Para tratamento da doença dos pezinhos
Com a conclusão da Avaliação Prévia Hospitalar, o patisiran obtém autorização de utilização em Portugal e passa a estar...

O patisiran é um medicamento baseado em ciência galardoada com o Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina e é a primeira terapêutica de ARNi aprovada no mundo. O acordo celebrado com o INFARMED, torna agora amplamente disponível em Portugal o primeiro medicamento baseado em ARNi para tratamento da amiloidose hereditária mediada por transtirretina (ATTRh), em que se inclui a Polineuropatia Amiloidótica Familiar. Esta é a doença rara com maior prevalência em Portugal, comumente conhecida como “Doença os Pezinhos”.

“O acordo com o Ministério da Saúde, representa um momento muito importante para os doentes portugueses com amiloidose ATTRh. O patisiran demonstrou ser uma terapêutica segura e eficaz, provocando a interrupção da progressão da polineuratia associada à amiloidose, mas também a sua reversão num grupo significativo de doentes. Estes resultados abrem uma nova era no tratamento desta doença, também conhecida como Paramiloidose ou Doença dos Pezinhos, que quando não tratada, se apresenta como rapidamente progressiva e incapacitante”, esclarece Francisco Nunes, Commercial Lead da Alnylam em Portugal. “A destacar também a aprovação ampla do Patisiran, no tratamento de doentes naive mas também para os doentes já em tratamento com as terapêuticas disponíveis e que se encontram no estadio 1 ou 2 de progressão da doença. Estamos extremamente satisfeitos por fazer parte deste momento histórico no tratamento da amiloidose ATTRh, que tem o potencial de mudar a vida dos doentes e das suas famílias.”

A amiloidose hereditária mediada por transtirretina é causada por uma mutação genética que interfere na forma como o organismo produz uma proteína chamada transtirretina. Existem diferentes mutações, as quais são responsáveis por diferentes fenótipos da doença. Em Portugal, a mutação mais prevalente, que abrange a quase totalidade dos doentes, é causadora da patologia conhecida como Polineuropatia Amiloidótica Familiar associada à transtirretina (PAF-TTR). A PAF-TTR representa uma importante necessidade médica ainda não satisfeita em Portugal, com uma morbilidade e mortalidade significativas.

Estima-se que a sua prevalência em Portugal seja de 22,93/100.000 habitantes adultos, o que faz de Portugal o país com maior prevalência da doença. Com cerca de 1865 doentes, Portugal tem aproximadamente 20% do total de doentes com PAF-TTR no mundo. A taxa de sobrevivência média dos doentes é de 4,7 anos após o diagnóstico, com uma perda gradual e inevitável na capacidade para desempenhar atividades diárias.

“O patisiran, agora disponível em Portugal, representa uma abordagem terapêutica inovadora, não só pelo mecanismo de ação, mas também pelos resultados demonstrados. Observou-se que a progressão da polineuropatia foi interrompida ou, pela primeira vez, revertida num grupo significativo de doentes com amiloidose ATTRh. Permite também tratar doentes em fases mais avançadas da doença e que até agora não tinham qualquer alternativa terapêutica”, afirma Teresa Coelho, Responsável da Unidade Corino de Andrade do Centro Hospitalar Universitário do Porto. “Estamos a assistir a avanços muito significativos no tratamento da amiloidose ATTRh, com impacto muito positivo na esperança e qualidade de vida destes doentes e por consequências dos seus cuidadores e famílias”.

Sobre amiloidose ATTRh

A amiloidose hereditária mediada por transtirretina (TTR) (amiloidose ATTRh) é uma doença hereditária, progressivamente debilitante, e muitas vezes fatal, causada por mutações no gene TTR. A proteína TTR é principalmente produzida no fígado e é normalmente um transportador da Vitamina A. As mutações no gene TTR causam a acumulação das proteínas anómalas de amiloide, danificando os órgãos e tecidos do organismo, como os nervos periféricos e o coração, dando origem a neuropatias sensoriais, motoras e autónomas difíceis de tratar, e/ou cardiomiopatia, bem como outras manifestações da doença. A amiloidose ATTRh representa uma importante necessidade médica sem resposta, com morbilidade e mortalidade significativas, e afeta cerca de 50.000 pessoas em todo o mundo. A sobrevivência mediana é de 4,7 anos após o diagnóstico, com uma sobrevivência reduzida (3,4 anos) nos doentes que apresentam cardiomiopatia.

‘Desafios da Serialização na Indústria Farmacêutica’
Com o objetivo de analisar os mecanismos disponíveis para garantir a saúde e segurança dos consumidores e pacientes portugueses...

A GS1 Portugal, entidade responsável pela introdução do código de barras em Portugal há mais de 30 anos e que, no setor da saúde, preconiza a gestão normalizada de dispositivos médicos, de medicamentos e de processos de prestação de cuidados de saúde com vista à maximização da eficiência, fez-se representar por Madalena Centeno, Gestora de Saúde e Standards. Participaram também no Seminário outras duas entidades que correspondem a dois interlocutores fundamentais na cadeia de abastecimento do medicamento: um distribuidor e uma farmácia comunitária, representados, respetivamente, pela Logista Pharma, na pessoa da Diretora Técnica e Responsável de Garantia de Qualidade, Sandra Luís; e as Farmácias Parreira, na pessoa de Diogo Gouveia.

Madalena Centeno destacou as vantagens da serialização no setor da saúde, tendo exemplificado com vários casos de sucesso de implementação de standards, nomeadamente, no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e na Unidade de Cascais do Grupo Lusíadas Saúde. Madalena Centeno destacou ainda os benefícios inerentes à cabal implementação da Diretiva dos Medicamentos Falsificados, implementada em 2019, com o objetivo de garantir a segurança e a qualidade dos medicamentos vendidos na UE e que exigiu à indústria farmacêutica a aposição de um código de barras 2D e de um dispositivo de prevenção de adulterações na caixa dos medicamentos sujeitos a receita médica. Às farmácias e aos hospitais passou a ser exigida, a verificação da autenticidade e consequente desativação dos medicamentos antes da dispensa ou administração aos doentes. Neste âmbito, Madalena Centeno reconheceu que o processo de adaptação de todos os interlocutores ao longo da cadeia de abastecimento do medicamento poderá ter sido, em alguns casos, desafiante, mas que essa adaptação é fundamental para, por um lado, garantir a segurança e saúde dos consumidores e pacientes; e, por outro, a rastreabilidade e eficiência ao longo da cadeia de valor.

Neste âmbito, Sandra Luís destacou o impacto da Diretiva no funcionamento dos centros de distribuição da Logista Pharma – o que mudou, que ajustes foram necessários e quais os impactos no ritmo de trabalho. Apesar da Diretiva ser integralmente aplicável há um ano, segundo Sandra Luís, é essencial continuar a corrigir detalhes e garantir que o sistema funciona na perfeição.

Diogo Gouveia, em representação das Farmácias Parreira, apresentou os procedimentos de funcionamento da dispensa de medicamentos com base na Diretiva. Segundo afirmou, o sistema de desativação ainda regista diversos problemas, o que obriga a uma dispensa de medicamentos que nem sempre se baseia num conjunto exaustivo de critérios de confirmação.

João de Castro Guimarães, Diretor Executivo da GS1 Portugal faz um balanço muito positivo do Seminário e reforça “a necessidade de continuar a promover a colaboração entre operadores para melhorar um sistema que ainda é perspetivado pelos operadores, em muitos casos, como complexo e gerador de entropias. Apesar de todos os esforços por parte das entidades envolvidas na implementação da Diretiva, nomeadamente da GS1 Portugal, ainda há muito por fazer. Tem vindo a diminuir o número de alertas registados pela MVO Portugal, a entidade responsável pela implementação e operação do sistema nacional de verificação de medicamentos, no seguimento do estabelecido pela Diretiva n.º 2001/83/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho. No entanto, ainda são consideráveis os erros existentes no Sistema, o que significa que o esforço de colaboração terá de continuar”, conclui.

Tiago Pinho, Diretor de Curso da Licenciatura em Gestão da Distribuição e da Logística, e um dos responsáveis pelo evento, destacou que “esta iniciativa proporcionou aos estudantes a possibilidade de ficarem a conhecer a visão de quem desenvolve e auxilia a aplicação dos standards de identificação dos produtos. Este tipo de iniciativas é muito importante para os estudantes, nas diversas formações na área da logística e do retalho, uma vez que permite a interação direta com as organizações que desenvolvem e aplicam os standards”.

A 9 de fevereiro de 2019 passou a aplicar-se em todos os Estados Membros da União Europeia a Diretiva Medicamentos Falsificados. A aplicação desta Diretiva, adotada há cerca de nove anos, com o objetivo de garantir a segurança e a qualidade dos medicamentos vendidos na União Europeia, exige a introdução de dispositivos de verificação ao longo de toda a cadeia de valor e prevê mecanismos específicos de garantia da segurança dos medicamentos sujeitos a receita médica. A Diretiva prevê que cada farmácia ou hospital da União Europeia disponha de um sistema que torne a deteção dos medicamentos falsificados mais fácil e mais eficiente.

Para cumprir com o previsto na Diretiva e para facilitar a deteção de produtos falsificados na União Europeia, a indústria farmacêutica tem de introduzir um sistema de serialização com controlo em determinados pontos da cadeia de abastecimento, associado a dispositivos que garantam a inviolabilidade da embalagem de todos os medicamentos sujeitos a receita médica.

A identificação automática e inequívoca de pessoas, locais, equipamentos, dispositivos médicos e medicamentos através de standards globais, como os que o Sistema GS1 integra, é essencial. Essa identificação permite, por exemplo, a prevenção da contrafação e de erros médicos, bem como a integração de todos os operadores da cadeia de valor da saúde e a garantia da qualidade e a segurança dos medicamentos disponibilizados ou administrados aos consumidores ou pacientes.

DGS divulga norma nos ATL
As crianças com mais de 10 anos devem usar máscara nos Centros de Atividades de Tempos Livres (ATL), de acordo com orientação...

A reabertura dos ATL é possível a partir de hoje, dia 15 de junho de 2020, no âmbito da terceira fase de desconfinamento anunciada pelo Governo, após o confinamento geral no âmbito da epidemia.

Na orientação, divulgada no dia 14 de junho, a DGS salienta que todos os ATL (que recebem crianças para atividades de estudo e lazer a partir dos seis anos) têm de estar devidamente preparados para abordar possíveis casos suspeitos de Covid-19, tendo por exemplo uma área de isolamento, definição de circuitos, ou atualização de contactos de emergência das crianças.

Os ATL devem ter condições de higienização e desinfeção, e equipamentos como máscaras para todo o pessoal, e deve ser feita uma limpeza geral e desinfeção das instalações antes da abertura.

As crianças e jovens devem ser organizados em grupos, que se devem manter sempre iguais e de preferência cada grupo numa zona específica, e os acessos à biblioteca ou à sala de informática devem ser condicionados, com desinfeção após cada utilização.

Sempre que possível as portas e janelas devem estar abertas e nas salas deve ser mantido o distanciamento. As mesas devem ser dispostas «o mais possível junto das paredes e janelas» e as mesas «devem estar dispostas com a mesma orientação, evitando uma disposição que implique as crianças e jovens virados de frente uns para os outros».

A DGS recomenda que se evite o cruzamento das crianças entre salas (como acesso à sala de refeições) e que as crianças não partilhem objetos (ou que estes sejam desinfetados após cada utilização) e devem levar os seus próprios brinquedos de casa.

Para as atividades de exterior, como passeios ou excursões, as medidas são idênticas às gerais, de distanciamento físico e higiene, sendo que dentro dos ATL todos os profissionais e todas as crianças com mais de 10 anos devem usar máscara.

Dentro dos ATL a DGS recomenda desinfeção frequente de zonas que podem ser mais facilmente contaminadas, ou zonas de toque frequente, como maçanetas das portas, e sugere que seja feito um plano de higienização para conhecimento de todos os profissionais envolvidos.

E nos refeitórios, além das medidas de higiene e desinfeção (pelo menos duas vezes por dia), a recomendação é que se evitem grandes concentrações de pessoas, ou mesmo que se removam motivos decorativos das mesas.

Caso o ATL tenha um serviço de transportes as medidas aplicadas são as mesmas para os transportes coletivos de passageiros, e se houver um caso suspeito de Covid-19 todos os encarregados de educação devem ser informados.

A Covid-19 é uma doença causada pela infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). A doença manifesta-se predominantemente por sintomas respiratórios, nomeadamente, febre, tosse e dificuldade respiratória, podendo também existir outros sintomas, entre os quais, odinofagia (dor de garganta), e dores musculares generalizadas.

O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, revelou que a linha de apoio psicológico, disponível através do Centro...

“Este serviço foi muito importante durante o tempo de confinamento, mas continua ser no esclarecimento de dúvidas e angústias dos cidadãos a qualquer hora”, sublinhou o Secretário de Estado da Saúde, na conferência de imprensa diária de domingo, dia 14 de junho.

Na ocasião, António Lacerda Sales aproveitou também para fazer um ponto de situação da plataforma de vigilância clínica Trace Covid, na qual estão inscritos mais de 73.000 profissionais e um total acumulado de 543.000 pessoas.

 

O próximo webinar acontece já amanhã
2020 é o Ano Internacional do Enfermeiro e, com o surto que atacou o mundo, tem-se tornado um ano de forte reconhecimento dos...

Segundo Rita Annes, Diretora Comercial e de Marketing do Grupo LIDEL, “este ciclo pretende ser um fórum de debate para e entre profissionais sobre os mais atuais desafios da Enfermagem. Sob a égide do «Cuidar em Tempos de Pandemia», este ciclo é moderado pelos coordenadores da coleção LIDEL Enfermagem e conta com a participação de autores dos livros e outros especialistas nas áreas, que partilham o seu saber e experiência da prática diária. Neste Ano Internacional do Enfermeiro, que se tem revelado ainda mais desafiante para a profissão, não podíamos deixar de dar o nosso contributo para aqueles que desenvolvem um trabalho diário em prol de toda a comunidade.”

Entre temas contextualizados com a realidade atual e sob a moderação de Carlos Sequeira (Professor Coordenador da Escola Superior de Enfermagem do Porto) e Manuela Néné (Professora Coordenadora da Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa em Lisboa), os webinars debatem as mais importantes questões da “Saúde Pública e Comunitária”, “Comunicação e Saúde Mental”, “Saúde Materna” e “Saúde Infantil”.

Destinada a profissionais e estudantes de Enfermagem, a iniciativa teve início no dia 02 de junho com a primeira sessão online dedicada a “Saúde Pública e Comunitária” e à qual assistiram mais de duas centenas de pessoas. O vídeo da sessão está disponível aqui.

 

 

Aumento de capacidade
A capacidade de Medicina Intensiva aumentou de 629 para 819 camas desde o início da pandemia, o que representa um aumento de 23...

O Secretário de Estado da Saúde sublinhou ainda que o “esforço de capacitação tem sido enorme, apesar de não ter havido, até à data, uma sobrecarga nestes serviços”. Entre compras e doações, sublinhou, “já foram entregues às unidades hospitalares de todo o país mais de 680 ventiladores”.

De acordo com António Lacerda Sales, o objetivo do Governo é chegar ao final do ano com um rácio de 9.4 camas de cuidados intensivos por 100.000 habitantes.

 

Aumento de capacidade
A capacidade de Medicina Intensiva aumentou de 629 para 819 camas desde o início da pandemia, o que representa um aumento de 23...

O Secretário de Estado da Saúde sublinhou ainda que o “esforço de capacitação tem sido enorme, apesar de não ter havido, até à data, uma sobrecarga nestes serviços”. Entre compras e doações, sublinhou, “já foram entregues às unidades hospitalares de todo o país mais de 680 ventiladores”.

De acordo com António Lacerda Sales, o objetivo do Governo é chegar ao final do ano com um rácio de 9.4 camas de cuidados intensivos por 100.000 habitantes.

 

Junho é o Mês de Consciencialização sobre Escoliose
A Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV) pretende sensibilizar a população para a importância do...

“Estima-se que a escoliose afete cerca de 2 a 3 por cento dos adolescentes, na sua maioria do sexo feminino. É importante que pais, avós e todas as pessoas próximas à criança estejam sensibilizados para os sinais de alerta para a doença e, caso os identifiquem, procurem um médico. O diagnóstico precoce, permite iniciar um tratamento atempado, evitando que a progressão da patologia e a necessidade de recorrer a cirurgia”, explica Jorge Alves, ortopedista e vice-presidente da SPPCV.

E enumera: “Os sinais de alerta são: ombros e ancas com alturas diferentes, inclinação do corpo para um dos lados e inchaço nas costas quando a criança se dobra. Além disso, é importante ter consciência de que, habitualmente, a escoliose não está associada a dor. É uma doença silenciosa, para a qual é importante estarmos atentos.”

A escoliose é uma deformidade em rotação da coluna vertebral com um ângulo superior a 10 graus. Após o diagnóstico, o tratamento deve ser individualizado e deve ter em conta o risco de progressão da deformidade. O exercício e a fisioterapia não reduzem a magnitude da curva ou o risco de progressão, mas essas opções podem ser usadas como terapia coadjuvante para melhorar a postura e fortalecer os músculos.

O Mês de Consciencialização sobre Escoliose assinala-se, anualmente, em junho, com o objetivo de destacar a crescente necessidade de educação para a doença, contribuindo para um diagnóstico precoce e para conscientizar a população sobre a escoliose e sua prevalência na comunidade.

 

Doença dos pezinhos
Se inicialmente a doença foi identificada nas comunidades piscatórias, hoje a doença está espalhada pelo território nacional e...

Apesar da informação que já existe, a “doença dos pezinhos”, como também é conhecida a Paramiloidose, está a espalhar-se pela população nacional. «A doença está a ser detetada em novas famílias, que não tinham casos conhecidos nas gerações anteriores, pessoas com início tardio da doença, com sintomas e problemas diferentes daqueles a que estávamos habituados», daí a importância de se avançar com uma campanha deste género, sublinha Carlos Figueiras, Presidente da Direção Nacional da Associação Portuguesa de Paramiloidose.

A ideia para esta campanha assentou na criação de um conjunto de ferramentas de comunicação em meio digital que, interligadas, têm como missão alargar o conhecimento sobre esta doença rara e clarificar alguns mitos associados.

Assim, as mensagens desta iniciativa vão ter voz através de um site específico, de um filme animado que estará disponível em diversos meios online nacionais e da realização do Webinar “Paramiloidose: mitos & verdades”, que decorre no dia 16 de junho, pelas 17h00, a partir da página da campanha.

 «Sabemos que os primeiros passos são os mais importantes para travar a Paramiloidose. Hoje já existem novas terapêuticas para o tratamento da doença e que contribuirão para melhorar o dia a dia dos portadores da doença. Mas há muito que podemos continuar a fazer», salienta Guilherme Oliveira, Diretor Geral Akcea Therapeutics Portugal.

A Paramoloidose, também conhecida por amiloidose hereditária por transtirretina (hATTR) ou Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), é provocada por uma mutação no gene da transtirretina (TTR). A mutação faz com que a proteína TTR esteja alterada e se acumule como fibras amiloides em vários órgãos. Esta doença afeta sobretudo adultos jovens, entre os 20 e os 40 anos de idade. Os primeiros sintomas consistem em dor neuropática, alterações sensoriais à dor e à temperatura, dormência e formigueiro, fraqueza muscular e, entre outras, dificuldade em caminhar e alterações gastrointestinais. Estima-se que existam cerca de dois mil doentes em Portugal e 50 mil em todo o mundo.

Site da campanha disponível em: https://viveragoracomospesnofuturo.pt/

 

Conferência online
“Cuidar melhor de quem vive com cancro em tempo de pandemia” é o nome do webinar promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro...

A sessão online, moderada pela jornalista Cláudia Pinto, contará com a presença de Luís Costa, Médico Oncologista e Presidente do Colégio de Oncologia Médica da Ordem dos Médicos, Daniela Costa, Psicóloga da Linha Cancro da LPCC, Vítor Rodrigues, Presidente da LPCC, e ainda Humberto Martins, Diretor da Área Profissional da Associação Nacional das Farmácias (ANF).

Os temas abordados, durante a conferência online pelos nomes acima mencionados, serão:

1)    Covid-19: Como lidar com o medo em tempos de pandemia?

2)    As dúvidas que a Covid trouxe aos doentes oncológicos;

3)    Como receber os seus medicamentos em casa ou na sua farmácia?

4)    O papel da Liga Portuguesa Contra o Cancro nesta pandemia;

5)    Discussão e respostas às questões colocadas online. 

“É fundamental o esclarecimento das populações e, nomeadamente, dos doentes oncológicos, sobre a maneira, informada, como deve ser feita a resposta a situações concretas de saúde, gerais e particulares. Esse conhecimento permite que os doentes tenham mais informações sobre os apoios que têm disponíveis e que lhes permitam melhorar a sua qualidade de vida,” explica Vítor Rodrigues, Presidente da Direção Nacional da LPCC.

 

Medicamentos experimentais
A Crioestaminal, primeiro banco no serviço de criopreservação de células estaminais em Portugal, inaugura, no próximo dia 19 de...

Esta nova infraestrutura, com uma área de 150 metros quadrados e que representa um investimento de 1 milhão de euros, permitirá a produção de medicamentos para ensaios clínicos e terapias experimentais em diversas áreas da Medicina, e abre a possibilidade de integrar consórcios internacionais na área das terapias celulares. O investimento neste projeto já permitiu o desenvolvimento de um medicamento experimental à base de células estaminais para tratar doentes com COVID-19 em situação mais grave.

Esta nova unidade de produção permitirá numa primeira fase a produção de medicamentos experimentais para doenças como AVC, Doenças Autoimunes e COVID-19 e pretende tornar-se uma referência na Europa. Esta aposta surge na sequência de projetos anteriormente desenvolvidos em parceria com universidades portuguesas, dos quais já resultaram quatro patentes para novas aplicações – na área do cancro, cardiovascular ou pé diabético.

 

Webinars
As Be Low Talks são uma iniciativa que junta cinco especialistas da área para partilhar conhecimento e promover a discussão do...

As Be Low Talks, destinadas a profissionais de saúde, pretendem fomentar a troca de experiências e motivar os especialistas a encontrar possíveis estratégias para o atingimento dos valores-alvo de c-LDL, em prol do tratamento de colesterol em Portugal.

Com o início marcado para quarta-feira, dia 17 de junho, o primeiro webinar conta com a colaboração de Ricardo Fontes-Carvalho, Cardiologista no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, para a apresentação e discussão das Novas Guidelines para o Tratamento da Dislipidemia 2019 ESC/EAS.

Os próximos webinars vão ter o contributo de Cristina Gavina, Cardiologista na Unidade Local de Saúde de Matosinhos - Hospital Pedro Hispano, de Francisco Araújo, internista no Hospital Beatriz Ângelo, e de Patrício Aguiar, internista no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte - Hospital Santa Maria, para a apresentação de casos clínicos no âmbito do controlo da dislipidemia em prevenção secundária, dislipidemia no idoso e dislipidemia no diabético, respetivamente. A moderação das sessões virtuais está a cargo de António Ferreira, Cardiologista no Centro Hospitalar Lisboa Ocidental - Hospital de Santa Cruz.

Os encontros estão marcados para as 21h30, tendo uma duração aproximada de 30 minutos, em que todos os participantes podem interagir e colocar questões ao painel e aos restantes colegas que estão a assistir. Para participar, basta registar-se na plataforma.

Depois do sucesso da primeira edição, a MSD Portugal pretende que as Be Low Talks transmitam o legado da informação mais atual sobre os níveis de c-LDL, com o objetivo de explorar o estado da arte do tratamento de Colesterol em Portugal. Após vários anos dedicados à área de investigação e desenvolvimento de tratamentos inovadores para a doença cardiovascular, esta iniciativa da MSD Portugal pretende colocar em destaque a partilha de opiniões entre profissionais de saúde, sempre com o foco no controlo efetivo da dislipidemia e doença cardiovascular.

Opinião
A Esclerodermia, é uma doença rara, de causa autoimune complexa e ainda não totalmente esclarecida,

Esta doença cursa com sintomas muito variados, uma vez que tem envolvimento ao nível de vários órgãos, (daí o termo Esclerose Sistémica) e como tal, também pode afetar o pulmão.

Assim percebemos que os doentes com Esclerose Sistémica ou Esclerodermia para além de poderem já sofrer de doença respiratória crónica podem ainda ter complicações agudas causadas por infeções respiratórias graves, como a pneumonia.

São tempos de cuidados acrescidos.

No cenário atual do país e do Mundo, é mais importante do que nunca não facilitar e continuar a fazer-se a medicação prescrita pelo médico especialista e que está ajustada ao grau de gravidade de cada doente, entrar em contacto com o médico em qualquer situação que considere estranha e fora do habitual, cumprir com o exercício de mobilidade e ter cuidados acrescidos com a alimentação.

Tendo em conta a fragilidade do sistema imunitário associada quer à doença quer às terapêuticas medicamentosas indicadas para esta patologia, os doentes com Esclerodermia devem procurar prevenir-se contra doenças respiratórias graves como a pneumonia ou a gripe, nomeadamente através da vacinação.

Até à data, não existe nenhuma indicação de que haja motivo para suspender a terapêutica anti-inflamatória que muitos destes doentes fazem.

As pessoas devem auto analisar-se e perceber se estão a sentir algo que esteja relacionado com a Covid-19 (febre, tosse, dores musculares, perda de olfato ou paladar ou dificuldade respiratória) que poderão já ter sentido antes ou se os sintomas são diferentes do habitual. Deve ter em atenção que a febre e a falta de ar neste cenário de Covid-19 é mais acentuada do que o habitual.

Não havendo vacina e um tratamento efetivo contra o novo coronavírus, o cumprimento das medidas de higiene e segurança recomendadas pelas autoridades de Saúde e pela OMS são de extrema importância.

As palavras de ordem são então: “Não facilitar”!

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Bolsa Biocodex Microbiota Foundation
Um projeto de investigação que tem como objetivo a identificação de perfis específicos de microbiota e metabolitos que possam...

A Espondilartrite (SpA) e a Artrite Reumatoide (AR) são duas das doenças reumáticas inflamatórias crónicas mais comuns, com uma prevalência na população portuguesa de 1,6% e de 0,7%, respetivamente, segundo dados do estudo EpiReumaPt1. Apesar das manifestações clínicas e o decurso da doença serem heterogéneos, estas doenças levam a danos irreversíveis nos ossos e nas articulações, que se traduzem por perda substancial da qualidade de vida.

De acordo com os vencedores da Bolsa, o estudo permitirá contribuir para um melhor entendimento de alguns mecanismos fisiopatológicos relacionados com o início da doença e, sobretudo, verificar se existe um perfil de microbiota que possa estar associado à resposta terapêutica. “O que poderemos perspetivar é uma otimização da prescrição da terapêutica permitindo selecionar a melhor opção para o doente em termos individuais. Evita-se perder tempo e expor os doentes a efeitos secundários de terapêuticas inúteis. Em termos societários teremos uma melhor utilização de recursos”, sublinham os vencedores da Bolsa de Investigação.

A introdução terapêutica dos inibidores do fator de necrose tumoral (TNFi) tem permitido o controlo da inflamação, mas nem sempre da progressão estrutural”. Apesar disso, os investigadores explicam que “uma grande percentagem de doentes (cerca de 40%) não responde ou apresenta efeitos adversos a esta terapêutica”. Daí que considerem urgente encontrar fatores preditores de resposta à terapêutica.

Partindo do pressuposto de que estes doentes têm uma microbiota distinta, o objetivo deste projeto “é avaliar a influência da microbiota na resposta à terapêutica com TNFi” e, simultaneamente, “perceber de que forma as terapêuticas biológicas modulam a microbiota nestes pacientes”.

Os perfis de microbiota associados a AR e SpA são conhecidos. Em fases pré-clínicas de AR foi descrita uma dominância de espécies de Prevotella. Em doentes com espondilite anquilosante foi recentemente descrita uma elevação de Steptococcus e uma diminuição de espécies com propriedades anti-inflamatórias (Faecalibacterium prausnitzii e Clostridium) em doentes com aumento de calprotectina (um marcador de inflamação intestinal). Alterações no microbiota são, como mostra a evidência científica, uma constante nestas doenças multifatoriais2,3.

 A Bolsa Nacional para Projetos de Investigação 2019/2020 distinguiu o melhor projeto de investigação em Microbiota Humana na Saúde e na Doença, teve 32 candidaturas que foram avaliadas por um júri independente constituído pelos membros do Comité Científico da Biocodex Microbiota Foundation (BMF) em Portugal.

Referências:

1 - Branco JC, Rodrigues AM, Gouveia N, Eusébio M, Ramiro S, Machado PM, da Costa LP, Mourão AF, Silva I, Laires P, Sepriano A, Araújo F, Gonçalves S, Coelho PS, Tavares V, Cerol J, Mendes JM, Carmona L, Canhão H. Prevalence of rheumatic and musculoskeletal diseases and their impact on health-related quality of life, physical function and mental health in Portugal:  results from EpiReumaPt - A national health survey. RMD Open. 2016 Jan. 19;2(1):e000166. doi: 10.1136/rmdopen-2015-000166. eCollection 2016. PubMed PMID: 26848402; PubMed Central PMCID: PMC4731842.

2 - Maeda Y, Takeda K. Host-microbiota interactions in rheumatoid arthritis. Exp Mol Med. 2019 Dec 11;51(12):1-6. doi: 10.1038/s12276-019-0283-6. Review. PubMed PMID: 31827063; PubMed Central PMCID: PMC6906371.

3 - Klingberg E, Magnusson MK, Strid H, Deminger A, Ståhl A, Sundin J, Simrén M, Carlsten H, Öhman L, Forsblad-d'Elia H. A distinct gut microbiota composition in patients with ankylosing spondylitis is associated with increased levels of fecalcalprotectin. Arthritis Res Ther. 2019 Nov 27;21(1):248. doi:10.1186/s13075-019-2018-4. PubMed PMID: 31771630; PubMed Central PMCID:PMC6880506.

Cuidados
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, as dores nas costas são responsáveis por 50% dos caso

Das horas que passamos ao computador, e da postura incorreta promovida, por exemplo, por um computador portátil, à utilização excessiva de dispositivos móveis, passando pelo ritmo de vida acelerado e até pelo multi-tasking. De acordo com um estudo muito recente realizado a 2 mil trabalhadores ingleses pela British Heart Foundation e pelo grupo Get Britain Standing, cerca de 40% das pessoas ficam em pé menos de 30 minutos por dia, no seu período laboral, evitando sair da secretária para almoçar, chegando mesmo a adiar idas à casa. Esta realidade é cada vez mais transversal, e sendo Portugal um país onde o número de horas laborais ultrapassa a média Europeia (41 horas por semana versus 28), é provável que os números sejam pelo menos iguais, senão piores.

A conduzir, nos transportes, à secretária no escritório ou no sofá. Os cenários mudam, o ato é o mesmo - estar sentado. Faça as contas, quantas horas por dia passa sentado? Os números surpreendem e os problemas que pode causar são reais: Desconforto, dormência, desalinhamento da coluna, lesões nas articulações e má circulação sanguínea são apenas algumas das consequências, a longo prazo, de períodos prolongados em posição sentada, estática, pouco natural para o corpo humano. O nosso corpo não está preparado para ser sedentário. Estar sentado implica uma distorção da curva natural da coluna, pela nova distribuição de peso que é imputada ao corpo humano, habituado a sustentar-se em pé. Essa razão leva a que novos músculos tenham que realizar esse trabalho, para que nos mantenhamos com o tronco levantado e contra a gravidade. E o preço a pagar é altíssimo. A inatividade do local de trabalho e o número de horas que passamos sentados compromete seriamente a nossa saúde e é preciso encontrar alternativas para nos levantarmos ou pagaremos por isso num curto espaço de tempo.

Dados nacionais: custos financeiros

Em Portugal, só a taxa de absentismo e as reformas antecipadas provocadas pela dor crónica nas costas e articulações representa uma despesa indireta de quase 740 milhões de euros anuais, de acordo com uma investigação desenvolvida, em 2012, pela Universidade Católica.

Conselhos para uma postura mais saudável no trabalho

1.Sente-se bem: Posicione os seus joelhos num ângulo de 90ºC e mantenha os pés apoiados e planos no chão e afastados à medida da largura dos ombros de forma a evitar tensão nas articulações.

2. Se tem por hábito transportar objetos pesados, como o computador, opte por mochilas justas ao corpo e com um reforço que proteja a coluna;

3. Faça intervalos de 10 minutos de 50 em 50 minutos para reduzir a pressão nos discos vertebrais e a tensão acumulada nos ombros e zona cervical e ainda para promover a circulação. Levante-se para ir à casa de banho, beber água, atender telefonemas ou, simplesmente, para esticar as pernas. Aproveite reuniões para estar de pé ou para dar um passeio, prefira as escadas ao elevador e estacione o carro mais longe.

4. Faça alongamentos, sobretudo ao nível dos braços, pescoço e costas, diariamente. Fora do emprego pratique Yoga ou Pilates de forma a melhorar a sua postura, fortalecer os músculos abdominais que ajudam a suportar a coluna e aumentar a sua flexibilidade.

5. Não cruze as pernas. Estar sentado com as pernas cruzadas dificulta a circulação e sobrecarrega os músculos ao redor da pélvis.

6.Atenção ao telefone: Se passa muitas horas ao telefone, não o apoie no pescoço e ombros. Evite fazer multi-tasking em chamadas telefónicas e utilize um auricular para qualquer conversa que dure mais do que cinco minutos.

7. Procure manter a cabeça e o pescoço alinhados. O ecrã do computador deve estar ao nível dos olhos e o mesmo se aplica a tablets ou ecrãs de telefone. É aconselhável, também, que mantenha uma distância de 40 a 70 cm do seu monitor e que o rato e o teclado estejam colocados lado a lado.

8. Posição na cadeira - Garanta que as suas costas estão bem apoiadas e que não ficam demasiado retas. Evite também estar sentado à ponta da cadeira para prevenir uma má postura.

9. Hidrate-se: A água ajuda a manter as articulações e os músculos devidamente lubrificados e a evitar rigidez no pescoço, joelhos e articulações.

10. O tipo de cadeira: Se puder escolher a sua cadeira invista numa com as dimensões apropriadas para o nosso corpo e que não seja rígida. O assento deve ser firme e profundo o suficiente para suportar as nossas coxas sem forçar o ângulo posterior dos joelhos, ter apoio para os antebraços e as bordas anteriores do assento devem ser arredondadas.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Webinars
O nosso dia-a-dia e a forma como pensamos sobre a nossa saúde e a de todos os que nos rodeiam tem estado em transformação. Este...

Neste sentido, em parceria com a Atlanticare, a Médis convida-o(a) a assistir aos webinars a realizar entre 19 e 26 de junho sobre as medidas de prevenção da COVID-19 que as empresas e os seus colaboradores devem adotar nos locais de trabalho. É uma oportunidade também para fazer questões diretamente a especialistas de Segurança e Saúde no Trabalho nos últimos 20 minutos de perguntas e respostas.

Cada sessão é direcionada a um contexto laboral distinto pelo que os especialistas da Atlanticare irão apresentar as orientações gerais e específicas a cada sessão:

No dia 19 de junho será sobre Atendimento ao Público, a 23 a sessão será dedicada à Indústria e Construção Civil. O último webinar realiza-se a 26 de junho e será dirigido a quem trabalha em ambiente de escritório.

O acesso a estas sessões é feito através de https://medisresponde.digitalstream.pt/stream/webinar.

 

 

Santos Populares
Referindo-se às celebrações do dia de Santo António, Graça Freitas, reforçou que não são permitidos eventos e atividades que...

“O nosso apelo é para que passemos estes santos populares com a diversão possível, mas sem facilitar a transmissão do vírus”, apelou a Diretora-Geral da Saúde.

Na conferência de imprensa diária sobre a pandemia de Covid-19, Graça Freitas falou sobre os arraiais que habitualmente se realizam em Lisboa nesta altura, referindo que estão previstas medidas de fiscalização, para controlar a concentração de pessoas nas ruas.

A Diretora-Geral da Saúde adiantou que estão previstas restrições de horários e de venda de bebidas e que a ocupação das esplanadas deve respeitar as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), estando interdita a instalação de novo mobiliário urbano no espaço público.

“Neste período especial, pretende-se que as pessoas desfrutem do gradual processo de desconfinamento, desta nossa nova normalidade, mas que desfrutem em segurança”, reforçou.

 

Durante a pandemia
Resultado de uma parceria entre o Hospital de Braga e a Universidade do Minho, o Centro Clínico Académico (2CA), manteve a...

Durante o período da pandemia, e apesar de toda a reestruturação interna que se impunha, o 2CA, sediado no Hospital de Braga, continuou a desenvolver os seus projetos de investigação em diferentes áreas.

Dos 160 estudos em curso, 77 são ensaios clínicos e os restantes 83 são compostos por estudos observacionais e estudos clínicos de dispositivos médicos.

Ainda neste período, das 127 consultas previstas associadas aos ensaios clínicos, 125 foram realizadas nas mais variadas áreas terapêuticas: cardiologia, dermatologia, endocrinologia, gastroenterologia, medicina interna, neurologia, oncologia, oftalmologia, pediatria e urologia.

De realçar que 87 destas consultas foram presenciais, 37 via contacto telefónico e 3 ao domicílio através do parceiro Centro de Medicina Digital P5.

Assim, e apesar do contexto atual e seguindo as orientações da Direção Geral de Saúde e do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, os projetos de investigação não foram suspensos, tendo os procedimentos sido reajustados de forma a manter a segurança dos participantes. A continuidade dos mesmos veio reforçar a confiança que os doentes têm na equipa clínica que os acompanha.

As áreas de neurologia, oncologia e gastroenterologia são as que se encontram com mais estudos de investigação a decorrer, sendo que o 2CA conta com uma equipa dedicada de 15 profissionais, composta por enfermeiros, coordenadores de estudos, farmacêuticos, técnicos de imagiologia, psicólogos, em que todos os ensaios clínicos têm sempre o acompanhamento de um médico especialista do Hospital de Braga.

O Hospital de Braga é já uma referência internacional para algumas áreas específicas da investigação clínica, nomeadamente no que diz respeito a doenças neurológicas (como o Alzheimer e a esclerose múltipla), sendo que a proximidade e multidisciplinaridade de conhecimentos entre os diferentes parceiros dinamiza e potencia melhores resultados para os estudos em curso e, consequentemente, contribui para uma melhoria da saúde da população. 

Casos continuam a subir
A Ministra da Saúde, Marta Temido, durante a conferência de imprensa de balanço da Covid-19 em Portugal, que se realizou no...

“Nomeei o gabinete regional de intervenção para a supressão da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo, gabinete que é coordenado pelo doutor Rui Portugal, médico de saúde pública da equipa de saúde desta região, e que integrará todas as autoridades regionais e locais de saúde”, disse Marta Temido.

Assumindo que Lisboa e Vale do Tejo continua a merecer “o foco” do Governo por representar, de modo persistente, mais de dois terços do número diário de novos casos notificados em Portugal, a Ministra explicou que o gabinete tem por objetivo identificar precocemente os novos casos e cadeias de transmissão para acompanhar os surtos ativos e para, em cada momento, garantir a melhor informação para tomada de decisão.

Nos últimos 15 dias, a incidência por 100 mil habitantes mais elevada do país tem-se concentrado nos concelhos de Loures, Amadora, Odivelas, Sintra e Lisboa, reforçou.

Estes cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa são os que merecem “maior preocupação”, disse a Ministra, revelando que 90% dos novos casos que se verificaram na terça-feira concentram-se nestes.

Contudo, Marta Temido garantiu que, em alguns destes concelhos, o surto começa a estar “mais controlado”, adiantando que Lisboa é o que revela menor incidência por 100 mil habitantes com 37,85.

 

Iniciativa
Dois meses após a sua criação por um grupo de voluntários na resposta ao combate contra a Covid-19, o #projectopenair entrega...

O projeto foi responsável pelo desenvolvimento de um ventilador de código aberto para cuidados intensivos. Trata-se de um modelo que incorpora apenas materiais e componentes industriais comuns e que, por isso, tem um valor de produção muito inferior ao padrão. Importa relembrar que o #projectopenair foi também responsável pela plataforma vent2life.eu, que permitiu a identificação e a reabilitação de ventiladores e equipamentos inoperacionais ou com necessidades de reparação na resposta ao combate contra a Covid-19. E, mais recentemente, pelo desenvolvimento de uma “armadura” de proteção para profissionais de saúde – Front Line Medic Protection - que se traduz num equipamento integral de proteção, com o aspeto diferenciador de ser reutilizável, suportando até 25 lavagens sem perder propriedades, de acordo com a certificação atribuída pelo CITEVE (Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário).

O projeto conta atualmente com mais de 1.600 voluntários de 34 países, envolvendo áreas de especialidade que vão desde a engenharia, à física, medicina e neurociências, contando ainda com o apoio de cerca de 25 institutos parceiros e empresas nas mais diversas áreas.

De acordo com João Nascimento, Fundador do #projectopenair “Acreditamos que o projeto cumpriu o propósito para o qual foi criado e espera-se agora que a sua atuação possa ser ampliada a outras frentes de combate igualmente prioritárias. Procurámos uma instituição com experiência e know-how em como fazer chegar estes projetos à linha da frente do combate à pandemia, e encontrámos na Médicos do Mundo o parceiro ideal. Apelamos para que o apoio, que a população tão generosamente sempre nos prestou, seja direcionado agora à Médicos do Mundo.”

Carla Paiva, Diretora da Médicos do Mundo em Portugal salienta que “foi com grande satisfação e orgulho que a Médicos do Mundo recebeu o convite para ser a organização humanitária beneficiária deste movimento voluntário do #projectopenair. Temos em comum os mesmos valores e a mesma vontade de derrubar barreiras no acesso aos cuidados de saúde, pelo que é com elevada expectativa que nos juntamos ao esforço de centenas de pessoas ao serviço de milhares.” E acrescenta ainda “assumimos o desafio e o compromisso de ser a ponte entre a inovação, a investigação, a ciência e a operacionalidade no terreno”.

O #projectopenair vem, desta forma, reforçar a atuação da Médicos do Mundo junto de quem apoia, bem como dos seus profissionais, através da disponibilização de recursos tecnológicos inovadores e que contribuem, simultaneamente, para a diminuição do impacto ambiental. Todos os projetos desenvolvidos pela Médicos do Mundo, quer a nível nacional, quer a nível internacional, beneficiarão daqui em diante dos vários dispositivos que fazem parte do #projectopenair, reforçando a proteção dos muitos operacionais que, diariamente, lidam com centenas de pessoas na prestação de cuidados gratuitos de saúde.

De salientar que a delegação portuguesa da Médicos do Mundo tem atualmente 19 projetos em Portugal e dois projetos de intervenção em Moçambique.

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