Associação pede ajuda ao SICAD
Mais de dois alcoólicos por semana estão a pedir ajuda à SOS Hepatites para deixar de beber e para ter apoio médico, um número...

A presidente da SOS Hepatites, Emília Rodrigues, revelou que a associação se tem confrontado com um enorme número de doentes alcoólicos a pedir apoio e para os quais precisa de ajuda para dar resposta mais rápida e efetiva.

Por isso, reúne-se com o presidente do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), a quem vai “propor uma parceria”, já que este organismo “tem um bom trabalho”, com o qual pode ajudar a SOS Hepatites, “através dos seus conhecimentos”, para que possa ser dada “uma resposta mais célere, mais forte e sem errar”.

Segundo Emília Rodrigues, em 10 anos, houve um total de cerca de 50 alcoólicos a pedir ajuda à SOS Hepatites, mas só nos últimos seis meses já houve mais pedidos de ajuda do que nesses dez anos.

“Estão interessados em deixar de beber e em ter apoio especializado de médicos. Estamos dispostos a ajudar, através de consultas”, afirmou.

Trata-se de doentes com hepatite alcoólica, alguns cirróticos, que “querem saber o que podem fazer para não morrer”.

Emília Rodrigues explica este aumento de pedidos de ajuda, não com um crescimento efetivo do número de alcoólicos, mas com a diminuição da vergonha e do preconceito associados a esta doença.

O relatório anual “A situação do país em matéria de álcool 2014”, do SICAD, apresentado no início deste mês, revela que os pedidos de ajuda contra o alcoolismo estão a aumentar, sendo que doze pessoas por dia iniciaram tratamento e dez foram internadas por problemas relacionados com o uso de álcool em 2014.

Segundo o relatório, estiveram em tratamento no ambulatório da rede pública quase 11.881 utentes, dos quais 3.353 iniciaram tratamento pela primeira vez e 930 foram readmitidos.

Estes números revelam uma tendência de acréscimo, registando-se nos últimos três anos os valores mais elevados de novos utentes e de readmitidos.

Quanto a internamentos devido ao alcoolismo, deram entrada em Unidades de Alcoologia e Unidades de Desabituação 1.472 utentes e 2.256 em Comunidades Terapêuticas.

Pelo segundo ano consecutivo aumentou o número de internamentos por problemas relacionados álcool em unidades de alcoologia, enquanto nas comunidades terapêuticas a tendência de subida verifica-se já há vários anos.

Segundo especialista
As poeiras vindas de África que afetaram a qualidade do ar no sul de Portugal já estão a dissipar-se, mas foram atingidos dos...

"No sul de Portugal, ontem [segunda-feira] registámos dos valores mais elevados de sempre nas estações de monitorização de qualidade do ar", avançou Francisco Ferreira da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

O valor limite diário é de 50 microgramas de partículas inaláveis (PM10) por metro cúbico (mg/m3) de ar e chegou-se a "valores horários da ordem dos 260/270 mg/m3 no Algarve", especificou.

"Agora já estamos numa fase de dissipação deste episódio, a massa de ar está a deslocar-se para norte e noroeste e está a alargar e as concentrações que vamos encontrar mais a norte tenderão a ser mais reduzidas", salientou Francisco Ferreira.

Este é um fenómeno recorrente que afeta nomeadamente a Península Ibérica em determinadas alturas do ano, quando ventos mais quentes do norte de África trazem as poeiras dos desertos do Sahel ou do Sahara em nuvens de grandes dimensões que habitualmente permanecem por um, dois ou três dias.

Nestas situações, "as partículas inaláveis e por vezes também as partículas finas, ou seja, as PM10 e PM2.5, podem atingir valores elevados", referiu o especialista em poluição do ar.

Quanto à PM2.5, em algumas estações atingiram-se valores de 40 ou 50, também um valor muitíssimo elevado por comparação a circunstâncias normais, acrescentou.

As partículas podem ter algumas consequências para a saúde, principalmente se a exposição às poeiras for muito prolongada, para grupos mais vulneráveis, como as crianças, os idosos ou as pessoas com problemas respiratórios.

Como é um fenómeno natural, não é possível evitar a sua ocorrência e a legislação, que penaliza os valores acima dos limites de poluição estipulados, não condena estas ultrapassagens.

A nuvem de poeira foi alvo da atenção do astronauta britânico Tim Peake que, na segunda-feira, publicou na sua conta do Twitter uma imagem de Portugal e Espanha cobertos por uma espécie de pluma.

Promotora de petição diz
Laura Ferreira dos Santos, uma das promotoras da petição a favor da despenalização da morte assistida, considera que o elevado...

A professora universitária e autora de vários livros sobre a eutanásia, reagiu desta forma à notícia de que mais de 5.000 pessoas assinaram, nos últimos sete dias, a petição a favor da despenalização e regulamentação da morte assistida.

“Os portugueses não estão tão a leste da temática [da morte assistida] como muitos davam a entender”, disse, acrescentando: “As pessoas mais adversas a esta causa foram desaparecendo, até pela sua idade, e as gerações mais novas estão mais reivindicativas”.

Uma vez que tem mais de 4.000 assinaturas, a petição terá de ser discutida em plenário da Assembleia da República, mas Laura Ferreira dos Santos considera que a pressa não é bem-vinda.

“Não se pode legislar com pressa. É preciso um amplo debate e tornar conhecidos os relatórios credíveis nesta área”, acrescentou.

Para Laura Ferreira dos Santos, este não é um processo que se conclua de um dia para o outro, pois “exige debate”.

A petição, dirigida à Assembleia da República, está disponível online e o texto que a acompanha é o mesmo do manifesto assinado por 112 personalidades da sociedade portuguesa, como Alexandre Quintanilha, José Pacheco Pereira, António Sampaio da Nóvoa ou Olga Roriz.

Francisco Louçã, João Goulão, o oncologista Jorge Espírito Santo, o “capitão de Abril” Vasco Lourenço, o sociólogo Boaventura Sousa Santos e o ex-diretor geral da Saúde Constantino Sakellarides assinaram igualmente este manifesto.

No texto que acompanha a petição – que às 13:25 contava com 5.221 assinaturas - , o movimento apresenta-se como um conjunto de “cidadãs e cidadãos de Portugal, unidos na valorização privilegiada do direito à Liberdade”.

Defendem, por isso, “a despenalização e regulamentação da morte assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”.

“A morte assistida é um direito do doente que sofre e a quem não resta outra alternativa, por ele tida como aceitável ou digna, para pôr termo ao seu sofrimento. É um último recurso, uma última liberdade, um último pedido que não se pode recusar a quem se sabe estar condenado. Nestas circunstâncias, a morte assistida é um ato compassivo e de beneficência”, lê-se no texto.

Novo órgão da OMD tem representantes de todas as regiões do país
Paulo Ribeiro de Melo vai liderar o Conselho Geral da Ordem dos Médicos Dentistas, um novo órgão social, criado na sequência da...

Doutorado em medicina dentária pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, onde é professor associado desde 2008, Paulo Ribeiro de Melo pertence aos corpos sociais da Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) desde 2001, e ocupava até aqui o cargo de secretário-geral da OMD, entretanto extinto.

Paulo Ribeiro de Melo é o representante da OMD na Direção-Geral da Saúde para o Programa Nacional de Prevenção da Saúde Oral e é vice-presidente do Comité de Saúde Pública da Federação Dentária Internacional.

Paulo Ribeiro de Melo salienta que “os desafios e as exigências na OMD são permanentes. O patamar a que a OMD foi elevada nos últimos anos representa uma responsabilidade acrescida para este mandato e para este novo órgão”.

O primeiro presidente do Conselho Geral da OMD traça como prioridades para o novo mandato “a necessidade de garantir um maior acesso da população a cuidados de saúde oral, a regulação da profissão, a valorização do médico dentista e a organização da OMD”.

Para além de Paulo Ribeiro de Melo como presidente, o conselho geral da OMD elegeu Paulo Durão Maurício para vice-presidente e Fernando Ferreira e Ana Augusta Costa para os cargos de secretários da mesa do Conselho Geral.

“Direito a morrer com dignidade”
Mais de 5.000 pessoas assinaram, nos últimos sete dias, uma petição a favor da despenalização e regulamentação da morte...

A petição, dirigida à Assembleia da República, está disponível online, e o texto que a acompanha é o mesmo do manifesto assinado por 112 personalidades da sociedade portuguesa, como Alexandre Quintanilha, José Pacheco Pereira, António Sampaio da Nóvoa ou Olga Roriz.

Francisco Louçã, João Goulão, o oncologista Jorge Espírito Santo, o “capitão de Abril” Vasco Lourenço, o sociólogo Boaventura Sousa Santos e o ex-diretor geral da Saúde Constantino Sakellarides assinaram igualmente este manifesto.

No texto que acompanha a petição – que às 11:10 contava com 5.050 assinaturas - , o movimento apresenta-se como um conjunto de “cidadãs e cidadãos de Portugal, unidos na valorização privilegiada do direito à Liberdade”.

Defendem, por isso, “a despenalização e regulamentação da Morte Assistida como uma expressão concreta dos direitos individuais à autonomia, à liberdade religiosa e à liberdade de convicção e consciência, direitos inscritos na Constituição”.

“A morte assistida é um direito do doente que sofre e a quem não resta outra alternativa, por ele tida como aceitável ou digna, para pôr termo ao seu sofrimento. É um último recurso, uma última liberdade, um último pedido que não se pode recusar a quem se sabe estar condenado. Nestas circunstâncias, a Morte Assistida é um ato compassivo e de beneficência”, lê-se no texto.

Os signatários dirigem-se à Assembleia da República, órgão legislativo por excelência, ao abrigo da Constituição e da legislação aplicável, exortando os deputados e os grupos parlamentares a discutir e a promover as iniciativas legislativas necessárias à despenalização da morte assistida.

Os proponentes da petição são António Pedro Vasconcelos, Isabel Ruivo, João Ribeiro Santos, João Semedo, Laura Ferreira dos Santos, Lucília Galha e Tatiana Marques.

Agência Portuguesa Ambiente
A qualidade do ar do Algarve, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo, Centro, interior norte e Madeira é hoje afetada por partículas e...

"Durante o dia 23 de fevereiro [hoje], a influência da massa de ar nas concentrações de partículas irá diminuir gradualmente de intensidade, devido à previsão de alterações das condições meteorológicas", refere uma informação divulgada no site da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Trata-se de um fenómeno natural, mais frequente na primavera e no verão, que afeta a qualidade do ar ambiente.

A APA estima que possa contribuir para um aumento das concentrações de partículas em suspensão (PM10) entre 40 a 80 mgm-3 nas regiões do Algarve e Alentejo e entre 10 a 40 mgm-3 nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e interior Norte.

A análise comparativa dos modelos de prognóstico de dispersão e transporte de poeiras pela circulação atmosférica indica que este episódio deverá terminar na quarta-feira.

O transporte de longa distância de partículas com origem natural, em zonas áridas do Norte de África, como é o caso dos desertos do Sahara e Sahel, pode levar à subida dos níveis de PM10.

As poeiras podem tornar-se visíveis quando se verifica a sua deposição nas superfícies, sobretudo nos automóveis, varandas ou outros elementos que estejam ao ar livre.

Portugueses ao volante
Questionário a mais de mil condutores revela que é nas localidades que a maior parte das infrações são cometidas. Maioria dos...

A velocidade excessiva e o uso do telemóvel durante a condução são os principais comportamentos de risco dos condutores portugueses. A revelação, escreve a Rádio Renascença, é feita num estudo divulgado pela associação para a defesa do consumidor Deco.

Mais de um terço dos inqueridos afirma que excede, de vez em quando, em mais de 20 quilómetros por hora os limites da velocidade definidos para cada tipo de via e 29% indicam que falam ao telemóvel sem qualquer sistema de mãos-livres.

As estradas no interior das localidades, limitadas a 50 quilómetros por hora, são onde se regista mais quantidade de infratores, com 43% dos inquiridos a indicar que circula a mais de 70 quilómetros por hora.

Nas auto-estradas, 40% dos inquiridos confessam que ultrapassam com frequência os 140 quilómetros por hora.

Entre as razões apontadas pelos inquiridos para explicar o excesso dos limites de velocidade estão as ultrapassagens, a necessidade de acompanhar o fluxo de trânsito ou os atrasos.

No entanto, mesmo com pouco tráfego, 43% dos entrevistados admitem ir além dos limites quando circulam em estradas principais.

O estudo da associação para a defesa do consumidor conclui também que as distrações durante a condução são outro problema, sendo o telemóvel o principal culpado.

Cerca de metade dos inquiridos usa o telemóvel durante a condução com frequência, mas recorre a um sistema de mãos-livres, como um auricular ou via Bluetooth. No entanto, três em cada 10 fazem-no sem utilizar qualquer solução.

Destes, a maioria diz que reduz a velocidade ou aumenta a distância para o veículo da frente por considerar que evita assim eventuais perigos.

Enviar mensagens escritas durante a condução é algo que 13% dos inquiridos confessam fazer, sendo que os jovens entre os 18 e os 24 anos são os que dizem adotar este comportamento com mais frequência.

Um condutor que tenha o hábito de usar o telemóvel sem um sistema de mãos-livres ou enviar mensagens escritas corre um risco 83% superior ao de estar envolvido num acidente, diz a Deco.

Um quarto dos entrevistados refere também que muda de CD enquanto conduz – uma atitude que, apesar de não se proibida, implica que o condutor retire os olhos da estrada durante vários segundos.

No que toca aos comportamentos agressivos, 37% dos inquiridos mostram hostilidade quando se aborrece com alguns condutores, 16% ignoram a distância de segurança do veículo da frente, 14% impõem-se para obter uma posição melhor numa fila e 11% ignoram os peões na passadeira.

O inquérito concluiu ainda que quase metade dos condutores inquiridos admitem conduzir cansados e 12% conduzem depois de beber "um copo a mais".

Outros comportamentos potencialmente perigosos são travar de modo brusco (18% dos inquiridos), desligar os máximos muito tarde no cruzamento com um outro veículo (12%) e não alterar a velocidade com o piso molhado (7%).

O inquérito sobre os hábitos de condução mostra ainda que os mais novos tendem a violar mais os limites de velocidade e executar outras tarefas ao volante, enquanto os mais velhos têm mais o hábito de beber bebidas alcoólicas e conduzir a seguir.

Segundo o estudo da Deco, os homens costumam violar os limites de velocidade e conduzir após beber álcool mais do que as mulheres, sendo estas mais cumpridoras na estrada.

Na quinta-feira, a associação de defesa do consumidor publica um inquérito sobre os hábitos de condução na edição da revista “Proteste”. Foram interrogados 1.053 portugueses. 

A fazer hemodiálise
Um ano após o acordo entre o ministério e um laboratório que já permitiu curar 1477 pessoas, ainda há quem aguarde por um...

Há mil doentes renais com hepatite C sem acesso a um medicamento inovador para os curar da doença. Há um ano, o Ministério da Saúde assinou um acordo com um laboratório para financiamento de dois medicamentos, que já curaram 1477 doentes com hepatite C. Mas que não serve para quem está em hemodiálise. Há três meses que o Infarmed tem um acordo de principio com a Abbvie, laboratório que tem no mercado remédios que podem tratar estes doentes, mas o processo não está concluído. O preço por tratamento ronda atualmente os 30 mil euros.

"O medicamento no mercado não serve todos os doentes. Os medicamentos da Abbvie permitem tratar os doentes renais, mas ainda não há comparticipação. Os medicamentos estão disponíveis por autorização especial de utilização (AUE), mas dá acesso a poucos. Estão cerca de 40 doentes a serem medicados através de AUE [mecanismo usado quando ainda não existe acordo para comparticipação]. Queremos que chegue a todos. Não é só a questão da discriminação, é terminar com o risco de contaminação, como o que aconteceu com os seis doentes infetados com hepatite C numa clínica de diálise", disse ao Diário de Notícias João Cabete, presidente da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais. Estima-se que sejam mil doentes renais infetados com hepatite C.

Os medicamentos ombitasvir/ paritaprevir/ritonavir e dasabuvir têm taxas de cura de 98%. Foram aprovados em janeiro de 2015 pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) e nessa altura a comparticipação começou a ser negociada. Mas até ao momento, sem consenso. "Temos um acordo de principio com o Infarmed desde o final de novembro, mas continuamos a aguardar a conclusão do processo", disse fonte do laboratório Abbvie, sem adiantar os motivos do atraso. O Diário de Notícias questionou o Infarmed, mas não recebeu resposta em tempo útil.

Segundo o Diário de Notícias, o valor por tratamento (12 semanas) custa cerca de 30 mil euros, sendo que alguns doentes podem precisar de dois. Custos atualmente assumidos pelos hospitais, já que os medicamentos estão apenas disponíveis por AUE. O acordo entre o Infarmed e o laboratório, segundo apurou o Diário de Notícias, irá permitir reduzir substancialmente o preço a pagar, além de permitir que o pagamento passe a ser feito através de uma linha de financiamento própria, à parte dos orçamentos dos hospitais, como já acontece com os medicamentos da Gilead, cujo acordo foi assinado em fevereiro de 2015. O Estado pagará apenas pelos doentes curados.

Luís Mendão, presidente do GAT - Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos, alertou o Ministério da Saúde para a falta de tratamento dos doentes renais com hepatite C, mas afirmou que garantir o acesso é uma responsabilidade de todos. "O preço é muito alto, ainda não há acordo de reembolso, e as administrações dos hospitais têm de assumir os custos. Também não há meio de o daclastavir [da Bristol-Myers Squibb] chegar a acordo. É preciso que os laboratórios baixem os preços. Ainda existem cerca de 30 mil doentes por identificar e tratar. Se os laboratórios não apresentarem propostas sustentáveis, ficamos todos a perder", afirmou Luís Mendão, salientando que "independentemente do preço, o Estado tem de dar condições para o tratamento dos doentes mais graves".

Até junho a EMA deverá aprovar mais um remédio inovador - o elbasvir + grazoprevier da farmacêutica MSD - para a hepatite C. Segundo fonte do laboratório, "o medicamento está indicado para o tratamento de doentes renais e pacientes com os genotipos 1,3 e 4". Já foi aprovado nos Estados Unidos e Canadá. "Neste momento, a nossa principal prioridade na Europa é conseguir a aprovação regulamentar, sendo que o respetivo processo está em avaliação pela EMA. A autorização pela EMA é o principal garante de acesso aos doentes que podem beneficiar deste medicamento, pelo que, não prevemos a existência de programas de acesso precoce", disse fonte do laboratório MSD. Este programa permite o acesso gratuito a tratamentos.

Pela erradicação da doença
Na semana passada realizou-se a primeira European Policy Summit, que juntou associações, representantes de vários governos e da Comissão Europeia e de onde saiu um manifesto pela erradicação da hepatite C na Europa. "Todos dizem que há interesse social e de saúde pública no compromisso de eliminar a doença. Temos medicamentos, sabemos como prevenir a infeção, sabemos onde encontrar os doentes. Podemos fazê-lo. Em Portugal uma parte já aconteceu. Agora é fundamental ter um rastreio. A modalidade e eficácia precisam de ser discutidas", disse Luís Mendão, que esteve na reunião.

Estudo conclui
Uma nova investigação científica conclui que o consumo de chocolate está relacionado com melhores funções cognitivas ao nível...

Há mais uma boa razão para comer chocolate. Uma investigação publicada no jornal Appetite indica que o consumo de chocolate apresenta vários benefícios para o cérebro, independentemente dos hábitos alimentares.

Os investigadores estudaram dados recolhidos durante uma investigação anterior em que os habitantes da cidade de Syracuse, no estado de Nova Iorque, foram avaliados em relação aos fatores de risco alimentares para as doenças cardiovasculares. Ao mesmo tempo, a amostra era sujeita a uma bateria de testes para medir as funções cognitivas, escreve o Sapo.

"Um maior consumo de chocolate está associado a uma melhor performance ao nível da memória espacial e visual assim como organizacional, memória de trabalho e raciocínio abstrato", comentam os cientistas ao jornal britânico The Telegraph, com base nos resultados da investigação.

Por isso, os cientistas sugerem que a ingestão regular de chocolate pode ajudar "a proteger o declínio cognitivo natural da idade".

Não é a primeira vez que o chocolate é tema de estudos relacionados com a saúde. Em outras investigações, com amostras mais amplas e sólidas, o consumo de cacau foi associado e uma melhor saúde cardiovascular, com redução significativa da incidência de doenças coronárias.

Estudo conclui
Investigadores da Universidade de Cornell, no estado de Nova Iorque, Estados Unidos, concluíram com base num estudo que...

Investigadores da Cornell Food and Brand Lab dividiram 101 estudantes do sexo feminino em dois grupos.

Metade das estudantes entrou numa cozinha arrumada e a outra numa cozinha cheia de pratos sujos e com o barulho de telefones a tocarem, escreve o Sapo. Todas as participantes receberam bolachas e cenouras e foi-lhes pedido que escrevessem sobre uma altura da sua vida em que se tenham sentido sob controlo ou, por oposição, fora dele.

A investigação, publicada na revista científica Environment and Behavior, conclui que as mulheres que escreveram sobre situações de descontrolo na cozinha desarrumada ingeriram duas vezes mais calorias em bolachas do que as que estavam na cozinha arrumada.

Quando ao consumo de cenouras, não se verificou uma diferença significativa entre os dois grupos de análise.

Segundo um dos autores do estudo, Lenny Vartatian, "estar num ambiente caótico e sentir-se fora de controlo é mau para a dieta", disse em entrevista à Bustle.

Fundação Grünenthal
Já estão abertas as candidaturas à Bolsa para Jovens Investigadores em Dor 2016, uma iniciativa da Fundação Grünenthal, que...

A bolsa, no valor de 10 mil euros, será atribuída, este ano, a projetos de investigação básica.

O investigador principal, dos trabalhos a concurso, não pode ter mais do que 35 anos de idade e deverá, segundo o Sapo, estar afiliado a uma universidade ou centro de investigação português.

Para avaliação dos projetos serão tidos em consideração os seguintes critérios: âmbito do projeto; originalidade da pergunta de investigação, incluindo a importância e possíveis repercussões científicas e sociais; e qualidade do plano de investigação.

As candidaturas a esta bolsa deverão ser enviadas até 30 de abril de 2016 por correio eletrónico para [email protected]

A Fundação Grünenthal é uma entidade sem fins lucrativos que tem por fim primordial a investigação e a cultura científica na área das ciências médicas, com particular dedicação ao âmbito da dor e respetivo tratamento.

Para mais informações consulte o regulamento da Bolsa em http://www.fundacaogrunenthal.pt/.

Análise conclui
Quase metade dos tampões e pensos higiénicos, mandados analisar pela defesa dos consumidores de França, contêm dioxinas e agro...

Foram analisadas 11 marcas e cinco têm contaminantes, incluindo as duas mais vendidas em França, a O.B. e a TAMPAX.

Nas análises às marcas foram encontrados vestígios de dioxinas, que é a substancia química mais tóxica conhecida na atualidade. Foi também detetado glifosato que é um herbicida, relacionado com casos de cancro em zonas onde é muito usado. Resíduos de pesticidas organoclorados e um tipo de inseticida foram ainda descobertos nas análises feitas, escreve a TSF.

A revista "60 Millions de Consommateurs" diz que esta é "uma descoberta surpreendente" em produtos feitos de viscose e de celulose e apesar dos níveis detetados serem baixos "não pode ser considerado o risco zero até porque são poucos os estudos sobre a absorção sistemática destas substâncias pela vagina".

Um médico ouvido pela revista diz que "a vagina tem uma permeabilidade muito seletiva em função das substâncias, o que tem sido bem estudado com as drogas". Assim, face a esta realidade, deveria ser implementado o principio da precaução.

A associação de consumidores deu o alerta para a Direção-Geral da Saúde e para o Governo de Paris. Este grupo quer regulamentos específicos para exigir aos fabricantes que façam o controlo de qualidade de modo a garantir que nenhum resíduo tóxico potencialmente perigoso está presente nestes produtos de higiene intima. Por outro lado é exigido aos fabricantes que sejam transparentes na rotulagem e não se resguardem no segredo comercial para esconderem a listagem dos compostos dos pensos higiénicos e tampões.

Margarida Silva, professora de biotecnologia da Universidade Católica, no Porto, e ativista contra os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) não fica surpreendida com estes resultados até porque "as dioxinas, que é a substancia mais tóxica produzida pela humanidade, estão em muito produtos de consumo corrente".

"Nós temos uma sociedade tão sofisticada que deveria ser capaz de proteger a população das coisas que são nocivas", sublinha Margarida Silva.

Quanto à rotulagem, a ambientalistas é da opinião de que "não devemos estar a rotular as coisas que são tóxicas. Os venenos proíbem-se não se rotulam. Nós devemos rotular para garantir o direito do consumidor à informação e à escolha privada mas nenhum consumidor vai optar por coisas que estão contaminadas".

"Este não é um caso de rotulagem, este é um caso de proibição, de legislação, de intervenção nos processos industriais para garantir que não se deixam este tipo de resíduos, que vão afetar muitas pessoas", adianta.

Mas afinal como vão as dioxinas parar aos artigos de higiene intima feminina? Na resposta a esta dúvida Margarida Silva esclarece que "o algodão não vem com com dioxinas. Pode vir com glifosatos, que é o herbicida tolerante a muitas plantas transgénicas. A matéria-prima já pode vir parcialmente envenenada, depois o branqueamento do algodão, se usar cloro, vai criar dioxinas".

Margarida Silva denuncia que "todas as pessoas na industria sabem isso, os governos sabem isso e só não intervêm porque não há uma mobilização social que imponha um maior nível de proteção. Porque obviamente branquear com cloro é mais barato do que branquear algodão por métodos alternativos. Por isso, nós civilização, estamos a contribuir para o nosso próprio envenenamento e isso é muito lamentável", conclui.

OE 2016
Cônjuges e filhos até aos 30 anos, desde que não estejam a exercer atividade remunerada, podem ser incluídos.

Os funcionários públicos e aposentados do Estado vão continuar, pelo menos para já, a descontar 3,5% do seu salário por mês para a ADSE. “Os montantes das contribuições” para o subsistema dos trabalhadores do Estado “mantêm-se”, adiantou ao jornal Público a assessoria do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes. Em contrapartida, as mudanças previstas no Orçamento de Estado para 2016 preveem o alargamento do universo de beneficiários aos cônjuges e aos filhos até aos 30 anos (mais quatro do que atualmente) dos titulares, além dos trabalhadores do sector empresarial do Estado.

Estas medidas já estavam previstas no Plano de Atividades para 2015 da Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas (nome por que é designada a ADSE), mas acabaram por não ser concretizadas pelo anterior Governo. “A inclusão dos cônjuges e dos filhos até aos 30 anos que vivem com os pais e não trabalham são as hipóteses que estão em cima da mesa. Tudo o resto continua em negociações, que ainda não estão fechadas”, disse uma fonte do Ministério da Saúde (que agora tutela o subsistema de saúde).

Em Janeiro passado, o Governo mostrou-se disponível para avaliar uma redução dos descontos dos funcionários públicos e aposentados para a ADSE. A garantia foi dada pela secretária de Estado da Administração Pública durante as reuniões com os sindicatos para discutir os cadernos reivindicativos para este ano. Questionada pelo jornal Público, fonte oficial do Ministério das Finanças confirmou que o Governo manifestou disponibilidade em estudar o assunto. Na altura, Ana Avoila, a coordenadora da Frente Comum (federação afeta à CGTP) que propôs uma redução das contribuições dos atuais 3,5% para 1,5%, disse que a questão teria de ser avaliada em conjunto com o ministro da Saúde.

A subida dos descontos de 1,5% para 2,5% e, depois, para 3,5% foi decidida pelo anterior Governo, opção muito criticada pelos sindicatos, partidos da oposição, Presidente da República. Foi avaliada pelo Tribunal Constitucional (a pedido do PCP, BE e PEV), que a viabilizou. O aumento foi também posto em causa por uma auditoria do Tribunal de Contas, que concluiu que a subida foi excessiva, não teve suporte em estudos e que, em 2015, bastaria uma contribuição de 2,1% para que os custos com os cuidados de saúde fossem integralmente financiados pelos beneficiários.

O último relatório de atividades da ADSE (2014) revela que a receita de descontos de funcionários públicos e pensionistas mais do que duplicou ao longo desta legislatura, tendo nesse ano quintuplicado face a 2006, quando a taxa de descontos começou a aumentar, evolução que contribuiu para um excedente de 200 milhões de euros. 

O economista Álvaro Santos Almeida, um dos autores de um estudo sobre a sustentabilidade da ADSE, em que se propunha a imposição de tetos na taxa de descontos – para que os trabalhadores que ganham mais não se sentissem tentados a desistir do subsistema -, nota que 3,5% é muito para quem ganha mais, mas diz que a percentagem é aceitável se se quiser que a ADSE seja sustentável. 

Quanto ao alargamento a cônjuges e filhos até aos 30 anos (atualmente apenas são abrangidos os descendentes até 26, que estejam a estudar), o economista comenta que vai agravar o cenário de não sustentabilidade, uma vez que “aumenta o número de beneficiários sem aumentar a receita”.

Os autores deste estudo avaliaram a possibilidade de alargar a ADSE a alguns trabalhadores do Estado agora não incluídos – como o dos hospitais EPE – e concluíram que a medida não teria impacto, porque aumentam as contribuições mas também cresce a despesa. Incluir os filhos durante mais anos também não agravará muito a despesa, porque nesta faixa etária não há grande procura de cuidados de saúde, explica Álvaro Almeida. Pelas contas feitas nessa altura, haveria pelo menos 60 mil funcionários que estariam em condições de ponderar uma saída, por descontarem muito dinheiro por mês. Se o fizessem, “punham o sistema falido em poucos anos”, diz.

No relatório que acompanha o Orçamento do Estado para 2016, o Governo compromete-se a alargar a base de beneficiários da ADSE e os pormenores são dados numa nota de rodapé, que prevê o “alargamento da base de beneficiários a cônjuges dos beneficiários titulares, trabalhadores do sector empresarial do Estado e outras entidades públicas e a filhos até aos 30 anos”. As medidas já estavam previstas, mas o Plano de Atividades para 2015 pressupunha “uma determinada comparticipação financeira”.

Porém, na proposta de OE nada se diz quanto à eventual obrigatoriedade de os novos beneficiários terem de descontar e qual o valor que lhes será exigido. Além disso, também não se sabe se este alargamento do universo de beneficiários será enquadrado numa reformulação mais profunda do subsistema de saúde que, desde o ano passado, passou da tutela do Ministério das Finanças para o Ministério da Saúde.

Atualmente, a ADSE destina-se essencialmente à generalidade dos funcionários públicos e aposentados da Caixa Geral de Aposentações e a alguns dos seus familiares. Em Janeiro, tinha 1.224.736 beneficiários. Um pouco mais de meio milhão eram titulares no ativo, perto de 345 mil aposentados e 375 mil familiares. Os números estão na página eletrónica da ADSE, mas não é possível compará-los com o ano passado, uma vez que estes dados não estão disponíveis.

Os sindicatos aplaudem o alargamento do universo de beneficiários, mas defendem que a ADSE deve ser sujeita a uma reforma profunda, que permita reduzir os descontos dos beneficiários. Além disso, defendem que as entidades empregadoras deveriam voltar a contribuir para o sistema.

Estudos revelam
Um anel vaginal com microbicida reduz em cerca de 30% o risco de infeção com o vírus da Sida em mulheres, segundo os resultados...

Os anéis inspirados nos utilizados para contraceção ou tratamentos hormonais, tem o antiviral experimental Dapirivine, que se espalha gradualmente e deve ser trocado todos os meses.

O uso daquele anel é de particular interesse para as mulheres dos países em vias de desenvolvimento, onde as taxas de infeção com Sida são bastantes elevados e onde têm maior dificuldade em persuadir os homens a utilizar preservativos, disse Zeda Rosenberg, que dirige a parceria internacional para os microbicidas, que apresentou os resultados dos estudos.

No total, 4.588 mulheres seronegativas com idades entre os 18 e 45 anos do Maláui, África do Sul, Uganda e Zimbabué participaram em dois dos três estudos clínicos entre 2012 e 2015.

Aqueles que usaram o anel vaginal reduziram o seu risco de infeção de 27% para 31% em comparação com as que tinham um placebo, refere o estudo.

Os anéis provaram ser mais eficazes em mulheres com idade superior a 25 anos, onde o risco da infeção reduziu em 61% num estudo e 37% em outro, consoante o anel utilizado.

“Estes resultados dão uma nova esperança a muitas mulheres, que precisam de mais opções para efetivamente se protegerem”, afirmou Rosenberg.

Os resultados de ambos os estudos foram apresentados na Conferência sobre Retrovírus e Infeções Oportunistas, realizada esta semana em Boston, nos Estados Unidos da América.

Cerca de 37 milhões de pessoas vivem com o vírus da Sida no mundo, dos quais mais de metade são mulheres, segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.

Em Portugal
O Hospital de Guimarães foi o primeiro em Portugal a tratar um aneurisma da aorta abdominal, “doença grave” caracterizada por...

Em declarações, o diretor do Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital da Senhora da Oliveira, Amílcar Mesquita, explicou que a endoprotese substitui, em muitos casos, a cirurgia “convencional” que consistia em abrir o doente e colocar uma prótese extra-artéria.

O Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA) é uma “doença grave”, sem sintomas, que se caracteriza por uma “dilatação lenta e progressiva da aorta, a maior artéria do organismo que, quando rompe, origina uma perda de sangue muito grave” que pode resultar em morte súbita.

“O sistema de fixação consiste na colocação de uma espécie de ‘parafuso’ que prende a endoprótese à parede da aorta, evitando assim fugas de sangue e necessidade de reintervenção em caso de movimentação do local de posicionamento original da prótese”, esclareceu Amílcar Mesquita,

A endoprótese, explanou o clínico, “é uma prótese que se coloca por dentro da artéria para selar o aneurisma”.

Amílcar Mesquita explicou que “antes os aneurismas operavam-se por cirurgia convencional em que se abria o doente e colocava-se uma prótese extraartéria” mas, disse, “atualmente, numa grande maioria de casos, introduz-se uma prótese por dentro da artéria do doente e quando chega ao sitio libertámo-la, é a endoprotese”.

Uma mulher de 85 anos e com um aneurisma de 8 centímetros foi o primeiro paciente em Portugal a beneficiar daquela nova forma de tratamento de AAA.

Estima-se que, na Europa, 80 milhões de pessoas com mais de 65 anos estejam em risco de desenvolver um AAA.

Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero
A ILGA Portugal defendeu a revisão da lei que reconhece a identidade das pessoas trans e cuidados de saúde mais adequados e...

O pedido da ILGA (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero) surge no dia em que se completam 10 anos desde a morte de Gisberta Salse Júnior, uma mulher trans que morreu na sequência das agressões infligidas por um grupo de 14 adolescentes, durante três dias, que, posteriormente a atirou para dentro de um poço, num prédio inacabado, no Porto.

O caso ocorreu em 2006 e, segundo a ILGA, muita coisa mudou nos últimos dez anos no que diz respeito aos direitos das pessoas trans, com o Estado a dar “passos fundamentais” para a promoção e cidadania plena destas pessoas.

“Com destaque para a lei [7/2011] – absolutamente fundamental – que passou a permitir o reconhecimento legal da identidade de género e a alteração de sexo legal e nome próprio”, destacou a ILGA, sublinhando que houve outras áreas onde também foram feitos avanços importantes, como a concessão de asilo, o acesso à justiça, educação ou trabalho.

No entanto, apesar dos avanços, a ILGA entende que “a transfobia continua a ser forte” e que ainda faltam dar “passos importante” para que as pessoas trans tenham “direito a todos os direitos”.

No que diz respeito à lei 7/2011, a associação defende que é preciso melhorar o processo administrativo, de modo a garantir o acesso efetivo a todas as pessoas trans ao reconhecimento legal da sua identidade, “respeitando a sua autonomia e autodeterminação”.

Apesar de admitir que esta lei foi “absolutamente fundamental”, a ILGA diz conhecer vários casos de pessoas que encontram “barreiras significativas” no acesso à lei, desde logo pela dificuldade em conseguir o relatório que atesta o diagnóstico de “Perturbação de Identidade de Género”.

Dá como exemplo países europeus como a Dinamarca, Malta e Irlanda que aprovaram depois de 2011 legislação sobre o reconhecimento legal das pessoas trans e que não exigem esse relatório, e lembra a posição da Agência Europeia para os Direitos Fundamentais (FRA) nessa matéria e que vai no mesmo sentido, entre outras.

“No seu conjunto, os vários desenvolvimentos internacionais – nomeadamente as revisões dos diagnósticos – realçam que, ao contrário do que aconteceu durante décadas e até muito recentemente, os diagnósticos clínicos que incidem sobre as pessoas trans não se podem referir à sua identidade (isto é, a quem as pessoas são), mas sim ao sofrimento clinicamente relevante que pode derivar da incongruência entre a identidade e o sexo atribuído ao nascimento”, defende a ILGA.

Como a legislação nacional continua a exigir esse diagnóstico e assenta no “pressuposto (…) de que os profissionais de saúde podem determinar quem as pessoas trans são”, a ILGA defende que a lei seja revista.

Para além da matéria legislativa, a ILGA pede também que sejam melhorados os cuidados de saúde a que estas pessoas têm direito, criticando o facto de continuar a ser preciso um aval da Ordem dos Médicos para se poder ter acesso a cirurgias genitais, algo que querem ver extinto.

Segundo a ILGA, “não é claro, desde 2011, quais os tratamentos de saúde disponibilizados pelo Sistema Nacional de Saúde” e tem aumentado o desconhecimento em relação aos recursos que estão disponíveis para as pessoas trans.

Fonte de proteínas
A proteína é essencial para a formação e manutenção dos órgãos, tecidos e células, devendo correspon

Cada vez mais, os alimentos de origem animal ocupam um lugar de destaque em relação às preocupações com a saúde. A verdade é que, quer seja pelos elevados níveis de gordura presentes, quer pelas substâncias químicas ou antibióticos usados na criação dos animais, a carne, sobretudo a vermelha, está associada ao aparecimento de várias doenças, aumentando o risco de cancro.

No entanto, saiba que alguns cereais e frutas podem fornecer-lhe uma boa quantidade de proteína, fonte de aminoácidos essenciais, como alternativa ao consumo carne.

  1. Quinoa: este cereal, originário da região dos Andes, é uma das principais fontes de proteína entre os grãos. Cada 100 gramas de quinoa contém 15 gramas de proteínas. Disponível no mercado em grão, é ainda uma excelente fonte de fibras.
  2. Aveia: cada porção de aveia fornece 3% de proteínas completas ao organismo. Em forma de grão ou farinha, é ainda uma boa fonte de antioxidantes e vitaminas do complexo B.
  3. Grão: a quantidade de proteínas contidas neste alimento chega a 23%. Apesar do alto índice proteico, as proteínas nele incluídas não são do tipo completo, sendo necessário, por isso, combiná-lo a outros alimentos. Como é o caso do arroz integral ou das ervilhas. É ainda rico em sais minerais, vitaminas do complexo B, fibras, cálcio, ferro e magnésio. Soja, lentilhas e feijão são outras boas fontes de proteínas.
  4. Arroz integral: rico em fibras, o arroz integral é um hidrato de carbono de absorção lenta, que ajuda à produção de substâncias químicas que promovem o bem-estar, como a serotonina. Contém 2,5% de proteína.
  5. Coco: cerca de 80 gramas de coco (o equivalente a oito porções) possui a mesma quantidade de proteínas que um bife de frango. Pode obter os seus benefícios comendo a fruta ou bebendo o leite. No entanto, atenção à quantidade de gordura saturada existente neste fruto. Recomenda-se, por isso, que seja consumido com moderação.
  6. Abacate: cada unidade oferece cerca de 2% de proteína. Para substituir a quantidade de proteína que se encontra num bife, por exemplo, seria necessário comer 15 abacates. No entanto, não é essa a recomendação. A combinação de alimentos consumidos ao longo do dia é que deve somar a quantidade diária necessária de proteínas. Este fruto é ainda rico em fibras e ómega 6, combatendo a hipertensão e o mau colesterol.

Proteínas completas e incompletas, o que são?
Uma proteína é considerada completa quando contém os oito aminoácidos essenciais (não produzidos pelo nosso organismo) necessários para a produção de todo o tipo de estruturas, como músculos, ossos, órgãos, tecido conjuntivo, cabelo e unhas.

Uma proteína incompleta tem em falta um ou mais aminoácidos essenciais.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Entidade Reguladora da Saúde
A maioria das 161 unidades de saúde avaliadas pela Entidade Reguladora da Saúde no segundo semestre de 2015 obteve...

Segundo dados divulgados do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), elaborado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e publicado semestralmente, foram avaliados 161 prestadores de cuidados de saúde (hospitais ou clínicas), dos quais 127 (79%) foram classificados e 107 (66%) conseguiram a atribuição da estrela que corresponde ao primeiro nível de avaliação.

Destes 107 hospitais com estrela, 64 são do setor público, 28 do setor privado e 15 do social.

A dimensão Excelência Clínica reflete os resultados relativos a procedimentos e/ou diagnósticos no contexto das áreas de Acidente Vascular Cerebral, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia de Ambulatório, Cirurgia do Cólon, Cirurgia Vascular, Enfarte Agudo do Miocárdio, Ginecologia, Obstetrícia, Ortopedia, Pediatria e Unidades de Cuidados Intensivos.

A ERS sublinha que nesta dimensão Excelência Clínica se verificou “a melhoria do cumprimento das práticas e/ou procedimentos associados a diferentes áreas cirúrgicas”.

Para obter a estrela, os estabelecimentos de saúde têm de cumprir todos os parâmetros de qualidade exigidos.

No que respeita à segurança do doente, dos 161 prestadores avaliados 130 obtiveram estrela. Quanto à adequação e conforto das instalações, foram 139 as unidades que conseguiram obter esta classificação máxima em 2015.

O regulador refere que também cresceu o número de unidades que obtiveram a estrela nas dimensões da segurança do doente e de adequação e conforto das instalações.

Os prestadores que cumprem todos os requisitos de qualidade acedem a um segundo nível de avaliação, no qual é calculado um ‘rating’ individual com níveis de classificação de qualidade que vão do I (mais baixo) ao III (mais alto).

Neste segundo nível de avaliação, o regulador destaca o aumento de unidades que obtiveram nível de qualidade III nas áreas de ginecologia (36%) e obstetrícia (33%), relativamente à avaliação feita no primeiro semestre de 2015.

Esta avaliação teve pela primeira vez em conta as áreas da Dor Aguda e Tromboembolismo Venoso no Internamento.

Relativamente à Dor Aguda, oito prestadores alcançaram o nível II e nenhum obteve a classificação mínima, nem a máxima.

Na área do Tromboembolismo Venoso no Internamento, dois prestadores obtiveram nível de qualidade III, sete unidades alcançaram o nível intermédio e uma outra o nível mais baixo.

Em 2015
O presidente do Instituto Português de Oncologia do Porto, Laranja Pontes, congratulou-se com o aumento de 27,4% do número de...

Este aumento verificou-se maioritariamente na faixa etária mais jovem, até aos 25 anos, referiu o responsável, salientando que “o número de dádivas de sangue foi regular, com sete mil dadores ativos”.

O presidente do conselho de administração do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto considerou que “ este crescimento na faixa etária mais jovem é um fator positivo e indicador de que vai ser possível manter o número de dadores regulares porque estes vão substituir os dadores que por motivos de idade ou saúde deixam de poder dar”.

A regularidade nas dádivas é para o IPO-Porto “um dado muito satisfatório, uma vez que demonstra que os nossos dadores mantêm-se fiéis ao instituto”, acrescentou, salientando que a dádiva de sangue é “um pilar” do IPO-Porto.

“Diariamente, no IPO-Porto há doentes que necessitam de transfusão de componentes sanguíneos para serem sujeitos a transplante de medula óssea, cirurgias ou para realizarem tratamentos de quimioterapia ou radioterapia”, disse Laranja Pontes.

Por essa razão, ao longo do ano, o IPO/Porto desenvolve um conjunto de ações de apelo à dádiva de sangue. Em 2015, o dia nacional e o dia mundial do dador de sangue, o período de verão, o dia de São Martinho e a época de natal foram momentos chave.

No IPO-Porto, a recolha decorre de segunda a sexta-feira, entre as 08:30 e as 19:00, e ao sábado, das 08:30 ao 12:30.

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