Análise conclui
Quase metade dos tampões e pensos higiénicos, mandados analisar pela defesa dos consumidores de França, contêm dioxinas e agro...

Foram analisadas 11 marcas e cinco têm contaminantes, incluindo as duas mais vendidas em França, a O.B. e a TAMPAX.

Nas análises às marcas foram encontrados vestígios de dioxinas, que é a substancia química mais tóxica conhecida na atualidade. Foi também detetado glifosato que é um herbicida, relacionado com casos de cancro em zonas onde é muito usado. Resíduos de pesticidas organoclorados e um tipo de inseticida foram ainda descobertos nas análises feitas, escreve a TSF.

A revista "60 Millions de Consommateurs" diz que esta é "uma descoberta surpreendente" em produtos feitos de viscose e de celulose e apesar dos níveis detetados serem baixos "não pode ser considerado o risco zero até porque são poucos os estudos sobre a absorção sistemática destas substâncias pela vagina".

Um médico ouvido pela revista diz que "a vagina tem uma permeabilidade muito seletiva em função das substâncias, o que tem sido bem estudado com as drogas". Assim, face a esta realidade, deveria ser implementado o principio da precaução.

A associação de consumidores deu o alerta para a Direção-Geral da Saúde e para o Governo de Paris. Este grupo quer regulamentos específicos para exigir aos fabricantes que façam o controlo de qualidade de modo a garantir que nenhum resíduo tóxico potencialmente perigoso está presente nestes produtos de higiene intima. Por outro lado é exigido aos fabricantes que sejam transparentes na rotulagem e não se resguardem no segredo comercial para esconderem a listagem dos compostos dos pensos higiénicos e tampões.

Margarida Silva, professora de biotecnologia da Universidade Católica, no Porto, e ativista contra os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) não fica surpreendida com estes resultados até porque "as dioxinas, que é a substancia mais tóxica produzida pela humanidade, estão em muito produtos de consumo corrente".

"Nós temos uma sociedade tão sofisticada que deveria ser capaz de proteger a população das coisas que são nocivas", sublinha Margarida Silva.

Quanto à rotulagem, a ambientalistas é da opinião de que "não devemos estar a rotular as coisas que são tóxicas. Os venenos proíbem-se não se rotulam. Nós devemos rotular para garantir o direito do consumidor à informação e à escolha privada mas nenhum consumidor vai optar por coisas que estão contaminadas".

"Este não é um caso de rotulagem, este é um caso de proibição, de legislação, de intervenção nos processos industriais para garantir que não se deixam este tipo de resíduos, que vão afetar muitas pessoas", adianta.

Mas afinal como vão as dioxinas parar aos artigos de higiene intima feminina? Na resposta a esta dúvida Margarida Silva esclarece que "o algodão não vem com com dioxinas. Pode vir com glifosatos, que é o herbicida tolerante a muitas plantas transgénicas. A matéria-prima já pode vir parcialmente envenenada, depois o branqueamento do algodão, se usar cloro, vai criar dioxinas".

Margarida Silva denuncia que "todas as pessoas na industria sabem isso, os governos sabem isso e só não intervêm porque não há uma mobilização social que imponha um maior nível de proteção. Porque obviamente branquear com cloro é mais barato do que branquear algodão por métodos alternativos. Por isso, nós civilização, estamos a contribuir para o nosso próprio envenenamento e isso é muito lamentável", conclui.

OE 2016
Cônjuges e filhos até aos 30 anos, desde que não estejam a exercer atividade remunerada, podem ser incluídos.

Os funcionários públicos e aposentados do Estado vão continuar, pelo menos para já, a descontar 3,5% do seu salário por mês para a ADSE. “Os montantes das contribuições” para o subsistema dos trabalhadores do Estado “mantêm-se”, adiantou ao jornal Público a assessoria do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes. Em contrapartida, as mudanças previstas no Orçamento de Estado para 2016 preveem o alargamento do universo de beneficiários aos cônjuges e aos filhos até aos 30 anos (mais quatro do que atualmente) dos titulares, além dos trabalhadores do sector empresarial do Estado.

Estas medidas já estavam previstas no Plano de Atividades para 2015 da Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas (nome por que é designada a ADSE), mas acabaram por não ser concretizadas pelo anterior Governo. “A inclusão dos cônjuges e dos filhos até aos 30 anos que vivem com os pais e não trabalham são as hipóteses que estão em cima da mesa. Tudo o resto continua em negociações, que ainda não estão fechadas”, disse uma fonte do Ministério da Saúde (que agora tutela o subsistema de saúde).

Em Janeiro passado, o Governo mostrou-se disponível para avaliar uma redução dos descontos dos funcionários públicos e aposentados para a ADSE. A garantia foi dada pela secretária de Estado da Administração Pública durante as reuniões com os sindicatos para discutir os cadernos reivindicativos para este ano. Questionada pelo jornal Público, fonte oficial do Ministério das Finanças confirmou que o Governo manifestou disponibilidade em estudar o assunto. Na altura, Ana Avoila, a coordenadora da Frente Comum (federação afeta à CGTP) que propôs uma redução das contribuições dos atuais 3,5% para 1,5%, disse que a questão teria de ser avaliada em conjunto com o ministro da Saúde.

A subida dos descontos de 1,5% para 2,5% e, depois, para 3,5% foi decidida pelo anterior Governo, opção muito criticada pelos sindicatos, partidos da oposição, Presidente da República. Foi avaliada pelo Tribunal Constitucional (a pedido do PCP, BE e PEV), que a viabilizou. O aumento foi também posto em causa por uma auditoria do Tribunal de Contas, que concluiu que a subida foi excessiva, não teve suporte em estudos e que, em 2015, bastaria uma contribuição de 2,1% para que os custos com os cuidados de saúde fossem integralmente financiados pelos beneficiários.

O último relatório de atividades da ADSE (2014) revela que a receita de descontos de funcionários públicos e pensionistas mais do que duplicou ao longo desta legislatura, tendo nesse ano quintuplicado face a 2006, quando a taxa de descontos começou a aumentar, evolução que contribuiu para um excedente de 200 milhões de euros. 

O economista Álvaro Santos Almeida, um dos autores de um estudo sobre a sustentabilidade da ADSE, em que se propunha a imposição de tetos na taxa de descontos – para que os trabalhadores que ganham mais não se sentissem tentados a desistir do subsistema -, nota que 3,5% é muito para quem ganha mais, mas diz que a percentagem é aceitável se se quiser que a ADSE seja sustentável. 

Quanto ao alargamento a cônjuges e filhos até aos 30 anos (atualmente apenas são abrangidos os descendentes até 26, que estejam a estudar), o economista comenta que vai agravar o cenário de não sustentabilidade, uma vez que “aumenta o número de beneficiários sem aumentar a receita”.

Os autores deste estudo avaliaram a possibilidade de alargar a ADSE a alguns trabalhadores do Estado agora não incluídos – como o dos hospitais EPE – e concluíram que a medida não teria impacto, porque aumentam as contribuições mas também cresce a despesa. Incluir os filhos durante mais anos também não agravará muito a despesa, porque nesta faixa etária não há grande procura de cuidados de saúde, explica Álvaro Almeida. Pelas contas feitas nessa altura, haveria pelo menos 60 mil funcionários que estariam em condições de ponderar uma saída, por descontarem muito dinheiro por mês. Se o fizessem, “punham o sistema falido em poucos anos”, diz.

No relatório que acompanha o Orçamento do Estado para 2016, o Governo compromete-se a alargar a base de beneficiários da ADSE e os pormenores são dados numa nota de rodapé, que prevê o “alargamento da base de beneficiários a cônjuges dos beneficiários titulares, trabalhadores do sector empresarial do Estado e outras entidades públicas e a filhos até aos 30 anos”. As medidas já estavam previstas, mas o Plano de Atividades para 2015 pressupunha “uma determinada comparticipação financeira”.

Porém, na proposta de OE nada se diz quanto à eventual obrigatoriedade de os novos beneficiários terem de descontar e qual o valor que lhes será exigido. Além disso, também não se sabe se este alargamento do universo de beneficiários será enquadrado numa reformulação mais profunda do subsistema de saúde que, desde o ano passado, passou da tutela do Ministério das Finanças para o Ministério da Saúde.

Atualmente, a ADSE destina-se essencialmente à generalidade dos funcionários públicos e aposentados da Caixa Geral de Aposentações e a alguns dos seus familiares. Em Janeiro, tinha 1.224.736 beneficiários. Um pouco mais de meio milhão eram titulares no ativo, perto de 345 mil aposentados e 375 mil familiares. Os números estão na página eletrónica da ADSE, mas não é possível compará-los com o ano passado, uma vez que estes dados não estão disponíveis.

Os sindicatos aplaudem o alargamento do universo de beneficiários, mas defendem que a ADSE deve ser sujeita a uma reforma profunda, que permita reduzir os descontos dos beneficiários. Além disso, defendem que as entidades empregadoras deveriam voltar a contribuir para o sistema.

Estudos revelam
Um anel vaginal com microbicida reduz em cerca de 30% o risco de infeção com o vírus da Sida em mulheres, segundo os resultados...

Os anéis inspirados nos utilizados para contraceção ou tratamentos hormonais, tem o antiviral experimental Dapirivine, que se espalha gradualmente e deve ser trocado todos os meses.

O uso daquele anel é de particular interesse para as mulheres dos países em vias de desenvolvimento, onde as taxas de infeção com Sida são bastantes elevados e onde têm maior dificuldade em persuadir os homens a utilizar preservativos, disse Zeda Rosenberg, que dirige a parceria internacional para os microbicidas, que apresentou os resultados dos estudos.

No total, 4.588 mulheres seronegativas com idades entre os 18 e 45 anos do Maláui, África do Sul, Uganda e Zimbabué participaram em dois dos três estudos clínicos entre 2012 e 2015.

Aqueles que usaram o anel vaginal reduziram o seu risco de infeção de 27% para 31% em comparação com as que tinham um placebo, refere o estudo.

Os anéis provaram ser mais eficazes em mulheres com idade superior a 25 anos, onde o risco da infeção reduziu em 61% num estudo e 37% em outro, consoante o anel utilizado.

“Estes resultados dão uma nova esperança a muitas mulheres, que precisam de mais opções para efetivamente se protegerem”, afirmou Rosenberg.

Os resultados de ambos os estudos foram apresentados na Conferência sobre Retrovírus e Infeções Oportunistas, realizada esta semana em Boston, nos Estados Unidos da América.

Cerca de 37 milhões de pessoas vivem com o vírus da Sida no mundo, dos quais mais de metade são mulheres, segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.

Em Portugal
O Hospital de Guimarães foi o primeiro em Portugal a tratar um aneurisma da aorta abdominal, “doença grave” caracterizada por...

Em declarações, o diretor do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital da Senhora da Oliveira, Amílcar Mesquita, explicou que a endoprotese substitui, em muitos casos, a cirurgia “convencional” que consistia em abrir o doente e colocar uma prótese extra-artéria.

O Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) é uma “doença grave”, sem sintomas, que se caracteriza por uma “dilatação lenta e progressiva da aorta, a maior artéria do organismo que, quando rompe, origina uma perda de sangue muito grave” que pode resultar em morte súbita.

“O sistema de fixação consiste na colocação de uma espécie de ‘parafuso’ que prende a endoprótese à parede da aorta, evitando assim fugas de sangue e necessidade de reintervenção em caso de movimentação do local de posicionamento original da prótese”, esclareceu Amílcar Mesquita,

A endoprótese, explanou o clínico, “é uma prótese que se coloca por dentro da artéria para selar o aneurisma”.

Amílcar Mesquita explicou que “antes os aneurismas operavam-se por cirurgia convencional em que se abria o doente e colocava-se uma prótese extraartéria” mas, disse, “atualmente, numa grande maioria de casos, introduz-se uma prótese por dentro da artéria do doente e quando chega ao sitio libertámo-la, é a endoprotese”.

Uma mulher de 85 anos e com um aneurisma de 8 centímetros foi o primeiro paciente em Portugal a beneficiar daquela nova forma de tratamento de AAA.

Estima-se que, na Europa, 80 milhões de pessoas com mais de 65 anos estejam em risco de desenvolver um AAA.

Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero
A ILGA Portugal defendeu a revisão da lei que reconhece a identidade das pessoas trans e cuidados de saúde mais adequados e...

O pedido da ILGA (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero) surge no dia em que se completam 10 anos desde a morte de Gisberta Salse Júnior, uma mulher trans que morreu na sequência das agressões infligidas por um grupo de 14 adolescentes, durante três dias, que, posteriormente a atirou para dentro de um poço, num prédio inacabado, no Porto.

O caso ocorreu em 2006 e, segundo a ILGA, muita coisa mudou nos últimos dez anos no que diz respeito aos direitos das pessoas trans, com o Estado a dar “passos fundamentais” para a promoção e cidadania plena destas pessoas.

“Com destaque para a lei [7/2011] – absolutamente fundamental – que passou a permitir o reconhecimento legal da identidade de género e a alteração de sexo legal e nome próprio”, destacou a ILGA, sublinhando que houve outras áreas onde também foram feitos avanços importantes, como a concessão de asilo, o acesso à justiça, educação ou trabalho.

No entanto, apesar dos avanços, a ILGA entende que “a transfobia continua a ser forte” e que ainda faltam dar “passos importante” para que as pessoas trans tenham “direito a todos os direitos”.

No que diz respeito à lei 7/2011, a associação defende que é preciso melhorar o processo administrativo, de modo a garantir o acesso efetivo a todas as pessoas trans ao reconhecimento legal da sua identidade, “respeitando a sua autonomia e autodeterminação”.

Apesar de admitir que esta lei foi “absolutamente fundamental”, a ILGA diz conhecer vários casos de pessoas que encontram “barreiras significativas” no acesso à lei, desde logo pela dificuldade em conseguir o relatório que atesta o diagnóstico de “Perturbação de Identidade de Género”.

Dá como exemplo países europeus como a Dinamarca, Malta e Irlanda que aprovaram depois de 2011 legislação sobre o reconhecimento legal das pessoas trans e que não exigem esse relatório, e lembra a posição da Agência Europeia para os Direitos Fundamentais (FRA) nessa matéria e que vai no mesmo sentido, entre outras.

“No seu conjunto, os vários desenvolvimentos internacionais – nomeadamente as revisões dos diagnósticos – realçam que, ao contrário do que aconteceu durante décadas e até muito recentemente, os diagnósticos clínicos que incidem sobre as pessoas trans não se podem referir à sua identidade (isto é, a quem as pessoas são), mas sim ao sofrimento clinicamente relevante que pode derivar da incongruência entre a identidade e o sexo atribuído ao nascimento”, defende a ILGA.

Como a legislação nacional continua a exigir esse diagnóstico e assenta no “pressuposto (…) de que os profissionais de saúde podem determinar quem as pessoas trans são”, a ILGA defende que a lei seja revista.

Para além da matéria legislativa, a ILGA pede também que sejam melhorados os cuidados de saúde a que estas pessoas têm direito, criticando o facto de continuar a ser preciso um aval da Ordem dos Médicos para se poder ter acesso a cirurgias genitais, algo que querem ver extinto.

Segundo a ILGA, “não é claro, desde 2011, quais os tratamentos de saúde disponibilizados pelo Sistema Nacional de Saúde” e tem aumentado o desconhecimento em relação aos recursos que estão disponíveis para as pessoas trans.

Fonte de proteínas
A proteína é essencial para a formação e manutenção dos órgãos, tecidos e células, devendo correspon

Cada vez mais, os alimentos de origem animal ocupam um lugar de destaque em relação às preocupações com a saúde. A verdade é que, quer seja pelos elevados níveis de gordura presentes, quer pelas substâncias químicas ou antibióticos usados na criação dos animais, a carne, sobretudo a vermelha, está associada ao aparecimento de várias doenças, aumentando o risco de cancro.

No entanto, saiba que alguns cereais e frutas podem fornecer-lhe uma boa quantidade de proteína, fonte de aminoácidos essenciais, como alternativa ao consumo carne.

  1. Quinoa: este cereal, originário da região dos Andes, é uma das principais fontes de proteína entre os grãos. Cada 100 gramas de quinoa contém 15 gramas de proteínas. Disponível no mercado em grão, é ainda uma excelente fonte de fibras.
  2. Aveia: cada porção de aveia fornece 3% de proteínas completas ao organismo. Em forma de grão ou farinha, é ainda uma boa fonte de antioxidantes e vitaminas do complexo B.
  3. Grão: a quantidade de proteínas contidas neste alimento chega a 23%. Apesar do alto índice proteico, as proteínas nele incluídas não são do tipo completo, sendo necessário, por isso, combiná-lo a outros alimentos. Como é o caso do arroz integral ou das ervilhas. É ainda rico em sais minerais, vitaminas do complexo B, fibras, cálcio, ferro e magnésio. Soja, lentilhas e feijão são outras boas fontes de proteínas.
  4. Arroz integral: rico em fibras, o arroz integral é um hidrato de carbono de absorção lenta, que ajuda à produção de substâncias químicas que promovem o bem-estar, como a serotonina. Contém 2,5% de proteína.
  5. Coco: cerca de 80 gramas de coco (o equivalente a oito porções) possui a mesma quantidade de proteínas que um bife de frango. Pode obter os seus benefícios comendo a fruta ou bebendo o leite. No entanto, atenção à quantidade de gordura saturada existente neste fruto. Recomenda-se, por isso, que seja consumido com moderação.
  6. Abacate: cada unidade oferece cerca de 2% de proteína. Para substituir a quantidade de proteína que se encontra num bife, por exemplo, seria necessário comer 15 abacates. No entanto, não é essa a recomendação. A combinação de alimentos consumidos ao longo do dia é que deve somar a quantidade diária necessária de proteínas. Este fruto é ainda rico em fibras e ómega 6, combatendo a hipertensão e o mau colesterol.

Proteínas completas e incompletas, o que são?
Uma proteína é considerada completa quando contém os oito aminoácidos essenciais (não produzidos pelo nosso organismo) necessários para a produção de todo o tipo de estruturas, como músculos, ossos, órgãos, tecido conjuntivo, cabelo e unhas.

Uma proteína incompleta tem em falta um ou mais aminoácidos essenciais.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Entidade Reguladora da Saúde
A maioria das 161 unidades de saúde avaliadas pela Entidade Reguladora da Saúde no segundo semestre de 2015 obteve...

Segundo dados divulgados do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), elaborado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e publicado semestralmente, foram avaliados 161 prestadores de cuidados de saúde (hospitais ou clínicas), dos quais 127 (79%) foram classificados e 107 (66%) conseguiram a atribuição da estrela que corresponde ao primeiro nível de avaliação.

Destes 107 hospitais com estrela, 64 são do setor público, 28 do setor privado e 15 do social.

A dimensão Excelência Clínica reflete os resultados relativos a procedimentos e/ou diagnósticos no contexto das áreas de Acidente Vascular Cerebral, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia de Ambulatório, Cirurgia do Cólon, Cirurgia Vascular, Enfarte Agudo do Miocárdio, Ginecologia, Obstetrícia, Ortopedia, Pediatria e Unidades de Cuidados Intensivos.

A ERS sublinha que nesta dimensão Excelência Clínica se verificou “a melhoria do cumprimento das práticas e/ou procedimentos associados a diferentes áreas cirúrgicas”.

Para obter a estrela, os estabelecimentos de saúde têm de cumprir todos os parâmetros de qualidade exigidos.

No que respeita à segurança do doente, dos 161 prestadores avaliados 130 obtiveram estrela. Quanto à adequação e conforto das instalações, foram 139 as unidades que conseguiram obter esta classificação máxima em 2015.

O regulador refere que também cresceu o número de unidades que obtiveram a estrela nas dimensões da segurança do doente e de adequação e conforto das instalações.

Os prestadores que cumprem todos os requisitos de qualidade acedem a um segundo nível de avaliação, no qual é calculado um ‘rating’ individual com níveis de classificação de qualidade que vão do I (mais baixo) ao III (mais alto).

Neste segundo nível de avaliação, o regulador destaca o aumento de unidades que obtiveram nível de qualidade III nas áreas de ginecologia (36%) e obstetrícia (33%), relativamente à avaliação feita no primeiro semestre de 2015.

Esta avaliação teve pela primeira vez em conta as áreas da Dor Aguda e Tromboembolismo Venoso no Internamento.

Relativamente à Dor Aguda, oito prestadores alcançaram o nível II e nenhum obteve a classificação mínima, nem a máxima.

Na área do Tromboembolismo Venoso no Internamento, dois prestadores obtiveram nível de qualidade III, sete unidades alcançaram o nível intermédio e uma outra o nível mais baixo.

Em 2015
O presidente do Instituto Português de Oncologia do Porto, Laranja Pontes, congratulou-se com o aumento de 27,4% do número de...

Este aumento verificou-se maioritariamente na faixa etária mais jovem, até aos 25 anos, referiu o responsável, salientando que “o número de dádivas de sangue foi regular, com sete mil dadores ativos”.

O presidente do conselho de administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto considerou que “ este crescimento na faixa etária mais jovem é um fator positivo e indicador de que vai ser possível manter o número de dadores regulares porque estes vão substituir os dadores que por motivos de idade ou saúde deixam de poder dar”.

A regularidade nas dádivas é para o IPO-Porto “um dado muito satisfatório, uma vez que demonstra que os nossos dadores mantêm-se fiéis ao instituto”, acrescentou, salientando que a dádiva de sangue é “um pilar” do IPO-Porto.

“Diariamente, no IPO-Porto há doentes que necessitam de transfusão de componentes sanguíneos para serem sujeitos a transplante de medula óssea, cirurgias ou para realizarem tratamentos de quimioterapia ou radioterapia”, disse Laranja Pontes.

Por essa razão, ao longo do ano, o IPO/Porto desenvolve um conjunto de ações de apelo à dádiva de sangue. Em 2015, o dia nacional e o dia mundial do dador de sangue, o período de verão, o dia de São Martinho e a época de natal foram momentos chave.

No IPO-Porto, a recolha decorre de segunda a sexta-feira, entre as 08:30 e as 19:00, e ao sábado, das 08:30 ao 12:30.

Programa SIMPLEX
Até dia 20 de março, todos os funcionários públicos podem participar. Na saúde, o convite já foi feito. José Carlos Nascimento...

Uma criança vai à urgência de um hospital e os pais saem com um pedido de consulta de dermatologia desse médico. Mas a consulta não é marcada. São os pais que têm de ir marcá-la pessoalmente a outro hospital, apesar de essa unidade pertencer ao mesmo grupo.

Casos como este - ou em que se falta a uma consulta porque foi marcada para daí a um ano, os múltiplos cartões emitidos pela ADSE, ou as cédulas profissionais que têm de ser assinadas à mão - dificultam a vida de quem trabalha e dos cidadãos. É por isso que o Ministério da Saúde decidiu desafiar os funcionários a fazer propostas para o novo SIMPLEX, porque são eles que "trabalham todos os dias na administração pública". Todos podem dar propostas até dia 20 de março, escreve o Diário de Notícias.

A construção do programa para acabar com a burocracia está aberto a todos: está a decorrer a volta SIMPLEX em várias autarquias, os cidadãos podem escrever as suas sugestões e reclamações e agora o Governo lançou um desafio a todos os funcionários públicos. Na área da saúde, a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) enviou uma circular aos serviços de saúde para "recolher contribuições úteis" que possam ajudar a prestar um melhor serviço ao cidadão. Para o efeito, podem usar o mail [email protected].

José Carlos Nascimento, adjunto do gabinete do ministro da Saúde para a área das tecnologias da informação, explica ao DN que o modelo e a participação são abertos a todos, mas sabemos que a inclusão dos funcionários públicos é fundamental, porque são eles que lidam com os problemas no terreno, estão em contacto direto com os cidadãos". Acredito que quem trabalha nos serviços possa dar contributos muito importantes".

Atualmente já chegaram inúmeros contributos em diversas áreas, embora, admite, "a saúde justifique uma intervenção própria, um programa simplex só para a saúde". E dá exemplos: "As cédulas profissionais não são trabalhadas por via eletrónica, têm de ser assinadas uma a uma", conta. Outros casos, por exemplo, são as burocracias para os pagamentos à ADSE ou o reenvio frequente de cartões aos beneficiários.

Os responsáveis do programa vão continuar a recolher ideias. "Vamos reunir com todos os organismos da Saúde, desde o INEM, ao Infarmed, Instituto Português do Sangue e da Transplantação ou as próprias regiões de saúde", frisa José Carlos Nascimento.

Centro do SNS e outras medidas
Neste momento já há medidas em curso para simplificar o Serviço Nacional de Saúde. José Carlos Nascimento dá o exemplo do Centro de Contacto do SNS, que irá substituir também a linha Saúde 24, mas que possivelmente só irá abrir concurso já no próximo ano.

"Este centro será uma espécie de front office que vai permitir ao cidadão navegar no sistema, marcando consultas, exames, sabendo para onde se deve dirigir e quais as unidades com menores tempos de espera", exemplifica, tendo por base a já falada liberdade de escolha dos serviços, com apoio do médico de família. Para isso, "haverá o Sistema Integrado de Gestão de Doentes (SIGA), que vai gerir a circulação nos cuidados primários, hospitalares ou continuados."

Em curso está o registo de saúde eletrónico e a Plataforma de Dados da Saúde, trabalhados pela Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. Até agora, já reunia informação relevante sobre o cidadão, nomeadamente dados clínicos, e estava progressivamente a integrar todos os atos médicos realizados, como dados de consultas, análises e ainda exames complementares de diagnóstico e terapêutica.

"Terá de ser generalizado. Um cidadão que esteja noutro ponto do país tem de ter acesso à sua informação clínica, quer vá a uma unidade pública ou privada. Há ainda muitos passos a dar, porque os hospitais para já ainda só são obrigados a disponibilizar as notas de alta". O portal do SNS, com dados e informação como os tempos de espera, "além de visar a transparência vai promover a competição e a melhoria dos resultados".

Estudo revela
Os homens que falam ao telemóvel mais do que uma hora por dia correm um risco mais elevado de ter problemas de fertilidade,...

O trabalho publicado no jornal "Reprodutive BioMedicine Online" clarifica uma suspeita com vários anos sobre o potencial devastador do telemóvel na qualidade dos espermatozoides.

De acordo com o estudo liderado por Ariel Zilberlicht, do Centro Médico de Carmel, a contagem de espermatozoides baixa para níveis que podem causar infertilidade nos homens que mantêm os telemóveis a menos de meio metro dos testículos, escreve o Jornal de Notícias.

47% dos homens dos homens que mantêm o telemóvel no bolso durante o dia têm níveis anormalmente baixos de concentração de espermatozoides, quando comparado com o resto da população masculina, onde apenas 11% dos homens sofrem deste problema.

Falar ao telemóvel durante uma hora ou usar o aparelho enquanto este carrega duplica o risco, revela ainda o trabalho científico.

"À luz dos resultados do estudo, é recomendado que os homens encurtem a duração das chamadas e que evitem ter o telemóvel perto das virilhas, que não durmam ao lado do aparelho, que não o usem quando está a carregar e que utilizem o mais possível um sistema mãos livres", afirmou o líder do estudo a uma televisão israelita.

A qualidade do esperma entre os homens do Ocidente está em constante decréscimo e é considerado crucial em 40% dos casos de problemas de fertilidade, revela o "Times of Israel".

Ordem dos Médicos
O bastonário da Ordem dos Médicos considerou que a intenção do Governo em penalizar os hospitais por falhas na redução dos...

José Manuel Silva falava na sequência da notícia, publicada hoje no Diário de Notícias (DN), de que a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) quer reduzir em 25% os tempos de espera nas consultas e cirurgias nos hospitais.

A ACSS, de acordo com o DN, pretende também que os hospitais que não cumprirem os tempos de espera sejam penalizados no financiamento havendo também prémios para aqueles que tiverem melhores resultados

Em declarações, o bastonário da Ordem dos Médicos disse não conhecer o plano da ACSS em concreto, mas considerou que o objetivo é “nobre e importante”.

“Contudo, a ACSS deve concretizar melhor quais são os caminhos para atingir os objetivos importantes a que se propõe”, disse.

No entender de José Manuel Silva, há vários fatores a ter em consideração para que um plano destes “corra bem”.

“É importante que os conselhos de administração e direções de serviço sejam nomeados por critérios de competência. Na verdade, mais importante do que premiar e penalizar é serem identificados os conselhos de administração que eventualmente estejam a gerir de forma menos proficiente”, considerou o responsável.

Por outro lado, considerou o bastonário, o “orçamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) destinado aos hospitais para este ano vai ser reduzido, o que vai criar ainda mais constrangimentos”.

“O que é importante é que a ACSS dê indicações de como estes objetivos podem ser atingidos pelos hospitais sem reforço orçamental e até com uma redução do orçamento para os hospitais. Caso contrário, caímos no risco daquilo que aconteceu no passado, que é uma manipulação das listas de espera”, disse.

Segundo o plano estratégico da ACSS, citado hoje no DN, os tempos de espera vão ter de diminuir 25% até 2017.

A ACSS adiantou ao jornal que “vai haver ajustamento da forma como se efetua o pagamento da atividade hospitalar – incentivando o cumprimento e penalizando o incumprimento”.

“Pode haver penalizações até 1% do orçamento atribuído em cada ano, mas também prémios até 5% quando as metas são cumpridas”, é referido.

A ACSS explicou ainda ao DN que “estas balizas já existiam, mas é a primeira vez que são incluídos os tempos de espera para efeitos de penalizações”.

Ordem dos Médicos/Norte
O presidente da Ordem dos Médicos/Norte disse que os médicos “não podem nem devem ficar indiferentes” ao debate que está a...

Miguel Guimarães falava a propósito do debate “Dignidade no fim da vida” que realiza na terça-feira no Porto, organizado pela Ordem dos Médicos, para discutir ideias em torno de “uma matéria tão delicada e complexa, como a dignidade perante a morte”.

Desde que o movimento cívico “Direito a morrer com dignidade” apresentou há cerca de duas semanas o manifesto subscrito por mais de uma centena de figuras públicas, o tema suscitou uma ampla discussão e várias reações, nomeadamente no campo político, com o PS a afirmar-se aberto para o debate, mas defendendo que ainda é cedo para uma intervenção do parlamento, ou o PSD, para o qual o tema é importante, mas não prioritário.

O movimento lançou, há cerca de uma semana, uma petição pela despenalização da morte assistida dirigida à Assembleia da República que já foi assinada por mais de 700 pessoas.

De acordo com o movimento cívico, esta petição, disponível no 'site' Petição Pública, “reproduz, na íntegra, o Manifesto subscrito por mais de uma centena de figuras públicas e que o movimento divulgou na semana passada”, e foi já assinada por 714 pessoas.

“Defendemos a despenalização e regulamentação da Morte Assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”, lê-se no texto da petição.

Os proponentes da petição são António Pedro Vasconcelos, Isabel Ruivo, João Ribeiro Santos, João Semedo, Laura Ferreira dos Santos, Lucília Galha e Tatiana Marques.

Com mil assinaturas a petição é analisada pela uma comissão parlamentar respetiva, mas com quatro mil assinaturas, o assunto sobe automaticamente a plenário.

Para o presidente do CRNOM "os médicos, tal como os restantes profissionais de Saúde, não se podem excluir deste debate” por considerar que "a discussão de temas complexos e fraturantes como a morte assistida reforçam a necessidade imperiosa de equidade no acesso a cuidados paliativos de qualidade”.

“É essencial centrar o debate da Saúde nas suas ineficiências e necessidades para que em vida possamos ter acesso a cuidados de saúde de qualidade”, sublinhou.

Em declarações recentes, Miguel Guimarães, considerou que “mais importante" do que debater a eutanásia, o grupo que recentemente assinou o manifesto em defesa da morte assistida, deveria "preocupar-se também com o facto de não existir em Portugal uma boa rede de cuidados paliativos, que permita o acesso a todos os doentes”.

“Desde sempre, o ser humano conviveu regularmente com a morte, vivendo a seu lado momentos intensos. Como médicos, e como cidadãos, é nosso dever participar neste debate e discutir ideias em torno de uma matéria tão delicada e complexa, que se relaciona com a dignidade das pessoas perante a morte”, frisou.

Para o presidente da Ordem dos Médicos do Norte, "qualquer debate sobre a dignidade no fim de vida deve incluir o combate à distanásia e a exigência de uma rede de cuidados paliativos altamente diferenciados, que permitam uma morte digna e serena”.

Para isso, reforça a ideia da necessidade de apostar na qualidade da formação dos profissionais de saúde e nas condições de trabalho em rede ao nível dos recursos humanos e materiais.

O debate conta com a participação do Bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, e do presidente da Associação Portuguesa de Bioética, Rui Nunes, entre outros.

“Direito a morrer com dignidade”
Mais de 700 pessoas já assinaram a petição pública pela despenalização da morte assistida, criada, há cinco dias, pelo...

De acordo com o movimento cívico, esta petição, disponível no 'site' Petição Pública, “reproduz, na íntegra, o Manifesto subscrito por mais de uma centena de figuras públicas e que o movimento divulgou na semana passada”, e foi já assinada por 714 pessoas.

No texto, o movimento assume-se como um conjunto de cidadãos, “unidos na valorização privilegiada do direito à Liberdade”.

“Defendemos, por isso, a despenalização e regulamentação da Morte Assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”, lê-se no texto da petição.

Apontam que a morte assistida consiste em antecipar ou abreviar a morte de doentes em grande sofrimento e sem esperança de cura, desde que seja em resposta a um pedido do próprio, feito de forma informada, consciente e reiterada.

Argumentam que “é imperioso acabar com o sofrimento inútil e sem sentido, imposto em nome de convenções alheias”.

“Os signatários dirigem-se à Assembleia da República, órgão legislativo por excelência, ao abrigo da Constituição e da legislação aplicável, exortando os deputados e os grupos parlamentares a discutir e a promover as iniciativas legislativas necessárias à despenalização da morte assistida”, lê-se no texto.

Os proponentes da petição são António Pedro Vasconcelos, Isabel Ruivo, João Ribeiro Santos, João Semedo, Laura Ferreira dos Santos, Lucília Galha e Tatiana Marques.

Com mil assinaturas a petição é analisada pela uma comissão parlamentar respetiva, mas com quatro mil assinaturas, o assunto sobe automaticamente a plenário.

Desde que o movimento apresentou o manifesto o tema suscitou já uma ampla discussão e várias reações, desde o campo político, com o PS a afirmar-se aberto para o debate, mas defendendo que ainda é cedo para uma intervenção do parlamento, ou o PSD, para o qual o tema é importante, mas não prioritário.

Já a Associação Portuguesa de Bioética entende que a legalização da eutanásia tem de ser submetida a referendo por ser uma questão que não está devidamente esclarecida na sociedade portuguesa, enquanto o médico e ex-coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo entende que referendar esta matéria “é virar a democracia de pernas para o ar”.

O presidente da Comissão de Ética da Ordem dos Psicólogos, Miguel Ricou considera que a sociedade não pediu a discussão sobre a despenalização da eutanásia e que este não é um tema prioritário, ao mesmo tempo que associações de médicos e juristas católicos vieram já manifestar-se contra a legalização da eutanásia.

Caso a morte assistida venha a ser despenalizada, a Ordem dos Médicos defende a realização de um referendo à classe médica para uma eventual alteração ao Código Deontológico, opinião partilhada pela Ordem dos Enfermeiros que anunciou que vai promover um debate interno e um referendo sobre o tema.

A Igreja Católica também já se pronunciou e o conselho permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse estar preocupado com a reflexão em torno da legalização da eutanásia, vincando a defesa da vida "na sua integridade e integralidade".

Já a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) defendeu que antes da discussão sobre a eutanásia “é fundamental” garantir o acesso em tempo útil aos cuidados paliativos e assegurar que são prestados por profissionais com formação.

Chegar à meta da OMS em 2025
Reduzir a quantidade de sal nas sopas e pratos confecionados nos restaurantes, até ao final de 2016, é uma das 14 propostas que...

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a União Europeia já recomendaram que Portugal reduza o consumo de sal, entre 3% a 4% ao ano, durante os próximos quatro anos, para que em 2025 o país consiga ter um consumo de sal de apenas cinco gramas por dia, por pessoa, ao contrário dos 11 gramas de sal/dia se agora consome em média, individualmente.

A Lusa teve acesso à lista das 14 propostas de uma estratégia que o Ministério da Saúde quer começar a desenvolver este ano, para reduzir o consumo de sal na população portuguesa, até 2025, e um dos objetivos é conseguir que, até ao final deste ano, o setor da restauração inicie, de forma gradual e faseada, a redução do “nível do sal adicionado ao produto final, através dos seus métodos, de preparação e confeção”.

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), o setor da restauração deve desenvolver todos os esforços para uma redução gradual e faseada no teor de sal na sopa e acompanhamentos, até ao valor de referência de 0,2 gramas de sal, por cada 100 gramas de alimento.

O valor indicativo na redução média anual de sal situa-se nos 4% ao ano, nas diferentes categorias de produtos alimentares, designadamente no grupo dos cereais (pão, etc.), carnes e derivados de carne, refeições pronto consumo, batatas fritas e outros ‘snacks’ e molhos.

A estratégia do Governo para diminuir a ingestão de sal pelos portugueses passa também por vigiar a oferta de sal nos produtos alimentares à venda já utilizados, lê-se no documento facultado à Lusa pelo Ministério da Saúde e que foi elaborado por um grupo interministerial dinamizado pela DGS, através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

“O consumo excessivo de sal pela população é um dos maiores riscos de saúde pública em Portugal, tornando-se urgente propor medidas para a sua redução”, e estima-se que a quantidade de sal presente na alimentação dos portugueses seja “o dobro daquela que é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)", lê-se no documento.

O Governo admite que a prioridade na restauração vai ser dada à sopa e ao prato e quer ver atualizado e publicado este ano o Referencial de Boas Práticas Nutricionais, para o setor da restauração.

No final de 2016, o setor da restauração deverá apresentar, com base nos resultados obtidos e derivados de trabalho interno, uma proposta de ações, ajustada e exequível, que vise reduzir o teor de sal na componente proteica do prato e nos pratos compostos, informa ainda a DGS.

Para conseguir concretizar as propostas, o grupo de trabalho interministerial recomendou à DGS/Ministério da Saúde, que devem “criar condições técnicas para fazer o acompanhamento em permanência da presente estratégia e das suas propostas”, assim como devem “estimular a comunidade científica a investigar na área”.

Preparar uma reunião intercalar a cada seis meses, para apresentação e discussão dos resultados obtidos, é outra das sugestões para que a estratégia de redução do sal seja eficaz.

O grupo de trabalho interministerial, para propor este conjunto de medidas para a redução do consumo do sal pela população foi autorizado pelo despacho de 29 de julho passado.

Universidade do Porto
Investigadores da Universidade do Porto patentearam este mês uma máquina que mede o sal na comida em três minutos e que promete...

A primeira versão do protótipo integra um ecrã semelhante ao dos ‘smartphones’, pesa 250 gramas, tem 10 centímetros de comprimento e quatro de profundidade, e pode ser levado para qualquer cozinha portuguesa para medir a quantidade de sal das refeições em cantinas de escolas, infantários, hospitais, lares de idosos ou restaurantes.

Nesta fase, o protótipo ainda não pode ser chamado de robô, mas no futuro está previsto que seja desenvolvido um procedimento automatizado (agitação da amostra, juntar os vários componentes), como numa ‘bimby’, um robô de cozinha usado pelo mundo fora.

“Está previsto fazermos uma espécie de um robozinho para este tipo de análise de uma forma mais automática e requerer menos tempo do utilizador. O objetivo final é ter um equipamento que automaticamente faça a análise dos alimentos e dê orientações para quem está na cozinha saber qual a percentagem de sal e contribuir para o bem-estar das pessoas”, dizem os responsáveis pelo protótipo.

A ingestão de sal não deve ultrapassar cinco gramas por dia, mas há crianças em Portugal a consumir 17 gramas de sal por dia e adolescentes a consumir 22 gramas de sal por dia através de ‘pizzas’, chourição e pastelaria, indicam estudos recentes.

Para combater o excesso de consumo de sal, que está relacionado com o desenvolvimento de hipertensão arterial e com alguns tipos de cancro, como o do estômago, investigadores da Faculdade de Ciências da Nutrição Alimentação e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) inventaram esta máquina que promete “revolucionar” a forma de comer dos portugueses.

O aparelho vai permitir, por exemplo, avisar a cozinheira com “um sinal vermelho” que aparece no ecrã, que a sopa tem sal a mais e que pode corrigir o excesso acrescentando água de forma a não ficar com a sopa salgada e prejudicial para a saúde.

Joaquim Mendes, engenheiro mecânico da FEUP e um dos autores do protótipo, explica que se pensou numa máquina que pudesse facilitar o interface com o equipamento, com menu simples, apelativo e de fácil utilização, de baixo custo, compacto e reprodutível para entrar no mercado.

Carla Gonçalves, nutricionista, especialista em Ciências do Consumo e autora teórica desta máquina, explica que a ideia começou a desenvolver-se, porque o consumo de sal em Portugal continua a ser excessivo e porque não existia uma máquina portátil e rápida para resolver o problema nas cozinhas portuguesas.

Antes da existência deste protótipo, o processo de medição de sal na comida era realizado em laboratório, moroso e com custos elevados.

José Luís Moreira, engenheiro químico da FEUP e que também colaborou na criação do protótipo, explicou que o método de medição do sal na comida é muito rápido, simples, acessível ao maior número de pessoas e vai dar resultados com exatidão suficiente para quem estiver a controlar no terreno.

O aparelho está desenhado para responder à alimentação dos portugueses e, portanto, tem em conta as principais categorias da alimentação da população, permitindo analisar desde salsichas, pão, ou outros produtos de cafetaria e restauração que fazem parte dos cardápios nacionais.

Neste momento, população portuguesa consome uma média de 11 gramas de sal por dia, os adolescentes têm um consumo de sete gramas/dia e as crianças também apresentam um consumo excessivo por volta 6,5% a 7,5 gramas/dia.

Segundo especialista
António Pereira Coelho, o médico que há 30 anos fez nascer o primeiro “bebé-proveta” português, recorda que nos primeiros...

“Foi muito polémico o número de embriões a transferir. Naquela altura, talvez não tivéssemos bem a ideia da contrariedade que significava transferir todos os embriões viáveis”, disse o médico, numa entrevista a propósito do 30º aniversário do nascimento da primeira criança concebida através de uma Fertilização In Vitro (FIV), em Portugal.

A 25 de fevereiro de 1086 nasceu Carlos Saleiro, conhecido como o primeiro “bebé-proveta” português. António Pereira Coelho foi o médico responsável pela introdução da técnica em Portugal, depois de trabalhar no seu desenvolvimento, em Paris.

Desses tempos, recorda que chegavam a ser transferidos para o útero seis e até sete embriões, “com a possibilidade, como aconteceu (sobretudo com as equipas inglesas, os franceses foram mais prudentes) de gravidezes de seis e sete embriões, que não podiam chegar a termo”.

“Houve ali uma fase muito desagradável em que era necessário fazer a chamada redução de embriões”, contou.

Esta fase foi, de alguma maneira, ultrapassada e compensada quando, em paralelo, se começou a fazer a criopreservação de embriões, a qual evitava que a mulher se submetesse a todos aqueles tratamentos e o desperdício de embriões que poderiam dar, se lhes fossem dadas condições, origem a seres humanos”.

António Pereira Coelho reconhece para quem trabalhava nesta área, e “independentemente de convicções filosóficas ou religiosas”, era “um bocadinho chocante: estar a desejar a todo o custo obter filhos para casais inférteis e ao mesmo tempo a desprezar uma quantidade significativa desses mesmos embriões que podiam ser transferidos em outra fase”.

Regressado a Portugal, António Pereira Coelho fez no Hospital Santa Maria o que aprendera em França e que consistia em “captar os ovócitos, metê-los em tubo a temperatura de 37 graus, com um meio especial para não destruir os ovócitos, e levá-los do hospital para o laboratório, onde eram tratados”, neste caso nas instalações do Instituto da Ciência da Calouste Gulbenkian.

O médico estava na altura consciente dos riscos: “Se a coisa corresse bem de início, toda a gente se iria associar ao êxito, participar, estimular. Se nas dez primeiras tentativas não conseguíssemos uma gravidez, toda a gente começaria a pôr entraves, a não querer colaborar, a dizer que se estava a gastar dinheiro aqui quando havia outras prioridades”.

“Felizmente que as coisas correram bem e nas dez primeiras tentativas conseguimos três grávidas”, contou.

Alda Saleiro foi a primeira mulher a dar à luz uma criança concebida por FIV. Carlos Saleiro veio ao mundo a 25 de fevereiro. Passados 30 anos, António Pereira Coelho confessa: “Enquanto não vi a criança cá fora estive sempre um bocadinho angustiado, mas reparei facilmente que estava tudo normal”.

“A minha satisfação é, por um lado, Portugal não ter ficado muito atrasado em relação a outros países, o que nem sempre acontece. E por outro lado, termos tido a fortuna de conseguir resultados que, na minha ótica, contribuíram muito para a aceitação” desta técnica.

Ao fim de 23 anos
O primeiro “bebé-proveta” português e o médico que há 30 anos o fez nascer por Fertilização In Vitro reencontraram-se após mais...

“Estás tão grande”, afirmou o médico António Pereira Coelho, abraçando Carlos Saleiro, nas instalações do Hospital Santa Maria, em Lisboa, onde a 25 de fevereiro de 1986 a medicina portuguesa inscrevia na sua história o nascimento do primeiro bebé através de uma Fertilização In Vitro (FIV).

Prestes a completar 30 anos e a meses de ser pai, Carlos Saleiro deixou de ver o médico quando tinha apenas seis anos. No início deste mês, reencontraram-se.

“Voltei a reencontrar uma pessoa muito importante na minha vida”, disse o futebolista, que cresceu consciente da espetacularidade do seu nascimento através de um procedimento que hoje em dia considera “normal”.

“A minha mãe e o meu pai foram uns guerreiros, lutaram para ter um filho e conseguiram”, contou, orgulhoso.

Neste reencontro com António Pereira Coelho, Carlos Saleiro fez-se acompanhar da mãe, Alda, que confessou que há muito queria abraçar o médico que há 30 anos conseguiu dar-lhe um filho, pelo qual esperou durante anos.

O médico aproveitou para recordar algumas das características de Alda, como a sua determinação e exuberância, que a terão ajudado a conseguir ser a primeira mulher a ter um bebé FIV em Portugal.

“Eu sabia que ia ser a primeira”, afirmou, orgulhosa de ter passado por este processo. Por seu lado, Pereira Coelho recordou uma outra vertente desta mãe, a teimosia e persistência.

“A Alda disse-me que tinha tido uma rutura de bolsa, mas que antes [do parto] tinha de ir ao cabeleireiro. É mesmo à Alda, determinada e segura de si”, disse.

Milhares de crianças já nasceram em Portugal através da FIV, mas há 30 anos tudo era novidade. A fotografia de Carlos Saleiro ocupou as primeiras páginas dos jornais, abrindo um capítulo de esperança para os casais inférteis e promovendo também um debate ético que ainda hoje persiste.

Depois do seu nascimento, Carlos Saleiro manteve-se longe dos holofotes, exceto por motivos profissionais, uma vez que é jogador profissional de futebol, agora no Clube Oriental de Lisboa.

Mas aos 18 anos isso mudou: “A partir daí achei que tinha chegado a altura de falar”, disse.

Carlos contou como cresceu habituado a ver a sua cara em bebé nos recortes de jornais e o seu nascimento numa reportagem da RTP.

“Normalmente por onde passo é tema de conversa, mas é um, dois dias, depois passa. Às vezes há umas brincadeiras, que eu aceito, pois não são de mau tom”.

António Pereira Coelho congratula-se com o facto de a espetacularidade do nascimento de Carlos não ter tido consequências negativas no seu crescimento.

“O Carlos corresponde àquilo que eu desejava que ele fosse e o que ele prometeu ser em determinada altura. Tenho muito orgulho pela maneira como ele tem estado na vida”, afirmou o médico.

E acrescenta: “Ele é fantástico, mas tem uma mãe fantástica. Gostava que ele tivesse bem a noção do comportamento, da determinação, da coragem da mãe. Não encontrei muita gente com a personalidade da Alda”.

A primeira mulher em Portugal a dar à luz uma criança concebida através da FIV diz ter hoje a família que sempre desejou e reconhece que deve à ciência a concretização do sonho de ser mãe.

Neste reencontro marcado pela emoção, António Pereira Coelho, Alda e Carlos Saleiro só não concordaram num tema: o primeiro torce pelo Benfica e os outros preferem o Sporting.

Município de Lisboa quer
A Câmara de Lisboa discute na quarta-feira a abertura de um concurso dirigido a instituições de solidariedade que visa a...

De forma a “interferir diretamente na qualidade de vida das pessoas sem-abrigo”, a autarquia pretende lançar este concurso, que dará “atenção específica às pessoas naquela situação e estreitar as relações com os Agrupamentos dos Centros de Saúde e Centros Hospitalares para a definição de novas respostas que se lhe adequem”, refere a proposta assinada pelo vereador dos Direitos Sociais, João Afonso.

Em causa está um financiamento de 50 mil euros, ao abrigo do Regulamento de Atribuição de Apoios pelo Município de Lisboa, por uma intervenção de 12 meses.

Segundo as regras do concurso, anexas à proposta, podem candidatar-se “as instituições particulares de solidariedade social […] bem como as associações, fundações e outras pessoas coletivas” que trabalhem nesta área.

Prevê-se que a equipa vencedora, que deve ser composta por médicos e enfermeiros, avalie a “situação de risco/perigo que pode comprometer a vida” do sem-abrigo, promova “rastreios e testes rápidos conducentes ao despiste de doenças”, informe e sensibilize esta população “para a importância do auto cuidado em saúde” e ainda articule com outras equipas técnicas e com a Câmara.

Entre os critérios de seleção está a qualidade da candidatura, a experiência, a consistência do projeto e ainda a capacidade de angariação de outras fontes de financiamento.

Este concurso insere-se no Programa Municipal para a Pessoa Sem-Abrigo (PMPSA), aprovado pela autarquia no final de outubro passado, que visa, entre outros objetivos, tirar 200 das ruas em três anos e facilitar a sua integração social e laboral.

Também no âmbito do PMPSA, o executivo camarário aprovou por unanimidade, no final de janeiro, o lançamento de um outro para concurso para a criação de quatro equipas técnicas de rua que prestem apoio aos sem-abrigo, num financiamento de 180 mil euros.

Nesse programa está expresso o objetivo de implementar um programa de saúde de proximidade focado na questão mental.

O documento, em vigor até 2018, prevê também a renovação dos balneários e sanitários (públicos ou de instituições) e a abertura de mais quatro Núcleos de Apoio Local, ajudando os sem-abrigo a alimentarem-se no Cais do Sodré/Santos, Avenida da Liberdade/Restauradores, Olivais/Parque das Nações e Campo das Cebolas/Santa Apolónia.

O plano visa ainda a redução das vagas temporárias de emergência e, ao invés, a criação de 150 vagas de alojamento e ainda 168 novas respostas de dia ao nível de ocupação profissional e social.

Anteriormente, em novembro passado, a autarquia assinou um protocolo com o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa para realizar um diagnóstico da saúde mental dos sem-abrigo da cidade, de forma a definir as melhores respostas para cada caso.

Em Lisboa, segundo a autarquia, existem cerca de 500 sem-abrigo.

No Porto
Investigadoras do Porto que venceram o prémio da Santa Casa da Misericórdia vão utilizar o valor recebido na investigação sobre...

Em depoimentos, a investigadora Ana Paula Pêgo, do Instituto Nacional de Engenharia Biomédica da Universidade do Porto (INEB), indica que o que o grupo de investigação propõe é "uma nova estratégia terapêutica que combina duas terapias regenerativas axonais complementares com um programa de reabilitação".

O projeto, desenvolvido por profissionais do Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto (i3S) e do Centro de Reabilitação do Norte (CRN), engloba três áreas de estudo distintas - a biologia básica da recuperação das células nervosas, os biomateriais que servirão de suporte à regeneração (com agentes terapêuticos) e técnicas terapêuticas de reabilitação (fisioterapia).

Segundo Ana Pêgo, responsável pela equipa que vai desenvolver os biomaterias utilizados na investigação e que também faz parte do i3S, "apesar dos enormes avanços que se têm feito isoladamente nas três áreas que estão na base do projeto, não existem muitas abordagens que integrem as três frentes em simultâneo, sendo este o ponto forte" desta proposta.

Como explica Mónica Sousa, outra das coordenadoras e investigadora do i3S e do Instituto de Biologia Molecular e Celular da Universidade do Porto (IBMC), "quando há uma lesão na medula, os axónios (parte do neurónio responsável pela condução dos impulsos elétricos - informação - que partem do corpo celular até outro local mais distante, como um músculo ou outro neurónio) são interrompidos e o caminho de transmissão da informação também".

Para reverter esse processo, os investigadores do INEB vão desenvolver materiais que podem restabelecer esse caminho e guiar novamente o axónio de volta ao seu alvo, para além de manipularem a entrega local do medicamento selecionado para tratamento, aplicado através de um hidrogel, outro dos objetivos da investigação.

O que se pretende é encontrar "uma droga ou drogas que já passaram uma série de critérios de validação para utilização em outros fins e verificar a sua capacidade de favorecer o crescimento e a regeneração axonal 'in vivo', acrescenta Mónica Sousa.

A equipa da fisiatra Maria Cunha, do Centro de Reabilitação do Norte (CRN), vai ajudar a desenhar protocolos de fisioterapia adaptados que possam ser aplicados em ratos, semelhantes àqueles que se aplicam a doentes com lesões medulares, de forma a compreender se, para além drogas, esses protocolos podem ter um impacto positivo na regeneração dos axónios.

Segundo as investigadoras, estima-se que há uma incidência de 30 casos de lesão na espinal medula por ano em cada um milhão de habitantes e as sequelas tendem a prevalecer em cerca de 500 dos afetados, devido à inexistência de tratamentos efetivos que permitam recuperar de forma eficaz.

Na investigação, cuja estimativa de duração é de três anos, participam ainda os investigadores Isabel Amaral, Pedro Moreno e Paulo Aguiar, do INEB e do i3S, Fernando Mar e Joana Nogueira, do IBMC e do i3S, e Ana Rita Pinto e Ana Gomes, do CRN.

Com montante de 50.000 euros recebido pela distinção o grupo de investigação pretende comprar os reagentes necessários para os trabalhos 'in vitro' e 'in vivo'.

O prémio atribuído às investigadoras foi criado em 2014 em homenagem ao advogado e médico Albino Aroso, conhecido como o "pai" do planeamento familiar em Portugal, que morreu em 2013.

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