Saúde
O Ministério da Saúde afirma que vai manter o investimento efetuado “no reforço da reserva estratégica nacional, no reforço da...

Referindo-se aos desafios e adversidades que a pandemia tem obrigado o país a enfrentar, Jamila Madeira afirmou que o Governo avançou já “para a preparação da próxima época gripal, garantindo a maior compra de sempre de vacinas contra a gripe em Portugal”, com cerca de 2 milhões de vacinas, valor que representa um aumento de 38%.

“Hoje sabemos que não podemos perder o foco, nem esquecer que estamos no meio de uma pandemia”, acrescentou. 

Por sua vez, a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, referiu que o número de testes de diagnóstico da Covid-19 realizados em Portugal acompanha a evolução da situação epidemiológica, justificando o menor reforço da testagem com a diminuição do número de sintomáticos. “É natural que à medida que a nossa epidemia vai tendo menos pessoas que apresentam sintomas, sejam testados menos indivíduos do que estavam a ser testados antes”, explicou.

Questionada sobre o menor número de testes atualmente realizados em Portugal, a Diretora-Geral da Saúde esclareceu que as orientações internacionais vão no sentido de testar, com prioridade, todas as pessoas que apresentem sintomas, número que tem vindo a diminuir. 

Sobre este tema, Jamila Madeira, acrescentou, ainda, que o país mantém uma forte capacidade de testagem que será ativada sempre que se mostre necessário.

 

Efeitos da radiação solar no aparelho visual
As crianças passam mais tempo expostas à luz ambiente do que os adultos, estimando-se que, em média,

“A luz solar é composta por vários componentes, entre os quais, as radiações ultravioletas (UV) que se situam no espectro luminoso num dos extremos da luz vísivel. Estes raios UV são aqueles que maiores danos podem provocar no aparelho visual, no caso de haver exposição não protegida”, começa por explicar o oftalmologista Eugénio Leite.

Dependendo do comprimento de onda, os raios UV encontram-se divididos em raios UV-A, UV-B e UV-C.

“A importância da camada do ozono e as alterações a que está sujeita é um aspeto que devemos ter em atenção”, acrescenta justificando que esta camada tem como principal função “para além de estabilizar a concentração de oxigénio na atmosfera, o filtrar dos raios UV da luz solar”.

Sabe-se, hoje, que  existe uma correlação entre a exposição solar e certos tipos de doenças oculares que vem demonstrar que o dano ocular pode decorrer, para além de uma exposição crónica ao sol, “dos efeitos acumulados de uma exposição “normal” aos raios UV sem a proteção adequeada”.

De acordo com o professor universitário, as lesões oculares podem ser agudas (ou imediatas) ou surgirem a médio e longo prazo tendo, em alguns casos, efeitos irreversíveis.

Entre as lesões agudas, Eugénio Leite, salienta a importância de não se descurarem as queimaduras palpebrais. Para além de relembrar o seu papel na função ocular, faz questão de referir que estas apresentam elevado risco de desenvolver “patologia tumoral ao longo da vida, se demasiadamente expostas”.

Por outro lado, refere-se à fotoqueratite, ou queimadura solar da córnea, como a lesão aguda mais grave. “Os sintomas são a dor, que pode ser intensa, sobretudo na presença de luz, e a diminuição da acuidade visual geralmente transitória”, explica.

Este tipo de lesão depende do comprimento de onda – “quanto menor o comprimento de onda, mais frequente e mais grave a lesão” – e da intensidade da radiação.  Deste modo, no caso dos raios UV-C, que apresentam o menor comprimento de onda, uma pequena quantidade de radiação é suficiente para provocar este tipo de lesão. No entanto, este é um tipo de radiação que praticamente não chega à superfície terrestre.

“A maior parte destas lesões são provocadas por equipamentos como os aparelhos de soldadura.  No entanto, este tipo de lesão pode surgir também em situações de exposição prolongada aos UV-B, como acontece na neve, sobretudo a neve fresca que reflete cerca de 85 por cento da radiação”, adianta o oftalmologista.

Entre lesões, relacionadas com exposição às radiações UV, a longo prazo encontram-se as alterações da transparência do cristalino, que favorecem o  aparecimento de cataratas, e que dependem da ação dos raios UV-B e UV-A; e a degenerescência macular relacionada com a idade, considerada uma das lesões oculares mais graves.

“De entre as complicações por exposição dos raios UVs mais graves, destaca-se a degenerescência  macular. Uma doença que atinge a zona central da retina – macula – e que pode conduzir à cegueira central irreversível. Como o nome indica aparece habitualmente numa fase tardia da vida, por altura da sexta década, e pode estar relacionada com a toxicidade da luz. Nestes casos, os efeitos da radiação são cumulativos ao longo da vida”, explica Eugénio Leite.

A importância do uso de óculos de sol

Embora  a maioria das pessoas use óculos escuros  para melhorar  o conforto visual na presença de luz solar, os óculos de sol são uma peça essencial para a proteção do aparelho visual desde tenra idade.  

De acordo com o Professor Eugénio Leite, “o principal objetivo para o uso de óculos escuros deve ser a sua capacidade de proteger a criança das radiações agressivas para o aparelho visual, devendo filtrar 100 por cento das radiações ultravioletas (UV-A, UV-B e UV-C) e, se possível, filtrar a componente azul da luz visível”.

Deste modo, as crianças devem usar óculos de sol a partir do momento em que consigam o seu manuseamento de forma autónoma.  “A proteção relativamente à radiação solar tem importância apenas a partir da idade em que a criança adopta um estilo de vida que lhe traz maior exposição, ou seja, quando começa a ter atividades ao ar livre”, acrescenta ainda, relativamente à idade a que se adequam.

A escolha dos óculos de sol deve obedecer, como aconselha o especialista, a vários critérios. “Os pais devem certificar-se que os óculos de sol dos seus filhos oferecem a máxima proteção. Para quem não sabe, a categoria de lentes não está relacionada com a filtração dos UV. É naturalmente ideal escolher óculos de sol que filtrem todos os raios UV, de preferência todas as que são 100 por cento anti UV, independentemente da categoria da lente. Em seguida poderá optar entre as diferentes categorias em função da finalidade a que os óculos de sol se destinam”, explica Eugénio Leite.

“Ao escolher óculos de sol deve optar por uns com uma boa cobertura do rosto para melhor proteger  os olhos frágeis da criança. Idealmente, os óculos de sol devem ter lentes altas e uma forma arqueada com boa cobertura das zonas laterais da caras”, acrescenta.

De acordo com o especialista, os óculos de sol de uma criança, e até mesmo de um adulto, não devem deixar marcas na cara ou nas orelhas ou causar incómodo. “O ideal é serem confortáveis com a categoria de lente correta (conforto de visão) e com uma boa armação”, refere.  Por outro lado,  “as crianças podem levar os óculos de sol ao limite, razão pela qual deverá escolher um modelo resistente em que não haja riscos para a criança se se quebrarem”.

Outro critério a ter em conta é qualidade óptica das lentes, que irá depender de dois fatores: cor e tipo de lente.

“As lentes devem possuir boa qualidade óptica, que pode ser verificada observando o aspeto global das lentes como simetria, matéria e cor. Para as crianças recomenda-se o uso de lentes ditas inquebráveis. Com relação à cor, devemos optar por lentes com tons cinza e castanho”, explica.

Eugénio Leite recomenda o aconselhamento junto de um profissional óptico, a respeito desta matéria,  e explica porque é mais perigoso usar óculos sem proteção adequada do que não usar nenhuns.

“Qualquer oftalmologista é objectivo e claro a respeito de óculos sem proteção adequada: não deve usá-los! A utilização de lentes que não oferecem proteção adequada é considerada mais perigosa do que simplesmente não usar óculos de sol. Isso porque possuímos naturalmente mecanismos de defesa que são inibidos com baixa luminosidade. Quando estamos no escuro a nossa pupila dilata-se e facilita a entrada da luz solar. O mesmo acontece quando usamos óculos de sol com lentes escuras: a pupila dilata-se, entra mais luz solar com as respectivas radiações, e se os óculos não possuírem proteção adequada danificam mais a nossa visão do que se estivéssemos sem óculos, pois inibem os mecanismos de defesa naturais”, afirma o Diretor Clínico das Clínicas Leite, em Coimbra.

A proteção ocular com lentes de proteção solar é, deste modo, recomendada sobretudo em dias de maior índice UV, “durante os períodos do dia em que a radiação é mais intensa – das 10h ás 15h – e nos locais de maior exposição, a grandes altitudes (montanha) ou superfícies muito refletoras (neve e grandes superfícies de água)”.

Chapéus, bonés ou sombrinhas são excelentes complementos para proteção à exposição solar. “Protegermo-nos quando nos expomos ao ar livre deve ser um hábito diário, incluindo neste pack o uso de protetores solares”, afiança Eugénio Leite.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Aumento de casos em Lisboa
Segundo o diretor de infeciologia do Hospital Curry Cabral, Fernando Maltez, o desconfinamento “poderia ter sido mais lento”,...

Em declarações à rádio “Renascença”, Fernando Maltez disse que o aumento de casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal era expectável nesta fase. Se o desconfinamento tivesse sido “de uma forma mais gradual, teria evitado esta subida dos números”.

Quanto à situação da Grande Lisboa, defendeu à “Renascença” que, “embora descontrolada, não é dramática”. “Pode perfeitamente reverter com dois ou três passos atrás nas medidas de não restrição que tinham sido implementadas”, considerou.

No entender do especialista, o aumento do número de casos deve-se, por exemplo, a “alguma saturação das pessoas em relação ao confinamento, não só do ponto de vista do distanciamento social, mas também provocada pelas repercussões económicas e sociais, pela perda de empregos, pela necessidade de trabalhar para ganhar dinheiro”. O especialista referiu ainda os ajuntamentos.

Para o diretor de infeciologia do Curry Cabral “as próximas semanas irão dizer” se as medidas adotadas pelo Governo são suficientes “ou se é preciso restringir ainda mais as liberdades”.

Atualmente, em Portugal já se registaram 1.543 óbitos e  40.104 casos de infeção associada ao novo coronavírus. De acordo com a DGS, a região de Lisboa e Vale do Tejo já soma 17.527 casos, enquanto a região Norte conta com 17.339 infetados. 

 

Campanha
Os cuidados a ter nos ambientes laborais, a necessidade de resistir à vontade de organizar e frequentar festas, a necessidade...

Sempre sob o conceito “Tu és um agente de saúde pública”, a campanha incide em exemplos práticos do dia a dia, em tempo de desconfinamento: “Se estiveste de máscara e distante dos outros, não facilites ao almoço”; “Não combines festas ou encontros com muitas pessoas” ou “Os melhores programas não têm de ser numa multidão”.

“Depois de uma primeira fase de campanha, de março a abril, sob o lema do confinamento - cuidados e atitudes a tomar, desenhamos agora um momento de sensibilização para os comportamentos corretos a adotar numa fase diferente da pandemia, tendo por alvo uma faixa etária mais jovem, que não deve baixar a guarda, e continuar atenta aos perigos da Covid-19”, afirma João Damas, da Addmore.

A estratégia digital tem a assinatura da Guess What, que, desde o início desta semana, com o apoio de uma rede de agências parceiras, convidou influencers a partilharem, nas suas redes sociais, algumas das informações veiculadas pela DGS, chegando de forma massiva, aos públicos-alvo.

Alexandre Antunes, Diretor de Comunicação Digital da Guess What, revela que “tal como na primeira fase, acreditamos que as vastas comunidades de seguidores dos influenciadores vão ser impactadas por estas mensagens e contribuir para uma evolução favorável da situação”.

 

Iniciativa Digital
No dia 25 de junho, quinta-feira, às 21 horas, especialistas juntam-se em direto para debater sobre a telemedicina e as...

O contexto alterou-se nos últimos meses face à crise de saúde pública e esta alteração da realidade fez com que muito profissionais de saúde não tivessem tido o apoio necessário para adaptarem a sua atividade ao mundo digital. Este webinar pretende fomentar, através da partilha de experiências e procedimentos, a facilitação e otimização de procedimentos e processos para promover a continuidade da prestação de cuidados de qualidade aos doentes.

A iniciativa digital “Telesaúde: Uma realidade que veio para ficar – Desafios e Aprendizagens”, pretende ser um momento de partilha de conhecimento, entre profissionais de saúde, sobre estas áreas e conta com a participação do cardiologista Daniel Ferreira, da reumatologista Helena Canhão, e ainda do endocrinologista Davide Carvalho.

O webinar representa o arranque do projeto Virtual Healthcare, uma plataforma de conteúdos, exclusiva para profissionais de saúde, desenvolvida pela Follow H&B e apoiada pela biofarmacêutica pioneira em biotecnologia Amgen, e que procura ser um local de informação e partilha no âmbito de áreas como a Telemedicina, Ferramentas Digitais, E-Consulta e E-health. Até ao final do ano serão desenvolvidas várias ações, entre as quais webinars com palestrantes nacionais e internacionais, guias práticos e infografias. Esta plataforma tem como objetivo apoiar os profissionais de saúde, na adaptação a este novo contexto laboral, orientados para a prática clínica. Os conteúdos vão ser adaptados às necessidades dos profissionais de saúde em função das suas especialidades e, sempre que possível, sustentados em evidência científica.

 

 

Candidaturas decorrem até ao dia 29 de junho
A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve abriu candidaturas para contratar 42 enfermeiros e reforçar as equipas dos...

As candidaturas decorrem até ao dia 29 de junho de 2020. Os interessados devem formalizar as candidaturas através do preenchimento de formulário próprio, disponível no site da ARS Algarve.

De acordo com o aviso da oferta pública de emprego, divulgada no site da ARS, os 42 enfermeiros vão reforçar as equipas dos Agrupamentos de Centros de Saúde do Barlavento, Central e Sotavento.

O contrato terá uma duração de quatro meses e será realizado ao abrigo das medidas excecionais relativas à pandemia da Covid-19.

 

APIC incentiva a formação dos médicos mais jovens
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) acaba de abrir as candidaturas para o Prémio Jovem Cardiologista...

“O objetivo do Prémio Jovem Cardiologista de Intervenção é promover a formação e investigação científica entre os médicos mais jovens, assim como a sua participação na Reunião Anual da APIC. Este ano, vamos admitir candidaturas para casos subordinados ao tema ‘Uma imagem vale mais do que mil palavras’”, afirma Pedro de Araújo Gonçalves, presidente da Reunião Anual APIC 2020, que este ano se realiza via online, de 22 e 24 de outubro (eAPIC20).

Para concorrer ao Prémio é necessário submeter um caso clínico, sob a forma de e-poster, até ao dia 31 de julho, através da plataforma eletrónica https://www.eventbase.pt/EventBase/Login/LoginSPC.aspx?EventoID=447.

A comissão de peritos fará a seleção dos 50 melhores trabalhos, que ficarão disponíveis na App e Website da APIC. O primeiro autor do trabalho com classificação mais elevada será o vencedor do Prémio Jovem Cardiologista de Intervenção. Os segundo e terceiro classificados receberão uma menção honrosa.

O regulamento deste Prémio está disponível em: https://www.apic.pt/reuniao-anual/.

 

Escoliose é a principal deformidade da coluna em crianças e adolescentes
No âmbito do Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose, que se assinala todos os anos no último sábado do mês de...

“As patologias de coluna são altamente incapacitantes e fonte de um decréscimo na qualidade de vida de uma pessoa - a escoliose representa uma parte destas patologias. E, num período em que se vive com a pandemia da Covid-19 e a necessidade de dar respostas às consultas e cirurgias que ficaram em atraso, é necessário compreender que existe uma redução de salas de blocos, anestesistas, e um tempo operatório insuficiente. Para conseguirmos dar resposta, é necessária uma atualização de guidelines, orientações claras para cada doente e uma política de saúde que permita acompanhar todos os casos sem impactar os próprios profissionais de saúde,” afirma João Lameiras Campagnolo, Ortopedista no H. D. Estefânia (Lisboa) e coordenador da Campanha “Josephine Explica a Escoliose”.

A escoliose é a principal deformidade da coluna em crianças e adolescentes e tem um grande impacto na autoestima por provocar uma deformidade visível em forma de ‘S’ na coluna. Esta doença é mais comum a partir dos 10 anos, uma idade crítica do crescimento das crianças (perto do início da adolescência). O diagnóstico e tratamento precoce, as possibilidades de tratamento e informação acerca dos riscos são fundamentais para evitar o impacto da escoliose na vida de uma criança.

“É importante perceber que as crianças que não recebem o devido tratamento sofrem com um impacto, a longo prazo, na sua vida. É preciso combater as situações anacrónicas, desadequadas, com barreiras focadas na receita e com uma burocracia avassaladora que não permite que as aprovações – particularmente de tratamentos não cirúrgicos, como os coletes – sejam submetidas a tempo. As opções de tratamento podem incluir o uso de colete de correção, em casos menos graves, ou cirurgia à coluna, que atualmente revela ser um procedimento com elevada segurança e sucesso terapêutico,” menciona João Lameiras Campagnolo.

A coordenação da campanha Josephine reforça ainda que “se existir uma diferença de altura entre os ombros, se a cintura se apresentar descaída de um dos lados, ou se for identificada uma proeminência da caixa torácica quando a criança dobra/flecte o tronco para diante, o próximo passo é procurar o médico.”

Inquérito
A nossa forma de estar, de trabalhar, conviver e consumir sofreu, nos últimos meses, alterações drásticas fruto das...

De acordo com o inquérito realizado pelo Observador Cetelem, 77% dos portugueses consideram que muitas destas mudanças vieram para ficar e que a necessidade de redobrar cuidados com higiene e saúde (88%) é a principal alteração nos seus hábitos, especialmente na região Sul do país (96%).

Já o distanciamento físico parece ter reforçado a vontade de maior convívio com a família e os amigos – manifestada por 85% dos inquiridos, mais sentida na faixa entre 45 e 54 anos (92%).

O confinamento forçado aumentou a vontade de fazerem exercício físico ao ar livre (72%), mas também de remodelarem as suas casas (48%), onde passaram grande parte do tempo. Os portugueses estão ainda a utilizar mais tecnologia (71%), mas dizem agora que precisam de ter melhores serviços de telecomunicações (66%).

No que respeita às alterações na forma de trabalhar, 67% dos portugueses indicam o aumento do teletrabalho como uma das principais mudanças que permanecerão no futuro, sendo referido maioritariamente pelos inquiridos entre os 18 os 44 anos.

Mudanças nos produtos e nas marcas

Os inquiridos pelo Observador Cetelem acreditam também que há alterações no consumo que vieram para ficar, sendo a maior das mudanças os comportamentos nos espaços comerciais (84%) – como a necessidade de utilização de máscara, a desinfeção das mãos ou o distanciamento físico, entre muitos outros que estão a ser adotados. Estes mais mencionado pelos inquiridos entre 18 aos 25 anos e pelos habitantes em Lisboa.

Para estimular aquisições, os consumidores consideram que, durante a reabertura, os comerciantes devem apresentar ofertas e promoções especiais (90%); ter sistemas de higienização para produtos (88%); continuar a ter entregas ao domicílio com garantia de saneamento (84%); ter pontos de venda higienizados com sistemas de ventilação (80%); ou alargar o horário de funcionamento (76%). São ainda mencionados o atendimento apenas por marcação (67%) e os pagamentos apenas com cartão bancário (64%).

Os portugueses garantem ainda estar a prestar mais atenção aos preços dos produtos e aos efeitos destes na saúde (44%), uma mudança que é identificada de forma transversal a qualquer região do país.

Quando fazem compras os portugueses passaram a ter como principais critérios para escolher uma marca, o contributo que ela dá à criação de emprego no país (44%), o respeito que tem pelos direitos humanos (44%), mas também a boa relação qualidade-preço dos produtos (44%) ou o facto da produção e as matérias primas terem origem nacional (42%).

Doentes ficaram sem acesso a terapias
Não se sabe ao certo o que a causa, embora já tenham sido identificados mais de 30 genes envolvidos

“A Esclerose Lateral Amiotrófica, também conhecida por ELA, é uma doença neurodegenerativa, rapidamente progressiva, que envolve principalmente, mas não exclusivamente, o sistema motor, pela afetação direta do primeiro e segundo neurónios motores (responsáveis pelo envolvimento clínico dos músculos bulbares, medulares e respiratórios)”, começa por explicar Filipe Gonçalves, fisioterapeuta da APELA.

Os primeiros sintomas, embora sejam variáveis, de caso para caso, surgem, habitualmente, entre os 55 e os 65 anos. “Contudo, há casos de ELA em diferentes idades, incluindo juvenil, isto é, idades inferiores a 25 anos”, acrescenta Filipe Gonçalves.

“Clinicamente caracteriza-se por uma atrofia muscular progressiva por desenervação, com perda do controlo muscular voluntário”, e dependendo da região afetada, os sintomas são também eles diferentes.

Segundo o fisioterapeuta, a doença pode apresentar-se de diferentes formas:

  • Medular, com afetação dos quadrantes superiores ou inferiores, sendo a forma mais comum.
  • Bulbar com afetação da fala e capacidade de deglutição, em cerca de um terço dos casos. Axial com perda de força ao nível cervical. E Respiratória ou Difusa, com manifestação das diferentes regiões logo no momento inicial. Estas últimas menos frequentes.

“O diagnóstico pode revelar-se difícil até à sua confirmação, muitas vezes os doentes recorrem a diferentes especialidades como medicina geral e familiar, ortopedia, fisiatria, e otorrinolaringologia, pelos sintomas iniciais, as quais por diagnóstico diferencial e evolução dos sintomas, reencaminham para neurologia, sendo o diagnóstico confirmado por Eletromiografia”, revela Filipe.

Estima-se que, em média, estes doentes tenham uma sobrevida estimada em 3 a 5 anos. No entanto, há caso que podem chegar aos 10 anos.

“A ELA é uma doença terrível, que afeta em tudo quanto imaginável o dia-a-dia do doente. A perda de autonomia é progressiva e o expectável é que seja total, por tanto todas as tarefas desde as mais complexas às mais simples, ficam em curto espaço de tempo impossibilitas de serem realizadas autonomamente”, explica o fisioterapeuta.

“Os doentes com ELA ficam totalmente dependentes de sistemas de ajuda, de conforto e de terceiros para o seu dia-a-dia, e por isto é tão fundamental que os sistemas de atribuição de produtos de apoio, e os diferentes profissionais de saúde hajam em conjunto para apoiar não só o doente no melhor que lhes é possível, mas também s cuidadores, munindo-os e treinando-os para estes desafios progressivos. Sem dúvida que conhecer as necessidades e as vontades do doente, e não negligenciar os cuidadores, são pilares fundamentais no acompanhamento que podemos dar neste contexto”, acrescenta quanto ao papel fundamental dos seus cuidadores.

Como cuidador “sobrevive-se” dando o melhor

Cristina Ferreira não esquece o dia em que soube que a irmã, a “segunda mais velha de cinco”, sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica. “Lembro-me desse momento como se tivesse sido ontem, tal foi o impacto. É mesmo a sensação de um balde de água gelada que nos cai em cima! Ficamos sem chão. Já tinha ouvido falar na doença, sabia que era uma doença degenerativa, rara, complicada, mas não tinha grande ideia do seu impacto real nem da sua evolução”, comenta.

Os primeiros sinais da doença surgiram aos 61 anos, mas foram passando despercebidos, como recorda adiantando que a irmão começou a ter dificuldade “na motricidade fina que exigia alguma (pouca) força de preensão, como por exemplo segurar na chávena de café, fechar ou abrir a porta à chave”.

No entanto, chegar ao diagnóstico não foi fácil, tendo sido até muito demorado, diz.

“Inicialmente foi consultado o médico assistente, de medicina interna, que prescreveu diversos exames, como análises ao sangue, radiografias entre outros. Recomendou a consulta a um ortopedista o qual, após mais alguns exames radiológicos, prescreveu sessões de fisioterapia”, conta Cristina.

Tendo em conta que padecia de alguns problemas relacionados com a coluna, a irmã, Ana, esteve vários meses a realizar sessões de fisioterapia, mas sem apresentar melhoras. “Sentia-se cada vez mais cansada, com perda de peso acentuada, falta de força muscular e fraqueza generalizada. Os fisioterapeutas consideraram que na realidade, apesar dos esforços a fisioterapia não estava a dar os resultados esperados”, recorda.

Seguiu-se nova avaliação médica e o encaminhamento para neurologia. Depois de muitos exames, o especialista encaminhou Ana para um colega da especialidade que se dedicava a doenças como a ELA. O diagnóstico chega depois da realização de uma eletromiografia, muitos meses depois das primeiras consultas. A partir daqui passou a ser seguida pelo mesmo médico, mas num hospital público na consulta de neurologia dedicada aos doentes com ELA. “Esta consulta foi complementada com a consulta de fisiatria dada a necessidade de iniciar suporte com ventilação”, acrescenta Cristina.

Segundo a cuidadora, “a doença tem evoluído rapidamente, dentro do padrão habitual. Passado cerca de 1 ano e meio a Ana perdeu totalmente a sua autonomia. Durante esse tempo, com a enorme força e resiliência que tem tido desde o início, fez tudo por tudo para se manter autónoma”. No entanto, começou a ter dificuldade na alimentação e “dado o perigo de engasgamento e asfixia foi-nos indicada a adaptação do tipo de alimentos e forma de os cozinharmos”.

“As dificuldades foram-se tornando cada vez maiores tendo sido indicada a colocação de uma sonda gástrica para alimentação artificial (PEG) (…) a fala também se foi perdendo progressivamente. A necessidade de utilizar suporte com ventilação também foi aumentando. No início era necessário apenas à noite e algumas horas durante o dia. Com a evolução da doença passou a ter que ser usado permanentemente”, conta acrescentando que, atualmente, o tratamento é meramente paliativo e que entre os irmãos tudo fazem para que Ana se sinta o mais confortável possível, dadas as circunstâncias.

“É necessária muita resiliência, coragem, força e esperança por parte do doente. É muito importante o apoio por parte dos familiares e/ou amigos e imprescindível o apoio de mais do que um cuidador, de forma a poder ter períodos de descanso e de lazer”, revela Cristina Ferreira.

Enquanto cuidadora, diz, “sobrevive-se” dando o melhor, gerindo da melhor maneira as diferentes recomendações, por vezes contraditórias, dos profissionais de saúde que acompanham o doente”. E lamenta que a gestão do dia-a-dia seja aina mais difícil “devido à falta de recursos que são disponibilizados aos doentes e às famílias e à quase inexistência de cuidadores com a devida formação e falta de instituições de apoio aos doentes no domicílio”.

Falta de apoios sociais e na área da saúde dificultam dia-a-dia de doentes e cuidadores 

“Os apoios sociais e na área da saude a estes doentes são efetivamente muito escassos, tendo em conta a gravidade da doença e as consequências para o próprio e grande repercussão na família”, revela acrescentando que “é o doente e os familiares que têm que procurar tudo o que os possa ajudar, quer em termos sociais quer até em termos clínicos, visto os protocolos seguidos por alguns hospitais serem muito redutores quando comparados com outros, relativamente às intervenções que disponibilizam e que indicam aos doentes. Também de referir a quase inexistência de equipas de cuidados paliativos da rede de cuidados de saúde do SNS que apoiem o doente no domicílio, a dificuldade de acesso a unidades de cuidados continuados ou paliativos e a falta de formação dos profissionais de saúde no geral relacionada com os doentes com ELA”.

A família tem, por tudo isso, um papel importantíssimo na vida destes doentes. “A família deve ser o principal suporte do doente e fazer tudo o que estiver ao seu alcance de forma a proporcionar a melhor qualidade de vida e os cuidados adequados. É importante que o doente sinta que a família é o seu porto seguro e que tudo farão para o acompanhar da melhor forma possível. No caso da Ana, o facto de sermos 5 irmãos, ajuda bastante ao apoio que lhe proporcionamos”, afirma.

O impacto da pandemia na vida dos doentes com ELA

“A semelhança da população em geral estes doentes vivenciaram um longo período de isolamento, com alterações abruptas nas suas rotinas extradomiciliárias. Numa fase inicial houve um medo generalizado de contaminação por SARS-COV2, dado serem doentes de elevado risco, com quadros respiratórios complexos de natureza restritiva, e, portanto, muito vulneráveis em caso de infeção respiratória”, explica Filipe Gonçalves.

Apesar de se tentar minimizar, tanto quanto possível, o impacto da pandemia no acompanhamento destes doentes, sabe-se que a maioria dos pacientes ficou sem acompanhamento assistencial durante a suspensão das terapias, imposto durante este período. “De um modo geral esta interrupção repercutiu-se num acentuar da evolução da doença, principalmente nos doentes mais funcionais. De facto, a quebra de rotinas de terapias, agravou pelo desuso e descondicionamento, o quadro de base de atrofia por denervação, o qual nestes doentes é extremamente difícil de reverter. Estas implicações são visíveis tanto ao nível da perda de funcionalidade, como numa maior perceção de fadiga, alterações posturais, e muitos vezes agravamento de sintomatologia associada à maior imobilidade”, lamenta o fisioterapeuta.

“De salientar que a pandemia não teve só impacto no apoio clínico e terapêutico, tendo também interferido muito negativamente com outros sistemas de apoio, tanto a nível pecuniário como de apoio técnico. A título de exemplo, agravando ainda mais os tempos de espera para consultas e adjudicação de diferentes produtos de apoio, e juntas médicas que todos estes doentes carecem com a máxima prontidão e mínimo de atrasos”, acrescenta.

No caso de Ana, Cristina refere que todo este período foi vivido com bastante receio por todos os familiares. “Quando existe um elemento da família com ELA esses sentimentos agudizam-se pelo receio de podermos transmitir a Covid-19. Tivemos que alterar as rotinas drasticamente visto ser habitual, nos dias de semana, existirem cinco pessoas utilizadoras de transportes públicos a entrar e a sair de casa da Ana. Tivemos que nos cingir a uma cuidadora formal, tendo o apoio, duas vezes por dia, de duas outras irmãs. Conseguimos manter as sessões de fisioterapia no domicílio e prescindimos do apoio da equipa de cuidados continuados do centro de saúde”, conta. Para além disso, garante, tiveram de implementar todas as medidas de prevenção da infeção cruzada, relacionadas com a lavagem”. A desinfeção das mãos passou a ser ainda mais rigorosa e nunca descuraram a utilização de máscara cirúrgica e os cuidados relativos ao vestuário.

Para já, diz, não ser possível “fazer o regresso à normalidade que tínhamos em janeiro. Devemos continuar a ter todos os cuidados relativamente à prevenção da infeção, visto os doentes com ELA serem doente com risco acrescido. No entanto, prevenir e proteger os mais vulneráveis não significa “desaparecer” com medo de transmitir a doença”, apela.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa
Uma iniciativa que visa ajudar doentes com cancro que estão a passar por situações pessoais delicadas devido ao impacto da...

OncoDNA, empresa especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro, lançou a campanha “Pós COVID-19 para ajudar doentes com cancro” sob a alçada da sua Responsabilidade Social Corporativa.

A iniciativa, na qual a empresa trabalha desde o início da pandemia, avaliando e antecipando a possível crise social e económica que esta possa causar, visa ajudar os doentes que estão numa situação pessoal complexa: perda de emprego, novas condições de trabalho, redução salarial, reconciliação familiar materna e paterna ..., entre outras. Da mesma forma, a OncoDNA quer ajudar os oncologistas na tomada de decisões, para que possam personalizar e expandir as opções de tratamento do doente.

A campanha “Pós COVID-19 para ajudar doentes com cancro” fornece aos oncologistas de centros médicos públicos e privados os estudos genómicos da OncoDNA: OncoDEEP, OncoSTRAT&GO, OncoSELECT e teste de monitorização, com condições especiais até o final de agosto, para que todos os doentes possam ter acesso.

De acordo com Adriana Terrádez, diretora da OncoDNA em Espanha, Portugal e América Latina: “O coronavírus afetou-nos a todos os níveis: social, cultural, económico, ético ... Alguns grupos são mais vulneráveis do que outros a esta nova situação. Muitos doentes viram como as suas vidas mudaram da noite para o dia por causa do COVID-19 e o nosso compromisso é conseguir ajudá-los”.

Para mais informação sobre a campanha e acesso, contacte: [email protected]

 

Acreditação
O Programa de Formação de Perfusionistas da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC) – desenvolvido em...

Desde 2012 que o Programa de Formação de Perfusionistas da ESTeSC é acreditado pela EBCP, entidade máxima na regulação do acesso à profissão de perfusionista na Europa. Num ano atípico – em que o contexto de pandemia impediu a realização da visita da comitiva de avaliação, prevista para abril – a EBCP decidiu pela renovação da certificação da ESTeSC pelo prazo de um ano, reconhecendo a qualidade da formação ministrada pela Escola. Desta forma, todos os licenciados em Fisiologia Clínica (ou pela antiga licenciatura em Cardiopneumologia) da ESTeSC que façam o complemento de formação no Centro de Cirurgia Cardiotorácica dos CHUC poderão realizar o exame de certificação da EBCP, em novembro, ficando aptos ao desempenho da profissão em qualquer país da Europa.

Profissional altamente especializado, o perfusionista é um elemento essencial da equipa de cirurgia cardíaca, trabalhando com dispositivos que permitem manter vivo o paciente sempre que é necessário o suporte ou substituição das funções desempenhadas pelo coração e pulmões.

Ao ser acreditado pela EBCP, o programa de Formação de Perfusionistas da ESTeSC – coordenado pelos docentes Helder Santos e António Ribeiro – é também reconhecido pela European Association for Cardio-Thoracic Surgery, pela European Society for Cardiovascular Surgery e pela European Association of Cardiothoracic Anesthesiologists.

 

 

Saúde Mental
A Médicos Sem Fronteiras (MSF) promove esta terça-feira, pelas 18.00, um webinar com os oradores Miguel Palma e Ana Marques ...

De acordo com a informação disponibilizada pela MSF, no webinar serão “apresentadas algumas estratégias essenciais para a uma comunicação mais efetiva e centrada no utente” e “será igualmente explorada, de forma breve, a estrutura dos Primeiros Socorros Psicológicos – um modelo de comunicação e prestação de cuidados que orienta a resposta de profissionais na linha da frente a pessoas em situações de grande angústia ou stress”.

Na apresentação do webinar, a MSF refere que “o estabelecimento de uma relação positiva com utentes e famílias e a implementação de um modelo de cuidados verdadeiramente centrado nas necessidades e vontades dos beneficiários depende de uma comunicação aberta, humana e eficaz”.

A COVID-19 “trouxe incertezas e novos desafios a instituições, funcionários, utentes e famílias, os quais exigem uma comunicação baseada em pressupostos de partilha, clareza, assertividade e empatia”.

Mais informações em https://msfcovid19.org/tecnicas-de-comunicacao-eficaz-e-primeiros-socorros-psicologicos/

Projetos inovadores
A 3.ª edição do Prémio de Inovação em Saúde – i3S Health Innovation Prize, este ano inteiramente dedicado a encontrar soluções...

Entre os projetos premiados inclui-se um revestimento nanotecnológico para tornar as superfícies antivirais, ou um dispositivo médico para a monitorização da tosse de doentes. A lista de vencedores inclui ainda uma terapia contra a sépsis (uma inflamação descontrolada amplamente presente em pessoas que faleceram com Covid-19) à base de uma proteína natural humana; e uma plataforma de desenvolvimento de anticorpos neutralizantes contra SARS-CoV-2 para serem utilizados, por exemplo, num BioSpray Anti-Coronavírus.

Dos quatro projetos destacados, destaca-se o «Nanotecnología antiviral para superficies e filtros de ar cerâmicos», apresentado pela startup Smart Separations e vencedor do i3S Health Innovation Prize, atribuído pelo i3S, Vallis Capital, Câmara Municipal do Porto e TECNIMEDE, no valor de 20 mil euros, mais um valor idêntico em serviços de apoio à inovação, patrocinados pelo programa de aceleração Resolve-Health, também do i3S. Este mesmo projeto conquistou também o prémio da empresa de patentes Patentree e três inscrições no programa de formação para executivos “Future Leaders” atribuídos pela Porto Business School.

Como explica Hugo Macedo, CEO da Smart Separations, o projeto premiado consiste num “revestimento nanotecnológico com propriedades antimicrobianas que consegue destruir não só vírus do tipo betacoronavírus, como o SARS-CoV-2, mas também outros vírus, bactérias e fungos em segundos”. Este revestimento pode igualmente “ser incorporado numa gama alargada de materiais, incluindo madeira, metal, tecido e filtros de ar cerâmicos”, podendo ainda ser “facilmente aplicado a várias superfícies de contacto frequente”.

O empresário lembra ainda que a solução desenvolvida “é particularmente útil em locais frequentados por um elevado número de pessoas onde o risco de transmissão por superfícies contaminadas e ar é alto, como é o caso de escolas, hospitais, lares, transportes públicos, escritórios e fábricas”.

Sobre a conquista do i3S Health Innovation Prize e dos restantes galardões, Hugo Macedo considera estes prémios vão “contribuir para desenvolver superfícies antivirais que permitirão, de forma mais sustentável, reduzir significativamente a transmissão de microorganismos patogénicos, como o coronavirus. Com os parceiros deste prémio, a Smart Separations irá efetuar estudos de eficácia e segurança da sua tecnologia e estabelecer parcerias que permitirão acelerar a chegada ao mercado desta tecnologia inovadora”.

Além disso, sublinha o CEO da empresa, é “uma honra receber este prémio e ver reconhecido o trabalho que a equipa da Smart Separations tem vindo a fazer, especialmente num período tão desafiante como o que vivemos atualmente. Ficamos ainda mais motivados para continuarmos focados na visão da nossa empresa – «Melhorar a Qualidade de Vida Através da Inovação»”.

Com o projeto «C-mo, um dispositivo médico para a avaliação da tosse de doentes no dia-a-dia», a startup «C-mo Medical Solutions», também o  Porto Business School Award (duas inscrições no no programa de formação para executivos “Future Leaders”, que se realiza em dezembro).

Sara Lobo, co-fundadora da startup, explica que “o C-mo é um dispositivo médico wearable que faz a monitorização automática das características distintivas da tosse no dia-a-dia do doente, tal como a sua frequência, o tipo (seca ou produtiva, com ou sem pieira) e padrões de tosse associados”. Essa “capacidade de relacionar a tosse com parâmetros fisiológicos relevantes, tais como a temperatura corporal, permite aos médicos obter informações extremamente valiosas, que são particularmente importantes durante esta pandemia dada a premência de se expandir o conhecimento sobre a COVID-19”.

A tosse, como sublinha a investigadora, “é um sintoma altamente rico em informação fisiopatológica relevante, mas até agora essa informação estava fora do alcance dos médicos dada a considerável imprecisão que advêm das descrições subjetivas dos pacientes. Deste modo, em termos práticos, o C-mo permite diagnósticos mais precisos e a prescrição de tratamentos mais customizados e em função do quadro clínico do doente”.

Neste contexto da COVID-19, acrescenta Sara Lobo, o C-mo permite «acompanhar a recuperação dos doentes e consequentemente detetar deteriorações com grande antecedência. Além disso, acrescenta “é também uma ferramenta valiosa para avaliar a eficácia de tratamentos para a COVID-19 e muitas outras doenças respiratórias, tanto na prática clínica como em ensaios clínicos”.

Já o prémio Born from Knowledge (BfK) Awards, atribuído pela Agência Nacional de Inovação (ANI), foi atribuído ao projeto «O recetor biológico Spα como agente terapêutico contra a infeção e sépsis na COVID-19», liderado pelo investigador do i3S, Alexandre Carmo. E

mbora passe despercebido do público em geral, a sépsis é diretamente responsável por quase 20 % dos óbitos em todo o mundo, sendo a principal causa de morte em unidades de cuidados intensivos e a terceira em hospitais. Em vários tipos de infeções, e sobretudo em pessoas com a imunidade debilitada ou comprometida, o sistema imune pode reagir desproporcionadamente, de tal forma que a resposta inflamatória desencadeada torna-se incontrolável e provoca mais danos do que o agente infecioso propriamente dito.

A sépsis é precisamente o termo mais generalizado para estas inflamações sistémicas severas e que se pode tornar particularmente mortal depois de se passar o estadio em que as terapias antimicrobianas (antibióticos, antivirais, etc.) pudessem surtir algum efeito. No caso da COVID-19, e como explica Alexandre Carmo, “é talvez a sépsis, mais do que a insuficiência respiratória, a manifestação mais frequente em pacientes hospitalizados com infeção por SARS-CoV-2, sendo por exemplo a única complicação que afetou 100% de todos os não sobreviventes em Wuhan. Isto é, a totalidade das pessoas que faleceram tinham desenvolvido sépsis”.

Uma vez que ainda não existe nenhuma terapia totalmente eficaz contra a sépsis, o grupo liderado pelo investigador do i3S “tem-se centrado no desenvolvimento de uma tal “terapia utilizando uma proteína natural humana, designada Spα, que combina duas características medicinais muito relevantes: um grande espectro antimicrobiano e propriedades anti-inflamatórias muito significativas”.

Segundo Alexandre Carmo, “a terapia agora proposta pretende atacar não a causa, mas sim a consequência da infeção por SARS-CoV-2. Tem a grande vantagem de, sendo eficaz, poder vir a ser utilizada como terapia para quaisquer surtos futuros provocados por novos vírus ou outros patogénios ainda por ora desconhecidos”.

Por fim, o projeto «Anticorpos IgY neutralizantes contra SARS-CoV-2 produzidos de ovos de galinha» (ASY-NAbs) proposto por investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) – Ricardo S. Vieira-Pires, Luís Pereira de Almeida, Rui Nobre e Tiago Ochôa-Pires – conquistou o «Esfera Cúbica Award».

“O nosso objetivo”, explica Ricardo Vieira-Pires, “é o desenvolvimento de baixo custo e escalonável de anticorpos neutralizantes contra o SARS-CoV-2, produzidos em ovos de galinha”.

Estes anticorpos Anti-SARS-CoV-2 purificados de ovo, adianta o investigador, “serão a base para diversos bioprodutos de controlo e prevenção da COVID-19. Entre estes, está um BioSpray Anti-Coronavírus capaz de neutralizar a carga viral em superfícies, podendo ser aplicado, por exemplo, em equipamentos de proteção individual, como máscaras e batas”.

Alternativamente, acrescenta ainda Ricardo Vieira-Pires, “estes anticorpos neutralizantes poderão estar na base de novos (princípios ativos farmacêuticos para desenvolvimentos de) biofármacos de passivação viral a nível do trato respiratório”.

 

Cuidados a ter
De acordo com o Instituto Nacional de Emergência Médica, IP (INEM), no verão, com a chegada do calor, grande parte da população...

Assim, o INEM deixa algumas recomendações sobre como atuar em casos de emergência que podem surgir durante o período de calor, nomeadamente, o risco de afogamentos. 

Tome nota: 

  • Junto a qualquer local com água vigie atentamente as crianças. Utilize bóias e braçadeiras adaptadas à idade das crianças e ensine-as a nadar o mais cedo possível;
  • Opte por praias vigiadas e não mergulhe em locais desconhecidos;
  • Respeite as cores das bandeiras nas zonas balneares e siga as indicações dos nadadores-salvadores.

O INEM lembra ainda que, sobretudo nas crianças, a permanência demasiado tempo na água, pode provocar hipotermia, ainda que normalmente ligeira. Esteja, por isso,  atento a sintomas tais como arrepios de frio, lábios e/ou pele ligeiramente arroxeados. Se tal acontecer, obrigue a criança a sair da água, retire as roupas molhadas, seque-a, coloque-a num local abrigado do vento e proteja-a com uma tolha seca.

Tenha igualmente atenção quando está num ambiente que lhe pode ser estranho, devendo ter em consideração alguns aspetos importantes, tais como:

  • Efetuar uma inspeção ao local onde se encontra, tendo em atenção a localização de escadas, tomadas elétricas e zonas de armazenamento de produtos que possam apresentar riscos para as crianças;
  • Ter especial atenção aos espaços exteriores, identificando situações de perigo potencial;
  • Ao praticar desportos utilize equipamento de proteção adequado. Procure que a prática desportiva ocorra fora das horas de maior calor;
  • Faça churrasco em locais apropriados e de forma a evitar incêndios.

 

Programa de Aceleração Tecnológica na Saúde
A Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), em parceria com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde ...

O contexto da COVID-19 trouxe uma oportunidade única de acelerar a utilização da telemedicina como forma de combater, não só as consultas perdidas, mas também de cumprir as listas de espera e os tempos de resposta para consultas. De acordo com o portal da transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), as consultas de telemedicina aumentaram cerca de 35% entre janeiro e abril deste ano face ao período homólogo de 2019, e só no mês de abril de 2020 aumentaram cerca de 50% face ao mesmo período do ano passado.

Foi a pensar na aceleração desta aposta que a APAH lançou este Programa de Aceleração Tecnológica na Saúde, dirigido a todos os hospitais e Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do SNS e a todos os seus profissionais de saúde e de gestão e que contempla uma componente formativa com módulos segmentados e dirigidos a cada público-alvo.

A iniciativa pretende partilhar as boas práticas já instituídas e motivar os profissionais de saúde a tirarem o máximo partido das ferramentas digitais que lhes permitam melhorar a articulação entre as estruturas de saúde, potenciando o trabalho colaborativo e melhorando a comunicação, o que se traduz em ganhos ao nível da otimização de recursos, com uma resposta mais célere e benéfica para o doente, tornando a saúde mais próxima e inclusiva.

O projeto contempla a realização de duas mesas redondas digitais, uma delas com o objetivo de potenciar a colaboração em rede e a outra para aumentar a proximidade através da telessaúde. Estes dois seminários contam, entre outros, com a participação de Luís Goes Pinheiro, presidente da SPMS, Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos e Maria Neto, delegada de saúde regional do Norte. A segunda vertente do projeto envolve a disponibilização, em acesso universal, na ACADEMIA DIGITAL APAH de Programas de formação e-learning para dotar os profissionais das ferramentas necessárias para potenciar o trabalho colaborativo e otimizar a proximidade com o cidadão através da telessaúde.

De acordo com Alexandre Lourenço, Presidente da APAH, “este é o momento certo para reforçar aposta na telessaúde. A pandemia impôs a utilização imediata destes recursos e, por isso, é urgente dotar todos os intervenientes das ferramentas necessárias para que possam ser utilizadas de uma forma eficaz e efetiva. As boas práticas têm que ser partilhadas, de modo a que as mais-valias sejam claras para todos”.

Na opinião de Luís Goes Pinheiro, presidente do Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), “o contexto atual impõe a criação de sinergias efetivas entre os atores da saúde, que permitam tirar proveito da capacidade instalada e potenciar a partilha de informação e conhecimento entre os diferentes profissionais. Neste âmbito, a tecnologia atuará como um dinamizador do encontro entre os profissionais de saúde e os cidadãos, contribuindo para a prestação de cuidados de qualidade e para a essencial equidade no acesso aos mesmos”.

Este projeto é uma iniciativa da APAH, em parceria com SPMS, que conta com o apoio da Novartis e da Microsoft, como parceiro técnico.

Estudo IMMerge
Novos dados comparativos do estudo IMMerge, um estudo aberto de Fase 3b, mostram que risancizumab demonstrou ser superior a...

Estes novos resultados comparativos do IMMerge, um estudo aberto de Fase 3b, foram partilhados numa apresentação online na reunião anual virtual da American Academy of Dermatology (AAD).

"Vi já em primeira mão como alcançar e manter uma pele totalmente livre de lesões pode ter um impacto realmente positivo na vida dos meus doentes com psoríase”, afirmou o investigador principal do estudo, Richard B. Warren, professor e consultor honorário em Dermatologia do Centro de Dermatologia do Salford Royal NHS Foundation Trust, da Universidade de Manchester. “Estes novos dados são muito importantes, pois comprovam que uma pele totalmente livre de lesões constitui um objetivo terapêutico realista para os doentes com psoríase.”

Risancizumab atingiu ambos os objetivos primários de resposta PASI 90 de não inferioridade em relação a secucinumab à semana 16 e de superioridade relativamente a secucinumab à semana 52. À semana 16, 74 por cento dos doentes tratados com risancizumab tinham atingido resposta PASI 90, comparativamente com 66 por cento dos doentes tratados com secucinumab. Dos doentes tratados com risancizumab, 87 por cento atingiram resposta PASI 90 à semana 52, comparativamente com 57 por cento dos doentes tratados com secucinumab (p<0,001).1

Resultados adicionais demonstraram que uma percentagem de doentes significativamente superior tratados com risancizumab alcançou uma Avaliação Global pelo Médico estática (sPGA) de "pele limpa" ou "quase limpa" (sPGA 0/1), comparativamente com os doentes tratados com secucinumab, à semana 52 (88 por cento vs. 58 por cento, respetivamente, p<0,001).

Os dados de segurança demonstraram que o perfil de segurança de risancizumab foi consistente com o observado em estudos previamente notificados, sem novos sinais de segurança observados à semana 52.

As taxas de acontecimentos adversos (AA) foram comparáveis entre risancizumab e secucinumab. Entre os AA mais frequentes foram nasofaringite, infeção do trato respiratório superior, cefaleia, artralgia e diarreia. As taxas de AA graves foram de 5,5 por cento no grupo de risancizumab e 3,7 por cento no grupo de secucinumab. Os acontecimentos adversos que conduziram a descontinuação do fármaco em estudo representaram 1,2 por cento no grupo de risancizumab e 4,9 por cento no grupo de secucinumab. Não ocorreram óbitos em qualquer um dos grupos de tratamento.

Webinar
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai participar numa sessão online de formação da Academia da...

“O objetivo é promover uma discussão entre os especialistas das duas áreas envolvidas no tratamento da estenose aórtica, Cardiologia de Intervenção e Cirurgia Cardíaca, de forma a serem debatidas algumas temáticas, para as quais não temos ainda um consenso”, afirma Rui Campante Teles, coordenador do Projeto Valve For Life/Corações de Amanhã, da APIC.

“O tratamento da estenose aórtica por técnicas de cardiologia de intervenção é um dos temas mais atuais e importantes da nossa área. A sua discussão por cardiologistas de intervenção e cirurgiões cardíacos é sempre uma mais-valia, para que possamos trocar experiências e tentar perceber qual a melhor forma de tratar os nossos doentes, tirando o melhor que cada especialidade tem para oferecer”, menciona Pedro de Araújo Gonçalves, secretário-geral da APIC e presidente da Reunião Anual eAPIC 2020.

O Webinar "Controvérsias no tratamento da Estenose Aórtica” vai realizar-se em Inglês e contar com a participação dos cardiologistas de intervenção Pedro de Araújo Gonçalves e Rui Campante Teles, assim como dos cirurgiões Patrick Myers, da Suíça, e Rui Cerqueira e Márcio Madeira, da SPCCTV. 

Mais informações e inscrições no site da SPCCTV: https://spcctv.pt/ctv.html.

Opinião
Ouvimos muitas vezes dizer que “nada será como dantes” e, se só podemos confirmar que assim será daq

Já não vemos as pessoas com diabetes que tratamos cara a cara, já não partilhamos as suas expressões de vitória, quando conseguiram ganhar a luta contra esta doença ou de desânimo, seja porque a doença está a levar a melhor ou simplesmente porque a vida é mais que a diabetes e nem sempre nos trata bem. Esta partilha presencial é uma dimensão da Consulta de Diabetes tão importante como escolher a melhor estratégia, tipo de monitorização ou fármaco. Mas se não é possível estarmos presencialmente juntos não significa que tenhamos abandonado o nosso compromisso de colaborar com os nossos utentes no tratamento desta doença. Não é pelo facto do COVID quase nos ter congelado de medo que nos esquecemos de quem tem uma doença crónica cujos efeitos este vírus não consegue, seguramente, parar. Enquanto as instituições se preparam para possibilitar as videochamadas entre profissionais de saúde e utentes, trabalhamos, como sempre, o melhor possível com o que temos.

Antes “deste tempo” já fazíamos teleconsulta (não é essa a novidade e muito menos revolução) como apoio à consulta presencial para agilizar, sobretudo, pequenos ajustes na medicação, doses de insulina ou esclarecer pequenas dúvidas. Frequentemente, essa teleconsulta obrigava a que o utente viesse ao hospital em algum momento para (no caso da diabetes tipo 1 principalmente) descarregar os seus dados de monitorização ou bomba de insulina ou (no caso da diabetes tipo 2 principalmente) deixar “o papel” com os seus registos de glicemia ou do parâmetro que estivéssemos a tentar controlar para avaliarmos em conjunto, depois, na teleconsulta. Também os utilizadores de bombas de insulina acudiam ao hospital para recolher os consumíveis dos aparelhos que lhes foram atribuídos. Já tínhamos um grupo de doentes que descarregavam as suas bombas de insulina e aparelhos de monitorização em casa, mas era, certamente, uma minoria. E esta foi, no nosso grupo de trabalho, a grande revolução. Agora é exatamente ao contrário, apenas uma minoria de consultas são presenciais em casos muito selecionados de pessoas com dificuldade de acesso às tecnologias ou que precisem de algum procedimento específico.

Com o apoio da indústria envolvida, foi possível que a grande maioria das pessoas que tratamos recebessem os consumíveis das bombas de insulina nas suas casas e aí descarreguem os seus dados (seja da bomba de insulina, seja da monitorização de glicose) aos quais nós acedemos no hospital.

Assim, em tempo de pandemia, a impossibilidade de presença física veio impulsionar uma consulta à distância que até agora espreitava timidamente nas agendas hospitalares e todo o trabalho de recolha de dados relativos ao controlo glicémico que era feito na consulta passou a ser possível fazê-lo em casa.

Mas se sou uma defensora acérrima das consultas não presenciais também lhes reconheço algumas limitações: a falta de presença física, com tudo o que isso implica do ponto de vista humano; a maior dificuldade de troca de informação, o que, muitas vezes é fundamental para dar resposta a problemas aparentemente difíceis de entender; a dificuldade de cumprimento rigoroso de tarefas pelos utilizadores, tais como a disponibilização de dados na data combinada.

Se esta revolução do contacto predominantemente presencial para o predominantemente digital vai ter um impacto significativo no futuro não sei, mas a tecnologia está aí e esta é, sem dúvida, uma oportunidade para repensarmos modelos de consulta e tirarmos o máximo partido dos meios ao nosso dispor.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Aumento de casos de Covid-19
Para tentar conter os caos de Covid-19, que têm vindo a aumentar na região, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) está, a partir...

Deste modo, o  Governo decretou um limite máximo de 10 pessoas, salvo se pertencerem à mesma família, ao “acesso, circulação ou permanência de pessoas em espaços frequentados pelo público, bem como as concentrações de pessoas na via pública” na AML.

Por outro lado, de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 45-B/2020, aprovada na noite de segunda-feira e publicada no Diário da República, “todos os estabelecimentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, bem como os que se encontrem em conjuntos comerciais», encerram às 20 horas na região

A exceção são os restaurantes, “exclusivamente para efeitos de serviço de refeições no próprio estabelecimento”, e também os restaurantes com serviço de take away ou entrega no domicílio, “os quais não podem fornecer bebidas alcoólicas no âmbito dessa atividade”.

A venda de bebidas alcoólicas está proibida “nas áreas de serviço ou nos postos de abastecimento de combustíveis”.

O consumo de bebidas alcoólicas é ainda proibido “em espaços ao ar livre de acesso ao público”, exceto nas esplanadas dos estabelecimentos de restauração e bebidas devidamente licenciados, que apenas se podem manter abertos até às 20 horas.

Quem desobedecer às novas regras pode incorrer em crime de desobediência, que é punido no Código Penal com prisão até um ano ou 120 dias de multa.

O diploma destaca ainda o reforço da atividade operacional das forças e serviços de segurança e dos serviços de socorro da AML, que, em caso de necessidade, “pode ser reforçada” por “efetivos de outras áreas geográficas, em articulação com a estrutura municipal de proteção civil”.

A “quem não respeitar alguma destas quatro regras, e logo na sequência da primeira violação, será determinado o crime de desobediência. A pessoa indicada será imediatamente autuada”, afirmou à agência Lusa fonte do Governo.

A AML é integrada pelos municípios de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

Na quinta-feira, dia 25 de junho, o Governo vai aprovar, em reunião do Conselho de Ministros, a lista das contraordenações aplicáveis às situações de desrespeito das normas de confinamento.

O executivo vai também especificar quais as freguesias dos concelhos de Lisboa, Sintra, Amadora, Loures e Odivelas alvo de medidas de reforço em termos de proteção civil.

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