Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI)
Iris Silva, investigadora do Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI) na Faculdade de Ciências da...

“É um prémio muito prestigioso, em que vários clínicos e investigadores europeus se candidatam, e reflete o trabalho que tenho feito em tentar encontrar terapias para doentes com Fibrose Quística que têm mutações mais raras. Estes doentes são quase sempre excluídos de ensaios clínicos, e por isso não têm opções terapêuticas, e têm que viver com esta doença muito debilitante”, diz a jovem investigadora cujo trabalho se baseia no uso de amostras de doentes [organoides intestinais (mini intestinos), e células nasais e de pulmão] para analisar a resposta a fármacos, numa abordagem de medicina personalizada.

Após concluir o doutoramento na Universidade do Algarve e no Centro Hospitalar Universitário do Quebéc, no Canadá, Iris Silva começou a trabalhar para o grupo da professora Margarida Amaral na Ciências Ulisboa. Em 2018 Iris Silva venceu pela primeira vez este prémio com o seu trabalho sobre a caracterização de mutações mais raras nestes doentes e que correspondeu ao primeiro ano em que trabalhou na área da Fibrose Quística. Este ano volta a ser distinguida pela ECFS por fazer parte de um consórcio europeu chamado HIT-CF e que pretende analisar a resposta a novos moduladores de outras empresas farmacêuticas em indivíduos com mutações raras, para as quais nenhum dos medicamentos da Vertex está aprovado, e incluí-los em ensaios clínicos que vão determinar a sua eficácia real. “Isto abre a porta a estes indivíduos que são completamente excluídos de outros ensaios clínicos por terem uma representatividade tão baixa, e que tenham acesso a terapias que vão transformar completamente as suas vidas”, refere Iris Silva.

A Fibrose Quística é uma doença genética causada por mutações no gene da CFTR, em que as pessoas têm uma diminuição da esperança média de vida maioritariamente devido a problemas pulmonares; e uma diminuição da qualidade de vida, devido a todos os tratamentos que têm de fazer (fisioterapias, antibióticos, internamentos hospitalares). Mais recentemente foram desenvolvidos fármacos apelidados de Moduladores da CFTR, que consistem em pequenas moléculas que alteram o defeito básico das mutações no gene da CFTR.

“A Agência Europeia do Medicamento já aprovou quatro desses medicamentos - Kalydeco, Orkambi, Symkevi, Kaftrio -, todos da empresa farmacêutica Vertex, mas em Portugal apenas os primeiros três estão aprovados, apesar de se saber que os efeitos do Kaftrio são extraordinários quando comparados com os outros três. O preço destes medicamentos é altíssimo, o que os torna inacessíveis à maior parte dos países/pessoas (cerca de 180.000 euros/ano/pessoa)”, alerta Iris Silva.

 

A cerimónia de atribuição do prémio realiza-se hoje
Bruna Coelho, aluna do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC...

Instituído pela família de Francisco Tavares Rosa, o prémio é promovido pelo Departamento de Antropologia da Escola de Ciências Sociais e Humanas do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE) e visa distinguir anualmente trabalhos na área científica da Antropologia sobre o transtorno mental em Portugal.

O prémio distingue trabalhos de estudantes, «individuais ou coletivos, de todos os ciclos de formação em Antropologia de instituições de ensino portuguesas, que incidam sobre o transtorno mental na sociedade portuguesa».

No trabalho vencedor da edição deste ano, intitulado “Uma Imagem Vale Mais que Mil Palavras: Utilização de Brain Imaging em Livros de Autoajuda”, Bruna Coelho explora o papel das Brain Images produzidas por tecnologias de imagem digital na atribuição de autoridade aos discursos presentes nos livros de autoajuda.

Bruna Coelho está atualmente a desenvolver um projeto de mestrado de antropologia social-cultural na FCTUC sob a orientação do docente Gonçalo D. Santos, designado: “Public Toilets in the Feminine: Portuguese Female Users' Perspectives on Public Toilets and the International Movement Calling for Adoption of Gender Norms”.

A cerimónia de atribuição do prémio realiza-se hoje, 30 de abril, às 18 horas, em formato online, através da plataforma Zoom: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/85947486273?pwd=MTByWVJ5VjhvZ01QQUlEZWRJYkNyZz09

 

Eficácia e segurança asseguradas
Investigadores de Taiwan, da Universidade Jen Catholic e dos hospitais Kaohsiung Veterans, MacKay Memorial Hospital e National...

Neste artigo, os autores procedem a uma revisão sistemática e meta-análise de 5 ensaios clínicos aleatorizados, incluindo 13544 doentes, com o objetivo de avaliar a eficácia clínica e a segurança de Remdesivir.

Observou-se um impacto positivo do tratamento com Remdesivir nos doentes hospitalizados com COVID-19, conclusão que foi suportada pelos resultados clínicos nestes doentes, quando comparados com os grupos controlo.

Assim, segundo os dados obtidos, estes doentes apresentaram uma maior probabilidade de melhoria clínica, maior probabilidade de terem alta hospitalar, tendo-se conseguido reduzir o tempo entre a melhoria clínica e a recuperação.

Por outro lado, esta meta-análise permitiu sustentar que existe um menor risco de mortalidade e de ocorrência de acontecimentos adversos graves

De acordo com um comunicado, “os resultados desta análise corroboram os resultados de meta-análises já publicadas, que apenas incluíam aproximadamente 2000 doentes, e considera não só o relatório final do ACTT-1 (estudo da iniciativa do NIAID do NIH que está na origem da aprovação e indicação de Remdesivir), mas também os resultados do estudo Solidarity da OMS”

Remdesivir pode, deste modo, contribuir para uma melhoria dos resultados clínicos em doentes hospitalizados com COVID-19, ficando demonstrado o seu papel promissor no tratamento desses doentes.

O artigo “Eficácia clínica e segurança do remdesivir em doentes com COVID-19: uma revisão sistemática e meta-análise em rede de ensaios clínicos controlados e aleatrorizados”, publicado Journal of Antimicrobial Chemotherapy, pode ser lido aqui: https://academic.oup.com/jac/advance-article/doi/10.1093/jac/dkab093/6184581

 

 

A fisioterapia assume um papel muito importante
A Espondilite Anquilosante é uma doença crónica que tem uma evolução progressiva, por vezes com surt

Incluída num grupo de doenças designadas por Espondilartrites, a Espondilite Anquilosante é uma doença reumática crónica, de natureza inflamatória, mais frequente entre o sexo masculino. Começo por lhe perguntar quais as principais manifestações da doença e a que sinais devemos estar atentos?

O quadro clínico típico das Espondilartrites, onde a Espondilite Anquilosante (EA) está incluída, carateriza-se por dor na coluna lombar com caraterísticas inflamatórias. A dor surge depois de longos períodos de repouso e sobretudo pela madrugada, acordando o doente na segunda metade da noite e obrigando-o a mudar de posição ou a levantar-se da cama. Ao acordar (ou após algum período de repouso), o doente sente que a coluna está “presa para se movimentar” (rigidez), com duração geralmente de 30 minutos, referindo dificuldade para executar alguns movimentos, como por exemplo calçar as meias. A dor e a rigidez vão desaparecendo com a atividade física ao longo da manhã ou do dia. O envolvimento de outros segmentos da coluna, como a coluna cervical e dorsal, também é comum, instalando-se de forma ascendente a partir da coluna lombo-sagrada (fundo das costas). Com a evolução da doença, podem surgir limitações para realizar determinados movimentos, como por exemplo virar o pescoço para olhar para trás ou inclinar o tronco para a frente, para apanhar um objeto caído no chão.

As articulações periféricas podem ser afetadas em qualquer altura da evolução da doença e tipicamente envolvem os membros inferiores (ancas, joelhos, tornozelos e pés). Traduz-se por artrite (inflamação, dor e inchaço da articulação) e por vezes, no caso do joelho, pode haver líquido dentro da articulação. Outra das manifestações, é a inflamação das entésis (entesite), inflamação no local onde os tendões e/ou os ligamentos se inserem no osso, que pode ocorrer em múltiplas localizações, sendo as mais frequentes a inflamação do tendão de Aquiles (tendinite de Aquiles) e da planta do pé na região do calcanhar (fasceíte plantar).

Para além das manifestações músculo-esqueléticas, as Espondilartrites podem apresentar outro tipo de envolvimento, que surge habitualmente depois das manifestações articulares podendo, contudo, precedê-las e constituir o primeiro sinal da doença. São o envolvimento do olho (uveíte anterior) que se carateriza por olho vermelho e doloroso, geralmente unilateral, com visão turva; envolvimento da pele e das unhas (psoríase) – lesões avermelhadas e descamativas; envolvimento do intestino (doença inflamatória do intestino) caraterizado por dejeções diarreicas com muco e/ou sangue e envolvimento cardíaco (insuficiência da válvula aórtica). Outra queixa muito comum nestas doenças é a fadiga.

A partir de que idade podem estes sintomas surgir?

As primeiras manifestações da doença ocorrem habitualmente durante a 2ª ou 3ª década de vida, mas também podem ocorrer na infância ou no idoso.

Como se trata a Espondilite Anquilosante? E qual a importância da adesão à terapêutica?

O tratamento do doente com EA, independentemente do tipo de envolvimento, deve ser individualizado, doente a doente, e exige a combinação de medidas gerais, não farmacológicas (natação, hidroginástica, fisioterapia, cessação tabágica), com medidas farmacológicas. Os anti-inflamatórios não esteroides são os fármacos de primeira linha em todos os tipos de envolvimento. No caso do envolvimento articular periférico, são utilizados fármacos modificadores da atividade da doença como é o caso da sulfassalazina, metotrexato, entre outros. Os fármacos biológicos, medicamentos dirigidos contra moléculas intervenientes no processo inflamatório, são uma alternativa para os doentes que não respondem aos tratamentos anteriores. Existem vários disponíveis em Portugal, cuja segurança foi amplamente demonstrada sempre que são cumpridas as devidas recomendações para a sua utilização.

A adesão à terapêutica é fundamental para controlo da doença e para melhoria da qualidade de vida, mas para se obter uma boa adesão é necessário que o doente conheça a sua doença, aprenda a lidar com os sintomas, desenvolva estratégias de adaptação da doença à sua vida pessoal, familiar e profissional. Um doente bem informado é um doente bem tratado (reflete-se na melhor adesão ao tratamento e maior aceitação às recomendações feitas na consulta).

Qual o papel da fisioterapia para o bom prognóstico da doença? Todos os doentes com EA devem fazer fisioterapia?

A fisioterapia assume um papel muito importante nesta doença, no sentido de preservar a mobilidade e uma postura correta e realizar exercícios respiratórios de expansão torácica. As recomendações portuguesas e europeias recomendam a realização de fisioterapia. Contudo, temos sempre de considerar o melhor tratamento para aquele doente em particular e podem ocorrer situações em que a realização de fisioterapia não é possível. Por exemplo, em pandemia pode ser difícil conseguir vaga para fazer fisioterapia, dada a redução do número de doentes em sala ou o doente ter de se deslocar vários quilómetros para ter acesso à fisioterapia. Nestes casos, deverá ser privilegiado o exercício físico. Este deve ser ensinado ao doente, para ser depois efetuado diariamente em casa, após o banho para atenuar a rigidez. Deve ser interrompido quando provoca dor, pois exercícios mal realizados são ineficazes e podem ser até prejudiciais.

Sabendo que esta é uma doença de evolução imprevisível, quais os principais cuidados que os doentes devem ter no seu dia-a-dia, após o diagnóstico?

É muito importante a cessação tabágica (deixar de fumar), caso o doente seja fumador, pois está demonstrado que os doentes que fumam tem uma evolução mais grave da doença, comparativamente aos doentes que não fumam. A prática de exercício físico (natação, de preferência em piscina aquecida, hidroginástica/hidroterapia) é fundamental, no sentido de preservar a mobilidade e prevenir a perda funcional.

O doente com EA deve ter uma alimentação saudável, rica em fruta e legumes e pobre em gorduras, de forma a evitar o excesso de peso que leva à sobrecarga da coluna vertebral.

O cumprimento da medicação prescrita é fundamental para controlar a atividade da doença e prevenir alterações estruturais.

Quais os cuidados a ter com a postura? (por exemplo que erros deve evitar ao longo do dia: quando se senta, quando se deita, pode levantar pesos?)

É muito importante, ao acordar, tomar um duche quente e prolongado para aliviar a rigidez matinal e se possível, fazer alguns exercícios para mobilização da coluna. Quando está sentado ou em pé, deve tentar manter uma postura verticalizada, evitando a inclinação do tronco para a frente. Deve evitar estar sentado muitas horas seguidas, levantando-se de vez em quando. O repouso noturno deve ser, se possível, em cama dura e de barriga para baixo. Se não conseguir, pode dormir de costas, sem almofada ou com uma almofada pequena, só para apoio do pescoço. Deve evitar dormir de lado. Deve tentar estar a primeira meia hora quando se deita, de barriga para baixo. Pode começar com cinco minutos e aumentar gradualmente até chegar aos 30 minutos.

O doente com espondilite pode praticar desporto? Quais as modalidades ou exercícios mais aconselhados? Que mitos existem relativamente a este tema?

O doente com espondilite pode e deve praticar desporto, tem é de escolher o desporto adequado à sua doença. Os desportos de contacto (futebol, golfe, rugby, hóquei, basket, etc) não são recomendados. A natação, de preferência em piscina aquecida, hidroginástica e andar de bicicleta (com os apoios de mãos elevados de forma a evitar a inclinação para a frente do tronco) são exercícios recomendados.

No âmbito do dia Mundial da Espondilite Aquilosante, quais as mensagens-chave?

  • A EA não é uma doença reumática do idoso. É uma doença reumática do individuo jovem e que tem tratamento eficaz.
  • A dor na coluna lombar que surge durante a madrugada, interfere com o repouso e obriga o individuo a levantar-se da cama, deve ser motivo de consulta no médico de família para que este possa referenciar à consulta de Reumatologia, no hospital da área de residência.
  • Olho vermelho e doloroso pode ser a primeira manifestação de EA num individuo jovem.
  • É possível fazer uma vida normal e ter o diagnóstico de EA.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Até ser atingida imunidade de grupo
No final do Conselho de Ministros que decidiu o avanço nas medidas duranta a próxima fase, António Costa, previu que o uso de...

Em declarações aos jornalistas, o primeiro ministro relembrou que a Assembleia da República “tem vindo a renovar e a prorrogar a obrigatoriedade do uso de máscaras” ao longo dos últimos meses, por isso é muito provável que esta recomendação se mantenha durante os próximos meses, isto porque será o grau de imunização de grupo que vai decidir quando a medida cai.

“Não quero antecipar o que vai estar previsto no plano, mas, se tivéssemos de fazer uma aposta, diria que em 99,999999% a probabilidade é que a obrigatoriedade do uso de máscara se prolongue até atingirmos pelo menos o grau de imunização de grupo no final de verão. Pelo menos até aí, seguramente, mas não me quero antecipar”, justificou.

 

DGS
O Programa Nacional de Vacinação (PNV) atingiu ou ultrapassou, no último ano, coberturas de 95% até aos 7 anos em todas as...

De acordo com a DGS, em 2020, apesar das evidentes mudanças nos serviços de saúde em contexto de pandemia por Covid-19, o PNV manteve-se forte: 99% das crianças nascidas em 2019 foram vacinadas com as vacinas recomendadas no PNV.

Quanto à vacina contra o sarampo, a rubéola e a parotidite epidémica (VASPR), a DGS revela que esta “continua a cumprir todas as metas nacionais e internacionais do Programa de Eliminação do Sarampo e da Rubéola”. A sua cobertura vacinal mantém-se nos 99% aos 2 anos e nos 95% ou mais, a partir dos 6 anos.

Também a vacinação de adolescentes do sexo feminino, com o esquema completo da vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV), mantém-se muito elevada, sendo esta igual ou superior a 95% a partir dos 14 anos de idade.

Os dados revelam ainda que a cobertura vacinal da grávida, contra a tosse convulsa, continua muito elevada, estimando-se que este ano tenha chegado aos 90%.

A vacinação do adolescente e do adulto com a vacina contra o tétano e difteria (Td) chegou aos 96% aos 14 anos e aos 80% aos 65 anos.

 

Investimento
A Moderna anunciou ontem que planeia aumentar a capacidade de produção, através de investimentos internos e externos, que lhe...

De acordo com a Moderna, o objetivo de produzir até 3 mil milhões de doses depende da vacina autorizada COVID-19 ao nível da dose de 100 mcg e de doses potencialmente mais baixas das candidatas a vacina para outras variantes e vacinas pediátricas. "Ouvimos dos governos que não existe tecnologia que forneça a elevada eficácia das vacinas mRNA e a velocidade necessária para se adaptar às variantes, permitindo ao mesmo tempo uma escalabilidade fiável do fabrico", acrescentou Bancel.

Aumento da capacidade em Lonza e Rovi

A Moderna adiantou que, externamente, irá duplicar o investimento de produção em Lonza, na Suíça, e em Rovi, Espanha. Entretanto, o investimento interno conduzirá a um aumento de 50% da substância farmacêutica nas instalações da Moderna nos EUA. Bancel disse que a expansão custará biliões de dólares, sem fornecer um valor exato.

No mesmo dia, a empresa indicou que espera fabricar entre 800 milhões e mil milhões de doses de mRNA-1273 este ano, acima de uma previsão anterior de pelo menos 700 milhões de doses. Moderna notou que os últimos aumentos são além do recente aumento anunciado na formulação, bem como da capacidade de preenchimento e acabamento nos EUA com Catalent e Sanofi.

 

 

GlobalData
O mercado ortopédico está preparado para um aumento de aquisições à medida que as empresas procuram reforçar as suas posições,...

Kamilla Kan, Analista Médica da GlobalData, comenta: "A recolha de dados e a análise de dados serão cruciais para os principais líderes de mercado ortopédicos. A pandemia COVID-19 não só acelerou a integração da recolha de dados no mercado ortopédico, como também proporcionou a oportunidade de recolher dados valiosos num período sem precedentes. Com mais empresas a começarem a implementar novas tecnologias e ferramentas, o mercado de dispositivos médicos vai assistir a um aumento de investimento e oportunidades nos próximos anos."

A GlobalData projeta que o valor de mercado global para dispositivos ortopédicos vai crescer a uma taxa de crescimento anual composta de 4% para atingir os 64 mil milhões de dólares até 2025, impulsionada pelo aumento das aquisições no espaço ortopédico nos últimos meses.

Kan acrescenta: "Com a pandemia COVID-19 a causar atrasos nas cirurgias eletivas e a impactar negativamente o mercado dos implantes, as principais empresas têm tomado abordagens inovadoras para reforçar as suas posições."

 

 

Localizada no centro de Lisboa
A CUF reforça o seu posicionamento na área da saúde com a abertura de uma nova clínica, dedicada exclusivamente à Medicina...

Com uma equipa composta por 16 médicos, esta nova unidade disponibiliza tratamentos multidisciplinares integrados, de acordo com as necessidades dos clientes, de todas as áreas da Medicina Dentária, nomeadamente: Dentisteria; Reabilitação e Estética Dentária; Cirurgia Oral; Implantologia; Ortodontia; Odontopediatria; Endodontia; Periodontologia; Higiene Oral; Medicina Dentária do Sono e Medicina Oral.

Equipada com tecnologia diferenciada, a nova clínica garante acompanhamento contínuo desde o primeiro momento, conforto, segurança, qualidade clínica e disponibiliza acordos com seguradoras e condições de financiamento.

A equipa da Clínica CUF Medicina Dentária Braamcamp desenvolverá a sua atividade clínica, sempre que os planos de tratamento assim o exijam, em estreita articulação com as diferentes áreas de cuidados e equipas do Hospital CUF Tejo, localizado em Alcântara.

Para além da garantia dos cuidados prestados, suportados pelas melhores equipas e equipamentos médicos, a clínica está situada numa zona com excelentes condições de acessibilidade - na Rua Braamcamp nº 40 B, e com horários alargados: 2ª a 6ª feira das 9h às 20h.

 

 

Nova terapia
A Comissão Europeia (CE) concedeu autorização de comercialização condicional para dostarlimab, um anticorpo bloqueador do...

“Atualmente, as mulheres com cancro do endométrio recorrente ou avançado, que progrediu durante ou após a quimioterapia, têm opções de tratamento limitadas e um mau prognóstico. A aprovação de dostarlimab significa que, pela primeira vez na Europa, essas mulheres terão acesso a uma terapêutica nova, inovadora e muito necessária”, considera Hal Barron, diretor científico e presidente de R&D da GSK.

“Como vimos no ensaio GARNET que suportou esta aprovação, o tratamento com dostarlimab tem o potencial de dar respostas clinicamente significativas e duradouras ​​em doentes que previamente tinham poucas opções de tratamento. Esta aprovação representa um passo em frente, fornecendo um novo tratamento para mulheres com cancro do endométrio dMMR / MSI-H recorrente ou avançado que não responderam previamente à quimioterapia à base de platina”, defende Ana Oaknin, diretora do Programa de Cancro Ginecológico do Instituto de Oncologia Vall d'Hebron (VHIO), Hospital Universitário Vall d'Hebron, Barcelona, ​​Espanha, e investigadora principal do estudo GARNET.

“A aprovação de dostarlimab oferece uma nova opção de tratamento para mulheres com cancro do endométrio dMMR / MSI-H recorrente ou avançado. Sentimo-nos inspirados pelos esforços de empresas como a GSK, que continuam a inovar para dar respostas aos doentes que precisam urgentemente de novas opções”, afirma Icó Tóth, co-presidente da Rede Europeia de Grupos de Defesa do Cancro Ginecológico (ENGAGe), membro do Conselho da Sociedade Europeia de Oncologia Ginecológica (ESGO) e Presidente da Mallow Flower Foundation, Hungria.

O cancro do endométrio surge no revestimento interno do útero, conhecido como endométrio. É o tipo de cancro mais comum que afeta os órgãos reprodutivos femininos e é o sexto tipo de cancro mais prevalente em mulheres em todo o mundo. O cancro do endométrio tem a maior taxa do fenótipo MSI-H de todos os tumores.

A aprovação de dostarlimab pela Agência Europeia do Medicamento é baseada nos resultados do estudo GARNET, de coorte múltipla, que incluiu mulheres com cancro do endométrio dMMR / MSI-H recorrente ou avançado que progrediu durante ou após um regime de quimioterapia à base de em platina na coorte A1 (n = 108 avaliados ​​quanto à eficácia). O tratamento com dostarlimab resultou numa taxa de resposta objetiva (ORR) de 43,5% (IC de 95%; 34-53,4) e numa taxa de controlo da doença de 55,6% (IC de 95%; 45,7-65,1). A duração mediana da resposta (DoR) não foi atingida (2,6 a 28,1+ meses) nessas doentes e a probabilidade de manter uma resposta em seis meses e 12 meses foi de 97,9% (IC 95%; 85,8, 99,7) e 90,9 % (IC de 95%; 73,7, 97,1), respetivamente.

Nos 515 doentes com tumores sólidos avançados ou recorrentes que participaram no estudo GARNET, incluindo 129 doentes avaliáveis ​​quanto à segurança da coorte A1, as reações adversas mais comuns (ocorrendo em mais de 10% das doentes) foram anemia (25,6%), náusea (25,0%), diarreia (22,5%), vómitos (18,4%), artralgia (13,8%), prurido (11,5%), erupção cutânea (11,1%), pirexia (10,5%) e hipotiroidismo (10,1%). Dostarlimab foi descontinuado definitivamente devido a reações adversas em 17 doentes (3,3%); a maioria eram eventos relacionados ao sistema imunológico. Reações adversas graves ocorreram em 8,7% das doentes; a maioria eram reações adversas relacionadas ao sistema imunológico. O perfil de segurança das doentes na coorte A1 foi comparável ao da população geral do estudo.

Ação de sensibilização
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) vai promover uma nova ação nacional de consciencialização para o...

“Em Portugal, a incidência do enfarte agudo do miocárdio continua a ser elevada. Esta realidade deve-se, em muito, ao estilo de vida contemporâneo. Com esta iniciativa pretendemos consciencializar as mulheres para a adoção de um estilo de vida mais saudável, para que no futuro possam beneficiar de uma vida tranquila com os seus filhos.”, afirma João Brum Silveira, presidente da APIC.

E acrescenta: “Sabemos que todos os dias estamos sujeitos a elevados níveis de stress e de ansiedade. As mulheres não são exceção, uma vez que vão gerindo, por vezes ao mesmo tempo, as suas tarefas profissionais e as pessoais. Além disso, também os fatores de risco como hipertensão, dislipidemia, diabetes, menopausa, tabagismo, excesso de peso e sedentarismo contribuem para o aumento do risco de desenvolver esta doença.”

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2018, registaram-se 4.620 mortes totais por enfarte agudo do miocárdio, que atingiram, maioritariamente homens, com uma relação de 136,2 óbitos de homens por 100 de mulheres. A idade média do óbito para as mulheres situou-se nos 81,4 anos.

Os dados do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI), desenvolvido pela APIC, indicam que, em 2020, foram realizadas 3.817 angioplastias primárias para o tratamento do enfarte agudo do miocárdio, um aumento de 2,5 por cento, face ao ano anterior. Cerca de um quarto dos doentes tratados foram mulheres com uma média de idade de 68 anos, com um índice de massa corporal médio de 29.5, 26 por cento das quais fumadoras.

O enfarte agudo do miocárdio ocorre quando uma das artérias do coração fica obstruída, o que faz com que uma parte do músculo cardíaco fique em sofrimento por falta de oxigénio e nutrientes. Dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são sintomas de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Não ignore estes sintomas. Ligue rapidamente 112 e siga as instruções que lhe forem dadas. Para mais informações consulte: www.cadasegundoconta.pt.

Cuidados primários para a saúde da visão são inexistentes "por escolha"
A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) lamenta a "total ausência de soluções e mudanças de...

Em comunicado enviado ao Ministério da Saúde e à Assembleia da República, o Presidente da Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO), Raúl de Sousa, manifestou a sua preocupação pelo facto de os Cuidados Primários para a Saúde da Visão não constarem, aparentemente, das prioridades do Governo para os próximos anos. De acordo com a Associação, nem no Plano de Recuperação e Resiliência nem nas Grandes Opções do Plano 2021-2025, tornados públicos recentemente pelo Executivo, é possível identificar propostas concretas para a resolução dos problemas de visão dos portugueses.

Segundo Raúl de Sousa, "na área da saúde da visão, os problemas e as soluções estão por demais identificados, e as recomendações e recursos estão presentes e disponíveis. Os cuidados primários para a saúde da visão são inexistentes em Portugal por escolha, não por desconhecimento ou falta de informação", sustenta.

Na base destas afirmações estão os dados oficiais relativos à deficiência visual em Portugal. Mais de 163 mil portugueses sofrem de deficiência visual e cegueira legal, fazendo desta a maior causa de deficiência em Portugal entre os recenseados no ano de 2001. Paralelamente, o Inquérito Nacional de Saúde de 2014 concluiu que um em cada dois maiores de 65 anos descreve dificuldades em ver, mesmo usando óculos, e que nove em cada dez casos de deficiência visual ou cegueira se deve a causas evitáveis.

Para a APLO, os números demonstram que é urgente tomar medidas – em linha, de resto, com as recomendações da Organização Mundial da Saúde – e a solução reside numa estratégia efetiva para os Cuidados Primários para a Saúde da Visão, com a integração do Optometrista no Serviço Nacional de Saúde como garante de mais e melhor saúde visual e, simultaneamente, de poupança para os cofres do Estado.

 

Medicamento imunossupressor
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) deu início a uma avaliação para incluir o uso de baricitinib no...

De acordo com a EMA trata-se de imunossupressor - um medicamento que reduz a atividade do sistema imunitário - que, atualmente, está autorizado a ser utilizado em adultos com artrite reumatoide moderada a grave ou dermatite atópica (eczema). “A sua substância ativa, baricitinib, bloqueia a ação de enzimas chamadas Janus quinases que desempenham um papel importante nos processos imunitários que levam à inflamação. Pensa-se que isto também poderá ajudar a reduzir a inflamação e os danos nos tecidos associados à infeção Covid-19 grave”, esclarece em comunicado.

O Comité de Medicamentos Humanos da EMA (CHMP) irá proceder a uma avaliação acelerada dos dados apresentados pela empresa que comercializa o baricitinib, incluindo os resultados de dois grandes estudos aleatórios em doentes hospitalizados com COVID-19, a fim de recomendar o mais rapidamente possível se a extensão da indicação deve ou não ser autorizada. O parecer do CHMP será então reencaminhado para a Comissão Europeia, que emitirá uma decisão definitiva juridicamente vinculativa aplicável em todos os Estados-Membros da UE.

“A EMA comunicará sobre o resultado da sua avaliação, que deverá chegar a um parecer até julho, a menos que sejam necessárias informações suplementares”, informa.

Este medicamento foi autorizado pela primeira vez na UE em fevereiro de 2017.

 

Estes podem surgir em qualquer idade
A Associação de Investigação e Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO), em parceria com o Centro de Reabilitação Profissional...

“Ao associarmo-nos a este tipo de iniciativas internacionais de consciencialização estamos também a dar um contributo na melhoria dos cuidados globais que prestamos a estes doentes. Os profissionais de saúde têm uma responsabilidade acrescida de formar e informar os pares e a população que servem”, explica Andreia Capela, presidente da AICSO e oncologista do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/ Espinho. 

De acordo com a especialista, os tumores cerebrais compreendem os tumores primitivos do cérebro, mas também as metástases cerebrais de outros tumores. Os tumores primitivos do cérebro são raros e incluem mais de 120 tipos diferentes. Podem atingir qualquer idade e são a principal causa de morte por doença oncológica em crianças e jovens com menos de 20 anos. Os prognósticos são muito variáveis, podendo ser condicionado pelas localizações em regiões nobres e pela agressividade histológica. As metástases de tumores de outras localizações são o principal tumor do cérebro e podem ocorrer em até 20-40% dos doentes com tumores.  

 Os tumores que mais frequentemente apresentam metástases cerebrais são os da mama, pulmão e o melanoma. Também nas metástases cerebrais o prognóstico é muito variável. Em 2020, mundialmente foram registados mais de 300 mil novos casos de tumores cerebrais e 250 mil mortes, sendo que Portugal contribuiu com 1100 novos casos e 930 mortes. 

Sintomas mais comuns 

As manifestações dos tumores cerebrais estão relacionadas com a sua localização no cérebro ou com o compromisso que causam. Andreia Capela revela que podem manifestar-se por “dores de cabeça frequentes, vómitos, convulsões, desequilíbrios, alteração de força ou sensibilidade num segmento do corpo, alteração de memória, alteração de comportamento, alteração de personalidade, alteração da fala ou alteração dos sentidos de visão, audição e olfato”. 

A investigação pode passar por uma TAC, ressonância magnética, PET e biópsia. As abordagens podem ser muito diferentes, quer pelas localizações quer pelos variados prognósticos. Quanto aos tratamentos podem passar por cirurgia, radioterapia ou tratamentos sistémicos (quimioterapia ou agentes alvo), ou uma combinação de vários tratamentos. 

Treinar o físico e a mente 

As sequelas são frequentes e podem ser mais ou menos graves conforme as localizações e os tratamentos. “Essas sequelas podem passar por défices motores, défices cognitivos, défices de memória, dificuldade em expressar-se e comunicar, alteração da imagem corporal e do comportamento e personalidade, alterações sensoriais”, refere a médica. 

Daí que considere fundamentais “as abordagens de reabilitação física e neurocognitiva ao longo de toda a jornada de doença e mesmo para além dos tratamentos”. Sublinha ainda que “o apoio de estruturas e mecanismos sociais e de familiares e amigos se reveste de extrema importância em várias fases da doença”. Na sua opinião, os cuidadores assumem nesta doença um papel essencial, vendo-se confrontados com desafios enormes a nível físico e emocional”. 

Por essa razão deixa alguns conselhos a quem sofre desta patologia: “é importante que se tornem ativos na sua doença, que questionem os profissionais, que se envolvam no seu processo terapêutico e que percebam as suas prioridades e ajudem os profissionais e a instituição a implementar os projetos que promovam uma melhor resposta”.  

Ugur Sahin
O cofundador da farmacêutica alemã BioNTech, Ugur Sahin, lembrou esta quinta-feira que a eficácia máxima do seu medicamento -...

Numa reunião virtual com representantes dos meios de comunicação estrangeiros na Alemanha, lembrou ainda que seis meses após essa imunidade máxima, após segunda dose, a imunidade começa a declinar. De acordo com as suas estimativas atuais, isto implicaria que, entre nove meses e o ano seguinte, uma terceira dose terá de ser inoculada para garantir a manutenção da imunidade máxima.

Segundo o jornal El Mundo, o cientista turco está ainda confiante de que a vacina desenvolvida pelo seu laboratório e distribuída em conjunto com o seu parceiro norte-americano, Pfizer, é "eficaz" também contra a variante indiana.

"O nosso método baseia-se em experiências adquiridas com o cancro. Experimentamos muitas variantes e, até agora, em todas conseguimos bons resultados", disse Sahin. "Estou confiante de que também conseguiremos bons resultados contra a variante indiana", acrescentou, a propósito desta mutação muito mais agressiva do que as anteriormente detetadas.

Até agora, insistiu, a sua vacina tinha demonstrado ser eficaz "em praticamente todas" as mutações conhecidas.

 

Encontro virtual
A Cimeira dos Prémios Nobel sobre as Alterações Climáticas terminou ao fim de três dias com um apelo à ação na sociedade pós...

"Estamos num momento importante para um novo e arrojado mundo ", disse Muhammad Yunus, laureado com o Prémio Nobel da Paz em 2006 pelo seu trabalho com microcréditos. "Vamos aproveitar esta oportunidade para reconfigurar a sociedade pós-Covid e impulsionar um futuro mais justo e verde. Podemos construir um mundo onde os pobres não continuem a ser vítimas do aquecimento global. A tecnologia existe, o desejo das pessoas existe e o mundo espera que os chefes de Estado ajam."

"Cada vez mais países declaram as alterações climáticas um problema de segurança nacional", alertou Jody Williams, laureada com o Prémio Nobel da Paz em 1997, alertando para a sua campanha para proibir as minas antipessoais. "Precisamos de substituir este quadro de segurança nacional - que significa armas e guerra - pelo da segurança humana, onde responder às necessidades básicas, incluindo um ambiente saudável, é primordial."

"Precisamos de um conceito de unidade para os mais de 7 mil milhões de humanos", disse o Dalai Lama. "Vivemos no mesmo planeta, o nosso modo de vida é basicamente o mesmo e devemos pensar mais como "nós, a humanidade", que como "a minha nação" ou "o meu país".

O ex-vice-presidente dos EUA Al Gore falava na abertura da cimeira e afirmou sentir-se "mais otimista do que nunca" desde que iniciou a sua cruzada pessoal com «Uma Verdade Desconfortável». "Tenho uma legítima esperança de estarmos à beira do ponto de viragem definitivo das alterações climáticas que esperamos há tanto tempo", disse Gore.

"Estamos, de facto, na primeira fase de uma verdadeira revolução de sustentabilidade", acrescentou o Prémio Nobel da Paz em 2007. "Em 90% dos países as energias renováveis já são mais baratas do que os combustíveis fósseis, e certamente chegaremos a 100% ao longo da década, e isso servirá para deslocar permanentemente o carvão e o gás. Isto era impensável quando o acordo de Paris foi assinado."

 

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, uma morte e 470 novos casos de infeção por Covid-19. O número de internamentos desceu.

Segundo o boletim divulgado, o Alentejo foi a única a registar uma morte, desde o último balanço. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, não têm mortes a assinalar nas últimas 24 horas. 

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 470 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 143 novos casos e a região norte 213. Desde ontem foram diagnosticados mais 49 na região Centro, nove no Alentejo e 13 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 23 infeções e nos Açores 20.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 324 doentes internados, menos oito que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos passaram a ter mais um doente internado. Atualmente, estão em UCI 89 pessoas.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 545 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 795.326 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 23.733 casos, menos 76 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância menos 397 contactos, estando agora 24.315 pessoas em vigilância.

 

Iniciativa
O mês de abril foi definido como o mês internacional da Prevenção dos Maus Tratos na Infância, o mês do Laço Azul. Com o...

Esta equipa, “constituída pela Assistente Social e Coordenadora do NHACJR Filomena Freitas, a Psicóloga Anabela Fazendeiro, a Pediatra Marta Machado, a Enfermeira Patrícia Lourenço e a Pediatra Beatriz Vale”, contou com o apoio da Direção do Departamento de Pediatria do CHUC, para produzir “uma mensagem de promoção do Bom Trato, a que todas as crianças e jovens têm direito, convictos de que a ação de cada um pode fazer a diferença na vida de crianças e jovens utentes deste hospital”. A mensagem "Por tua causa ... serei melhor Pessoa" e "Bom Trato", pretende consciencializar os cidadãos de que as ações de cada um podem ser determinantes no processo de crescimento de uma criança e na sua formação como Pessoa.

“O NHACJR tem várias competências, entre elas: detetar, sinalizar, acompanhar e dar o devido encaminhamento às situações em que existe suspeita ou confirmação de situação de risco/perigo de maus tratos ou negligência numa criança/jovem. Promover a proteção da criança/jovem, desencadeando as ações necessárias à sua proteção e defesa dos seus direitos, são uma prioridade. Para este efeito é fundamental efetuar uma articulação permanente com a rede de estruturas intervenientes da área da saúde, justiça, segurança social, educação, entre outras”, escreve o CHUC em comunicado.

Por isso, este núcleo participa “em campanhas de prevenção na área dos Maus Tratos na infância, tendo o privilégio de integrar a Rede de Parceiros da ARS Centro, da qual fazem parte relevantes Instituições da cidade e onde se dinamizam e divulgam múltiplas ações de prevenção conjuntas ou se promovem as que são desenvolvidas por cada uma das instituições nos seus âmbitos de intervenção próprios”.

 Contando com cada vez mais entidades parceiras, o Centro Hospitalar acredita que “a prevenção e alerta é uma responsabilidade de cada um de nós, de cada cidadão, e a melhor forma de tentar evitar a ocorrência do mau trato na infância”. Por isso, apela a que seja dada “atenção e primazia ao Bom Trato e Respeito pelas crianças e jovens e assegurada a efetiva concretização dos seus Direitos fundamentais”.

Segundo o do Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco do Hospital Pediátrico, do CHUC, “o azul, tal como refere Bonnie Finney, «funciona como um constante alerta para lutar pela proteção das crianças». Por isso, a história de Bonnie Finney demonstra como a preocupação de um único cidadão pode fazer toda a diferença, pode ser eficaz no despertar das consciências da população relativamente aos maus tratos contra as crianças, na sua prevenção e na promoção e proteção dos seus direitos”.

Em Portugal, o Laço Azul, é o que simboliza as múltiplas ações de sensibilização e alerta para esta realidade.

Tedros Ghebreyesus pede apoio à investigação e desenvolvimento
Arrancou esta manhã a Conferência Internacional “3A’s: Disponibilidade, Acessibilidade e Sustentabilidade dos Medicamentos e...

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, destacou na sua intervenção que uma Europa mais forte é “essencial para a estabilidade social, económica e política” a nível global. Depois de saudar as iniciativas europeias de reforma, Tedros Ghebreyesus elencou “3 áreas específicas onde é necessária ação”: a primeira referida foi uma “colaboração mais próxima” de maneira a “encurtar distâncias” entre países e apoiar mais investigação e desenvolvimento. O diretor-geral solicitou também um maior empenho para atingir uma “nomenclatura consistente” mais acessível aos “utentes”. Por último, defendeu uma política de “preço transparente” capaz de promover a competitividade e assegurar a cadeia de fornecimento.

Na abertura da conferência, a ministra da Saúde, Marta Temido, frisou a importância da cooperação e solidariedade entre países para enfrentar a pandemia de covid-19. “Esta pandemia deixou bem claro que, embora estejamos no caminho certo, ainda há muito trabalho a ser feito para mitigar as desigualdades sociais evidentes no acesso à saúde”, afirmou a governante.

Marta Temido lembrou que quando a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia apresentou as suas prioridades no domínio da Saúde “a questão da igualdade de acesso e disponibilidade de medicamentos e dispositivos médicos foi colocada em primeiro plano”, sublinhando que, com esta opção, se reconheceu "a necessidade de fazer face a um dos desafios mais urgentes que a Europa enfrenta: as desigualdades no acesso aos cuidados de saúde”.

A Comissária Europeia para a Saúde, Stella Kyriakides, focou a sua intervenção na Estratégia Farmacêutica para a Europa. Depois de elencar as medidas já tomadas, como a reforma do sistema de incentivos e o acelerar dos procedimentos de autorização, Stella Kyriakides afirmou que o sucesso desta iniciativa dependia da colaboração e coordenação entre as entidades europeias e nacionais. E rematou que a Conferência 3’As fazia “parte desse processo” e “exatamente o que precisamos” para “cumprir o que devemos aos nossos cidadãos”.

Dolors Monserrat, que participou na qualidade de eurodeputada da Comissão do Ambiente e Saúde Pública, elogiou o esforço de cooperação e colaboração no seio da União Europeia, apresentando como exemplo o programa de vacinas e lembrando que esta semana seriam distribuídas 29 milhões de unidades, o que representava um “recorde”. A eurodeputada destacou ainda as iniciativas do Parlamento Europeu no âmbito do Pacote da União Europeia da Saúde, destacando a aprovação nos últimos dias do Mecanismo de Proteção Civil.

Por seu turno, o presidente do INFARMED agradeceu a adesão dos participantes à Conferência e manifestou a esperança de que o evento permitisse “identificar medidas concretas” que pudessem vir a transformar-se em propostas da Presidência Portuguesa para Conclusões do Conselho.

A importância da vacinação
Embora o país tenha evoluído muito nesta matéria, deixando a cauda da Europa no que diz respeito ao

Embora o cancro do colo do útero seja uma das principais complicações associadas à infeção do HPV, este pode ser responsável pelo aparecimento de múltiplas lesões. “O Papiloma vírus (HPV) é um vírus muito prevalente na sociedade contemporânea. São um vasto grupo de vírus que pode infetar a pele e mucosas. Alojam-se e replicam-se nos seres humanos e são transmitidos através dos contactos sexuais”, começa por explicar Daniel Pereira da Silva sublinhando que “todas as mucosas de contacto sexual podem ser sede de lesão pelo HPV em homens e mulheres: genitais, orofaringe e ânus”.

Deste modo, o especialista chama a atenção para a falsa ilusão de que só as relações desprotegidas são as que correm mais riscos. “O uso do preservativo não resolve o problema desta infeção porque não impede o contacto de zonas além da recoberta pelo preservativo e basta um contacto para que a infeção seja possível. A estratégia da prevenção da infeção tem de ser vacinar, vacinar ... vacinar”, afirma.

Com evidências de eficácia e segurança até aos 26 anos nos homens e os 45 nas mulheres, não há, no entanto, um limite de idade para que a vacina contra o HPV possa ser utilizada, sendo os seus benefícios amplamente difundidos. “Neste momento, os rapazes adolescentes já estão a ser vacinados no âmbito do plano nacional de vacinação, mas os que têm neste momento mais de 17 anos não têm direito à vacina pelos serviços públicos e devem fazê-la”, e quanto mais cedo, melhor! “O benefício será deles e com quem se relacionam”, reforça o médico.

No que diz respeito às mulheres, “todas as mulheres com menos de 29 anos de idade tiveram oportunidade de se vacinarem gratuitamente nos serviços públicos. Falta vacinar as que têm mais de 29 anos e, ao contrário do que se diz, elas têm muito a beneficiar com a vacina”. É que, de acordo com o especialista, ao longo da vida, é possível surgir uma nova infeção ou reativar uma antiga. “Um estudo nacional mostra que cerca de 6% das mulheres entre os 50-60 anos tem uma infeção ativa. Não é só um problema das mais jovens! Hoje temos uma vacina nonavalente, muito abrangente e com uma larga proteção. Há demostração de eficácia e segurança da vacina em mulheres até aos 45 anos, mas não há limite de idade para serem vacinadas”, sublinha reforçando a importância da vacinação.

Por outro lado, aconselha a realização do rastreio do cancro do colo do útero, relembrando que só assim é possível identificar lesões. “A infeção é sempre assintomática! Não dá qualquer sinal ou sintoma que leve ao seu diagnóstico. Só as lesões quando estão avançadas é que dão sintomas, como corrimento, hemorragia ou dor”, alerta.

No contexto da pandemia, torna-se ainda mais premente falar sobre este tema. “Esta patologia pode atingir a todos, mas são sobretudo as faixas da população com mais carência de recursos que são as mais atingidas – não fazem a vacina e não fazem o rastreio! Temos de ter uma estratégia para essa faixa da população, especialmente as mulheres”, diz deixando “um apelo às empresas, às instituições de solidariedade social, a todos nós”. “Nós sabemos que a pandemia tornou essas populações muito mais vulneráveis, têm muitas necessidades, mas esta não é menos importante, porque lhes pode roubar o futuro”, reforça.

Por último, Daniel Pereira da Silva, deixa uma mensagem que é transversal a toda a sociedade e que diz respeito aos mitos que ainda persistem sobre este tema: este não é um problema que só acontece aos outros! Não acontece só às mulheres! “O problema é nosso, de mulheres e homens, independentemente da nossa orientação sexual”, conclui.  

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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