Estudo
A prática de andar de bicicleta ou de caminhar pelo menos 30 minutos diariamente, ou muito próximo do exercício quotidiano,...

Anteriormente, um costume para 33% dos 425 estudantes da instituição de Coimbra, que responderam a um questionário online, em confinamento a prática de atividade física passou a ser um hábito para 59,4% daquela amostra. Neste estudo, liderado a nível internacional pela Universidade de Antuérpia (Bélgica) – participaram mais de 50 universidades de 27 países –, os estudantes da ESEnfC afirmam, ainda, terem reduzido os consumos de álcool e de tabaco. Os que nunca fumaram passaram de 80,7% para 90,1%, enquanto os que nunca beberam subiram de 42,8% para 79,1%.

Os resultados do questionário acerca da saúde e bem-estar dos estudantes do ensino superior durante o surto do novo coronavírus, que esteve disponível de 27 de abril a 18 de maio, confirmam que «a pandemia trouxe mudanças significativas na vida dos estudantes, desde a mudança de local da sua residência semanal ao aumento de ansiedade e stresse», referem as professoras Beatriz Xavier e Ana Paula Camarneiro, respetivamente especialistas em Sociologia e em Psicologia Clínica e da Saúde, que coordenaram o estudo na ESEnfC e cujas conclusões preliminares agora apresentam. 

A maioria dos alunos da ESEnfC que participaram no COVID-19 International Student Well-being Study revelou-se preocupada (85,2%) com a «possibilidade de não conseguir completar com sucesso o ano letivo» e considerou «a mudança dos métodos de ensino que teve lugar» como «causadora de stresse (67,3%)».

«Antes do surto da COVID-19, cerca de 29% dos estudantes viviam com os seus pais, tendo com a pandemia ficado nessa situação 88,2% dos inquiridos», constatam as docentes da ESEnfC, ao assinalarem, de igual modo, que «o contacto com os amigos, online e offline, diminuiu em 64% dos casos desde a implementação das primeiras medidas contra a COVID-19».

Houve, ainda 70,4% dos estudantes da amostra que referiram sentir «falta de companhia e convívio». 79% seguiram rigorosamente medidas do Governo Outro dado do questionário revela que 47,5% dos estudantes da amostra dizem estar satisfeitos com a forma como a ESEnfC implementou as medidas de proteção face à COVID-19.

Por outro lado, constata-se uma forte adesão dos estudantes às medidas implementadas pelo Governo (79% disseram segui-las estritamente), que se mostram «muito preocupados quanto a ficarem infetados e doentes, bem como em relação aos familiares», sublinham Beatriz Xavier e Ana Paula Camarneiro.

A ESEnfC retomou, no dia 25 de maio, as aulas de prática laboratorial de cariz presencial, com grupos reduzidos de estudantes e com intervalos entre as aulas que permitam a recomendada higienização e desinfeção de laboratórios, salas de aula e equipamentos utilizados por alunos e professores. A Escola continua a desenvolver todos os esforços para garantir a qualidade do ensino e o compromisso com os objetivos traçados nos planos de formação da comunidade estudantil.

Annual Meeting 2020
“Saúde 4.0: desenhar a saúde de amanhã” é o tema da 6ª edição do Annual Meeting, que a ESTeSC promove entre os dias 25 e 27 de...

Inicialmente agendado para março, o Annual Meeting 2020 foi adiado no âmbito pandemia Covid-19. Surge agora com nova data, em formato online. “Sempre dissemos que o tema do Annual Meeting 2020 era ambicioso e atual. Nunca pensámos que, além de promover a reflexão e discussão sobre esta realidade, haveríamos de a colocar já em prática”, assumem os coordenadores da organização do evento.

O congresso mantém o mesmo programa e painel de palestrantes, mudando apenas o local de realização. Todas as sessões – de acesso exclusivo para participantes inscritos – serão realizadas por videoconferência.

Mantêm-se também as apresentações dos 171 trabalhos de investigação já aceites pela Comissão Científica do Congresso – trabalhos esses cujos resumos serão publicados na revista European Journal of Public Health – bem como os 10 workshops previstos no programa inicial.

“A década que agora começa vai ser marcada por mudanças no nosso quotidiano, promovidas pelos avanços que resultarão da conjugação de duas áreas: biotecnologia e inteligência artificial. Esta edição do Annual Meeting propõe-se a falar dos avanços

destas áreas e do seu impacto na sociedade de uma forma descomplexada”, explica Filipe Amaral docente que, a par com Margarida Serrano, coordena a organização do evento. Em debate estarão temas relacionados com a inteligência artificial, tratamento e proteção de dados, ómicas, medicina molecular, sustentabilidade (entre outras), em painéis conduzidos por especialistas da área. O programa completo está disponível em www.annualmeeting.estescoimbra.pt.

“O Annual Meeting tem-se constituído como um evento de afirmação científica ao promover o debate, com peritos de organizações nacionais e internacionais, de temas da atualidade que lançam uma perspetiva sobre a evolução da saúde e do ensino. Assim sendo, a ESTeSC posiciona-se de forma decisiva como uma Instituição dinâmica, ousada e que desafia a comunidade interna e externa”, afirma, por sua vez, o presidente da ESTeSC, João José Joaquim.

 

Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
Para assinalar os 14 anos da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), o Ministério da Saúde em articulação com...

Esta conferência tem como objetivo mostrar o trabalho dos profissionais desta área, em tempo de pandemia nas diferentes áreas de intervenção a que esta rede responde.

A sessão de abertura será presidida pela Senhora Ministra da Saúde, Marta Temido, e a sessão de encerramento pela Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.

A transmissão será realizada via streaming no Portal do SNS.

 

Iniciativa gratuita
A sessão “Alimentar o presente sem comprometer o futuro”, promovido pela Ordem dos Nutricionistas, em formato webinar, tem como...

“A forma como nos alimentamos tem influência direta no ambiente. Neste sentido temos vindo a apelar a uma alimentação, não apenas mais saudável como também mais amiga do ambiente, do qual um dos maiores exemplos deste tipo de alimentação está nas nossas próprias raízes: a dieta mediterrânica. Temos que salvaguardar este padrão alimentar, simultaneamente saudável e sustentavel e os nutricionistas estão disponíveis para dar este contributo, ensinando os portugueses a recuperar este modo de comer.”, refere Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.
 
O webinar terá dois painéis distintos: o primeiro, com início às 10h00, moderado por Maria Palma Mateus, docente da Universidade do Algarve, com o tema “O que somos e o que queremos ser”; o segundo, com início às 11h30, moderado por Alexandra Bento, com o foco em “Padrões Alimentares Sustentáveis: Diferentes Setores, Objetivos Comuns”.

A sessão à distância, agendada para sexta-feira, 05 de junho, entre as 10h00 e as 13h00, é gratuita e será transmitida em simultâneo, na página do Facebook e no canal do Youtube da Instituição.
 

Webinar
Alexandre Valentim Lourenço, Presidente Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, Pedro Pita Barros, Professor de Economia...

A pandemia foi um importante impulsionador do investimento em saúde. Este é um dos principais setores da economia mundial, com um grande potencial de desenvolvimento. A telemedicina e outras soluções tecnológicas adquiriram um lugar de destaque perante a atual crise sanitária.

Qual a importância da transformação digital para o sector? A telemedicina foi apenas uma resposta possível a uma situação inédita ou uma evolução que perdurará no sector? Que outros contributos podem ser dados pela tecnologia para a medicina do futuro? As questões ligadas à privacidade e à proteção de dados pessoais são um obstáculo à evolução científica e tecnológica do diagnóstico e terapêutica médica, ou à erradicação de pandemias? Estes são alguns dos temas que vão ser discutidos na sessão webinar.

À conversa com os três convidados, juntam-se Inês Sequeira Mendes, sócia, e Ana Simões Ferreira, advogada principal, da Abreu Advogados, nesta sessão que é dedicada a um dos mais relevantes temas da atualidade.

Para assistir basta que se increva em: https://www.abreuadvogados.com/pt/conhecimento/eventos/evento/abreu-foward-sessions-transformacao-digital-da-saude-e-telemedicina/

 

 

Benefícios
De acordo com o National Health Institute, nos EUA, a medicina regenerativa “tem o objetivo de regen

O facto de haver doenças crónicas, incluindo a dor, significa que a medicina ainda não conseguiu encontrar cura para muitas condições debilitantes que afetam o ser humano.

Sabemos que no presente certas coisas são impossíveis. Discos intervertebrais danificados não podem ser reparados. Algumas lesões nos ligamentos não cicatrizam. Alguns danos nas articulações são irreversíveis. A cartilagem, uma vez perdida, não há maneira de a recuperar.

O tratamento nesses casos é limitado a ajudar os pacientes a controlar a dor causada por essas patologias. Às vezes com analgésicos opióides, anti-inflamatórios, outras vezes com tratamentos mais eficazes com a medicina de intervenção da dor. Mas sempre com a noção que a causa da dor permanecerá.

Medicina Regenerativa dá nova esperança

Há uma revolução em curso que dá uma nova esperança para as pessoas que sofrem de dor crónica. A medicina regenerativa aproveita e amplifica o poder de cura do corpo para tratar condições antes consideradas intratáveis.

De acordo com o National Health Institute, nos EUA, a medicina regenerativa “tem o objetivo de regenerar tecidos e órgãos danificados no corpo, estimulando os órgãos anteriormente irreparáveis a se curarem”.

Já existem protocolos eficazes de medicina regenerativa disponíveis, e outros estão a ser testados e mostram resultados promissores.

Hoje, a medicina regenerativa consegue curar tecidos conjuntivos, reparar cartilagens danificadas e reconstruir, ate certo ponto, ossos fraturados.

O potencial futuro é ainda mais emocionante. A Medicina regenerativa poderá criar um mundo onde não há escassez de órgãos doadores, onde as vítimas de lesões na medula espinhal possam andar e onde corações enfraquecidos sejam substituídos. Esta é a promessa a longo prazo da medicina regenerativa.

Os milagres de hoje

Na Paincare usamos protocolos de medicina clínica regenerativa de ponta para curar algumas das condições que levam à dor crónica. Em muitos casos, os benefícios vão além do alívio da dor para incluir maior mobilidade e capacidade funcional aumentada. Os resultados transformaram a vida de muitos pacientes.

Plasma Rico em Plaquetas (PRP)

A terapia com plasma rico em plaquetas (PRP) tem sido usada desde a década de 1990 para apoiar a cicatrização óssea, após lesões na medula espinhal e para restaurar tecidos moles após cirurgia plástica. Mais recentemente, o PRP ganhou mais notoriedade tratando das lesões desportivas de atletas de primeira linha, incluindo Tiger Woods, Rafael Nadal e Hines Ward. Hoje, o PRP é usado para tratar tendinites, roturas de ligamentos, músculos danificados e alguns tipos de inflamação.

O PRP vem do próprio sangue de doente, é separado em uma centrifugadora para concentrar as plaquetas e outros fatores de crescimento. Em seguida, injetamos no tecido danificado para promover a cicatrização. O procedimento geralmente leva cerca de 30 minutos. Os efeitos colaterais são mínimos e os riscos são baixos: o doente cura-se com os seus próprios componentes sanguíneos.

Algumas aplicações clínicas do PRP já apresentam evidências sólidas de eficácia. Outros estão mostrando resultados iniciais promissores, mas precisam de mais estudos.

Alfa-2- Macroglobulina (A2M)

A alfa-2-macroglobulina (A2M) é um inibidor de protéase natural. Entre outras funções no organismo, inibe a degradação da cartilagem. E ajuda outros processos biológicos a reparar a cartilagem de forma mais eficaz.

Para pessoas que sofrem de osteoartrite (OA), a cartilagem danifica-se mais rapidamente do que pode ser reparada. Isso pode levar a dores debilitantes na coluna e nas articulações.

Concentrado aspirado de Medula Óssea (BMAC)

O concentrado aspirado de medula óssea (BMAC) é uma concentração das próprias células-tronco mesenquimais do organismo e plaquetas. Para pessoas que sofrem de artrite mais grave que não responde a tratamentos mais conservadores, o BMAC pode ajudar a aliviar a dor e promover a cura.

Um estudo do NIH do BMAC como tratamento para osteoartrite do joelho constatou que, “Em média, os pacientes experimentaram uma redução de

84,31% na dor em repouso, uma redução de 61,95% na dor ativa e um aumento de 55,68% no score funcional no acompanhamento final.

Extraímos a medula óssea do osso ilíaco e depois separamo-la numa centrifugadora para concentrar as células-tronco e as plaquetas. Depois injetamos nas articulações danificadas. Os processos de cura do seu corpo fazem o resto.

As promessas do amanhã

O corpo tem notáveis poderes curativos naturais. Através da medicina regenerativa, já estamos a conseguir alívio para muitas pessoas que sofrem de dor crónica. Talvez, um dia, estaremos regenerando a medula espinhal, restaurando os discos intervertebrais e devolvendo as articulações à funcionalidade total.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
APDP pede proteção para riscos acrescidos
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) pede ao Governo que reavalie a exclusão das pessoas com diabetes do...

A associação alerta que no Plano de Desconfinamento aprovado no último Conselho de Ministros o exercício profissional em regime de teletrabalho obrigatório não está previsto para pessoas com diabetes ou hipertensão, o que fará com que estas pessoas tenham de voltar ao seu local de trabalho, expondo-se assim a riscos de saúde.

“Um artigo acabado de publicar pelo The New England Journal of Medicine revela que as pessoas com doença crónica, incluindo diabetes e hipertensão, enfrentam uma maior mortalidade por COVID-19. Não podemos continuar a ignorar estes dados e excluir estas pessoas do regime de teletrabalho, porque essa exclusão pode trazer riscos acrescidos. Temos de ter políticas corretas com uma comunicação certeira, com informações que salvaguardem as pessoas com doença crónica e isto implica voltar a incluir, explicitamente, estes doentes no regime excecional de proteção”, alerta José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Segundo a publicação do The New England Journal of Medicine, as pessoas com diabetes apresentaram um risco de morte por COVID-19 três vezes superior ao da população em geral. Estes dados sugerem que a percentagem de mortalidade estará próxima dos 10% nas pessoas com cerca de 60 anos que têm diabetes – risco 20 vezes acima do das pessoas com 50 anos e sem condições crónicas de alto risco.

José Manuel Boavida considera que “as evidências existem e os argumentos do Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e do primeiro-ministro, António Costa, acabaram por reforçar estas mensagens, ainda que tenham manifestado o apoio à retificação do Decreto-Lei nº. 20/2020. Um decreto que acabou por remover as pessoas com diabetes e hipertensão do regime excecional de proteção e que, agora a manter-se, as impedirá de ser reconhecidas explicitamente na Resolução do Conselho de Ministros n.º 40-A/2020, com indicação para o teletrabalho, pelo médico assistente. O Ministério da Saúde não pode continuar a contradizer as orientações internacionais, não pode esperar pela descompensação da diabetes para se tomarem decisões, nessa altura já haverá vidas em risco! Esperamos que o Sr. Primeiro Ministro cumpra a sua palavra de não ter medo de voltar atrás e emendar o erro”.

“É ainda importante referir que não estamos sozinhos nesta luta. O Bloco de Esquerda, o PCP e o PSD, ou seja, a maioria dos deputados, pediram a apreciação parlamentar da retificação do Decreto-lei nº. 20/2020, que retirou pessoas com hipertensão e diabetes do regime excecional de proteção relativo à COVID-19. O Grupo parlamentar do PS também prometeu, em audiência concedida a 8 de maio de 2020, encontrar uma solução que não discriminasse as pessoas com diabetes. Aguardamos também o parecer do gabinete do Presidente da República sobre esta matéria para percebermos se promulgou ou não o retificativo”, reforça José Manuel Boavida.

A associação sublinha que em tempo de pandemia é necessário implementar estratégias sensatas que protejam os trabalhadores de alto risco, aconselhamento sobre os riscos decorrentes da atividade laboral, tendo em conta a especificidade de cada caso, e orientações específicas para um regresso seguro ao trabalho para todos e, em particular, para as pessoas com doença crónica, incluindo a segurança e higiene no trabalho.

Reconhecimento
O Laboratório de Neurossonologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) foi reconhecido como Centro de...

Trata-se de um importante reconhecimento da qualidade do trabalho científico, de diagnóstico e formativo do Laboratório de Neurossonologia, que passou a estar incluído no grupo dos primeiros 20 Centros de Referência Europeus, nesta área.

O laboratório de Neurossonologia funciona em estreita ligação com a Unidade de Acidente Vascular Cerebral do CHUC e é constituído, atualmente, pelos neurologistas João Sargento Freitas e Fernando Silva, contando ainda na equipa com o médico interno de neurologia, João André Sousa.

Para o Presidente do Conselho de Administração, Fernando Regateiro, “este reconhecimento assinala, a nível internacional, a excelência do trabalho que é feito na área da neurossonologia do CHUC. Aos profissionais que conduziram a este resultado, com o seu trabalho continuado, sério e de elevada qualidade e atualidade, endereço o mais vivo e sentido reconhecimento e gratidão. Para os doentes que em nós confiam, é mais um relevante sinal de que confiam num Hospital e em profissionais de saúde que trabalham ao mais alto nível mundial. Este reconhecimento está em linha com outros, de que destaco o facto de o CHUC, sendo o maior centro hospitalar português, ser também o que tem o maior número de centros de referência nacional (18) e de centros integrados em redes europeias de referenciação (10).”

 

Saúde infantil
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, apelou ontem, no âmbito do dia mundial da Criança, para que os pais vacinem os filhos...

O apelo foi feito na conferência de imprensa diária sobre a pandemia de Covid-19, onde a Diretora-Geral da Saúde fez questão de reforçar que as crianças têm direito a “ter resposta às suas necessidades e de terem um desenvolvimento harmonioso e saudável”.  

“Portanto, queremos aqui deixar claro que tudo o que diz respeito ao universo das crianças deve manter-se na área da saúde, desde as consultas pré-concecionais, à gestação, à altura do parto, ao nascimento, à saúde infantil, ao teste do pezinho que é tão importante”, declarou. 

Mas o «grande apelo» é à vacinação: “não há nenhum motivo neste momento para que as crianças não tenham as suas vacinas atualizadas”. 

“A vacina evita muitas doenças, algumas delas graves, e, portanto, nesta altura a última coisa que nós queremos ter é surtos de outras doenças”, salientou a responsável, acompanhada pela Secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira.

Graça Freitas assegurou ainda que os centros de saúde estão preparados para receber as crianças. “É preferível marcar, obviamente, para evitar filas e aglomerados, mas tirando este pequeno conselho tudo o resto está feito em segurança para as poder vacinar”.

O pedido de Graça Freitas estende-se à realização das consultas de vigilância da saúde das crianças e do teste do pezinho, porque “é um teste diagnóstico muito importante”.

Apesar de o mundo viver tempos de pandemia, a Diretora-Geral da Saúde afirma que as crianças têm “direito a brincar, têm direito a aprender, têm direito a divertir-se”, desde que seja em segurança.

“Como lidar com os problemas de comportamento das crianças”
Há um novo guia para ajudar pais e educadores a lidas com os problemas de comportamento das crianças. Vera Ramos, autora do...

“Como lidar com os problemas de comportamento das crianças” é um livro com dicas e estratégias para reduzir comportamentos indisciplinados e contribuir para o desenvolvimento de competências sociais mais assertivas das crianças, enquanto alunos, filhos e cidadãos. Uma ferramenta para orientar e ajudar a distinguir comportamentos normais de patológicos, com estratégias de intervenção adequadas às necessidades de cada criança de forma a que estas cresçam num ambiente harmonioso e equilibrado compreendendo a existência de regras.

Destinada a pais, professores, educadores, encarregados de educação, psicólogos e público em geral, a nova obra destaca a importância do afeto e da imposição de limites (de forma positiva) enquanto ingredientes imprescindíveis para a educação das crianças, abordando o desenvolvimento comportamental das mesmas e facilitando a compreensão desse comportamento humano que tem influências internas, de personalidade e temperamento, assim como influências externas como o grupo de pares e os contextos escolares e familiares.

Numa fase em que professores, pais e educadores enfrentam especiais desafios no processo educativo, é fundamental estar alerta para o impacto das novas dinâmicas no comportamento dos mais novos e não esquecer que a disciplina e a autoridade são dois aspetos que devem estar sempre presentes.

Para debater as preocupações e desafios em tempos de pandemia, a editora realiza amanhã ao final do dia, pelas 19h00, um webinar gratuito com moderação da autora Vera Ramos e participação da professora de ensino secundário Sandra Silva, da psicóloga escolar Júlia Rocha e do encarregado de educação Hugo Barbosa. A participação é gratuita mediante inscrição em https://bit.ly/wb-criancas.

Parentalidade positiva, estilos parentais, regras do que fazer e não fazer, técnicas para modelar comportamentos e lidar com as birras são alguns dos conteúdos relevantes explorados neste livro da psicóloga Vera Ramos, que recorda que a função dos pais não é só educar, mas também dar um bom exemplo.

Doença rara e neurodegenerativa
Projeto desenvolvido para neuropediatras e pediatras com experiência em doenças metabólicas pretende chamar a atenção para a...

No dia 9 de junho comemora-se o Dia Internacional da Doença de Batten (International Batten Disease Awareness Day), com o objetivo de aumentar a consciencialização sobre esta doença rara e a importância de um diagnóstico precoce para uma melhor gestão da qualidade de vida destes doentes. Esta data celebra-se desde 2018 e surgiu da colaboração das associações de doentes dos Estados Unidos e do Reino Unido para chamar a atenção para esta doença rara que afeta 1 em cada 100.000 pessoas no mundo.

Em Portugal, o projeto LINCE também surgiu dessa mesma vontade de querer sensibilizar os profissionais de saúde para a importância de um diagnóstico precoce para a ceroidolipofuscinose neuronal (CLN). As CLN são doenças neurometabólicas raras, hereditárias, graves, progressivas e degenerativas, com uma baixa esperança de vida. Este projeto nasceu de uma parceria científica da Sociedade Portuguesa de Neuropediatria e da Liga Portuguesa Contra a Epilepsia, com a parceria laboratorial do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e é uma ferramenta de diagnóstico disponível de forma gratuita que foi lançada no último Congresso Nacional de Neuropediatria, realizado ainda no início deste ano.

A epilepsia refratária e o atraso na aquisição da linguagem na 1ª infância são habitualmente as primeiras manifestações de CLN2. Estes dois sintomas são comuns, mas observá-los em conjunto na primeira infância deve ser o alerta para qualquer profissional de saúde rastrear esta patologia.

O estudo da história natural da doença demonstra que a partir dos 18 meses é possível observar atraso e/ou regressão na linguagem, atraso motor e, entre os 3-4 anos de idade, observa-se perda da acuidade visual, ataxia e epilepsia. Esta epilepsia é de difícil tratamento, sendo a perda cognitiva progressiva e grave. No espaço de dois anos, estas crianças ficam em estado vegetativo com marcada atrofia cerebral, ataxia, disartria e mioclonias, com uma esperança de vida de cerca de 8-12 anos.

À semelhança do “Teste do Pezinho”, basta uma gota de sangue para, de forma rápida e gratuita, se poder diagnosticar precocemente casos de CLN1 e CLN2 e dar aos doentes afetados por esta doença rara o melhor acompanhamento e a melhor qualidade de vida possível. Sempre que surja alguma suspeita, os profissionais de saúde podem solicitar gratuitamente o kit de diagnóstico por email. O objetivo do projeto LINCE é, assim, disponibilizar aos médicos que se deparem com possíveis casos de CLN, uma ferramenta de diagnóstico útil e rápida.

Este projeto foi desenvolvido sobretudo para neuropediatras e pediatras com experiência em doenças metabólicas, mas qualquer médico pode pedir o kit de diagnóstico através do email [email protected]. Um diagnóstico precoce é crucial para a possibilidade de alterar a progressão desta doença devastadora e proporcionar os melhores cuidados quer ao doente, quer no acompanhamento da família.

Complicações e riscos
Estima-se que, em todo o mundo, a diabetes afete cerca de 199 milhões de mulheres.

O principal fator de risco para a diabetes é a hereditariedade. Hipertensão arterial, sedentarismo, obesidade e tabagismo são outros fatores determinantes para o desenvolvimento de uma doença cuja prevelência terá tendência a aumentar durante as próximas décadas. Uma previsão que preocupa os especialistas.

“A diabetes mellitus é uma doença crónica, de prevalência crescente. Uma desordem metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por uma hiperglicemia crónica com distúrbios no metabolismo dos hidratos de carbono, lípidos e proteínas, resultantes de deficiências na secreção ou ação da isulina, ou ambas”, começa por explicar Sónia Gonçalves, especialista em Medicina Interna.

A diabetes mellitus tipo 1 surge, sobretudo, durante a infância ou adolescência e resulta da “destruição das células produtoras de insulina do pâncreas, geralmente a uma reação autoimune”. No entanto, ela pode atingir pessoas de qualquer idade.

Associada à obesidade e a estilos de vida poucos saudáveis, a diabete mellitus tipo 2 (DM2) é diagnosticada, habitualmente, após os 40 anos de idade. “Ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o organismo não consegue utilizar eficazmente a insulina produzida”, revela a especialista.

O diagnóstico nem sempre ocorre numa fase inicial da doença (no designado estadio de pré diabetes), uma vez que nem sempre o doente apresenta sintomas. “Os sintomas relacionados com o excesso de açúcar no sangue aparecem de forma gradual e quase sempre lentamente, sobretudo na DM2. Por isso, o início da diabetes tipo 2 é muitas vezes difícil de precisar. Os sintomas mais frequentes são a fadiga, poliúria e sede excessiva”, explica Sónia Gonçalves.

A importância do diagnóstico numa fase inicial da doença reflete-se no sucesso do seu tratamento, uma vez que permite não só o início precoce da terapêutica adequada, como prevenir ou diminuir o risco de complicações da doença. “Importa referir que é nesta fase inicial que as mudanças no estilo de vida podem ter um impacto significativo na saúde da pessoa. Numa primeira fase, o ótimo controlo da diabetes previne o aparecimento de complicações”, acrescenta.

A diabetes é a principal causa de cegueira, insuficência renal e amputação dos membros inferiores, sendo ainda uma principais causas de morte ao contribuir para o aumento do risco de doença coronária e de acidente vascular cerebral.

“As complicações inerentes à doença vão além do sofrimento e sentimentos devastadores que causam nas pessoas com diabetes e seus familiares. Têm um forte impacto económico, podendo este ser reduzido mediante uma gestão adequada, por parte da equipa de profissionais de saúde, com prestação de cuidados individualizados à pessoa com diabetes e familiares”, revela a especialista em Medicina Interna.

O tratamento deve ser considerado através de uma abordagem multidisciplinar. “Tratar a adequadamente a pessoa com diabetes não se resume apenas ao controlo glicémico, passa pelo controlo das comorbilidades associadas, onde o papel da educação terapêutica é fundamental”, reforça Sónia Gonçalves.

“As pessoas com DM1 necessitam de injeções de insulina diariamente. Ao contrário da DM1, as pessoas com DM2 não são dependentes de insulina exógena, porém podem vir a necessitar de insulina para o controlo da hiperglicemia se não o conseguirem através da dieta associada a antidiabéticos orais”, esclarece quanto ao tratamento que, de acordo com esta especialista, deve ser individualizado e incluir programas educativos no qual o doente deve participar ativamente, assumindo o compromisso de autogestão da doença.

“Cabe ao doente assumir comportamentos para a saúde implementando o seu “estilo de vida”, tentar ser autónomo, gerir esclarecidamente a sua diabetes e evitar desperdícios (de maior importância nos tempos que correr)”, refere acrescentando que, hoje em dia, o doente tem à sua disposição uma ampla variedade de classes farmacológicas, muitas com efeitos cardiovasculares benéficos.


"A Diabetes Mellitus constitui um problema de saúde pública crescente. É urgente e prioritário investir na prevenção", afirma Sónia Gonçalves, assistente hospitalar de Medicina Interna

Mulheres com riscos acrescidos

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 199 milhões de mulheres vivem, em todo o mundo, com diabetes. Um número que chegará aos 313 milhões até 2020.

“No que respeita ao nosso país, em 2015 a prevalência estimada da diabetes na população portuguesa, com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, foi de 13,3%, existindo uma diferença estatisticamente significativa da mesma entre géneros”, revela Sónia Gonçalves especialista na Consulta de Diabetes e Obesidade no Hospital CUF Santarém.

Estima-se ainda que 10,9% das mulheres têm diabetes e que, destas, quase metade não estão diagnosticadas.

Não obstante as complicações da doença que afetam ambos os sexos, sabe-se, no entanto,  que o sexo feminino apresenta riscos acrescidos.

“Sabe-se que a mulher com DM2 tem um risco 10 vezes superior de desenvolver doença coronária. No que concerne à DM tipo 1, as mulheres têm maior risco de sofrer abortos durante a gravidez e de desenvolverem malformações congénitas”, revela Sónia Gonçalves.

Por outro lado, os dados indicam que mais de 15% das grávidas portuguesas desenvolvem diabetes gestacional. “E embora seja um problema que normalmente termina com o nascimento do bebé, aumenta o risco da mãe vir a ser diabética no futuro”. Este risco é maior se houver história familiar de diabetes ou fatores de risco cardiovasculares associados, nomeadamente obesidade.

“A diabetes gestacional é a condição caracterizada por qualquer grau de anomalia/intolerância no metabolismo da glicose documentada, pela primeira vez, durante a gravidez”, explica.

“A gravidez caracteriza-se por uma hiperplasia das células beta do pâncreas, levando a níveis de insulina mais elevados em jejum e no período pós-prandial. Porém, a secreção aumentada de hormonas da placenta leva a uma maior resistência à insulina, especialmente durante o terceiro trimestes da gravidez. A diabetes gestacional surge quando a função das células beta é insuficiente para ultrapassar esta insulinorresistência”, esclarece a médica.

Estima-se que mulheres com idade superior a 25 anos, com história familiar de diabetes, excesso de peso e bebés de gestações anteriores com peso superior a 4 quilos, apresentam risco aumentado de desenvolvimento de diabetes gestacional. Pelo que, o controlo da glicemia durante a gestação se revela de extrema importância.
“O aumento do nível de glicose materna pode resultar em complicações para o recém-nascido, nomeadamente, macrossomia (tamanho excessivo do bebé), traumatismo de parto, hiperglicemia e icterícia”, adianta.

Sabe-se ainda que a diabetes gestacional está associada a um risco aumentado de perturbações do metabolismo da glicose e obesidade durante a infância e vida adulta dos descendentes.

Deste modo, Sónia Gonçalves alerta para importância da adoção de estilos de vida saudáveis, bem como para a sensibilização da comunidade em geral para a problemática da diabetes.

“A Diabetes Mellitus constitui um problema de Saúde Pública crescente, resultado em parte da elevada prevalência de complicações. Assim, é urgente e prioritário investir em prevenção”, afirma que é necessário sensibilizar as entidades oficiais, os profissionais de saúde, a comunicação social e a comunidade para esta matéria.

Segundo a especialista, "as mulheres são agentes chave para a adoção de estilos de vida saudável e para melhorar a saúde e bem-estar de gerações futuras”, acrescenta reforçando a importância de as dotar de conhecimento adequado sobre a doença “de forma a preveni-la no seio familiar e entre pares, promovendo desta forma a sua própria saúde”. É que, “educar modifica a história”, garante. 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Inquérito Health Cluster Portugal (HCP)
A Smart Health e a interoperabilidade de dados, o alinhamento entre I&D e as necessidades reais, e o repensar a organização...

De acordo com os resultados de um inquérito feito pelo Health Cluster Portugal (HCP) junto dos seus 180 associados são estas as três apostas mais votadas para revitalizar o cluster nacional da saúde. A Smarth Health, que combina produtos e serviços inovadores das áreas da saúde digital e das tecnologias médicas, foi selecionada por 57% dos respondentes, o alinhamento da I&D por 55% e a reorganização do modelo de financiamento por 45%.

Quando questionados sobre a eventual necessidade de reforço das medidas governamentais para apoio às empresas, 48% dos inquiridos defende que as de caráter fiscal deveriam ser reforçadas para responder aos impactos económicos da pandemia. Ao nível de iniciativas concretas, e em resposta aos impactos da Covid19 no setor, 76% acreditam que o caminho passa pela dinamização de (grandes) projetos de cooperação entre empresas, instituições de I&D e hospitais para responder a necessidades em saúde.

O questionário procurou medir o impacto da pandemia na atividade do cluster e encontrar caminhos para a revitalização da economia nacional. Quarenta e cinco (45%) das entidades que responderam ao inquérito referem uma redução da atividade superior a 30% ou uma alteração disruptiva da mesma. Entre os principais desafios sentidos neste período extraordinário 40% indica problemas logísticos na cadeia de fornecimento e 38% dificuldades de tesouraria.

De acordo com o diretor executivo do Health Cluster Portugal, Joaquim Cunha, “o cluster da saúde foi particularmente colocado à prova neste tempo difícil tendo reagido pronta, solidaria e positivamente ao desafio. Num momento em que procuramos caminhos para a retoma da sociedade e da economia é fundamental encontrarmos soluções e, por exemplo, a Smarth Health é incontornável como o são, agora mais do que nunca, as demais apostas na modernização do setor que o HCP vem defendendo, nomeadamente a (re)industrialização a digitalização e os dados”.

O inquérito foi realizado entre 14 de abril e 5 de maio e contou com respostas de entidades associadas do HCP que incluem, entre outros, empresas de dispositivos e tecnologias médicas, empresas farmacêuticas, entidades prestadoras de cuidados de Saúde, prestadores de serviços laboratoriais/analíticos e de desenvolvimento negócio/investimento, e empresas de TICE para a Saúde.

Iniciativa
Depois de divulgados dados que comprovam que a infeção pelo novo coronavírus (COVID-19) comporta riscos acrescidos para utentes...

O projeto criado a pensar nos portugueses hipertensos, visa a possibilidade de o médico assistente partilhar via e-mail ou telemóvel, dicas e conselhos semanais sobre alimentação (sugestões para substituição do sal) e exercício físico a realizar em casa. O propósito é criar uma consciencialização junto da população portuguesa, assim como monitorizar os valores de tensão arterial dos utentes.

“Em 2016, as doenças do aparelho circulatório foram responsáveis pelo falecimento de 32 805 portugueses (29,6% da mortalidade)”. Caso queira receber os conselhos ‘Ajuda de coração’, vá a www.jaba-recordati.pt, contactos, formulário de contacto e envie o seu nome, número de telefone e e-mail. Aposte na prevenção.

Referências
1. Elkind et al. The Role of the American Heart Association in the Global COVID-19 Pandemic. Circulation. 2020;141:e743-e745.
2. Disponivel em: https://spc.pt/wp-content/uploads/2020/03/S20028-ACC-Clinical-Bulletin-C... (Acedido: 26 de Maio de 2020).

3. Mello e Silva et al. CODAP: A multidisciplinary consensus among Portuguese experts on the definition, detection and management of atherogenic dyslipidemia. Rev Port Cardiol. 2019;38:543-510.

 

Opinião
Desde o aparecimento do primeiro caso de COVID-19, em Portugal, têm-se sucedido medidas de proteção,

Na expetativa de que soubéssemos mais, tentaram ensinar-nos, como se fôssemos todos muito burros, quais eram os grupos de maior risco. Disseram-nos que as pessoas idosas, considerando aquelas que têm mais de 70 anos, eram mais vulneráveis e, por conseguinte, potenciais portadores de maiores morbilidades. Um termo que muitos não conheciam e que, ainda hoje, continuam sem saber exatamente o que é. Falaram-nos, também, das pessoas portadoras de doenças crónicas, dos imunodeprimidos ou de várias outras patologias consideradas graves e, por isso, mais sensíveis e menos resistentes a um possível contágio com a COVID-19. Porque não se podiam lembrar de todos, foi exatamente deste último grupo que se foram esquecendo.

Depois de tantas aulas, vieram as ordens para que ficássemos em casa. E ficámos! Durante os últimos quase três meses, uma grande parte da população recolheu-se nas suas casas. Alguns, sem a possibilidade de trabalhar dado o encerramento de algumas empresas. Outros, a quem foi dada essa possibilidade porque o tipo de profissão, local de trabalho e recursos, o permitiam, passaram ao regime de teletrabalho. Outra lição que nos deram. Podemos, por isso, afirmar que, durante este tempo, aprendemos a conviver com algumas realidades novas, que não faziam parte do nosso quotidiano.

O que não pudemos aprender, ou melhor dizendo, relembrar, é que neste grande grupo de pessoas consideradas vulneráveis, podemos considerar que foram ignoradas muitas delas. Refiro-me aquelas que são apelidadas de “pessoas com deficiência”. E são muitas! Nas suas múltiplas formas. E muitas que trabalham, apesar das suas incapacidades ou limitações físicas. Que lutam pela sua sustentabilidade. Muitas, ainda, que, apesar da sua dependência de terceiros, mantêm intactas as suas capacidades cognitivas e contribuem para o PIB nacional. Sobre essas, e para essas, não ouvimos uma palavra ao longo deste período. Genericamente, a pandemia fez esquecer a sua vulnerabilidade e todo o trabalho de inclusão e de reabilitação que muitos, como eu, têm tentado trazer para a ordem do dia, nos últimos anos.

Todos sabemos que, tomar decisões sobre o encerramento de alguns serviços, públicos ou privados, ou de suspensão de alguns outros, como um campeonato de futebol, por questões de segurança e de saúde pública, não é uma tarefa fácil. Mas, ouvir e responder a questões concretas, colocadas por quem sente e vive outros problemas não menos importantes, é um dever que cabe apenas aos decisores. Não posso, por isso, deixar de lamentar que não tenham sido dadas as respostas que se exigiam relativamente a este grupo, também muito vulnerável. Muitas destas pessoas, porque de risco, recolheram às suas casas por não poderem trabalhar expostas a ele. Com maior ou menor dependência dos cuidadores habituais, não viram assegurada qualquer proteção no seu acompanhamento, obrigatório e sem alternativas. 

Muitas outras, algumas com cuidadores habituais demasiado cansados, com pouca retaguarda familiar, ou mesmo sem nenhuma, limitaram-se a permanecer nessa dependência e sempre à espera de alguém que os ajudasse nas suas atividades de vida diária. Estão nesta situação, muitas centenas de pessoas com deficiência, talvez, até, milhares. Algumas delas, foram integradas no Projeto Piloto do MAVI – Movimento de Apoio à Vida Independente, regulamentado pelo Dec. Lei 129/2017, que procura afirmar-se como uma alternativa às necessidades de apoio, que lhes confiram uma menor dependência, através do dedicado e inesgotável esforço dos seus Assistentes Pessoais. Estes últimos, apesar dos riscos, têm sido motivados pelas equipas dos CAVI (Centros de Apoio à Vida Independente) espalhados pelo país, a não desistirem, e incansáveis na sua tarefa de cuidar. Para eles, e para aqueles de quem cuidam, não houve nenhuma lição sobre distanciamento social ou sobre o contacto físico. Apenas porque isso não é possível evitar. Também não se ouviu ninguém a pronunciar-se sobre a importância, ou não, de testar esta população.

Para além da ignorância já referida, falta dizer que não chegaram aos CAVI quaisquer equipamentos de proteção individual, provenientes de qualquer organismo tutelado pelo Estado. Foi necessário adquiri-los no mercado, a preços proibitivos e em quantidades racionadas, ou mendigá-los junto de algumas autarquias e de generosas empresas privadas que se disponibilizaram para apoiar estas causas. Tudo isto contrasta com a euforia da reabertura dos CAO, das creches e jardins-de-infância e da tentativa de regresso à normalidade nos lares residenciais para os vulneráveis idosos, para quem foram prometidos testes e todas as condições de EPI’s. Esperamos, todos, que estes também não sejam ignorados.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Sociedades médicas unidas
Anualmente morrem mais de 8 milhões de pessoas devido ao tabaco. Destes, mais de 7 milhões são fumadores e cerca de 1,2 milhões...

O tema deste ano da OMS para o Dia Mundial sem Tabaco, assinalado a 31 de maio, é dedicado à proteção das crianças e dos jovens contra a manipulação da indústria do tabaco, no sentido de não iniciarem o consumo do tabaco e/ou de produtos de nicotina.

O tabaco mata metade dos seus utilizadores e estes apresentam maior risco de contraírem uma doença grave e de falecer se contraírem COVID-19.

Numa posição conjunta, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, a Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular, a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, a Sociedade Portuguesa de Pediatria e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar/Grupo de Estudo de Doenças Respiratórias alertam para o facto de que “todas as formas de tabagismo, desde os cigarros convencionais, os produtos de tabaco não combustível (tabaco aquecido) e os produtos com nicotina (cigarros eletrónicos), os cachimbos de água (shisha), promovem doenças cardíacas, vasculares pulmonares, cancros, diabetes, atraso no desenvolvimento das crianças, entre outras complicações”.

Segundo estas sociedade médicas, é preciso proteger as crianças e os adolescentes que “foram sempre os principais alvos de estudo de mercado das tabaqueiras. Já há mais de 30 anos, em 1969, um vice-presidente da Philip Morris afirmava: “(…) para o principiante, fumar um cigarro é um ato simbólico: já não sou criança, já sou um adulto, aventureiro e sei o que faço.” Só que o efeito da nicotina irá perpetuar adição.  “Para a indústria do tabaco, as crianças são o negócio do amanhã para substituir as gerações que morrem anualmente devido às doenças provocadas pelo tabaco”, pode ler-se no comunicado.

“A indústria do tabaco tem atraído crianças e jovens com várias estratégias, desde a utilização de sabores nos produtos do tabaco e de nicotina, o design elegante e atraente (stick USB), assim como produtos de risco reduzido e referindo que são alternativas mais saudáveis relativamente aos cigarros convencionais, mas sem evidência científica. Promovem também os seus produtos através das celebridades, em concursos, em festivais de música, mediante marketing nos espaços comerciais, bem como com a venda de cigarros avulsos e de outros produtos do tabaco junto às escolas e nos locais frequentados por jovens, sempre com anúncios atraentes, escrevem apelando a medidas mais restritivas no que diz respeito “à sua promoção e aos patrocínios, bem como às vendas na internet, nos eventos juvenis e nas redes sociais”

Aproveitando a situação atual, sublinham, que  “todas as sociedades deveriam promover a construção de hábitos saudáveis de vida, desde os pais, educadoras das infância, professores, profissionais de saúde, linhas de apoio telefónicos, os media, sempre alertando as crianças e os jovens sobre os perigos dos produtos de tabaco e de nicotina, para que os jovens sejam a primeira geração sem tabaco, melhorando a qualidade de vida e de saúde, salvando muitas vidas neste planeta e tornando-o mais ecológico”.

“Não podemos deixar que a indústria tabaqueira substitua os 8 milhões de consumidores que morrem anualmente devido ao tabaco, por 8 milhões dos nossos adolescentes”, afirmam os especialistas.

Doença autoimune rara
Doentes com envolvimento pulmonar ou que estão sob medicação imunossupressora são mais vulneráveis a ter sintomas mais graves...

A Federação das Associações Europeias de Esclerodermia (FESCA) assinala mais um dia mundial da esclerodermia com uma campanha de informação e sensibilização para os problemas de quem é portador de esclerodermia, também conhecida como Esclerose Sistémica.

A esclerodermia é uma doença auto-imune crónica e rara, que afeta o corpo através do endurecimento do tecido conjuntivo. Os danos no tecido conjuntivo incluem não apenas a pele, mas também órgãos vitais, como pulmões, coração e rins.  A qualidade de vida é severamente afetada uma vez que torna muito difícil a execução de ações simples e fundamentais, como respirar, comer e até sorrir.

O diagnóstico precoce é vital. Se tiver refluxo, os dedos inchados e as mãos mudarem de cor deve contactar imediatamente o médico.

A doença pode aparecer em qualquer idade, mas é mais frequente em mulheres entre os 30 e 50 anos. A pele e os órgãos internos podem ser danificados pela doença. A esclerodermia pode ser fatal e atualmente não há cura. No entanto, tratamentos bem-sucedidos estão disponíveis para órgãos individuais.

“A pandemia de COVID-19 obrigou-nos a redefinir a mensagem da campanha e destacar a importância de proteger os pacientes com esclerodermia, particularmente os que têm envolvimento pulmonar e os que estão sob medicação imunossupressora, uma vez que têm imunidade reduzida e são mais vulneráveis a ter sintomas mais graves se contraírem o vírus”, afirmou Sue Farrington, presidente da FESCA.

Um vídeo e outros materiais gráficos fazem parte da nossa campanha e serão partilhados por 28 associações em 22 países para aumentar a consciencialização e compreensão do público e autoridades e instituições, nacionais e internacionais.

Saúde oral
Manter a boa saúde dos dentes é uma tarefa que deve começar na infância, a partir dos chamados dente

No entanto, lembre-se do importante papel que desempenham no corte, moagem e mastigação de alimentos. Os dentes do bebé também trabalham com a língua e os lábios para ajudar a formar sons e pronunciar palavras, permitindo que as crianças falem adequadamente. Além disso, são também responsáveis ​​por manter o espaço que se destina a ser ocupado pelos dentes finais.

Por todas essas razões, é importante proteger a saúde oral durante a infância. Trabalhá-la como se fosse um jogo é essencial para a criança adquirir hábitos saudáveis. Por isso, a Weleda deixa-lhes algumas dicas para o ajudar:

  1. Crianças (e adultos) devem escovar os dentes sempre que comerem ou pelo menos três vezes por dia, principalmente antes de irem para a cama.
  2. Supervisionar os cuidados dentários do seu filho é importante que ele adquira o hábito corretamente. Não é incomum que se tentem escapulir. Ensine-os a usar uma técnica de escovação adequada e, caso não utilize uma pasta de dentes natural, tente evitar riscos de ingestão.
  3. Se não utilizar uma pasta de dentes natural, é importante controlar a quantidade utilizada, para evitar riscos. Dos 0 aos 3 anos, recomenda-se uma quantidade do tamanho de um grão de arroz e a partir dos 3 anos uma quantidade semelhante ao tamanho de uma ervilha.
  4. Use uma pasta de dentes que não tenha um sabor muito doce; é bom para que eles não se acostumem aos sabores doces e açucarados.
  5. Faça check-ups regulares com o dentista pediátrico desde o momento em que os dentes emergem, normalmente é recomendado uma vez por ano quando não há patologias.
  6. A quantidade de flúor que uma pasta de dente pode conter é regulada; é importante nunca usar uma pasta de dentes para adultos, pois possui uma quantidade excessiva de flúor. Muitos dentistas recomendam cremes dentais sem flúor, pois as crianças não conseguem cuspir bem e há um risco muito alto de ingestão acidental. A utilização de flúor em pastas dentífricas já foi mais consensual. Atualmente, pensa-se que o flúor dentífrico fortalece a camada exterior do esmalte, mas não impede a passagem de bactérias para o interior do dente, podendo produzir cáries ocultas que se desenvolvem sem serem reparadas.
Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Durante confinamento
Os portugueses praticaram menos atividade física e aumentaram o consumo de snacks doces, frutas e hortícolas durante o período...

Estas são algumas das conclusões do Inquérito Nacional sobre os comportamentos alimentares e de atividade física durante o período de confinamento social, realizado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em parceria com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

O estudo foi feito com base em dados recolhidos entre 9 de abril a 4 de maio, com uma amostra de 5.874 indivíduos (com 16 ou mais anos) em confinamento, através de questionário online e inquérito telefónico. Versou sobre comportamentos alimentares e de atividade física, mas também incidiu no acesso a informação sobre as duas dimensões comportamentais.

 

Novo tratamento em 20 anos
Se for aprovada pela Comissão Europeia, a canagliflozina será a primeira terapêutica aprovada em quase 20 anos, para utilização...

O Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitiu um parecer positivo para atualizar a indicação de canagliflozina, de forma a incluir dados importantes sobre os resultados obtidos nos resultados renais com o estudo Canagliflozin and Renal Endpoints in Diabetes with Established Nephropathy Clinical Evaluation (CREDENCE).

Quando aprovada pela Comissão Europeia, a canagliflozina será o único iSGLT2 aprovado para tratar a doença renal diabética (DRD) em doentes europeus com DM2.

"Pela primeira vez em quase 20 anos, os doentes com Doença Renal Diabética (DRD) terão à sua disposição um novo tratamento para reduzir o risco de insuficiência renal que requer diálise ou transplante", disse Vinicius Gomes de Lima, Líder Europeu de Medical Affairs, Mundipharma. "A Agência Europeia de Medicamentos indicou que a gestão da DRD deve ser considerada como um objetivo de tratamento integral da diabetes tipo 2. Desta forma, esta abordagem proporcionará uma terapia para cerca de 300.000 doentes afetados por DRD em toda a Europa."

O estudo CREDENCE foi o primeiro ensaio totalmente dedicado à avaliação de resultados renais e cardiovasculares em pessoas com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e doença renal diabética (DRD). O estudo recrutou 4401 indivíduos com uma TFGe de 30 a <90ml/min/1.73m2 e albuminúria (rácio albumina urinária: creatinina >300 a 5000 mg/g). Todos os doentes foram tratados num contexto da pratica clínica instituída  para a DRD, incluindo iECAs e ARAs.5 Os resultados evidenciaram que a canagliflozina demonstrou uma redução de 30% em comparação com o placebo, no risco do endpoint primário composto que compreende a doença renal terminal (DRT), duplicação da creatinina sérica e morte renal ou cardiovascular (CV), com taxas de eventos de 43,2 vs. 61,2 por 1000 doentes-ano, respetivamente (Hazard Ratio [HR]: 0,70; Intervalo de Confiança de 95% [IC]: 0,59 a 0,82; p<0.001).

As taxas de eventos adversos e de eventos adversos graves foram semelhantes no grupo canagliflozina e no grupo placebo. Não se registaram diferenças na incidência de amputações dos membros inferiores (12,3 vs. 11,2 eventos por cada 1000 doentes-ano; HR: 1.11; 95% IC: 0,79 a 1,56) ou fraturas ósseas adjudicadas (11,8 vs. 12,1 eventos por cada 1000 doentes-ano; HR: 0.98; 95% CI: 0,70 a 1,37).

O estudo foi interrompido precocemente no início de julho de 2018, devido a resultados positivos de eficácia.

A canagliflozina está aprovada na União Europeia desde 2013, onde é indicada para o tratamento de adultos com DM2 insuficientemente controlada como adjuvante da dieta e do exercício, como monoterapia e associada a outros medicamentos que reduzem os níveis de açúcar no sangue.

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