Iniciativa
No mês de setembro, em que se assinala a consciencialização para as doenças hemato-oncológicas, as associações de doentes...

“Contra o Cancro do Sangue” pretende desafiar os portugueses a vestirem uma peça de roupa com a cor vermelha (t-shirt, lenço, são alguns exemplos) e, ao longo do mês de setembro, partilharem fotografias e imagens nas suas redes sociais e nas redes sociais das associações de forma a aumentar o conhecimento sobre estas doenças. A campanha terá ainda um micro-site contraocancrodosangue.pt com informação sobre a campanha e que reencaminhará para os sites das associações onde está comunicação sobre as doenças hemato-oncológicas.

No dia 15 de setembro, Dia Mundial do Linfoma, a campanha estará em Lisboa, no Porto e em Braga, com voluntários das associações a distribuírem flyers com informação sobre a campanha “Contra o Cancro do Sangue” e as doenças hemato-oncológicas.

O objectivo da campanha é informar as pessoas sobre as doenças hemato-oncológicas, sensibilizar para o que são e o impacto que têm e dar visibilidade a esta causa.

 

Associação
Medicamentos novos para tratar a Paramiloidose poderão estar mais próximos dos doentes que sofrem desta doença.

É esta a convicção da Associação Portuguesa de Paramiloidose, que reuniu em audiência com o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, que informou que os cidadãos portadores de Polineuropatia Amiloidótica Familiar (doença vulgarmente designada como “Paramiloidose” ou “Doença dos Pezinhos”) seguidos pelo Centro Hospitalar Universitário do Porto irão ter acesso aos medicamentos novos (inotersen e patisiran) desenvolvidos para dar resposta a esta doença no mais curto espaço de tempo, estando os mesmos ainda em fase de avaliação pelo INFARMED.

A verificar-se, este é um momento muito importante já que os portadores de Paramiloidose seguidos pelo centro de referência do Norte passarão a ter oportunidade igual aos doentes seguidos no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte.

Ainda na audiência, que decorreu no Ministério da Saúde e que contou também com a presença do presidente do INFARMED, Rui Santos Ivo, foi avançado que as negociações com os laboratórios, e relativas aos dois medicamentos novos, estão a entrar na fase final.

Para a Associação Portuguesa de Paramiloidose é fundamental que os medicamentos novos sejam alargados também ao estadio 1 da doença, uma vez que “é no início que se pode estabilizar e, em alguns casos, reduzir a progressão da doença”. A Paramiloidose é uma doença hereditária que é transmitida de geração em geração. Causada pela acumulação nos tecidos e órgãos de fibras de amiloide duma proteína alterada chamada de transtirretina (TTR), um dos primeiros sintomas da doença é a perda de sensibilidade à temperatura. Em Portugal existem cerca de 2 000 portadores da doença diagnosticados.

Inconformada com o tempo que o INFARMED leva para colocar/validar para o mercado português dois medicamentos novos modificadores da doença disponíveis e aprovados pela Agência Europeia de Medicamentos (inotersen e patisiran) para tratamento da polineuropatia de estadio 1 ou 2, a Associação Portuguesa de Paramiloidose reuniu em audiência o PCP, BE, PEV, PAN, CDS e PSD.

Para além de sublinhar a existência de tratamento diferente por parte das administrações dos dois centros de referência (Centro Hospitalar Universitário do Porto e Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte) perante cidadãos portugueses com a mesma doença, a APP destacou sempre a demora do INFARMED em colocar os medicamentos novos no mercado português, bem como a necessidade de estender os dois medicamentos novos ao estadio 1 da doença.

«Falta de ar»
A Dispneia ou a sensação de desconforto respiratório não é em si uma doença, mas antes um sintoma.
Homem com dispneia a utilizar máscara de oxigénio

Caracterizada por uma respiração desconfortável ou desagradável, a dispneia, vulgarmente conhecida por falta de ar, é um problema relativamente frequente embora mal compreendido. Entendido como uma experiência subjetiva de desconforto respiratório, a dispneia traz aos doentes sensações distintas e cuja intensidade é bastante variável. Sensação de aperto no peito, respiração difícil ou pesada e falta de ar são algumas das características que acompanham a sua descrição.

As principais causas da dispneia

A dispneia é sempre um indício de que algo de errado se passa com o nosso organismo. Ela pode surgir por exemplo, quando algo obstrói as vias aéreas, quando a concentração do oxigénio no sangue está baixa ou quando o sangue não consegue transportar oxigénio adequadamente (tal como acontece em caso de anemia), quando o coração está fraco ou há alguma obstrução ao fluxo sanguíneo e não é possível levar sangue oxigenado para os tecidos, e na presença de doença respiratória.

Entre as causas mais frequentes, encontram-se as doenças respiratórias - como a Asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica – e a Insuficiência Cardíaca.

Em caso de doença pulmonar obstrutiva (onde se inclui a Asma e a DPOC), a dispneia ocorre quando grandes quantidades de ar permanecem nos pulmões após a inspiração. O que acontece é que, nestes doentes, o estreitamento das vias aéreas impede o ar de ser expulso dos pulmões à velocidade normal, tornando a respiração difícil. (Ao contrário do que se possa pensar, o problema não reside na entrada de ar nos pulmões mas sim na sua saída). Para além de a respiração se tornar mais pesada é normal estes doentes apresentarem sibilos – uma espécie de assobio que ocorre quando há bloqueio parcial das vias aéreas.

Nos doentes com Insuficiência Cardíaca (em que a capacidade de bombear o sangue através dos pulmões está reduzida), pode haver acúmulo de fluido nos pulmões (um distúrbio conhecido como edema pulmonar) provocando falta de ar. Não raras as vezes, a dispneia é, nestes casos, acompanhada com sensação de asfixia ou aperto no peito.

Não obstante, a dispneia pode surgir ainda associada a doenças do sangue e do metabolismo (como a anemia ou acidose metabólica), distúrbios que afetam os nervos e os músculos da respiração (como a Esclerose Lateral Amiotrófica, Esclerose Múltipla ou a Miastenia, entre outras) ou por restrição do volume do toráx, frequentemente relacionado com doenças como Espondilite Anquilosante, Cifose ou Escoliose que podem limitar os movimentos da caixa torácica.

Sintomas frequentes

Habitualmente, os doentes apresentam respiração acelerada, sentindo-se incapazes de respirar com a profundidade e velocidade necessárias.

Durante uma crise podem ainda notar que a expiração exige mais esforço do que é normal e que, durante a inspiração, o tórax fica mais expandido

Aperto ou pressão no peito, náuseas, tosse ou dor torácica são outros dos sintomas associados à dispneia.

Em alguns casos, o doente pode sentir falta de ar durante o repouso, ter palpitações, apresentar agitação ou confusão. Nestas situações, devem procurar o hospital imediatamente, sobretudo, se a estes sintomas se juntar as extremidades do corpo, assim como os lábios, com uma cor azulada ou arroxeada – isto significa que o oxigénio não está a chegar aos tecidos.

Tratamento é direcionado à causa

O tratamento da dispneia depende da causa que lhe está associada, podendo por isso incluir o uso de medicamentos administrados por via oral, injeção ou inalação, uso de oxigénio, ventilação mecânica, ou em situações de maior gravidade, a intubação.

Tratando-se este de um sintoma que pode ser muito debilitante, impedindo o doente de realizar as suas atividades diárias, é essencial que se identifique o que o provoca de modo a realizar um tratamento adequado.

Sobretudo nos doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica, a Reabilitação Respiratória tem demonstrado inúmeros benefícios: melhor qualidade de vida, aumento de tolerância ao esforço, redução de sintomas como a dispneia ou a tosse, redução de crises, de consultas e hospitalizações.

Após o diagnóstico, o doente deve ser acompanhado por uma equipa multidisciplinar.

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Iniciativa
Estima-se que, até 2050, o número de pessoas com demência triplique, chegando a mais de meio milhão de pessoas em Portugal e a...

“Amigos na saúde e na demência” relembra que aquilo que é mais importante para uma pessoa com demência é, também, aquilo que é mais importante para qualquer um de nós: amor e compreensão. Ser amigo é continuar presente e disponível para compreender e apoiar. Com esta campanha, a Sonae Sierra e a associação Alzheimer Portugal convidam todos os portugueses a serem Amigos na Demência, bastando, para isso, aprender um pouco mais sobre como é viver com demência e assumir um compromisso de uma ação, pequena ou grande, a favor das pessoas com demência. Podem fazê-lo acedendo à plataforma da associação ou participando nas Sessões de Informação que irão decorrer por todo o país.

«“Amigos na saúde e na demência” pretende aumentar conhecimentos sobre esta doença e aumentar o número de “amigos” que se comprometem a contribuir para que as pessoas com demência possam viver melhor, o que pode ser tão simples como nunca mais utilizar palavra “demente” ou “demenciado” e, em vez disso, dizer “pessoa com demência”, pois assim vemos primeiro a pessoa e não a sua doença. Para a associação Alzheimer Portugal é fundamental criar maior compreensão sobre a doença junto do grande público. “Temos trabalhado imenso no sentido de contribuir para uma perceção mais positiva sobre esta doença. Sentimos que os vários projetos que temos vindo a desenvolver, como o “Café Memória” ou o “Passeio da Memória” nos têm ajudado a combater o estigma social a eliminar os estereótipos, mas há ainda um longo caminho a percorrer. É importante que todos percebam que a pessoa é muito mais do que a doença e que é possível viver melhor com demência. Acreditamos que estamos a trabalhar no caminho certo e esta campanha, com o apoio da Sonae Sierra vai ajudar-nos a chegar a muito mais pessoas», explica Tatiana Nunes, Diretora de Comunicação da Associação Alzheimer Portugal.

O arranque desta campanha é marcado pelo lançamento de diversos vídeos onde é possível ouvir vários testemunhos de amigos de pessoas com esta doença, onde se torna evidente que a amizade é o que prevalece em todos os momentos. Aos “Amigos na Saúde e na Demência” juntam-se ainda várias caras conhecidas. Margarida Pinto Correia, Sílvia Rizzo, Nuno Markl e Pedro Ribeiro são as figuras públicas que dão a sua voz para relembrar que a amizade é muito mais do que a capacidade de recordar bons momentos.

A demência resulta de uma doença no cérebro e progride de forma única em cada um de nós, não se resumindo à perda de memória. A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência (cerca de 60 a 70% dos casos), mas existem mais de 100 tipos de demência, como a Demência Vascular, a Demência de Corpos de Lewy ou Demência Frontotemporal. Esta pode resultar em alterações de humor, mudança de comportamentos, dificuldades de raciocínio ou de orientação, entre outros fatores.

“Amigos na Saúde e na Demência” é o mote da campanha que se insere no projeto global Amigos na Demência, liderado a nível internacional pela Alzheimer’s Society no Reino Unido e que já contabiliza mais de 17 milhões de Dementia Friends (Amigos na Demência). A associação Alzheimer Portugal juntou-se ao movimento global em 2018 e agora lança mais esta campanha, que surge da parceria com a Sonae Sierra. Desde 2013 que a Sonae Sierra tem recebido muitas das sessões “Café Memória” que se têm realizado em todo o país.

Esta campanha resulta de um reconhecimento do trabalho incansável da associação e pretende ser mais um contributo que a Sonae Sierra dá para ajudar a sensibilizar os portugueses para a dimensão e impacto que a doença tem junto de tantas famílias. «Acreditamos que o mote “Amigos na Saúde e na Demência” vai ajudar a que muitas pessoas pensem pela primeira vez no tema. Se todos estivermos mais despertos e nos tornarmos mais “amigos”, o nosso contributo já valeu a pena», diz Joana Moura e Castro, diretora de Marketing em Portugal da Sonae Sierra.

No âmbito da campanha “Amigos na Saúde e na Demência”, de setembro a novembro decorrerão ainda diversas Sessões de Informação “Amigos na Demência” nos Centros geridos pela Sonae Sierra, nas quais são partilhadas as principais mensagens-chave sobre como podemos mudar a forma como pensamos, agimos e falamos sobre a Demência. Com entrada gratuita e aberta a toda a população, as primeiras sessões estão já marcadas para dia 8 de setembro, às 10h30, no Centro Colombo (salas de cinema) e no NorteShopping (Silo-Espaço Cultural). Para além destas sessões, a associação Alzheimer Portugal promove ainda Formações para Embaixadores “Amigos na Demência”, com o objetivo de formar voluntários para se juntarem à campanha e para se tornarem embaixadores, com a duração de cerca de 7 horas.

Nutrição
Mitos sobre a alimentação não faltam e alguns deles foram passados de geração em geração, até aos di
Mulher deitada na cama a tomar pequeno almoço

Comer fruta depois das refeições, engorda.

Não. O valor calórico de um alimento depende a sua concentração de nutrientes (proteínas, hidratos de carbono e gorduras), portanto é indiferente o momento em que é consumido. No entanto devemos ter algumas considerações:

Recomenda-se, numa dieta saudável e equilibrada, três peças de fruta por dia, se bem que apesar de ser um alimento muito rico em vitaminas, minerais e fibra, tem também açúcares simples de absorção rápida e se for consumido em excesso aumentam as calorias da dieta.

Como o aconselhado são três peças por dia, existem três momentos ideais para consumi-las: pequeno-almoço, meio da manhã (o nosso metabolismo está mais ativo e necessitamos de mais energia) e como snack ao lanche, já que pela sua quantidade de fibra, tem um efeito saciante, é por isso que muitas vezes não é aconselhado comer ao almoço e jantar, já que nestas incluímos vegetais que têm um efeito similar.

A partir da tarde o metabolismo torna-se mais lento, por isso muitos acreditam que jantando fruta vão emagrecer, mas é o contrário, porque ao consumir muita fruta não temos tempo para queimar as calorias ingeridas.

De qualquer forma, são uma alternativa mais nutritiva e baixa em calorias do que qualquer sobremesa rica em açúcares ou gorduras.

Beber sumo de laranja recém espremido para não perder as vitaminas.

Não. Para que haja uma diminuição considerável da vitamina C é preciso que se aqueça o sumo a 120ºC, algo que habitualmente não se faz uma vez que ele é bom ou natural ou frio. Outro fator relevante é a oxidação (deixar exposto ao O₂), mas já se mostrou que a vitamina se conserva perfeitamente até 12 horas, pelo que não é urgente consumi-lo mal acabe de ser espremido.

O chocolate preto não engorda. Comer muito chocolate faz com que surjam borbulhas.

Não. Nenhum alimento sozinho é a causa do aumento de peso, mas sim o excesso de calorias consumidas em relação ao que foi gasto. Se consumirmos mais do que necessitamos, o excesso é guardado em forma de gordura e essa acumulação tem como consequência o excesso de peso e mais à frente a obesidade. O chocolate é um alimento com alta densidade calórica devido ao seu alto teor de açúcar e gordura, por isso é importante ter em mente:

Que o chocolate preto com elevada percentagem de cacau, apesar de ter menos calorias que o chocolate de leite (a diferença é mínima), ao ser mais amargo dá-nos uma maior sensação de saciedade e controla-se melhor a quantidade consumida, além de que ao consumir mais cacau estamos a consumir mais antioxidantes.

Não há estudos científicos que demonstrem que o chocolate é a causa da acne. O aparecimento de borbulhas pode estar associado a mudanças hormonais ou genética. Recomenda-se uma alimentação baixa em gorduras saturadas e o chocolate seria mais um alimento numa lista de alimentos a controlar.

Misturar hidratos de carbono e proteínas engorda. 

Não. Como foi dito anteriormente o aumento de peso deve-se ao consumo excessivo de calorias e não à mistura de nutrientes como os hidratos de carbono e proteínas. Além disso, quase todos os alimentos que ingerimos são uma mistura de nutrientes. Por exemplo: os legumes, um alimento tão recomendado, têm uma elevada proporção de proteínas e de hidratos de carbono de absorção lenta. A chamada dieta dissociada é o que coloca este conceito em moda sem qualquer validação científica.

Os produtos integrais não engordam.

Não. Os produtos integrais costumam ter as mesmas calorias ou até, em alguns casos, um pouco mais que os não integrais. Por exemplo: no caso do pão a vantagem é ao ter mais fibra satisfaz mais, melhora o trânsito intestinal e fornece mais nutrientes. Engordar ou não dependerá da quantidade que consumimos.

Os produtos light emagrecem.

Não. A terminologia light não significa “sem”. Está relacionado com o facto da indústria ter reduzido uma percentagem de calorias, mas não significa que seja completamente sem açúcar ou sem gordura. Portanto, a sua utilização não é livre e muitas vezes leva ao erro de que se pode consumir as quantidades que se quiser.

Conclusão: os alimentos não engordam ou emagrecem, é a nossa alimentação e a atividade física que temos no dia a dia que é responsável pelo excesso ou não de peso.

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Ontem era saudável, hoje faz mal à saúde

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SNS
Existem mais 56 camas nos Cuidados Continuados Integrados na região de Lisboa, elevando para um total de 2.387 camas a...

A ARSLVT, o Instituto da Segurança Social e a Fundação António Manuel Figueiredo Sardinha (FAS) assinaram, no passado dia 3 de setembro, dois novos contratos programa nas tipologias Média Duração e Reabilitação e Longa Duração e Manutenção.

A FAS, situada no concelho de Sintra, passa a integrar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) com a Unidade de Cuidados Continuados Integrados «Casa do Sagrado Coração de Jesus», com um total de 56 camas distribuídas pelas seguintes tipologias: 30 camas de Unidade de Longa Duração e Manutenção (ULDM) e 26 camas de Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR).

Assim, a região de Lisboa e Vale do Tejo passa a contar, a partir de agora, com 2.387 camas de internamento neste nível intermédio de cuidados de saúde e apoio social

As Unidades de Internamento de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) têm por objetivo a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência, permitindo a promoção da reabilitação, estabilização clinica e autonomia dos doentes.

 

Hospitais
No ano de 2018, o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) conseguiu reduzir em 10% a Lista de Inscritos em Cirurgia,...

Estes dados surgem no Relatório Anual de Acesso a Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), da Administração Central do Sistema de Saúde.

O documento espelha também que, na Região de Lisboa e Vale do Tejo, o CHMT é o hospital público com melhor desempenho na Mediana do Tempo de Espera, com o valor de referência de cerca de 3 meses, o que representa uma redução de 14% em 2018 face ao ano anterior.

No registo de acesso relativo a doente operado padrão, o CHMT apresenta no ano de 2018 um total de 6.579 doentes, o que representa um aumento de 2,8% de doentes padrão operados, com uma Mediana de Tempo de Espera de 3,4 meses.

Estes números refletem o crescente acesso aos cuidados de saúde e a dinâmica de qualidade visíveis no desempenho assistencial do CHMT.

Os resultados do relatório evidenciam, igualmente, a vitalidade dos valores do SNS, que acompanham a criação constante de melhores condições de acesso aos cuidados de saúde a toda a população.

 

Infarmed e DGS
A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e a Direção-geral da Saúde (DGS) querem perceber por que...

Em oito anos, o consumo de analgésicos opioides mais do que duplicou em Portugal. A notícia foi avançada  pela TSF.

De acordo com os dados apresentados, só no último ano consumiram-se através do Serviço Nacional de Saúde (SNS) 3.685 milhões de embalagens, um aumento de 141% em comparação com os 1.532 milhões de embalagens de 2010.

À TSF, o Infarmed admite que o consumo destes medicamentos, tem vindo a crescer sem exceções, todos os anos.

Por isso, a entidade está a trabalhar com a Direção-geral de Saúde para perceber as causas deste aumento nos consumos de analgésicos feitos com ópio, numa altura em que se sabe que há mais pessoas seguidas no SNS por recaírem no consumo de drogas e álcool.

A notícia da TSF recorda ainda que, no início de 2017, o Infarmed já havia alertado para um enorme aumento do consumo de opiáceos, com o presidente à época, Henrique Luz Rodrigues, a dizer que se tratava de algo "preocupante".

Os medicamentos opióides são utilizados sobretudo por médicos que tratam doentes com cancro ou doenças degenerativas em que os analgésicos comuns não aliviam a dor. Em 2017, Ana Bernardo, vice-presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, em declarações ao jornal i, dizia acreditar que a situação portuguesa estaria longe de qualquer epidemia. "Tínhamos um atraso na utilização destes medicamentos no controlo da dor e havia registo de doentes que andavam 30 anos com dores antes de iniciarem tratamentos", disse.

Médicos e farmacêutica condenados nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, um tribunal condenou este ano a farmacêutica Johnson & Johnson a pagar 515 milhões de euros ao estado de Oklahoma pela responsabilidade na crise dos opiáceos, que provocou milhares de mortes, nomeadamente por overdose, entre 1999 e 2017.

Vários médicos e entidades têm sido obrigadas a prestar contas na Justiça norte-americana devido à epidemia de opioides.

Esta é uma das principais causas da primeira queda durante dois anos consecutivos na esperança médica de vida do país, que aumentava nos Estados Unidos desde o início dos anos 1960.

Em 2016, mais de 63 mil pessoas morreram em território norte-americano devido a overdoses provocadas pelo consumo de drogas. São cerca de 174 mortes por dia, de acordo com os Centros para Controlo e Prevenção de Doenças.

 

Medidas de prevenção
A lombalgia atinge cerca de 50% das mulheres grávidas, sobretudo a partir do 2º trimestre de gravidez, na sequência do aumento...

Durante a gravidez o corpo da mulher passa por inúmeras alterações físicas. Consequentemente, podem ocorrer dores localizadas ou generalizadas, que aparecem e desaparecem, ou que persistem ao longo de toda a gravidez. Uma das dores mais comuns durante o período de gestação é a dor nas costas.

A lombalgia está associada a limitações funcionais, que obrigam a alterações de rotina e do estilo de vida, mais evidentes à medida que a gestação vai progredindo.

“A dor nas costas pode representar uma situação grave quando não melhora com repouso e se torna intensa. É importante que as grávidas conversem sobre o tema com o seu médico para que seja possível fazer um diagnóstico atempado e, consequentemente, iniciar o tratamento mais adequado”, salienta Ana Pedro, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED).

A lombalgia não deve ser ignorada, já que acarreta inúmeros prejuízos para a qualidade de vida e para a saúde, afetando a qualidade do sono, a disposição no dia-a-dia, o desempenho profissional, a vida social e as atividades de lazer, além dos elevados encargos financeiros associados.

A especialista acrescenta ainda que “Praticar exercícios de relaxamento e alongamentos, evitar levantar pesos e sapatos de salto alto, não permanecer muito tempo de pé, corrigir a postura na cama e ao sentar-se são algumas das estratégias simples que as grávidas podem adotar para corrigir a postura e evitar as dores nas costas”.

A lombalgia é uma perturbação muito frequente que afeta 80% das pessoas em algum momento das suas vidas. Define-se como dor ou desconforto localizado na zona lombar das costas e da coluna vertebral, com ou sem irradiação para as extremidades inferiores. É uma das principais causas de faltas ao trabalho por doença e a segunda razão mais frequente de consulta médica.

À semelhança das outras condições de dor crónica, a dor lombar é uma perturbação muito complexa. As causas físicas mais frequentes incluem doenças ou lesões nos músculos, ossos e/ou nervos da medula espinal. No entanto, a dor lombar é atribuída a uma causa clara apenas em menos de 20% dos casos. É essencial um diagnóstico abrangente e minucioso a cada doente específico para se providenciar um tratamento e acompanhamento adequados.

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
Os cadernos já estão a postos, os estojos completos, os livros comprados. Mas o regresso às aulas não se faz apenas de material...

É este o conselho de Sandra Barrão, oftalmologista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, até porque “a falta de interesse e dificuldade de aprendizagem, por vezes incorretamente entendida como incapacidade ‘natural’ do aluno para aprender (preguiça ou pouca vontade de estudar), pode ter como fator desencadeante um problema de visão. A dificuldade em ver pode prejudicar o desenvolvimento, a adaptação e o relacionamento com os outros, no ambiente escolar”.

De acordo com a oftalmologista, “estas avaliações oftalmológicas devem ser feitas por um oftalmologista, porque não se resume apenas a quantificar visões e receber óculos, se necessário, mas a fazer uma avaliação da globalidade da situação oftalmológica da criança”.

“Os erros refrativos são as doenças dos olhos que mais afetam as crianças - miopia, hipermetropia e astigmatismo, seguindo-se o estrabismo”, refere a médica. “A deteção precoce dessas situações e o seu tratamento correto tem um papel preponderante no combate à visão baixa”, acrescenta. “Quanto mais cedo se detetar uma deficiência, maior é a probabilidade de resolução da baixa visão, já que o olho humano atinge o desenvolvimento funcional por volta dos 10 anos de idade.

É logo a partir dos três, quatro anos, que os rastreios visuais devem começar a ser feitos, ainda que, refere Sandra Barrão, “idealmente, deve ser feito o primeiro rastreio entre os 12 e os 18 meses, altura em que o oftalmologista tem possibilidade de detetar e corrigir alguns fatores ambliogénicos (causadores de baixa visão). O protocolo de avaliação está adaptado para diferentes idades, os pontos a serem objetivados de forma a obter o máximo de informações possíveis na idade em questão”.

Estar atento é fundamental, até porque “os sintomas de deficiência visual nem sempre estão presentes. Há crianças que não apresentam qualquer tipo de sinal ou marca, principalmente aquelas em que um dos olhos vê mal, por pequenos estrabismos ou por anisometropia (diferença de graduação entre os dois olhos)”.

Olhos vermelhos, lacrimejo, prurido ocular, piscar muito os olhos, franzir os olhos e a testa, ter sensibilidade à luz, dores de cabeça, queixas de que vê desfocado, mal definido ou dobrado, perda de interesse em atividades em que o esforço é visual (ler, desenhar, colorir), posicionamento estranho a ler, aproximar muito ou afastar os objetos ou o que está a ser lido, fechar ou tapar os olhos com alguma frequência, confundir letras, são sinais que podem indiciar problemas de visão.

Para além dos rastreios, há que ter atenção às condições em que a leitura é feita, sobretudo no que diz respeito à iluminação correta da leitura local, à altura da cadeira, evitar maus posicionamentos, como ler a barriga para baixo (a distância de leitura deve ser de 30 a 40 cm). “Quando estamos a fixar um monitor de computador, os olhos devem estar num nível superior (10 a 20°) do centro do mesmo; se estamos a ver televisão, a distância deve ser cinco vezes superior à largura do ecrã; a posição dos aparelhos deve ser escolhida para evitar reflexos (focos de luz, janelas, etc.) e as pausas para descanso visual são muito importantes.”

Prémios
Portugal é o país que mais prémios arrecadou na 3.ª edição dos prémios EIT Health InnoStars Awards 2019, com cinco start-ups...

As 15 start-ups vencedoras dos InnoStars Awards 2019 foram selecionadas de entre 116 concorrentes de países do Centro, Leste e Sul da Europa que integram o esquema de inovacao regional - Regional Innovation Scheme (RIS) -, um programa Europeu que pretende apoiar as regiões que têm níveis mais moderados de inovação do que outros países europeus no que diz respeito ao desenvolvimento de inovação no setor de saúde e outros setores.

No grupo distinguido, além das cinco empresas oriundas de Portugal, encontram-se duas start-ups da Polónia, duas da Hungria e duas da Letónia, uma da República Checa, uma da Lituânia, uma de Itália e uma da Roménia.

As start-ups vencedoras vão receber financiamento, mentoria individual durante quatro meses e têm ainda a oportunidade de participar em dois bootcamps na Europa. O EIT Health InnoStars também proporciona aos vencedores do prémio encontros com potenciais clientes, investidores e parceiros. Após o programa de quatro meses são escolhidos dez finalistas para o pitch final do InnoStars Awards, em novembro, onde estarão a concurso três prémios, correspondendo a um financiamento adicional de €25.000, €15.000 e €10.000.

O programa InnoStars Awards está aberto a micro e pequenas empresas, spin-offs e start-ups que já tenham um protótipo ou um produto mínimo viável -Minimal viable product (MVP). Todos os concorrentes têm de pertencer a países do RIS, onde se concentra um forte talento tendo em conta o crescente número de candidaturas qualificáveis.

“Temos excelentes equipas científicas a nascer em Portugal, nos países do Mediterrâneo e na  Europa de Leste”, afirma Nuno Viegas, Business Creation Manager do EIT Health InnoStars." O InnoStars Awards proporciona fundos às start-ups desses países que lhes permite validar as suas soluções de saúde, formação sobre como criar um plano de negócio e é ainda uma oportunidade de entrar em contacto com investidores e chegar a mentores especialistas noutras regiões da Europa, que podem partilhar a sua rede e experiência", acrescenta.

Conheça os vencedores portugues InnoStars Award 2019

B-CULTURE: start-up portuguesa que desenvolve modelos de tecido humano in-vitro em 4D para testar medicamentos. Oferece uma solução eficiente e ética para screening e validação dos compostos e implantes para as industrias farmacêutica, dentária e biomédica.

BRIGHT - Beyond Research and Information Graphics for Health and Technology: uma empresa portuguesa inovadora que desenvolveu o projeto Serious Games for Health, que ajuda os doentes a gerir a sua doença e promove a adesão à terapêutica.

HydrUStent: start-up portuguesa focada no desenvolvimento de dispositivos médicos inovadores baseados em necessidades médicas, que junta uma equipa altamente capacitada com diferentes percursos, da medicina à engenharia e ciência dos biomateriais. A empresa está a desenvolver uma tecnologia de teste portátil, wireless e menos invasiva na área da urologia, que permite a monitorização contínua e a longo prazo das pressões intra-urinárias. Isto impacta positivamente a vida dos doentes, ao reduzir o desconforto associado a este tipo de testes, atualmente realizados apenas em ambiente médico..

SurgeonMate: tecnológica portuguesa focada no desenvolvimento de solução técnicas que visam melhorar as condições de trabalho dos prestadores de saúde. Desenvolveram e patentearam uma solução têxtil para ser usada pelos profissionais prestadores de cuidados de saúde enquanto trabalham em locais onde o frio é problemático e existe uma fonte potencial de desconforto.

TimeUp: equipa portuguesa que trabalha no desenvolvimento de um dispositivo médico que pode ser usado para monitorizar e detetar a presença de bactérias na urina, alertando profissionais de saúde sobre o potencial desenvolvimento de uma infeção.

Sexualidade
Problemas de autoestima ou de autoimagem estão muitas vezes associados aos tabus relacionados com a

Desde muito cedo que a mulher, ou quando menstrua, ou quando inicia a atividade sexual recorre a um ginecologista. Na maior parte das vezes estas consultas servem meramente para prescrever um anticoncecional e para alertar e bem, sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST). Raras são as vezes que o profissional de saúde aborda a mulher como um todo e apenas lhe dá “ferramentas” para evitar uma gravidez, ou até mesmo uma doença, mas ninguém lhe diz como tirar o maior proveito dela própria.

Tendo em conta que a Organização Mundial de Saúde (OMS) refere que a saúde sexual é amplamente entendida como um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade, então porque é que na maior parte das vezes abordar o tema da sexualidade é motivo de constrangimento, de risinhos e embaraços? Quando na sua génese a sexualidade é tida como uma energia que motiva na procura do amor, do contacto, da ternura e da intimidade (…) que se integra no modo como sentimos, movemos, tocamos e somos tocados, é ser sensual e sexual ao mesmo tempo, influenciando por isso a saúde física e mental.

Apesar de estarmos num século que se diz evoluído, questões há que ainda se arrastam e perduram no tempo. Muitas são as mulheres que nunca viram, ou tiveram curiosidade em saber como era a vagina/vulva, tantas outras que se recusam a explorá-la. Estando estes comportamentos presos a questões de carácter religioso e sociocultural. Desde cedo é dito às meninas “não mexas aí”, “vê lá como te sentas”, alimentando por isso a ideia de que não devemos mesmo tocar e/ou explorar o que de mais íntimo e nosso temos… O sexo é visto ainda por muitos como o maior pecado do ser humano, quando o corpo humano é feito também para isso. Havendo ainda, erradamente, uma definição de homem, e uma definição de mulher que ditam o comportamento sexual de cada um.

Ao longo da minha carreira profissional, quase que posso dizer que foram mais as mulheres que afirmaram não conhecer o corpo, ou que nunca tinham experienciado um orgasmo, do que as que sabiam do que se tratava. Quase que há um boicote na sensação de atração sexual. O corpo tem estímulos sexuais quando se excita, quando é tocado, quando prevê a possibilidade de usufruir de todo aquele conjunto de sensações… mas se a mulher não o conhece, rapidamente deixa de sentir todos esses estímulos e consequentemente a necessidade de sentir prazer, e obedece de imediato ao que a mente diz.

Mente e corpo têm necessidades distintas, sendo que é a primeira que controla o corpo. E o corpo precisa de ver as suas necessidades básicas satisfeitas: necessidade de comer, de beber, de dormir, de ter sexo. Todas são normais e facilmente satisfeitas. O problema reside quando a mente assume que essas não são necessidades prioritárias, tornando-se por isso mais difícil ainda de lidar com o corpo e com a sexualidade, sendo por isso urgente libertar o corpo da tirania da mente (Ruiz, 2014).

O primeiro passo consiste em desmistificar os comportamentos, quebrando a ideia do

certo e errado entre homens e mulheres. Quebrando o tabu da sexualidade, a fim de que possa ser abordado sem leviandade e com toda a atenção e respeito que merece. É importante que a mulher reconheça o seu corpo, como um centro de prazer, numa primeira instância para ela própria, quebrando as crenças de que tocar, de que se masturbar é um ato normal, livre do pecado; e que possa usufruir desse prazer com quem ela achar conveniente.

É urgente a educação sexual ser encarada com seriedade, uma vez que vivemos numa sociedade em constante evolução, em que somos confrontados com evolução tecnológica, com uma relação entre pares cada vez mais entre telas de computador e telemóvel, temos um crescente aumento de um comportamento social cada vez mais individualista que busca o prazer em relações instantâneas e desprovidas de afeto. Onde o mais importante é a imagem que é passada e vista pelos outros, independentemente se há uma consciência emocional sobre o próprio corpo. Resultando quase que no imediato em problemas de autoestima, de autoimagem que em muitas vezes caiem em transtornos emocionais graves.

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Evento
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai promover o primeiro encontro nacional de sobreviventes de...

“Ao apresentar histórias de vida de pessoas que sobreviveram ao enfarte, acreditamos estar a contribuir para o reconhecimento da importância da atuação face aos sintomas desta doença e a reforçar o papel decisivo da mudança de estilos de vida”, explica João Brum da Silveira, presidente da APIC.

Além da partilha de testemunhos de sobreviventes, a iniciativa vai contar também com palestras sobre o enfarte agudo do miocárdio, como continuar a viver após a doença, e a alimentação como fator decisivo na prevenção da doença coronária, ministradas por médicos, enfermeiros, fisiatras e nutricionistas.

O enfarte agudo do miocárdio surge quando uma das artérias do coração fica obstruída, fazendo com que parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e de nutrientes. Dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são sintomas de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Não os ignore. Ligue rapidamente 112 e siga as instruções que lhe forem dadas.

A participação nesta iniciativa é gratuita, mediante inscrição para o email [email protected].

Para prevenir o enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar, reduzir o colesterol, controlar a tensão arterial e a diabetes, fazer uma alimentação saudável, praticar exercício físico, vigiar o peso e evitar o stress. Para mais informações sobre o enfarte consulte www.cadasegundoconta.pt.

 

Bactérias
A listeriose é uma doença zoonótica (transmitida dos animais ao Homem) causada pela bactéria Listeri
Porcos e galinhas no campo

A transmissão está habitualmente associada ao consumo de alimentos. Apesar de pouco frequente, esta infeção é uma doença grave, em grupos de risco nos quais se incluem, grávidas, recém-nascidos, idosos (acima de 65 anos), diabéticos insulinodependentes, dialisados e imunodeprimidos.

“A listeriose apresenta taxas elevadas de mortalidade (15 a 30 %) e de hospitalização (superior a 90%). A principal via de transmissão da bactéria é a alimentar podendo ocorrer a transmissão por via direta da mulher grávida para o feto durante a gravidez ou no parto, e dos animais para o grupo de profissionais que com eles contactam”, referem Margarida Saraiva e a Cristina Belo Correia, responsáveis pelos Laboratórios de Microbiologia do Departamento de Alimentação e Nutrição (DAN) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

As mesmas fontes relembram, contudo, que “a maioria dos alimentos prontos para consumo, isto é, os que habitualmente são consumidos sem qualquer tratamento térmico podem estar contaminados com Listeria monocytogenes, mas o nível e a frequência da sua presença nos alimentos prontos para consumo é baixa. Os mais favoráveis à contaminação são aqueles que têm um prazo de vida útil prolongado, e nos quais a bactéria se pode desenvolver quando as regras de conservação (temperatura/tempo) ou de preparação descritas no rótulo não são cumpridas, incluindo”:

  • Queijos fabricado com leite cru;
  • Carnes e peixes crus e fumados;
  • Saladas de frutas e/ou de produtos hortícolas;
  • Patés e enchidos

“A maioria dos adultos saudáveis não desenvolve doença após contacto, mas quando afeta grupos sensíveis pode manifestar-se através de sintomas semelhantes aos de uma gripe (febre, dores musculares, náuseas e diarreia) 1 a 2 dias após o consumo do alimento contaminado”, acrescentam as microbiologistas do DAN”. “Mais tarde, 2 a 4 semanas após o período de incubação, podem ocorrer sintomas mais graves como septicemia, meningite ou encefalite e o quadro clínico evoluir tornando-se mais severo. No caso particular das mulheres grávidas infetadas com Listeria monocytogenes, poderão evidenciar, apenas um síndrome gripal ou uma manifestação precoce da infeção que poderá provocar um aborto, um nado-morto, um parto prematuro ou uma infeção severa do recém-nascido.”

O diagnóstico laboratorial da listeriose pode efetuar-se através de análises ao sangue, placenta, líquido cefalorraquidiano ou outras amostras biológicas(1). No tratamento da listeriose recorre-se à utilização de antibióticos e a tratamento sintomático de acordo com a apresentação da doença. Na grávida, um diagnóstico e tratamento atempados podem prevenir a infeção no feto ou no recém-nascido (1).

A prevenção é fundamental para evitar a infeção por listeriose destacam as microbiologistas do DAN. “Falamos de recomendações muito concretas dirigidas aos consumidores que pertencem a grupos de risco”:

Não devem ser consumidos:

  • Produtos fabricados com leite cru (ex. queijos principalmente de pasta mole);
  • Carnes e peixes crus e “mal passados" (ex. sushi, carpaccio, rosbife);
  • Enchidos e fumados crus (ex. presunto, salmão fumado e chouriço);
  • Patés e produtos de charcutaria fatiados e refrigerados;
  • Sandes pré-embaladas;
  • Sumos de fruta e produtos hortícolas não pasteurizados, saladas de fruta (incluindo melão), saladas de vegetais;
  • Rebentos crus

E devem seguir regras básicas de higiene:

  • Regular o frigorífico para uma temperatura inferior ou igual a 5 oC, para os alimentos que devem ser conservados no frio;
  • Conservar, verificar e cumprir a temperatura de conservação dos alimentos. Refrigerar ou congelar alimentos perecíveis e mantê-los à temperatura ambiente o mínimo de tempo possível;
  • Lavar as mãos sempre que contactem com alimentos não cozinhados e antes de manusearem alimentos prontos a consumir;
  • Lavar os vegetais e as frutas antes de os descascar;
  • Lavar facas, tábuas, bancadas da cozinha e utensílios de preparação de alimentos, tendo especial atenção aos que contactaram com alimentos crus.
  • Separar alimentos prontos a consumir de alimentos crus e de superfícies não higienizadas;
  • Cozinhar bem os alimentos, especialmente carne e peixe a uma temperatura superior ou igual a 65 oC;
  • Reaquecer os alimentos a uma temperatura superior ou igual a 70 oC.”

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Parasitoses intestinais

Febre da carraça

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Especialistas
O Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna (SPMI) vai organizar a 18 e 19 de...

“Atualmente temos 1 milhão de casos de diabetes diagnosticados em Portugal e outros 500 mil por diagnosticar, segundo dados do Observatório Nacional da Diabetes, que estima que este número venha a aumentar nos próximos anos, afirma Mónica Reis, presidente da comissão organizadora.

E desenvolve: “Perante este cenário, é imperativo juntar os internistas e restante comunidade médica e científica que trabalha com a diabetes diariamente, no sentido de identificar as melhores soluções de diagnóstico, tratamento e controlo desta doença crónica, por forma a reduzir cada vez mais o impacto que esta tem na qualidade de vida dos pacientes”.

O principal destaque desta edição recai sobre a realização do 1º Simposium Ibérico de Medicina Interna e Diabetes, que junta diversas personalidades que trabalham no âmbito da diabetologia em Portugal e Espanha para discutir tópicos como a relação da diabetes com a insuficiência cardíaca, a nefroproteção em diabetes ou a utilização das novas tecnologias no tratamento e acompanhamento desta patologia.

A 14ª Reunião Anual do NEDM vai contar ainda com a realização de dois cursos pré-reunião no dia 17 de outubro: um sobre nutrição clínica e outro centrado na temática da insulinoterapia.

A submissão de resumos e inscrições são feitas online, através do seguinte link: https://www.spmi.pt/14a-reuniao-anual-do-nedm/

Principais benefícios
A atenção plena ou mindfulness é uma das técnicas para combater os problemas de produtividade, de acordo com a Adecco Training,...

O mindfulness é um recurso que consiste em ensinar o cérebro a concentrar-se numa única função, de modo a poder dedicar atenção total. Original do budismo, tornou-se nos últimos 30 anos um dos métodos de meditação mais utilizados no Ocidente e com resultados mais eficazes a nível pessoal e profissional.

Em Portugal, a prática de mindulness é ainda pouco habitual entre as empresas.  A Adecco Training reuniu os resultados dos inúmeros cursos de formação que ministrou nos últimos anos, através de inquéritos a empresas e trabalhadores, demonstrando que a prática desta nova técnica de formação pode aumentar a produtividade dos trabalhadores em 20%. Este valor decorre do cálculo que afirma que cada trabalhador perde diariamente, em média, uma hora e meia em distrações. Isso significa oito horas por semana ou, no final, 20% do seu dia de trabalho.

Por essa razão, os principais benefícios do mindfulness são os seguintes:

  • Melhoria de desempenho: aumenta e melhora o raciocínio verbal e a memória. É, portanto, uma boa ferramenta para expandir as funções cognitivas.
  • Facilita a recuperação do stress: reduz os níveis de stress dos trabalhadores e reduz os tempos de recuperação após um período de stress.
  • Facilita o trabalho: a prática contínua de mindfulness torna as pessoas menos críticas em relação às outras e melhora sua capacidade de ouvir, melhorando assim a relação entre os parceiros.
  • Diminui as baixas por incapacidade temporária: não apenas aquelas relacionadas ao stress, mas também às causadas por resfriados e infecções respiratórias, à medida que a sua gravidade diminui.
  • Melhora a inteligência emocional: ajuda a controlar a dor e as emoções de forma mais eficaz.
  • Aumentar a eficiência: aumentando a concentração e a atenção, a memória e a gestão emocional, o trabalhador sentir-se-á muito mais hábil na tomada de decisões e isso torna-o uma pessoa mais produtiva e eficaz no trabalho.

A Adecco Training conclui que o mindfulness ajuda os trabalhadores a serem mais calmos, mais focados, mais saudáveis, com maior controlo das suas emoções e com melhor memória. Tudo isso torna as pessoas mais produtivas e felizes no seu trabalho.

Saúde da mulher
Mais frequente entre o segundo e o terceiro trimestre de gravidez, a anemia atinge mais de 30% das g
Mulher grávida em jardim encostada a tronco de árvore

Caracterizada por uma diminuição de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina – proteína que transporta o oxigénio - no sangue, estima-se que a anemia atinja cerca de um quarto da população mundial. 

Na mulher grávida esta condição clínica é bastante comum no segundo e no terceiro trimestre de gestação, pelo que “deve ser objetivo do médico que segue a gravidez que a anemia não ocorra”, evitando as complicações associadas.

Embora a anemia possa ter várias causas, uma vez que esta ocorre sempre que o corpo humano não dispõe dos glóbulos vermelhos necessários ao seu normal funcionamento, quer por menor produção na medula óssea, quer por excessiva perda ou destruição – o que pode acontecer na sequência de doença crónica, doenças intestinais ou prática intensa de atividade física, por exemplo –, durante a gravidez a causa mais frequente é a ferropénia, ou seja, a falta ou défice de ferro.

De acordo com João Mairos, ginecologista membro do Anemia Working Group Portugal, a anemia na mulher grávida pode ocorrer ainda como consequência de outros distúrbios sanguíneos, como é o caso da talassémia ou a drepanocitose, ou por deficiência de vitamina B12 e ácido fólico.

“Os principais sintomas da anemia são a sensação de falta de energia, fadiga, baixa capacidade de concentração, redução da capacidade de trabalho e sensação de desmaio”, descreve o médico alertando para o facto de que alguns destes sintomas podem estar “associados à gravidez por razões diferentes”. A verdade é que, em fases iniciais, estas manifestações podem ser facilmente confundidas pelo que se reforça a importância do seu diagnóstico. 

“No seguimento da gravidez o médico efetua o rastreio da anemia por intermédio de análises ao sangue, uma vez por trimestre, e, idealmente, previamente à gestação em consulta pré-concepcional (e que deverá ocorrer cerca de 2 meses antes de iniciar as tentativas de gravidez”, explica o especialista. Este rastreio deve incluir um hemograma e a determinação de ferritina que permite avaliar os depósitos de ferro no organismo. “A importância desta prática deve-se a poder atuar precocemente, evitando a causa mais comum de anemia e que é o défice de ferro”, justifica.

Quanto ao tratamento, o especialista admite que “na maior parte das vezes a anemia na gravidez trata-se com ferro e ácido fólico”, no entanto, este depende das causas associadas. Quando se confirma, por análises ao sangue, que a anemia é provocada por insuficiência de ferro, o tratamento passa pela administração de suplementos de ferro, por via oral ou injetável. O mesmo se aplica à deficiência em vitamina B-12 que poderá ser corrigida mediante a suplementação.

De acordo com o médico, “as transfusões de sangue reservam-se para situações de emergência, habitualmente associadas ao parto”. É que apesar de frequente, quando não tratada, a anemia apresenta alguns riscos, quer para a mãe quer para o bebé.

“Entre os riscos para a grávida encontra-se o parto pré-termo (parto que ocorre antes das 37 semanas), sensação de cansaço, menor produção de leite ou menor período de aleitamento, e risco aumentado de ser submetida a transfusão de sangue na sequência do parto”, explica João Mairos. Para o bebé: “pode ocorrer restrição de crescimento, pode nascer com baixo peso e o risco de morte fetal está aumentado”.

Deste modo, é fundamental que a grávida, para além da alimentação adequada, cumpra a suplementação indicada pelo médico assistente “nas doses certas e com os medicamentos adequados”, uma vez que estes podem ter uma natureza diferente e são prescritos em função da sua resposta à medicação.

No que diz respeito à alimentação, o especialista relembra que esta deve incluir alimentos ricos em ferro – como a carne de vaca, porco, aves e peixe. Contudo, reforça que “a baixa taxa de absorção de ferro pelo organismo, associada às necessidades particularmente aumentadas de ferro na gravidez conduzem à necessidade de suplementar com ferro oral a maioria das grávidas”.

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Obstipação na gravidez

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Análise genómica
Estudo pioneiro consegue demonstrar que a análise dos perfis moleculares são úteis para melhorar as opções terapêuticas de...

A OncoDNA, companhia especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro, participou num estudo pioneiro sobre a utilidade e o potencial impacto dos perfis moleculares em doentes oncológicos. Os resultados foram publicados nos Anais de Oncologia Clínica, num artigo desenvolvido pela equipa de Ezzeldin M. Ibrahim, diretor da área de Oncologia do Centro Médico Internacional de Jeddah.

Através da colaboração entre ambas as partes, foram perfilados os tecidos tumorais de 50 doentes adultos altamente tratados, maioritariamente do sexo feminino (76%), com uma idade média de 56 anos, com cancro metastático refratário. Mais de metade dos casos analisados teve origem em mama, pulmão e ovário, e em 88% deles, pelo menos uma alteração genética foi detetada por meio da análise genómica da biópsia de tecido.

Os resultados dos estudos moleculares realizados orientaram de forma personalizada o tratamento de 58% dos doentes incluídos no estudo. A sobrevida livre de progressão média (PFS) foi de 12 meses nos doentes tratados com base nos resultados do perfil molecular contra 5,2 meses nos doentes em que as recomendações do estudo não foram seguidas. Além disso, os dados apresentados indicam uma redução de 68% do risco de progressão no grupo de doentes tratados com base nos resultados do estudo genómico.

Segundo oEzzeldin M. Ibrahim, “Muito poucos ensaios atingiram uma percentagem tão alta de doentes tratados com a terapia recomendada: 54%, comparados com menos de 20% noutros estudos. Vimos que, quando as recomendações dos perfis moleculares são seguidas, há um impacto muito claro na evolução do cancro. Assim, a resposta provavelmente será mais positiva se realizarmos a análise precocemente e fornecermos ao doente o tratamento mais adequado de acordo com os resultados obtidos”.

Metodologia

O perfil tumoral dos doentes realizou-se com o tecido embebido em parafina e formalina fixa, utilizando diversas plataformas genómicas atualmente disponíveis no mercado. A ferramenta mais utilizada foi o OncoDEEP v.5, uma plataforma de sequenciamento de última geração (NGS) de 75 genes (que agora foi expandida para 313) que combina análise de ADN e outros testes, como expressão de proteínas e fosforilação. O seu objetivo é fornecer novas informações sobre a biologia do tumor e, assim, ser capaz de ajudar o oncologista a encontrar uma terapia que demonstre maior eficácia para aquele doente em particular.

Exemplo de caso que demonstra o potencial benefício

Este trabalho inclui estudos de caso, como o de uma mulher de 56 anos que sofreu cancro da mama em 2008, sem recorrência, e cancro endometrial precoce em 2010, também tratado com sucesso. Em 2017, foi descoberto um cancro de bexiga com metástases pulmonares, que foi tratado com carboplatina sem sucesso. Realizou-se um perfil através de uma biópsia pulmonar, na qual uma mutação BRCA2 foi identificada. Naquela altura, iniciou-se o tratamento com olaparibe, um inibidor da PARP, alcançando uma remissão duradoura de 13 meses.

O estudo conclui que as análises genómicas são úteis para melhorar as opções terapêuticas de doentes com cancro, marcando futuros desafios: desenvolvimento de plataformas cada vez mais eficientes, biomarcadores mais confiáveis que ajudem a selecionar candidatos apropriados e encontrar fórmulas apropriadas para perfis moleculares que sejam de acesso universal.

Infarmed
A Neutrogena está a retirar do mercado dois dispositivos médicos - "Neutrogena Visibly Clear Máscara de Fototerapia...

O dispositivo médico "Neutrogena Visibly Clear Máscara de Fototerapia Antiacne" abrangido pela ação de recolha iniciada pela Neutrogena é constituído por uma máscara facial e um ativador sem fios e está indicado para o tratamento da acne facial ligeira a moderada. Trata-se de um produto reutilizável e não-invasivo de utilização doméstica, tendo como fonte de energia 4 pilhas AA. Também o dispositivo médico "Neutrogena Visibly Clear Ativador da Máscara de Fototerapia Antiacne"-que contém apenas o ativador e é comercializado separadamente para substituir o ativador disponibilizado com a máscara - está a ser abrangido pela ação da marca que pertence aos laboratórios da Johnson & Johnson.

A informação é avançada pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed). Os dois equipamentos já foram retirados de comercialização em outros países, nomeadamente nos Estados Unidos, onde a empresa tem a sua sede mundial.

Esta recolha decorre como medida de precaução uma vez que a marca terá recebido "notificações de eventos visuais adversos". Por outro lado, "o crescimento da discussão científica em torno da segurança da utilização da luz azul" levou a marca a optar por retirar os aparelhos do mercado.

O Infarmed esclarece que "estes efeitos adversos são raros, geralmente ligeiros e transitórios". "Existe um risco teórico de lesão ocular para uma amostra reduzida da população com determinadas patologias oculares subjacentes, como retinite pigmentosa, albinismo ocular, doenças congénitas da retina, bem como para utilizadores que tomem medicamentos que possam potenciar a fotossensibilidade".

A Autoridade Nacional do Medicamento aconselha a que, caso registe algum incidente relacionado com o produto, entre em contacto com a Unidade de Vigilância de Produtos de Saúde do Infarmed.

 

Opinião
A neuropatia ótica hereditária de Leber (NOHL) é uma doença progressiva e rara, que causa uma perda
Rapaz em consulta de oftalmologia

Os doentes com NOHL não têm qualquer sintoma até começarem a apresentar um quadro com visão turva central. Em cerca de 75 por cento dos casos regista-se perda de acuidade visual num só olho, seguindo-se um processo semelhante no outro olho seis a oito semanas mais tarde. Em alguns casos, ambos os olhos podem ser afetados em simultâneo.

O início dos sintomas ocorre, tipicamente, entre os 15 e os 35 anos. Porém, já foram relatados sinais da doença em outras idades.

Estima-se que 80 a 90 por cento dos doentes afetados sejam homens. Não existe ainda uma explicação para tal assimetria, mas pensa-se que as hormonas femininas possam exercer um efeito protetor.

É importante lembrar que, por ser uma doença hereditária, a NOHL pode afetar vários membros da mesma família. A doença é causada por mutações no ADN mitocondrial e é transmitida exclusivamente via linhagem genética materna.

Sabendo-se da existência de algum caso da doença na família, é essencial que se faça um aconselhamento genético. Os portadores da mutação no ADN mitocondrial devem ter atenção ao seu estilo de vida e alterar comportamentos menos saudáveis, de forma a reduzir o risco de perda de visão.

Os fatores de risco que podem levar os portadores de NOHL a desenvolver perda de visão são: tabagismo, consumo de álcool em excesso, stress, doenças agudas ou tóxicos para a mitocôndria.

Atualmente, o diagnóstico de NOHL é um dos principais problemas associados a esta doença, isto porque a comunidade médica não está suficientemente consciencializada para o problema, o que pode levar à demora no diagnóstico, ou até mesmo ao incorreto diagnóstico.

O importante aqui é estar atento aos primeiros sinais. Não se esqueça que onde há um doente com NOHL, existe uma família em risco. Fale com o seu médico.

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Doença de LHON: perda de visão é irreversível e não escolhe idades

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