Sessão decorre no dia 29 de abril
Prosseguem as conversas organizadas pela Escola de Medicina da Universidade do Minho em torno da saúde e do futuro da saúde em...

Este é um debate da maior importância, não apenas pelo delicado contexto de saúde pública que atravessamos, mas também pela elevada procura por cuidados de saúde que se adivinha no futuro próximo, quando o final da pandemia permitir a retoma do normal funcionamento dos serviços hospitalares e das várias especialidades médicas.

Novamente em formato webinar, a discussão terá lugar no próximo dia 29 de abril, às 21h30, e contará com as contribuições de Céu Mateus (Economista da Saúde e Professora na Universidade de Lancaster, no Reino Unido), Nuno Sousa (Médico e Professor Catedrático na Escola de Medicina da UMinho) e Sandra Ribeiro (Presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género). A conversa será moderada pela estudante de Medicina Cátia Seabra.

Para acompanhar a sessão, basta aceder ao link disponibilizado pela Escola de Medicina da UMinho.

 

Opinião
O conhecimento científico adquirido nas últimas décadas conduziu a um avanço significativo no chamad

A Anestesiologia é uma especialidade médica com atividade hospitalar transversal em diferentes áreas, dispondo na atualidade de técnicas seguras e adequadas à especialidade dos novos desafios.

A “governance” clínica do perioporatório anestésico é da responsabilidade do anestesiologista, que se rege por protocolos aprovados por “consensus” em reuniões internacionais. Assim no pré-operatório a avaliação do paciente deve contemplar o estado físico (classificação ASA (I a V) segundo a American Society of Anaesthesiology) e o estado funcional (história clínica do paciente e estudo pré-operatório). Definido o risco anestésico-cirúrgico passa-se à estratégia anestésica do intra e pós-operatório personalizando-a para cada paciente.

Equipas multidisciplinares experientes e treinadas são determinantes na minimização de riscos inerentes, salvaguardando assim a segurança do paciente (Safe Anaesthesic/ Sedation).

A Cirurgia Estética é uma valência diferenciada e tecnicamente exigente da Cirurgia Plástica, a que habitualmente recorrem jovens mal identificados com a sua imagem corporal, ou adultos para correção de deformidades ou lesões deformantes pós trauma ou neoplasia, ou ainda para reversão dos nefastos e indesejáveis efeitos do envelhecimento ou obesidade. Articula-se com outras valências da estética que contribuem na total recuperação do paciente.

A Cirurgia Estética pode ser considerada uma cirurgia de risco potencialmente minor, por haver um envolvimento quase exclusivo de procedimentos de extensão variável na superfície corporal sem invasão de cavidades anatómicas ou envolvimento de órgãos da economia dos pacientes.

Assim e desde que se verifiquem determinados pressupostos, podemos considerar que em contexto não hospitalar de cirurgia estética, a associação das técnicas de sedação e anestesia local ou local tumescente ser considerada técnica anestésica de eleição. Procedimentos estes que se complementam na diminuição dos estímulos dolorosos, o que se traduz num evidente benefício para o paciente, pois ao bloquear o estímulo doloroso periférico, reduz-se assim o nível de sedação necessária.

Os critérios de elegibilidade dos doentes para a técnica de sedação, assentam em critérios anestésicos, clínicos e sociais de ambulatorização bem definidos limitando-os neste contexto ainda de forma mais estrita a doentes ASA I/II, sem comorbilidades ou patologia minor compensada. Excluem-se os pacientes com estado físico superior a ASA II, polimedicados, com va (via aérea) potencialmente de acesso difícil, BMI>35, cirurgia demorada e sangrativa, e sempre que os posicionamentos cirúrgicos interfiram com a eficácia na dinâmica ventilatória, e assim representar um risco potencial para os pacientes.

Fatores de caráter individual, como os que descreveremos influenciam definitivamente na escolha desta técnica. Trata-se, pois, de pacientes jovens e saudáveis propostos para cirurgia eletiva minor que apresentam frequentemente renitência na aceitação de outras técnicas anestésicas mais invasivas, pois pretendem retoma rápida e sem restrições de normal atividade e ainda por considerarem a Anestesia Geral um risco elevado tendo em conta experiências negativas anteriores.

A sedação anestésica tem como objetivos a indução de um estado de hipnose com diminuição variável do grau de consciência, complementada com analgesia, ansiolíse e amnésia de maior ou menor intensidade (deep or moderate sedation). A anestesia local tumescente, obtém-se injetando um volume apreciável de Lidocaína na dose de 45mcg/Kg diluído em soro fisiológico que produz uma anestesia local profunda e duradoura de pele e gordura subcutânea. Associa-se epinefrina com intenção de prolongar a ação analgésica e reduzir os efeitos sistémicos da Lidocaína.

Não havendo um fármaco ideal para atingir um grau de “sedação cirúrgico desejável”, recorre-se ao uso de fármacos com mecanismos de ação diferentes, aproveitando algum sinergismo de ação na obtenção de um nível ideal e personalizado de sedação.

Os fármacos administram-se de acordo com o peso e idade do paciente, em “bolus” endovenosos repetidos ou de modo contínuo em seringa infusora, com o objetivo de manter níveis plasmáticos terapêuticos estáveis. Assim previnem-se os riscos de hipo ou hipersedação e as consequentes reações adversas que podem ser um dos fatores de aumento da morbimortalidade perioperatória.

Após validação anestésica da proposta cirúrgica, o anestesiologista deve informar o paciente sobre a técnica anestésica, esclarecer eventuais dúvidas e desvalorizar mitos e convicções responsáveis de “medos” injustificados. Cabe ainda ao anestesiologista tranquilizar os pacientes, garantindo-lhes sedações seguras, controlo eficaz da dor, ausência de “awareness”, acordares confortáveis e recobro rápido das funções cognitivas e mentais. Esta atitude reduz a ansiedade habitual perante o desconhecido do ato anestésico e as suas possíveis intercorrências.

As “Escalas de Sedação” definem graus de sedação que devem ser monitorizados por sinais clínicos, “scores de sedação” que deverão ser alvo de vigilância contínua clínica e instrumental.

Seja qual for o tipo de sedação, a monitorização dos parâmetros clínicos é obrigatória e definida por protocolos internacionais. Assim, eletrocardiograma (ECG) contínuo com deteção de arritmias, frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), pressão arterial não invasiva (NIBP), oximetria do pulso (Sa O2 %), curva de análise de dióxido de carbono expirado (Et CO2), são os parâmetros clínicos mínimos a monitorizar e devem ser objeto de vigilância contínua.

Podemos considerar que em Cirurgia Estética, a técnica de sedação e anestesia local com tumescência apresenta vantagens em relação à Anestesia Geral, desde que se verifiquem os critérios referidos na seleção dos doentes. Esta técnica permite níveis de segurança elevados e boa exequibilidade cirúrgica, doses farmacológicas menores e consequentemente redução das ações adversas, manutenção de eficácia na dinâmica ventilatória, sem invasão da via aérea e risco de infeção respiratória, dispensa o uso de relaxantes musculares e de ações nefastas destes fármacos. Esta técnica é também do agrado dos pacientes e da equipa cirúrgica dada a possibilidade de acordares rápidos e altas precoces, sem internamentos desnecessários, o que permite reinserção familiar, social e profissional muito mais precoce.

Os bons resultados dependem da experiência do anestesiologista e equipa, da correta avaliação e seleção dos pacientes, do grau adequado de sedação, da vigilância dos parâmetros, bem como do controlo de dor, infeção e emese.

No recobro/UCPA, o pós-operatório imediato deve garantir analgesia adequada, estabilidade cardiovascular, eficácia ventilatória e recuperação mental superior. Após a validação dos critérios pré-estabelecidos de alta para o domicílio, dever-se-á manter contacto no pós-operatório imediato nas 24/48 horas seguintes, para deteção e correção de eventuais complicações.

Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Em fase de ensaios
A farmacêutica norte-americana Pfizer avança a investigação sobre um medicamento oral contra a Covid-19. De acordo com The...

“Lidar com a pandemia requer prevenção com vacina e tratamento direcionado para aqueles que contraem o vírus. Tendo em conta a forma como o SARS-CoV-2 está a sofrer mutações e o impacto global contínuo da Covid-19, parece essencial ter acesso imediato, e para além da pandemia, de outras opções terapêuticas ", disse Mikael Dolsten, Diretor Científico e Presidente de centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Medicina Global da Pfizer, num comunicado divulgado pela empresa.

O medicamento em fase de teste tem duas vantagens: poder prescrito ao primeiro sintoma de infeção e poder ser realizado sem a necessidade de o paciente estar internado ou em Terapia Intensiva.

O candidato a antiviral oral PF-07321332 é um inibidor da protease SARS-CoV2-3CL que demonstrou atividade potente contra SARS-CoV-2 e atividade contra outros coronavírus em testes de laboratório. Por isso, além de ser utilizado na atual crise de saúde, teria potencial contra futuras ameaças do mesmo tipo.

Os inibidores da protease evitam que o vírus se replique na célula. Até agora, eles mostraram ser eficazes contra outros patógenos, como HIV e hepatite C, isoladamente ou em combinação com outros antivirais. Este tipo de tratamento geralmente não gera toxicidade e por isso pode ser bem tolerado pelos pacientes quando usado ​​contra a Covid-19.

Segundo o The Telegraph , a fase 1 do ensaio clínico teria justamente o objetivo de estudar "como é tolerado com o aumento da dose, sozinho ou com ritonavir, se há efeitos colaterais importantes e como as pessoas se sentem após tomá-lo", assegura citando os documentos fornecidos aos participantes do estudo. O papel do ritonavir, um antiviral usado para tratar o HIV, seria aumentar a quantidade de PF-07321332 no sangue dos participantes.

Na fase 2 seria testada a administração de "doses múltiplas", enquanto na fase 3 seria testada a administração em comprimidos e em líquido e sua possível interação com a ingestão de alimentos. No total, os testes durarão 145 dias, com mais 28 para se aprofundar em "deteção e dosagem", e incluem algumas estadias para todos os participantes a serem monitorados também durante a noite.

 

Espera-se que 70% da população esteja vacinada até ao verão
O Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, esteve ao início desta tarde no Centro de Vacinação do Barreiro, a...

Na ocasião o secretário de Estado, revelou que, entre maio e junho, o país vai receber mais vacinas, pelo que considera que vai ser possível começar a passar a administrar cerca de 100 mil vacinas por dia.

Sobre o portal de auto-agendamento das vacinas, o governante considera que se trata de uma ferramenta muito importante, permitindo ganhos de tempo, o que se traduz numa melhoria do processo.

Diogo Serras Lopes acrescentou que o auto-agendamento está a decorrer sem dificuldades e que as vacinas agendadas, através do portal criado para o efeito, vão começar a ser administradas esta quarta-feira, dia 28 de abril.

O governanda sublinhou que caso as vacinas cheguem ao ritmo a que está previsto, é provável que se consiga atingir os 70% de população vacinada no início ou meio do verão.

 

Parceria na área da formação clínica
O Presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, e o Selecionador Nacional, Fernando Santos, visitaram,...

A Unidade de Medicina Desportiva e Performance, criada no Hospital CUF Tejo no âmbito da parceria com a FPF, e que é espelho da Unidade criada na Cidade do Futebol, foi hoje visitada por Fernando Gomes e Fernando Santos. Esta Unidade espelha a assistência dada às necessidades das seleções no âmbito da parceria em curso com a FPF, seja ao nível da emergência médica, imagiologia ou cuidados de diferentes especialidades clínicas. Valências estas, que, nesta Unidade do Hospital CUF Tejo, estão disponíveis para toda a população, independentemente do nível de prática desportiva ou idade.

“Nesta Unidade, todos podem ter acesso aos equipamentos e serviços médicos que disponibilizamos aos atletas de elite das Federações e Clubes de quem a CUF é parceiro oficial no apoio médico”, explicou Paulo Beckert, Coordenador Unidade de Medicina Desportiva e Performance do Hospital CUF Tejo e Coordenador da Unidade de Saúde e Performance da FPF, numa breve apresentação efetuada sobre a Unidade. 

A possibilidade, de qualquer pessoa poder ter os mesmos cuidados disponibilizados aos atletas de elite, reflete o posicionamento da CUF enquanto promotor da prática do exercício físico: “Acreditamos que o adequado acompanhamento e orientação médica são fatores essenciais para um estilo de vida saudável e um bom rendimento, capazes de trazer ganhos em saúde na população em geral”, refere o especialista em medicina Desportiva, Paulo Beckert.

A visita estendeu-se, ainda, a outros espaços do Hospital, essenciais à assistência da CUF às necessidades de cuidados médicos e de prevenção das seleções nacionais, nomeadamente o Centro de Ortopedia e Músculo-Esquelética, o Bloco Operatório e, ainda, o Centro de Simulação CUF.

Fernando Gomes, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, destacou que “a CUF e a FPF são muito mais do que parceiros na área da saúde. São duas instituições amigas que fazem da lealdade, solidariedade e respeito a trave mestra de uma relação que se iniciou em 2014 e não cessou de evoluir. Acredito que a nova Unidade de Medicina e Performance da CUF espelha o trabalho conjunto com a Federação Portuguesa de Futebol e vai tornar ainda mais robusta a prestação de serviços, quer aos atletas das nossas mais de 25 seleções, quer a todos os desportistas que queiram ter acesso à excelência na área dos cuidados médicos que a CUF tem como sua própria marca de água.”

O Presidente da Comissão Executiva da CUF, Rui Diniz, reconheceu, com orgulho, perante a Comitiva da FPF, o trabalho que tem sido efetuado no âmbito da parceria entre as duas entidades, frisando o desejo de que “continue a permitir o desenvolvimento da saúde e performance dos atletas nacionais, a contribuir para o sucesso das Seleções Nacionais e a gerar o apelo pela prática desportiva junto de todos os portugueses”.

CUF e FPF preparam formação de simulação em emergência e trauma

Em sinergia, a CUF Academic and Research Medical Center e a Portugal Football School da FPF formam um Centro de Investigação & Desenvolvimento na área formativa, dando suporte a cursos da UEFA e desenvolvendo cursos de Trauma e Emergência Médica quer para as equipas da FPF, quer para equipas médicas de outras federações e clubes.

Esta parceria entre a CUF e a FPF, está a permitir criar um plano de cursos de formação em Trauma e Emergência Médica para as equipas clínicas das 23 seleções. Trata-se de um plano de treino clínico simulado e em cenário real, preparado pelas equipas clínicas da CUF para as equipas médicas da FPF, com o objetivo de prevenir e prestar cuidados de saúde aos atletas em situações de emergência e trauma.

Estas formações irão decorrer no Centro de Simulação da CUF Academic Center, um dos espaços visitados no Hospital CUF Tejo pela comitiva da FPF esta manhã.  Este centro, que incorpora um ginásio de simulação clínica, está dotado de meios técnicos de elevada especialização tecnológica que garantem, através da utilização de modelos e ambientes simulados, um treino intensivo em condições muito próximas à da realidade. Em paralelo, estas formações terão também lugar na Cidade do Futebol, onde o treino será feito em contexto de jogo.

Primeiro medicamento biológico aprovado que atua especificamente na citoquina IL-13
O Comité dos Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitiu um parecer positivo e...

Estima-se que esta decisão final aconteça nos próximos meses e, se autorizado, tralocinumab será o primeiro anticorpo monoclonal totalmente humano disponível para neutralizar especificamente a citoquina IL-13, elemento-chave da inflamação crónica na Dermatite Atópica. O Tralocinumab tem como alvo específico, com alta afinidade, a IL-13 e foi desenvolvido para melhorar os sintomas da DA, uma doença inflamatória crónica da pele.

“A dermatite atópica é caracterizada pela sua imprevisibilidade, podendo revelar-se um desafio para os doentes, que costumam sentir desconforto físico e efeitos emocionais que podem prolongar-se durante décadas”, afirma Jörg Möller, Vice-Presidente Executivo de Investigação e Desenvolvimento Global da LEO Pharma. “O parecer positivo do CHMP permite que a LEO Pharma esteja mais perto de poder disponibilizar tralocinumab como uma nova opção terapêutica para os doentes da UE que vivem com dermatite atópica moderada a grave”.

A opinião do CHMP baseia-se, essencialmente, nos dados de três ensaios clínicos aleatorizados, com dupla ocultação, controlados por placebo (ECZTRA 1, 2 e ECZTRA 3), que avaliaram a segurança e eficácia de tralocinumab em monoterapia e em tratamento concomitante com corticosteroides tópicos (TCS) em mais de 1.900 adultos com DA moderada a grave. O fármaco alcançou os endpoints primários, conforme avaliado na pontuação da Avaliação Global pelo Investigador de pele limpa ou quase limpa (IGA 0/1) e, pelo menos, uma melhoria de 75% na pontuação do Índice de Extensão e Gravidade do Eczema (EASI-75).

Os endpoints secundários, incluindo a extensão e gravidade das lesões cutâneas, prurido (comichão), sonolência e pontuações de melhoria da qualidade de vida relacionadas com a saúde, foram medidos por alterações nas seguintes pontuações: EASI-90, Classificação da Dermatite Atópica (SCORAD), Escala de Classificação Numérica de Prurido (NRS), Escala de Classificação Numérica do Sono relacionado ao Eczema e Índice Dermatológico de Qualidade de Vida (DLQI). Os ensaios clínicos demonstraram que tralocinumab alcançou o endpoint primário e secundário e foi geralmente bem tolerado.

Pendente da decisão final da Comissão Europeia do Medicamento, a Autorização de Comercialização no Mercado será válida em todos os Estados-Membros da União Europeia, Islândia, Noruega e Liechtenstein. Estão ainda em curso outros procedimentos regulamentares [com a FDA, nos EUA] e com outras autoridades de saúde em países de todo o mundo.

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, cinco mortes e 353 novos casos de infeção por Covid-19. O número de internamentos...

Segundo o boletim divulgado, a região centro foi aquela que registou maior número de mortes, três das cinco registadas em todo o território português. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo com duas mortes. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, não têm mortes a assinalar nas últimas 24 horas. 

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 353 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 81 novos casos e a região norte 154. Desde ontem foram diagnosticados mais 47 na região Centro, 28 no Alentejo e dez no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 20 infeções e nos Açores 13.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 346 doentes internados, menos 19 que ontem. As unidades de cuidados intensivos passaram a ter também menos cinco doentes internados. Atualmente, estão em UCI 86 pessoas.

O boletim desta terça-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.194 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 794.205 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 23.816 casos, menos 846 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 200 contactos, estando agora 25.011 pessoas em vigilância.

Reunião de peritos
Após reunião no Infarmed, que juntou por videoconferência especialistas, membros do Governo e o Presidente da República para a...

Segundo a ministra, a redução da letalidade da Covid-19 em Portugal é o “o aspeto mais positivo de todos aqueles resultados que foram alcançados nesta longa luta”.

Relativamente à vacinação, Marta Temido realçou o cumprimento de objetivos mais imediatos, nomeadamente a vacinação de todas as pessoas com “mais de 60 anos na terceira semana” e a entrega antecipada de vacinas anteriormente contratadas à Pfizer/BioNTech anunciada pela Comissão Europeia.

A Ministra considera que “se mantém uma situação em que o país está a controlar a pandemia”, apesar de ter reiterado a necessidade de “continuar a compensar o aumento dos contactos e da transmissibilidade, porventura também pelas novas variantes, mantendo as regras básicas” de vigilância epidemiológica.

 

Doentes transplantados não têm a mesma resposta imune
Um pequeno estudo realizado por investigadores da Mayo Clinic sugere que alguns pacientes transplantados podem ter uma resposta...

De acordo a carta agora publicada, sete recetores de transplante de órgãos diagnosticados com Covid-19 na Clínica Mayo, na Flórida, seis a 44 dias após receberem uma das vacinas de mRNA que foram autorizadas para uso de emergência pela Food and Drug Administration (FDA). Dois pacientes receberam uma dose e cinco pacientes receberam ambas as doses.

A infeção por Covid-19 foi confirmada em todos os pacientes com um teste de zaragatoa. A equipa de estudo, liderada por Hani Wadei, um nefrologista do Centro de Transplante da Mayo Clinic, revela que cinco dos pacientes tiveram uma infeção suficientemente grave para serem hospitalizados e três necessitaram de oxigénio após a alta.

A equipa de investigação testou a presença de anticorpos da proteína de pico do novo coronavírus em seis doentes transplantados. Dos seis pacientes que foram testados, os anticorpos da proteína do pico foram encontrados em apenas um. O paciente tinha recebido ambas as doses da vacina mRNA 44 dias antes e apresentava um nível baixo de anticorpos. Usando os dados disponíveis da vacinação, Wadei e a sua equipa estimaram que a taxa de infeção nos recetores de transplante de órgãos sólidos vacinados era 10 vezes superior à população em geral, 0,6% contra 0,05%.

"Este estudo abre os olhos à comunidade de transplantes", disse o investigador. "O nosso estudo sugere que os doentes transplantados não têm a mesma resposta imune que a população em geral. Ficaram infetados depois de serem vacinados e de levantarem medidas de proteção, pensando que eram imunes ao vírus."

Os investigadores notam que os doentes transplantados foram excluídos dos estudos atuais da vacina. Outra vacina, baseada em torno de um vetor de adenovírus e autorizada a ser usada pela FDA, não foi revista por investigadores da Mayo neste estudo, uma vez que não estava disponível para os seus pacientes.

"Os cuidados devem continuar a ser implementados em doentes imunossuprimidos vacinados até termos melhores estratégias de vacinação", acrescentou. "Todos os indivíduos, especialmente os doentes transplantados, devem continuar a seguir medidas de proteção, tais como o distanciamento social, o uso de máscaras e a higiene regular das mãos."

Estudantes universitários
“Take Care of Yourself – Os jovens, a vida universitária e a Saúde Mental” realiza-se na próxima quinta-feira, dia 29 de abril,...

A pandemia trouxe mudanças aos diversos setores da sociedade e a academia não foi exceção. Aulas à distância, exames adiados, festas por realizar, tradições académicas em pausa e os convívios e criação de laços reduzidos ao contacto virtual, associado a esta mudança de paradigma, a incerteza predomina em todas as esferas. Neste sentido, a U-Qualify realiza já na próxima quinta-feira, dia 29 de abril pelas 21h00 o webinar “Take Care of Yourself – Os jovens, a vida universitária e a Saúde Mental” com o objetivo de contribuir para uma nova forma de olhar e de estar na vida. Reeducar as rotinas e mudar comportamentos são um fator chave para desenvolver uma mente sã.

José Soares, Professor de Fisiologia na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Marta Carvalho Araújo, Diretora Não-Executiva da Castelbel e João Pereira Leite, coach e especialista em mindfulness, abordarão o “triplo impacto” da pandemia: a visão de quem já passou por um burnout e uma depressão; os efeitos da pandemia na saúde mental e os desafios, aprendizagens e ferramentas para regular os estados emocionais e devolver aos jovens o bem-estar.

“Este é mais um webinar que consideramos que aborda um tema essencial para os estudantes universitários no contexto em que vivemos. Recorde-se que no lançamento da U-Qualify, em dezembro, tivemos uma conferência sobre a Gestão de Stress em tempo de Covid-19’. Estes eventos fazem parte da nossa missão, além de disponibilizarmos formação complementar à académica e o serviço de development advisory, queremos ir mais além,  pretendemos estar mais próximos da comunidade académica e facultar-lhes as ferramentas necessárias para que tenham sucesso no futuro enquanto pessoas e profissionais”, explica Elisabeth Ribeiro, Manager da U-Qualify, acrescentando que todos os meses promovem webinares com temas importantes para os jovens e que estes poderão subscrever a newsletter e consultar a agenda em www.u-qualify.pt para se manterem atualizados e realizarem as melhores escolhas para o seu desenvolvimento.

A inscrição no webinar é gratuita através do link: https://u-qualify.pt/formacao/webinars/take-care-of-yourself.

Recorde-se que a U-Qualify é a unidade de formação da U-World, que foi lançada no final do ano passado e pretende ser um complemento à formação académica não só dos estudantes, mas de todo o universo académico.

Principais conclusões
A GS1 promoveu, nos passados dias 20, 21 e 22 de abril, em suporte digital, a segunda edição da GS1 Healthcare Online Summit,...

Esta iniciativa teve por objetivo a promoção do debate sobre temas relevantes para o setor, em particular, a importância e benefícios da aplicação dos standards GS1 na criação de uma cadeia de abastecimento única e uniforme, a nível global, para todo o setor da saúde.

A pandemia deixou a descoberto algumas das dificuldades sentidas no setor da saúde, muitas delas com impacto transversal, afetando de igual modo países desenvolvidos e algumas das regiões mais pobres do planeta. Algumas das dificuldades apontadas relacionam-se com a distribuição de vacinas, com a necessidade de serialização dos medicamentos, o combate à respetiva contrafação e manipulação, a não uniformização do mercado global ou, simplesmente, a capacidade de assegurar a saúde e o bem-estar, tanto dos pacientes, como das próprias equipas de saúde.

Para debater estes aspetos, a GS1 reuniu representantes de entidades e Governos de todo o mundo, desde a Etiópia aos E.U.A, passando pelo Japão, numa análise a estes desafios. Foram partilhados casos de sucesso relativos à forma como alguns países têm vindo a aplicar os standards GS1 como resposta determinante no aumento da segurança, eficiência e rastreabilidade, explicando como e com que impacto direto na gestão da pandemia e efeito estrutural na criação de uma cadeia global de abastecimento no setor.

Combate à contrafação e manipulação de medicamentos

A implementação de um sistema de Track & Trace foi a solução apresentada por vários speakers para um combate mais eficaz à contrafação e manipulação de medicamentos. Yudha Bramanti, representante da Biofarma – o maior fabricante de vacinas da Ásia do Sul –, implementou um sistema de Track & Trace de vacinas baseado na colocação de códigos GS1 Datamatrix nos frascos de vacinas, nas cartonagens secundárias e nas embalagens terciárias de transporte com GTIN, Lote, Data de Validade e Número de Série. Este sistema, juntamente com a criação de uma plataforma para registo da informação de produto, permitiu, antes de mais, a identificação das unidades primárias, secundárias e terciárias; para além disso, estabelecer as ligações de agregação para transporte; e, por fim, a integração desta informação na base de dados que, por sua vez, integra a base de dados do Regulador. Também Lindsay Tao, da Johnson & Johnson, revelou o trabalho que a farmacêutica tem vindo a desenvolver, culminando num projeto piloto de implementação de standards GS1 – aplicação de GS1 Datamatrix com GTIN – e de uma solução de Track & Trace, end-to-end, com resultados claros para melhor gestão do stock e distribuição de vacinas contra a Covid-19. A J&J pretende, agora, implementar esta solução a larga escala e alargá-la à gestão de todos os seus produtos.

Na esfera pública, a realidade não é muito diferente. Mohd Azuwan Bin Mohd Zubi, da National Pharmaceutical Regulation Authority da Malásia, revela que, naq    uele país, foi o Regulador quem avançou para uma solução complexa de Track & Trace para combater a falsificação e manipulação de medicamentos no mercado nacional. Um sistema assente em quatro pilares fundamentais - Proteção, Cadeia de Abastecimento, Visibilidade e Segurança dos Pacientes - e que, à data de hoje, já conta com uma base de dados central onde estão registados todos os produtos com recurso a GS1 Datamatrix, prevendo, no futuro, a adoção de GDSN – Global Data Synchronization Network. O Ministro da Saúde do Japão, Masayuki Muraoka, trouxe o exemplo do seu país que, de momento, tem 100% das embalagens primárias e secundárias de medicamentos e quase 100% das embalagens terciárias identificadas com GTIN.

Finalmente, Ramy Guirguis, Ph.D., Senior Information Technology Advisor, da US Agency for International Development (USAID), destaca alguns dos problemas que, no caso da USAID, a cadeia registava: fragmentação, duplicação e inexistência de sistema, pelo que se tornava extremamente desafiante ligar todos os elos da cadeia de valor. Esta era uma dificuldade transversal aos vários fornecedores, uma vez que cada um detinha uma identificação própria que não estava alinhada com as dos demais – impedindo a identificação e, naturalmente, a comunicação entre as partes. Por essa razão, em 2014, a USAID iniciou a adoção dos standards GS1 e, desde então, já assistiu a um progresso gigante em termos de supplier compliance, com a maioria dos fornecedores a obedecerem a esta regulamentação e a maioria das encomendas já identificadas com o GTIN.

Colaboração e entreajuda

Apesar dos excelentes resultados trazidos pelos vários representantes a esta cimeira, Xinbing Wang, da Mindray Biomedical, na China, alerta para a dificuldade de os produtores cumprirem todos os requisitos dos diferentes enquadramentos jurídicos adotados nos diferentes mercados, sendo a adoção de sistemas que assegurem o cumprimento dos requisitos regulamentares diferenciados dos vários países, a chave para uniformizar todo o processo.

Essa uniformização anda de mão dada com um outro aspeto reforçado por Leigh Verbois, Ph.D., US Food and Drug Administration, Offi­ce of Drug Security, Integrity, and Response: a colaboração e envolvimento entre os vários atores do setor. Nos E.U.A., muitos produtos acabam por ser distribuídos online, o que os coloca fora da rede legítima de distribuição, daí a relevância da serialização, ressalva. Por outro lado, apenas uma verdadeira uniformização e colaboração entre os demais stakeholders da cadeia de abastecimento, será capaz de facilitar este processo, através daquele que é o bem mais precioso da atualidade: informação, partilhada e acessível.

Assegurar a proteção e o bem-estar dos pacientes e das equipas clínicas

Vários representantes focaram a sua análise na urgência de adoção de mecanismos capazes de assegurar o bem-estar e a segurança dos pacientes e equipas clínicas. Heran Gerba, Director-General, Ethiopia FDA, revela que a segurança do paciente é a prioridade do seu Governo, num país onde a contrafação de medicamentos é um problema com consequências muito graves: 170 000 crianças morrem de pneumonia e 160 000 pessoas de malária. A EFDA é a entidade responsável por um plano estratégico a 10 anos para a implementação de standards globais como mecanismo contra a contrafação. Por outro lado, Anne Snowdon, Director of Clinical Research, HIMSS Analytics, Canadá, reforçou que a adoção dos standards GS1 contribuíram para uma maior agilidade na gestão da pandemia. Um dos aspetos-chave, era o impacto das dificuldades na gestão de stocks de medicamentos e na capacidade de resposta aos pacientes, sentida pelos profissionais de saúde. Note-se que, em 2020, 20% das enfermeiras que trabalhavam no combate à pandemia, no Canadá, despediram-se dos seus locais de trabalho, o que revelou um sentimento de medo e mal-estar entre os profissionais. Nesse sentido, a HIMSS implementou ferramentas de amadurecimento da cadeia de abastecimento clínica integrada que, graças às plataformas digitais, permite a disponibilização de um sistema de informação de saúde para todos os cidadãos – no fundo, é o caminho de futuro da cadeia de abastecimento, com vista à prestação de cuidados de saúde personalizados e precisos, com recurso a codificação GS1.

Restabelecer e reforçar a confiança na indústria farmacêutica

Greg Reh, Global Life Sciences & Health Care Leader, Deloitte, dedicou a sua apresentação ao tema da confiança no setor da saúde. Em concreto, sobre como podemos prever e sustentar um bom nível de confiança no setor, apresentando a adoção de standards e de tecnologia como potenciadores-chave de confiança. Ao longo dos anos, a confiança na indústria farmacêutica – mas, também, nos Governos e entidades como ONG’s –, tem vindo a decrescer. Um cenário que a pandemia reverteu com o desenvolvimento das vacinas, no caso das farmacêuticas, e da forma como Governos e outras entidades foram capazes de unir forças para responder ao desafio. Greg Reh apresentou dados que revelam que logo após a vacina da J&J ter sido suspensa no mercado Norte Americano, mais de 90% da população sabia da suspensão, com 80% a considerar que a FDA estava a agir de forma responsável. Já Peter Lachman, CEO ISQua, reforça, ainda, que para desenvolver confiança é necessário implementar sistemas confiáveis e seguros. Parte desses sistemas assenta na adoção e implementação de standards, que permite homogeneizar os procedimentos e, com isso, melhorar a confiança e articular com rigor a utilização de recursos humanos e científicos. Peter Lachman refere expressamente que o sistema de standards GS1 permite alcançar a confiança através da identificação (de empresas, produtos, localizações, fornecedores, pacientes, etc.), da captura de dados (como códigos de barras e EPCs) e, finalmente, da partilha de informação sensível na prestação de cuidados de saúde ao paciente e na gestão das relações comerciais e institucionais subjacentes, inerentes aos serviços e produtos contratados. Se tomarmos a pandemia como exemplo, verificamos que a aplicação de standards permitiu, por exemplo, aceder a informação global, concreta e fiável sobre a vacina, facilitando a sua gestão, stock e distribuição.

Sobre um próximo cenário pandémico, hipotético, todos os representantes presentes na cimeira deste ano afirmaram unanimemente que, nessa eventualidade, estaremos mais bem preparados e seremos capazes de uma resposta mais rápida e eficaz. Em concreto, a uniformização da cadeia de abastecimento virá permitir uma maior troca de informação, em tempo real, entre os vários pontos dessa cadeia e assegurar um maior volume e qualidade de informação a ser disponibilizada a todas as equipas técnicas.

As conclusões dos painéis dos três dias desta cimeira foram unânimes quanto ao potencial da adoção de standards na cadeia de abastecimento da saúde. A possibilidade de as entidades e Governos disporem, na gestão de uma pandemia, do acesso a uma informação unívoca e global, permitiu combater aspetos concretos tão diversos como a contrafação das vacinas e de medicação chave no combate aos efeitos clínicos resultantes do vírus, ou reforçar a confiança num setor que era maioritariamente entendido como focado no lucro, pouco acessível e caro. Além disso, tornou clara a importância da colaboração entre os vários elos da cadeia de abastecimento e de uma partilha global de informação entre os vários países e entidades. Apenas estando assegurada a confiança no sistema e a comunicação entre as partes, pode o mundo responder a uma crise de dimensão idêntica.

Laboratório Europeu de Biologia Molecular
Num esforço para determinar o potencial para o Covid-19 começar no intestino de uma pessoa, e para entender melhor como as...

"Pesquisas anteriores mostraram que a SARS-CoV-2 pode infetar o intestino", diz Theodore Alexandrov, que lidera um dos dois grupos do Labortório Europeu de Biologia Molecular (EMBL, sigla em inglês) envolvidos na investigação. "No entanto, não ficou claro como as células intestinais montam a sua resposta imune à infeção."

De facto, os investigadores conseguiram determinar o tipo de célula mais gravemente infetada pelo vírus, como as células infetadas desencadeiam uma resposta imune, e - o mais interessante - que o SARS-CoV-2 silencia a resposta imune em células infetadas. Estas descobertas podem esclarecer a patogénese da infeção SARS-CoV-2 no intestino, e indicar por que o intestino deve ser considerado para entender completamente como o COVID-19 se desenvolve e se espalha.

De acordo com Sergio Triana, principal autor e candidato a doutoramento na equipa Alexandrov da EMBL, os investigadores observaram como as células infetadas parecem iniciar uma cascata de eventos que produzem uma molécula de sinalização chamada interferão.

"Curiosamente, embora a maioria das células das nossas mini tripas tivesse uma forte resposta imunológica desencadeada pelo interferão, as células infetadas pela SARS-CoV-2 não reagiram da mesma forma e apresentaram uma forte resposta pró-inflamatória", diz Sérgio. "Isto sugere que o SARS-CoV-2 interfere com a sinalização do hospedeiro para perturbar uma resposta imune a nível celular."

Os coronavírus, incluindo o SARS-CoV-2, causam a infeção ao prenderem-se a recetores proteicos específicos encontrados na superfície de certos tipos de células. Entre estes recetores está a proteína ACE2. Curiosamente, os investigadores mostraram que a infeção não é explicada apenas pela presença de ACE2 na superfície das células, destacando o nosso ainda limitado conhecimento sobre o COVID-19, mesmo depois de um ano de enormes esforços de investigação em todo o mundo.


Os investigadores conseguiram monitorizar o crescimento do vírus em organóides derivados de células intestinais humanas. Áreas cor-de-rosa e vermelhas da infeção SARS-CoV-2. Créditos: Mohammed Shahraz, Sergio Triana/EMBL; Universidade Camila Metz-Zumaran/Heidelberg

À medida que a doença progredia nos organóides, os investigadores usaram sequenciação de ARN unicelular, que envolve várias técnicas para amplificar e detetar o RNA. Entre estas tecnologias unicelulares, o Viso-Seq (TAP-seq) forneceu uma deteção sensível do SARS-CoV-2 em organóides infetados. O grupo de pesquisa de Lars Steinmetz na EMBL desenvolveu recentemente a TAP-seq, que os investigadores combinaram com poderosas ferramentas computacionais, permitindo-lhes detetar, quantificar e comparar a expressão de milhares de genes em células únicas dentro dos organóides.

"Esta descoberta pode oferecer insights sobre como a SARS-CoV-2 se protege do sistema imunitário e oferece formas alternativas de tratá-lo", diz Lars. "Um estudo mais aprofundado pode ajudar-nos a entender como o vírus cresce e as várias formas de impactar o sistema imunitário humano."

Webinars e Podcasts
Webinars decorrem a 28 de abril, 26 de maio, 29 de setembro, 27 de outubro e 24 de novembro, pelas 19h30. Podcasts são a...

A MSD Portugal promove, pelo 3º ano consecutivo, as Be Low Talks, uma iniciativa que reúne nove especialistas nacionais na partilha de conhecimento e na promoção do debate sobre o panorama atual da área de Lípidos e da Doença Vascular em Portugal, com especial destaque para as estratégias terapêuticas. Este ano, em parceria com a plataforma Challenges in Cardiology, as Talks decorrem em formato digital nas últimas quartas-feiras dos meses de abril, maio, setembro, outubro e novembro.

Como grande novidade desta nova edição, serão igualmente promovidos 5 podcasts ao longo de todas as quartas-feiras do mês de junho, que contarão com a direção de João Morais, Diretor do Serviço de Cardiologia e Coordenador do Centro de investigação do Centro Hospitalar de Leiria, e onde serão abordados diversos temas relacionados com a área de lípidos, nomeadamente: “Avaliação laboratorial no domínio dos lípidos. O conceito de “perfil lipídico”, “HDL e triglicerídeos”, “Aterosclerose Subclínica”, “Alterações lipídicas no doente idoso” e “Adesão à terapêutica. Um problema por resolver”.

As Be Low Talks arrancam já no dia 28 de abril, pelas 19h30, com a primeira Talk dedicada ao tema “Da formação da placa ao evento agudo”. Esta sessão contará com a moderação de João Morais e com a colaboração de Carlos Rabaçal, Diretor de Serviço de Cardiologia do Hospital Vila Franca de Xira, e Ricardo Fontes-Carvalho, cardiologista e Diretor do serviço de Cardiologia no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia. 

As sessões de 26 de maio, 29 de setembro, 27 de outubro e 24 de novembro serão dedicadas aos temas “Carga lipídica e risco vascular”, “Relação lípidos e diabetes mellitus”, “Prevenção cardiovascular e terapêutica hipolipemiante - Parte 1” e “Prevenção cardiovascular e terapêutica hipolipemiante - Parte 2”, respetivamente. Estas conferências virtuais contam, ainda, com o contributo dos especialistas Cristina Gavina, José Pereira de Moura, António Ferreira, Francisco Araújo e Marco Costa.

As Talks, marcadas para as 19h30, têm como objetivo promover a discussão e a partilha de experiência e de opiniões entre especialistas de diversas especialidades sobre o estado de arte da área de Lípidos e da Doença Vascular. Os profissionais de saúde que pretendam participar, podem registar-se aqui.

Doença benigna com grande impacto na qualidade de vida
Se sofre permanentemente de congestão ou secreção nasal excessiva, se costuma ter dores de cabeça ou

Pouco conhecida, e com sintomas que facilmente podem ser confundidos com uma simples constipação ou alergia, não é improvável que a Polipose Nasal possa encontrar-se subdiagnosticada. No entanto, esta patologia apresenta um grande impacto na qualidade de vida dos doentes pelo que não deve ser subvalorizada nem negligenciada.

Se nunca ouviu falar nesta doença, a especialista em imunoalergologia, Ana Reis Ferreira, explica o essencial sobre o tema, nomeadamente os sinais a que deve estar atento: “a Polipose Nasal é uma doença caracterizada pelo aparecimento de pequenos tumores benignos (pólipos) dentro das cavidades nasais e dos seios peri-nasais (cavidades que existem à volta das fossas nasais). Estes tumores causam obstrução do nariz” e levam ao desenvolvimento de sintomas como “nariz entupido permanente, tendo os doentes que respirar pela boca pois o ar não consegue passar pelo nariz; ausência de olfato e por vezes de paladar; dores de cabeça tipo peso ou pressão na região da testa e/ou sobrancelhas e dor na face; e secreções nasais frequentes, por vezes com mau cheiro, que resultam da infeção nos seios perinasais”.

“Como se pode verificar pela descrição dos sintomas, é como ter uma constipação forte que nunca resolve. Estes sintomas têm uma grande interferência no sono (devido à obstrução permanente do nariz) e um grande impacto na qualidade de vida - já imaginou não conseguir sentir o cheiro ou o sabor dos alimentos?”, acrescenta a especialista.

De acordo com Ana Reis Ferreira, “os pólipos nasais surgem habitualmente quando existe rinossinusite, ou seja, inflamação crónica das cavidades do nariz”. Esta inflamação pode ser causada por alergias (rinite alérgica) ou por alterações estruturais do nariz. No entanto, salienta que “a polipose nasal é mais frequente nos doentes com asma, especialmente nos que também apresentam hipersensibilidade aos anti-inflamatórios”, contribuindo para o agravamento e difícil controlo desta doença crónica.

Embora a Polipose Nasal possa surgir em qualquer faixa etária, a especialista adianta que, na infância, os casos são raros e estão associados a doenças mais graves como a fibrose quística. De um modo geral, esta doença benigna é mais frequente acima dos 40 anos.

O seu diagnóstico “é baseado nos sintomas do doente, na visualização de pólipos nas cavidades nasais e nos resultados na tomografia computorizada (TAC) dos seios peri-nasais”, no entanto, a especialista adverte que a maioria dos casos só são identificados em fases avançadas e mais difíceis de tratar. “Quando os pólipos se começam a desenvolver nas cavidades nasais, o doente sente obstrução do nariz, dor de cabeça e diminuição do olfato, que vão agravando com o tempo. Mas como estes sintomas são muitas vezes confundidos com uma constipação, os doentes tendem a desvalorizar os sintomas e habitualmente só procuram o médico quando a doença já é bastante extensa e mais difícil de tratar”, assinala. Por isso, há que estar atento!

No que diz respeito ao tratamento, a imunoalergologista revela que este passa, inicialmente, “pelo uso de sprays nasais contendo anti-inflamatórios (corticoides)”. “Se o tratamento falhar, poderá ser necessário realizar cirurgia para remoção dos pólipos”, acrescenta. Esta consiste “na retirada dos pólipos das cavidades nasais e limpeza dos seios perinasais, visto que a polipose nasal está habitualmente associada a infeção nos seios perinasais. Nos doentes com alterações na estrutura do nariz que podem facilitar o desenvolvimento de rinossinusite e pólipos nasais (desvio do septo nasal, por exemplo), estas alterações também são corrigidas cirurgicamente, para diminuir o risco de recidiva”.

No entanto, e uma vez que os pólipos têm tendência a recidivar, há casos em que “poderá estar indicada a prescrição de fármacos biológicos, como o Dupilumab, que vão controlar as alterações imunológicas que levam à formação dos pólipos, diminuindo o seu tamanho e/ou impedindo as recidivas após a cirurgia”.

Entre os principais cuidados, a especialista alerta para a necessidade de seguir o plano terapêutico proposto pelo médico, bem como outras recomendações, “mantendo tratamento e seguimento regulares, para evitar a progressão da doença”.

Importa ainda referir que, apesar desta ser uma doença benigna e “causar grande mal-estar e diminuição da qualidade de vida dos doentes, não tem habitualmente tendência à malignização”. No entanto, não deve ser desvalorizada: “a polipose nasal é uma doença crónica que interfere de forma muito negativa na vida dos doentes, diminuindo a qualidade do sono e o seu descanso, a sua produtividade no trabalho e aumentando a gravidade outras doenças, como a asma. Para além disso, retira ao doente a capacidade de desfrutar dos pequenos grandes prazeres da vida, como apreciar uma saborosa refeição ou sentir o cheiro de um bolo acabado de sair do forno”, reforça Ana Reis Ferreira.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Epi-Asthma vai caracterizar perfil do doente e prevalência da asma
O Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS), da Universidade do Minho (UMinho), o Centro de Investigação em...

Neste projeto, o ICVS/UMinho e o CINTESIS/FMUP são responsáveis pela supervisão do registo e análise dos dados, pela interpretação dos resultados e respetiva divulgação, com total independência científica.

Já a AstraZeneca será responsável pela definição da estrutura, o enquadramento e a robustez necessária à realização do estudo, com vista à mobilização dos peritos, investigadores e departamentos técnicos adequados. O EPI-ASTHMA conta ainda com uma Comissão Científico-Estratégica, da qual fazem parte Jaime Correia de Sousa (ICVS/UMinho), João Fonseca (CINTESIS/FMUP) e Filipa Bernardo (AstraZeneca).

A implementação do estudo irá decorrer em todo o território continental, a partir do mês de abril, e contará com uma unidade móvel em articulação com médicos de 38 unidades de saúde dos cuidados primários de todo o país - as responsáveis pelo telefonema convite para participação no estudo aos portugueses. Prevê-se que o trabalho de campo seja concluído no final de 2022 e que os resultados sejam apresentados no decorrer do estudo por região e no final.

Para este, que é um claro exemplo de articulação entre a academia e a indústria farmacêutica, todas as ARS irão ser brevemente contactadas, no sentido de aprovarem o desenvolvimento do estudo.

 

Alertar para uma doença incurável
No âmbito do Dia Mundial a Hipertensão Pulmonar (5 de maio), a Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP) vai...

A Hipertensão Pulmonar (HP) é uma doença incurável e raramente diagnosticada numa fase precoce, devido à pouca consciencialização da população sobre a patologia e pelo facto de a sua sintomatologia ser comum a muitas outras doenças de origem pulmonar, neurológica e cardiovascular.

Pretendemos, com esta iniciativa de caráter pedagógico, reforçar a importância de informar a população sobre a HP e promover um diálogo aberto entre profissionais de saúde, doentes e cuidadores, criando um espaço de partilha para o esclarecimento de dúvidas que surgem frequentemente no quotidiano destas pessoas”, reforça Maria João Canas Saraiva, presidente da APHP.

Acessível a todos os interessados, o ciclo de webinares será transmitido na página de Facebook da APHP (https://www.facebook.com/hipertensaopulmonarportugal) e será realizado com o apoio da Ferrer e da Janssen. O painel de oradores contará com a intervenção de especialistas e profissionais na área da HP e o programa de cada evento estará disponível em www.aphp.pt.

 

Webinar
O INFARMED organiza, nos dias 29 e 30 de abril, uma conferência internacional que vai juntar os principais agentes europeus e...

A Comissária para a Saúde da Comissão Europeia, Stella Kyriakides participa no evento virtual que contará, na a abertura da Conferência, com o Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus.

Em representação do Governo Português estará a ministra da Saúde, Marta Temido e o Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes. O presidente do INFARMED, Rui Santos Ivo, intervirá igualmente na Conferência.

De acordo com o comunicado do INFARMED, vão estar ainda “presentes alguns dos responsáveis que no último ano assumiram um maior protagonismo na esfera pública devido à pandemia como a diretora executiva da Agência Europeia do Medicamento (EMA), Emmer Cooke, e o seu vice-diretor, Noël Wathion”.

Os participantes terão ainda a oportunidade de escutar o Diretor da Direção-Geral da Saúde da CE, Andrzej Rys, o Presidente do Fórum Europeu dos Pacientes, Marco Greco e o Presidente das Autoridades Competentes para os Dispositivos Médicos, Thomas Wejs Møller.

Sob o tema “Disponibilidade, Acessibilidade e Sustentabilidade dos Medicamentos e Dispositivos Médicos” (que dão nome aos 3A’s da Conferência - Availability, Accessibility and Affordability), esta “conferência tem como objetivo debater em concreto os tópicos assumidos como prioritários nesta área pela Presidência Portuguesa de forma a construir uma posição convergente entre os participantes que permita depois apresentar um conjunto de medidas concretas a adotar como conclusões do Conselho da União Europeia”.

“Desde o início do ano que que a Presidência Portuguesa, através do Ministério da Saúde e do INFARMED tem defendido e trabalhado para contribuir para a construção de uma União Europeia da Saúde, enquadrada na implementação da Estratégia Farmacêutica para a Europa, recentemente adotada pela Comissão Europeia, e tem dado passos para apoiar o reforço do papel das agências europeias e a sua coordenação com as agências nacionais dos Estados-Membros”, acrescenta em comunicado.

Assim, este evento foi desenhado de maneira a promover a cooperação e colaboração entre os Estados-Membros da EU. Durante os dois dias da Conferência, os participantes vão abordar as políticas de preço e comparticipação, o custo-benefício dos medicamentos, como os apoios públicos se traduzem no preço, colaboração regional, além da transparência ao longo da cadeia de valor e da sustentabilidade dos sistemas de saúde europeus.

“Vai procurar igualmente as novas e melhores formas de garantir o acesso e a acessibilidade em áreas onde existem necessidades não satisfeitas e como melhorar o lançamento no mercado de produtos autorizados centralmente”, pode ler-se.

 

Webinar ‘Sobreviver ou Viver com Asma’ alerta para riscos do excesso de medicação
Sobreviver ou viver com asma? A questão coloca-se a muitas pessoas com asma que, apesar de preferirem a segunda hipótese, são...

Um encontro com transmissão nas páginas de Facebook da Associação Portuguesa de Asmáticos (APA), da AstraZeneca Portugal, do Registo de Asma Grave Portugal (REAG), da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica e da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.

Moderado pela jornalista Fernanda Freitas, as apresentações do webinar estarão a cargo dos especialistas, Mário Morais de Almeida e Helena Pité, da APA. João Marques, imunoalergologista, irá falar sobre ‘As novas evidências no tratamento da asma e a problemática do uso excessivo de corticoterapia oral’, ao qual se segue Isabel Manita, endocrinologista, que terá a seu cargo a tarefa de explicar ‘O impacto da utilização de corticosteroides orais frequentemente e/ou a longo prazo’ e José Costa, pneumologista, que irá apresentar as ‘Estratégias para um tratamento de sucesso’.

‘Viver com asma’ é uma experiência que Maria Manuela Lopes conhece bem e que irá partilhar, na primeira pessoa, e à qual se seguirá um momento de perguntas e respostas, com o esclarecimento de dúvidas por parte dos palestrantes.

 

 

Nova terapia tem forte impacto na saúde mental
O stress é conhecido por ser um dos responsáveis por vários problemas de saúde: pode levar à hipertensão, obesidade, ansiedade,...

De acordo com esta investigação, uma revisão sistemática e meta-análise que avaliou o impacto desta terapia na saúde mental, recorrendo a 20 estudos realizados na Ásia e na Europa com mais de duas mil pessoas, a Forest Therapy é eficaz no combate à depressão, ansiedade e stress.

Mas há mais. Um segundo estudo, publicado também em 2020, mas na revista científica Urban Forestry and Urban Greening, confirma que esta prática aumenta a criatividade. O teste foi feito com os participantes de um workshop de Forest Therapy, de três dias de duração, e revelou que estes exibiram um aumento de 27% no desempenho criativo, um aumento ao nível das emoções positivas e uma diminuição das emoções negativas.

Foi em 1980 que nasceu o shinrin-yoku, expressão japonesa que se traduz, literalmente, por "banho na floresta" e que surge para ajudar a combater o cansaço e o stress associados a uma vida acelerada, através de um convite a desacelerar e a fazer uma ligação a todos os sentidos, o que permite uma conexão com a natureza e com todo o nosso ser. Desde então, deixou de ser um exclusivo da nação nipónica para se espalhar um pouco por todo o mundo, tornando-se um verdadeiro fenómeno de bem-estar mundial.

De tal forma, que são já os médicos a receitar este ‘medicamento’. Na Escócia, um projeto implementado em 2018, em Shetland, numa parceria entre o serviço nacional de saúde local e a Real Sociedade para a Proteção das Aves escocesa, permitia que os médicos de família “prescrevessem” a natureza como parte do tratamento dos seus doentes. Um tema que, um ano depois, voltou a dar que falar, mas em Inglaterra, onde o Woodland Trust sugeriu a inclusão da Forest Therapy na lista de terapias e atividades recomendadas por médicos de clínica geral para aumentar o bem-estar dos seus pacientes.

Por cá, a Forest Therapy começa a dar os seus passos graças à Renature, a primeira empresa a trazer para o País os benefícios desta prática, que oferece a possibilidade de ajudar a restabelecer o equilíbrio do nosso sistema nervoso, promovendo saúde e bem-estar. Ao mesmo tempo, funciona como um escape para o stress do dia-a-dia, afirmando-se cada vez mais como uma ferramenta para gestores e equipas.

“São vários os estudos que confirmam o impacto da Forest Therapy na nossa saúde e bem-estar”, confirma Maria do Carmo Stilwell, guia certificada e Formadora de Guias de Forest Therapy e a fundadora da Renature, que trabalha em 14 florestas, bosques e parques naturais como o Parque Natural de Sintra-Cascais, Monsanto, Boomland, a Mata Nacional do Buçaco, o Parque Natural da Arrábida, o Parque Natural da Serra da Estrela, o Parque Natural Peneda-Gerês, a Serra do Caramulo, a Serra da Lousã ou o Parque Natural Montesinho. “A ciência já demonstrou que o ambiente da floresta pode diminuir a pressão arterial, a frequência cardíaca, os níveis da hormona do stress, ansiedade, depressão, raiva, fadiga e confusão”, acrescenta.

Terapia baseada em anticorpos
Investigadores australianos identificaram nanocorpos neutralizantes que impedem o vírus SARS-CoV-2 de entrar em células de...

Publicada no PNAS, a investigação reúne a experiência de líderes académicos australianos em doenças infeciosas e terapêuticas anticorpos no WEHI, no Instituto Doherty e no Instituto Kirby.

De acordo com os investigadores, os anticorpos são proteínas-chave que combatem infeções no nosso sistema imunitário, tendo a particularidade de se ligarem a outras proteínas.

As terapias baseadas em anticorpos, ou 'biológicas', aproveitam esta propriedade de anticorpos, permitindo-lhes ligar-se a uma proteína envolvida na doença.

Os nanocorpos, explicam, são anticorpos únicos - pequenas proteínas imunitárias - produzidos naturalmente em alpacas como resposta à infeção.

Como parte da pesquisa, um grupo de alpacas na região de Victoria, na Austrália, foram imunizadas com uma parte sintética e não infeciosa da proteína-pico do SARS-CoV-2, de modo a gerarem nanocorpos contra este vírus.

O Professor Associado do WEHI, Wai-Hong Tham, que liderou a investigação, disse que a criação de uma plataforma de nanocorpo no WEHI permitiu uma resposta ágil para o desenvolvimento de terapias baseadas em anticorpos contra a Covid-19.

"A proteína de pico sintético não é infeciosa e não faz com que as alpacas desenvolvam doenças - mas permite que as alpacas desenvolvam nanocorpos", disse.

"Podemos então extrair as sequências genéticas que codificam os nanocorpos e usá-los para produzir milhões de tipos de nanocorpos em laboratório, e depois selecionar os que melhor se ligam à proteína do pico”, acresentou.

O investigador disse ainda que, no âmbito deste estudo, os principais nanocorpos que bloqueiam a entrada do vírus foram então combinados num "cocktail nanocorpo".

"Ao combinar os dois nanocorpos líderes neste cocktail de nanocorpo, conseguimos testar a sua eficácia ao bloquear a entrada do vírus SARS-CoV-2 nas células e reduzir as cargas virais em modelos pré-clínicos", disse.

E acrescentou: "No rescaldo da Covid-19, há muita discussão sobre a preparação da pandemia. OS nanocorpos que são capazes de se ligar a outros beta-coronavírus humanos - incluindo SARS-CoV-2, SARS-CoV e MERS - podem revelar-se também eficazes contra futuros coronavírus”.

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