Associações de doentes
Com o objetivo de ajudar os cidadãos a aceder a informação disponibilizada pelo Serviço Nacional de Saúde, cerca de 30...

O HOOPE, apresentado publicamente hoje, em Lisboa, reúne 28 associações, que pretendem uma maior proximidade com os cidadãos, simplificar o acesso às estruturas de apoio e prestar informação sobre os direitos dos doentes, de acordo com a nota de apresentação hoje divulgada.

A iniciativa é apresentada como única em Portugal, procurando ajudar os doentes a encontrarem a sua associação e a melhor utilizarem o SNS.

O portal será uma plataforma aberta a doentes e familiares - onde poderá ser encontrada “mais informação e apoio", mas também “uma ferramenta para os profissionais de saúde” no acompanhamento dos pacientes e na relação com os cuidadores.

 

Associação Portuguesa de Hospitalização Privada
A associação que representa os hospitais privados informou os seus associados de que a ADSE ainda não apresentou qualquer...

“Tendo em conta a preocupação manifestada por alguns hospitais e porque nesta data já era suposto que a ADSE tivesse apresentado uma proposta de nova tabela, entendemos como oportuno informar que, no passado dia 12 de abril, remetemos às tutelas daquele subsistema de saúde uma carta a reiterar a necessidade de ter um documento completo e equitativo, que garanta a transparência contratual e a neutralidade concorrencial”, refere a mensagem enviada hoje aos associados e a que a agência Lusa teve acesso.

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) insiste que a forma mais correta para obter uma nova tabela de preços para os prestadores da rede convencionada é através de “negociação franca e aberta”.

Na carta enviada aos ministérios da Saúde e das Finanças, a associação reitera que deve haver uma única convenção da ADSE, com tabelas e regras uniformes.

“Sendo esta a nossa posição, importa referir que se mantém total silêncio da ADSE em relação à APHP”, refere a associação na mensagem enviada aos associados.

No final de fevereiro, a presidente do conselho diretivo da ADSE disse no parlamento que iria apresentar “dentro de muito pouco tempo” aos prestadores privados a nova tabela do regime convencionado com preços fechados.

As novas tabelas com preços fechados, ao invés de variáveis, têm como objetivo acabar com a regularização de faturas por parte da ADSE e que tem sido contestada pelos operadores privados, alguns dos quais chegaram a ameaçar cancelar as convenções com o subsistema de saúde dos funcionários públicos.

Foi a regularização de faturas referentes a 2015 e 2016 que esteve na base da contestação do início deste ano dos hospitais privados, sobretudo dos grandes grupos.

A ADSE reclama o pagamento de 38 milhões de euros em regularizações.

O que está em causa neste processo de regularização são faturas referentes a três áreas – cirurgias, medicamentos do foro oncológico e dispositivos médicos, áreas em que as tabelas da ADSE no regime convencionado têm um preço aberto, que não é fixo, podendo os prestadores cobrar o que entenderem.

Uma vez que o preço é aberto, a regularização serve para a ADSE poder fazer depois uma tentativa de uniformização dos preços.

Opinião
Melhora o humor, aumenta a concentração, ajuda a dormir melhor e alguns estudos revelam que dançar a

A dança é um dos hobbies mais abrangentes do mundo. Todos podem dançar, seja uma pessoa sozinha num ligeiro embalo, seja uma dança de duas ou mais pessoas, seja num bairro de pescadores solitários ou numa grande cidade agitada. A dança é uma das formas mais primitivas de expressar a vida humana.

Outrora dançava-se pela vida, pela sobrevivência. O homem dançava para a natureza em busca de alimentos, de água, de sol…hoje em dia a dança ultrapassou barreiras e fronteiras e pode ser vista como uma excelente forma de complementar tratamentos, seja pela interação social ou pelo prazer em dançar.

A dança é um dos melhores exercícios que existe. Mesmo seguindo padrões e coreografias pode ser feita livremente e com movimento de todas as partes do corpo. A dança como exercício regular traz múltiplos benefícios à saúde física e mental e em alguns casos ajuda até no tratamento de algumas doenças. Estudos levados a cabo por investigadores canadianos confirmam que pessoas que sofrem de reumatismo podem dançar um ritmo mais relaxado melhorando a saúde física e mental, bem como ajuda na redução da dor.

Um outro estudo realizado nos EUA concluiu que a dança na terceira idade pode reduzir significativamente o aparecimento de demência.

Ao dançarmos trabalhamos ativamente a nossa memória, quer durante os exercícios aeróbicos, quer nas coreografias através da coordenação e repetição de séries. Estamos, portanto, a prevenir doenças mentais e a retardar o envelhecimento, como a perda de memória e demência. Dançar permite que o sangue flua melhor para o cérebro. Dançar fará com que o cérebro fique ativo para pensar, para criar.

Qualquer forma de exercício é ótima para aliviar o stresse quer na mente, quer no corpo. Dançar não é diferente. Todos os movimentos podem estar relacionados a pensamentos e sentimentos, e a dança pode trazer uma alteração emocional e atitudinal quase que instantânea. Não precisa de saber dançar, apenas precisa de sentir a expressão das suas emoções em movimentos corporais espontâneos, e deixar fluir.

Na comunidade científica, um número crescente de investigadores revelou que enquanto dançamos há uma libertação de substâncias químicas, de endorfinas, que melhoram o humor, os níveis de concentração, ajudam a dormir melhor, a ter mais energia e a ser mais resiliente face a desafios mentais e emocionais da vida. Dançar permite melhorar a perceção de imagem corporal, aumenta a confiança, as habilidades sociais e de comunicação.

Curiosamente as palavras dança e emoção têm uma etimologia muito próxima, “emovere” que significa movimento. Então podemos dizer que as emoções são a essência do movimento, neste caso, pela dança.

A dança é uma ótima maneira de expressar emoções que verbalmente não se tornam tão fáceis. A dança pode afetar o nosso humor e o nosso bem-estar, desencadeando memórias e experiências emocionais. Só de ouvirmos uma música da nossa infância podemos criar uma sensação no nosso corpo que pode afetar de imediato o nosso humor e acionar memórias numa fração de segundos.

Hoje em dia são vários os processos de tratamento que incluem a dança como terapia. O uso terapêutico do movimento e da dança são primordiais para funções intelectuais, emocionais e motoras. É uma forma de terapia expressiva, analisando a relação entre o movimento e a emoção.

A dança é importante para a consciência do corpo, para a consciência do sentimento físico trazido pela experiência do movimento. Por outro lado, trata-se da libertação e expressão de emoções. A expressão é deixarmos expressar as nossas próprias experiências e sentimentos. É como abrir uma janela para deixar o sol brilhar, usando algumas emoções escondidas, reprimidas ou emoções como o medo, a frustração, a raiva, o amor…usando canais não-verbais para expressar e libertar esses sentimentos. Dançar é uma atividade social que nos permite estar em contacto com outras pessoas, compartilhar experiências, conhecer pessoas com a qual recebemos um efeito positivo sobre a nossa saúde mental.

Na dança há quase que uma combinação de sentimentos e movimentos no nosso interior, no nosso coração. E então deixamos de estar conectados somente com o nosso corpo, mas com tudo o que nos envolve.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Signatários mencionam conflito de interesses
Dezenas de personalidades das áreas da Saúde, Política e Cultura assinaram uma carta aberta dirigida ao secretário-geral do PS...

Na missiva, hoje divulgada no jornal Público, personalidades como a ex-ministra da Saúde Ana Jorge, o cineasta António Pedro Vasconcelos, o músico Carlos Mendes, o médico Daniel Sampaio, a jornalista Diana Andringa e o historiador Fernando Rosas defendem que o argumento principal para a manutenção das Parcerias Público-Privadas (PPP) é falso.

“A proposta do Governo (…) mantém, no entanto, equívoca aquela distinção, quando consagra a possibilidade de os estabelecimentos públicos de prestação de cuidados públicos terem gestão privada”, refere a carta, sublinhando que o principal argumento para as PPP – a eficiência da gestão privada – é falso.

“Nada mais falso, uma vez que os estabelecimentos com gestão pública estão obrigados à cobertura universal e geral, enquanto os estabelecimentos com gestão privada só estão obrigados à cobertura contratual”, consideram os signatários.

Na carta, também assinada pela deputada do Parlamento Europeu Ana Gomes, pelo Economista Francisco Louçã, pela atriz Maria do Céu Guerra e por diversos médicos e enfermeiros, os signatários lembram que “o atual contexto político é favorável ao estabelecimento de fronteiras precisas entre os setores público, privado e social.

Dirigindo-se ao secretário-geral do PS, os subscritores pedem a António Costa que se oponha à atual formulação da lei de Bases da Saúde que está a ser negociada e que mantém a possibilidade de os estabelecimentos de cuidados de saúde públicos poderem ter gestão privada.

“É que as PP configuram um inequívoco conflito de interesses entre quem opera no mercado dos cuidados de saúde e gere simultaneamente estabelecimentos do setor público”, sublinham.

Os signatários da carta aberta consideram ainda que “existem saberes, capacidades, competências e instrumentos de gestão suficientes para que a gestão do que é público seja pública”.

“Reconhecendo a legitimidade da iniciativa privada na saúde, consideramos que cabe ao Estado a gestão das unidades que constituem o seu SNS”, defendem.

A carta aberta surge depois da polémica sobre as negociações do texto da Lei de Bases, com o Bloco de Esquerda a apresentar o fim das parcerias público-privadas e das taxas moderadores nos cuidados primários e nos atos prescritos por profissionais como pontos a que tinha chegado a acordo com o Governo e o Executivo a esclarecer que não tinha fechado qualquer acordo.

Depois disso, na passada quarta-feira, o grupo parlamentar do PS propôs que as PPP na saúde, no futuro, passem a ter um caráter temporário "supletivo" em relação à gestão pública, requerendo uma explicação "devidamente fundamentada".

As propostas para o texto da nova Lei de Bases da Saúde estão em discussão na especialidade parlamentar e várias foram já as cartas abertas assinadas por centenas de personalidades sobre o assunto.

A última delas, lançada a meio de abril, pedia que a nova Lei de Bases não menospreze a relação com o setor social e crie uma “base própria” para os cuidados informais.

Recuperação é mais rápida
A unidade de hospitalização domiciliária do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) vai iniciar a sua...

“Contando com uma equipa de três médicos, quatro enfermeiros e dois assistentes operacionais, esta unidade iniciar-se-á com cinco camas domiciliárias, chegando às 15 camas até ao final do corrente ano”, refere o CHULC em comunicado.

A presidente do conselho de administração do CHULC, Rosa Valente de Matos, defendeu que o mais importante é que o doente, no conforto da sua casa, vê o processo de recuperação “acelerado pela proximidade de um ambiente familiar e mais humanizado”.

A unidade vai disponibilizar apoio médico e de enfermagem em permanência e atuar em situações de “fase aguda de uma doença ou sobre a agudização da doença crónica no domicílio dos doentes”.

“A referenciação dos doentes para hospitalização domiciliária será efetuada a partir dos serviços de Urgência Geral Polivalente ou das unidades de internamento do CHULC ou por referenciação do ACES Lisboa Central, tendo por base critérios clínicos e sociais. A admissão no internamento domiciliário estará sempre dependente do acordo do doente e da família e está integrada no processo de planeamento de cuidados que contempla a transição entre os diferentes níveis de prestação”, acrescenta o documento.

O CHULC explica que, com hospitalização domiciliária, pretende-se a reorganização dos serviços hospitalares baseada num maior envolvimento dos doentes, das suas famílias e dos profissionais de saúde.

“A redução do risco de infeções hospitalares, a promoção da autonomia dos doentes, a recuperação mais célere, bem como o aumento da satisfação dos doentes e profissionais, são objetivos que se pretendem alcançar”, acrescenta.

 

ONU
A ONU alerta para a necessidade de urgência e coordenação para evitar uma potencial crise face à resistência de micro...

Um relatório publicado ontem, intitulado “Não podemos esperar: Assegurar o futuro contra as infeções fármaco-resistentes”, é o resultado do trabalho de um grupo de agências das Nações Unidas criado em 2016, entre elas a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), que concluem que “a menos que se atue com urgência, essa resistência terá repercussões desastrosas numa geração”.

As infeções fármaco-resistentes já causam cerca de 700 mil mortes por ano em todo o mundo, sendo que 230 mil delas se deveram a tuberculoses multirresistentes, adianta o estudo.

O documento também adverte que, caso não se tomem medidas, num cenário mais alarmante a cifra poderá aumentar para 10 milhões de mortes por ano até 2050, assim como causar danos catastróficos à economia, comparáveis com a crise financeira de 2008-2009, devido à subida dos gastos em cuidados sanitários e ao aumento da pobreza e da desigualdade, entre outros fatores preocupantes.

O relatório do Grupo de Coordenação Interinstitucional Contra a Resistência Antimicrobiana (IACG na sigla em inglês) assinala que já estão a sentir-se os efeitos deste problema na saúde e na economia.

“Mais e mais doenças comuns (em países de todos os níveis sócio-económicos), incluindo infeções nas vias respiratórias e urinárias e as enfermidades de transmissão sexual são intratáveis; tratamentos para salvar vidas estão-se a tornar mais arriscados e o sistema alimentar está cada vez mais precário”, adianta o relatório.

O estudo especifica que esta resistência representa uma crise global que coloca em risco um século de avanços na saúde e a consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Antimicrobianos (antibióticos, antivirais, antifúngicos e antiprotozoários) são essenciais para combater doenças humanas, de animais e de plantas terrestres e aquáticos, mas estão a tornar-se ineficazes, observam os peritos.

O relatório reconhece a estreita relação entre seres humanos, animais, alimentos e saúde ambiental e apela para uma resposta multissetorial com uma abordagem de saúde para este problema.

"Garantir acesso equitativo e acessível a antimicrobianos de qualidade e o seu uso responsável e sustentável é um componente essencial da resposta global", argumenta o Grupo Interagências que produziu o relatório.

As recomendações incluem dar prioridade a planos de ação nacionais para expandir os esforços de financiamento e desenvolvimento de capacidades, criar sistemas regulatórios mais fortes e apoiar campanhas de consciencialização sobre o uso responsável de fármacos por profissionais de saúde.

O documento recomenda igualmente “investir em ambiciosas investigações” para o desenvolvimento de novas tecnologias para combater a resistência aos fármacos.

“A resistência aos antimicrobianos é uma das grandes ameaças que enfrentamos como comunidade global”, vinca o documento.

O relatório reflete a profundidade e o alcance da resposta necessária para cortar o aumento deste problema e proteger um segredo de progresso na saúde”, indicou a subsecretária da ONU Amina Mohamed, que também é copresidente do IACG.

“Não há tempo a perder”, sublinhou.

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, destacou, em comunicado, que as recomendações do relatório “reconhecem que os antirretrovirais são fundamentais para proteger a produção de alimentos, a segurança e o comércio, assim como a saúde dos humanos e animais, e claramente promove o seu uso responsável”.

Para o diretor da OMS, Tedros Adhanon, as recomendações constantes no estudo “podem salvar milhares de vidas todos os anos”.

Bastonária
A Ordem dos Enfermeiros vai agir judicialmente contra a sindicância determinada pela ministra da Saúde, considerando que o que...

Em declarações aos jornalistas, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE), Ana Rita Cavaco, considerou que a fundamentação para sindicância é baseada em notícias da comunicação social e em publicações de dirigentes da Ordem dos Enfermeiros no Facebook.

“O que a senhora ministra quer é condenar-nos por delito de opinião”, afirmou a bastonária, adiantando que a sindicância vai prosseguir, mas que a OE não considera válidos os fundamentos e vai reagir judicialmente.

O advogado que representa a OE, Paulo Graça, escusou-se a especificar qual a forma desta reação jurídica, mas indicou que poderá ir além do campo administrativo.

“Pode levar-nos a questionar a legalidade destes atos em outros aspetos”, afirmou Paulo Graça.

A bastonária indicou que a OE detetou "algumas ilegalidades graves nos despachos", sem especificar, mas acrescentando que lamenta que a ministra queira aferir uma legalidade "que a própria não cumpre".

A sindicância feita pela Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) por determinação da ministra devia ter começado hoje de manhã, tendo os inspetores chegado à sede da Ordem, em Lisboa depois das 10:00, mas a Ordem exigiu primeiro ter acesso ao despacho da ministra, aos fundamentos e aos elementos de prova, documentos que só chegaram pelas 14:00.

Nos documentos remetidos pelo Ministério da Saúde à IGAS, aos quais a Lusa teve acesso, é pedida uma "sindicância com caráter de urgência" face "à gravidade das situações".

Entre os argumentos do gabinete da ministra Marta Temido estão "declarações públicas suscetíveis de indiciar atuações cuja legalidade suscita dúvidas", quer da parte da bastonária como de outros dirigentes da Ordem.

Os documentos remetidos à Inspeção-geral incluem cópias de mais de dez publicações da bastonária no Facebook, de várias notícias da agência Lusa e de muitas outras notícias ou entrevistas divulgadas em jornais nacionais.

Algumas dessas declarações, como o próprio gabinete da ministra disse no documento enviado à IGAS, são referentes às greves cirúrgicas, que em novembro do ano passado e em fevereiro deste ano decorreram em blocos operatórios de hospitais públicos.

O despacho refere-se ainda a relatórios de contas de 2016 e 2017 com diferenças entre os montantes apresentados.

Sobre este aspeto, a bastonária Ana Rita Cavaco recordou que a ministra Marta Temido já tinha levantado dúvidas sobre os relatórios e contas da Ordem relativos a 2016, quando era presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, mas que o secretário de Estado de então, Fernando Araújo não viu fundamento para remeter o assunto para a IGAS.

Na base dessas dúvidas, refere Ana Rita Cavaco, estará o facto de a ministra ainda não ter percebido que a Ordem dos Enfermeiros é composta por uma sede e por cinco secções regionais, sendo que as demonstrações financeiras da Ordem "Nacional" resultam "de uma soma de todas as secções e da sede".

Mas não se trata de uma soma aritmética simples, mas antes o consolidado das contas da sede e das cinco secções regionais.

Governo Regional
A rede de sangue nos Açores será alargada até final do ano a todas as ilhas dos Açores, "o que vai permitir a cobertura...

"Gostaria de anunciar que, até final de 2019, o Governo dos Açores assume o compromisso de concluir esta rede com a instalação de mais duas reservas - no Corvo e na Graciosa -, onde os processos se encontram na fase de inventariação do equipamento necessário", disse o chefe do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro.

O governante falava em Santa Maria, após a assinatura de um protocolo de colaboração na área da medicina transfusional entre o Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, e a Unidade de Saúde de Santa Maria, que formalizou a entrada em funcionamento da reserva de sangue desta ilha.

Após a assinatura do protocolo, o chefe do executivo deu o exemplo e foi doar sangue, juntamente com o secretário regional com a tutela da Saúde, Rui Luís, e a governante da área da Solidariedade Social, Andreia Cardoso.

Atualmente, estão em funcionamento nos Açores três bancos de sangue nos hospitais e quatro reservas de sangue, que, além do Centro de Saúde de Vila do Porto, em Santa Maria, contemplam as unidades de saúde do Pico, de São Jorge e das Flores.

"Com a abertura desta nova valência na unidade de saúde de ilha de Santa Maria, o Governo [Regional] cumpre também o objetivo de criar as condições para a cobertura integral dos Açores por uma rede regional de sangue”, salientou ainda o governante.

Após a passagem pelo centro de saúde, Vasco Cordeiro visitou a obra de reabilitação do Cinema do Aeroporto, edifício que até final do ano estará requalificado e servirá, entre outras atividades, para espetáculos culturais.

O Governo dos Açores visita entre hoje e quarta-feira de manhã a ilha de Santa Maria, no âmbito das deslocações oficiais previstas no Estatuto Político-Administrativo da Região.

O primeiro dia da deslocação termina com as reuniões do Governo dos Açores com o Conselho de Ilha de Santa Maria e do Conselho do Governo, estando agendado para terça-feira um encontro com a presidente da Agência Espacial Portuguesa, Chiara Manfletti, bem como uma visita às obras para a instalação da nova antena da Agência Espacial Europeia (ESA), no Monte das Flores.

O programa desta visita estatutária inclui ainda as visitas dos membros do Governo a diversos investimentos em curso na ilha, além de reuniões com várias entidades de Santa Maria.

Porto
O Centro Hospitalar Universitário São João, no Porto, recebeu hoje o projeto de arquitetura da nova ala pediátrica e designou...

“O projeto de arquitetura da ala pediátrica do Centro Hospitalar Universitário São João foi hoje entregue pela empresa Aripa Arquitectos, seguem-se as fases de revisão técnica e adjudicação da empreitada que vão tornar possível o início da obra até ao final de 2019”, referiu a unidade hospitalar, em comunicado.

Na ala pediátrica será incluída a primeira unidade de queimados pediátricos do Norte, necessidade identificada “desde há muitos anos e nunca concretizada”, adiantou.

O hospital explicou que o projeto será agora remetido para os ministérios da Saúde e das Finanças, assim como para a entidade que fará a sua revisão técnica, limitando eventuais erros ou omissões.

O trabalho de revisão já foi adjudicado a uma entidade que demorará 45 dias na sua execução, acrescentou.

Na nota, a unidade hospitalar esclareceu que por “razões de transparência e de defesa do superior interesse público” constituiu-se um grupo de trabalho que pudesse estabelecer os critérios para selecionar o conjunto de empresas habilitadas para uma empreitada com esta “complexidade técnica” para apresentarem propostas para a sua execução.

O grupo teve hoje a primeira reunião e finalizará a seleção das entidades à data de conclusão do processo de revisão do projeto de arquitetura, evitando “qualquer atraso ou demora”, disse.

“Com a coordenação deste grupo por um representante da Ordem dos Engenheiros pretende-se assegurar não apenas total transparência do processo, como o aumento do rigor nas decisões técnicas”, frisou.

Em face da urgência da construção desta empreitada, a Lei do Orçamento de Estado para 2019 autorizou o Centro Hospitalar Universitário São João a recorrer ao procedimento de ajuste direto na contratação.

Segundo a unidade de saúde, esta abordagem não atrasará o processo e aumentará a “exigência e o rigor com que o Estado aborda este investimento”.

A ala pediátrica assenta na construção de um edifício funcional adaptado aos cuidados multidisciplinares de elevada diferenciação prestados a crianças e adolescentes com doença complexa na região Norte.

“Aposta nos cuidados em ambulatório, particularmente na cirurgia de ambulatório, bem como na diferenciação de camas de cuidados intensivos e intermédios, sendo a única estrutura da região preparada para dar resposta a crianças politraumatizadas, às crianças com doença cardíaca com necessidade de tratamento invasivo ou de cirurgia cardíaca, com doença do foro neurocirúrgico, bem como, parte importante das crianças com doença oncológica”, salientou o centro hospitalar.

O São João congratula-se por todo o processo de construção estar a decorrer sem atrasos em relação ao plano estabelecido.

A pediatria do Hospital de São João funciona há cerca de 10 anos em contentores.

África
A Organização Mundial de Saúde declarou a Guiné-Bissau livre de poliomielite, uma infeção que pode provocar a paralisia...

Segundo o comunicado, a decisão foi tomada durante a reunião realizada em Dacar, Senegal, entre 08 e 12 de abril, da Comissão Regional de Certificação e Erradicação da Poliomielite para África da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Atualmente, segundo a OMS, em África apenas a Nigéria, África do Sul, Camarões, Guiné Equatorial, Sudão do Sul e República Centro-Africana não conseguiram alcançar aquele estatuto.

No comunicado, a OMS felicita o Ministério da Saúde pelo "feito histórico" e "alerta para a responsabilidade que o país assume para manter o estatuto".

"É necessário continuar a vigilância ativa das paralisias flácidas agudas, mantendo assim o sistema nacional de vigilância tão sensível ao ponto de não deixar escapar nenhum caso de pólio", adverte a OMS.

Para a OMS, o sistema nacional de saúde guineense deve criar condições e meios necessários para "continuar as atividades inerentes para evitar perder o estatuto no futuro".

Faraday
O primeiro kit de sobrevivência a incêndios, que inclui uma manta patenteada e certificada, a Manta Faraday®, que reflete até...

O kit Faraday, concebido para ser leve e de baixa volumetria, inclui proteção contra os gases tóxicos produzidos pelo fogo, com um Respirador que protege as vias respiratórias e oculares de +95% dos fumos tóxicos; e contra o calor, com a Manta Faraday®, patenteada e testada, que reflete 95% do calor radiante, e com as Luvas de Aramido, que protegem o seu utilizador de temperaturas até 200°C. Uma versão Pro, a ser lançada em junho, inclui ainda um Mini-extintor Eco, de 500ml.

Calor pode matar antes das chamas
A Manta Faraday®, batizada com esse nome por se inspirar no conceito da Gaiola de Faraday, criado pelo físico e químico britânico Michael Faraday (1791-1867), permite isolar um corpo do calor radiante de um incêndio. O facto torna-se essencial quando se sabe que, em determinadas situações, o risco de morte chega antes das chamas — de acordo com os resultados das autópsias das vítimas da estrada N236-1, no incêndio de 17 de junho de 2017, a maioria morreu incinerada pelo calor.

Foi com este conhecimento em mente, que um engenheiro português, natural de Leiria, um dos distritos mais afetados pelo fogo de junho de 2017, se lançou na missão de procurar uma solução para o problema do calor radiado de um incêndio, isto é, o calor sentido sem estar com contato direto com a chama, que chegou aos 500-600°C no caso de Pedrógão Grande.

Ricardo Roque, bacharel e mestre em Engenharia Mecânica pelo Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, considerado o quinto melhor do mundo no ramo de engenharia e tecnologia, voltou assim ao estudo dos princípios da termodinâmica até compreender que existia uma forma de proteger um corpo do calor radiado.

A Manta Faraday®, criada sob esses princípios, foi testada pelo CITEVE, o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário, e revela-se eficaz até 95% do calor radiado — isto significa que, perante uma temperatura na ordem dos 500°C, o corpo sentirá apenas 40°C, tendo a capacidade (e o tempo) para fugir às chamas.

O risco dos fumos
Com a questão do calor resolvida, compreendeu-se que isso não seria o suficiente para garantir a sobrevivência de alguém numa situação de incêndio. Primeiro, porque uma das causas da mortalidade em situação de incêndio prende-se com a elevada concentração de fumos tóxicos. Os fumos de um incêndio podem matar em menos de 15 segundos, dependendo da concentração destes e do tipo de combustível — celulósico, têxtil, plástico. Cada tipo de combustível liberta fumos específicos que têm que ser bloqueados de forma eficaz.

Assim, foi desenvolvido um kit de sobrevivência a incêndios que, além da Manta Faraday®, inclui um Respirador certificado, capaz de proteger as vias respiratórias e oculares de mais de 95% dos fumos tóxicos, e ainda um par de Luvas de Aramida, também com certificação, que protegem do toque de temperaturas até 200°C.

Missão: proteger
A empresa FARADAY GO tem como missão proporcionar um acesso democrático a um sistema de proteção, de fácil uso. O objetivo passa sobretudo por promover a proteção das populações, especialmente as mais isoladas e fragilizadas, bem como os operacionais no terreno no combate a incêndios.

Por fim, e não menos importante, o kit inclui instruções que permitem saber o que fazer em caso de incêndio, funcionando como uma miniformação, podendo ser guardado em casa ou facilmente arrumado no carro, sob o banco do condutor. Mas a sua funcionalidade não se fica por aqui: o Kit Faraday pode fazer a diferença quando presente numa fábrica, num barco, numa cozinha de um restaurante, num quarto de hotel, etc. No fundo em todos os espaços onde existe um risco elevado de incêndios, mantendo as pessoas protegidas.

Estes kits, que já podem ser pré-reservados, começarão a ser entregues em maio e a missão passa por democratizar uma ferramenta de segurança que pode salvar vidas, apostando numa comercialização ágil e num preço acessível.

5 de maio – Dia da Mãe
No momento em que uma mulher sabe que está grávida, há preocupação com cuidados relacionados com a alimentação, exercício...

Inês Leal, médica Oftalmologista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO), explica que existem várias alterações oftalmológicas durante os nove meses de gestação às quais se devem ter particular atenção e que se podem dividir em três grupos:

  • Alterações fisiológicas: aqui se enquadram alterações benignas e geralmente reversíveis com o final da gestação:
  1. Flutuações de hidratação da córnea: esta é uma das alterações fisiológica mais comum e que pode condicionar a flutuação do estado refrativo do olho, o que faz com que durante a gravidez os óculos habituais possam não ser tão adequados e que gravidez seja uma contraindicação para cirurgia refrativa;
  2. Olho seco: também muito comum, provocado por alterações que ocorrem no funcionamento das glândulas que produzem a lágrima;
  3. Hiperpigmentação na pele à volta dos olhos: também denominado cloasma.
  • Doenças oculares específicas da gravidez: onde se incluem alterações visuais graves, como as que ocorrem na pré-eclâmpsia e eclâmpsia, com prognóstico muito mais reservado quer a nível da função visual, quer do ponto de vista sistémico. A nível ocular a pré-eclâmpsia e eclâmpsia podem manifestar-se desde o aparecimento de manchas pretas (escotomas), visão turva até à perda súbita de visão;
  • Agravamento de doença oftalmológica já existente antes da gravidez: por exemplo, o agravamento de uma retinopatia diabética que já existia antes da gravidez. Uma mulher com diabetes deve ser observada no período pré-concepcional e as mulheres diabéticas devem ser seguidas regularmente e com plano personalizado na Oftalmologia articulado com a Obstetrícia durante a gestação.

A especialista em Oftalmologia acrescenta que: “A mulher grávida sem doença oftalmológica não precisa à partida de nenhum cuidado particular mas deve estar atenta aos seus olhos e perceber se desenvolve alguma alteração visual e/ou sinal de infeção e, nesses casos, deve consultar de imediato o médico Oftalmologista, dizendo que está grávida. Contudo, mulheres com antecedentes de diabetes, toxoplasmose ocular, uveíte ou alta miopia com doença da retina associada devem consultar o seu médico Oftalmologista mesmo antes da gestação ou de qualquer sintoma, de forma a fazer uma avaliação e planear cuidadosamente o controlo da doença oftalmológica durante a gravidez, uma vez que são um grupo de risco. ”

E os cuidados com a saúde ocular devem continuar no pós-parto imediato. “Assumindo que o parto não teve intercorrências e que o bebé recém-nascido não mostra alterações dos olhos no exame pediátrico feito na maternidade, destaca-se: higiene das pálpebras do bebé com compressas esterilizadas embebidas em soro fisiológico; evitar qualquer contacto dos olhos do bebé com cremes ou produtos utilizados na higiene do mesmo; e evitar exposição solar excessiva, ou seja, luminosidade em que o bebé evite abrir os olhos. O recém-nascido deve ainda cumprir rastreios obrigatórios a realizar pelo Pediatra e/ou Médico de Família e se evidenciar qualquer alteração (olho vermelho, edema de pálpebra, secreção, etc) deve ser observado com caráter urgente pela Oftalmologia,” termina Inês Leal.

Ordem dos Enfermeiros
Algumas dezenas de enfermeiros estão hoje concentrados frente à sede da sua ordem profissional, em Lisboa, a aguardar a chegada...

Ao som de Grândola Vila Morena, os enfermeiros gritam “25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”, enquanto formam um pequeno cordão humano na entrada da Ordem dos Enfermeiros.

Junto aos profissionais concentrados na ordem encontra-se também a bastonária Ana Rita Cavaco, bem como outros dirigentes da Ordem dos Enfermeiros.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) vai realizar uma sindicância à Ordem dos Enfermeiros, por determinação da ministra da Saúde, Marta Temido.

A sindicância é no fundo uma averiguação geral, mas a bastonária da Ordem já levantou dúvidas legais sobre esta sindicância realizada pela IGAS, lembrando que se trata de uma associação pública profissional com elementos eleitos e não de um serviço da administração pública.

Segundo a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, os membros do Governo e os dirigentes máximos de órgãos ou serviços “podem ordenar inquéritos ou sindicâncias aos órgãos, serviços ou unidades orgânicas na sua dependência ou sujeitos à sua superintendência ou tutela”.

“A sindicância destina-se a uma averiguação geral acerca do funcionamento do órgão, serviço ou unidade orgânica”, define a legislação.

No artigo 230.º da mesma lei estabelece-se que “toda a pessoa que tenha razão de queixa ou de agravo contra o regular funcionamento dos órgãos, serviços ou unidades orgânicas sindicados se pode apresentar ao sindicante (…) ou a ele apresentar queixa por escrito”.

Este artigo é invocado pela IGAS no anúncio publicado num jornal sobre a sindicância à Ordem dos Enfermeiros, determinada na sequência de um despacho da ministra da Saúde de dia 16 deste mês.

O diploma que regula as ordens profissionais, como a dos Enfermeiros, estabelece que as associações públicas profissionais “não estão sujeitas a superintendência governamental”, estando sujeitas a tutela de legalidade “idêntica à exercida pelo Governo sobre a administração autónoma territorial”.

A ministra da Saúde justificou na passada terça-feira a decisão de determinar uma sindicância à Ordem dos Enfermeiros com “intervenções públicas e declarações dos dirigentes”.

Em comunicado, o gabinete de Marta Temido explica que a ministra determinou a realização da sindicância “com o objetivo de indagar indícios de eventuais ilegalidades resultantes das intervenções públicas e declarações dos dirigentes” e “das atividades realizadas pela Ordem e correspetivas prioridades de atuação, e eventuais omissões de atuação delas decorrentes, em detrimento da efetiva prossecução dos fins e atribuições que lhe estão cometidos por lei”.

Para Ana Rita Cavaco, esta decisão da ministra é "uma atitude persecutória nunca antes vista".

"Já há muito tempo que a senhora ministra mostra uma senda de perseguição à Ordem dos Enfermeiros e aos seus órgãos. É uma atitude persecutória nunca antes vista", afirmou a bastonária, estimando que seja a primeira vez na história do país que é feita uma sindicância a uma ordem profissional.

Tratamento
A MSD anunciou que a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou a extensão da utilização de pembrolizumab em...

Esta aprovação foi baseada nos resultados do ensaio KEYNOTE-042, um estudo da fase 3, no qual a sobrevivência global (OS) foi avaliada sequencialmente como parte de um plano de análise pré-especificado. No ensaio, a monoterapia com pembrolizumab demonstrou uma melhoria estatisticamente significativa na OS em comparação com a quimioterapia isolada em doentes cujos tumores expressaram PD-L1 com TPS≥50%, com TPS ≥20% e, posteriormente, na população total do ensaio (TPS≥1%).

"Esta expansão da indicação em primeira linha torna a monoterapia com pembrolizumab uma opção para mais doentes com CPCNP, incluindo aqueles para os quais a terapêutica combinada pode não ser apropriada", disse Jonathan Cheng, vice-presidente de investigação clínica em oncologia da MSD Research Laboratories.

Reações adversas imunomediadas, que podem ser graves ou fatais, podem ocorrer com pembrolizumab, incluindo pneumonite, colite, hepatite, endocrinopatias, nefrite, reações cutâneas graves, rejeição de transplante de órgãos sólidos e complicações no transplante alogénico de células-tronco hematopoiéticas (TCTH). Com base na gravidade da reação adversa, pembrolizumab deve ser suspenso ou descontinuado e, se apropriado, administrados corticosteroide. Pembrolizumab pode também causar reações graves ou potencialmente fatais associadas à perfusão intravenosa. Com base no seu mecanismo de ação, pembrolizumab pode causar danos fetais quando administrado a uma mulher grávida. Para mais informações, consulte “Informação de segurança” (em anexo).

"O ensaio KEYNOTE-042 demonstrou um benefício de sobrevivência com pembrolizumab em monoterapia nas diversas histologias, em doentes com CPCNP estadio III ou metastático cujos tumores expressassem PD-L1 em pelo menos 1% das células tumorais", disse o Dr. Gilberto Lopes, diretor associado de oncologia global no Sylvester Comprehensive Cancer Center da Universidade de Miami. "Como oncologista, ter opções adicionais disponíveis para os doentes é importante num cenário de tratamento em rápida evolução como o do cancro de pulmão, que continua a ser a principal causa de morte por cancro nos Estados Unidos."

Pembrolizumab é o primeiro anti-PD-1 aprovado no tratamento em primeira linha de doentes com CPCNP metastático em combinação e monoterapia.

Estudo
As crianças que ingerem mais alimentos durante a tarde e depois do jantar correm o risco de se tornarem mais facilmente obesas...

O estudo, recentemente publicado na revista ‘Journal of Biological Rhythms’, avaliou os hábitos alimentares de 1961 crianças da coorte Geração XXI (projeto iniciado em 2005, que acompanha o crescimento e desenvolvimento de mais de oito mil crianças da cidade do Porto) entre a idade pré-escolar, aos 4 anos, e a idade escolar, aos 7.

Em entrevista, Sofia Vilela, investigadora responsável pelo estudo, explicou que foi através da avaliação dos padrões de consumo energéticos (hidratos de carbono e proteínas) das crianças aos 4 anos, que a equipa de investigadores conseguiu padronizar “o desenvolvimento do excesso de peso ou obesidade” aos 7 anos.

“Utilizando informação de diários alimentares de três dias, obtivemos padrões de distribuição de ingestão alimentar quando as crianças tinham 4 anos e associamos esses padrões com o seu Índice de Massa Corporal (IMC) 3 anos depois, quando completaram 7 anos”, referiu.

Com o objetivo de “alertar” para determinados comportamentos alimentares e não “quantificar” os padrões seguidos pelas crianças, o estudo permitiu “ver a ligação entre dois comportamentos alimentares e o excesso de peso ou obesidade”.

“As crianças que têm um padrão alimentar, caracterizado por saltarem o pequeno-almoço, terem o almoço mais tarde e comerem depois do jantar, estão em maior risco de desenvolverem excesso de peso ou obesidade”, frisou.

Segundo Sofia Vilela, para que o peso das crianças seja “saudável” é necessária “uma maior distribuição energética” ao pequeno-almoço, almoço e jantar e uma “menor ingestão” de alimentos a meio da manhã e a meio da tarde.

“Começar o dia com um pequeno-almoço equilibrado parece ser uma boa estratégia para conseguir um bom nível de saciedade ao longo do dia e controlar a ingestão alimentar. É fundamental ter um padrão regular e não saltar refeições. Tendo em conta os resultados deste estudo e de outros prévios, a ceia poderá ser uma refeição dispensável nestas crianças”, apontou.

A investigadora adiantou que, apesar do contributo do estudo para a compreensão do ritmo circadiano no consumo alimentar e desenvolvimento de excesso de peso em crianças, é necessário “replicar os resultados noutras faixas etárias e noutras populações”.

Saúde
A Ordem dos Médicos vai avançar com uma auditoria externa e independente para avaliar o processo de atribuição de capacidades...

Em comunicado, a Ordem justifica a decisão de uma auditoria externa e independente ao processo de atribuição de idoneidade e capacidade formativa no internato médico com a “preocupação com as condições proporcionadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), com médicos a ficarem sem acesso a uma vaga de especialidade”.

“Perante o agravamento do desinvestimento no SNS, o preocupante desinteresse do Ministério e tendo em conta vários relatos e queixas de especialistas e de jovens médicos sobre as difíceis condições em que exercem o seu trabalho e a sua formação, a Ordem não podia esperar mais e iniciou o procedimento de concurso aberto para a contratação de uma empresa idónea e independente para realizar uma auditoria”, refere o comunicado hoje divulgado.

A auditoria deve identificar e analisar o processo de atribuição de idoneidades e capacidades formativas, bem como os “constrangimentos existentes ao nível dos hospitais e centros de saúde que possam ter impacto” na formação de médicos.

O objetivo final da auditoria é “melhorar todo o processo” de atribuição de idoneidade e capacidade formativa, “no sentido de continuar a garantir a elevada qualidade de formação e disponibilizar todas as capacidades formativas existentes nas várias unidades de saúde que assegurem internatos de qualidade inquestionável”.

A Ordem entende que não se pode permitir que a “qualidade e excelência” da formação médica em Portugal “seja colocada em risco”, seja por uma eventual quebra de qualidade, seja porque vários médicos ficam sem acesso a uma especialidade.

Numa entrevista há cerca de duas semanas, o bastonário Miguel Guimarães já tinha levantado a possibilidade de ser necessária uma auditoria externa e independente, que já tinha sido aliás proposta ao Ministério da Saúde “há dois anos”.

Lembrando que há médicos que em Portugal não têm acesso à especialidade, muito porque há jovens formados noutros países que tiram a especialidade em hospitais portugueses, o bastonário indicava que seria importante fazer uma auditoria sobre todo o processo que envolve a formação dos médicos para ver onde é possível melhorar.

Este era um dos projetos que a Ordem já tinha negociado com o anterior ministro da Saúde, mas que, entretanto, não avançou, recordou ainda Miguel Guimarães.

A Ordem decidiu agora avançar sozinha para o processo de auditoria, através de um concurso aberto para a escolha de uma empresa que realize esta avaliação.

Direitos humanos
A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos defendeu ontem que as pessoas que usam drogas não "perdem os...

"As pessoas não perdem os seus direitos humanos porque usam drogas. Elas têm exatamente os mesmos direitos que nós, à vida, aos cuidados de saúde, à não discriminação e à liberdade", lembrou Michelle Bachelet.

Bachelet, que falava durante a 26.ª edição da Conferência Internacional de Redução de Riscos (HR19), evento que arrancou ontem e prossegue até quarta-feira na Alfândega do Porto, sublinhou os "inúmeros casos de abusos" e queixas que, continuadamente, têm sido reportados à Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

"Recebemos frequentemente queixas de pessoas que usam drogas e que são subornados pela polícia, que lhes diz que em troca de dinheiro ou sexo não são acusados", salientou, acrescentando que é por isso importante "assegurar" que as políticas progressivas relativamente ao uso de drogas têm de "ter em conta as circunstâncias específicas" de cada mulher e cada homem.

"Não tenho dúvida que princípios e políticas compreensivas, que respeitem os direitos humanos e protejam a saúde, ajudem a reparar alguns dos traumas destas pessoas", apontou.

Durante a sessão, a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos salientou que são necessárias políticas e medidas que não "promovam a estigmatização e tortura" das pessoas que usam drogas, lembrando que na última década "pelo menos três mil e novecentas pessoas" foram executadas.

"Se há tantas evidências e um consenso internacional a favor dos direitos humanos e das políticas de uso de drogas, porque é que são tantas as pessoas a serem oprimidas dos seus direitos? Simplesmente, porque usam drogas", disse.

Sob o tema 'People before Politics' (‘As pessoas antes da política’), esta 26.ª edição vai reunir, nos próximos três dias, representantes das Nações Unidas, políticos, investigadores, profissionais de saúde e ativistas de mais de 80 países no Porto, e dar a conhecer o modelo português de descriminalização do uso de drogas.

Introduzido em 2001, o modelo descriminalizou a posse para o consumo de drogas e promoveu medidas para a sensibilização dos consumidores, contribuindo para a redução da criminalidade, das taxas de transmissão de VIH e do número de overdoses em Portugal.

Segundo Bachelet, o programa implementado em Portugal é a "evidência clara" de que a mudança de pensamento, alicerçado pela "educação, aconselhamento terapêutico e os substitutos de drogas", como a metadona, permitem a redução do consumo de drogas.

"É bastante importante termos esta conferência em Portugal, onde o uso de drogas já não é considerado uma ofensa ou desrespeito à lei e onde muito tem sido feito para ajudar aqueles que usam drogas", disse.

A conferência, organizada pela Harm Reduction International e pela Agência Piaget para o Desenvolvimento (APDES) quase três décadas após o primeiro encontro em Liverpool, vai ainda retratar as respostas e os desenvolvimentos relacionados com a saúde pública.

Médico
O médico e investigador Manuel Valente Alves realça que Leonardo da Vinci "revolucionou os modos de ver e representar o...

Quinhentos anos depois da morte do inventor, artista, engenheiro mecânico e cientista italiano, que se assinalam na quinta-feira, Manuel Valente Alves, que também é artista plástico, defendeu que Leonardo da Vinci "continua a ser um exemplo da importância de religar a arte e a ciência para compreender o humano nas suas ligações com a natureza e a tecnologia".

Para o investigador, com obra publicada sobre a história da medicina, o génio renascentista "revolucionou os modos de ver e representar o corpo", ao encher "páginas e páginas" de "estudos anatómicos", que "fundaram a cultura visual da medicina", mais tarde representada por radiografias, fotografias, filmes e imagens de computador, em substituição dos desenhos ou gravuras impressos em papel.

"São as primeiras ilustrações conhecidas do interior do corpo humano literalmente científicas", frisa.

Manuel Valente Alves, que se tem debruçado sobre as ligações da medicina com a arte, ciência, tecnologia e cultura visual, lembra que Leonardo da Vinci, não tendo sido médico, dissecou cadáveres de animais e pessoas "ao longo de toda a sua vida".

Os desenhos do interior do corpo humano, que se destinavam a um tratado da sua autoria, e eram "de um realismo e de uma objetividade sem precedentes", não foram compilados e sistematizados, "acabando por ter escassa ou nula influência no desenvolvimento da ciência médica", lamenta.

O médico, que fundou e dirigiu o Museu da Medicina da Universidade de Lisboa, salienta que Leonardo da Vinci estudou também o "corpo vivo em ação" para "compreender a sua mecânica, a fisiologia".

"Leonardo interessava-se por tudo, queria compreender todas as facetas do Universo", vinca. Por isso, "observou e desenhou" o corpo humano - interior e exterior - e o "mundo da natureza" para perceber como funcionavam.

A partir deste conhecimento, "concebeu prodigiosos inventos, verdadeiros 'sonhos tecnológicos'", segundo Manuel Valente Alves.

"Mostrou que o ser humano, através da técnica, podia superar as suas limitações voando como os pássaros, vivendo debaixo de água como os peixes...", afirma, numa alusão a inventos como a máquina voadora e o escafandro.

Para o artista plástico, a obra científica de Leonardo da Vinci, que construiu autómatos e planeou pontes, "projeta-se no futuro, muito para além do seu tempo", e anuncia "o mundo dos robôs, das próteses e da engenharia que marcou indelevelmente o século XX".

Natural da pequena cidade toscana de Vinci, Leonardo da Vinci morreu, em 02 de maio de 1519, em Amboise, França, aos 67 anos.

DGS
A Direção Geral da Saúde recomenda que todos os serviços e unidades do Serviço Nacional de Saúde tenham planos de contingência...

O “Plano de contingência saúde sazonal – Módulo verão 2019”, que entra em vigor a 01 de maio e se estende até 30 de setembro, apresenta orientações estratégicas e referenciais que permitem comunicar o risco e sua gestão à população e aos parceiros do setor da saúde, bem como capacitar os cidadãos para a sua proteção e a prontidão dos serviços de saúde para a resposta ao aumento da procura.

Nesse sentido, reforça a necessidade de todos os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde implementarem Planos de Contingência de nível local e regional.

“Com base na informação disponível a nível nacional, regional e local, as ARS [administrações regionais de saúde e as instituições do SNS devem organizar-se, em cada momento, antecipando as necessidades de resposta face à procura (aumento da procura ou procura diferente da esperada) com o objetivo de minimizar os efeitos do calor intenso na saúde e nos serviços”, lê-se no documento publicado no ‘site’ da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o plano, as instituições e serviços do SNS devem, entre outras medidas, promover a linha SNS 24 (808 24 24 24) como primeiro contacto com o sistema de saúde, garantir a articulação dentro e fora do setor da saúde, identificar previamente e gerir as necessidades em estruturas e equipamentos e recursos humanos, com especial atenção aos períodos de férias.

Garantir a existência de salas climatizadas e identificar as pessoas mais vulneráveis e prever a adaptação da sua medicação, quando aplicável, são outras recomendações do plano.

“Cada instituição e serviço do SNS deve garantir a mais ampla divulgação das medidas a implementar e promover o seu cumprimento”, sublinha.

O documento lembra que Portugal é um dos países europeus vulneráveis às alterações climáticas e aos fenómenos climáticos extremos, tendo em conta a sua localização geográfica.

“Na primavera/verão ocorrem frequentemente temperaturas muito elevadas (extremas) não apenas de forma pontual, mas em períodos continuados de tempo, podendo existir efeitos graves sobre a saúde, incluindo desidratação e descompensação de doenças crónicas”, salienta.

Pelos potenciais efeitos na saúde das populações são ainda relevantes os afogamentos, as toxinfeções alimentares, o aumento da população de vetores, nomeadamente mosquitos e carraças e os incêndios, adianta o plano, advertindo que o potencial aumento da morbilidade pode conduzir a um aumento da procura dos serviços de saúde.

“Nesta altura do ano algumas regiões do país, como o Algarve e outras zonas, aumentam a sua população devido aos movimentos sazonais ligados ao turismo e/ou à ocorrência de eventos de massas habituais ou esporádicos”, refere a DGS, que 2004 implementa Planos de Contingência com o objetivo de minimizar os potenciais efeitos do calor intenso na saúde da população.

‘Crowdfundig’
O fundo de greve criado através de ‘crowdfundig’ para financiar a greve dos enfermeiros nos blocos cirúrgicos ainda tem 246 mil...

Segundo o breve relatório, hoje divulgado pelo jornal Público e que foi publicado na página do Facebook do grupo “Greve Cirúrgica”, que esteve na origem das paralisações que obrigaram a adiar milhares de cirurgias, sobraram da primeira greve 42.157 euros.

Os dados indicam que o total angariado da segunda greve (384.836 euros) mais o que sobrou da primeira totalizou 426.933 euros.

O grupo lembra ainda que, do valor total angariado, é retirado pela plataforma PPL o correspondente ao IVA (23%) e à comissão pelo trabalho.

Os dados indicam ainda que foram gastos 180.869 em doações e despesas de manutenção de conta, restando um remanescente de 246.124 euros.

O grupo de profissionais aproveita a mensagem publicada para agradecer “todos os contributos dos colegas em prol desta luta nunca antes tentada”, aos enfermeiros dos blocos cirúrgicos que levaram a cabo a paralisação, aos piquetes de greve e aos sindicatos que a apoiaram.

“Fizemos o que ainda não tinha sido feito e não vamos parar por aqui”, avisa o grupo, garantindo: “Brevemente daremos mais informações acerca do destino do montante remanescente”.

O grupo “Greve Cirúrgica” garante que vai manter-se “atento e em período de definição de novas estratégias” e afirma: “vamos continuar sempre ao lado dos enfermeiros”.

A primeira greve cirúrgica decorreu entre 22 de novembro e 31 de dezembro de 2018 e a segunda entre 31 de janeiro e 28 de fevereiro, acabando por ser interrompida depois de a Procuradoria-Geral da República ter considerado a primeira paralisação ilegal por não corresponder ao pré-aviso e porque o fundo usado para compensar a perda de salário não foi constituído nem gerido pelos sindicatos que decretaram a greve.

Na segunda greve, o Governo decretou uma requisição civil para quatro dos dez centros hospitalares abrangidos pela paralisação, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos que tinham sido definidos com os sindicatos.

Entretanto, o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) marcou uma greve para começar a 02 de abril, mas foi sendo sucessivamente adiada na sequência das negociações com a tutela e que acabou cancelada na passada quarta-feira.

“Para o Sindepor a prioridade será sempre a resolução dos problemas dos Enfermeiros através de processos negociais pelo que, neste momento e tendo em conta as condições existentes, decretamos a suspensão definitiva da greve”, lê-se na mensagem publicada na página do Facebook deste sindicato.

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