Ativação da células estaminais
Investigadores da Universidade da Califórnia identificaram uma mistura de fármacos que podem expandir as células estaminais...

O músculo esquelético - o tipo de músculo que se liga aos ossos e permite o movimento - é o tecido mais abundante no corpo humano. Este tecido tem a capacidade de se regenerar após ferimentos ligeiros, um processo facilitado pelas células estaminais musculares residentes que ajudam a construir novas fibras musculares. No entanto, a perda muscular aguda (que pode acontecer em acidentes graves), perda muscular progressiva, ou doenças genéticas, como distrofia muscular, pode comprometer este processo de reparação do tecido. Nestes casos, os pacientes podem experimentar problemas de mobilidade e ter uma qualidade de vida reduzida, sublinhando a necessidade de novos métodos para ajudar a regenerar o músculo esquelético.

Como as células estaminais musculares podem reparar tecido danificado, a investigação de terapias baseadas em células estaminais para regeneração muscular é uma área de investigação ativa. Embora esta abordagem seja promissora, as fontes de células estaminais musculares são extremamente limitadas, e o crescimento destas células em laboratório é atualmente um processo dispendioso e demorado.

Recentemente, investigadores financiados pelo NIBIB na Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) identificaram um “cocktail” de fármacos que pode efetivamente ativar e expandir uma população de células estaminais musculares, que ou são residentes no músculo, ou estão isoladas em outros tecidos, como a pele. Os investigadores descobriram que as células estaminais musculares poderiam curar tecido danificado em três modelos diferentes de ratos: ratos adultos, ratos envelhecidos (que têm uma capacidade reduzida de cicatrização), e um modelo de rato de distrofia muscular (que apresenta um desgaste muscular grave).

"Um grande estrangulamento no campo de regeneração muscular resulta da falta de um método eficaz para gerar e proliferar células estaminais musculares", disse Song Li, professor nos departamentos de bioengenharia e medicina da UCLA. "Usando o nosso “cocktail” de fármacos, podemos expandir eficientemente esta população celular, aproveitando o seu potencial como agente terapêutico para a reparação muscular."

Este “cocktail” inclui forskolin, um químico encontrado em plantas que aumenta a produção de AMP cíclico, uma molécula de sinalização importante nas células. Também incluído no cocktail está uma pequena molécula chamada RepSox, que media a diferenciação das células estaminais. Embora ambos os compostos tenham sido usados na pesquisa de células estaminais, o seu efeito combinado na proliferação e diferenciação das células estaminais musculares foi uma descoberta nova neste estudo, explicou o autor principal do estuodo.

Estas células estaminais musculares foram implantadas nos músculos dos ratos feridos. Quatro semanas após a implantação, os investigadores avaliaram o quão bem os músculos lesionados tinham curado. Em todos os seus modelos, as células estaminais implantadas facilitaram a reparação muscular e a regeneração do tecido.

"Este trabalho representa um passo promissor no campo da regeneração de tecidos, e pode potencialmente levar a um método mais eficiente de reparar o músculo danificado", disse David Rampulla, diretor da divisão de Discovery Science & Technology da NIBIB. "Para os doentes com lesões musculares ou doenças musculares crónicas, esta abordagem poderia aumentar drasticamente a sua qualidade de vida", disse.

No entanto, o investigador, Song Li, observou que o seu cocktail precisa de ser otimizado antes de poder ser usado com células humanas, e que são necessários mais estudos pré-clínicos em modelos animais maiores antes que esta abordagem possa ser traduzida em terapias clínicas humanas.

Parecer
Com o aumento da contrafação e de outras atividades ilegais relacionadas com a pandemia Covid-19, o Conselho da Europa está a...

À medida que os reguladores de todo o mundo aprovam mais vacinas para venda, continuam a aumentar os relatos de apreensões de vacinas contrafeitos.

Num parecer hoje publicado, o Comité médico da MEDICRIME estabelece 13 medidas para prevenir e combater a presença de vacinas contrafeitos no mercado, incluindo vacinas que deturpem a sua identidade e/ou fonte, bem como o desvio de vacinas legalmente produzidas da cadeia de abastecimento legal.

O Comité propõe medidas preventivas em cooperação com os sectores relevantes para reforçar a cadeia de abastecimento, garantir a autenticidade das vacinas e melhorar as modalidades de eliminação dos resíduos de vacinas Covid-19.

O Comité salienta igualmente a importância da formação de funcionários governamentais relevantes (agentes aduaneiros, polícias e juízes) e de sensibilização da opinião pública.

A Convenção MEDICRIME

O único tratado internacional do género, a Convenção de 2011 sobre a contrafação de produtos médicos e crimes semelhantes envolvendo ameaças à saúde pública (Convenção MEDICRIME) foi ratificado por 18 países e assinado por outros 15 na Europa e não só.

A Convenção estabelece um quadro de cooperação nacional e internacional entre as autoridades sanitárias, policiais e aduaneiras competentes, tanto a nível nacional como internacional, medidas de prevenção da criminalidade, envolvendo também o sector privado, e a instaurar um processo penal eficaz e a proteção das vítimas e testemunhas.

Em 2020, a Comissão MEDICRIME publicou um parecer sobre a aplicação da Convenção no âmbito do Covid-19.

Dia Mundial da asma assinala-se a 5 de maio
No âmbito do Dia Mundial da Asma, que se assinala a 5 de maio, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia

Desde o início da pandemia que várias informações sem fundamento científico foram disseminadas nos meios de comunicação e redes sociais, gerando nos doentes asmáticos alguns receios infundados, levando-os a alterar comportamentos que colocam, por vezes, em risco o controlo da sua asma.

Eis alguns mitos e verdades que importa esclarecer neste dia:

Doentes asmáticos não devem fazer a vacina contra a COVID-19 porque têm maior risco de reação adversa.

FALSO.

Muitos tipos de vacinas foram estudadas também em asmáticos e estão a ser usadas em todo o mundo e nem todos os asmáticos têm um quadro associado de alergias. De qualquer maneira, as reações alérgicas às vacinas são raras e, atualmente, nenhuma doença alérgica contraindica de forma absoluta a toma destas vacinas. Salienta-se que há casos que devem ser previamente avaliados em consulta para decisão de vacinação, como por exemplo, história prévia de recção alérgica grave a qualquer componente da vacina ou a outra vacina. Atualmente, pesando os riscos e benefícios, recomenda-se SIM a vacinação contra a COVID- 19 nos doentes asmáticos.

Doentes asmáticos têm maior probabilidade de morte por COVID-19.

DEPENDE.

Globalmente, os doentes asmáticos bem controlados não têm maior probabilidade de morte por COVID-19.

Contudo, estudos mostraram que, em doentes com necessidade recente de ciclo de corticoides orais ou doentes com asma grave recentemente internados, o risco de morte por COVID-19 foi superior.

Corticoterapia inalada aumenta risco de complicações associadas à infeção pelo novo coronavírus.

FALSO.

A corticoterapia inalada é central no tratamento do doente asmático, para controlo da doença, e os asmáticos controlados não têm maior risco de desenvolver doença grave ou de mortalidade por COVID-19. Os doentes com asma devem manter a sua medicação inalada habitual, bem como manter a sua asma controlada.

Fonte: 
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Órgão consultivo teve a sua primeira reunião hoje
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) iniciaram hoje uma nova...

“Com a autorização em curso e a implantação de várias vacinas Covid-19 na UE, os estudos de eficácia e segurança coordenados em conjunto, em larga escala, são um instrumento essencial para acompanhar de perto o desempenho destas novas vacinas na vida real. Estes estudos são fundamentais para gerar provas adequadas para apoiar a avaliação contínua dos benefícios e riscos das vacinas e informar a tomada de decisões sobre a sua utilização em estratégias nacionais ou regionais de vacinação para diferentes populações”, referem as duas entidades em comunicado.

Deste modo, a EMA e o ECDC vão coordenar e supervisionar conjuntamente uma série de estudos observacionais que serão financiados a partir do orçamento da UE e conduzidos em vários países europeus. “Em conformidade com os respetivos mandatos e em colaboração com os países da UE/EEE, a EMA conduz a um controlo da segurança, e o ECDC a eficácia destas vacinas. Este trabalho será apoiado por um Conselho Consultivo Conjunto (JAB) às duas agências que realizaram hoje a sua primeira reunião”, esclarecem.

"A investigação observacional é um pilar importante na vigilância pós-comercialização das vacinas Covid-19 e é necessária uma maior colaboração a nível da UE para que os Estados-Membros possam unir esforços e organizar grandes estudos que atendam às necessidades dos reguladores de medicamentos e dos institutos nacionais de saúde pública e vacinação", afirmou Emer Cooke, Diretor Executivo da EMA. "A EMA e o CEDEA são os ideais para coordenar esses estudos e trabalharão em estreita colaboração, juntamente com a Comissão Europeia, para envolver as autoridades nacionais competentes dos Estados-Membros na instalação, execução e avaliação dos dados."

"Hoje, no início da Semana Europeia da Vacinação, tenho muito prazer em lançar este novo fórum científico e um trabalho conjunto que fornecerá importantes informações e evidências para moldar estratégias de saúde pública e políticas de vacinação nos Estados-Membros. Este novo modelo de colaboração aproxima os reguladores da medicina e as autoridades de saúde pública e estabelece processos no sentido de uma plataforma de colaboração mais permanente e sustentável para monitorizar a segurança e eficácia das vacinas. Este trabalho tem os seus fundamentos na Recomendação do Conselho de 2018 e continuará a apresentar resultados em benefício de todos os europeus para os anos vindouros", disse Andrea Ammon, diretora do ECDC.

O JAB é copresidido pela EMA e pela ECDC, sendo composto por representantes da Comissão Europeia, da colaboração dos Grupos Técnicos de Vacinação (NITAG) da UE/EEE, organizada pelo ECDC, dos membros do Grupo de Intervenção Pandémico (FEF) da EMA e dos comités da EMA sobre medicina humana (CHMP) e segurança da medicina (PRAC). Este será um órgão consultivo criado “para aconselhar sobre a priorização, conceção, conduta e interpretação dos estudos observacionais pós-autorização independentes. Pode fornecer orientações sobre aspetos operacionais relacionados com a implementação destes estudos, se necessário”.

Estudo INTERCOVID
Um estudo internacional conclui que as mulheres grávidas com Covid-19 têm 50% mais probabilidades de desenvolver complicações...

O estudo INTERCOVID, coordenado pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e no qual participaram mais de uma centena de investigadores de 43 hospitais de 18 países, contou com a colaboração de mais de 2.100 grávidas.

A investigadora do grupo de Medicina Materna e Fetal do Vall d'Hebron Research Institute (VHIR), Nerea Maiz, que participou no estudo, revelou à agência de notícias Efe que os resultados "são surpreendentes", uma vez que no início da pandemia, os estudos preliminares indicavam que Covid não gerava complicações para as grávidas, embora mais tarde se tenha verificado que alguns apareceram.

Este estudo, explicou a especialista, permitiu verificar a "magnitude" das complicações relacionadas com a Covid-19 e confirmar que as grávidas são "um grupo vulnerável", que precisa de ser tratado como tal nas políticas de prevenção, incluindo a vacinação.

A pesquisa mostra que as mulheres infetadas com o novo coronavírus são 50% mais propensas a desenvolver complicações durante a gravidez, sendo a pré-eclâmpsia (pressão arterial alta durante a gravidez) a mais comum. O nascimento prematuro também é comum, na maioria dos casos ligado à pré-eclâmpsia, porque se esta doença se complicar pode forçar o nascimento a ser induzido antes do prazo.

Além disso, o risco de mulheres grávidas infetadas acabarem na UCI pode aumentar até cinco vezes. Os investigadores observaram que quanto mais grave a doença foi num paciente, maior o risco de problemas com a gravidez, enquanto nas grávidas assintomáticas pouca variação foi detetada em comparação com mulheres não grávidas sem sintomatologia.

O estudo refere ainda que os recém-nascidos de mulheres infetadas correm maior risco de desenvolver complicações médicas graves e de ser internados na UCI neonatal, sobretudo devido ao aumento dos partos prematuros.

Embora a transmissão do coronavírus grávida para o feto não ocorra como regra geral, o estudo descobriu que um em cada dez recém-nascidos de mães infetadas deu positivo nos primeiros dias, muito provavelmente, na sequência de contágio que ocorreu após o nascimento, referem a investigação.

De acordo com o estudo, o parto de cesariana pode estar associado a um risco acrescido de ter um recém-nascido infetado, mas o que foi confirmado é que o coronavírus não é transmitido através do leite materno. "Isto é muito importante e tranquilizador, porque as mães infetadas podem continuar a amamentar", disse a investigadora, citada pelo jornal El Mundo.

Quanto às vacinas, estudos preliminares sugerem que estas seriam seguras para mulheres grávidas e fetos, algo que, se confirmado em outros ensaios ainda em curso, colocaria as grávidas como um grupo prioritário na imunização, esclareceu a especialista.

 

Estudo
Uma investigação da Universidade de Valência (UV) e do Conselho Superior de Investigação Científica (CSIC) demonstrou que...

O trabalho realizado pela Unidade de Desenho de Fármacos e Topologia Molecular da a Universidade de Valência e liderado pelo Professor de Química e Física Jorge Gálvez, foi publicado no jornal norte-americano Journal of Chemical Information and Modeling.

O grupo foi pioneiro num artigo em março de 2020, propondo antibióticos como fármacos que poderiam ser usados para tratar a Covid-19, embora esta previsão se baseie apenas em cálculos teóricos computacionais.

Agora, em colaboração com investigadores do Centro Nacional de Biotecnologia, do CSIC, demonstraram com o seu estudo que estes antibióticos são capazes de prevenir a entrada 'in vitro' do vírus, desativando a conhecida proteína-pico.

As experiências com infeções mostraram que a azitromicina, claritromicina e lexitromicina reduzem a acumulação intracelular de ARN viral e a propagação do vírus, bem como previnem a morte celular induzida pelo vírus ao inibir a entrada de SARS-CoV-2 em células.

 

Inquérito Serológico Nacional Covid-19
A prevalência de anticorpos específicos contra SARS-CoV-2 (causador da doença Covid-19) na população residente em Portugal, com...

As regiões Norte, Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Alentejo foram aquelas onde se observou uma maior seroprevalência. Em relação à distribuição por idades, destaca-se a seroprevalência mais elevada na população adulta em idade ativa e mais baixa no grupo entre os 70 e os 79 anos.

Os resultados preliminares da segunda fase do ISN Covid-19 revelam ainda que a seroprevalência estimada para os grupos etários abaixo dos 20 anos não é inferior à da população adulta.

No grupo de indivíduos vacinados a proporção de pessoas com anticorpos específicos contra SARS-CoV-2 foi de 74,9%, valor que aumentou para 98,5% quando consideradas apenas as pessoas vacinadas com duas doses há pelo menos 7 dias. «Estas estimativas devem ser interpretadas com cautela, dado o reduzido número de pessoas vacinadas no ISN Covid-19, mas corroboram o efeito esperado de aumento da imunidade populacional contra SARS-CoV-2 à medida que o programa de vacinação for sendo implementado», observa o INSA.

O INSA destaca ainda que este estudo permitiu dar continuidade ao primeiro ISN Covid-19 realizado entre maio e julho de 2020 e que estimou uma seroprevalência global de 2,9% de infeção pelo novo coronavírus na população residente em Portugal, não tendo sido encontradas diferenças significativas entre regiões e grupos etários.

Desenvolvido e coordenado pelos Departamentos de Epidemiologia e de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e com 33 Unidades do Serviço Nacional de Saúde, a segunda fase do ISN Covid-19 analisou uma amostra de 8.463 pessoas residentes em Portugal, recrutadas entre 2 de fevereiro e 31 de março de 2021.

O relatório de apresentação dos resultados da segunda fase do ISN Covid-19 vai ser publicado, no site do INSA, durante a primeira quinzena de maio.

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, 196 novos casos de infeção por Covid-19. Sem mortes a assinalar desde o último balanço...

Segundo o boletim divulgado, não há registo de morte no país, nas últimas 24 horas.   

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 196 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 40 novos casos e a região norte 84. Desde ontem foram diagnosticados mais 10 na região Centro, quatro no Alentejo e 15 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 19 infeções e nos Açores 24.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 365 doentes internados, mais 17 que ontem. As unidades de cuidados intensivos passaram a ter, no entanto, menos sete doentes internados. Atualmente, estão em UCI 91 pessoas.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 324 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 793.011 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 24.662 casos, menos 130 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 498 contactos, estando agora 24.811 pessoas em vigilância.

 

Formação avançada para fisiologistas, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de exercício físisco
A Associação de Investigação e Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO), através do programa ONCOMOVE, e a Liga Portuguesa...

Os três coordenadores do ONCOMOVE, um projeto desenvolvido pela AICSO para promoção da reabilitação do doente oncológico - Ana Joaquim (médica oncologista), Sofia Viamonte (médica fisiatra) e Alberto Alves (fisiologista do exercício) - consideram que esta formação vem dar resposta a uma necessidade de muitos profissionais de saúde e de ciências do desporto.

Os objetivos “são fornecer as bases teóricas e práticas para o trabalho em equipa multidisciplinar que vise integrar o exercício físico no manancial das terapêuticas de suporte na jornada do doente oncológico”, explica Ana Joaquim. 

A formação avançada vai decorrer nos dias 7, 8, 14 e 15 de maio, em horário pós-laboral, nas instalações do Núcleo Regional Norte da LPCC e tem como destinatários fisiologistas do exercício, fisioterapeutas, enfermeiros de reabilitação e técnicos de exercício físico.

“O curso está limitado a 20 formandos e fazemos questão que seja presencial pois, para além da parte teórica, temos uma forte componente prática, com doentes da vida real que participam num dos módulos. Além disso, teremos os formandos distribuídos por grupos, com mentores, de forma a elaborarem um estudo de caso que, no final, será apresentado à turma”, explica Alberto Alves. Acrescenta que, tal como na primeira edição, em que já havia um contexto de pandemia, estarão garantidas todas as condições de segurança.

“Nutrição e exercício, as modalidades de tratamento e os efeitos adversos, os cuidados paliativos e as especificidades de algumas patologias oncológicas, como o cancro da mama, da próstata, do pulmão ou do cólon são alguns dos temas a abordar nos módulos do curso”, adianta a Dra. Sofia Viamonte, que é também diretora do Centro de Reabilitação do Norte.

O curso está certificado pela LPCC (DGERT) e os fisiologistas formadores são certificados pelo CanRehab (o único organismo habilitado a dar formação de nível 4 na área do exercício e cancro) e/ou pela Formação Avançada em Exercício e Cancro (1.ª edição). 

 

 

Webinar
O webinar “Linfoma de Hodgkin na era dos Inibidores de Checkpoint Imunitário” realiza-se no dia 29 de abril, 17h30.

A iniciativa da MSD Portugal coloca o Linfoma de Hodgkin no centro da discussão, com o intuito de partilhar e analisar a realidade nacional e discutir as experiências clínicas, bem como apontar perspetivas futuras de tratamento.

O evento terá hora e meia de duração e vai contar com a moderação de Maria Gomes da Silva, Diretora do Serviço de Hematologia do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil.

Esta sessão conta com uma keynote lecture por John Kuruvilla, hematologista do Princess Margaret Cancer Centre e Professor da Universidade de Toronto, Canadá, autor de mais de 150 publicações na área de Linfoma e experiência significativa como investigador em ensaios clínicos com anti-PD1, entre outros. Segue-se a intervenção de. Francesca Pierdomenico, hematologista do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, que partilhará dados nacionais da utilização de inibidores de checkpoint em Linfoma de Hodgkin.

A parte final da sessão terá uma discussão de casos clínicos apresentados por Ilidia Moreira, Hematologista do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, e José Pedro Carda, Hematologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Este evento é destinado, exclusivamente, a profissionais de saúde que podem inscrever-se no site profissionaisdesaude.pt

 

“Num Só Fôlego” assinala o Dia Mundial da Asma, a 4 de maio
Para assinalar o Dia Mundial da Asma, celebrado a 4 de maio, a Mundipharma, com o apoio da APA – Associação Portuguesa de...

A 4 de maio, o desafio lançado a todos os doentes asmáticos portugueses na página de Facebook www.numsofolego.com, convidará essa comunidade a gravar um vídeo onde devem soprar num balão e de seguida, partilhar o impacto que esta doença crónica introduz na sua rotina. Adicionalmente, algumas figuras públicas vão associar-se à campanha, gravando um vídeo semelhante, com o propósito de sensibilizar para as limitações que condicionam a vida de uma pessoa com asma.

“A dinamização desta campanha nas redes sociais ajudará a promover a consciencialização para o impacto da asma na qualidade de vida de uma pessoa e reforçar a importância de um diagnóstico precoce. Pretendemos alertar para os sintomas e incentivar mais portugueses a consultarem o médico se identificarem algum destes sinais” afirma Mário Morais de Almeida, presidente da APA.

Adicionalmente, Manuel Branco Ferreira, presidente da SPAIC, reforça que “um controlo adequado da asma permite a manutenção de uma vida normal, sem limitações. É necessário sensibilizar os doentes asmáticos para a importância da adesão à terapêutica, essencial para travar a evolução da patologia. Este tipo de iniciativas serve também para reforçar estas mensagens junto da comunidade”.

Opinião
Em tempos de pandemia, o confinamento e o incremento do teletrabalho estão a alterar as nossas vidas

O inevitável aumento do uso de telemóvel, tablet, computador, a alteração das rotinas associada a um aumento da ansiedade e stress provocado pela pandemia, estão a levar ao atraso de fase do sono (adiamento da hora de início do sono) da maioria dos indivíduos. Dito de outra forma, as pessoas demoram mais tempo a adormecer, passam mais tempo na cama, mas pioram a qualidade do seu sono. Nos indivíduos mais sensíveis, estes fatores desencadeiam frequentemente insónia crónica.

Esta alteração de comportamento, ganha contornos preocupantes, quando verificamos que está a haver um aumento generalizado do consumo de medicamentos para dormir, por toda a Europa. Mas, o mais dramático, do meu ponto de vista, é o facto destas alterações se estarem a instalar num “terreno já de si pandémico”. As doenças do sono são uma verdadeira “pandemia” na nossa população, dada a sua elevada prevalência. Apenas a título de exemplo, a síndroma de apneia do sono tem uma incidência de 9-24% da população, a insónia crónica atinge 5-11% das pessoas ao longo da vida e as pernas inquietas 2-6% ... e a pandemia atrasou ainda mais o seu diagnóstico e tratamento.

No início da pandemia registou-se uma diminuição da procura de consultas e exames de sono. Para agravar a situação, as nossas recomendações eram no sentido do encerramento dos laboratórios do sono e da redução dos estudos feitos no domicílio. Na base desta medida esteve o desconhecimento dos modos de transmissão do vírus e o desvio de recursos materiais e humanos para o combate na doença aguda.

Neste momento, o nível de conhecimento, já nos permite garantir a segurança tanto nos exames do sono como nas consultas. Mas, a atividade diagnóstica continua limitada, pois os dispositivos utilizados apesar de serem desinfetados, não podem ser utilizados nas 72 horas seguintes. Deste modo a produção de exames reduziu-se de forma avassaladora, mais de 50% a nível europeu.

O tratamento também esteve condicionado pela pandemia. O caso da síndroma de apneia do sono, em que o tratamento mais eficaz é o CPAP (aparelho que proporciona pressão positiva na via aérea) é um bom exemplo disso: suspenderam-se os novos tratamentos, o apoio domiciliário foi interrompido, pois estes dispositivos podem provocar dispersão de partículas em aerossol, dos doentes ou portadores assintomáticos, contaminando desta forma os conviventes e os próprios prestadores de cuidados respiratórios domiciliários.

Na nossa opinião, um dos pontos a melhorar nesta fase é a higiene do sono. Que temos verificado estar comprometida na maior parte dos indivíduos. Assim, apesar de todos os constrangimentos podemos minimizar o problema:

  • adotando um horário regular de sono, deitar e levantar aproximadamente à mesma hora.
  • deve ser evitada a atividade física nas duas horas que precedem o sono.
  • nos trinta minutos que antecedem a ida para a cama deve procurar uma rotina que inclua atividades calmas e pouca luz, evitando écrans.

A Pandemia alterou a medicina do sono de uma forma multifatorial e nas três frentes: doença, diagnóstico e tratamento. Neste momento pode dizer-se que os serviços de saúde souberam adaptar-se e que é seguro procurar ajuda para este problema.

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Projeto de promoção e educação para a saúde pública
A Secção do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos lançou uma plataforma de capacitação que permite, a todos os...

Inserida no âmbito do Projeto Geração Saudável, um projeto de promoção e educação para a saúde pública que tem como objetivo estimular a adoção de estilos de vida saudáveis, alertar para a ocorrência de possíveis patologias e dar a conhecer a importância da prevenção em saúde, a iniciativa conta com parceiros como a Novo Nordisk na temática da diabetes, o Centro de Ciência Viva, a Associação Nacional das Farmácias (ANF), a Associação de Farmácias de Portugal (AFP), a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos (APAC), o Colégio de Especialidade de Farmácia Comunitária da Ordem dos Farmacêuticos e a AstraZeneca na temática das doenças cardiovasculares.

“O aumento de literacia em Saúde e a promoção da consciencialização dos cidadãos para a tomada de decisões em saúde mais informadas, são um desafio de saúde pública em Portugal. Os farmacêuticos estão à altura deste desafio que pretende, para além, da valorização da profissão, reforçar o seu papel como agentes da saúde próximos da população. Assim, a Secção do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos, alinhada com os objetivos do Plano Nacional de Saúde, disponibiliza esta plataforma de capacitação do farmacêutico com o intuito de potenciar a literacia em saúde da sociedade civil”, explica Luís Lourenço, Presidente da Direção da Secção do Sul e Regiões Autónomas da Ordem dos Farmacêuticos

Na plataforma Geração Saudável Sénior, que conta atualmente com cerca de 100 utilizadores, todos os farmacêuticos têm disponíveis gratuitamente cursos sobre a diabetes e sobre o Uso Seguro e Responsável do Medicamento. No futuro vão ser lançados cursos relacionados com temáticas como doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, doenças endócrinas e saúde mental. O acesso aos cursos, bem como a todos os materiais desenvolvidos, apenas é possível através do registo na plataforma.

 

 

 

 

De 30 de abril a 2 de maio
O Congresso Português de Cardiologia (CPC) é um dos maiores eventos científicos da área médica em Portugal e realiza-se entre...

No CPC21 poderá contar com oradores de todas as áreas da cardiologia, mas também da medicina interna, intensivismo, medicina geral e familiar. Um evento focado na disseminação de conhecimento.

“O CPC é um espaço de partilha e inovação e tudo isso contém o potencial de salvar vidas. É um momento de desenvolvimento profissional para todos os participantes e um passo em frente na proteção da saúde pública”, afirma Regina Ribeiras, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, que preside ao CPC2021. “O CPC2021 não é apenas para médicos cardiologistas. É para todos os profissionais da área da saúde que queiram fazer parte da criação e disseminação da melhor de evidência científica”, adianta.

O CPC 2021 terá também espaço para uma especial homenagem a duas mulheres cardiologistas que ocorrerá na cerimónia de encerramento: Fernanda Sampaio e Júlia Maciel. Duas mulheres cardiologistas, com um trajeto profissional ímpar e que constituem um estímulo para as mulheres cardiologistas de hoje e do futuro.

Além do impacto da Covid-19 no doente cardiovascular, destaque para o tema das Cardiopatias Congénitas, que estarão representadas em três sessões, incluindo uma conferência que alia a fisiologia à abordagem clínica dos doentes com circulação de Fontan.

No âmbito da Hipertensão Pulmonar vão estar contemplados os novos horizontes na abordagem diagnóstica e terapêutica com reputados especialistas internacionais, e vai ser possível assistir a várias sessões multidisciplinares sobre Cirurgia Cardíaca, nas quais diversos cirurgiões de renome irão partilhar experiências e importantes avanços na área.

“Participar no CPC é participar no principal evento de cardiologia em Portugal. É presenciar apresentações e discussões de líderes de opinião sobre as mais recentes abordagens no diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas”, finaliza a presidente do CPC2021, cuja comissão organizadora inclui cardiologistas de reconhecido mérito científico e de todas as áreas de subespecialização da cardiologia.

O programa científico já está finalizado e pode ser consultado no microsite do CPC 2021 em https://cpc2021.appdoevento.pt/.

Alternativa sustentável
Uma equipa da Universidade de Coimbra (UC), com a colaboração da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), desenvolveu um...

Na prática, estas embalagens comestíveis são filmes obtidos a partir de resíduos de diferentes alimentos, nomeadamente cascas de batata e de marmelo, fruta fora das características padronizadas e cascas de crustáceos, que, além de revestirem os alimentos, prolongando a sua vida útil na prateleira do supermercado, também podem ser ingeridos.

As embalagens desenvolvidas pelas investigadoras Marisa Gaspar, Mara Braga e Patrícia Almeida Coimbra, do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), foram pensadas essencialmente para revestir frutas, legumes e queijos, incorporando na sua matriz compostos bioativos/nutracêuticos, tais como antioxidantes e probióticos, com potenciais efeitos benéficos para a saúde.

Podemos imaginar, por exemplo, cozinhar brócolos ou espargos sem ser necessário retirar a embalagem, uma vez que a película que os envolve é composta por nutrientes naturais com benefícios para a saúde.

«Produzimos composições diferenciadas de filmes, usando os resíduos quase integralmente, que contêm compostos com propriedades diferentes. Por exemplo, a casca de batata tem mais amido e a casca de marmelo mais pectina, ou seja, temos dois materiais poliméricos estruturais que, combinados, vão gerar um filme simples, sem processamentos complexos», explicam Marisa Gaspar, Mara Braga e Patrícia Almeida Coimbra.

No entanto, antes de conseguir obter filmes/revestimentos quer na forma de película quer na forma de spray (aplicado na fase líquida e seca no alimento), a equipa, que juntou vários grupos de investigação da UC e da ESAC, teve de superar várias fases. «O maior desafio é encontrar os materiais ideais para que as formulações tenham as características desejadas. Por isso, foi necessário estudar os filmes do ponto de vista físico, como por exemplo as propriedades mecânicas, de forma a servirem de embalagem/ revestimento; estudar as propriedades bioativas dos filmes, ou seja, se alguns compostos apresentam benefícios para a saúde quando ingeridos; avaliar as reações quando se juntam diferentes compostos; análise microbiológica e sensorial dos filmes selecionados; e avaliar a compatibilidade do alimento com o sistema comestível produzido», resumem as três investigadoras da FCTUC.

Marisa Gaspar, Mara Braga e Patrícia Almeida Coimbra consideram que a solução proposta pela sua equipa pode ser «muito vantajosa tanto para indústria como para o consumidor. É uma abordagem centrada na economia circular. Não só aumenta a vida útil do produto na prateleira, como também evita o desperdício, reduz a produção de lixo plástico, um grave problema ambiental, e gera um novo produto que confere um adicional nutritivo ao alimento», concluem.

Iniciada em 2018, no âmbito do projeto “MultiBiorefinery”, financiado pelo COMPETE 2020, esta investigação foi recentemente distinguida com um prémio de 20 mil euros pelo programa “Projetos Semente de Investigação Interdisciplinar - Santander UC”, atribuído a equipas multidisciplinares lideradas por jovens investigadores na Universidade de Coimbra. Foi ainda premiada no concurso de ideias LL2FRESH, que visa procurar novas soluções de embalagem, métodos de tratamento de alimentos e aditivos de última geração.

No âmbito deste projeto foi publicado um artigo científico na revista Food Packaging and Shelf Life, disponível: aqui.

Efeitos anti-inflamatórios
Uma equipa multidisciplinar de investigadores da Duke-NUS Medical School e da Agência para a Ciência, Tecnologia e Investigação...

A inflamação crónica e excessiva dos vasos sanguíneos, conhecida como inflamação vascular, pode levar a danos nos tecidos e doenças cardiovasculares, como a aterosclerose e a fibrose. Embora algumas terapias tenham mostrado resultados promissores em ensaios clínicos, têm efeitos colaterais consideráveis, tais como a imunossupressão, levando a um aumento do risco de infeção e eficácia limitada.

"Neste estudo, pretendemos identificar novos alvos para combater a inflamação no revestimento dos vasos sanguíneos. Especificamente, quisemos direcionar pequenos péptidos naturalmente produzidos que não foram estudados antes", explicou a Professora Assistente Lena Ho, do Programa de Distúrbios Cardiovasculares e Metabólicos da Duke-NUS, que liderou a equipa.

A equipa Duke-NUS, em colaboração com colegas do Instituto de Biologia Molecular e Celular da A*STAR Singapura, investigou um grupo de péptidos chamados Mito-SEPs que se localizam nas mitocôndrias, organelas celulares bem conhecidas pelo seu papel na produção de energia celular. Depois de observarem que os Mito-SEPs parecem estar envolvidos na regulação da inflamação, rastrearam as células do revestimento dos vasos sanguíneos da aórtica humana para descobrir peptídeos envolvidos neste processo.

Eles encontraram um novo peptídeo, ao qual chamaram MOCCI - abreviatura para Modulador do Citocromo C oxidase durante a inflamação - que é feito apenas quando as células são submetidas a inflamação e infeção.

Para sua surpresa, descobriram que o MOCCI é um componente até agora desconhecido do Complexo IV, parte de uma série de enzimas nas mitocôndrias responsáveis pela produção de energia, chamada cadeia de transporte de eletrões. Durante a inflamação, o MOCCI incorpora no Complexo IV para atenuar a sua atividade. Com este estudo os investigadores descobriram que este amortecimento é necessário para reduzir a inflamação após infeção viral. 

"A nossa constatação de que a composição da cadeia de transporte de eletrões muda em resposta à inflamação é novidade. O MOCCI, na sua essência, reutiliza parte do centro de produção de energia na célula para regular a inflamação", disse Cheryl Lee, autora principal do estudo.

Os investigadores também descobriram que o MOCCI é feito juntamente com uma molécula de micro-ARN chamada miR-147b. As duas moléculas são feitas de diferentes secções do mesmo gene. O MOCCI origina-se da sequência do gene que codifica as proteínas, enquanto o miR-147b é feito a partir da secção de não codificação.

Enquanto a molécula miR-147b também exerce efeitos anti-inflamatórios, impedindo ativamente que os vírus se reproduzam ao mesmo tempo. Isto implica que o MOCCI e o miR-147b funcionem em conjunto para ajudar a controlar a infeção viral e suprimir a inflamação.

"Esta estratégia de dupla vertente é um mecanismo elegante que o corpo criou para prevenir inflamações excessivas e potencialmente prejudiciais ao tecido durante a infeção, como a tempestade de citocina vista na infeção provocada pela Covid-19, e colite", disse um dos investigadores. "O MOCCI de codificação genética é um dos primeiros genes descritos como tendo funções de codificação e não codificação. O facto de estas duas funções serem coordenadas para alcançar um resultado biológico concertado é uma descoberta significativa na biologia celular."

Patrick Casey, Vice-Reitor Sénior para a Investigação na Duke-NUS, comentou: "A medicina e os cuidados de saúde avançam com a ajuda de novas descobertas em investigação fundamental. Este estudo fornece uma visão valiosa sobre a inflamação e imunidade - um tópico que se tornou ainda mais importante no contexto da Covid-19."

Os investigadores dizem que o próximo passo é descobrir como desenvolver novos tratamentos farmacológicos direcionados que imitem os efeitos anti-inflamatórios do MOCCI e miR147b. Também planeiam investigar o papel do MOCCI em doenças inflamatórias crónicas comuns, como a colite e a psoríase.

Mas mesmo após vacinação, pessoas podem espalhar o vírus
Um estudo de vigilância comunitária de grande escala, realizado pela Universidade de Oxford demonstrou que as infeções...

Utilizando dados do Inquérito à Infeção Covid-19, os investigadores analisaram pouco mais de 1,6 milhões de resultados dos testes de amostras de nariz e garganta recolhidos de mais de 373.400 participantes, entre 1 de dezembro de 2020 e 3 de abril de 2021. Os resultados enviados sexta-feira como pré-impressão no medRxiv mostraram que as probabilidades de re-re-infeção foram reduzidas em 65% no total, em 21 ou mais dias após as pessoas receberem a primeira dose de vacina. Foi possível concluir ainda que as infeções sintomáticas diminuíram 72%, enquanto as infeções assintomáticas diminuíram 57%.

No entanto, ainda é possível que as pessoas vacinadas espalhem o vírus

Entretanto, uma segunda dose reduziu a taxa de infeção global em 70%, com casos sintomáticos reduzidos em 90%, que os investigadores compararam aos efeitos da imunidade natural obtida com a contração do próprio vírus. "Não havia evidências de que estes benefícios variassem entre as vacinas AstraZeneca e Pfizer/BioNTech", acrescentam.

No entanto, a taxa de infeções assintomáticas diminuiu apenas 49% após uma segunda dose de vacina. Pouwels alertou que "o facto de termos visto reduções menores nas infeções assintomáticas do que infeções com sintomas evidencia o potencial para os indivíduos vacinados voltarem a obter Covid-19, e para uma transmissão contínua limitada de indivíduos vacinados, mesmo que esta seja a um ritmo mais baixo". Os cientistas de Oxford também observaram que os benefícios das vacinas na redução de novas infeções foram observados em grupos etários, incluindo aqueles com mais de 75 anos, e foram vistos independentemente de as pessoas terem condições de saúde a longo prazo.

 

Semana Europeia da Vacinação
Na Semana Europeia da Vacinação, o MOVA lembra que “a vacinação representa ganhos quantitativos e qualitativos, transversais à...

“Seja através do PNV ou de vacinas recomendadas pelos médicos assistentes, a prevenção de doenças graves deve ser uma prioridade em todas as faixas etárias, uma preocupação que devemos começar a ter logo nos primeiros meses e que só deve terminar no final de vida”, avança o MOVA em comunicado, destacando que já são muitas as doenças graves que já podemos prevenir através da vacinação. “Mortes, morbilidades e sequelas desnecessárias, evitáveis por imunização”, acrescenta.

É o caso da Pneumonia. Grave e potencialmente fatal, mata uma média de 16 pessoas por dia no nosso País, de acordo com os dados recolhidos no Pneumoscópio.  “Podemos preveni-la em qualquer idade e em qualquer época do ano”, sublinha o MOVA.

“Nunca, como hoje, se falou tanto de prevenção. Grupos de risco como pessoas a partir dos 65 anos e quem, independentemente da sua idade, sofre de doenças crónicas, devem estar particularmente protegidos”, alerta em comunicado.

A vacinação antipneumocócica está recomendada pela Direção Geral da Saúde a todos os adultos pertencentes aos grupos de risco – pessoas com doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC, outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais. É gratuita para as crianças e alguns segmentos de adultos, para quem já se encontra em PNV, e é comparticipada pelo estado em 37% para a restante população. A sua eficácia está comprovada em todas as faixas etárias, incluindo na prevenção das formas mais graves da doença.

“Quatro anos passados sobre a sua fundação, o Movimento Doentes pela Vacinação tem proteção dos grupos de risco através de imunização uma das suas grandes causas. Composto por especialistas e associações de doentes, o movimento de cidadania apela à acessibilidade da vacina a pessoas que se encontrem em situações de maior fragilidade”, pode ler-se.

 

Capacidade de resposta
Ao abrigo do protocolo com a ARSLVT, o Hospital Cruz Vermelha já tratou mais de uma centena de doentes agudos de várias...

Em comunicado, esta unidade hospitalar faz saber que, "desde finais de dezembro do ano passado” realizou vários procedimentos cirúrgicos “sempre em articulação com a ARSLVT e com as equipas clínicas dos hospitais de origem da grande Lisboa, principalmente Hospital Garcia de Orta (HGO), Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) e Hospital Vila Franca de Xira (HVFX)”.

“O Hospital Cruz Vermelha (HCV) continua empenhado na luta nacional contra a pandemia COVID-19 e as suas consequências, e pretende reforçar a sua participação nesta nova fase de recuperação assistencial necessária para fazer face aos efeitos da pandemia na saúde dos portugueses”, refere

De acordo com O HCV, “o reforço assistencial passa por manter o protocolo celebrado com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) para tratamento de doentes agudos internados nos hospitais do SNS, e manter também a resposta diária e atempada a todos os doentes que acedem ao HCV, aumentando a capacidade a nível das cirurgias, das consultas e dos meios complementares de diagnóstico, ao mesmo tempo que contribuímos de forma ativa para a realização de centenas de testes COVID e para a atividade cirúrgica de doentes do SNS”.

 

Comunicado
A Agência Europeia do Medicamento aprovou esta sexta-feira um aumento da capacidade de produção de vacinas da BioNTech/Pfizer e...

O regulador europeu aprovou um aumento do tamanho do lote e da escala de processos associados no local de fabrico de vacinas da Pfizer em Puurs, Bélgica.

Esta recomendação do comité de medicamentos humanos da Agência (CHMP) deverá ter um impacto significativo no fornecimento de Comirnaty, a vacina COVID-19 desenvolvida pela BioNTech e pela Pfizer na UE, refere a EMA em comunicado

No que respeita à Moderna, foi aprovada uma nova linha de enchimento de produtos acabados da Moderna, em Rovi, Espanha.

Segundo a EMA, “a nova linha permitirá um aumento das atividades de enchimento de produtos acabados, sincronizando-se com o processo de escala de substâncias ativas no local de fabrico de substâncias ativas (Lonza, Visp) aprovado no mês passado.

Todas as alterações descritas serão incluídas na informação publicamente disponível sobre estas vacinas no site da EMA.

 

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