Cientistas revelam
Cientistas divulgaram ter encontrado a primeira prova de uma ligação biológica entre o vírus Zika, com grande propagação na...

Segundo a equipa de especialistas, testes de laboratório revelaram que o vírus atinge as principais células envolvidas no desenvolvimento do cérebro, destruindo-as ou desativando-as posteriormente.

A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que resulta num perímetro do crânio infantil mais baixo do que o normal, com consequências no desenvolvimento do bebé.

Estes resultados são a primeira prova concreta da existência de uma ligação entre o vírus, transmitido por picada de mosquitos infetados, e a microcefalia, segundo Guo-li Ming, professor de neurologia no Instituto Johns Hopkins de Engenharia Celular (Estados Unidos) e um dos responsáveis pelo estudo.

Até agora, de acordo com o mesmo especialista, as evidências encontradas eram circunstanciais.

A investigação, publicada na revista Cell Stem Cell, mostrou que o vírus Zika afetou as células estaminais neurais desenvolvidas em laboratório equivalentes às que compõem o córtex cerebral durante o desenvolvimento do cérebro humano.

Após terem sido expostas ao vírus, as células estaminais foram infetadas em três dias e mostraram uma grande capacidade de resistência, o que pode ser um obstáculo na hora de avançar com um tratamento.

O vírus interferiu diretamente com o crescimento das células e com o seu funcionamento. Algumas células morreram depois de terem sido infetadas.

“É significativo porque somos literalmente os primeiros no mundo a saber que o vírus pode infetar estas células tão importantes e interferir com a sua função”, referiu, num comunicado, Hengli Tang, professor de ciências biológicas na Universidade da Florida e outro dos autores do estudo.

Este estudo foi realizado em apenas um mês, o que mostra a urgência com que está a trabalhar a comunidade científica internacional para responder às questões mais prementes sobre o Zika, nomeadamente a sua possível relação com a microcefalia e o síndrome Guillain-Barré (transtorno neurológico).

Segundo a Organização Pan-americana de Saúde (OPS), o continente americano já tem mais de 134.000 casos do vírus Zika suspeitos e 2.765 confirmados, mas a OPS considera os dados conservadores, porque 80% das pessoas não têm sintomas.

O Brasil é um dos países mais afetados, com a estimativa de 1,5 milhões de pessoas infetadas.

Esta semana, as autoridades brasileiras confirmaram 641 casos de microcefalia e 139 bebés com malformações congénitas que morreram, desde o início do surto do vírus Zika em outubro passado.

Lombalgia
Excesso de peso corporal, má postura, infeções virais ou doenças articulares podem estar na origem d

À semelhança do que acontece no resto da Europa, a dor lombar é muitas vezes subvalorizada. No entanto, calcula-se que 80% da população tenha, pelo menos uma vez na vida, um episódio de lombalgia.

Caracterizada como uma dor que ocorre nas regiões lombares inferiores, lombos sacrais ou sacro ilíacas da coluna lombar, tem como principais causas o absentismo, má postura ou fadiga muscular e artrose.

Excesso de peso ou obesidade, infeções virais e traumatismos da região lombar são outros fatores de risco.

A lombalgia pode ser ainda acompanhada de dor que irradia para uma ou ambas as nádegas ou para as pernas, na distribuição do nervo ciático.

A dor pode ser mais intensa nos dois primeiros dias, diminuindo de intensidade nos dias ou semanas seguintes, ou persistir com a mesma intensidade durante um longo período de tempo, dependendo da causa que está na sua origem.

Sabe-se que 50% das pessoas que recorrem às urgências de Ortopedia, nos grandes centros urbanos, sofre de lombalgia ou outra forma de dor raquidiana.

Por isso, é fundamental que a população esteja mais atenta à saúde da sua coluna, não esquecendo cuidados fundamentais.

Deste modo, controlar o peso corporal, praticar exercício físico, ter uma boa postura e evitar o levantamento de pesos são aspetos essenciais se quer evitar dores de costas.

A lombalgia é por si só um sintoma que não deve ser ignorado nem subvalorizado.

Em episódios de crise prolongada é importante consultar o médico para despistar a origem da dor e lhe ser recomendado o tratamento adequado.

Em alguns casos, é necessária a realização de exames complementares de diagnóstico como a radiografia, tomografia computorizada ou ressonância magnética da região lombar de modo a permitir a avaliação das estruturas ósseas, musculares, cartilaginosas e nervosas.

Caso se suspeite de uma lesão nervosa, pode ser necessário recorrer a uma mielografia e à eletromiografia.

Frequentemente, as causas da lombalgia dão origem a um espasmo muscular que acarreta o aparecimento de dor. Esta dor, por seu lado, volta a dar origem a um espasmo, desencadeando uma espécie de ciclo vicioso que tem de ser interrompido com recurso a algumas intervenções terapêuticas.

Na maioria dos casos, o tratamento de uma lombalgia é relativamente simples. Sendo que, nas primeiras 24 a 48 horas após o aparecimento da dor, o paciente deve permanecer em repouso. Para aliviar a dor, podem ser receitados analgésicos e relaxantes musculares.

No entanto, casos há em que é necessário recorrer à fisioterapia através da aplicação de frio e/ou calor, massagens e alguns exercícios com vista ao fortalecimento dos músculos e região lombar.

Também a estimulação elétrica transcutânea produz efeitos benéficos no tratamento da dor lombar.

Em casos de lombalgia crónica recomenda-se acupunctura.

O recurso à cirurgia apenas acontece quando é necessário tratar algumas causas da lombalgia, como é o caso da hérnia discal, por exemplo.

Se já sofreu algum episódio de lombalgia ou se simplesmente a quer evitar, deixamos-lhe aqui algumas dicas para prevenir a dor lombar:

- evite o excesso de peso corporal;

- mantenha uma postura correta enquanto anda – cabeça e tronco direitos, peito para fora, distribuindo o peso por ambas as pernas enquanto caminha;

- adote uma postura correta sentado, apoiando bem as costas na cadeira, mantendo as pernas em ângulo recto;

- nunca se dobre para apanhar algo do chão, e use a força das suas pernas para levantar pesos dobrando os joelhos;

- pratique exercício físico com regularidade ou faça caminhadas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Registo Nacional de Doentes Reumáticos
Mais de 14 mil doentes estavam inscritos no Registo Nacional de Doentes Reumáticos, no final do ano passado, quando tinham sido...

Num balanço de uma década desde a fundação do Reuma.pt – Registo Nacional de Doenças Reumáticas, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia indica que o projeto atingiu, no final de 2015, os 14 mil doentes registados e 103 mil consultas.

“Durante o ano de 2015 foram inscritos na plataforma – que compila informações e dados sobre as doenças, facilitando o seu estudo – 1.897 novos doentes e 23.275 consultas, dados que representam uma média de 7,44 doentes e 91,27 consultas por cada dia útil”, indicam os dados fornecidos à agência Lusa pela Sociedade Portuguesa de Reumatologia.

Durante o ano passado aumentou igualmente o número de centros de reumatologia registados na plataforma, passando de 69, em final de 2014, para 77, no fim do último ano.

O Reuma.pt inclui doentes com artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite, lúpus eritematoso e outras várias doenças reumáticas.

Esta plataforma, além de servir de base de dados para investigação, pode ser usada na consulta diária do doente para fazer uma avaliação sistematizada das várias doenças. Pode até ser usada em substituição do diário clínico do doente, de uma forma mais organizada.

Ministra anuncia
A ministra da Administração Interna anunciou a realização de um estudo para avaliar, com maior rigor, as causas do suicídio nas...

O anúncio da ministra Constança Urbano de Sousa foi feito durante a assinatura de um protocolo entre os ministérios da Administração Interna e da Saúde, para a criação de um sistema de referenciação e de encaminhamento, para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), dos elementos da PSP e da GNR, em risco de suicídio.

Na cerimónia, a ministra da Administração Interna avançou que, no âmbito do grupo de trabalho para a prevenção do suicídio, nas forças de segurança, vai ser feito um estudo, que tem como objetivo “realizar uma autópsia psicológica para melhor se definir e aferir quais os fatores de ricos”.

“Este plano visa sobretudo evitar os fatores de risco e o estudo vai precisamente permitir aferir quais são as causas. É uma autópsia psicológica para aferir com maior rigor quais são as causas para podermos atuar”, sustentou.

Constança Urbano de Sousa avançou também que, neste momento, está a ser estudado “um reforço do número de psicólogos” para os gabinetes de psicologia da PSP e GNR.

Segundo a ministra, a PSP e a GNR têm atualmente cerca de 40 psicólogos.

Sobre o protocolo assinado, que se insere no Plano de Prevenção do Suicídio nas Forças de Segurança 2016/2020, a governante afirmou que visa “sobretudo um reencaminhamento muito mais facilitado” dos polícias, em condições de “particular risco de suicídio, para os serviços do SNS”.

A criação deste sistema de referenciação e encaminhamento vai permitir, segundo a ministra, “combater, de forma mais eficaz”, o fenómeno do suicídio nas forças de segurança.

O protocolo visa a criação de um sistema de referenciação e de encaminhamento dos elementos das forças de segurança, considerados em risco de suicídio mediante avaliação dos gabinetes de psicologia da PSP e da GNR, para os departamentos ou serviços de psiquiatria e saúde mental dos estabelecimentos hospitalares do SNS.

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou que, com este protocolo, os elementos da PSP e da GNR e os seus gabinetes de psicologia vão passar a ter um acesso mais facilitado aos serviços do SNS.

“Uma espécie de via verde, que faça com estes profissionais tenham um atendimento prioritário, porque estão expostos a uma carga e a um risco diferente do resto da população”, disse aos jornalistas Adalberto Campos Fernandes, destacando "a facilidade com que as forças de segurança e os seus gabinetes psicologia" podem passar a aceder ao SNS.

O grupo de trabalho para rever o plano de prevenção do suicídio nas forças de segurança foi criado em novembro de 2015, devido ao número de suicídios registados na PSP e na GNR, no ano passado.

Em 2015, suicidaram-se sete agentes da PSP e cinco militares da GNR.

“Missão 1 Quilo de Ajuda”
“Missão 1 Quilo de Ajuda” foi o nome escolhido para batizar a nova vertente solidária do projeto “Heróis da Fruta” que vai...

A APCOI - Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil apresentou esta manhã a sua mais recente iniciativa solidária, a “Missão 1 Quilo de Ajuda” e reuniu diversas figuras públicas na Escola Básica Eduardo Luna de Carvalho, em Sintra, que aceitaram dar a cara por este projeto. Teresa Guilherme, Ricardo Diniz e Sónia Lopes juntaram-se para entregar simbolicamente o primeiro de muitos cabazes que serão distribuídos todas as semanas até ao final do ano letivo aos alunos mais carenciados do país. 

Para garantir acesso a este alimento essencial para a saúde das crianças, a “Missão 1 Quilo de Ajuda” integrada no projeto pedagógico “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” vai chegar a mais de 200 crianças, de norte a sul do país.

Mário Silva, presidente e fundador da APCOI e mentor do projeto “Heróis da Fruta” e da “Missão 1 Quilo de Ajuda” garante que "segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, existem mais de 100 mil crianças em risco de pobreza em Portugal, entre as quais, casos urgentes de alunos que chegam à sala de aula de barriga vazia, sendo que muitos destes não levam qualquer lanche para a escola. Distribuir fruta para os alunos que mais precisam é uma necessidade que os professores e educadores que participam no nosso projeto Heróis da Fruta nos pedem desde o primeiro dia".

Desde 2011, a maior iniciativa nacional gratuita de educação para a saúde, "Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável", tem vindo a estudar os hábitos alimentares, o peso e os estilos de vida das crianças portuguesas e de acordo com os dados do relatório 2013-2014 deste projeto: mais de 5% das crianças em Portugal tem peso a menos. Por outro lado, mais de 74% das crianças portuguesas não ingere fruta diariamente na quantidade que deveria e este baixo consumo provoca carências e consequências graves: diminui os níveis de energia, de concentração, de aprendizagem e das defesas do organismo, tornando as crianças mais sujeitas a doenças como a obesidade ou a diabetes tipo 2, logo desde a infância.

Uma situação que põe em causa o desempenho escolar e a saúde destas crianças, mas que a APCOI pretende resolver com "uma distribuição semanal gratuita de cabazes de fruta às turmas mais carenciadas do país", afirmou Mário Silva. "Todas as crianças, independentemente do seu peso, precisam de comer fruta, porque esta contém nutrientes insubstituíveis. Apesar de a fruta fresca ter um preço bastante acessível, algumas famílias continuam a não poder incluí-la diariamente na alimentação das crianças e é por isso que agora lançamos esta nova vertente solidária do projeto".

O evento foi recheado de surpresas, entre as quais, a apresentação de uma competição nacional de “Hinos da Fruta” para a qual os 52.832 alunos que participam na 5ª edição do projeto “Heróis da Fruta - Lanche Escolar Saudável” gravaram 438 telediscos nos quais as crianças partilham a cantar as lições que aprenderam ao longo do projeto e convidam os adultos para eleger os finalistas de cada região através do seu voto no site www.heroisdafruta.com até 10 de março.

Mário Silva lembrou que “este ano cada voto nos hinos da fruta será convertido num donativo para a ‘Missão 1 Quilo de Ajuda’ e acrescentou ainda que “todas as pessoas que votarem solidariamente nos hinos da fruta ficarão também habilitadas a ganhar fantásticos prémios. São mais de duas mil experiências à escolha para parques aquáticos, zoológicos, museus, aquários, centros de ciência viva e parques de diversões. Além disso, há um super prémio para quem mais votar: uma viagem de sonho aos Açores”.

A última revelação da manhã chegou, através de um vídeo, pela voz de Carlos Vidal, o eterno “Avô Cantigas” que integra o Júri que vai avaliar as canções criadas pelas escolas e que é composto por nomes de referência do panorama artístico nacional, nomeadamente: João Gil, Ana Bacalhau (Deolinda), Amor Electro, Maria João, Mário Laginha, Vanessa Silva, Rita Redshoes, OqueStrada, Quinta do Bill, HMB, Frankie Chavez, Filipe Pinto e pelo maestro Mário Rui.

“Os vídeos estarão disponíveis para votação do público no site www.heroisdafruta.com que determinará os finalistas, mas é ao Júri que cabe a difícil tarefa de escolher as letras mais originais e os videoclips mais criativos. Serão escolhidos 3 vencedores entre os finalistas e ainda um outro vencedor entre os hinos menos votados pelo público”, disse Mário Silva.

A apresentadora Teresa Guilherme que esteve também presente na visita a esta escola mostrou-se surpreendida com as respostas “na ponta da língua” destas crianças: “achava eu que estava a explicar a uma aluna que a fruta é boa porque lhe faz bem à barriguinha e ela respondeu-me que mais do que isso, comer fruta é um hábito alimentar saudável, o que só demonstra que este projeto consegue de facto chegar até às crianças e fazer passar as mensagens mais importantes para melhorar a sua alimentação e a sua saúde”.

Mário Silva encerrou o evento com um agradecimento público aos parceiros do projeto "que são também uma peça fundamental para conseguirmos oferecer gratuitamente esta experiência mágica e tão necessária a cada vez mais crianças. É com grande satisfação que agradecemos às empresas mais preocupadas com a saúde das crianças em Portugal: Clube Pelicas da Associação Mutualista Montepio, Fábrica de Óculos do Cacém, Aquafresh, Fruut, Vitacress, Holmes Place, Jumbo, Maçãs de Alcobaça, Águas do Vimeiro, Konica Minolta e Portugal Telecom".

Entre as várias figuras públicas portuguesas que aceitaram o convite da APCOI, algumas quiseram mesmo deixar uma mensagem de incentivo às crianças, escolas e famílias:

Teresa Guilherme, apresentadora e atriz
"Há muitos pais que não têm possibilidades de enviar um lanche para os filhos, da mesma forma que há muitas crianças que só comem o que lhes dão na escola, por isso, estes cabazes semanais da APCOI vão servir de reforço alimentar a muitas crianças"

Sónia Lopes, bicampeã ibérica de 24 horas BTT
"Sou mãe de um menino com a idade destas crianças e por isso atenta às questões da alimentação infantil. Este trabalho que a APCOI está a fazer nas escolas é fundamental para a saúde destas meninas e meninos"

Ricardo Diniz, navegador solitário
"Quando estou sozinho no mar, o que mais sinto saudades é de comer fruta fresca, porque no mar não há fruta. Somos o que comemos e se comermos alimentos saudáveis, vamos ter uma vida melhor. Que esta nova missão dos heróis da fruta se espalhe por todo o país para construirmos um futuro mais saudável para as nossas crianças"

Carlos Vidal (Avô Cantigas), cantor
“Eu admiro muito o projeto Heróis da Fruta e recomendo todos os seus conselhos saudáveis a estas crianças, porque a fruta sempre foi uma coisa muito boa na minha vida!”

Ricardo Carriço, ator e cantor
"Às vezes a falta de tempo, a vida agitada que levamos, faz-nos esquecer de coisas tão essenciais e tão simples, como esta de comer fruta. Bem lembrado, APCOI”

HMB, banda portuguesa
“Para nós é um privilégio podermos associar-nos a esta causa. Usar a música para promover hábitos saudáveis entre as crianças é algo que nos entusiasma e do qual queremos fazer parte! Também nos sentimos mais motivados a comer mais fruta desde que conhecemos este projeto”

Filipe Pinto, cantor (vencedor do talent-show televisivo "Ídolos")
“Associo-me a esta causa porque me identifico inteiramente com os valores promovidos por esta iniciativa: a música, a criatividade e cooperação entre as crianças. Comer fruta proporciona bem-estar ao nosso corpo e espírito.”

Carla Andrino, atriz
“Nunca é demais falar de saúde. Nunca é demais incutir nas crianças o gosto pelos alimentos saudáveis. Contem sempre comigo para ajudar as crianças a comer fruta e para tudo aquilo que as torne pessoas mais felizes no futuro”

Ana Bacalhau, cantora (vocalista dos "Deolinda")
“Fui uma criança gorda e sofri muito com isso. Hoje sinto-me bem porque mudei a minha alimentação. O meu conselho é: comam muita fruta e, sobretudo, divirtam-se com ela. Não há maior benção do que viver-se uma vida plena de saúde e bem-estar”

Amor Electro, banda portuguesa
“Esta iniciativa ajuda-nos a ensinar as crianças de hoje a tornarem-se Heróis saudáveis e felizes amanhã. Muito obrigado por este convite."

Mário Laginha, músico
“Fruta é fundamental por ser um dos alimentos que nos pode dar mais vitaminas. É importante que os filhos peçam aos pais para comer fruta.”

Ministério da Saúde prevê
O Ministério da Saúde prevê integrar este ano mais 400 médicos de família e melhorar a rede de cuidados primários em cerca de...

“Não sabemos qual vai ser a adesão dos profissionais, mas gostaríamos de trazer para dentro do sistema pelo menos 200 médicos [de medicina geral e familiar] aposentados e mais 200 novos”, afirmou o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.

De acordo com o ministro, estão “a acabar a especialidade perto de 400 jovens médicos de medicina geral e familiar pelo país todo”, mas “ este número vai ser prejudicado porque alguns dos mais velhos se vão aposentar e talvez fiquemos com menos de metade deste valor”.

Os dados divulgados a 24 de fevereiro pela coordenação nacional para a reforma dos cuidados de saúde primários apontam para a existência de um milhão de utentes inscritos sem médico de família e para a necessidade de mais 616 clínicos.

Admitindo que “não será possível resolver tudo este ano” o ministro estima, no entanto, que a situação “possa ser melhorada em 20%” com o incentivo consignado no Orçamento de Estado para os médicos aposentados e as mudanças no concurso para colocação de recém-especialistas.

Adalberto Campos Fernandes falava nas Caldas da Rainha onde hoje deu posse à nova administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que integra, para além do hospital local, as unidades de Torres Vedras e Peniche.

O novo conselho de administração é presidido por Ana Paula Harfouche e integra ainda Filomena Cabeça, Idalécio Lourenço, António Curado (Diretor Clínico) e a enfermeira-diretora Maria de Lurdes Ponciano.

Durante a cerimónia o ministro anunciou que o CHO passará, em 2017 “do setor público administrativo para Entidade Publica Empresarial (EPE)”, estatuto “importante para a gestão porque permite maior agilidade na contratação de recursos”.

Tanto mais que reconhece a dificuldade de atrair “profissionais qualificados” para estes hospitais dada a proximidade à Área Metropolitana de Lisboa, situação que o Governo quer “contrariar” com a criação de melhores condições de trabalho.

Para isso concorrerá a remodelação do Serviços de urgências do Hospital das Caldas da Rainha, uma obra de 1,5 milhões de euros que Adalberto Campos Fernandes pensa que “poderá ser inaugurada ainda antes do próximo inverno”.

O CHO serve 293 mil habitantes dos concelhos do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos, Peniche, Torres Vedras e parte de Alcobaça e de Mafra.

Diário da República
A Administração Central do Sistema de Saúde vai receber 50% dos resultados líquidos de exploração dos jogos sociais da Santa...

A portaria nº 37/2016 fixa as normas regulamentares necessárias à repartição anual das verbas dos resultados líquidos de exploração dos jogos sociais afetas ao Ministério da Saúde para 2016, prosseguindo a concretização dos objetivos estratégicos do Plano Nacional de Saúde nas áreas ligadas à prestação de cuidados continuados integrados e à prevenção e tratamento das dependências e dos comportamentos aditivos e ainda aos programas de saúde considerados prioritários.

Desta forma, a fatia maior cabe à Administração Central do Sistema de Saúde, com 50%, com vista ao financiamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, sendo 33% para entidades que prosseguem atribuições nos domínios do planeamento, prevenção e tratamento dos comportamentos aditivos e das dependências.

Já 17% são para a Direção-Geral de Saúde para financiar programas em diversas vertentes, sendo 8% destinados à área do VIH/SIDA, 3,5% para a saúde mental, enquanto serão atribuídos 1% às doenças oncológicas, 1% à prevenção do tabagismo, 1% à prevenção da diabetes e 1% à área da nutrição e alimentação saudável.

Ainda destes 17%, 0,5% serão atribuídos à área das doenças cérebro-cardiovasculares, outro tanto para a área das doenças respiratórias e para a área do controlo das infeções associadas aos cuidados de saúde e resistência aos antimicrobianos.

A portaria, assinada pelo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, a 19 de fevereiro e hoje publicada, entra em vigor a 5 março.

Dia Mundial do Glaucoma assinala-se a 12 de março
O Glaucoma afeta, atualmente, 100 mil portugueses e é principal causa de cegueira em Portugal. Perante esta realidade crescente...

Nos dias 7 e 8 no Hospital CUF Porto e 10 e 11 no Instituto CUF, estará disponível um técnico de Oftalmologia que realizará a Avaliação do risco de Glaucoma. Esta avaliação consiste numa tonometria com icare e fotografia de disco cujo resultado é conhecido na hora. Não é necessária marcação prévia e está destinada a pessoas com mais de 50 anos ou com historial de Glaucoma em familiares diretos.

O Glaucoma corresponde a um grupo de doenças oculares que provoca danos irreparáveis no nervo ótico - o nervo que carrega as informações visuais recebidas pelo olho até o cérebro. Trata-se de uma doença crónica, que provoca cegueira, mas que tem tratamento. O prognóstico é tanto melhor quanto mais cedo for diagnosticado o problema.

Esta patologia, que atinge essencialmente pessoas com mais de 60 anos de idade, é considerada a principal causa de cegueira em Portugal. Para além da idade, há ainda outros fatores de risco: hipertensão ocular; histórico familiar de glaucoma; altas miopias; diabetes; raça negra; apneia do sono; uso crónico de corticoides estão entre as causas mais frequentes de Glaucoma. 

Praia de Carcavelos
São mais de 30 os instrutores de surf que, este sábado, na Praia de Carcavelos, vão receber formação em Suporte Básico de Vida...

Esta formação, desenvolvida em parceria com a Academia CUF, com Outside Surf Project e com a Associação Portuguesa de Surf Adaptado – SURFAddict, terá lugar entre as 16h30 e as 19h00 e reúne um conjunto de professores praticantes da modalidade que, desta forma, irão aprender procedimentos que, devidamente aplicados, os tornarão aptos a salvar vidas.

Desde as manobras mais eficazes de reanimação, ao momento mais indicado para a chamada ao 112, às informações mais corretas a transmitir aos profissionais do INEM, esta formação em Suporte Básico de Vida tem como objetivo ir ao encontro das necessidades dos instrutores de Surf, dado que em muitos casos são eles os primeiros a iniciar o salvamento, às vezes ainda dentro de água.

No caso dos instrutores da modalidade de Surf Adaptado, esta formação reveste-se de enorme importância pois em situações de emergência, o auxílio aos seus alunos, portadores de deficiência, apresenta-se como um desafio ainda mais exigente.

Durante esta iniciativa, todos os formandos vão ter oportunidade de treinar, de forma prática, as manobras básicas de reanimação através de simulação de situações de emergência.

O que é o Suporte Básico de Vida?
O Suporte Básico de Vida é um conjunto de medidas utilizadas para assegurar a vida de uma vítima em paragem cardiorrespiratória sem recurso a qualquer equipamento. A sua aprendizagem é cada vez mais importante não apenas para surfistas, mas para a população em geral, uma vez que numa situação de paragem cardíaca, a probabilidade de sobrevivência diminui 10% a cada minuto que passa. O início de manobras de Suporte Básico de Vida (SBV) pode aumentar significativamente a taxa de sobrevivência para valores superiores a 60%.

Relatório indica
Os cientistas sabem pouco sobre o cancro do ovário, que muitas vezes nem sequer surge nos ovários, é o que aponta um painel de...

A Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos fez um pedido para que a comunidade científica trabalhe para preencher o que chamou de “surpreendentes lacunas no conhecimento fundamental sobre o cancro do ovário e a sua compreensão”, escreve o Diário Digital.

“O comité conclui que uma proporção substancial dos carcinomas classificados como 'de ovário' na verdade desenvolvem-se fora do ovário ou surgem de células que não são consideradas intrínsecas do ovário”, apontaram os especialistas num relatório de 377 páginas, encomendado pelo Congresso dos EUA.

Muitos destes tumores “surgem noutros tecidos fora do ovário, como nas trompas uterinas, e depois produzem metástases no ovário”.

Cerca de 14.000 mulheres morrem anualmente de cancro do ovário nos Estados Unidos, onde este tipo de cancro é o quinto mais frequente no país e é diagnosticado em 21.000 mulheres todos os anos.

Alguns dos primeiros sintomas da doença são inchaço, dor ao urinar ou desconforto abdominal, mas frequentemente nenhum sintoma é percebido nos estados iniciais.

Cerca de duas em cada três mulheres que são diagnosticadas com este cancro descobrem a doença já em estágio avançado e com expansão para outros tecidos.

Entre as mulheres que recebem estes diagnósticos tardios, menos de 30% sobrevivem mais de cinco anos após recebê-lo. 

Segundo especialista
A combinação entre uma alimentação pouco saudável e uma fraca hidratação propicia a condição ideal para a formação de pedras...

“Existem algumas regras básicas que podem ajudar a tratar ou prevenir os cálculos renais. Por exemplo, é importante que as pessoas deem preferência a produtos lácteos desnatados, uma vez que estes são ricos em cálcio e diminuem a probabilidade de cristalização. Por outro lado, deve evitar-se o consumo excessivo de proteínas de origem animal, pois aumentam a produção de ácido úrico, um dos componentes das pedras nos rins”, explica Estêvão Lima, urologista do Hospital Lusíadas Porto.

E acrescenta: “O sal também deve ser evitado, na medida em que o sódio facilita a deposição de sais no organismo. É igualmente importante beber muita água, entre um litro e meio a dois litros, dependendo da temperatura ambiente, humidade relativa e tipo de alimentação. Claro que se a pessoa pratica exercício, deve redobrar este cuidado. Quanto mais clara for a urina, menor será a concentração de iões, assim como será menor a probabilidade de formação de cálculos.”

A abordagem terapêutica é baseada na composição e localização dos cálculos renais, escreve o Diário Digital. Os tratamentos mais comuns incluem um método de tratamento não invasivo dos cálculos do aparelho urinário, denominada litotrícia extracorporal por ondas de choque, ou por ureterorrenoscopia, na qual é feita uma exploração endoscópica do ureter, sendo o cálculo posteriormente fragmentado e retirado com pinças.

“Se o tamanho for muito diminuto, não significa que se terá de realizar qualquer intervenção, pois o cálculo pode sair por si. Mas a prevenção terá de ser reforçada, para não aumentar o número de cálculos ou as suas dimensões e deve sempre procurar-se um especialista, dado que um cálculo de pequena dimensão pode dar problemas, provocando infeções generalizadas”, conclui.

O cálculo – ou a pedra – é inicialmente formado no rim, onde pode ficar durante muitos anos sem qualquer sintomatologia. Quando se desloca para a bexiga através do ureter – uma estrutura muito fina e delicada – provoca a cólica renal, extremamente dolorosa, levando as pessoas a procurar um médico de urgência.

Protocolo assinado
Os ministérios da Administração Interna e da Saúde assinam um protocolo para criar um sistema de referenciação e de...

O protocolo, que vai ser assinado pelos ministros da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, insere-se no Plano de Prevenção do Suicídio nas Forças de Segurança 2016/2020.

Segundo o Ministério da Administração Interna, o protocolo visa a criação de um sistema de referenciação e de encaminhamento dos elementos das forças de segurança, considerados em risco de suicídio mediante avaliação dos gabinetes de psicologia da PSP e da GNR, para os departamentos ou serviços de psiquiatria e saúde mental dos estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O protocolo envolve a colaboração entre a Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública e Direção-Geral da Saúde.

O anterior Governo criou, em novembro de um 2015, um grupo de trabalho para rever o plano de prevenção do suicídio nas forças de segurança, devido ao número de suicídios registados na PSP e na GNR, no ano passado.

Em 2015, suicidaram-se sete agentes da PSP e cinco militares da GNR.

Governo
A secretária de Estado para a Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Nunes, disse que o Governo pretende criar durante...

"Estamos empenhadamente a trabalhar para a criação, ainda durante o primeiro semestre de 2016, de uma prestação social única na área da deficiência, que possa combater a pobreza e combater a exclusão social nesta área ", disse.

Ana Sofia Nunes falava na inauguração das novas instalações da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, um empreendimento que implicou um investimento global de 2,5 milhões de euros.

Durante a cerimónia, a secretária de Estado lembrou que, no que concerne a apoios e prestações sociais, a resposta às pessoas com deficiência "ficou para trás", pelo que assumiu o compromisso de trabalhar para resolver essa questão.

"Conseguimos criar apoios sociais em diversas áreas que combateram outras dificuldades e outros males da nossa sociedade, mas esta ficou por resolver. Portanto, por ela [criação da prestação social única], também trabalharemos", sublinhou.

Ana Sofia Antunes vincou ainda o trabalho que está a ser feito para que em termos de candidaturas comunitárias se possam dinamizar o mais possível "soluções que privilegiem a autonomização e a vida nas melhores condições de independência do cidadão com deficiência".

Entre os objetivos do Governo para esta área está também o da diminuição da taxa de desemprego que, no que às pessoas com deficiência diz respeito, é duas vezes e meia superior à média global do país.

"Daí que tenhamos como principal prioridade encontrar formas de abrir a comunidade empresarial, e também dando o exemplo por parte das entidades públicas, para que se possa acolher, o mais possível, pessoas com deficiência no seio do mercado de trabalho", referiu.

Nos casos em que a inclusão no mercado de trabalho não seja o mais viável, o Governo defende "soluções no sentido de que estas pessoas possam desenvolver atividades socialmente úteis e em que lhe possam dar alguma compensação monetária", apontou, referindo ainda a educação como outra das linhas estratégicas a seguir.

Relatório
A atividade gripal manteve-se baixa, com tendência estável, pela terceira semana consecutiva, revela o boletim semanal de...

De acordo com o relatório, divulgado pelo Instituto Nacional Ricardo Jorge, a taxa de incidência da gripe foi de 42,6 por 100.000 habitantes. Na semana passada tinha sido de 40,1.

Entre 22 e 28 de fevereiro, segundo o relatório, o vírus da gripe foi detetado em 36 por cento dos casos analisados em laboratório (quatro de 11), tendo sido encontrados dois vírus de tipo A e dois de tipo B.

O comunicado nota que os vírus da gripe circulantes são na sua maioria semelhantes aos contemplados na vacina da gripe usada neste inverno.

Ainda segundo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, na semana passada foram admitidos 10 novos casos de gripe em 13 unidades de cuidados intensivos (que reportaram informação), o que representa 6,2% da taxa de admissão e é “quase o dobro” do que fora estimado na semana anterior.

Diz-se também no relatório que na última semana de fevereiro a mortalidade por todas as causas teve valores de acordo com o esperado, e que no resto da Europa houve um decréscimo de casos de gripe, embora em sete países tivesse havido “uma atividade gripal elevada”.

No mês de fevereiro, afirma-se no documento, o valor da temperatura mínima do ar (5,95 graus) foi ligeiramente superior ao valor médio.

A época gripal começou em outubro e termina em maio.

Estudo
Uma em cada cinco raparigas com idades entre os 13 e os 18 anos toma tranquilizantes ou sedativos, a maioria com prescrição...

Estes dados foram divulgados, durante a apresentação do “Estudo sobre os Consumos de Álcool, Tabaco, Drogas e outros Comportamentos Aditivos e Dependências-2015”, do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD).

De acordo com Fernanda Feijão, autora do estudo, importa perceber “como é que há uma percentagem tão elevada de raparigas a precisar de medicamentos”.

A responsável indicou que este é um indicador em que “costumamos estar acima da média europeia”.

Manuel Cardoso, subdiretor geral do SICAD, explicou aos jornalistas que ainda não há uma explicação para estes consumos, mas considerou que 20% “é um valor muitíssimo alto” e que esta “questão tem de ser estudada”.

Para Fernanda Feijão, “há um problema no feminino que deve ser investigado e sobre o qual a saúde se deve debruçar”.

Este problema no feminino estende-se a outras áreas, como o consumo de bebidas alcoólicas, em que as raparigas levam a dianteira sobre os rapazes, no que respeita às bebidas espirituosas.

O estudo revela que 5,3% dos rapazes, dos 13 aos 18 anos, consome apenas bebidas espirituosas, enquanto mais do dobro das raparigas (11%) o faz.

Globalmente, as bebidas mais consumidas no último mês foram as destiladas (31%), seguidas da cerveja (30%) e do vinho (22%).

No entanto, Manuel Cardoso destaca que a percentagem mais elevada de consumo de espirituosas “acontece à custa das raparigas”.

Esta é uma “realidade nova”, afirmou o responsável do SICAD, sublinhando que as raparigas iniciam este tipo de consumo aos 13 anos, o que se poderá enquadrar no facto de “o crescimento da mulher acontecer mais cedo que o do homem”.

O relatório revela ainda que 5% dos jovens com 13 anos já estiveram embriagados alguma vez ao longo da vida e que 3% se embriagaram no último mês (0,8% de raparigas e 2,2% de rapazes).

Apesar destes dados, o SICAD destaca que, nos últimos quatro anos, o consumo de álcool, tabaco e droga tem vindo a descer nas camadas mais jovens, mantendo-se estável ou, em alguns casos, aumentando nos alunos de 18 anos.

Exemplo disso é o facto de 10% dos rapazes e 3% das raparigas terem consumido álcool vinte ou mais vezes nos últimos 30 dias.

Quanto à droga, o estudo indica que só aumentou a experimentação naquela faixa etária.

Ainda entre os jovens de 18 anos se verificou que 10% (cerca de 10 mil jovens) revelaram ser consumidores frequentes de álcool, droga e tabaco.

Na opinião de Fernanda Feijão, este é também um grupo de consumidores “que deve ser objeto de especial preocupação”.

113 milhões de euros
A espanhola Sacyr Concesiones, acionista única da Somague Concessões, anunciou que vendeu 98% da sua sociedade HC-Hospitais...

Em causa estão as posições de 51% nos hospitais de Braga e de Vila Franca de Xira e de 40% do hospital da ilha Terceira, nos Açores.

"A Sacyr Concesiones manterá uma participação de 2% na HC-Hospitais Concesionados e continuará a prestar os serviços de gestão dos centros hospitalares", garante a acionista única da Somague Concessões.

O grupo Sacyr é gestor de concessões de infraestruturas de transporte do Public Works Financing (PWF), com 35 ativos distribuídos por oito países (Espanha, Portugal, Chile, Colômbia, Itália, Irlanda, Peru e Uruguai), que incluem autoestradas (mais de 3.600 quilómetros), gares intermodais de transportes, hospitais (mais de 2.200 camas) e uma linha de metro.

A Aberdeen é uma empresa de um grupo global dedicado à gestão de ativos, fundada em 1983, cotada e que opera em 25 países, na Europa, Ásia e América.

Prémio Pulido Valente
O investigador turco Bahtiyar Yilmaz, ex-aluno do programa de doutoramento do Instituto Gulbenkian de Ciência, recebe, na terça...

A distinção, no valor de dez mil euros, destina-se a jovens investigadores, com menos de 35 anos, que se destacam num estudo em ciências biomédicas, realizado num laboratório português. Na edição de 2015, o tema era "imunidade inata e adquirida".

O prémio é atribuído pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e pela Fundação Pulido Valente, e será entregue no Teatro Thalia, na presença do ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, informou a FCT em comunicado.

O trabalho foi igualmente distinguido com o Prémio Pfizer 2015 em Investigação Básica.

Bahtiyar Yilmaz, que está a realizar um pós-doutoramento num laboratório na Suíça, fez parte da equipa do Instituto Gulbenkian de Ciência liderada pelo investigador Miguel Soares que descobriu, numa experiência com ratinhos, que uma bactéria benéfica do intestino produz açúcar que gera uma resposta de defesa natural do organismo contra a transmissão da malária.

O parasita da malária, o "Plasmodium", expressa uma molécula de açúcar, a "alfa-gal", que também se manifesta na superfície de uma estirpe da bactéria "E.coli", que existe no intestino humano saudável.

A molécula induz uma "resposta imune muito forte que protege contra a malária", afirmou à Lusa o investigador-principal, Miguel Soares, em dezembro de 2014, altura em que o estudo foi publicado na revista Cell.

Na experiência, quando eram vacinados contra uma molécula sintética de açúcar "alfa-gal", que, de acordo com os investigadores, é fácil de fabricar a custos baixos, os ratinhos produziam "elevados níveis" de anticorpos anti-alfa-gal "altamente protetores contra a transmissão de malária por mosquitos".

O mecanismo imune descoberto poderá levar à produção de uma vacina promissora, sobretudo para crianças das regiões endémicas da malária, com menos de três anos, que "são muito suscetíveis à doença", porque, segundo Miguel Soares, provavelmente "não têm uma resposta imunitária" tão vincada como a dos adultos.

A equipa chefiada por Miguel Soares, em colaboração com uma outra, dos EUA e do Mali, concluíra que, numa região endémica de malária, no Mali, pessoas que apresentam níveis mais baixos de anticorpos contra a molécula de açúcar "alfa-gal" são também as mais propensas a ter a doença.

Problemas urinários
Encarada como um tabu, a incontinência urinária é um problema de saúde com fortes repercussões a nív

Caracterizada por perdas involuntárias de urina, a incontinência urinária é um problema bastante comum, embora constrangedor.

A gravidade deste problema é variável, existindo casos mais ligeiros e outros mais graves. Em alguns casos não se consegue controlar a urina ao fazer pequenos esforços como tossir ou espirrar.

Para além de um problema de saúde, a incontinência urinária tem um grande impacto na qualidade de vida de quem dela padece.

Fuga ao contato social e isolamento são algumas das consequências mais diretas, uma vez que está sempre presente o medo e a vergonha de que os outros sintam o cheiro. Por outro lado, também a intimidade de um casal pode ser fortemente prejudicada.

As mulheres, entre os 45 e os 65 anos, são as mais afetadas por esta patologia. Apesar da incontinência urinária ser transversal a ambos os sexos e a todas as idades, estima-se que por cada três mulheres a sofrerem com a doença, um homem apresenta as mesmas queixas.

A incontinência pode ser uma incontinência urinária de urgência ou de esforço. A primeira resulta da vontade súbita e incontrolável de urinar, podendo estar relacionada com o envelhecimento ou numa faixa etária mais jovem estar associada a doenças neurológicas.

A incontinência urinária de esforço, que prevalece nas mulheres entre os 45 e os 65 anos, resulta da fragilidade dos músculos pélvicos que suportam a bexiga e a uretra. Tossir, saltar, correr, espirrar ou levantar pesos são tarefas que podem provocar perdas de urina. A explicação está no facto da pressão abdominal aumentar, em cada uma destas situações, e o esfíncter perder a força deixando escapar urina.

Se nas mulheres os partos são apontados como os principais responsáveis por esta situação, uma vez que podem constituir um traumatismo que debilita as estruturas musculares, nos homens este problema pode ser consequência de uma prostatectomia radical – cirurgia utilizada no tratamento do cancro da próstata -, uma vez que esta intervenção pode danificar o esfíncter.

Foi o que aconteceu a António Mendes. Tinha 52 anos quando lhe foi diagnosticada a doença. “Tive de ser operado para remover a próstata. O médico alertou-me para a possibilidade de ficar incontinente”, recorda.

“Andei de fralda…”, acrescenta garantindo que, ainda assim, encarou a situação da melhor forma possível. “Foi uma situação que durou alguns meses”, diz.

“Apesar de me sentir incomodado por usar fralda não tive vergonha do que me estava a acontecer”, afirma.

“Isto mexe com a nossa virilidade claro, mas eu não me identifico com essa postura machista. Se tenho um problema tenho de falar dele, tenho de o assumir”, revela António.

“Lamento que não se fale mais sobre este problema! É preciso despertar mentalidade para que se deixe de ter vergonha”, acrescenta.

António fez cerca de 20 tratamentos para tratar a sua incontinência urinária e que consistiam na introdução de uma sonda pelo recto para estimular a parte muscular. “Hoje estou curado e o facto de ter conseguido aceitar a situação foi muito importante para ultrapassar o problema”, garante quatro anos depois.

Embora o tratamento da incontinência urinária dependa do tipo de problema, gravidade e causas subjacentes, sabe-se que a cirurgia desempenha um papel preponderante na incontinência urinária de esforço, uma vez que, tanto na mulher como no homem, cerca de 90% dos casos são reversíveis.

Alguns especialistas lamentam, no entanto, que, por vergonha, os doentes não procurem assistência médica contribuindo, desde modo, para o agravamento do problema.

É, por isso, importante reforçar a ideia de que a incontinência urinária corresponde a uma situação clínica com tratamento, sobretudo, quando abordada numa fase inicial.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
O uso regular de doses reduzidas de aspirina reduz o risco de alguns cancros, em particular do trato gastrointestinal, segundo...

A investigação, liderada por Andrew T. Chan, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, resulta da análise de dois grandes estudos epidemiológicos que envolveram 135.965 mulheres e homens nos EUA.

Os autores documentaram 20.414 cancros em 88.084 mulheres e 7.571 cancros em 47.881 homens ao longo de 32 anos.

O uso de aspirina duas ou mais vezes por semana foi associado a uma redução do risco de cancro em três por cento, valor que sobe para 15% no caso dos cancros do trato gastrointestinal e para 19% nos cancros do cólon e do reto, revelam os resultados.

No entanto, não foi registada qualquer associação entre o uso de aspirina e o risco de outros tumores de grande incidência, como o cancro da mama, da próstata ou do pulmão.

O efeito protetor da aspirina foi registado ao fim de cinco anos de uso continuado e com dosagens de entre meio comprimido e comprimido e meio por semana ou um comprimido diário de dosagem reduzida (usado para a prevenção de doenças cardiovasculares).

"Podemos hoje recomendar que muitos indivíduos considerem tomar aspirina para reduzir o risco de cancro colo-retal, particularmente aqueles que têm outras razões para o uso, como a prevenção de doenças coronárias. Mas não podemos fazer uma recomendação geral para a prevenção do cancro", disse Andrew Chan.

Ao nível da população em geral, os autores admitem que o uso da aspirina possa prevenir 17% dos cancros colo-retais entre aqueles que não realizam colonoscopias e 8,5% dos tumores entre os que são submetidos àquele exame de diagnóstico.

Os investigadores acreditam que o uso regular de aspirina poderia prevenir até 30.000 tumores do trato gastrointestinal por ano nos EUA.

Os autores do estudo sugerem que, no caso do trato gastrointestinal, a aspirina poderá influenciar mecanismos adicionais importantes na formação do cancro, o que explicaria a associação mais forte com o uso de aspirina e os cancros gastrointestinais.

Os cientistas admitem que os resultados de um estudo desta natureza não são tão definitivos como os de um ensaio clínico aleatório, mas sugerem que a aspirina poderá ser "uma potencial alternativa de baixo custo aos rastreios do cancro colo-retal por colonoscopia em ambientes de recursos limitados ou um complemento" em lugares onde estes programas já existem, mas onde a adesão aos rastreios não é a melhor.

"Seria razoável que os indivíduos discutissem com os seus médicos a possibilidade de tomarem aspirina para prevenir o cancro gastrointestinal, particularmente se têm fatores de risco, como um historial familiar", disse Chan, que é também professor na Escola de Medicina de Harvard.

No entanto, o investigador sublinha que os pacientes teriam de ser bem informados sobre os potenciais efeitos secundários do uso regular de aspirina e que deveriam continuar a fazer os seus exames de rastreio regulares.

"A aspirina não deve ser vista como um substituto da colonoscopia ou de outros testes de rastreio do cancro", reiterou.

Segundo o relatório Globocan 2012, da Organização Mundial de Saúde, o cancro colo-rectal é a terceira causa de morte por cancro em todo o mundo, com cerca de 1,4 milhões de novos casos por ano.

De acordo com o relatório sobre doenças oncológicas em Portugal divulgado hoje, o cancro do cólon matou 2.687 pessoas em 2014, enquanto o cancro do reto foi responsável por 1.073 óbitos. Estes dados colocam Portugal no pior quartil da Europa em termos de cancro colo-retal.

Estima-se que até 2035 sejam diagnosticados anualmente 2,4 milhões de casos.

Governo admite
O número de doentes oncológicos operados além do tempo máximo de resposta garantido subiu 4,6% em 2014, dado que preocupa o...

“Interessa-nos acima de tudo o bem-estar dos doentes. Se verificarmos que nalguns casos o Serviço Nacional de Saúde não consegue dar uma resposta em tempo útil, que ponha em causa a vida dos doentes, teremos abertura para contratualizar com os privados nesses locais e nessas situações”, afirmou o secretário de Estado Adjunto e da Saúde.

No relatório sobre doenças oncológicas apresentado em Lisboa, percebe-se que a percentagem de operados a neoplasias malignas que ultrapassam o tempo máximo de resposta garantido (TMRG) aumentou 4,6% de 2013 para 2014 e tem registado aumentos constantes desde 2010.

Também a percentagem de doentes prioritários com cancro operados além do TMRG aumentou 6,3% de 2013 para 2014.

“Nós estamos preocupados porque houve um aumento dos casos operados fora do TMRG. Com cada um dos hospitais vamos perceber as razões. Não é possível nem desejável, que o SNS não responda a estes casos prioritários do ponto de vista oncológico a tempo e horas”, afirmou o secretário de Estado Fernando Araújo.

O governante acredita que os cortes orçamentais não explicam totalmente esta subida de cirurgias fora do tempo, dando o exemplo do Hospital de São João, onde também houve cortes e a unidade consegui cumprir com eficácia os tempos máximos de resposta.

Quanto ao aumento de encargos do SNS com medicamentos oncológicos, como foi sublinhado no relatório hoje apresentado, Fernando Araújo indica estar em discussões com a indústria farmacêutica para que os doentes continuem a ter acesso aos melhores tratamentos inovadores mas com valores sustentáveis para o Estado.

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