono.

Estudo
Desde 2013 que o Código Penal considera as agressões entre namorados e ex-namorados um crime de violência doméstica.

Um estudo sobre violência no namoro realizado junto de 2.500 jovens revela que quase um terço dos rapazes (32,5%) acha legítimo exercer violência sexual sobre a sua namorada e que, segundo a Rádio Renascença, 14,5% das raparigas não considera violência forçar um beijo ou relações sexuais.

Também 32,5% dos rapazes inquiridos diz não considerar forçar o beijo ou a relação sexual como uma forma de violência, indica a criminóloga Cátia Pontedeira, da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), que divulga esta sexta-feira no Porto o resultado do estudo sobre a prevalência e legitimação da violência no namoro.

O estudo, desenvolvido nos últimos quatro meses, inquiriu jovens entre 12 e 18 anos do Grande Porto, Braga e Coimbra e conclui que os rapazes legitimam mais os comportamentos violentos do que as raparigas, sendo que, da totalidade dos 2.500 jovens, "16% consideram normal forçar o/a companheiro/a a ter relações sexuais".

Realizada no âmbito do projecto Artways – Políticas Educativas e de Formação contra a Violência e Delinquência Juvenil, a investigação indica ainda que "7% dos jovens já tinham sofrido algum tipo de violência nas suas relações de namoro" e que a maior parte da violência descrita é psicológica.

A violência física no namoro foi assumida por 5% do total de jovens inquiridos e a violência sexual foi reportada por 4,5% dos jovens.

"Estes dados de prevalência de violência são preocupantes", considera, em declarações à agência Lusa, a criminóloga da UMAR, lembrando que se está a falar de um grupo de jovens cuja idade média é de 14 anos.

Segundo a UMAR, que faz estudos sobre violência de namoro desde 2009, estes dados revelam que a "vitimização tem subido ligeiramente, o que não significa necessariamente que haja mais vítimas no namoro.

"Pode significar, por exemplo, que há um maior reconhecimento deste fenómeno e, portanto, uma maior denúncia, uma maior procura de ajuda e também maiores dados estatísticos em termos da sua prevalência.

"Os dados deste estudo levam-nos a afirmar e defender que há ainda uma grande necessidade de trabalhar estes temas com os jovens", defende Cátia Pontedeira, lembrando que a UMAR está a desenvolver um trabalho de "prevenção primária na violência de género e que está a decorrer nas escolas há mais de 12 anos.

Por violência física entenda-se violência que deixa marcas visíveis físicas e actos que não deixem vestígios, como por exemplo "empurrar ou puxar".

Na violência sexual está implícito a violação, mas também pressões verbais como dizer "se não fazes sexo, não gostas de mim ou estás a perder o interesse em mim". Já na violência psicológica, a maior incidência são as proibições de estar ou falar com amigos ou mexer no telemóvel.

Em Fevereiro de 2013, o Código Penal passou a considerar crime de violência doméstica as agressões entre namorados e também entre ex-namorados.

Instituto Nacional de Saúde
A taxa de incidência da gripe em Portugal foi baixa, na semana passada, e com tendência decrescente, segundo um boletim do...

De acordo com o documento, a taxa de incidência foi de 41,7 por 100 mil habitantes (47,8 na semana anterior), numa semana em houve um aumento de casos de gripe na Europa.

Na semana passada, o vírus da gripe do tipo A foi o mais detetado, em 12 dos 22 casos analisados, um valor semelhante ao de semanas anteriores.

O Instituto Nacional de Saúde salienta que os vírus da gripe circulantes são, na sua maioria, semelhantes aos vírus contemplados na vacina antigripal, que foi distribuída para este inverno.

No boletim, o Instituto explica que, na semana em questão, foram admitidos 17 novos casos de gripe em unidades de cuidados intensivos, “estimando-se em 6,3% a taxa de admissão por gripe”, em unidades de cuidados intensivos.

Este valor é mais elevado do que o estimado em semanas anteriores, diz-se ainda no documento, no qual se explica que, em 85% dos doentes, foi identificado o vírus influenza A.

O Instituto afirma ainda que a mortalidade por todas as causas, na primeira semana de fevereiro, foi de acordo com o esperado, e que as temperaturas estiveram em valores próximos do normal.

Investigadores eslovenos
Um grupo de investigadores eslovenos anunciou ter conseguido provar a relação entre o vírus Zika e a microcefalia ao investigar...

Mara Popovic, do Instituto de Patologia da Faculdade de Medicina de Liubliana, anunciou em conferência de imprensa na capital eslovena que o vírus foi encontrado nos neurónios do cérebro do embrião da mulher, contagiada no início da gestação.

Fica assim demonstrado que o Zika ataca sobretudo as células nervosas do feto, segundo Popovic, e confirmam-se as fortes suspeitas dos especialistas sobre a relação da microcefalia com o vírus.

Os últimos dados das autoridades sanitárias do Brasil, o país mais afetado, com entre 440.000 e 1,3 milhões de infeções pelo Zika, apontam para um assinalável aumento do número de recém-nascidos com microcefalia na região nordeste do país.

O Governo brasileiro declarou mesmo, no ano passado, um alerta sanitário perante o aumento de casos de microcefalia em bebés recém-nascidos, devido à suspeita de poderem estar associados ao vírus, o que agora se comprovou.

Tatjana Avsic Zupanc, do Instituto de Microbiologia e Imunologia, indicou que o feto pode ser contagiado com o vírus em qualquer fase da gestação, mas que os danos mais graves ocorrem no primeiro trimestre da gravidez, noticiou a agência eslovena STA.

Os investigadores eslovenos garantem ter comprovado que os danos no sistema nervoso central, relacionados com o contágio durante a gestação, são consequência da reprodução do vírus no cérebro do feto.

A investigação que prova que o vírus pode passar da mãe infetada para o cérebro do feto e causar microcefalia foi publicada na revista médica The New England Journal of Medicine.

Como explicou hoje a diretora da Maternidade de Liubliana, Natasa Tul Mandic, a prova fez-se com uma grávida eslovena que esteve no Brasil durante o primeiro trimestre de gestação e regressou em seguida à Eslovénia.

No último trimestre da gravidez, em outubro passado, foram detetadas por ecografia muitas irregularidades no desenvolvimento do feto e da placenta, pelo que se iniciaram as investigações, embora então não houvesse ainda qualquer suspeita de que se tratasse do Zika.

Devido aos maus prognósticos e aos graves danos no cérebro do feto, a mulher decidiu interromper a gravidez.

A autópsia e as investigações posteriores confirmaram que os problemas no desenvolvimento do cérebro do feto se deviam à infeção pelo vírus, com o qual a grávida tinha sido contagiada e que tinha transmitido ao embrião através da placenta.

Na investigação, participaram vários investigadores – dirigidos por Tatjana Avsic Zupanc – da Faculdade de Medicina de Liubliana, da Clínica de Ginecologia e dos Institutos de Patologia e Microbiologia.

Um representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Liubliana, Marijan Ivanusa, confirmou hoje que a investigação representa “uma peça excecionalmente importante no ‘puzzle’ para provar que o vírus Zika realmente pode causar microcefalia”.

Contudo, segundo o responsável da OMS, a investigação não representa algo “dramaticamente novo”, já que não existem medicamentos nem vacinas contra o Zika e a única coisa que resta é recomendar a proteção contra os mosquitos.

“A dificuldade é que é impossível recomendar a milhões de mulheres nas regiões em que o Zika está mais presente que não engravidem. É importante que as mulheres dessas regiões se defendam dos mosquitos e se protejam das suas picadelas, e que os médicos controlem as mulheres em gestação e se os fetos se estão a desenvolver normalmente”, frisou.

“Na pele de uma pessoa com Síndrome de Asperger”
Para assinalar o Dia Internacional da Síndrome de Asperger, que se comemora dia 18 de fevereiro, a Associação Portuguesa de...

O debate “Na pele de uma pessoa com Síndrome de Asperger” vai acontecer no Auditório da Atmosfera M (Rua Castilho, 5 – Lisboa), no dia 18 de fevereiro, entre as 16h30 e as 18h30. Aberto a toda a população, este debate moderado por Fernanda Freitas, tem como convidados: Piedade Líbano Monteiro (Presidente da Direção da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger), dois representantes da REN - Redes Energéticas Nacionais, empresa parceira da Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger (APSA) e que tem permitido que jovens com SA tenham uma experiência profissional - Jorge Paulos (Técnico de Contabilidade da REN), Susana Neves (Técnica de Fiscalidade, Consolidação e Reporte da REN).

Também o ator Cristóvão Campos, que interpreta um jovem com Síndrome de Asperger (SA) na telenovela “Coração d’Ouro”, participará neste evento e dará o seu testemunho de como preparou a sua personagem e do contacto que teve com a APSA e com estes jovens.

“Partilhar com a sociedade como se sente uma pessoa com SA no ‘nosso mundo’, como legenda as suas dificuldades e como deveríamos nós legendar o nosso mundo para facilitar a sua integração e inclusão plena é o objetivo principal deste debate”, refere Piedade Líbano Monteiro, presidente da APSA.

A APSA tem desde sempre tido como missão divulgar, explicar e desdramatizar a Síndrome de Asperger. “Hoje, podemos afirmar que já sentimos um maior conhecimento e uma maior abertura para entender as pessoas com SA, mas ainda há um caminho a percorrer. É importante continuar envolver as pessoas, as empresas e a sociedade em geral e, é por isso que iniciativas como esta são tão importantes. São todos bem-vindos no próximo dia 18 de fevereiro”, acrescenta Piedade Líbano Monteiro.

Escola de Medicinas Alternativas e Complementares
O objetivo é apresentar esta inovadora terapia que, através da micropalpação, consegue identificar problemas físicos e...

A Microfisioterapia (ou Microkinesioterapia), uma das áreas que mais tem crescido a nível mundial entre os fisioterapeutas, vai ser o tema central de uma palestra gratuita promovida pela EMAC – Escola de Medicinas Alternativas e Complementares do Porto já no próximo dia 18 de fevereiro (quinta-feira). A sessão será orientada pelo Dr. Afonso Salgado, pioneiro da Microfisioterapia no Brasil.

Esta técnica, descoberta em França nos anos 80 por dois fisioterapeutas/osteopatas, conta já com mais de 7 mil profissionais formados em todo o mundo. Só no Brasil já são mais de 2.500 fisioterapeutas formados desde 2005, país aliás onde esta técnica mais tem crescido devido aos resultados rápidos que apresenta e pela amplitude de problemas que pode ajudar a tratar, tanto traumas físicos como de origem emocional.

Este método parte do princípio que eventos vividos (infeções, toxinas, traumas físicos ou emocionais) podem ser a origem de alterações ao nível da saúde e que um tecido pode manifestar, através do toque, o seu estado anormal de funcionamento. O tratamento passa depois pela estimulação de mecanismos de autocorreção do organismo, restabelecendo o equilíbrio e bem-estar do paciente.

A EMAC é a única escola do país autorizada a lecionar Microfisioterapia, um estatuto que André Dourado, diretor da escola, justifica pela “preocupação em estabelecer parcerias com os melhores terapeutas internacionais e trazer para Portugal terapias inovadoras e certificadas.”

O Dr. Afonso Salgado regressa a Portugal em abril para dar início ao curso de Microfisioterapia certificado pelo Brasil e França. Esta formação, por enquanto, só é autorizada a fisioterapeutas e profissionais de medicina geral.

A palestra gratuita de Microfisioterapia decorre no próximo dia 18 de fevereiro, quinta-feira, pelas 19h00. A entrada é livre e gratuita e apenas requer inscrição prévia. A lotação é limitada. Para mais informações e vídeos sobre a Microfisioterapia: http://emac-edu.com/course/7-microkinesitherapie.

União das Mutualidades Portuguesas
O presidente da União das Mutualidades Portuguesas considerou urgente conceder “proteções legais” às centenas de cuidadores...

“Portugal é o país com menor taxa de prestação de cuidados domiciliários, sendo que os cuidados acabam por ser prestados por alguém que reside com o doente em situação de dependência, normalmente um familiar ou uma pessoa amiga, que faz esse trabalho por altruísmo, sem remuneração”, afirma Luís Alberto Silva em comunicado.

Luís Alberto Silva sublinha que estes "são valores" que a União das Mutualidades Portuguesas (UMP) “defende e reconhece” e que “deveriam, por si só, ser suficientes para validar e reconhecer legalmente o papel do cuidador informal”.

Para o presidente da UMP, é importante que estes cuidadores vejam “garantidas condições, nomeadamente ao nível da flexibilização laboral e em questões fiscais”.

Citando notícias recentes de que Portugal tem a maior taxa de cuidados continuados e paliativos, prestados por pessoas sem preparação nem qualificação, e que é necessário criar um estatuto do cuidador informal, a UMP reconhece a “urgência e importância de ver esta questão resolvida”.

Nesse sentido, diz estar disponível para, em conjunto com o Governo e com os seus parceiros sociais, formar um grupo de trabalho para a criação deste estatuto.

Até ao final deste ano, o Governo quer criar o Estatuto do Cuidador Informal, um trabalho que terá de ser feito em articulação com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças, refere a UMP no comunicado.

A União das Mutualidades Portuguesas considera que o conhecimento no terreno, que as instituições detêm sobre estas e outras matérias, poderá ser “muito útil e fundamental” para a elaboração deste estatuto.

“As nossas Associações Mutualistas, pela intervenção próxima que têm junto das pessoas, conhecem bem esta realidade e a dificuldade dos cuidadores informais”, afirma o presidente da UMP.

O Ministério da Saúde estima que existam, atualmente, perto de 48 mil portugueses em casa, dependentes de outros.

Um em cada dez consumidores já comprou online
Um em cada dez consumidores de todo o mundo já comprou droga através da Internet, um mercado em crescimento e transformação,...

O Relatório do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA) alerta para o aumento crescente do tráfico online e para a transformação que a Internet tem operado no mercado mundial da droga.

“Ao longo da última década, os mercados virtuais têm vindo a mudar as dinâmicas de compra e venda de droga. Embora ainda se considere que a maioria das transações de drogas ilícitas são efetuadas offline, os mercados de droga online têm o potencial de transformar, no futuro, as vendas de droga, da mesma forma que as compras online revolucionaram o comércio a retalho”, afirma o relatório intitulado “A internet e os mercados de droga.

Com base num inquérito telefónico feito a cerca de 13 mil jovens europeus entre os 15 e os 24 anos, o documento revela que no último ano, 3% dos consumidores que tinham usado novas substâncias ou “drogas legais”, compraram-nas na Internet.

No entanto, este número aparentemente reduzido esconde uma realidade preocupante: os números são muito mais elevados, se se considerarem certos grupos e drogas existentes na internet.

Um inquérito online sobre o uso de drogas, realizado em 2015 e que obteve mais de 100 mil respostas de pessoas de todo o mundo, mostrou que mais de um em cada dez consumidores tinha comprado drogas através de sites convencionais e de sites localizados na chamada “dark net”.

Segundo o relatório, a “internet de superfície” - acessível através de motores de busca comuns - está principalmente associada à distribuição de substâncias não controladas (por exemplo, novas substâncias psicoativas/euforizantes legais, medicamentos, precursores químicos), ou substâncias com ambiguidades legais (por exemplo, devido às diferenças na legislação nacional).

Em contrapartida, a maioria das vendas associadas a drogas ilícitas realizam-se na “deep web” (web invisível) - inacessível através dos motores de busca normais.

O relatório revela que nesta zona mais inacessível da net residem os mercados das redes que garantem o anonimato, as chamadas “darknets”.

Estes mercados são conhecidos também como “cryptomercados, que permitem a troca de produtos e serviços, utilizando moedas digitais (como o Bitcoin) e software de encriptação digital (como o Tor) para ocultar as identidades.

Dimitris Avramopoulos, Comissário Europeu responsável pela Migração, os Assuntos Internos e a Cidadania explica que “atualmente, é possível comprar online, e receber por correio, praticamente todo o tipo de drogas ilícitas, sem existir qualquer contacto presencial entre o comprador e o traficante”.

Por sua vez, Alexis Goosdeel, Diretor do Observatório, lembra que tanto em locais abertos de consumo ou em apartamentos de traficantes, a venda de droga de pequena escala está associada a pessoas reais e a lugares reais.

“Embora a maioria do tráfico permaneça firmemente enraizado neste mundo físico, os mercados virtuais estão agora a alargar as fronteiras da oferta de droga, proporcionando opções mais variadas aos potenciais compradores. Trata-se de uma evolução preocupante na medida em que a literacia digital aumenta, as tecnologias avançam e a gama de drogas disponível se diversifica”, sublinha.

Os responsáveis mostram-se preocupados com o desenvolvimento deste mercado ilícito na net e sublinham que é preciso combatê-lo usando as mesmas armas.

De facto, o relatório aponta para o aproveitamento que os responsáveis pela aplicação da lei estão a fazer das oportunidades existentes na “deep web”: a ganhar experiência na área da monitorização dos mercados de droga online, a combater a oferta perturbando os mercados, a reduzir a confiança no anonimato e a processar os vendedores dos “cryptomercados”.

Na União Europeia
A resistência aos antimicrobianos está a aumentar na União Europeia, principalmente no sul e no leste do território, e ameaça o...

O último relatório deste organismo detetou um aumento da resistência aos antimicrobianos (como os antibióticos), utilizados contra as duas doenças de origem animal mais frequente entre os humanos, a campilobacteriosis e a salmonelosis.

Este aumento da resistência aos antimicrobianos “cria um risco grave para a saúde humana e animal”, segundo um comunicado da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, na sua sigla em inglês), que tem sede em Parma (norte de Itália).

O comissário europeu de Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis, considerou que este aumento da resistência antimicrobiana é um “problema global” e recordou que na União Europeia causa cerca de 25 mil mortes por ano.

O relatório, elaborado conjuntamente pela EFSA e pelo Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças, detetou provas de resistência ao antibiótico colistina em salmonela e E-.Coli em aves na União Europeia (UE).

Esta descoberta é “preocupante porque significa que este medicamento pode rapidamente deixar de ser eficaz no tratamento de infeções humanas graves com salmonela”, considerou Mike Catchpole, responsável científico daquele centro europeu.

O documento, que se baseia em dados fornecidos pelos Estados membros em 2014, detetou, além disso, que existem diferenças na resistência segundo as zonas europeias: os níveis mais elevados de resistência antimicrobiana estão no leste e sul da Europa.

No caso da campilobacteriorisis, o estudo constata a existência da resistência a antimicrobianos utilizados de forma comum, como a ciprofloxacina, em bactérias em humanos e em aves. A resistência é especialmente alta a este antibiótico em frangos para consumos humano e em bactérias em humanos.

Também se detetaram níveis altos a muito altos de resistência ao ácido nalidíxico e às tetraciclinas em frangos.

No caso dos antibióticos muito utilizados contra a salmonela, detetou-se resistência e, diferentes graus entre os humanos (tetraciclinas, sulfonamidas e ampicilina) e nos frangos.

O relatório destaca uma preocupação específica com o tratamento de dois tipos de bactérias de salmonela, a Kentucky e a Infantis, após terem sido encontrados elevados níveis de resistência à ciprofloxacina e a multimedicamentos.

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