Termas
A informação foi avançada pelo Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na última conferência de imprensa para...

Para o Secretário da Estado da Saúde, a medida representa “uma boa notícia no sentido da recuperação da normalidade dos nossos serviços”, interrompida pela necessidade de controlo da pandemia.

Acompanhado pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, e pelo Presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, António Lacerda Sales destacou ainda que “há também algumas notícias sobre medicamentos com alguma eficácia no combate à Covid-19, que acompanhamos com entusiasmo, mas também cautela”.

 

IHMT e APAH
O Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-NOVA) e a Associação Portuguesa de...

A iniciativa, que conta com o apoio do Centro de Ciência LP e da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP), tem como objetivo avaliar e discutir o impacto da pandemia ao nível da diplomacia global, tendo como principais convidados embaixadores e outros altos dirigentes portugueses e estrangeiros.

O 1.º Web.Seminar especial decorre a 19 de junho, às 14h00, e vai incidir sobre os “Impactos e Desafios às Dinâmicas na Diplomacia Global”, a que se seguirá na semana seguinte, a 26 de junho, os “Desafios à Investigação e Cooperação na África Lusófona”.

A série #1 de webinares, que contemplou seis sessões sobre “O que sabemos sobre a COVID-19”, já fechou, mas o ciclo de Webinares prossegue, a partir de julho com uma série #2 sobre “Como reorganizar os sistemas de saúde na era COVID-19“, com especial enfoque nos PALOP.

As sessões, abertas ao público para perguntas, dirigem-se a profissionais de saúde, cientistas, estudantes e todos os interessados em saber mais sobre a pandemia que está a mudar o mundo.

A primeira sessão conta com a moderação de Luís Faro Ramos, Presidente do Instituto Camões e Alexandre Lourenço, Presidente da APAH. Entre os oradores, estão presentes Adalberto Campos Fernandes, Embaixador da CMLP; Francisco Ribeiro Teles, Secretário Executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP): José Duarte, Embaixador de Portugal da República Popular da China; e Manuela Franco, Embaixadora de Portugal na República Árabe do Egito.

Para participar e colocar as suas questões neste Webinar Especial deve proceder à sua INSCRIÇÃO ou assistir LIVE no Facebook da APAH ou do IHMT-NOVA.

 

Soluções terapêuticas
Portugueses procuram nesta terapêutica uma solução para o sistema imunitário, ansiedade, distúrbios gastrointestinais e de sono...

É uma das farmacêuticas mais antigas do país e precisamente na altura em que assinala 100 anos de existência, vê o país e o mundo lidar com uma forte crise sanitária. Chama-se ‘Raul Vieira, Grupo Farmacêutico’, tem uma estrutura familiar que vai já na quarta geração, sendo hoje liderada por duas das quatros bisnetas do seu fundador, que perante o cenário provocado pela COVID-19 imediatamente decidiram que aquilo que iam investir na festa de aniversário se iria transformar numa doação a uma unidade de saúde. O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, foi a entidade escolhida. Depois de se terem destacado no setor das vacinas, soros de uso humano e veterinário, derivados de plasma e cosmética, a empresa aposta agora exclusivamente na medicina de biorregulação de origem natural.

Foi em 1999 que Margarida e Maria de Macedo, bisnetas de Júlio de Macedo, o fundador da ‘Raul Vieira, Grupo Farmacêutico’, assumiram a liderança da empresa. Nessa altura, e fruto de uma experiência pessoal na qual tiveram a possibilidade de confirmar os resultados muito positivos no tratamento de uma doença de um familiar, e na sequência de conseguirem um contrato com um dos mais prestigiados laboratórios alemães do setor para serem a sua representante em Portugal, decidiram apostar exclusivamente na comercialização deste tipo de soluções que, à data, eram ainda pouco conhecidas no país.

“Focámo-nos em promover novas opções terapêuticas baseadas nos processos biológicos de autorregulação e associadas à visão mais vanguardista da saúde e das ciências nas últimas décadas. Ou seja, o enfoque psiconeuroendocrinoimunológico”, explica Maria de Macedo. “A saúde é um investimento que requer tempo, compromisso e responsabilidade por parte de todos nós: empresas, portugueses e profissionais de saúde”, acrescenta. O tempo veio a dar-lhes razão.

“Tem-se registado um aumento da utilização deste tipo de opções terapêuticas, assim como se tem verificado uma aposta significativa de várias empresas do setor na introdução de medicamentos com estas características em diversas classes farmacoterapêuticas”, afirma Maria de Macedo. De acordo com a mesma responsável, “existem vários exemplos de medicamentos com base em componentes naturais com uma utilização muito significativa por parte da população portuguesa, seja em distúrbios gastrointestinais, seja na mitigação de estados de ansiedade, em distúrbios de sono ou ainda no domínio da inflamação e das doenças musculoesqueléticas”.

A pandemia da COVID-19 não só veio mexer no negócio – por um lado a introdução de novos medicamentos teve de ser adiada, enquanto as soluções já existentes no mercado que são adequadas à época, como as que se relacionam com o fortalecimento do sistema imunitário ou estados gripais, tiveram um significativo aumento de vendas – mas também com os planos que Margarida e Maria tinham para festejar os 100 anos da empresa. “De imediato decidimos que os recursos que gastaríamos em celebrar, seriam usados para fazer uma doação que se materializou na oferta de 2000 máscaras cirúrgicas e 250 litros de álcool gel ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa”, refere Margarida de Macedo.

“A doação realizada pela ‘Raul Vieira, Grupo Farmacêutico’ ao Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), E.P.E., - Hospital de Santa Maria – representa um ato de generosidade, de humanismo e solidariedade, tão imprescindíveis na nossa sociedade e que tem uma maior expressão e dimensão nos dias de hoje. Esta unidade hospitalar só tem de se congratular com tais gestos, que demonstram o reconhecimento da sociedade civil, para com os nossos médicos, enfermeiros e assistentes operacionais”, afirma Nuno Marcelino, Membro do Grupo de Avaliação das Doações do CHULN,E.P.E..

“Precisamente nesta época de pandemia, temos assistido a um regresso a muitos destes valores essenciais e até familiares, o que no nosso caso diz muito, visto sermos uma empresa familiar que vai já na quarta geração. Nasce uma maior solidariedade, espírito de entreajuda e passa a importar o que é realmente importante: as pessoas. E quando se tem a história de uma empresa centenária como a nossa, que atravessou tantos períodos conturbados, sabemos, está escrito na nossa memória genética, que também esta crise passará. Que ganhando umas vezes e perdendo outras, o mundo se equilibra. E as empresas também devem dar o exemplo”, sublinha Margarida de Macedo.

Na mira destas empresárias, continuam a estar as soluções terapêuticas o mais natural possível. “Em consonância com as autoridades e demais instituições de saúde em Portugal, temos procurado promover ao longo dos anos, junto dos diferentes intervenientes, soluções, comportamentos e medidas que contribuem e promovem uma saúde com mais qualidade em Portugal para que, sempre que possível, seja aplicada uma solução biorreguladora natural, evitando ao máximo a iatrogenia medicamentosa (doença, efeitos adversos ou complicações causadas por ou resultantes de tratamento com medicamentos), respondendo com efetividade a uma grande diversidade de patologias e quadros sintomatológicos tanto na perspetiva do tratamento como na perspetiva da prevenção”, conclui Maria de Macedo.

"O AVC não fica em casa", alerta campanha
A COVID-19 tem tido um impacto negativo sério nas taxas de incapacidade e mortalidade provocadas por AVC em Portugal, uma vez...

Trata-se de uma campanha da Iniciativa Angels, um projeto de melhoria dos cuidados de saúde com o objetivo de tornar mais eficazes os cuidados de AVC em todo o mundo. A iniciativa internacional prepara os novos hospitais com cuidados de AVC e propõe-se melhorar a qualidade nos hospitais com cuidados de AVC já existentes. A cada 30 minutos, um doente com AVC, que poderia ter sido salvo, morre ou fica permanentemente incapacitado, porque não foi tratado no hospital indicado. O principal objetivo é que todos os doentes com AVC tenham acesso ao mesmo nível de cuidados independentemente da região onde se encontram.

Um inquérito da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) revelou que, de 32 hospitais portugueses, metade viu o número de doentes com AVC reduzir entre 25-50%. Face a estes números, Cláudia Queiroga destaca que “todos os elementos da equipa Angels estão dispostos a apoiar os doentes com AVC e a comunicar, através de canais apropriados, para ajudar a lidar com a situação atual. Queremos construir uma comunidade global de Unidades de AVC, o que significa prestar os melhores cuidados a todos os doentes com AVC. É fundamental evitar as graves consequências secundárias ao tratamento inadequado do AVC”, afirma a coordenadora nacional da Angels.

“Durante o período de pandemia da COVID-19, tivemos uma redução no número de doentes com AVC que se deslocavam aos hospitais”, admite o presidente da Direção da SPAVC, Prof. Castro Lopes. “Os números são preocupantes e precisamos de garantir que os doentes estão seguros para continuar a otimizar a qualidade de tratamento em todos as Unidades de AVC existentes. O tempo de chegada ao hospital é fulcral para o sucesso do tratamento, e há equipas preparadas para tratar os doentes, num circuito protegido e paralelo ao dos doentes infetados por COVID-19”, refere o especialista, na sequência de diferentes iniciativas de debate desta sociedade científica para avaliar a situação no nosso país.

A Iniciativa Angels defende ainda a importância da fase da reabilitação e do seguimento do doente com AVC, uma fase que merece tanta atenção como a fase aguda e que neste momento é motivo de preocupação. Segundo apurou a SPAVC, 93,8% dos inquiridos mostraram-se preocupados com o impacto da COVID-19 no processo de reabilitação coordenada e multidisciplinar.  “Acreditamos que vamos conseguir voltar aos processos que vínhamos implementando, com uma abordagem multidimensional para melhorar os cuidados proporcionados aos sobreviventes de AVC. Estamos motivados para continuar a lutar pelos objetivos de acesso e qualidade desta fase de cuidados”, acrescenta o fundador da SPAVC.

Para instituir processos sobre a educação do AVC nas comunidades, a Iniciativa Angels apoia ainda a campanha FAST Heroes 112, um projeto destinado a educar crianças dos 5 aos 9 anos de idade sobre como reconhecer os sintomas de AVC e como ativar corretamente os serviços de Emergência Médica, ligando 112 (Número Europeu de Emergência).

A Iniciativa Angels é um projeto com o apoio da Organização Mundial de AVC (World Stroke Organisation, WSO), da Organização Europeia de AVC (European Stroke Organisation, ESO) e da Aliança de AVC para a Europa (Stroke Alliance For Europe, SAFE). É uma iniciativa de cuidados de saúde, não promocional, pan-europeia com o objectivo de optimizar o cuidado no AVC por toda a Europa, da Boehringer Ingelheim International GmbH, apoiada pela Medtronic.

Em Portugal, conta com a colaboração da SPAVC e da Portugal AVC em diferentes iniciativas, em estreita parceria com diversas equipas multidisciplinares de cuidados de AVC.

Recorde-se que em 2019, o INEM, que também apoia a campanha, registou 4.415 casos de AVC encaminhados para a Via Verde do AVC, uma média de 12 casos por dia e um total de mais 919 casos comparativamente com 2018. Os distritos de Porto e Lisboa registaram o maior número destes encaminhamentos, com 1.041 e 916 casos, respetivamente. Seguiram-se Braga com 432, Setúbal com 309 e Aveiro com 218.

O AVC continua a ser a principal causa de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos. As primeiras horas após o início dos sintomas de AVC são essenciais para o socorro do doente, pois é esta a janela temporal que garante a eficácia dos principais tratamentos.

Reportagem
A América Latina é, segundo a OMS, o “novo epicentro” da pandemia.

Desde que a pandemia se tornou uma realidade na América Latina que a tensão predomina, sobretudo para os cerca de 158 milhões de trabalhadores informais. A falta de rendimentos e a pobreza assombram as famílias e as populações numa região onde as preocupações e o medo vão muito além das implicações da COVID-19 na saúde. “Trabalho de forma independente, a vender os meus petiscos, aquilo que tiver preparado para o dia. Mas agora, com tudo o que está a acontecer, não posso trabalhar e não temos como viver”, conta a peruana Judith Medina. Casos como os de Judith chegam recorrentemente às equipas no terreno da Ajuda em Ação, ONG que trabalha contra a pobreza e a desigualdade social na América Latina, há já 35 anos. 

William Campbell, diretor da Ajuda em Ação no Peru, explica que, para já, o seu principal objetivo é entregar “cartões de apoio alimentar a 500 famílias para que possam alimentar-se durante a quarentena” e que adicionalmente serão entregues “kits de desinfeção da água e de alimentação a 250 organizações locais e kits de higiene familiares”. Acrescenta ainda que a prioridade da ONG passa também por “dar resposta a casos de violência familiar, assegurar o apoio socioemocional para as vítimas, assim como ajudar 1.500 famílias a melhorar os seus hábitos de higiene e a recuperar os seus meios de subsistência com a entrega de apoios para retomarem os seus negócios”.


Ajuda em Ação no Equador, um dos 11 países da América Latina que fazem parte do plano de emergência da ONG durante a pandemia

Da Colômbia chega outro testemunho semelhante. Rogelio Montes, trabalhador informal da construção civil, é um dos milhares de colombianos que hoje não tem o que comer devido ao confinamento. Em sua casa, Rogelio era o único que trabalhava e, desde que a crise sanitária chegou ao país, já não o pode fazer. Agora vive do “biscate”, daquilo que surja no dia a dia. Com a voz tímida e embargada, desabafa que a vida durante a quarentena não tem sido fácil, que o jantar tem sido as sobras do almoço e que já não consegue garantir a alimentação básica aos seus filhos. As histórias que chegam às equipas da ONG no terreno tornam evidente que, na América Latina, as pessoas veem-se numa situação impossível entre ficar em casa para combater a COVID-19 ou sair para trabalhar para não morrerem de fome.

O Rogelio e a Judith são, segundo o economista e investigador peruano Hugo Ñopo, os rostos menos visíveis da preocupante situação económica que se vive na América Latina. Estamos a falar do “condutor que sai para trabalhar todas as manhãs e que no final do dia pode levar algum dinheiro para casa, dinheiro esse que agora não existe. Ou das pessoas que saem para vender. Há muitos trabalhadores independentes, pequenos empreendedores que dependem do dia a dia e que, de repente, se veem sem qualquer rendimento”.

A formação destes pequenos empreendedores em plena pandemia faz, por esta razão, parte do plano de emergência que a Ajuda em Ação pôs em prática na região e que inclui 11 países, entre os quais Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e México. Mas não só. A ONG pretende apoiar um total de 500 mil pessoas na luta contra o novo coronavírus através da distribuição de equipamento médico, como testes à COVID e medicamentos, e de kits de higiene com luvas, máscaras e folhetos informativos sobre práticas de higiene. Garantir o acesso a água potável, reabilitar centros de saúde ou unidades de vigilância epidemiológica e formar profissionais de saúde também estão entre as ações previstas.

“É muito difícil obrigar o trabalhador informal a paralisar a sua atividade económica”, alerta especialista

A 31 de maio, a América Latina ultrapassou uma marca assustadora na luta contra a COVID-19, ao ter alcançado um milhão de infetados e 50 mil mortes. Não é, por isso, de surpreender que, nesse mesmo mês, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tenha referido que a região se tornou num dos novos epicentros da pandemia. E há vários países que apresentam números verdadeiramente preocupantes. É o caso do Peru e do México. O primeiro regista 237.156 casos de COVID-19 e 7.056 mortes, o segundo conta com um número inferior de casos positivos – 154.863 -, mas muito mais mortes: ascendem às 18 mil.

A predominância de uma economia informal pode ajudar a explicar a rápida propagação do vírus. Vinícius Pinheiro, diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a América Latina e Caribe, salienta que “é muito difícil obrigar o trabalhador informal a paralisar a sua atividade económica". E essa realidade está à vista. Os mercados e feiras estão cheios de vendedores que não podem parar de trabalhar para garantirem o seu rendimento e, por sua vez, de aglomerados de pessoas que ali adquirem o que vão comer naquele dia – muitos nem frigorífico têm em casa para conservar os alimentos por mais tempo.


População no mercado de Bambamarca, Peru

Nas feiras de rua de Lima, 80% das pessoas estão contaminadas “porque quem precisa de vender para sobreviver fura o isolamento, é o dilema entre o vírus e a fome”, salienta o diretor da OIT para a América Latina e Caribe, dando como exemplo o Peru, um dos países da América Latina que mais rapidamente reagiu à ameaça da COVID-19, impondo de imediato o confinamento social, e que agora vê os seus números aumentarem de forma vertiginosa.

COVID-19, pobreza e uma tempestade tropical: o caso de El Salvador

Nos países latino-americanos que, para já, não apresentam números de COVID-19 tão expressivos, a situação atual não deixa de ser também delicada. O Equador, por exemplo, tem sido um dos mais castigados pela pandemia, com relatos de corpos espalhados pelas ruas à espera que as autoridades os vão recolher. Contudo, os números oficiais acabam por não corresponder à realidade retratada. Também na Nicarágua, nas Honduras, na Guatemala, em El Salvador ou na Bolívia, o vírus tem vindo a propagar-se pela população e a fazer inúmeras vítimas, quer pelo contágio da COVID-19, quer pelo aumento considerável das pessoas em situação de pobreza e pobreza extrema. Sinal disso são as bandeiras brancas e vermelhas nas janelas das casas que assinalam que ali a comida e os medicamentos já escasseiam.

Em El Salvador a situação atual agravou-se no passado dia 31 de maio com a passagem da tempestade tropical Amanda que já provocou 27 mortes e desalojou 11 mil pessoas. A Ajuda em Ação interveio imediatamente estendendo a sua resposta de ajuda humanitária. Como explica Michael Sambrano, diretor da ONG no país, esta “dupla emergência está a agravar as desigualdades sociais, económicas e sanitárias que já existiam em El Salvador. Na Ajuda em Ação estamos a monitorizar a evolução dos danos causados e estamos a apoiar as famílias mais afetadas. Também vamos continuar a fazê-lo durante a reconstrução para que recuperem as suas vidas”. Para já, a ação da ONG centra-se em garantir o acesso a água potável a 32 famílias, na entrega de material de higiene e desinfeção em seis abrigos e na distribuição de material de prevenção e higiene entre 1.500 refugiados espalhados por vários abrigos no país, a fim de travar ao máximo a disseminação da pandemia.

Resposta de emergência da Ajuda em Ação face à COVID-19 e à tempestade Amanda em El Salvador

COVID-19 pode fazer mais de 214 milhões de vítimas da pobreza na América Latina

Os números da pandemia na América Latina estão a deixar em alerta ONG, organizações internacionais e as populações que sentem na pele as suas consequências diretas e indiretas. E os números estimados da pobreza na região são alarmantes. O mais recente relatório da Comissão Económica para a América Latina e Caribe (CEPAL), revela que a crise económica gerada pela pandemia deverá levar mais 28,7 milhões de latino-americanos à pobreza e mais 15,9 milhões à pobreza extrema. Assim, no final de 2020, para além das vítimas da COVID-19, a América Latina deverá contabilizar um total de 214,7 milhões de vítimas da pobreza e 83,4 milhões vítimas de pobreza extrema. México, Nicarágua e Equador deverão ser os países onde se registarão os maiores aumentos da pobreza extrema, avança o mesmo relatório.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Novo foco da doença
O Instituto Português de Lisboa Francisco Gentil (IPO de Lisboa) confirmou a informação sobre a existência de um foco de covid...

De acordo com um comunicado do IPO, oito profissionais de saúde e 12 doentes internados no Serviço de Hematologia no IPO de Lisboa testaram positivo para o coronavírus.

Os casos foram diagnosticados no âmbito das ações de rastreio e das medidas de contenção realizadas pelo IPO, onde já se contabilizaram cerca de seis mil testes, tendo sido testados 2.700 doentes e mais de 1.500 prestadores, inclusive profissionais externos.

O IPO Lisboa informa que "acionou imediatamente as medidas de contenção previstas no seu plano de contingência, tendo os doentes com infeção já tido sido transferidos para outras unidades do Serviço Nacional de Saúde, encontrando-se em situação clínica estável".

Os doentes do Serviço de Hematologia com resultados negativos permanecem internados no IPO Lisboa.

"O Hospital mantém o normal funcionamento, devendo os doentes manter as consultas e os tratamentos agendados que estão a ser prestados em condições de segurança", lê-se ainda no mesmo comunicado.

 

Em colaboração com a OMS
Metade da população do planeta está exposta ao aumento da poluição do ar, de acordo com uma investigação da Universidade de...

O estudo, realizado em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), constatou que este problema constitui uma ameaça para a saúde pública, sendo que em diversas áreas do planeta esta é uma ameaça em crescimento.

A equipa de investigadores, liderada pelo professor Gavin Shaddick, da Universidade de Exeter, conseguiu demonstrar o aumento dos níveis de poluição aos quais grandes setores da população mundial estão expostos.

Shaddick observou não é simples quantificar concretamente os resultados de políticas implementadas, mas enfatizou que analisar em conjunto estas políticas com as tendências globais, regionais e locais na poluição do ar “pode ​​fornecer informações essenciais” para projetar e acompanhar ações futuras.

Os cientistas utilizaram dados de análise do solo junto com informações fornecidas por satélite sobre a profundidade ótica dos aerossóis (uma medida da dispersão e absorção da luz visível por partículas na atmosfera) e modelos de transporte químico para construir perfis anuais de qualidade do ar de acordo com países e regiões.

Os especialistas destacaram que esta metodologia constitui um importante avanço na capacidade de acompanhar o progresso em direção aos indicadores relacionados à qualidade do ar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU e também expande a base de evidências sobre o impacto desse fator na saúde.

A OMS estima que mais de quatro milhões de mortes anualmente podem ser atribuídas à poluição, que geralmente é causada pelo uso ineficiente de energia em residências, indústria, desmatamento, transporte e atividade agrícola, assim como centrais elétricas a carvão.

O continente Asiático é o que apresenta as maiores concentrações de ar poluído.

“Embora as políticas a longo prazo para reduzir a poluição do ar tenham-se mostrado eficazes em muitas regiões, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, ainda existem regiões que apresentam níveis perigosamente altos de poluição do ar, cerca de cinco vezes mais que as Diretrizes da OMS, disse Shaddick.

Falsos negativos
O distribuidor nacional dos testes rápidos de anticorpos Tell Me Fast Rapid Diagnostic Test Coronavirus (COVID-19) IgG/IgM...

O fabricante justifica estes incidentes com o facto de este lote fazer parte da produção inicial do teste e, por isso, não incluir as melhorias entretanto introduzidas para aumentar a sua sensibilidade e especificidade para a deteção de baixos níveis de anticorpos IgG.

Perante o acima exposto, o Infarmed determina a suspensão da comercialização e recolha do lote afetado.

Relembra-se que os testes de diagnóstico laboratorial para SARS-CoV-2, incluindo os testes rápidos, só podem ser realizados por laboratórios hospitalares ou outros com biossegurança de nível 2, e em unidades prestadoras de cuidados de saúde2.

A informação sobre o desempenho clínico dos testes rápidos de anticorpos é ainda limitada. Por outro lado, sendo testes de deteção da resposta imunológica, não estão recomendados para o diagnóstico de novos casos de COVID-19, uma vez que, quando interpretados isoladamente não exclui a possibilidade da pessoa estar infetada. Apesar da sua limitada utilidade clínica, estes testes podem ser utilizados em estudos de investigação

Para obtenção de informações adicionais sobre estes testes recomenda-se a leitura da Orientação da DGS relativa ao Diagnóstico Laboratorial da COVID-19 e da circular informativa conjunta relativa aos Testes Laboratoriais para SARS-CoV-2; Testes Rápidos.

Quaisquer incidentes ou outros problemas relacionados com estes dispositivos médicos devem ser notificados à Unidade de Vigilância de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 71 45; fax: +351 21 111 73 16; e-mail: [email protected].

 

Balanço
Foi no passado domingo que Portugal atingiu um milhão de testes realizados ao novo coronavírus. 6,5% resultaram em casos...

“Do total destes testes, 45,2% foram realizados em laboratórios públicos, 39,2% em laboratórios privados e 15,7% em outros laboratórios”, afirmou a governante, na conferência de imprensa para a atualização dos dados da Covid-19, que vai deixar de ser diária, passando a acontecer apenas três dias por semana.

Acompanhada pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, Marta Temido destacou também a quantidade de testes que têm sido realizados na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde desde há um mês se tem registado um acréscimo de casos de, referindo que entre maio e junho “foram realizados 4.600 testes por dia, ou seja, mais mil diários do que no mês de abril”.

“Desde há um mês que tem havido um acréscimo do número de testes e temos levado a cabo várias operações de testagem massiva e uma operação de rastreio entre 30 de maio e 6 de junho nos concelhos de amadora, Sintra, Loures, Odivelas e Lisboa e deste esforço intensivo de testes resultou uma melhor identificação dos novos casos e um melhor conhecimento da doença e adequado encaminhamento”, afirmou.

Lisboa e Vale do Tejo tem Gabinete regional de intervenção para a supressão da Covid-19

O rastreio realizado nos concelhos de Lisboa e Vale do Tejo incidiu em determinadas áreas económicos e foram realizadas 14.117 colheitas de amostras de material biológico, das quais 731 tiveram resultado positivos (5,1%).

Destas colheitas, 93% dos casos já estão incluídos nos números fornecidos pelo boletim epidemiológico.

Além desta operação de testagem específica, outros rastreios foram realizados, por iniciativa de entidades empregadoras particulares, tendo “impacto no número do país». 

A Ministra destacou ainda o trabalho do gabinete regional de intervenção para a supressão da Covid-19 de Lisboa e Vale do Tejo.

A Covid-19 é uma doença causada pela infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). A doença manifesta-se predominantemente por sintomas respiratórios, nomeadamente, febre, tosse e dificuldade respiratória, podendo também existir outros sintomas, entre os quais, odinofagia (dor de garganta), e dores musculares generalizadas.

Alerta da APFISIO
A presença de fisioterapeutas nas Unidades de Cuidados Intensivos de forma permanente não é uma realidade em Portugal e está a...

O alerta é dado pela Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APFISIO), que insiste na importância de assegurar a presença de fisioterapeutas nestas unidades 24 horas por dia, tal como já acontece na generalidade dos países desenvolvidos.

“Não aceder a cuidados de Fisioterapia, integrados numa abordagem multiprofissional, desde o contexto de cuidados intensivos, internamento hospitalar ou domiciliário e, posteriormente, na comunidade, implicará uma recuperação muito mais lenta, sobretudo nos casos de multimorbilidade, onde as limitações funcionais consequentes poderão ser graves e permanentes”, afirma Adérito Seixas, presidente da APFISIO.

Acresce que, adianta o mesmo responsável, “no internamento hospitalar isso implicará um internamento mais prolongado e, na comunidade, uma maior dificuldade no regresso à vida ativa. Estas repercussões representam um aumento dos custos para o SNS, afetando naturalmente a economia e a sociedade, mas mais importante, as pessoas e famílias”.

A APFISIO reforça que, nos casos mais graves de doentes com Covid-19, que necessitaram de internamento em UCI e ventilação mecânica, a ausência de cuidados de fisioterapia pode potenciar a ‘Síndrome pós-internamento em cuidados intensivos’, que envolve alterações físicas, cognitivas e psicológicas que afetam gravemente a qualidade de vida.

Em internamento hospitalar, lembra a Associação, pode verificar-se, logo nos primeiros sete dias, a perda de cerca de 20% da massa muscular da pessoa, levando a situações graves de fraqueza muscular, fadiga, rigidez articular e perda de funcionalidade.

“Considerando que cerca de 20% dos casos de doentes com Covid-19 podem apresentar quadros graves ou muito graves, envolvendo por vezes períodos de internamento superiores a três semanas, é fácil antecipar as consequências negativas que daí advêm”, antecipa Adérito Seixas.

No contexto da Covid-19, a APFISIO reitera que as intervenções de fisioterapia iniciadas em internamento ou imediatamente após alta hospitalar são seguras, eficazes e recomendadas pela European Respiratory Society (ERS) e American Thoracic Society (ATS), as duas sociedades científicas mais relevantes a nível mundial na área da medicina respiratória, esperando assim que o acesso a estes cuidados seja assegurado e a sua importância devidamente reconhecida.

O presidente da Associação recorda ainda que “antes da pandemia, menos de 2% dos doentes com doença respiratória crónica tinha acesso a programas de reabilitação respiratória, seja em contexto hospitalar, cuidados de saúde primários ou na comunidade”.

“A insuficiência de recursos humanos de fisioterapia, principalmente no SNS, é uma das causas e é urgente reforçar o número de fisioterapeutas nestes contextos uma vez que, com a pandemia, o número de doentes elegíveis para estes cuidados vai aumentar”, preconiza.

No que respeita aos procedimentos e intervenções que a fisioterapia poderá realizar junto de doentes com Covid-19, a APFISIO aponta que, na fase aguda da doença, os cuidados devem centrar-se no controlo e otimização da respiração e dor, na desobstrução das vias aéreas, na prevenção de complicações músculo-esqueléticas e disfunção muscular, mobilização precoce e no treino das capacidades físicas, iniciando a readaptação ao esforço e às capacidades funcionais ajustada à condição da pessoa.

Após a alta, a Fisioterapia deve focar-se numa avaliação compreensiva de cada pessoa, de forma a desenvolver de forma personalizada a força muscular, a funcionalidade e a tolerância ao esforço, reduzir a sensação de falta de ar, a fadiga e a dor, facilitar a adaptação psicológica e a integração no dia-a-dia de cada pessoa.  

Recorde-se que, no passado mês de março, depois de operacionalizar o recrutamento de um grupo de fisioterapeutas para atuar em contexto de Unidades de Cuidados Intensivos, a APFISIO disponibilizou, junto do Governo e da Direção-Geral da Saúde (DGS), mais de 170 fisioterapeutas que integraram uma bolsa de voluntários com formação específica para colaborar nos cuidados às pessoas com Covid-19, no sentido de reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Refira-se que os integrantes deste grupo de mais de 170 fisioterapeutas realizaram uma formação gratuita denominada “Atualização em Fisioterapia Respiratória no doente com COVID-19: da UCI à autonomia funcional”, que contou com mais de 540 inscritos (490 fisioterapeutas a exercer em Portugal), integrando ainda profissionais a trabalhar com utentes com COVID-19, quer em contexto hospitalar (SNS e hospitais privados), quer em cuidados respiratórios domiciliários.

Em três anos
Em três anos, a Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) e a Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH), com o apoio da...

O especialista em Hematologia Clínica no Hospital de São João, Rui Bergantim, que lidera a equipa de investigadores vencedores da 1ª Bolsa em Mieloma Múltiplo, atribuída em 2017, explica “O MM mantém-se como uma neoplasia incurável, sendo um dos maiores desafios na abordagem desta doença hematológica quando um doente é resistente aos fármacos usados e inevitavelmente progride ou tem uma recaída.” Assim, os investigadores estão a pesquisar biomarcadores, que possam prognosticar a resistência ou sensibilidade aos fármacos que serão usados, personalizando a terapêutica destes doentes. 

O especialista e investigador Rui Bergantim conclui “Encontramo-nos na fase de validação de potenciais micro-RNAs identificados numa amostra maior de doentes e, brevemente, em controlos saudáveis. Estamos confiantes que teremos em breve mais informação sobre esta abordagem e esperamos que os resultados possam contribuir para uma terapêutica personalizada dos doentes com MM, o que pode ditar uma verdadeira revolução no tratamento.”

Em 2018, na sua 2ª edição, a Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo foi atribuída a Maria Inês Almeida, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar/ Instituto de Engenharia Biomédica/ Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (Porto) e investigadora principal do projeto. “As lesões osteolíticas e doença óssea são características do mieloma múltiplo, afetando a qualidade de vida dos doentes e causando um aumento da morbidade e mortalidade”. Neste projeto, os investigadores propõem-se desenvolver duas vertentes, uma de estudos in vitro com células dos doentes, e outra de biomarcadores circulantes, nos doentes. A dor óssea é uma das principais manifestações clínicas da doença e estes doentes têm um risco aumentado de fratura. “Pretendemos não só diminuir a proliferação das células malignas, mas também regular o microambiente do osso. A Bolsa de Investigação em Mieloma Múltiplo foi importante porque nos permitiu iniciar uma nova linha de investigação, baseada na utilização de ferramentas de biologia molecular, sobre o tratamento de doença óssea e doença maligna. Para além disso, permitiu financiar uma parte inicial do projeto, cujos resultados foram cruciais para atrair financiamento internacional de forma a dar continuidade a esta ideia inovadora, o que já conseguimos fazer” avança a investigadora Maria Inês Almeida.

Vasco Bonifácio, do Instituto de Bioengenharia e Biociências (IBB) do Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa (IST-UL), é o investigador responsável do projeto “OSTEOGLUTIS”, vencedor da 3ª Edição da Bolsa em 2019, que pretende também impulsionar a investigação no desenvolvimento de novas terapêuticas desta doença hemato-oncológica. O projeto, na área da medicina regenerativa baseada na diferenciação osteogénica in vitro, sem recurso a manipulação genética, de células estaminais encontra-se em fase de ensaios preliminares para otimização de protocolos do processo. O investigador Vasco Bonifácio explica: “Já efetuamos a síntese das nanopartículas indutoras de osteogénese e estamos a ajustar os protocolos para a diferenciação osteogénica in vitro. Os resultados já obtidos são positivos. Esperamos até ao final do ano conseguir obter mais algumas respostas para a utilização de células estaminais no tratamento do mieloma múltiplo.”

João Raposo, Presidente da SPH refere que “será sempre um objetivo prioritário da SPH incentivar a investigação científica em qualquer vertente que se ligue com a Hematologia. Manifestamos a nossa disponibilidade em colaborar neste tipo de apoios”.

Manuel Abecasis, Presidente da APCL acrescenta que “as respostas que encontrarmos com estas três investigações em curso podem melhorar a qualidade de vida e a sobrevivência dos doentes com mieloma múltiplo não só em Portugal, como em todo o mundo. Estamos, por isso, muito satisfeitos por a APCL ter feito parte deste importante investimento nesta doença oncológica rara”.

Tiago Amieiro, Diretor-Geral da Amgen afirma que “o mieloma múltiplo é uma área prioritária da Amgen, em particular por ser uma doença rara que ainda não tem cura. Com este investimento reforçarmos o nosso compromisso nacional para com a investigação e enfatizamos a importância do nosso trabalho em conjunto com investigadores, associações de doentes, sociedades médicas e com as entidades na área da saúde, pelos doentes”.

Medicina Interna
Ao abrigo de um projeto desenvolvido por várias coordenações do Núcleo de Internos de Medicina Interna (NIMI) da Sociedade...

Para Ricardo Fernandes, coordenador geral, “este guia pretende ser uma ferramenta de trabalho de fácil acesso para a prática diária da Medicina Interna no ambiente de consulta externa (obviamente podendo ser legitimamente utilizado em outros cenários uma vez que medicina Interna é inesgotável na sua essência e nos cenários onde pode ser “praticada”. É multissistémica e multidimensional.

O guia conta com 115 capítulos redigidos por autores de todo o país, com conteúdos atuais correspondentes às diferentes áreas do saber - neurologia, cardiovascular, pneumologia, gastroenterologia, nefrologia/urologia, endocrinologia, doenças autoimunes/reumatologia, infeciologia, hematologia, oncologia, geriatria e nutrição. Foi um trabalho moroso mas possível graças ao empenho de todos e à excelente receptividade do projecto nas suas diferentes fases.

O guia pode ser consultado em: https://www.spmi.pt/guia-do-internista-na-consulta-externa/

 

Mais informação e acessível a todos os dispositivos
O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde renovou a base de dados nacional de medicamentos de uso...

A plataforma para além de apresentar um novo layout, dispõe de mais informação e apresenta-se numa versão que se adapta a qualquer dispositivo sem perder funcionalidades.

A pesquisa geral está disponível logo na página inicial, permitindo a busca por nome do medicamento ou da substância ativa. Já a pesquisa avançada inclui novos campos de pesquisa, resultado das sugestões que o Infarmed tem recebido ao longo dos anos de existência desta aplicação, como a via de administração, a comercialização das apresentações ou o número de processo.

A lista de resultados permite verificar o estado de Autorização de Introdução no Mercado (AIM), se o medicamento está comercializado e consultar o Resumo de Características do Medicamento (RCM) e o Folheto Informativo (FI).

Nos detalhes do medicamento também existe informação nova como a duração do tratamento, os dispositivos de segurança e, em breve, também disponibilizará os relatórios de avaliação de financiamento público.

Todos os conteúdos estão agora disponíveis em duas línguas: português (PT) e em inglês (EN), com a exceção de alguns documentos.

 

 

Informação atualizada sobre as praias e a qualidade da água
A Agência Portuguesa do Ambiente lançou, em 2019, a aplicação móvel “Info Praia” para smartphones ou

Nesta aplicação são disponibilizados, de forma simples e direta, os dados de classificação anual de cada água balnear, as principais características (tipo de água balnear, existência do galardão bandeira azul e praia acessível, existência de obras, risco de erosão das arribas) e os serviços existentes – tais como: restaurantes, apoio balnear, nadador salvador, existência de cadeira anfíbia, entre outros.

Estado de ocupação das praias

Este ano, face ao contexto atual, a maior concentração nas praias, pode resultar no aumento do risco de contágio, caso não sejam adotadas as regras de higiene e medidas de segurança.

Assim, a época balnear de 2020 traz novas regras relativas à circulação nos acessos às praias, às instalações balneares e à ocupação da área de uso balnear, de forma a respeitar o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde.

Deste modo, para evitar a afluência excessiva às praias, as entidades concessionárias ou as autarquias locais, no caso de praias não concessionadas, passam a sinalizar o estado de ocupação utilizando a seguinte sinalética de cores através de bandeiras à entrada da praia:

Verde: ocupação baixa, que corresponde a uma utilização até um terço;

Amarelo: ocupação elevada, que corresponde a uma utilização entre um terço e dois terços;

Vermelho: ocupação plena.

Para saber o nível de ocupação, poderá ser feita uma pesquisa, pelo nome da praia ou uma pesquisa avançada, podendo procurar as praias perto da localização em que se encontra, utilizando a opção “perto de mim” ou escolher o concelho, e ainda associar várias características ou serviços. Para o resultado da pesquisa é ainda possível obter “direções” para chegar mais rapidamente.

Ainda nesta aplicação podem ser definidas as praias favoritas, clicando no “coração” e assim ter sempre em destaque a informação disponível.

Atenção: A informação do estado de ocupação das praias apresentada na App é meramente indicativa. Ao chegar à praia verifique sempre a informação ali disponível.

Monitorização e avaliação da qualidade da água

Antes do início da época balnear e, com base nos resultados obtidos nos últimos 4 anos, a APA classifica a qualidade de cada uma das águas balneares como: "Excelente"; "Boa"; "Aceitável" ou "Má". Esta classificação é depois utilizada, por exemplo, para a atribuição do galardão da Bandeira Azul.

É também de salientar que durante toda a época balnear a Agência Portuguesa do Ambiente realiza cerca de 6000 análises, para avaliar se as águas continuam aptas para o banho, garantindo assim uma maior segurança para si e para os seus.

Também através da aplicação será notificado sempre que forem obtidos os respetivos resultados, sendo que as praias favoritas ficam sempre em destaque. Caso os valores sejam iguais ou inferiores aos da norma, considera-se a «Adequada», ou seja, a prática balnear decorre sem restrições relacionadas com a qualidade da água. Caso um dos valores ultrapasse a norma definida, então pode ser desaconselhado ou mesmo interditado o uso balnear, de forma temporária ou até ao final da época balnear, considerando-se «Imprópria». Deve por isso ficar atento ao painel informativo da praia ou pode, em segundos, consultar nesta App toda esta informação. Integração de dados de previsão meteorológica do IPMA

A informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente é complementada pelos dados de previsão meteorológica diária fornecidos pelo serviço do IPMA - Instituto Português do Mar e da Atmosfera (site IPMA https://www.ipma.pt/pt/index.html).

Mensagem Final

Sempre que puder selecione praias com ocupação baixa (sinalizadas com bandeira verde), vigiadas, com boa qualidade e outras condições importantes para si.

Adote sempre práticas de segurança e coloque os seus resíduos no recipiente próprio. Porque as praias são um bem inestimável e preservá-las é um dever de todos nós.

Toda a informação das nossas praias na palma da sua mão!

A App “Info Praia” pode ser descarregada gratuitamente através do Google Play em https://play.google.com/store/apps/details?id=ptapambiente.info_praia&hl=pt_PT ou na App Store em https://apps.apple.com/pt/app/info-praia/id1467347173.

Referência Bibliográfica: APA (2020), “App Info Praia”, disponível na web em http://apambiente.pt/?ref=19&subref=906&sub2ref=1587

Maria Helena Junqueira - Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-cirúrgica
Pedro Quintas - Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Endometriose afeta 10 a 15% das mulheres em idade fértil
A Mulherendo - Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose solicitou uma audiência à Comissão de Saúde no...

“Enquanto única Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose, a Mulherendo congratula o Bloco de Esquerda por ter tido a iniciativa de apresentar estas propostas no Parlamento, reforçando assim a importância do trabalho de sensibilização, formação e consciencialização para a problemática da Endometriose que a nossa Associação desenvolve desde 2013, com mérito socialmente reconhecido.”, refere Susana Fonseca, presidente da Mulherendo.

Contudo, a porta-voz da associação considera que a Mulherendo poderia ter sido consultada pelo BE no sentido de poder colaborar na elaboração dos projetos levados à Assembleia da República.

“Não podemos deixar de lamentar ter tido conhecimento desta iniciativa pela comunicação social, bem como, não termos sido ouvidas para a elaboração das propostas a apresentar em representação das pacientes que sofrem com esta patologia. Reforçamos ainda que, algumas das medidas propostas, já se encontram implementadas pela nossa Associação com sucesso”, sublinha Susana Fonseca, anunciando que a associação já solicitou uma audiência à Comissão de Saúde e emitiu um comunicado sobre esta matéria a todos os partidos com assento parlamentar.

De referir que, a criação da Mulherendo - Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Endometriose, em 2013, veio colmatar a ausência total de informação e apoio às mulheres com Endometriose. Desde a sua constituição que a associação tem por objetivo chamar a atenção da população em geral e da classe médica para a existência desta patologia que afeta uma em cada dez mulheres em idade fértil, bem como dar apoio, de forma direta às pacientes que já estão com o diagnóstico ou que, tendo todos os sintomas, se veem privadas do mesmo por falta de formação específica dos profissionais de saúde a quem recorreram.

Mulherendo recebeu 1793 contactos de pacientes em 2019

Entre as atividades promovidas pela Mulherendo, destaca-se o constante suporte e apoio às pacientes portadoras desta patologia, de forma totalmente gratuita, seja de forma direta e presencial, seja através dos contactos da associação. Em 2019, a Mulherendo recebeu um total de 1793 contactos por parte de pacientes.

De forma a concretizar os objetivos da Associação - com vista a obter um diagnóstico mais precoce e a melhoria da qualidade do tratamento e consequente melhoria de qualidade de vida das pacientes que representam -, a MulherEndo formalizou uma candidatura ao Programa de Capacitação para o Investimento Social de onde resultou a formação certificada de um total de 16 pacientes, englobando 66 horas sobre Endometriose [contando, como formadores, com 14 especialistas em diferentes áreas]. O objetivo base desta formação foi o de qualificar estas mulheres, residentes em várias zonas do país, de Norte a Sul, para implementar sessões de esclarecimento e sensibilização em estabelecimentos de ensino e em unidades de saúde primárias.

“Para estas sessões, criámos um conjunto de materiais devidamente adequados e preparados tendo em conta o público alvo, nomeadamente dois vídeos informativos [um vídeo animado para escolas e um vídeo informativo com a participação de especialistas em Endometriose destinado a profissionais de saúde], apresentações em Power Point para os diferentes públicos, dois Kits com jogos adequados às idades [EndoSmart e EndoQuizz], e um manual informativo que é entregue nas unidades de saúde aquando das sessões de sensibilização”, esclarece Susana Fonseca.

De destacar ainda que, todos os anos, a Mulherendo organiza a World Wide EndoMarch que se realiza, simultaneamente, em várias cidades em todo o mundo, em março - o mês de sensibilização para a Endometriose -, e que tem como objetivo desmistificar a doença. Esta iniciativa, em Portugal, tem vindo a crescer sucessivamente em dimensão e reconhecimento e, no último ano, a associação juntou mais de 600 participantes na Praça do Comércio, em Lisboa.  

A endometriose é uma doença inflamatória crónica, estrogénio-dependente, que se caracteriza pela presença de glândulas e estroma endometrial fora do útero. É uma doença complexa que provoca dores pélvicas crónicas incapacitantes. Ainda se desconhece a sua origem, mas afeta sobretudo as mulheres em idade reprodutiva, entre 10 a 15%. Nas mulheres com infertilidade, essa prevalência aumenta para cerca de 30 a 50%. A doença costuma ser diagnosticada entre os 25 e os 35 anos, apesar dos primeiros sinais se poderem manifestar anos antes, com o início da menstruação.

Em doentes adultos com dermatite atópica moderada a grave
O tralokinumab 300 mg, administrado por via subcutânea a cada duas semanas, que demonstrou eficácia e segurança com ou sem o...

Tralokinumab é um tratamento experimental em desenvolvimento clínico e a sua eficácia e segurança não foram avaliadas por nenhuma autoridade reguladora. O fármaco em estudo é um anticorpo monoclonal totalmente humano que neutraliza especificamente a citocina IL-13, um elemento chave da inflamação crónica subjacente na DA.

"Dado o sério impacto físico, social e emocional da DA moderada a grave, existe uma necessidade crítica de opções de tratamento adicionais para os doentes", disse Eric Simpson, MD, investigador clínico principal do estudo ECZTRA 2 e Professor de Dermatologia da Universidade de Ciência e Saúde do Oregon.

“Estes resultados são os primeiros resultados de Fase 3 apresentados na DA para um medicamento biológico que visa especificamente a IL-13, a qual se pensa ser uma citocina chave que impulsiona a inflamação na pele com DA.” “Estamos entusiasmados pelo facto de 9 em cada 10 doentes que alcançaram a resposta clínica definida à semana 16, mantiveram a resposta à semana 32, quando o fármaco em estudo foi administrado a cada duas semanas, em combinação com um TCS. Além disso, em doentes que respondem ao medicamento a cada duas semanas em monoterapia à semana 16, a maioria manteve a resposta à semana 52, sem qualquer uso de TCS”, disse Kim Kjoeller, MD, Vice-presidente Executivo de Investigação e Desenvolvimento Global da LEO Pharma. “A herança da LEO Pharma na dermatologia médica e o foco estratégico no avanço da ciência das doenças inflamatórias da pele colocam-nos numa posição única para satisfazer as necessidades significativas e variadas não correspondidas das pessoas que vivem com DA.”

O Professor Doutor Tiago Torres, Dermatologista no Centro Hospitalar Universitário do Porto e investigador em vários ensaios clínicos na área da dermatite atópica, comentou que “a dermatite atópica é uma doença crónica que afeta um número significativo de indivíduos, na qual as formas moderadas a graves têm um elevado impacto físico e mental, assim como na qualidade de vida dos doentes e dos seus cuidadores e familiares. A utilização prolongada de terapêuticas sistémicas imunossupressoras, usadas para tratar a maioria dos casos mais graves, é acompanhada de um elevado número de efeitos adversos, assim como de necessidades não correspondidas em termos de eficácia e controlo da doença. Por esta razão, o desenvolvimento e utilização de anticorpos monoclonais específicos que atuam nas vias imunológicas e citocinas ligadas à fisiopatologia da dermatite atópica, como é o caso da IL-13, representa uma mais-valia terapêutica e um passo importante para o futuro próximo do tratamento desta patologia”.

Sobre os ensaios clínicos ECZTRA 1, 2 e 3

ECZTRA 1 e ECZTRA 2 (ensaios clínicos com medicamentos para o ECZema Nº. 1 e 2) foram ensaios aleatorizados, com dupla ocultação, controlados por placebo e multinacionais de 52 semanas, que incluíram 802 e 794 doentes adultos, respetivamente, para avaliar a eficácia e segurança do fármaco em estudo (300 mg) como monoterapia em adultos com DA moderada a grave.

ECZTRA 3 foi um ensaio com dupla ocultação, aleatorizado, controlado por placebo e multinacional de 32 semanas, que incluiu 380 doentes adultos, para avaliar a eficácia e segurança do fármaco em estudo (300 mg) em combinação com TCS em adultos com DA moderada a grave.

Nos três ensaios, o fármaco alcançou os endpoints primários à semana 16, conforme avaliado na pontuação da Avaliação Global pelo Investigador de pele limpa ou quase limpa (IGA 0/1) e, pelo menos, uma melhoria de 75% na pontuação do Índice de Extensão e Gravidade do Eczema (EASI-75). O medicamento também demonstrou melhorias significativas nos endpoints secundários, incluindo a extensão e gravidade das lesões cutâneas, como prurido (comichão) e pontuações de qualidade de vida relacionadas com a saúde na semana 16, quando administrado a cada duas semanas com ou sem o uso concomitante de TCS. Os endpoints secundários que avaliaram sinais e sintomas de DA foram medidos por alterações nas seguintes pontuações: Classificação da Dermatite Atópica (SCORAD), Escala de Classificação Numérica de Prurido (NRS) e Índice Dermatológico de Qualidade de Vida (DLQI).3,4

Nos ensaios em monoterapia ECZTRA 1 e 2, a maioria dos doentes tratados com a molécula de 300 mg a cada duas semanas que alcançou uma resposta clínica à semana 16 (IGA 0/1 ou EASI-75), manteve a resposta à semana 52 sem o uso de TCS.3

No ensaio combinado ECZTRA 3, significativamente mais doentes tratados com o fármaco em estudo e TCS alcançaram IGA 0/1 (39%) e/ou EASI-75 (56%) à semana 16 em comparação com doentes tratados com placebo e TCS (26% e 36%; p = 0,015 e p <0,001 para IGA 0/1 e EASI-75, respetivamente)4

Além disso, a maioria dos doentes que respondeu à semana 16 manteve a resposta à semana 32, ao continuar com duas frequências de dosagem diferentes do medicamento. 9 em cada 10 doentes aleatorizados para continuar com a dosagem do medicamento experimental a cada duas semanas e um TCS mantiveram pele limpa ou quase limpa à semana 32, enquanto 8 em cada 10 doentes aleatorizados para continuar com uma dose a cada quatro semanas e um TCS mantiveram pele limpa ou quase limpa à semana 32.3,4

A molécula demonstrou um perfil de segurança comparável ao placebo durante 52 semanas, no que diz respeito à frequência e gravidade de eventos adversos (EA).3,4

Saúde Mental
O Governo constitui um grupo de trabalho para apresentar uma proposta de revisão da Lei de Saúde Mental, que será submetida aos...

A atual Lei de Saúde Mental (Lei n.º 36/98, de 24 de julho) estabelece os princípios gerais da política de saúde mental e regula o internamento compulsivo dos portadores de anomalia psíquica, designadamente, das pessoas com doença mental.

De acordo com o despacho publicado ontem em Diário da República, decorridas duas décadas de vigência desta Lei, surgiram vários desenvolvimentos a nível da prestação de cuidados como das exigências jurídicas na proteção dos direitos fundamentais, pelo que é necessária uma revisão da Lei, de modo a incorporar os novos desenvolvimentos decorrentes tanto da evolução científica e da prestação de cuidados de saúde, como ao nível de matéria de direitos fundamentais.

O Grupo de Trabalho foi incumbido de preparar uma proposta de revisão da atual Lei de Saúde Mental, adaptando-a à evolução científica e aos novos modelos de prestação de cuidados de saúde, no respeito pelas obrigações internacionais a que o Estado Português se vinculou, em matéria de reconhecimento dos direitos fundamentais das pessoas que vivem processos de doença mental.

Pretende-se promover um amplo debate sobre a matéria, com os parceiros institucionais e comunidade em geral, podendo o grupo de trabalho, sempre que entender necessário, solicitar o apoio  de outros elementos, como peritos, especialistas ou instituições, para o desenvolvimento dos trabalhos a realizar.

 

 

Fiscalização
A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) fiscaliza o cumprimento das regras da Direção-Geral da Saúde (DGS) em relação...

A decisão foi tomada em 3 de junho, pelos Gabinetes do Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, da Ministra de Estado e da Presidência, do Ministro da Administração Interna, das Ministras da Modernização do Estado e da Administração Pública, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Saúde e do Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

De acordo com o despacho, publicado esta terça-feira, dia 16 de junho, e que produz efeitos na data da sua assinatura, estas áreas são caracterizadas por terem uma grande rotatividade de trabalhadores e onde se tem verificado maior incidência e surtos da doença Covid-19, especialmente nos concelhos de Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra.

Compete aos serviços e organismos do Ministério da Saúde, assim como aos serviços e estabelecimentos integrados no Serviço Nacional de Saúde, promover o rastreio prioritário da infeção por SARS-CoV-2, focado nas atividades e áreas referidas.

Os serviços, organismos e estabelecimentos devem, por seu turno, promover testes a todas as pessoas relativamente às quais as autoridades de saúde tenham determinado a vigilância ativa, no quadro dos contactos estabelecidos com os trabalhadores cujas áreas estejam sujeitas a grandes rotatividades.

Incidência persistente em algumas áreas da região LVT

Segundo o diploma, e apesar de se verificar uma tendência decrescente do número de novos casos da doença, Covid-19, na maioria das regiões do território nacional, regista-se uma incidência persistente em algumas áreas da região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), concretamente, na Área Metropolitana de Lisboa.

Desde o dia 10 de maio, a região de LVT tem representado, de modo consistente, entre 60 % a 90 % do número diário de novos casos notificados no país, sendo que mais de metade se concentram nos concelhos de Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Sintra.

Após informação recolhida pelos inquéritos epidemiológicos realizados pelas autoridades de saúde, verificou-se que várias cadeias de transmissão se indiciam associadas a áreas de atividade económica caracterizadas por grande rotatividade de trabalhadores, bem como às redes de contactos sociais e familiares dos próprios trabalhadores, destaca ainda o despacho.

Saúde Oral
Por vezes assintomática, apenas acusando uma ligeira dor ao toque, a gengivite corresponde a uma inf

Placa bacteriana

A placa bacteriana, que corresponde uma camada espessa de bactérias que se forma sobre as gengivas e dentes é umas das principais responsáveis pelas doenças das gengivas. No entanto, desengane-se se pensa que só alguns têm placa. A verdade é que todos nós desenvolvemos placa bacteriana. As bactérias poliferam constantemente na nossa boca. Para crescerem, estas bactérias utilizam ingredientes encontrados na nossa dieta e saliva. A placa bacteriana provoca cáries dentárias quando os ácidos provocados pelas bactérias nesta placa atacam os dentes após cada refeição. Com ataques ácidos repetidos, o esmalte pode deteriorar-se e as cáries dentárias podem formar-se. A placa bacteriana que não é removida também pode irritar as gengivas à volta dos dentes, conduzindo à gengivite (gengivas vermelhas, inchadas e sangrantes), à doença periodontal e à perda do dente.

Fumar

O fumo do tabaco interfere na função normal das células do tecido gengival, tornando sua boca mais vulnerável a infeções, como os problemas de gengiva.

Alterações hormonais

Na gravidez, ou até durante as típicas alterações do ciclo menstrual, os níveis hormonais podem oscilar, deixando as gengivas mais suscetíveis a problemas. Mas isto não quer dizer que, se estiver grávida irá sofrer de gengivite. No entanto deve prestar maior atenção à higiene dentária. Escovar após as refeições e usar o fio ou fita dentária.

Medicamentos

Alguns medicamentos podem levar à redução da produção e/ou fluxo de saliva, deixando a boca mais seca, permitindo que as bactérias se espalhem. Se já sofrer atempadamente de problemas gengivais, caso se encontre nesta situação deve aconselhar-se com o seu dentista.

Carências nutricionais

Ninguém consegue ingerir todas as vitaminas necessárias diariamente, no entanto, devemos prestar atenção ao consumo de vitamina C. Quando o seu consumo é insuficiente, este aspeto pode refletir-se na saúde das suas gengivas. Uma dieta com níveis elevados de açúcar e hidratos de carbono, e baixos em água e vitamina C é a pior combinação para as suas gengivas, caso os cuidados de higiene oral não sejam adequados. 

Dentes tortos ou desalinhados

Se tem os dentes desalinhados, é mais fácil a placa bacteriana se forma e acumular entre os espaços que existem entre os dentes. Assim, deverá ter especial cuidado a escovar esses dentes.

História familiar

A história familiar de doença de gengivas é um importante fator de risco para o desenvolvimento de infeções bacterianas. Converse com o seu dentista para saber quais os cuidados adicionais a ter.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
19.ª Reunião de Primavera da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica
Foi reagendada para dia 11 de julho a 19.ª Reunião de Primavera da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica ...

A dermatite atópica (ou eczema atópico) é uma doença inflamatória crónica, recidivante e pruriginosa da pele. Atinge até 20% das crianças e 2-8% dos adultos. Em cerca de dois terços dos casos começa na infância, podendo, os casos graves, persistirem na idade adulta. Em muitas ocasiões, a dermatite atópica precede o aparecimento de outras doenças atópicas, como a rinoconjuntivite alérgica, a asma e a alergia alimentar.

A atualidade deste tema justifica a sua escolha para uma reunião monotemática de Imunoalergologia, onde serão debatidos vários tópicos: os desafios do diagnóstico, os scores de avaliação e as várias opções que existem para o tratamento da doença e das comorbilidades que lhe estão frequentemente associadas.

Outra novidade é que nesta reunião, que habitualmente se destina apenas aos sócios da SPAIC, poderão inscrever-se também médicos de outras especialidades que pretendam assistir, devendo para tal, registar-se no site spaicprimavera2020.pt.

 

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