Reino Unido
O Governo do Reino Unido deu pela primeira vez "luz verde" aos cientistas para procederem a manipulações genéticas em...

A notícia foi avançada pela cadeia de televisão britânica BBC, que refere que a decisão poderá levantar muitas dúvidas éticas.

"O Comité de Licenciamento aprovou um pedido de (a investigadora) Kathy Niakan, do Instituto Francis Crick para renovar a licença de investigação e incluir a manipulação de genes em embriões" humanos, indica uma declaração da Autoridade de Embriologia e Fertilização Humana (HFEA, no acrónimo inglês).

A investigação vai decorrer, assim, no Instituto Francis Crick, com sede em Londres, e vai permitir também um melhor conhecimento dos primeiros momentos da vida humana.

As experiências serão feitas em embriões nos primeiros sete dias após a fertilização e poderão explicar as razões porque acontecem abortos.

No entanto, os cientistas não poderão, depois, implantar os embriões manipulados em mulheres.

No início de janeiro, a investigadora Kathy Niakan explicou as razões pelas quais solicitou autorização para manipular embriões humanos, alegando a necessidade de entender os genes que necessitam de um embrião humano para desenvolver com sucesso um bebé saudável.

"A razão pela qual isso é tão importante passa pelo facto de serem comuns os casos de aborto e de infertilidade, que ainda não estão bem entendidos", argumentou.

"Em cada 10 ovos fertilizados, menos de 50 atingem a fase inicial de blastoderme, 25 chegam ao útero e apenas 13 se desenvolvem para além dos três meses"

A agência reguladora, a HFEA, acabou por aceitar os argumentos da cientista, que passou a última década a investigar o desenvolvimento humano, em particular os sete primeiros dias do embrião, e as experiências deverão começar dentro de poucos meses.

"Estou encantado por a HFEA ter aprovado o pedido de Niakan, cuja investigação é importante para perceber como se desenvolve de forma saudável um embrião humano. Vai também melhorar o nosso conhecimento sobre as taxas de sucesso da fertilização «in vitro» ao olhar para o início dos inícios do desenvolvimento humano", afirmou Paul Nurse, diretor do instituto.

Nos dez anos de pesquisa de Niakan, conseguiu-se acompanhar desde o processo de fertilização do ovo até à estrutura conhecida por blastoderme, contendo 200 a 300 células, explicou Nurse.

No entanto, Nurse admitiu que no início da fase da blastoderme, algumas células foram organizadas para desempenhar papéis específicos - algumas vão formar a placenta, outras o saco gestacional e outras ainda o próprio ser humano, prosseguiu, indicando que, durante este período, partes do ADN humano ficam "muito ativas".

Segundo Nurse, é provável que estes genes possam "guiar" os passos iniciais do desenvolvimento, mas ainda está por esclarecer qual o seu papel e o que leva à interrupção espontânea da gravidez.

O terreno aberto por esta possibilidade científica está já a gerar alguma controvérsia, com vários investigadores a defenderem a ideia de que alterar o ADN de um embrião "é ir longe demais".

"O uso de tecnologias de manipulação do genoma na investigação dos embriões é uma questão muito sensível. Por isso, seria bom que esta investigação e as suas implicações éticas fossem devidamente consideradas pelo HFEA antes do regulador aprovar o procedimento"", afirmou Sarah Chan, da Universidade de Edimburgo.

"Temos de nos sentir confiantes de que o nosso sistema de regulação nesta área está a funcionar bem, para que a ciência possa manter-se alinhada com os interesses da sociedade", concluiu.

Região de Lisboa
O Ministério da Saúde vai intervir em mais três áreas definidas pelos profissionais como prioritárias na região de Lisboa:...

António Ferreira, o coordenador nacional para a reforma do Serviço Nacional de Saúde na área dos cuidados de saúde hospitalares, explica que "em interação com os conselhos de administração e direções técnicas e clínicas foi possível identificar três áreas em que faz sentido intervir, seja porque há uma elevada procura com recursos humanos em quantidade insuficiente para responder , seja porque mesmo perante procuras relativamente baixas os recursos humanos são de facto muito escassos", explica ao Diário de Notícias.

As próximas áreas "serão a da gastroenterologia, radiologia de intervenção e cirurgia plástica e maxilo -facial em Setúbal. Vamos iniciar de imediato o trabalho." As regras "não devem ser impositivas, mas temos de ver as necessidades mais prementes."

Fernando Araújo, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, disse na conferência de imprensa no âmbito da urgência metropolitana de Lisboa, que "o processo vai seguir a mesma linha das doenças neurovasculares. Será analisado com tranquilidade esperando-se num prazo idêntico uma resposta para cada uma destas áreas."

O ex-administrador do Hospital de São João referiu ainda que se irá perceber quais são as dificuldades, podendo as soluções ser variadas. "Podem ser centradas em encontrar centros fixos que respondam, concentrando recursos humanos à procura, ou também centradas na criação de equipas mistas que vão aos sítios onde está o doente para resolver a situação clínica."

Vírus zika
É uma doença rara, em que o bebé nasce com a cabeça e o cérebro mais pequenos do que o normal para a média da sua idade....

A microcefalia está a assustar o Brasil, que nos últimos meses notificou mais de quatro mil casos. Agora associada ao vírus zika, até 2014 a malformação era notificada, em média, 150 vezes por ano. Apelando à participação de todos os brasileiros, a presidente Dilma Rousseff diz que o país "vai ganhar a guerra contra o mosquito" que transmite a infeção.

As causas da microcefalia podem ser genéticas ou ambientais, nomeadamente desnutrição, infeções e exposição a álcool, drogas ou radiações na gravidez, escreve o Diário de Notícias. Mais recentemente, foi associada ao vírus zika. Mulheres picadas pelo Aedes aegypti - mosquito que transmite a doença - até aos três meses de gravidez parecem ter maior probabilidade de ter bebés com microcefalia. Mas a ligação ainda não está provada cientificamente. Por precaução, as autoridades de saúde recomendam especial atenção às grávidas, para que evitem o contacto com o mosquito.

"Os dados epidemiológicos são muito sugestivos e apontam para uma ligação com o vírus, mas falta uma comprovação", disse ao DN Miguel Leão, neuropediatra e geneticista no Hospital de São João. Aparentemente, a malformação no cérebro será provocada pela infeção pelo vírus zika, "mas é preciso saber se esta é condição suficiente para o aparecimento da microcefalia". Podem estar associados fatores genéticos, por exemplo.

A microcefalia divide-se em dois grandes grupos: "Isoladas, quando apenas o tamanho da cabeça é mais pequeno do que o expectável; e sindrómicas, que é quando há outras anomalias associadas." Não existe tratamento. "Se houver uma anomalia do desenvolvimento ósseo, há técnicas cirúrgicas para resolver. Se for porque o cérebro não desenvolveu, não há terapêuticas que resolvam o problema."Além de associada a atrasos no desenvolvimento, é um fator que pode levar à ocorrência de crises epiléticas.

Segundo o pediatra Mário Cordeiro, a identificação da doença "faz-se geralmente in utero, durante as ecografias morfológicas, para lá de outros sinais de doença que possam surgir". Mas há casos que se estabelecem "já depois do nascimento, daí a necessidade de a criança ser seguida durante o crescimento e medir-se o perímetro cefálico, para lá da observação de sinais que possam sugerir atraso no desenvolvimento ou qualquer outra perturbação cerebral".

Trata-se de uma malformação no cérebro que pode ter consequências graves na vida das crianças. "Nos casos em que o cérebro não cresce e se desenvolve, surgem alterações do desenvolvimento, algumas delas muito graves (tudo depende das áreas que ficaram mais afetadas), desde problemas motores a intelectuais (o antigamente chamado "atraso mental")", indicou Mário Cordeiro. Está muito "nas síndromes genéticas e malformações congénitas. As consequências são más, dado que a criança, e depois adolescente e adulto, terá problemas psicomotores e intelectuais, dificuldades de locomoção, aprendizagem, etc." Mário Cordeiro explica que "dependendo obviamente do grau de microcefalia e de lesão, a criança terá também de ter programas de intervenção precoce, fisioterapia, terapia ocupacional, estimulação, etc., e mesmo os tendo, o que não é fácil, pode ver comprometida a sua autonomia e qualidade de vida". Nos casos em que existem outros problemas associados, Miguel Leão admite que a esperança de vida do indivíduo possa ser menor do que a média. "Se for isolada, à partida será igual", acrescenta.

Nos EUA, é estimado que a microcefalia afete 25 mil crianças por ano. Por cá, a Direção-Geral da Saúde não tem dados reunidos sobre a sua ocorrência, mas "é raríssima", disse ao Diário de Notícias Graça Freitas, subdiretora-geral da Saúde.

Enquanto o mosquito continuar a reproduzir-se, a presidente brasileira diz que a luta vai continuar. "Mas vamos ganhar a guerra", afirmou Dilma. A preocupação é eliminar os focos de reprodução dos mosquitos e, por isso, apela à população que elimine água estagnada.

Em 2015
Portugal nunca fez tantas colheitas de órgãos como em 2015. No ano passado, houve registo de 381 dadores, correspondentes à...

A subida da atividade permitiu realizar 830 transplantes em 2015, mais 83 (11,1%) do que no ano anterior. Os responsáveis do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) salientam o enorme esforço com que foram atingidos os resultados, especialmente porque a coordenação nacional - que apoia 53 hospitais - tem hoje apenas quatro pessoas.

O número de dadores subiu 9,5% num ano, também graças ao crescimento da doação em vida, escreve o Diário de Notícias. Já o número de órgãos colhidos por dador aumentou em relação a 2012, mas não atingiu o máximo, como aliás já aconteceu no ano anterior. "A idade média dos dadores de órgãos continua a aumentar, o que afeta a sua qualidade", diz Ana França, a coordenadora nacional da transplantação. De 2009 até 2015, a idade média dos dadores aumentou sete anos, para 54,2.

Há situações em que apenas "é possível aproveitar cerca de metade dos órgãos, como acontece com o pulmão. Só houve 15 transplantes porque os pulmões têm de estar em ótimo estado. Muitas vezes vão beneficiar crianças com fibrose quística".

Outro órgão cuja qualidade fica altamente afetada pela idade, e pela existência de várias patologias relacionadas, é o rim. Apesar da subida, e de terem sido realizados 476 transplantes, - o número maior dos últimos quatro anos - a lista de espera continua a crescer. "No ano passado entraram 742 doentes novos em lista de espera, quando o habitual é entraram 500". Por essa razão, a lista de espera era de 2053 doentes, para um tempo de espera médio de quatro anos, assume Ana França. Mais uma razão para se promover e fazer campanhas para a dádiva em vida, que "é sobretudo favorável no caso dos doentes mais jovens. Os profissionais devem ir esclarecendo as pessoas sobre esta possibilidade. Temos em perspetiva um programa de formação de enfermeiros nas clínicas de diálise, para ajudar as pessoas a decidir".

Salvo o caso do pulmão, houve uma subida na transplantação, em particular no caso do pâncreas (mais 38,5% para 36 transplantes), hepáticos (mais 20% ) e cardíacos (mais 18,6%). Mas os melhores resultados na área renal e hepática, por exemplo, foram obtidos antes de 2010, altura em que se atingiram recordes mundiais. Desde 1980 foram realizados 16974 transplantes.

63 transplantes com dador vivo
A dádiva em vida está também em crescimento, embora longe dos níveis de alguns países em que culturalmente esta prática já é mais difundida, como os países nórdicos, que têm feito crescer a transplantação com esta prática altruísta.

Mas mesmo por cá está a haver avanços. "Em Portugal já se fizeram 685 transplantes de rins e 33 de fígado com dador vivo. Só este ano houve 64 transplantes com dador vivo, na maioria cônjuges e familiares", diz Ana França.

Além das campanhas de sensibilização, tem havido tentativas de estimular o transplante renal cruzado, que é uma alternativa para quem quer dar em vida, mas é incompatível com o recetor. Neste caso, tenta-se reunir um conjunto de pares e fazer uma troca. "Este ano já conseguimos beneficiar cinco pares de dadores-recetores".

Espera-se agora avançar com a colheita com dador em paragem cardiocirculatória, que foi realizada pela primeira vez no país no dia 1 de janeiro, no Hospital de São João (ver em cima). "Helder Trindade, presidente do IPST, disse ao DN que "esta foi a primeira vez que este tipo de transplante se realizou. Mas acredito agora que os restantes hospitais que têm condições para o fazer não queiram ficar para trás e avancem mais rápido."

Santa Maria, São José, Santo António e Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra estão também a preparar-se para este novo desafio. "Algumas unidades já têm os equipamentos necessários para avançar, nomeadamente a máquina ECMO", que permite a oxigenação do sangue enquanto se espera pela colheita de órgãos, explica Ana França. O pioneirismo do São João deve-se "ao facto de terem mais experiência com este equipamento". Em Espanha, por exemplo, esta técnica está a permitir incrementar a colheita de órgãos que podiam ser desperdiçados.

Equipa com poucos recursos
Os resultados obtidos no último ano podem não se conseguir manter, avisa m os dois responsáveis, em entrevista ao DN. "Temos ainda alguns problemas nesta área e uma instituição recente, já que foi alvo de mudanças nos últimos anos e não houve transferência de alguns recursos, que hoje são escassos", diz Helder Trindade.

A coordenação tem apenas quatro pessoas, estando à espera de contratar mais duas, num concurso que dura cerca de dois anos. É a esta equipa que cabe mobilizar os recursos nacionais em torno de uma atividade "que obriga a um esforço constante. Temos de mobilizar os coordenadores dos gabinetes de doação, os hospitais, fazer formação às equipas. Damos suporte a 53 hospitais e quanto há mudanças na gestão temos de reiniciar o trabalho", justifica Ana França, lembrando que há estudos que mostram poupanças ao fim de poucos anos com os transplantes.

Ministério da Saúde
Os médicos reformados que regressem ao Serviço Nacional de Saúde podem vir a acumular a pensão com um ordenado completo. Esta é...

A Ordem dos Médicos (OM) mostra-se satisfeita com a medida e acredita que assim regressem ao ativo centenas de profissionais, o que não aconteceu nos últimos anos por apenas lhes ser pago até um terço do total do que recebiam de pensão.

Em 2015, de acordo com dados fornecidos ao Diário de Notícias, saíram do Serviço Nacional de Saúde (SNS) 905 médicos, ou porque se reformaram ou porque foram trabalhar para outro país. Uma tendência que o atual ministro, Adalberto Campos Fernandes, quer travar, tendo mostrado desde o início abertura para negociar condições mais atrativas para os médicos reformados, prometendo também que iria avaliar a hipótese de os profissionais com mais de 50 anos fazerem urgências diurnas e noturnas.

Mas no caso dos médicos reformados, o Diário de Notícias apurou que a proposta que está em cima da mesa aposta na criação de uma bolsa de horas, e cujo pagamento pode ir até ao máximo de um salário, que será acumulado com a pensão inteira.

A proposta agrada aos médicos, que sempre a defenderam. "Não pode ser de outra forma. A reforma é um direito e quem volta tem as mesmas responsabilidades, por isso, deve receber o mesmo", diz o bastonário José Manuel Silva. Miguel Guimarães, presidente da secção Norte da OM, também acredita que assim "regressem várias centenas ao SNS".

Desde que Ana Jorge liderou o Ministério da Saúde durante o governo de José Sócrates que é possível regressar ao serviço público, uma exceção à regra que apenas se justificou pela intensa necessidade de preencher as vagas deixadas por quem entrou na corrida às reformas antecipadas, que se verificou na altura. A partir daí, é possível fazer um contrato a três anos com uma unidade pública, mas os clínicos só podem receber a pensão e um terço do salário. Ou o salário e um terço da pensão.

A solução sempre foi criticada por não ser suficiente para atrair profissionais. De 2010 até ao final de 2015, regressaram pouco mais de 300 médicos aos seus postos de trabalho. No ano passado, reformaram-se mais 430 médicos no país, dos quais 213 eram médicos de família. Segundo as recolhas do médico Arnaldo Araújo da Federação Nacional dos Médicos, duplicou o número de saídas nesta área entre 2005-2010 e 2010-2014: de 639 para 1359.

Um número preocupante sobretudo na área da medicina familiar, que só será resolvido "dentro de dois ou três anos, com os novos médicos. A contratação de reformados é a única solução", argumenta o presidente da OM do Norte, Miguel Guimarães. No total das especialidades, as saídas passaram de 2123 para 2750.

Por outro lado, a secção Norte fez um levantamento que define, de certa forma, a tendência nacional: maioria das reformas médicas é antecipada. "90% das saídas em seis anos na região Norte (950) são antecipadas. Se contratássemos os 400 médicos que saíram este ano desta região tínhamos a população toda coberta". A Saúde trabalha com as Finanças uma proposta mais atrativa, embora seja sobretudo para médicos de família, não exclui outras especialidades em falta.

Voltar ao SNS por 700 euros
Benjamin Kuzer é ortopedista no Hospital de Tomar, onde foi diretor de serviço durante 19 anos. Veio do Brasil, mas iniciou o curso em 1968, em Coimbra, o que lhe permite contar todas as histórias do nascimento do SNS ou do serviço médico à periferia, que diz que "fazia falta hoje a todos os jovens médicos". É feliz e foi feliz com estes desafios. Foi abrir o Hospital da Figueira da Foz e tentou ir trabalhar para Portimão quando estava em Tomar. "Sabia que era uma zona carente e gostava de ir para lá. O mar também me atraía. Mas o ministro da altura pediu que ficasse porque fazia falta ali." Ficou. E apenas saiu para a reforma aos 63 anos. Um amigo convidou-o para o privado, mas, "não era nada aliciante, era mais calmo. Eu queria ser útil e no meu hospital tinham saído seis ortopedistas. Voltei quando me pediram, para ir receber menos do que a minha mulher-a-dias". São 700 euros, refere, e diz: "Voltaria mesmo como voluntário. Mas como eu, não conheço ninguém que tenha voltado". Com três filhos, um deles a estudar medicina na Eslováquia, ainda não sabe se irá continuar depois do acordo de três anos. Já o filho é um dos muitos que deverá ficar a exercer noutro país.

No Brasil
Um grupo de investigadores, advogados e ativistas brasileiros vai interpor uma ação no Supremo Tribunal Federal brasileiro para...

No Brasil, como noutros países da América Latina, o aborto é proibido por lei, sendo apenas autorizado em caso de violação, de perigo para a vida da mãe ou de anencefalia (ausência parcial ou total do cérebro) do feto, escreve a TSF.

Na argumentação que apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Estado é apresentado como "responsável pela epidemia do Zika", por não ter erradicado o mosquito que o transmite, segundo a antropóloga Debora Diniz, professora da universidade de Brasília e representante do grupo, citada pela imprensa brasileira numa entrevista à BBC.

"Porque é que uma lei de 1940 deve ser válida para casos que ocorrem um século mais tarde, depois de uma epidemia inesperada?, questionou-se Debora Diniz, que já em 2012 se tinha mobilizado para que a anencefalia fosse incluída nas exceções à proibição do aborto.

A ação será apresentada no tribunal em menos de dois meses, indicou a académica.

Desde abril de 2015, mais de um milhão e meio de brasileiros contraíram o vírus, que se propaga de forma exponencial na América Latina, através do mosquito Aedes aegypti, que também transmite o dengue, febre-amarela e do chikungunya.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o Zika poderá afetar "três a quatro milhões" de pessoas no continente americano.

Este vírus é associado no Brasil a um aumento de casos de microcefalia, um distúrbio de desenvolvimento fetal que causa o perímetro do crânio infantil mais baixo do que o normal, o que provoca atrasos no desenvolvimento mental.

Atualmente, mais de 3.400 casos prováveis desta doença congénita estão sob investigação, tendo sido confirmados 270 casos (contra 147 em todo o ano de 2014).

A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, garantiu na sexta-feira que o Brasil iria "ganhar a guerra" contra o vírus Zika.

Cientistas consideram que o Brasil não reagiu atempadamente para conter o mosquito vetor da epidemia e receiam que os Jogos Olímpicos de agosto próximo sejam uma "fonte de contágio".

OMS
A Organização Mundial de Saúde quer que todos os países-membros utilizem um sistema de certificação que classifique filmes e...

Esta é a principal recomendação apresentada no domingo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a influência que a presença de fumadores em filmes e séries de televisão exerce sobre a decisão de alguém começar a fumar.

A OMS acredita que reduzir a exposição visual à presença de fumadores poderá retardar o início desse vício, assim como as doenças a ele associadas.

De acordo com os Centros de Prevenção e Controlo de Doenças nos Estados Unidos, seis milhões de adolescentes começaram a fumar em 2014 depois de terem sido expostos a cenas onde aparecem fumadores e, desses, dois milhões poderão morrer de doenças relacionadas com o consumo de tabaco.

Em 2014, nos Estados Unidos, 36% dos filmes classificados "para todos os públicos" tinham cenas com fumadores.

Adalberto Campos Fernandes
O Ministério da Saúde não vai manter um "quadro de litigância" relativamente à decisão judicial sobre o encerramento...

"O Ministério foi notificado sobre a decisão do tribunal e está a preparar uma resposta, mas não vemos nenhuma utilidade na manutenção de um quadro de litigância que, do ponto de vista prático, não conduzirá a nenhum lado", declarou o ministro da Saúde aos jornalistas, à margem da cerimónia de tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Enfermeiros.

Em causa está uma decisão do Tribunal Central Administrativo Sul que declarou esta semana extinta a ação relativa ao encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) e à transferência dos serviços para o Hospital D. Estefânia, medidas do anterior ministro da Saúde, Paulo Macedo, que foram, entretanto, objeto de uma providência cautelar.

Referindo ser necessário "aguardar pela construção" do Hospital de Lisboa Oriental, o governante afirmou que a tutela procurará "gerar consensos e condições" para que a ação relativa ao encerramento da MAC "possa ser interrompida".

No que respeita ao novo hospital, o ministro assegurou que serão retomados ainda este ano "os trabalhos que o Governo anterior tinha vindo a desenvolver", nomeadamente "trabalhos preliminares que tem que ver com o projeto e com estudos prévios".

"É um hospital de grande dimensão, que exige uma grande mobilização de recursos e isso terá de ser adaptado àquilo que serão as condições económicas do país nos próximos anos. É um hospital que demorará, no mínimo, quatro a cinco anos a estar concluído", acrescentou.

Questionado sobre se a MAC dispõe de condições para continuar aberta, Adalberto Fernandes afirmou que é "necessário garantir que tem condições" e reconheceu que a maternidade "tem funcionado muito por mérito do esforço dos seus profissionais".

"Acredito que, neste momento, as condições estão reunidas. Não as ótimas, mas as necessárias e suficientes e, portanto, o objetivo é mantê-la a funcionar nas melhores condições", sublinhou, esclarecendo que "será feito tudo aquilo que permita que a maternidade responda com os níveis de segurança, qualidade e resposta assistencial adequados à sua missão".

Bastonária afirma
A nova bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, que tomou posse em Lisboa, lembrou que nos últimos anos emigraram...

No discurso da tomada de posse dos órgãos estatutários eleitos para o mandato de 2016/2019, cuja cerimónia se realizou no auditório da reitoria da Universidade Nova de Lisboa, Ana Cavaco afirmou também que, a partir de segunda-feira, a Ordem pedirá "audiências a todos os grupos parlamentares e à comissão da saúde".

"É-nos exigido, para lá da componente científica e técnica, capacidade de decisão, autonomia, responsabilidade, rapidez, humanização e deontologia", sublinhou a enfermeira, para insistir, em seguida, nos problemas que afetam a classe.

"Não há regulação da profissão sem assegurar um número mínimo de enfermeiros nos serviços que garanta a segurança das pessoas" e "sem assumir que os baixos salários dos enfermeiros têm influência direta na prestação dos cuidados", assinalou.

Para a bastonária, "os cortes financeiros, a má gestão dos serviços, as duvidosas nomeações para a gestão de topo na saúde, exigem aos enfermeiros escolhas cada vez mais difíceis", tendo, nos últimos anos, emigrado milhares de profissionais.

"Eles longe e nós aqui, a precisar tanto do seu profissionalismo e da sua paixão", afirmou, aproveitando para dizer ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, presente na cerimónia, que contasse com a Ordem para "evitar a fuga de mais jovens altamente qualificados" para o exterior.

"Se o país virou a página da austeridade e saiu do estado de emergência, está na hora de dar condições aos enfermeiros para que seja possível cuidar das pessoas como elas merecem", disse ainda Ana Rita Cavaco, que recebeu as insígnias do bastonário cessante, Germano Couto.

Estudo
O número de médicos em Portugal será excessivo no curto/médio prazo, havendo demasiados licenciados em Medicina, enquanto há...

O trabalho, da autoria do médico João Correia da Cunha, da secção Sul da Ordem dos Médicos, mostra a “grande contradição sobre a classe médica em Portugal: existem demasiados licenciados em Medicina, mas o Serviço Nacional de Saúde tem cada vez menos médicos”.

Segundo a análise, feita com base em estatísticas nacionais de 1996 a 2014, a curto ou médio prazo haverá um provável excesso de médicos.

“Este cenário deve-se ao facto de este ano ter começado a não haver vaga para todos os médicos de acesso ao internato”, diz o estudo "O que fazer de tantos médicos", apontando para a necessidade de rever os ‘numerus clausus’ (vagas no Ensino Superior).

Outra das conclusões do estudo, identifica uma carência de médicos de idades intermédias. Isto pode, refere o autor, comprometer a assistência a doentes agudos e a formação pós-graduada, uma vez que são necessários orientadores de formação em idade ativa e no terreno para formar jovens médicos.

“É imperativo que sejam recativadas as carreiras profissionais”, defende João Correia da Cunha, médico atualmente reformado, antigo Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte e Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Secção Regional Sul da Ordem dos Médicos.

A revisão dos ‘numerus clausus’ e a reativação das carreiras serviria para contrariar a tendência de envelhecimento dos médicos e também para incentivar a dedicação em áreas especializadas com poucos médicos e apoiar a sua fixação.

Até porque, segundo este estudo, há assimetrias regionais significativas no que toca ao número de médicos, com o Algarve e o Alentejo a apresentarem as principais carências.

“Isto resolve-se apoiando a formação pós-graduada nas regiões e incentivando a fixação de médicos a nível regional”, defende João Correia da Cunha.

Como recomendação global, o autor do estudo defende que a Ordem dos Médicos e o Ministério da Saúde devem trabalhar em conjunto para redefinir as capacidades formativas e as vagas, sobretudo nas áreas carenciadas: “É fundamental a planificação para se preparar os próximos 20 anos no âmbito da atividade deste grupo profissional”.

A análise demográfica dos anos de 1996 a 2014 mostra que se deu uma feminização da classe médica, com uma imersão gradual de mulheres um pouco por todas as especialidades, ascendendo a 51% face aos homens.

Em Lisboa
O Tribunal Central Administrativo Sul declarou extinta a ação relativa ao encerramento da Maternidade Alfredo da Costa e à...

O Tribunal Central Administrativo Sul considerou existir uma "inutilidade superveniente da lide", depois de o atual Ministério da Saúde, dirigido por Adalberto Campos Fernandes, e de os responsáveis do Centro Hospitalar de Lisboa Central não se terem oposto, nem respondido, a um requerimento que o advogado Ricardo Sá Fernandes juntou ao processo, em dezembro passado.

No requerimento, o advogado refere que, estando em funções um novo governo, importa ao tribunal apurar se tal propósito [fecho da maternidade] se mantém no quadro definido pelo anterior executivo", observando que é "muito provável, por aquilo que é público e notório, que tal não seja a opção do atual governo", chefiado por António Costa.

Ricardo Sá Fernandes requereu assim que os atuais responsáveis pelo Ministério da Saúde e pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central fossem notificados pelo tribunal para "dizerem se se mantêm os propósitos de encerramento da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) (...), de forma a que, em face dessa informação, se possa aquilatar da ocorrência ou não de uma situação de inutilidade superveniente da lide", ou seja, que o processo seja agora inútil.

Ao verificar que não havia oposição da parte contrária (Ministério da Saúde/Centro Hospitalar Lisboa Central), o juiz desembargador relator António Vasconcelos considerou que estava perante uma "situação de efetiva inutilidade superveniente" do litígio, com a "consequente extinção da instância".

Com o termo do conflito que se arrastava desde 2013 em torno da MAC, em resultado da decisão agora tomada pelo tribunal, Ricardo Sá Fernandes congratulou-se, pelo facto de este caso ter tido "um final feliz", evitando as consequências negativas que o eventual fecho da MAC teria para a população lisboeta.

Confrontado com a decisão, o Ministério da Saúde disse que manifestou a vontade de "não avançar com mais litigância" em torno deste caso.

ASTOR e Fundação Grünenthal
O Prémio Grünenthal/ASTOR 2016 foi atribuído, em Lisboa, a equipas médicas envolvidas no tratamento da doença inflamatória das...

O prémio, no valor de 2.500 euros, vai ser repartido pela equipa médica da unidade de dor crónica do Centro Hospitalar do Porto (Hospital de Santo António) e por uma equipa de médicos da unidade de cuidados intensivos do Hospital de Cascais, indicaram as entidades promotoras, a Associação para o Desenvolvimento da Terapia da Dor (ASTOR) e a Fundação Grünenthal, que apoia a investigação e o tratamento da dor.

A unidade de dor crónica do Centro Hospitalar do Porto conseguiu, recorrendo à técnica de estimulação elétrica medular, evitar que os dedos das mãos de uma mulher, com doença inflamatória nas veias, tivessem de ser amputados, por ausência de circulação sanguínea, enquanto a equipa de Cascais concluiu, num inquérito, que doentes internados nos cuidados intensivos com mais dor aguda manifestam dor crónica após alta hospitalar.

A médica anestesiologista Dalila Veiga explicou à Lusa que a técnica usada pela unidade de que faz parte permitiu recuperar a circulação sanguínea nas mãos de uma paciente e travar a dor que sentia, em consequência da "oclusão dos vasos sanguíneos".

A mulher, de 60 anos e fumadora, é portadora da doença de Buerguer e estava em risco de lhe serem amputados os dedos das mãos.

A doença de Buerguer é uma obstrução das veias e artérias de pequeno e médio calibre, que leva à redução da circulação sanguínea nos dedos das mãos e dos pés, sendo mais frequente em fumadores e em homens.

Nos casos mais graves, a patologia pode conduzir à amputação dos dedos ou do membro inteiro.

Na doente em causa, foram colocados, sob anestesia local, dois elétrodos na coluna, que, ao produzirem estímulos, "levam a que haja uma abertura dos vasos, uma nova recirculação sanguínea", assinalou Dalila Veiga.

Ao fim de um mês, a doente melhorou das lesões (feridas nas mãos) e queixou-se de menos dores. Os resultados continuaram positivos passados seis meses.

A equipa da unidade de dor crónica do Centro Hospitalar do Porto confirmou "a taxa de sucesso" da técnica com medições dos níveis de oxigénio nos dedos das mãos (o sangue é que transporta o oxigénio para as células).

"Os valores tinham revertido para quase a normalidade seis meses depois" do tratamento, vincou a médica, salientando que os custos da intervenção, apesar de inicialmente dispendiosos, são amortizados pelos resultados obtidos: recuperação da circulação sanguínea e ausência de dores e lesões.

A técnica não é inovadora em Portugal, mas foi testada, pela primeira vez, no Hospital de Santo António, com uma pessoa com a doença de Buerguer.

Os elétrodos colocados na coluna estão ligados a uma pequena bateria implantada sob a pele. O doente dispõe de um programador que lhe permite gerir a intensidade dos estímulos elétricos que recebe - a intensidade dos estímulos será maior no inverno, época do ano em que, por causa do frio, os vasos sanguíneos contraem-se mais.

Os doentes submetidos à técnica de estimulação elétrica medular só têm de mudar a bateria, num período de dez ou mais anos, manter-se sob vigilância médica e não voltarem a fumar, assinalou Dalila Veiga.

No seu estudo, a equipa médica da unidade de cuidados intensivos de Cascais concluiu que mais de metade dos 72 doentes inquiridos, com dor aguda mais acentuada, enquanto estiveram internados, reportaram dor crónica meses depois de terem tido alta hospitalar.

O trabalho pretende, nas palavras da médica Raquel Almeida, sensibilizar para "o controlo e tratamento adequado da dor ainda no internamento" hospitalar e alertar para "a correta e sistemática avaliação da dor", um "sinal que não deve ser subvalorizado".

O Prémio Grünenthal/ASTOR distingue trabalhos originais em língua portuguesa relacionados com a investigação e a prática clínica no tratamento da dor, da autoria de profissionais de saúde e apresentados sob a forma de comunicação oral.

O galardão foi entregue no 14º Convénio da ASTOR, em Lisboa.

OMS
O risco de importação do vírus Zika na Europa aumentou mas a possibilidade de se propagar pelo continente durante o inverno...

“Apesar de os mosquitos 'Aedes' estarem presentes em vários países europeus, sobretudo na área mediterrânica, as atuais condições climáticas não são apropriadas para a sua atividade”, assinalou em comunicado o gabinete regional europeu deste organismo, com sede em Copenhaga.

A chegada da primavera e do outono significará no entanto um aumento do risco, porque os mosquitos vão encontrar melhores zonas de reprodução em climas mais cálidos, advertiu a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A OMS ressalvou ainda que a contínua propagação do vírus no continente americano faz aumentar o risco da chegada à Europa de viajantes infetados, como ficou comprovado pelos diversos países, incluindo Portugal, que comunicaram casos nas últimas semanas.

“Os países europeus deveriam estar preparados para detetar e tratar a infeção do vírus Zika em viajantes que cheguem de países infetados”, assinalou o organismo mundial.

O Zika afeta 22 países americanos e forçou os governos da região a adotarem medidas extremas, casos do Brasil e República Dominicana, que mobilizaram forças militares para conter o mosquito transmissor deste vírus, da febre Dengue e do Chikungunya.

A infeção com o vírus Zika pode causar febre, apesar de não muito alta, olhos vermelhos sem secreção nem prurido, erupção cutânea com pontos brancos e vermelhos e, em menor frequência, dor muscular e articular.

DGS
A Direção-Geral da Saúde esclareceu que os casos de sarna nas escolas não justificam o encerramento dos estabelecimentos de...

Quanto às razões para estar a aumentar o número de casos de escabiose (sarna) em escolas da região de Lisboa, a sub-diretora geral da Saúde, Graça Freitas, disse desconhecer se efetivamente se está a verificar um aumento ou se é um caso de “epidemia mediática”, porque se começou a falar e a noticiar o assunto.

A verdade, disse, é que “há frequentemente” casos de sarna - uma doença de pele contagiosa causada por um ácaro e que dá comichão intensa – mas que não são noticiados.

Contudo, a responsável salvaguardou que, mesmo que se esteja a verificar um aumento de casos relativamente aos anos anteriores, não é a um nível que implique uma “epidemia nacional”.

“É controlável com tratamento e passa rapidamente. Não configura um risco nacional para a saúde pública. Se aumentar, poderemos considerar uma intervenção [ao nível da DGS], mas para já não”, afirmou.

Por enquanto, a sarna nas escolas é gerida a nível dos centros de saúde. A intervenção está a cargo dos ACES (agrupamentos de centros de saúde) e das ARS (administrações regionais de saúde).

Nas escolas em que há crianças com sarna, a solução passa por trata-las a todas, já que é uma doença “simples e de tratamento rápido”.

“Tem é que ser feito o tratamento a sério”, sublinhou, acrescentando que as orientações de saúde que existem para as escolas não contemplam a sarna como uma das doenças em que é necessário colocar a criança de quarentena.

Graça Freitas disse que cabe ao médico, se assim o entender, recomendar que a criança doente fique em casa durante 24 horas, após iniciar o tratamento, mas as escolas não podem vedar o seu acesso.

O próprio decreto regulamentar sobre as “doenças transmissíveis que originam evicção escolar” determina que “a sarna não consta da lista das doenças que afastam temporariamente da frequência escolar e demais atividades de ensino os discentes, pessoal docente e não docente”.

No total já foram diagnosticados mais de 30 casos de sarna confirmados.

Só em Cascais há registo de 23 e em Alenquer registaram-se desde outubro seis. A estes juntam-se mais três em Loures, um na Póvoa de Santo Adrião e três em Leiria, noticiados pelo Correio da Manhã.

Industria farmacêutica
Novo Nordisk recebe primeira posição no grupo da indústria farmacêutica no Global 100 Most Sustainable Corporations in the Worl...

No total, a empresa foi classificada em 19º lugar, o que representa um aumento de 6 posições em relação a 2015. O Index destaca as companhias que são mais proactivas na gestão da sua performance ambiental e social, bem como nos modelos de gestão aplicados.

A classificação da Novo Nordisk reflete a forte performance da empresa em manter um equilíbrio entre o rácio de remuneração do CEO e dos colaboradores, aumentar a produtividade diminuindo as emissões dos níveis de carbono, enquanto fez crescer a receita e os mecanismos para relacionar as compensações da execução de gestão com o desempenho de sustentabilidade da empresa.

“O nosso foco está na satisfação de necessidades das pessoas que vivem com doenças crónicas. Para conseguirmos cumprir este trabalho, temos que considerar o modo como as nossas decisões podem beneficiar a sua saúde e bem-estar, bem como o nosso impacto nas pessoas, comunidades e ambiente” diz Susannne Stormer, Vice presidente de Sustentabilidade Corporativa da Novo Nordisk. “ Sustentabilidade para a Novo Nordisk significa manter-se no negócio nas próximas gerações e  com a nossa estratégia Triple Bottom Line ter um negócio de sucesso, e de maior valor para os nossos clientes”, refere Susannne Stormer.

Os nomeados para o Global Index 100 são uma lista de empresas com as melhores performances em sustentabilidade nos seus respetivos sectores industriais, selecionados de um universo de 4.609 empresas listadas com uma capitalização de mercado superior aos 2 mil milhões de dólares.

OF assina protocolos de colaboração com instituições de solidariedade social
A Ordem dos Farmacêuticos assinou na passada quinta-feira, na sua sede, em Lisboa, quatro protocolos de colaboração com...

Ao longo do ano de 2015, foram desenvolvidos vários contactos tendo em vista a operacionalização desta iniciativa da Secção Regional do Sul e Regiões Autónomas (SRSRA), que conta também com a colaboração da Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos (APJF). As entidades com as quais foi agora estabelecida esta parceria vão apresentar à OF as suas necessidades em termos de perfil e requisitos de participação dos voluntários, assim como as características das vagas constantes nos programas de voluntariado que desenvolvem. A Ordem dos Farmacêuticos (OF), por sua vez, divulga as vagas e respetivas necessidades junto dos farmacêuticos inscritos na sua Bolsa de Voluntariado.

Ema Paulino, Presidente da Direção da SRSRA, salienta que o objetivo deste projeto é fomentar a intervenção social e o voluntariado dos membros da OF. “Sabemos da importância e responsabilidade social dos farmacêuticos, que são, frequentemente, os profissionais de saúde com contacto mais regular com as problemáticas de cariz social e económico da população. Neste sentido, idealizámos este projeto para ajudar os farmacêuticos a desenvolver o seu potencial enquanto voluntários e a promover a sua participação em ações de voluntariado”.

Pet Festival
No maior evento dedicado aos amantes de animais – o Pet Festival – que decorre entre 29 e 31 de Janeiro na Feira Internacional...

Sabia que os gatos Siameses comem muito depressa o que causa uma grande ingestão de ar durante a refeição; que o gato não tem qualquer preferência pelo sabor doce, uma vez que não tem capacidade para o sentir; ou que em comparação com o Homem, o gato e o cão têm um número muito limitado de papilas gustativas? São vários os mitos sobre a alimentação dos animais que podem ser desvendados ao longo dos três dias da maior feira dedicada aos animais.

“A alimentação não é apenas fornecer os nutrientes indispensáveis às necessidades do gato e do cão, mas também contribuir para o seu bem-estar e longevidade. Na verdade, a Nutrição é mesmo considerada o primeiro passo para a Saúde”, explica Rita Silva, Médica Veterinária, sobre a importância de educar os donos dos animais para a alimentação dos seus animais de estimação.

“É, pois, essencial que os alimentos sejam adaptados às verdadeiras necessidades nutricionais do gato e do cão, atendendo às suas particularidades - tamanho, raça, idade e sensibilidades. Ao longo dos três dias, pretendemos proporcionar aos donos a possibilidade de terem mais informação sobre os alimentos e aconselhamento nutricional para os seus animais, bem como sensibilizar para problemáticas emergentes como a obesidade em cães e gatos”, Rita Silva.

São ainda várias as atividades que todos os amantes de animais poderão assistir no Pet Festival. Entre as 11h30 e as 22h de dia 30 e as 10h30 e as 19h de dia 31 decorrem duas Exposições Internacionais Felinas de Lisboa, iniciativa desenvolvida pelo Clube Português de Felinicultura, e que contará com mais de 180 gatos de 20 raças diferentes.

Para os adeptos da ação decorrem, ainda, o 11º e 12º Troféu Agility Future Dogs/Royal Canin, duas provas oficiais do campeonato nacional e o 2º Troféu Agility Collie Clube de Portugal, onde a obediência, a agilidade e a velocidade dos animais serão postas à prova.

O Pet Festival é a maior festa da mascote realizada em Portugal, dedicado à apresentação e dinamização de várias espécies e raças de animais de companhia. É igualmente o local onde clubes, fãs e amigos competem entre si e trocam experiências. “pet´s & family” é o tema da próxima edição e aborda o relacionamento existente no meio familiar entre pessoas e animais de estimação. Nos três dias são esperados 35 mil visitantes e 5 mil animais. Os bilhetes variam entre os 5€ e os 7€ diários.

Doentes seguidos no Curry Cabral
A taxa de cura dos 365 doentes com hepatite C seguidos no Hospital Curry Cabral, que receberam medicamentos inovadores, situa...

Fernando Maltez falava durante a sessão solene das Jornadas de Atualização em Doenças Infeciosas do Hospital Curry Cabral, que decorrem em Lisboa, onde expressou o seu otimismo em relação à cura da hepatite C.

“Depois de nos últimos anos termos assistido no nosso serviço a um elevado número de doentes que passavam pela experiência dolorosa de fármacos ineficazes e mal tolerados e, em numerosas vezes, à progressão da doença, o desenvolvimento de antivíricos de ação direta eficazes, com elevadas taxas de cura, significou de imediato uma grande melhoria dos cuidados prestados”, disse.

Esse avanço “gerou em nós e nos doentes uma grande expetativa quanto à possibilidade de estarmos de facto a erradicar uma doença de consequências tão graves” como a hepatite C, acrescentou Fernando Maltez.

Segundo este especialista em doenças infeciosas, desde o acordo entre o Ministério da Saúde e a indústria farmacêutica, com vista à administração dos fármacos inovadores para tratar a hepatite C, foi iniciado tratamento a 365 doentes.

“Ainda é cedo para resultados definitivos, mas os dados de monitorização já disponíveis apontam para taxas de cura acima dos 96%”, disse.

Para Fernando Maltez, “a confirmar-se, a redução da despesa será verdadeira, a terapêutica irá poupar os custos da doença avançada, os transplantes, o consumo de recursos de saúde e irá gerar anos de vida ganhos”.

“Os custos diretos são elevados, mas a redução dos custos indiretos será altamente recompensadora”, acrescentou.

Segundo a monitorização dos tratamentos de hepatite C, disponível no site do Infarmed, foram até ao momento iniciados 5.664 tratamentos com fármacos inovadores. Dos finalizados, 980 estão curados e 43 não.

Em Coimbra
O Fórum Internacional da Felicidade vai receber em Coimbra oradores de diferentes áreas, como médicos, psicólogos, docentes, um...

O Fórum Internacional da Felicidade, que conta este ano com a sua segunda edição, vai receber mais de uma dezena de oradores que vão abordar a felicidade a partir de quatro temas: "Eu e a minha pessoa", "Eu nas relações", "Eu nas organizações" e "Eu e o meio envolvente".

Durante os dois dias, vão passar pelo auditório do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC), entre outros, o especialista em medicina tradicional chinesa Pedro Choy, o conselheiro "de aprendizagens astrológicas e metafísicas" Nuno Michaels, o frade Frei Bento Domingues, a docente de psicologia Maria do Rosário Pinheiro e a membro da Escola do Riso Joanne Helms.

O evento pretende perceber como "é que o bem-estar pode ser aumentado" nas vidas de cada um, afirmou a membro da organização Eduarda Oliveira, que falava durante a conferência de imprensa de apresentação do fórum, que decorreu hoje em Coimbra.

No fórum, haverá espaço para abordar as redes sociais, os migrantes, a autoestima durante a doença oncológico ou os signos.

Para Pedro Paiva, da organização, o evento permite "aprender várias ferramentas e perspetivas sobre a felicidade", podendo depois aproveitá-las para atingir o bem-estar.

A docente da Faculdade de Medicina de Coimbra e membro da comissão científica Manuela Grazina frisou que a procura de bem-estar é algo "intrínseco" aos seres humanos, considerando que é possível "treinar o cérebro para o bem-estar".

À imagem do ano passado, o fórum vai também dinamizar uma série de eventos antes de 16 e 17 de abril, entre fevereiro e março, em torno de temas como a arte, a gastronomia e a natureza, sempre relacionados com a felicidade.

A participação no programa completo do Fórum Internacional da Felicidade, que inclui ainda ‘workshops', a 16 e 17 de abril, custa 75 euros.

O fórum internacional contou com cerca de 100 pessoas na sua primeira edição, em 2015.

A organização do evento está a cargo da Academia de Voo e das Clínicas Leite.

Polícia Judiciária
A Polícia Judiciária anunciou a detenção de um funcionário de um laboratório farmacêutico por burla ao Estado e falsificação de...

Em comunicado, Polícia Judiciária  (PJ) adianta que deteve um chefe de vendas de um laboratório farmacêutico por falsificação de documento agravada e burla qualificada, no âmbito de uma investigação relacionada com fraudes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A PJ apreendeu também diversa documentação e material relacionado com a atividade criminosa em investigação.

Aquela polícia indica igualmente que o Serviço Nacional de Saúde foi lesado num valor superior aos 110 mil euros, com esta prática.

O detido, de 36 anos, vai ser sujeito a primeiro interrogatório judicial.

A PJ refere ainda que a investigação contou com a colaboração do Ministério da Saúde.

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