Novo projeto online permite recolher mais informação
A farmacêutica Takeda lança mais um projeto que pretende consciencializar e sensibilizar a população e os profissionais de...

Este projeto, que conta com o contributo de diversos profissionais de saúde especialistas nesta patologia, está a partir de hoje disponível em www.mielomanavidareal.pt e permite também que doentes e cuidadores tenham acesso a diversas informações sobre a patologia, podcasts, informações sobre associações de doentes, entre outros.

Segundo Sérgio Chacim “é fundamental tentar perceber o que um fármaco, quando é introduzido na prática clínica, vai oferecer. Só se formos sistemáticos a recolher os dados de Vida Real e produzirmos esse conhecimento de uma forma contínua, é que vamos perceber de facto os resultados obtidos.”

Os ensaios clínicos são um tipo de pesquisa que estuda novos testes e tratamentos, e avalia os seus efeitos na saúde humana. Estes são cuidadosamente elaborados, revistos e necessitam de ser aprovados pelas autoridades reguladoras, sendo também altamente criteriosos na seleção de doentes, de centros de recrutamento, no acompanhamento médico e na monitorização da doença.

Após a publicação dos resultados dos ensaios clínicos e a aprovação das autoridades reguladoras, o medicamento fica acessível para utilização na indicação aprovada, tornando-se fundamental fazer o acompanhamento e monitorização da sua efetividade. A efetividade de um tratamento é possível de ser conhecida através de estudos com dados de Vida Real, estudos que são realizados com dados de doentes reais e numa população mais heterogénea.

Para potenciar a recolha de dados de vida real no futuro, e na opinião de Fernando Leal da Costa, a “solução passa por criar bases de dados de âmbito nacional que permitam a consulta por parte dos investigadores, de uma forma rápida e simples. É também fundamental que aqueles que estão envolvidos na prática clínica e de farmacoterapia insiram os registos de forma criteriosa. Além disso, seria também importante que exista, desde logo, um consentimento explícito e imediato por parte dos doentes para que os seus dados possam vir a ser utilizados para análises prospetivas ou alvo de revisão sempre que necessário”.

Segundo Cristina João, “para garantir a recolha de dados em vida real, é necessário que todos os hospitais usem os mesmos sistemas informáticos, que obtenham o consentimento por parte dos doentes e que haja, acima de tudo, uma uniformização nacional no processo de recolha de dados. Acredito mesmo que esta deveria ser uma meta do Ministério da Saúde.”

Balanço de atividade
Segundo nota divulgada no portal, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e os seus parceiros dos Sistema Integrado de...

De acordo com o balanço semanal agora divulgado, os meios afetos à Delegação Regional do Sul foi a que mais transportes realizou: 875. Seguiu-se a Delegação Regional do Norte (DRN) com 760 transportes e os meios afetos à Delegação Regional do Centro (DRC) com 436.  Transportas. Na Delegação Regional do Sul – Algarve foram registados 93 transportes de utentes com suspeita de infeção com o novo coronavírus.

No mesmo período, as Equipas de Enfermagem de Intervenção Primária do INEM recolheram 575 amostras biológicas para análise à Covid-19. A equipa da DRS efetuou 460 colheitas, a equipa da DRN recolheu 51 amostras, a da DRC 27 amostras e a da DRS-Algarve 13 amostras.

 

iscriminação no local de trabalho deve ser reconhecida e sancionada
No âmbito do Dia do Trabalhador, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP), alerta para os direitos das pessoas...

“Há pessoas com diabetes em quase todas as áreas de trabalho: na maioria das vezes são profissionais bem-sucedidos e valorizados, mas ainda encontramos exemplos de discriminação no acesso a determinadas profissões e nas condições de trabalho. A sociedade ainda não está, muitas vezes, preparada para a inclusão na sua plenitude, o que prejudica o dia a dia das pessoas com diabetes e a sua inclusão no meio profissional. Prova disso são os casos onde as pessoas acabam por não ver reconhecidas as suas qualidades, não progridem profissionalmente ou mesmo desistem do seu emprego porque os seus direitos não foram respeitados. Os portadores de uma doença crónica estão protegidos pela lei n.º 7/2009 do Código de Trabalho e podem estar sujeitos a regras distintas dos restantes colaboradores se as condições assim o exigirem”, realça José Manuel Boavida, presidente da APDP.

A falta de flexibilidade no trabalho não é o único problema que as pessoas com diabetes têm de enfrentar. Continuam a ter acesso limitado ou inexistente a algumas profissões como, condutores de transportes coletivos, controladores de tráfego aéreo, bombeiros, forças militares, policiais e de segurança ou pilotos profissionais de aviões e até para a entrada em algumas escolas profissionais ou universidades. Esta limitação é justificada com o potencial perigo para si ou para outras pessoas sob sua responsabilidade direta, em caso de uma hipoglicemia. Mas, na verdade, os meios de tratamento atuais permitem um controlo rigoroso da diabetes e apresentam soluções para eventuais dificuldades (como os sensores contínuos de glicemia com alarmes e as bombas de insulina), que abrem outras possibilidades de acesso a empregos em áreas até aqui mais dificultadas às pessoas com diabetes.

“A discriminação é uma realidade para as pessoas com diabetes. Ainda se verifica o estigma de empregar uma pessoa com uma doença crónica. Os receios passam pelas eventuais faltas devido a consultas periódicas ou pela necessidade de ter mais pausas do que os outros trabalhadores durante o horário de trabalho”, afirma João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP.

A solução para o combate à discriminação passa por formar a sociedade sobre os direitos e deveres explícitos para todos os empregadores e trabalhadores. A APDP defende que deveria existir mais informação sobre a legislação e os direitos do trabalhador com doença crónica, em particular com diabetes, fazendo jus à frase proclamada no início da atividade da APDP: “as pessoas com diabetes devem viver e trabalhar como se não tivessem doença sendo cidadãos ativos da sociedade”, reafirma José Manuel Boavida.

Resposta reforçada em todo o país
Segundo a ministra da Saúde, Marta Temido, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) já foi reforçado com 3.619 profissionais em 2021,...

A informação foi avançada durante a apresentação e discussão do relatório sobre a aplicação da declaração do estado de emergência no período de 17 a 31 de março de 2021, na Assembleia da República.

“São números impressionantes, que dependem dos portugueses, das escolhas que fizeram, das escolhas em serviços públicos, e das escolhas em serviços públicos de saúde que não servem por si só: servem para servir as portuguesas e os portugueses”, referiu a governante.

A Ministra da Saúde sublinhou ainda que, ao longo deste período, Portugal conseguiu “encontrar no Serviço Nacional de Saúde um serviço mais robusto que respondeu melhor às necessidades assistenciais dos portugueses”

“O Estado teve a capacidade de ser responsável por todos os indivíduos, porque é essa a sua função: proteger os mais frágeis e os que mais dele necessitam”, sublinhou Marta Temido.

 

Equipa coordenada por Teresa Coelho
O Prémio BIAL de Medicina Clínica 2020 distinguiu uma equipa coordenada por Teresa Coelho, Diretora do Serviço de...

O trabalho vencedor resultou de uma colaboração entre os dois centros de referência nacionais para a Paramiloidose Familiar. Isabel Conceição, do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, Mónica Inês, docente de Econometria da Saúde no Instituto Superior Economia e Gestão e de Farmacoeconomia na Universidade Lusófona, Mamede de Carvalho, Subdiretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e João Costa, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa compõem a equipa liderada por Teresa Coelho. 

O estudo premiado traça a evolução da paramiloidose desde que foi identificada pelo neurologista português Mário Corino de Andrade na década de 50, a partir do estudo clínico e patológico de um grupo de doentes oriundo predominantemente da região da Póvoa do Varzim e Vila do Conde, até aos nossos dias.

A paramiloidose, conhecida como doença dos pezinhos, é uma patologia neurodegenerativa rara e de transmissão genética. Estima-se que afete cerca de 10.000 pessoas em todo o mundo e que o maior grupo de pacientes se encontre em Portugal - com cerca de 20% do total global de doentes.

Para o presidente do júri do Prémio BIAL de Medicina Clínica 2020, Manuel Sobrinho Simões, “o trabalho vencedor conta uma história que diz muito aos portugueses e que ainda esperamos venha a ter um final feliz. Um diagnóstico de paramiloidose equivalia a uma sentença de morte. A descoberta de novos medicamentos permitiu salvar muitas vidas e diminuir os impactos negativos da doença que, apesar dos progressos registados, ainda hoje são enormes”. 

O desenvolvimento de tratamentos modificadores transformou esta doença progressiva e fatal, numa doença crónica com terapias associadas a ganhos de sobrevivência e de qualidade de vida. A contribuição portuguesa para o desenvolvimento destes tratamentos modificadores foi determinante e resultou na aprovação de três medicamentos pela EMA - Agência Europeia do Medicamento.

Por serem tratamentos relativamente recentes, ainda não é possível avaliar todo o seu impacto, mas os autores estimam que os novos medicamentos e os transplantes hepáticos tenham reduzido o excesso de mortalidade de dez para quatro vezes mais do que a população em geral. 

Pelas contas da equipa coordenada por Teresa Coelho, o custo total da paramiloidose é de cerca de 52 milhões de euros, equivalente a um custo médio anual por doente de 28 mil euros. Os custos diretos representaram 79% e os indiretos 21%. Menos de 1% dos custos totais foram gastos com prevenção e aconselhamento genético. Foram perdidos 2.056 anos de vida ajustados pela incapacidade em 2016, 26% devido a incapacidade e 74% devido a morte prematura.

Ainda assim, as conclusões mostram que os custos e a carga desta doença são relevantes, mas os gastos com a prevenção e aconselhamento genético são ainda residuais. A maioria da carga da patologia resulta ainda da morte prematura. 

Os autores sublinham que os resultados reportados permitem concluir que estratégias clínicas focadas na preservação da qualidade de vida - como o acompanhamento frequente dos portadores assintomáticos, um diagnóstico atempado e tratamento adequado logo na fase inicial - modificam significativamente a sobrevida e qualidade de vida dos doentes a longo prazo. No entanto, também salientam que os tratamentos existentes não dão resposta a todos os portadores da doença dos pezinhos, pelo que será essencial realizar mais estudos clínicos para que se desenvolvam novas opções terapêuticas.

Duas Menções Honrosas para trabalhos sobre o cancro e a COVID-19

O júri do Prémio BIAL de Medicina Clínica decidiu ainda atribuir duas Menções Honrosas, no valor de 10 mil euros cada uma.

Sobrinho Simões realça a atualidade das obras galardoadas com Menção Honrosa, destacando “o Júri distinguiu também dois trabalhos que evidenciam a pertinência e urgência da investigação em medicina, por um lado o cancro e as novas terapias personalizadas que marcam a pesquisa que se está a fazer neste campo e, por outro lado, a pandemia que marcou o ano de 2020.”

 “Zebrafish Avatars, Towards Personalized Cancer Treatment, a multidisciplinary venture” é um trabalho coordenado por Rita Fior, da Fundação Champalimaud. A investigação recorre a peixes-zebra para tentar desenvolver um teste que determine a melhor opção terapêutica para cada paciente de cancro.

Atualmente, as diretrizes internacionais para a terapia do cancro fornecem opções terapêuticas com base nas taxas médias de resposta de grandes ensaios clínicos. Uma abordagem “tamanho único” que não serve todos os pacientes, já que os tratamentos podem ser eficazes para alguns doentes, mas não para outros. 

Por isso, muitas vezes os doentes passam por abordagens de tentativa e erro para encontrar a melhor terapia, sujeitos a toxicidades desnecessárias e perdendo “tempo terapêutico”. Assim, um teste capaz de prever as respostas individuais antes do tratamento é uma necessidade crítica para um tratamento personalizado e dirigido. 

Este trabalho resulta de uma colaboração de esforços de uma equipa multidisciplinar de biólogos, oncologistas, cirurgiões, imagiologistas, radio-oncologistas e patologistas da Fundação Champalimaud e do Hospital Fernando da Fonseca para desenvolver o modelo Avatar do peixe-zebra. Os resultados são promissores já que este modelo oferece velocidade, resolução celular e a capacidade de realizar um grande número de transplantes. Permite também a avaliação de características cruciais do tumor, como o seu potencial metastático e angiogénico, apenas possível devido à alta conservação genética entre o genoma humano e o do peixe-zebra. 

O projeto inicial começou pelo cancro colorretal e de mama e está agora a ser alargado a mais tipos de cancro. 

A outra Menção Honrosa premiou o estudo “Abordagem do doente crítico com COVID-19”, coordenado pelo médico João Mendes, do Hospital Fernando da Fonseca, que analisa a resposta da medicina intensiva à primeira vaga da COVID-19. 

A equipa vencedora desta Menção Honrosa reúne profissionais de saúde dos centros hospitalares de referência no combate à pandemia: José Artur Paiva, Roberto Roncon e Mário Branco do Centro Hospitalar Universitário de São João, Filipe Gonzalez do Hospital Garcia de Orta, Paulo Mergulhão do Hospital Lusíadas Porto, Filipe Froes do Hospital Pulido Valente e João Gouveia do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte.

Embora a taxa de letalidade global pelo vírus SARS-CoV-2 não seja elevada (<4%), encontra-se desproporcionalmente aumentada no doente crítico, com mortalidade descrita entre os 39% e os 72%, dependendo do estudo e das características da população de doentes. Em Portugal, e reportando à primeira vaga, os autores concluem que a taxa de letalidade foi baixa. Numa análise preliminar, a mortalidade hospitalar dos internados em Medicina Intensiva na primeira vaga da COVID-19 foi inferior a 20%.

Os autores apresentam algoritmos consolidados pela experiência para as diferentes formas de terapêutica de suporte de órgão, dedicando especial interesse às diferentes, e por vezes complexas, formas de suporte ventilatório e hemodinâmico. Em relação à terapêutica específica centram a análise nos antivirais, nos imunomodeladores e anticoagulantes, entre outros, com benefícios já comprovados por ensaios clínicos, e referem outras com potencial eficácia, ainda que com utilização restrita no âmbito de protocolos de utilização clínica ou integradas em ensaios clínicos. 

Nas conclusões, os autores consideram imperativa a construção de uma infraestrutura nacional no âmbito da medicina intensiva para recolher e trabalhar todos os dados obtidos pela prática, mas também para promover a colaboração interinstitucional para maximizar o acesso e recrutamento de doentes para ensaios clínicos pragmáticos que possam dar resposta às questões clínicas.

Investigação em curso
Foi descoberto um novo tratamento que pode ajudar reduzir a gravidade da síndrome respiratória aguda grave causada pela gripe,...

Testes em ratos infetados com altas doses de gripe mostraram que o tratamento poderia melhorar a função pulmonar em ratos muito doentes e prevenir a progressão da doença em ratos que foram tratados preventivamente após serem expostos à gripe.

A esperança é que também possa ajudar os seres humanos infetados com a gripe, e potencialmente outras causas da síndrome respiratória aguda grave (SARS, sigla em inglês) como a infeção SARS-CoV-2.

As células específicas em ratos são menos capazes de fazer moléculas-chave após a gripe invadir os pulmões, reduzindo a sua capacidade de produzir uma substância chamada surfactante que permite aos pulmões expandir e contrair. A escassez de tensioativo está ligada à SARS, uma doença tão grave que normalmente requer ventilação mecânica numa Unidade de Cuidados Intensivos.

Os investigadores contornaram o processo bloqueado em ratos, reintroduzindo as moléculas em falta sozinhas ou em combinação como um tratamento injetado ou oral. Os resultados: níveis normalizados de oxigénio no sangue e inflamação reduzida nos pulmões do rato.

"A coisa mais importante e impressionante neste estudo é o facto de termos benefícios mesmo quando tratamos a doença tarde. Se pudéssemos desenvolver um medicamento baseado nestas descobertas, podíamos pegar em alguém que vai ter de ir para um ventilador e ter como o evitar", disse Ian Davis, professor de biociências veterinárias na Universidade Estadual de Ohio e autor sénior do estudo. "Não há nada lá fora agora que possa fazer isso para a SARS, e certamente para a gripe."

A SARS também pode resultar de infeções, cancro, trauma e muitas outras doenças. Embora esta terapia tenha sido testada no contexto da gripe, Davis disse que a sua dependência em corrigir uma função celular quebrada no hospedeiro, em vez de matar o vírus, sugere que tem potencial para tratar praticamente qualquer lesão pulmonar.

O estudo foi publicado online recentemente no American Journal of Respiratory Cell and Molecular Biology.

O tratamento experimental consiste em moléculas conhecidas como liponucleótidos, que são essenciais para produzir surfactante pulmonar. Davis analisou as células pulmonares de ratos infetados pela gripe e determinou que o caminho para a produção de tensoactivos foi interrompido, com um dos dois liponucleótidos necessários completamente indetetável.

"O pensamento anterior era que a razão pela qual havia menos surfactante em ratos com SARS relacionado com a gripe era porque as células estariam a morrer. Este defeito é, de certa forma, melhor -- se as células estão a morrer, não há muito que se possa fazer, mas se houver um problema com o metabolismo da célula, talvez possa consertá-lo", disse Davis.

E corrigi-lo em ratos, desenvolveu terapias que contêm apenas a molécula de liponucleótido em falta ou combinadas com uma ou duas outras.

Davis e a sua equipa inocularam ratos com doses elevadas de gripe H1N1 e depois trataram alguns ratos com liponucleótidos uma vez por dia, durante cinco dias, e outros apenas uma vez cinco dias após a exposição. Os ratos que recebem tratamento diário estavam protegidos de ficar gravemente doentes, e os ratos muito doentes tratados no quinto dia, cuja perda severa de oxigénio e inflamação pulmonar causaram SARS, mostraram melhorias significativas.

"Obviamente é disso que se precisa em alguém com gripe severa -- queremos pegar em alguém que já está na UCI e ajudá-lo a sair mais rápido, ou prevenir a sua entrada nestas unidades.", disse Davis.

"Sempre me interessei em encontrar novas terapias para tratar lesões pulmonares", disse. "O problema com as drogas antivirais é que provavelmente precisas de um medicamento diferente para cada vírus. Além disso, muitos vírus podem rapidamente sofrer mutações para se tornarem resistentes a estes fármacos”.

Estudos até agora têm sido baseados em descobertas em um único tipo de célula pulmonar, mas os cientistas não confirmaram que essas células são as que respondem à terapia - qualquer número de outras células no sistema imunitário, vasos sanguíneos ou coração também podem desempenhar um papel neste processo.

A Fundação de Inovação estatal de Ohio registou patentes que cobrem o âmbito das descobertas de Davis.

O trabalho foi apoiado pelo National Heart Lung and Blood Institute.

Estudo internacional
Apesar de cada vez mais vacinas contra o coronavírus estarem a ser administradas em todo o mundo, muitos países continuam a...

Atualmente a enfrentar uma segunda vaga, tem sido inevitável o colapso os sistemas de saúde. A cidade de Manau, por exemplo, tem sido uma das mais atingidas. As estimativas apontam para que 75% da população da cidade tenha sido infetada até ao início da primavera.

Agora, um novo estudo publicado na Revista Science que conta com a colaboração de especialistas do Brasil, do Reino Unido e da Universidade de Copenhaga veio esclarecer porque está cidade está novamente a enfrentar um novo e devastador surto.

"A nossa principal explicação é que há uma variante agressiva do coronavírus chamado P.1 que parece ser a causa dos problemas. O nosso modelo epidemiológico indica que o P.1 é suscetível de ser mais transmissível do que as estirpes anteriores do coronavírus e suscetível de escapar à imunidade obtida por infeções com outras estirpes", diz o autor correspondente do estudo, Samir Bhatt, investigador do Departamento de Saúde Pública da Universidade de Copenhaga.

Esta variante surgiu em novembro

Os investigadores usaram múltiplos dados referentes a Manaus para caracterizar o P.1 e as suas propriedades, incluindo 184 amostras de dados de sequenciação genética. Eles descobriram que o P.1 é , geneticamente falando, diferente das estirpes anteriores do coronavírus. Adquiriu 17 mutações, incluindo um importante trio de mutações na proteína do pico (K417T, E484K e N501Y).

"A nossa análise mostra que o P.1 surgiu em Manaus por volta de novembro de 2020. Passou de não ser detetável nas nossas amostras genéticas para representar 87% das amostras positivas em apenas sete semanas. Desde então, espalhou-se por vários outros estados do Brasil, bem como a muitos outros países do mundo", diz Samir Bhatt.

Os investigadores usaram então um modelo epidemiológico para estimar o quão transmissível o P.1 parecia ser. Além de estimar sinais de imunidade obtida por infeção anterior.

"Grosso modo, o nosso modelo incorpora muitas fontes de dados, como a contagem de mortalidade e sequências genéticas e compara duas estirpes de vírus diferentes para ver qual explica melhor o cenário que se desenrola em Manaus. Um era o 'coronavírus normal' e o outro foi ajustado dinamicamente usando aprendizagem automática para melhor nos adaptarmos aos eventos reais no Brasil", diz Samir Bhatt.

Esta modelo permitiu que os investigadores concluíssem que P.1 é provável que seja entre 1,7 e 2,4 vezes mais transmissível do que as outras linhagens do coronavírus.

Também concluem que p.1 é suscetível de escapar entre 10 e 46 por cento à imunidade obtida de infeção com coronavírus não-P.1.

"Como investigadores, temos de ter cuidado para que estes resultados sejam aplicáveis em qualquer outro lugar do mundo. No entanto, os nossos resultados sublinham que é necessária mais vigilância das infeções e das diferentes estirpes do vírus em muitos países para controlar totalmente a pandemia", remata Samir Bhatt.

Investigação
Quando funciona corretamente, o von Willebrand Fator (vWF) – uma glicoproteína responsável pelo processo de coagulação - ajuda...

Segundo X. Frank Zhang, professor associado do Departamento de Bioengenharia da Universidade de Lehigh, existe apenas um medicamento aprovado pela FDA para atingir o vWF e tratar a trombose, ou distúrbios excessivos de coagulação sanguínea: o Caplacizumab. Este fármaco funciona ligando-se ao vWF bloqueando-a sua ligação às plaquetas. No entanto, ainda ninguém compreendeu o mecanismo específico que está por trás deste feito.

Agora, e pela primeira vez, Zhang e a equipa de investigação da Emory University School of Medicine e da Universidade de Nottingham identificaram o elemento estrutural específico do vWF que lhe permite ligar-se às plaquetas dando início ao processo de coagulação. A equipa diz que a unidade específica, a que chamam módulo autoinibitório descontínuo, ou AIM, é um local privilegiado para o desenvolvimento de novos fármacos. O trabalho é descrito num artigo publicado na semana passada na Nature Communications, "Ativação do fator von Willebrand através do desdobramento mecânico do seu módulo autoinibitório descontínuo."

"O módulo AIM permite que a molécula vWF permaneça não reativa no sangue circulante normal, e ativa o vWF instantaneamente após a hemorragia", diz Zhang. "Na nossa investigação, identificámos que o Caplacizumab trabalha vinculando a região AIM da VWF e reforçando o limiar de força para remover mecanicamente as estruturas autoinibitórias do vWF, abrindo uma nova via para o desenvolvimento de fármacos antitrombóticos direcionados para as estruturas AIM."

Uma característica essencial do vWF é que permanece não reativo em relação às plaquetas a maior parte do tempo em circulação, diz Zhang. No entanto, em locais de hemorragia, o vWF pode ser ativado quase instantaneamente para alcançar a adesão de plaquetas e a formação de coágulos sanguíneos. Nesta pesquisa, a equipa identificou um elemento estrutural, o AIM, localizado em torno da parte do vWF, denominado domínio A1, que é responsável pela ligação às plaquetas.

"Em sangue circulante normal", explica Zhang "o AIM envolve a A1 e impede que a A1 interaja com as plaquetas. No entanto, no local de ligação, a alteração do padrão de fluxo sanguíneo leva a uma força hidrodinâmica suficiente para esticar o AIM e retirá-lo da A1, permitindo que o A1 agarre as plaquetas ao local da hemorragia."

Zhang, que estuda vWF há anos, é especialista em espectroscopia de força de molécula única e mecanosenização, ou como as células respondem a estímulos mecânicos. Ele usa uma ferramenta especializada chamada pinça ótica, que utiliza um raio laser focado para aplicar força a objetos tão pequenos quanto uma molécula.

"As pinças óticas podem agarrar objetos minúsculos", explica Zhang. "Podemos agarrar o vWF e, ao mesmo tempo, aplicamos força para ver como a proteína muda de forma, para ver como as proteínas são ativadas quando há uma perturbação mecânica ou uma força mecânica."

Zhang diz que antes de realizar o estudo, a equipa suspeitava que iria encontrar um módulo autoinibitório, dada uma pesquisa anterior.

"No entanto, não esperávamos que este módulo inibidor desempenhasse um papel tão importante na vWF", diz Zhang. "Não só controla a ativação vWF para a interação com a plaqueta, como desempenha um papel no desencadear de alguns tipos de doença de von Willebrand, uma doença hemorrágica hereditária que afeta 1% da população humana."

Grupo de risco
O aumento acentuado das mortes de grávidas infetadas com Covid-19 está a preocupar as autoridades brasileiras, que no meio de...

As mortes médias de grávidas e puérperas infetadas com Covid-19 duplicaram no Brasil em 2021 face a 2020, um aumento que os especialistas atribuem à disseminação de novas variantes e às frágeis políticas de saúde do país.

Só entre janeiro e abril deste ano, pelo menos 433 mulheres grávidas ou mulheres que deram à luz recentemente morreram em resultado da Covid-19, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.

Além disso, um relatório do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19, mantido por investigadores de três universidades brasileiras, mostrou que o número médio semanal de mortes aumentou 62% este ano na população em geral, enquanto entre grávidas e puérperas esse crescimento foi de 186%.

"As mulheres grávidas que ficam infetadas têm um risco acrescido de sofrer de doença grave e de necessitar de cuidados intensivos, intubação, o que também se torna um risco para a gravidez", disse à agência Efe Rossana Pulcineli Vieira Francisco, uma das responsáveis pelo observatório.

A investigadora explicou que, devido às alterações fisiológicas no corpo durante a gravidez, as grávidas estão mais expostas a riscos de infeção e desenvolvem complicações, mas notou que o perigo é "agravado" por um "sistema de saúde que já tem muitas fraquezas nos cuidados de gravidez e pós-parto".

O Brasil, com quase 400.000 mortos e 14,4 milhões de infeções por coronavírus, viu o seu sistema de saúde à beira do colapso, com grande parte das unidades de cuidados intensivos a transbordar e com falta de medicamentos para manter os doentes entubados.

A situação agravou-se ainda mais com a disseminação de novas variantes da Covid, que já eram mais contagiosas do que a estirpe original e levou a uma rápida escalada da doença, especialmente entre a população mais jovem, que é também a que mais engravida.

Face a esta situação, revela o jornal El Mundo, o Ministério da Saúde recomendou recentemente que as mulheres brasileiras, se possível, adiem os seus planos de gravidez. Além disso, as mulheres grávidas e puérperas foram incluídas, esta semana, no grupo prioritário de vacinação, uma vez que "têm um elevado risco obstétrico independentemente da idade".

Nas áreas da fibrilhação auricular e tromboembolismo venoso
Está a decorrer o processo de Submissão de Propostas a um Programa Competitivo de Bolsas promovido pela Pfizer, em colaboração...

Com a missão de apoiar a inovação na formação independente para profissionais de saúde, as bolsas atribuídas através desta colaboração serão financiadas pela Pfizer, mas revistas e aprovadas por ambas as empresas.

Estas bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

O GMG Competitive Grant Program da Pfizer é divulgado através deste Request for Proposal (RFP) que detalha as áreas de interesse e estabelece prazos de revisão e aprovação. Os projetos de educação médica submetidos serão analisados por um painel de revisores da Pfizer, que irão selecionar os projetos para financiamento. A Pfizer não tem influência sobre nenhum aspeto dos projetos e apenas solicita relatórios sobre os resultados e sobre o impacto dos projetos para compartilhá-los publicamente.

Mais informações em: Fibrilhação auricular e Tromboembolismo venoso

 

 

 

Famílias monoparentais
As clínicas IVI, que fazem parte do maior grupo de medicina reprodutiva do mundo, acabam de lançar um Guia Prático para...

Embora exista hoje uma maior diversidade de famílias, as mulheres ainda sentem algum estigma em relação à maternidade independente. “Continuam a ser comuns sentimentos de culpa ou egoísmo, alguns medos associados à decisão de ter um filho sem pai. Para algumas mulheres esta decisão implica renunciar a um modelo de família idealizado no passado. É importante que partilhem esta decisão com as pessoas que lhes estão mais próximas e que tenham algum suporte”, explica Filipa Santos.

O lançamento do Guia Prático é um dos complementos da consulta de psicologia, onde é explorada e apoiada a tomada de decisão da maternidade independente, para que a gravidez possa ser vivida de forma serena, confiante e segura. “Apesar de chegarem até nós com a decisão tomada e de terem toda uma equipa de suporte para esclarecer todas as dúvidas e receios, sentimos que era necessário ir mais além. Daí a ideia de criar um guia”, afirma a psicóloga.

Decidir ter um filho no contexto de um projeto de maternidade independente é uma decisão que implica liberdade, coragem, mas muitas vezes, esta decisão também pode estar associada a alguns medos. “A diferença é que estas mulheres que se sentem livres para escolher, também têm medos, mas escolhem desafiá-los”, sublinha.

Em Portugal, a alteração à lei da Procriação Medicamente Assistida, em 2017, permitiu o acesso de mulheres sem companheiro aos tratamentos de reprodução. A partir dessa altura, começaram a surgir em Portugal famílias monoparentais desde a sua origem. É possível ser mãe recorrendo a uma inseminação artificial ou fecundação in vitro (FIV) com sémen de dadores, mas também se podem utilizar os óvulos de uma dadora se for necessário, ou recorrer à doação de embriões. Todas estas opções ajudam a mulher a conseguir realizar o sonho de ter um filho.

De acordo com Filipa Santos, as mulheres que optam pelos tratamentos de procriação medicamente assistida, em vez da adoção, por exemplo, “fundamentam a sua decisão sobretudo pelo desejo de viver o lado biológico da maternidade, isto é, a gravidez, o parto e a parentalidade desde o primeiro momento”. Acrescenta que os estudos publicados a respeito referem que no processo de tomada de decisão influem vários fatores como a estabilidade laboral e a estabilidade financeira, um desejo prévio de maternidade cuja satisfação se tenha adiado, a não existência de um companheiro com quem partilhar a maternidade e a consciência de existir uma idade limite para ser mãe.

Ultrapassar comentários desagradáveis

Um dos maiores receios das mulheres que optam pela maternidade independente está relacionado com a comunicação da decisão à família. “Aconselhamos que a comunicação seja feita de uma forma explicita e aberta. Estas pessoas fazem parte da esfera mais íntima e os comentários que poderão fazer, à partida não serão mal-intencionados, por vezes os outros também têm o seu caminho a fazer”, refere Filipa Santos.

Outro momento que causa inquietação prende-se com a forma e o momento de falar com a criança. “É natural questionar-se quando e como é que se deve começar a falar sobre o assunto. O momento é escolhido por cada mãe. Há mães que desde a gravidez ou quando trocam fraldas aos seus bebés lhes começam a contar a forma como vieram ao mundo. O como, é bem fácil: sempre a partir do amor, do carinho e da ternura que um filho desperta numa mãe”. Para a psicóloga, a melhor solução “é lidar com o tema com normalidade e transmitir desde o princípio que o desejo sempre foi que ele estivesse na vida da mãe”.

A história de Neuza: Sorrisos superam ansiedades e cansaço

Neuza Soares tem 41 anos e é uma das muitas mulheres que optou pela maternidade independente. A filha tem hoje 14 meses e é fruto de um sonho tornado realidade. “Tinha algum receio de como a família iria reagir, mas estiveram comigo a 100% desde o início e são o meu pilar. Por mais que consigamos dar conta de criar o nosso filho sozinhas por vezes precisamos do apoio de alguém”, revela esta mãe.

Embora admita que nem sempre é fácil encontrar tempo para tudo, apesar do apoio familiar, encontra forças para vencer o cansaço “em cada sorriso e em cada passo que dá, em cada nova conquista”. Conta ainda que mesmo as pessoas mais velhas a quem vai revelando como a sua família foi criada têm reagido de forma muito positiva.

“O caminho pode ser difícil, com obstáculos e a ansiedade por vezes toma conta de nós, mas quando vemos o nosso sonho realizado é um sentimento inexplicável. Não há no mundo amor como aquele que sentimos pelo nosso filho. Não desistam do vosso sonho”, remata Neuza Soares.

Opinião
Miguel Durães, Presidente da Recovery IPSS, hoje escreve sobre aquele que se considera ser "um
Caro leitor,
Vamos abordar, na minha opinião, um dos quadros clínicos mais intrigantes e excitantes da psicopatologia! Alguns dos seus sintomas são, ainda hoje, herméticos à luz do conhecimento científico e têm tanto de antigo como de atual.
A esquizofrenia é uma doença mental crónica que afeta 1% da população mundial, sendo que se manifesta entre os 15 e 35 anos. A incidência maior surge na passagem da adolescência/juventude para a fase adulta, entre os 18 e os 25 anos. 

Existindo, de igual modo, casos de incidência “tardia” na etapa de desenvolvimento comummente conhecida como “meia idade”, por volta dos 30 anos, assim como são, ainda, reportados casos de esquizofrenia infantil (em menor número e mais raros). Estima-se que existam cerca de 25 milhões de pessoas portadoras de esquizofrenia.

Em Portugal, e um pouco como em todo o mundo, para sermos corretos, existe ainda pouco conhecimento sobre a prevalência, custos ou impacto socioeconómico de uma doença crónica que afeta as pessoas ao nível da sua funcionalidade executiva, ou seja, capacidade para trabalhar, para estudar, para viver de forma independente ou até para cuidarem de si mesmos.

Segundo alguns dos estudos que foram realizados no nosso país nos últimos anos, podemos estimar que existam, devidamente diagnosticados, cerca de 50 mil pessoas portadoras de esquizofrenia, sendo que se sabe que nem todos têm, quer no setor público, quer no setor social/convencionado ou setor privado, qualquer tipo de acompanhamento médico e/ou especializado. Aliás, um estudo sério, realizado em 2015 por várias entidades credíveis no nosso país, concluiu que cerca de 16% não eram, sequer, seguidos por um médico.

Existem vários tipos de esquizofrenia – p.e. paranoide, catatónico, desorganizado, indiferenciado, entre outros. Não teríamos espaço neste artigo para nos debruçarmos, convenientemente, sobre todas as particularidades dos tipos de esquizofrenia existentes, porque são todos muito diferentes entre eles, apesar de manterem sintomatologias que são comuns.

As Esquizofrenias são perturbações mentais graves que se aproximam umas das outras muito pela designação de «psicose» ou «psicótico», ou seja, todas elas apresentam «sintomas psicóticos». Por essa razão, para que possamos compreender estas perturbações, necessitamos, primeiramente, de nos debruçar sobre o termo «psicose».

Caro leitor, o termo «psicose» não é consensual na comunidade científica (sem consenso/aceitação universal) e pode/deve ser percecionado por diversos prismas de entendimento. No entanto, pode dizer-se que «psicose» é um estado mental que se caracteriza pelo “corte com a realidade”, ou seja, “pela perda dos limites do eu”. Normalmente, os indivíduos com perturbações psicóticas apresentam «ideias delirantes», «alucinações», assim como, «comportamento e discurso desorganizado». Pode existir, ainda, um marcado défice da capacidade funcional para a realização de atividades do quotidiano dos indivíduos. Uma variedade muito grande de stressores do sistema nervoso, orgânicos e/ou funcionais, são capazes de despoletar um surto psicótico. Pode ter como causa a predisposição genética e orgânica, assim como, a ambiental/psicossocial (desempenho de papeis, comunicação, autocontrole, memória, etc.).

No entanto, é importante relembrar que a «Esquizofrenia» não é passível de ser identificada pela prova anatómica e/ou biológica, o seu diagnóstico é feito tendo por base a análise clínica dos sintomas, por vezes numerosos e muito complexos, estando estes divididos em sintomas positivos – ou agudos (disfunções das funções cerebrais) - e sintomas negativos – ou crónicos (perda ou diminuição dessas funções). Ora, muitas vezes, o que acontece é que os subtipos de Esquizofrenia se diferenciam entre si apenas quanto à sintomatologia positiva.

Os sintomas negativos apresentam-se como sendo relativamente comuns em todos os subtipos, ou seja, surgem como consequência da doença na vida das pessoas e no seu mundo envolvente. Por causa desta doença, é frequente que percam o emprego, se divorciem ou separem, se tornem novamente dependentes dos pais, se isolem e reduzam, significativamente, o seu número de contactos sociais e relacionais. E para este tipo de problemas não há “comprimido” que resulte, a não ser a intervenção e os programas de reabilitação psicossocial ou da metodologia recovery.

Pela experiência que tenho, e que temos na RECOVERY, muitos são os relatos dos doentes e seus familiares/cuidadores informais que se resumem à seguinte frase: «parece que assisti à morte da pessoa tal como a conheci!».

Na RECOVERY (www.recovery.pt), o tratamento e a reabilitação de pessoas portadoras de esquizofrenia e seus familiares/cuidadores são, de facto, uma das nossas maiores especialidades. É uma perturbação que tantas “pessoas fantasma” afeta e com a qual muitas famílias desamparadas sofrem “em silêncio”, sem compreensão, sem compaixão, sem apoio.

Sabemos, de antemão, que é necessária uma intervenção combinada, ou seja, medicamentosa para controlar os sintomas positivos (atividades delirantes, alucinações, etc.) e de reabilitação psicossocial para trabalhar a sintomatologia negativa e crónica, devolvendo a esperança e o controle novamente sobre as suas vidas.

Estamos cientes de que esta é uma doença que afeta a autonomia das pessoas e com uma elevada taxa de incapacidade psicossocial. No entanto, sabemos, de igual modo, que quanto mais cedo esta é identificada e quanto mais cedo a ajuda especializada é alcançada, maior é a probabilidade de prognóstico e sucesso no futuro destas pessoas.

Sabemos, com propriedade, que a recuperação (clínica e pessoal) é possível! As pessoas podem atingir o recovery com este tipo de perturbação, podendo sentir-se novamente úteis na sociedade, quer a nível profissional, quer educacional, familiar ou outros.

O sucesso da superação desta doença depende muito de caso para caso e depende sempre de muitos fatores, nomeadamente, da sociedade em que vivemos estar ou não sensível e direcionada para a inclusão destas pessoas e dos seus cuidadores de uma forma verdadeiramente justa, equitativa e dignificadora dos seus direitos, liberdades e garantias!

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, três mortes e 572 novos casos de infeção por Covid-19. O número de internamentos...

Segundo o boletim divulgado, a região norte foi a única a registar três óbitos, desde o último balanço. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, não têm mortes a assinalar nas últimas 24 horas. 

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 572 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 186 novos casos e a região norte 261. Desde ontem foram diagnosticados mais 61 na região Centro, dois no Alentejo e 31 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais nove infeções e nos Açores 22.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 332 doentes internados, menos 14 que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos passaram a ter mais dois doentes internados. Atualmente, estão em UCI 88 pessoas.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 576 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 794.781 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 23.809 casos, menos sete que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 299 contactos, estando agora 24.712 pessoas em vigilância.

 

Prevenção do Cancro Cutâneo
No próximo dia 3 de maio, pelas 12h, a Campeã Mundial de Bodyboard, Joana Schenker e o médico dermatologista Paulo Morais,...

Com o verão a chegar, explicarão também algumas estratégias sobre como beneficiar da sua exposição. A conversa terá lugar na plataforma Check-up virtual, num espaço exclusivo e dedicado à prevenção do cancro cutâneo, que poderá visitar aqui.

A exposição solar tem inúmeros benefícios, tornando-o um aliado para a saúde da população. No entanto, uma exposição solar incorreta é perigosa e pode acarretar diversos riscos, entre eles, o desenvolvimento de cancro cutâneo – em Portugal, de acordo com os dados mais recentes, surgem cerca de 12 mil novos casos por ano. Paulo Morais, médico dermatologista, participa nesta conversa online para explicar os sinais aos quais devemos estar alerta e quais os principais cuidados e estratégias de prevenção para possamos beneficiar do sol, garantindo o mínimo de danos para a pele.

São já sete os títulos consecutivos de campeã nacional de bodyboard que Joana Schenker coloca no currículo do desporto nacional, a que se somam anos de treino e trabalho, sempre acompanhada pela luz e calor do sol algarvio. No próximo dia 3 de maio, a bodyboarder irá revelar algumas das suas estratégias e conselhos para quem, como ela, tem uma profissão com exposição solar direta.

A Check-Up estará no ar até ao final deste ano e tem como objetivo proporcionar uma experiência de navegação imersiva, dispondo de um programa de sessões virtuais abertas ao público, para assegurar o envolvimento com a audiência, bem como vídeos informativos, questionários, dicas, sugestões para uma vida mais saudável e recomendações dadas por médicos especialistas em cada uma das áreas. As iniciativas são realizadas em colaboração com profissionais médicos, sociedades médicas, associações e outras entidades do setor.

Aceda ao webinar em  https://checkup.com.pt/cancro-cutaneo/participe-na-conversa  e  https://www.facebook.com/checkup.pt

Crianças e jovens auscultados
A promoção do bem-estar físico e psicológico, a educação para a sexualidade, a prevenção do tabagismo e do consumo de álcool, a...

O documento Agenda da Juventude para a Saúde na Próxima Década 2020-2030 tem por base um questionário e grupos focais com jovens e a participação de crianças e jovens em idade escolar em debates em meio escolar e webinares, e está aberto, agora, à discussão pública até ao dia 14 de maio. Pode ser consultado AQUI e os jovens podem deixar os seus contributos num formulário disponível no site do CNS. A versão final será apresentada ao Governo e aos deputados da Assembleia da República e constitui um contributo para a elaboração do Plano Nacional de Saúde 2021-2030. 

“As crianças e as pessoas jovens são fundamentais na construção da sociedade; substituirão as gerações atualmente em idade ativa, influenciarão os comportamentos das próximas gerações e, também, das gerações mais velhas. São, inequivocamente, as mais ativas defensoras da luta contra as mudanças climáticas e contra as iniquidades vividas na sociedade de hoje, afirma-se no documento onde é sublinhado que “a saúde das crianças e jovens é não só um direito humano como um recurso fundamental para uma sociedade mais saudável e justa - agora e no futuro”.  

A vice-presidente do CNS, Isabel Loureiro, lembra que a pandemia de COVID-19 tem colocado desafios sem precedentes às crianças, aos jovens, e às suas famílias. “Interrupções do ensino presencial e confinamentos prolongados têm vindo a limitar o seu desenvolvimento intelectual, mental, físico e social. A pandemia e as medidas implementadas para a sua contenção têm vindo a afetar todos, mas ainda mais as crianças e jovens que vivem em situações mais vulneráveis, como em casas sobrelotadas, com más condições estruturais, de aquecimento ou ventilação, sem acesso a meios digitais ou a alimentação em quantidade e qualidade adequada, ou expostas a violência doméstica”. 

Planeamento na perspetiva da juventude

Isabel Loureiro argumenta que estão demonstradas as vantagens da participação na identificação e resolução dos problemas por quem é afetado por eles: “para além de serem capazes de apontar as soluções mais adequadas à sua situação, ao sentir-se protagonistas do seu próprio destino, as crianças e os jovens poderão tornar-se determinantes na implementação das medidas por eles propostas”.  

Um dos méritos desta Agenda é o garantir, desde o primeiro momento, o planeamento de serviços e de políticas de saúde na perspetiva dos próprios jovens. “Importa conhecer as necessidades de saúde nestes grupos e importa, com eles, definir estratégias adequadas para as mitigar. Estes processos devem incluir os jovens, desde o seu desenho até à sua avaliação, passando pela implementação das estratégias ou a provisão dos serviços”, salienta.  

De acordo com a vice-presidente do CNS, os jovens “olham para a escola de forma muito positiva”, mas pedem mudanças. “Acham que existe uma carga letiva excessiva e uma cultura muito centrada nos resultados e no perfil do bom aluno. Por isso pedem um maior equilíbrio e incentivo para o convívio, partilha de experiências e projetos que estimulem o associativismo, e a presença de mais técnicos de saúde na escola, como psicólogos. Também identificam a necessidade de se fiscalizar melhor o cumprimento da legislação em vigor para proteção dos comportamentos de risco – como o a venda de tabaco e álcool a menores”. 

A auscultação revelou ainda preocupações relacionadas com a cooperação e o envolvimento das autarquias, por exemplo, na gestão dos transportes para as atividades físicas, desporto e apoio económico aos alunos carenciados. Os jovens sugerem ainda que sejam dinamizados os Conselhos Municipais da Juventude, criados em 2009, mas que não estão a funcionar em pleno no país. 

A Agenda da Juventude para a Saúde para a década 2020-2030 que entra agora em fase de consulta pública é o resultado de uma ampla participação das crianças e dos jovens, alcançada através de um conjunto de iniciativas destinadas a identificar as suas preocupações, prioridades e sugestões de resolução. Foram auscultadas centenas de crianças e jovens através de grupos focais, questionários, debates em meio escolar e debates públicos em webinares.  

As propostas das várias centenas de crianças e jovens que participaram neste processo foram integrados em quatro níveis de atuação, para uma infância, juventude e sociedade futura mais saudável: o acesso a informação e formação em saúde promotora de comportamentos saudáveis,  a garantia de acesso a cuidados de saúde, o fomento de ambientes saudáveis, e a participação das crianças e jovens na definição e avaliação de intervenções em saúde. 

 

Comemorações realizam-se pela primeira vez em formato online
A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) vai promover, pela primeira vez na sua história, as comemorações do mês de maio em...

O acesso à plataforma “Maio no Coração” vai estar disponível já a partir do dia 1 de maio e estão já agendados vários eventos, nomeadamente a já conhecida Sessão Solene da FPC, no dia 3 de maio, onde serão apresentados os resultados de um estudo sobre Covid-19 e onde será dada a conhecer a campanha de Maio, Mês do Coração.

Para os dias 13 e 14 de maio está também marcado um Summit para profissionais de saúde, com foco na temática da Covid-19 e o seu impacto no coração e na atividade física. Esta iniciativa é exclusiva para profissionais de saúde, estando sujeita a uma inscrição prévia numa área específica da plataforma.

“A pandemia de Covid-19 obrigou à reestruturação de vários setores de atividade e mudou a forma como as pessoas interagem entre si e, neste sentido, a Fundação Portuguesa de Cardiologia não podia deixar passar mais um ano sem marcar aquele que é o mês mais importante em termos de sensibilização para as doenças cardiovasculares. Assim, acreditamos que, este ano, vamos conseguir ultrapassar este desafio e reunir num espaço virtual as principais atividades que costumávamos realizar em formato presencial e continuar a fazer a diferença na vida das pessoas”, salienta Manuel Oliveira Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia.

“Este será um espaço inovador, onde as pessoas vão poder consultar informação extremamente útil sobre as doenças cardiovasculares. Vamos trazer também diversas novidades e convidamos, por isso, todas as pessoas a estarem atentas à nova plataforma para acompanharem as atividades que preparámos para todo o mês de maio”, conclui.

 

"Especial Grávida" realiza-se já no próximo dia 1 de maio
Para assinalar o Dia Da Mãe, a academia Mamãs sem Dúvidas, realiza no próximo dia 1 de maio uma nova edição do evento online ...

A 7.ª edição do evento 100% online “Especial Grávida”, que vai decorrer entre as 15h30 e as 18h00, vai contar com a participação de vários especialistas das áreas da saúde feminina e da puericultura para abordar os temas programados:

“Primeiros 3 meses: exterogestação”, com Inês Claudino, médica pediatra e fundadora do projeto Dona Bebé, que vai explicar e partilhar dicas sobre o período gestacional realizado fora do útero, após o parto do bebé, de forma a recriar o ambiente uterino fora do corpo da mulher para aumentar o conforto da criança, bem como contribuir para o seu desenvolvimento de forma adequada.

“Células Estaminais: Para que servem? Vale mesmo a pena guardar?”, com o contributo de Diana Santos, formadora do laboratório português de criopreservação BebéVida, que vai abordar os benefícios terapêuticos da recolha do sangue do cordão umbilical do bebé na altura do parto.

“Amamentação: dicas e conselhos práticos”, temática que vai ser explorada pela Enfermeira Sónia Ferreira, especialista em saúde materna e obstetrícia, com sugestões úteis para as recém mamãs.

E, ainda, “6 exercícios de Yoga para ajudá-la na gravidez”, com as recomendações da Enfermeira Telma Cabral, fundadora da Academia Telma Cabral.

A participação no evento é gratuita, mas requer inscrição no site da Mamãs sem Dúvidas aqui. Ao inscreverem-se, as futuras mamãs habilitam-se a receber um cabaz de ofertas no valor de 400€ que inclui: uma bomba elétrica Nuvita, uma almofada Nuvita 10 em 1, uma mala de maternidade da Bioderma, um kit pré-mamã da Elifexir, uma ecografia 4D – Eco MyBaby Essencial da BebéVida.

Para mais informações sobre a academia Mamãs sem Dúvidas, próximos eventos e conteúdos informativos consulte o website mamassemduvidas.pt . 

Estudo
Os efeitos secundários mais frequentes das vacinas contra a Covid-19 são a dor no local da injeção. No entanto, cerca de uma em...

Os investigadores do ZOE Covid Symptom Study analisaram os sintomas reportados por 627.383 pessoas nos oito dias após terem sido vacinadas.

Cerca de 70% das pessoas que foram inoculadas com a vacinada Pfizer relataram reações como dor, vermelhidão ou inchaço, no local da injeção. 60% daqueles que foram vacinados com a vacina da AstraZeneca apresentaram as mesmas reações.

A tendência foi invertida para as reações que afetam todo o corpo em vez de apenas o local da injeção. Assim, avançam os especialistas, do que receberam a vacina da AstraZeneca, 34% reportou alguma reação "sistémica" (corpo inteiro) como dor de cabeça, cansaço ou calafrios. Já entre aqueles que receberam a vacina da Pfizer, 14% apresentou manifestações semelhantes após a primeira dose, e 22 % após a segunda.

O sintoma mais comum foi a dor de cabeça, sublinha a equipa de investigação.

Segundo o autor principal do estudo, Tim Spector, do King’s College London, estas descobertas devem tranquilizar as pessoas uma vez que os efeitos secundários da vacina são "geralmente leves e de curta duração".

No entanto, o investigador ressalvou que existe uma grande variedade de respostas à vacina, tal como acontece para o vírus, e que dependem da idade e do sexo, entre outros fatores.

Entre todos os utilizadores vacinados da aplicação de sintomas ZOE, um em cada quatro (25%) teve uma destas reações corporais e dois terços (66%) teve uma reação local.

As mulheres, as pessoas com menos de 55 anos e as que tiveram uma infeção Covid no passado eram mais propensas a sofrer efeitos secundários.

Na fase final dos ensaios clínicos da vacina da Pfizer, cerca de 77% das pessoas tiveram dor no local da injeção em comparação com pouco menos de 30% neste estudo, enquanto a proporção de pessoas que sofrem de fadiga e dor de cabeça era três a cinco vezes menor.

Para AstraZeneca, cerca de metade das pessoas tiveram uma reação corporal como febre ou fadiga, tal como foi registrado em ensaios clínicos.

Isto pode ser explicado pelo facto de as pessoas nos ensaios clínicos serem mais jovens e saudáveis, ou porque estarem mais nervosas por participarem ensaio de uma vacina experimental podem estar mais nervosas, estando por isso mais propensos a identificar sintomas, sugeriu Tim Spector.

Estudo
De acordo com um estudo realizado por especialistas, no Reino Unido, é possível reduzir em metade o risco de transmissão do...

Neste estudo, a proteção contra a Covid foi avaliada 14 dias após a vacinação, registando níveis de proteção semelhantes, independentemente da idade de casos ou contactos, referiu a agência governamental em comunicado.

Além disso, refere a BBC,  a proteção estava acima do risco reduzido de uma pessoa vacinada desenvolver infeção sintomática, - que é de cerca de 60 a 65% - quatro semanas após uma dose de qualquer uma das vacinas.

Segundo Mary Ramsay, chefe da imunização da PHE, "as vacinas são vitais para nos ajudar a voltar a um modo de vida normal. Não só as vacinas reduzem a gravidade da doença e previnem centenas de mortes todos os dias, como vemos agora que também têm um impacto adicional na redução da probabilidade de passar a Covid-19 para os outros."

No entanto, apesar de ter dito que as descobertas eram "encorajadoras",  a especialista ressalvou que era importante que as pessoas continuassem a agir como se tivessem o vírus, "praticassem uma boa higiene das mãos e seguissem orientações de distanciamento social".

As famílias são configurações de alto risco para a transmissão, o que significa que o estudo fornece evidências precoces sobre o impacto das vacinas na prevenção da transmissão em diante, disse a PHE.

Resultados semelhantes podem ser esperados noutras configurações com riscos de transmissão semelhantes, como alojamento partilhado e prisões, acrescentou.

O epidemiologista da Universidade de Warwick, Mike Tildesley, disse que as descobertas eram significativas, mas pressionou as pessoas a continuarem a aceitar ofertas de vacinação.

"Temos de nos lembrar que estas vacinas não são 100% eficazes, quer para prevenir sintomas graves, quer para permitir que sejam infetadas, mas as evidências sugerem que estão a fornecer pelo menos algum nível de proteção para transmitir o vírus se você ficar infetado", disse citado pela BBC.

Para o epidemiologista, este estudo é uma evidência extra de que o maior número possível de pessoas precisava de ser vacinado, mesmo que não estejam em risco de desenvolver sintomas graves, de modo a obter níveis de proteção muito mais elevados em toda a população e reduzir o número de pessoas que adoecem gravemente e morrem da doença.

Esta é a mais recente prova que indica que as vacinas estão a atrasar a transmissão do vírus, bem como a salvar vidas, salientou.

 

Lançamento acontece por forma a assinalar o Mês do Coração
Numa lógica de consolidar a missão que abraça há 40 anos, a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC) prepara-se para lançar a...

Com uma periodicidade trimestral, a revista funcionará como um apelo para a população investir mais na prevenção da doença cardiovascular, através da redução dos fatores de risco comuns e da promoção do bem-estar físico e mental.

“Decidimos dar este passo, com o propósito de dar continuidade ao compromisso de promover a saúde pública e de aumentar a literacia em saúde. Ao longo das várias edições da revista, vamos publicar artigos pedagógicos e partilhar atividades que a Fundação desenvolve, com vista a combater os fatores de risco evitáveis como o tabaco, o álcool, uma dieta desequilibrada e a inatividade física”, explica o editor do primeiro número da revista, Paulo Monteiro.

Em formato papel e digital, “Coração Em Forma” terá uma tiragem/distribuição média de 80.000 exemplares, dividida entre os assinantes do Jornal Económico (10.000 exemplares) e a newsletter deste órgão (45.000).  Para além deste universo, a revista será também distribuída a todos os profissionais de saúde constantes da Base de Dados da SaúdeOnline (25.000).

“Esta revista pretende ser um veículo de informação atual e rigorosa, com vista à prevenção das patologias que afetam o coração. Enquanto parceiros responsáveis pela redução do aumento da mortalidade por acidentes cardiovasculares cerebrais e enfartes do miocárdio, fez-nos sentido dar corpo a este projeto, e lançar um suporte de comunicação útil para a sociedade”, remata Manuel Carrageta, presidente da FPC.

 

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