Covid-19 em Portugal
Portugal registou, nas últimas 24 horas, uma morte e 506 novos casos de infeção por Covid-19. O número de internamentos...

Segundo o boletim divulgado, a região norte foi única a registar um óbito desde o último balanço. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, não têm mortes a assinalar nas últimas 24 horas. 

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 506 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 126 novos casos e a região norte 247. Desde ontem foram diagnosticados mais 69 na região Centro, sete no Alentejo e 33 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais nove infeções e nos Açores 15.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 384 doentes internados, menos 11 que ontem. As unidades de cuidados intensivos passaram a ter também menos seis doentes internados. Atualmente, estão em UCI 98 pessoas.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 580 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 791.751 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 24.689 casos, menos 75 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 675 contactos, estando agora 23.111 pessoas em vigilância.

Impacto na família
Culpa, vergonha, medo são alguns dos sentimentos com que convivem muitas das famílias onde existe do

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, estima-se que a doença mental grave afete 4% da população adulta em Portugal. Neste grupo enquadram-se doenças como a esquizofrenia, a perturbação bipolar, a depressão major e formas graves de ansiedade, que “têm implicações significativas na vida do doente, chegando até a ser necessários cuidados hospitalares”.

Importam sublinhar que a doença mental pode “afetar qualquer pessoa, independentemente da sua idade, sexo, estatuto social, rendimentos, raça/etnia, religião, orientação sexual, personalidade ou qualquer outro aspeto relacionado com a identidade cultural”, no entanto, a maioria dos casos surge no início da idade adulta.

A Esquizofrenia, cujos primeiros sinais costumam surgir durante a adolescência ou no início da idade adulta, é uma perturbação mental complexa e grave que afeta a capacidade de pensar do doente, a sua vida emocional e o seu comportamento em geral.

Embora não seja conhecida uma causa única para a esquizofrenia, “pensa-se que diferentes fatores, como os genéticos, ambientais ou uso de drogas e substâncias ilícitas, contribuem para o desenvolvimento [da esquizofrenia], como acontece com outras doenças crónicas, como a diabetes e as doenças cardíacas”.

Caracterizada por sintomas positivos, como alucinações (por exemplo ver ou ouvir coisas que não existem) e delírios (ter crenças de natureza bizarra ou paranoide que não se enquadram no senso comum), sintomas negativos como a diminuição ou perda da vontade, a apatia, o embotamento emocional e afetivo e sintomas afetivos, como ansiedade, depressão e alterações emocionais em geral, esta patologia é acompanhada ainda de défices cognitivos que dificultam a sua interação e integração social.

Mal compreendida, no passado, muitos eram os que associavam as suas manifestações a problemas espirituais e acreditavam tratar-se de possessões demoníacas. Uma crença, enraizada, sobretudo, entre aqueles com menores níveis de escolaridade ou cultura.

“Embora a sociedade tenha evoluído, e hoje se fala cada vez mais sobre estas doença, ainda há muitas pessoas que não a compreendem”, começa por dizer “Alda”, mãe e cuidadora de um doente com esquizofrenia.

“Há 20/30 anos, não se falava de doença mental. Não se falava em depressão, muito menos em psicose ou esquizofrenia. Havia muito desconhecimento sobre estes temas…”, adianta lamentando que também ela tenha sido vítima da falta de informação.

“O meu filho sempre foi uma criança sossegada. Metida no seu mundo. Mas era alegre, tinha uns olhos vivos…”, recorda adiantando, que sempre havia tido dificuldade em fazer amigos.

“Nunca nos deu nenhuma dor de cabeça, como às vezes ouvimos outros pais contar… teve um percurso académico razoável”, acrescenta admitindo que com a chegada da adolescência o comportamento sofreu algumas alterações “que, admito, às quais não demos muita importância na altura”.  “Passou a ter uma atitude errante, por vezes exagerada, mas eu e o pai trabalhávamos muito e achávamos que era uma fase que iria passar…”, conta admitindo que durante anos se sentiu culpada por não perceber que o seu comportamento poderia já indicar que alguma coisa não estava bem.

“Passou a ser desleixado, a zangar-se facilmente com as coisas… falava sozinho, gritava como se estivesse a discutir com alguém. Mas depois, tão depressa se alterava, como ficava em silêncio, horas a fio”, recorda acrescentando que nesses momentos achava “melhor deixá-lo a só”.

Alda recorda ainda que o filho passou a ter “manias”. “Sentia-se observado, dizia que ouvia as pessoas a dizerem mal dele”, e o contacto com os outros foi-se perdendo. “Até me custa dizê-lo, mas eu tinha vergonha de falar sobre o que se estava a passar com quem quer que fosse, mesmo com a família. Optava por deixar de estar com os meus irmãos e com os meus sobrinhos, recusava todos os convites”, conta. Não porque temesse comparações, mas porque sabia que ninguém ia compreender o comportamento do filho, tal como ela não o compreendia.

“Muitas vezes cheguei a questionar o que teria feito eu de errado para meu filho estar assim. Teria sido alguma coisa que fiz ou não fiz? Alguma coisa que disse e não devia?”, recorda.

A luta passou a ser diária, e a par da frustração que sentia por não saber como ajudar o filho vieram as discussões entre o casal. “O meu marido dizia que estava a ser branda e complacente com o comportamento do nosso filho… eu sentia-me impotente e sentia-me cada vez mais responsável pelo que estava a acontecer”, comenta acrescentando que quando ganhou coragem para falar pela primeira vez com alguém sobre o que se estava a passar foi confrontada com as tais crenças: “o teu filho tem algum problema espiritual…”.

“Alda” não sabia em que acreditar. “Confesso que a decisão de o levar ao médico se calhar chegou muito depois do que devia, mas foi quando já não aguentava mais. Acho que, no fundo, sempre quis acreditar que era uma fase e que tudo ia passar”.

O filho de Alda tinha 19 anos quando foi diagnosticado com esquizofrenia. Hoje tem 45.

“Foi muito difícil aceitar que o meu filho tinha esta doença”, tal como foi difícil fazê-lo aceitar que tinha de medicado. “Era uma luta constante… Mas se queria que ele melhorasse tinha de conseguir explicar-lhe com a maior calma do mundo que ele tinha de tomar a medicação…”, recorda adiantando que o filho passou a ser acompanhado por um psiquiatra e mais tarde por um terapeuta com o qual reaprendeu algumas aptidões sociais.

Hoje, lamenta que não tenha recebido mais apoio. “Hoje em dia as famílias são integradas no tratamento… eu não tive apoio nenhum…”, comenta acrescentando que muitos anos mais tarde foi diagnosticada com depressão. “Foram anos a lutar para sair da escuridão onde entrara. Por mim e pelo meu filho”, recorda. “As feridas saram, mas as marcas continuam cá, por isso é preciso muita atenção, muita compreensão e apoio para conseguir ir em frente”, refere adiantando que agradece o apoio dos médicos e dos terapeutas que, hoje, a rodeiam e que ajudaram a ter novamente algum “equilíbrio na vida”.  

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Formato b-learning
O Centro de Formação em Medicina Interna (FORMII) da SPMI acaba de abrir as inscrições para o “Curso de Investigação Clínica em...

“Esta formação, com certificação DGERT, a par de conceitos básicos de Epidemiologia, vai abordar questões éticas e de aplicabilidade da investigação clínica à realidade portuguesa e os fundamentos para a utilização de ferramentas em investigação, procurando que os conceitos ministrados se adaptem a um projeto de investigação clínica concreto, que será desenvolvido, em grupos, pelos formandos”, afirma Nuno Bernardino Vieira, Coordenador do FORMI.

A coordenação do curso estará a cargo de José Mariz, Andreia Vilas-Boas e Nuno Bernardino Vieira e, conta ainda com Nadine Santos e Firmino Machado como formadores convidados. Para além desta equipa de formadores, o curso terá ainda um painel de peritos para a avaliação dos projetos de investigação apresentados.

O curso terá uma duração de 80 horas, 24 presenciais, 32 em e-learning e 24 em projeto de investigação e é da responsabilidade do Núcleo de Estudos de Formação em Medicina Interna e insere-se no Plano Anual de Formação do FORMI.

 

Distúrbio do espectro da Neuromielite ótica
A Agência Europeia de Medicamentos recomendou a concessão de uma autorização de introdução no mercado na União Europeia (UE) de...

O distúrbio do espectro da neuromielite ótica (NMOSD) é uma condição e de risco de vida que afeta mais frequentemente os nervos óticos e a medula espinhal. Este transtorno pode levar à redução ou perda de visão, perda de sensação, perda de controlo intestinal e da bexiga, fraqueza e paralisia dos braços e pernas. Pensa-se que o NMOSD seja causado por uma reação anormal do sistema imunitário que causa danos às células nervosas saudáveis. Caracteriza-se por ataques recaídos, com sintomas que voltam periodicamente. Estima-se que o NMOSD afete cerca de 1-2 em 100.000 pessoas na UE. 

Segundo a Agência Europeia de Medicamentos, o satralizumab é um anticorpo concebido para bloquear os efeitos inflamatórios do recetor interleukin-6 (IL-6), que está envolvido na patogénese do NMOSD.

“O fármaco estará disponível como seringa pré-cheia e será administrada como solução através de uma injeção sob a pele do paciente (subcutânea). As três primeiras injeções são administradas com duas semanas de intervalo, seguidas de uma injeção a cada quatro semanas. Pode ser usado por si só ou em combinação com medicamentos que reduzem a atividade do sistema imunitário (terapia imunossupressora)”, pode ler-se em comunicado.

Este parecer do Comité de Medicamentos Humanos (CHMP) da EMA baseia-se principalmente em dois estudos clínicos aleatórios que envolveram um total de 184 doentes. “Os estudos clínicos mostraram que a probabilidade de uma recaída acontecer em 119 pacientes que eram AQP4+ e receberam Enspryng sozinho ou em combinação com a terapia imunossupressora foi um quarto do que no grupo de controlo recebendo placebo sozinho ou em combinação com outra terapia imunossupressora”, revela.

Entre os efeitos secundários mais comuns, “observados nos ensaios clínicos”, estão a dor de cabeça, a dor nas articulações, a contagem de glóbulos brancos diminuiu e as reações no local da injeção.

De acordo com a EMA, o parecer será agora enviado à Comissão Europeia para a adoção de uma decisão sobre uma autorização de introdução no mercado à escala da UE. “Uma vez concedida uma autorização de introdução no mercado, as decisões sobre o preço e o reembolso terão lugar ao nível de cada Estado-Membro, tendo em conta o papel potencial ou a utilização deste medicamento no contexto do sistema nacional de saúde desse país”, sublinha.

 

 

Critérios de vacinação
Pessoas com diabetes, dos 16 aos 60 anos, tipo 1 ou 2, passam a estar incluídas na fase de vacinação que agora avança. Esta era...

Como explica José Manuel Boavida, Presidente da APDP, “estudos realizados em todo o mundo já demonstraram, que existe maior risco de formas mais graves da covid-19 em pessoas com diabetes.  A diabetes tipo 1 como aparece, maioritariamente, na idade infantil e juvenil, faz com que os anos de vida com doença sejam potencialmente mais gravosos, fragilizando-as perante a covid-19. É realmente uma ótima notícia que sejam integrados na população prioritária”, ressalvando que “estamos muito satisfeitos pelo rumo da negociação realizada pela APDP junto do Ministério da Saúde. Foi um processo demorado, mas os resultados são muito satisfatórios. Conseguimos que a diabetes fosse considerada prioritária.”

Na fase em vigor há dois critérios de vacinação a considerar: o critério da idade continua a prevalecer, incluindo todos os cidadãos com mais de 60 anos, onde estão a maioria das pessoas com diabetes; e o critério de doenças listadas como de risco acrescido, onde se enquadram as pessoas com diabetes com mais de 16 anos, tipo 1 ou 2.

A APDP recorda que, neste momento, entre 300 a 400 mil pessoas, isto é, cerca de 30% a 40% das pessoas com diabetes, já foram vacinadas na primeira fase devido à idade ou a comorbilidades associadas. Esta percentagem corresponde ao grupo de pessoas com diabetes e mais de 80 anos, ou com mais de 50 e que tenham, além da diabetes, insuficiência respiratória, cardíaca ou renal, uma população que representa um risco ainda maior de complicações graves.

“É para nós importante que seja reconhecido o risco associado à diabetes independentemente das complicações que lhe possam estar associadas”, refere João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP. “As pessoas com diabetes sabem desde há 1 ano que são um grupo de risco e como tal é muito importante que a comunicação da vacinação nesta fase seja clara para quem tem diabetes e para os profissionais de saúde”, conclui.

A maioria dos espaços continua a não ser acessível a todas as pessoas
A Associação Salvador acaba de lançar uma Campanha de sensibilização a nível nacional, com o objetivo de apelar à...

Numa fase em que o país volta novamente a desconfinar, a Campanha “Confinados até quando?” pretende alertar para o facto de, infelizmente, nem todos terem essa oportunidade. As pessoas com deficiência motora continuarão confinadas às suas casas, à sua rotina, aos espaços que frequentam habitualmente. A maioria dos espaços continua a não ser acessível, impedindo que vivam uma vida livre, sem barreiras.

Através de uma carta fechada ao país e de uma presença forte nas redes sociais, a Campanha pretende promover mais um momento de sensibilização para a necessidade de tornar Portugal mais acessível, justo e inclusivo para todos. Desenvolvida pela CARMEN, agência criativa do YoungNetwork Group, a Campanha estará presente nas redes sociais a partir de dia 26 de abril.

“Vivemos permanentemente confinados. Quem consegue identificar uma rua no nosso país onde não encontremos um obstáculo à mobilidade? Este é o panorama em pleno século XXI: degraus no acesso aos restaurantes, uma escadaria à porta de casa, calçada portuguesa sem manutenção, passadeiras não rebaixadas”, explica Salvador Mendes de Almeida, Presidente da Associação Salvador. “Enquanto não existir uma revisão do Decreto-Lei 163/2006, enquanto a fiscalização não atuar, enquanto não existir sensibilidade por parte dos proprietários para tornar os seus espaços acessíveis, viveremos esta realidade. O Governo e as Câmaras

são os principais responsáveis e, por isso, as principais entidades que poderão fazer a diferença. Foi neste sentido que decidimos lançar esta carta ao país, para voltar a relembrar à sociedade que estas são situações com que as pessoas com deficiência motora se deparam diariamente. “Confinados até quando?” chama a atenção para um problema que, infelizmente, apenas quem passa por ele está mais sensibilizado. Queremos que comecem a existir mudanças efetivas significativas nesta área. Não podemos continuar permanentemente à espera”, conclui Salvador.

“Confinados até quando?” está assim inserida num dos grandes eixos de atuação da Associação Salvador – a Sensibilização. A Associação tem vindo a trabalhar diariamente para promover uma maior acessibilidade para todos, um dos principais fatores de exclusão social das pessoas com deficiência motora.

 

 

Dia Mundial da Malária assinala-se a 25 de abril
Investigadores da Universidade de Oxford apresentaram hoje os resultados de um ensaio de fase IIb de um fármaco candidato à...

As conclusões, publicadas hoje na revista The Lancet, mostram que esta vacina é a primeira a cumprir o objetivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), que estabelece pelo menos 75% de eficácia para uma vacina.

Segundo a OMS, 46 dos 87 países da malária registaram menos de 10.000 casos de malária em 2019, contra 26 países em 2000. Até ao final de 2020, 24 Estados tinham reportado a suspensão da transmissão da malária durante três anos ou mais, dos quais 11 foram certificados por países livres de doenças.

Os autores indicam que alcançaram 77% de eficácia num ensaio IIb de fase aleatória, controlada e duplamente cega realizada na Unidade de Investigação Clínica Nanoro/Instituto de Investigação em Ciências da Saúde (Burkina Faso), com 450 participantes entre 5 e 17 meses recrutados no departamento de Burkinakin de Nanoro, abrangendo 24 aldeias e uma população de aproximadamente 65.000 pessoas.

Os participantes foram divididos em três grupos. Os dois primeiros receberam a vacina R21/Matrix-M (com uma dose baixa ou uma dose elevada do adjuvante Matrix-M) e a terceira recebeu uma vacina anti-raiva como grupo de controlo. As doses foram administradas entre o início de maio de 2019 e o início de agosto desse ano, antes da época alta da malária.

A eficácia foi de 77% no grupo de adjuvantes em doses mais elevadas e de 71% no grupo de adjuvantes em doses mais baixas, durante 12 meses de seguimento e sem que se observassem episódios adversos graves relacionados com a vacina.

Como resultado, o ensaio phase IIb, financiado pelo programa EDCTP2 apoiado pela UE, foi alargado um ano, com uma vacina de reforço dada antes da próxima temporada de malária.

 

Para população acima dos 65 anos
O Portal do Autoagendamento para Vacinação contra a Covid-19 entra funcionamento esta sexta-feira. Esta funcionalidade está...

De acordo com a nota publicada hoje, os utentes podem ainda escolher a data para receber a vacina. No entanto, “no caso de não haver vagas disponíveis, os utentes podem optar por ficar em lista de espera naquele ponto de vacinação ou escolher uma data, noutro ponto de vacinação”.

Após o agendamento, receberá uma sms com a data e a hora precisa em que será vacinado no ponto de vacinação escolhido.

“O envio da sms referida está dependente de o utente não ter sido ainda convocado para vacinação ou não ter contraído COVID-19 (enquanto estes pressupostos se mantiverem)”, sublinha a nota informativa.

 

 

Fundamental garantir aos casais apoio psicológico
A deputada Cristina Rodrigues submeteu, em Assembleia, um projeto de resolução que visa a adoção de medidas de reforço dos...

“A perda de alguém, em particular nas situações em que é inesperada ou violenta, tem um elevado impacto na vida das pessoas, mudando-a de forma permanente. A morte inicia uma resposta natural de adaptação, tanto à perda como a uma nova realidade. Sabemos que a perda gestacional representa a interrupção abrupta de um projeto de vida, com consequências para os envolvidos.”, refere a parlamentar.

Em comunicado sublinha que, tal como sustenta a OMS, “vivenciar uma perda gestacional é uma tragédia insuficientemente abordada, pelo que esta entidade tem vindo a alertar para a necessidade de integrar, nas agendas nacionais e globais, medidas que previnam a ocorrência de perdas gestacionais e que garantam a prestação de cuidados de saúde de alta qualidade”.

Segundo a parlamentar, “o nosso país possui, ainda, lacunas no que diz respeito ao tratamento e acompanhamento dos casais em caso de perda gestacional”.

Assim, afirma que é fundamental garantir aos casais apoio psicológico para os ajudar a ultrapassar o período de luto e a lidar com a perda.

“Desde logo é necessário reforçar o SNS para garantir apoio psicológico. Normalmente é apenas disponibilizado em casos de perda no 3.º trimestre de gravidez, mas, mesmo nestes casos, demora bastante tempo a iniciar-se o acompanhamento. Esta situação obriga os casais a procurar apoio psicológico no sector privado, o qual não está acessível a todos”, revela.

Portanto, Cristina Rodrigues entende que a primeira consulta deve ocorrer num curto espaço de tempo, garantindo que os pais iniciam este acompanhamento logo após a perda.

“Depois, nas instituições hospitalares, em muitos casos, estas mães são internadas nas mesmas enfermarias/quartos que parturientes em situação de parto normal, sendo confrontadas com bebés recém-nascidos durante todo o seu internamento. Consideramos que esta situação não protege nem respeita estas mulheres, sendo desejável que estes casos fossem tratados em alas separadas.”, afirma a deputada.

Ainda, a Associação Projecto Artémis tem denunciado que a notícia da perda gestacional nem sempre é dada aos casais da forma mais humanizada, sendo, em muitos casos, principalmente nas perdas de 1º trimestre, desvalorizada a perda deste bebé por parte dos técnicos de saúde, verbalizando, inclusive, em diversos casos, frases desumanas, o que cria uma revolta mais acentuada nestes pais.

Para além disto, é já reconhecido à mulher grávida internada em estabelecimento de saúde o direito de acompanhamento, durante todas as fases do trabalho de parto, por qualquer pessoa por si escolhida. No entanto, nos casos de perda gestacional, é frequente a mulher estar sozinha, situação que pode agravar a sua vulnerabilidade. Sendo que se trata de um momento particularmente difícil para o casal, é importante que o pai possa estar presente para prestar apoio, devendo, por isso, ser criadas as condições necessárias que permitam à mulher ter acesso a este acompanhamento.

Por outro lado, refere que “muitos pais têm denunciado que nem sempre lhes é prestada toda a informação legal necessária, nomeadamente em relação às condições de acesso à licença e subsídio por interrupção da gravidez, se o pai tem ou não algum direito, bem como à necessidade ou não de certificado de óbito ou de funeral”.

Finalmente, “os dados estatísticos existentes no que se refere às perdas até às 22 semanas de gestação — clinicamente consideradas como abortos espontâneos — estão inseridos no Relatório Anual das Complicações das Interrupções da Gravidez, situação com a qual não concordamos, dado que minimiza as perdas gestacionais e desrespeita os pais que perderam os seus bebés sem vontade própria. Para além disso, os dados que dizem respeito às perdas após as 22 semanas de gestação não são rigorosos, uma vez que nem todos os hospitais reportam estes números”.

Para a parlamentar, “estas recomendações seguem os apelos que têm sido feitos pela OMS e pela UNICEF para acabar com as perdas gestacionais evitáveis e que se traduzem, em suma, no aumento da consciencialização e combate ao estigma, o reforço do apoio às mulheres e famílias em caso de perda gestacional e, ainda, a criação de mecanismos para monitorização dos casos de perda gestacional que garantam um melhor conhecimento destas situações”.

Estudo
Investigadores da Faculdade de Medicina Albert Einstein conceberam um medicamento experimental que inverteu os sintomas-chave...

"As descobertas em ratos nem sempre se traduzem para os seres humanos, especialmente na doença de Alzheimer", disse a líder do estudo Ana Maria Cuervo, professora de biologia do desenvolvimento molecular e co-diretora do Instituto de Investigação do Envelhecimento de Einstein. "Mas fomos encorajados a descobrir no nosso estudo que a entrega na limpeza celular que contribui para o Alzheimer em ratos também ocorre em pessoas com a doença, sugerindo que o nosso medicamento também pode funcionar em humanos." Na década de 1990, Ana Maria Cuervo descobriu a existência deste processo de limpeza celular, conhecido como autofagia mediada (CMA) e publicou 200 artigos sobre o seu papel na saúde e na doença.

A CMA torna-se menos eficiente à medida que as pessoas envelhecem, aumentando o risco de que proteínas indesejadas se acumulem em aglomerados insolúveis que danificam as células. De facto, todas as doenças neurodegenerativas caracterizam-se pela presença de agregados de proteínas tóxicas no cérebro dos pacientes. O artigo revela uma interação dinâmica entre a CMA e a doença de Alzheimer, com a perda de CMA nos neurónios que contribuem para o Alzheimer e vice-versa. As descobertas sugerem que os fármacos para a recuperação da CMA podem oferecer esperança para o tratamento de doenças neurodegenerativas.

A equipa de investigação analisou, em primeiro lugar, se uma CMA deficiente contribui para o Alzheimer. Para tal, criaram geneticamente um rato para ter neurónios cerebrais excitatórios que não tinham CMA. A ausência de CMA num tipo de célula cerebral foi suficiente para causar perda de memória a curto prazo, caminhadas deficientes, e outros problemas frequentemente encontrados em modelos roedores da doença de Alzheimer. Além disso, a ausência de CMA perturbou profundamente a proteostase - a capacidade das células de regular as proteínas que contêm. Normalmente, as proteínas solúveis tinham-se transformado em insolúveis e estavam risco de se agruparem em agregados tóxicos.

De seguida, estudaram um modelo de rato com Alzheimer precoce em que os neurónios cerebrais foram feitos para produzir cópias defeituosas da proteína TAU. As evidências indicam que cópias anormais desta proteína se agrupam para formar emaranhados neurofibrilares que contribuem para o Alzheimer. A equipa de pesquisa focou-se na atividade da CMA dentro dos neurónios do hipocampo - a região cerebral crucial para a memória e aprendizagem. Eles descobriram que a atividade da CMA nesses neurónios foi significativamente reduzida em comparação com o controlo dos animais.

E quanto a Alzheimer precoce nas pessoas? Para descobrir, os investigadores analisaram dados de sequenciação de ARN de uma única célula a partir de neurónios obtidos após a morte a partir do cérebro dos pacientes de Alzheimer e de um grupo de comparação de indivíduos saudáveis. Os dados de sequenciação revelaram o nível de atividade da CMA no tecido cerebral dos pacientes. Com certeza, a atividade da CMA foi um pouco inibida em pessoas que estavam em estágios iniciais de Alzheimer, seguidas por uma inibição muito maior da CMA no cérebro de pessoas com Alzheimer avançado.

"Quando as pessoas atingem os 70 ou 80 anos, a atividade da CMA geralmente diminuiu cerca de 30% em comparação com quando eram mais jovens", revelou Ana Maria Cuervo. "O cérebro da maioria das pessoas pode compensar este declínio. Mas se adicionarmos doenças neurodegenerativas, o efeito na composição normal da proteína dos neurónios cerebrais pode ser devastador. O nosso estudo mostra que a deficiência de CMA interage sinergicamente com a patologia de Alzheimer para acelerar muito a progressão da doença."

Um novo fármaco «limpa» os neurónios e inverte sintomas

Numa descoberta encorajadora, esta equipa de investigação desenvolveu um novo fármaco que mostra potencial para tratar Alzheimer. "Sabemos que a CMA é capaz de digerir a proteína TAU defeituosa, bem como outras proteínas", disse Ana Maria Cuervo. "Mas a quantidade de proteína defeituosa no Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas sobrecarrega a CMA e essencialmente esta deixa de funcionar corretamente. O nosso fármaco revitaliza a eficiência da CMA aumentando os níveis de um componente-chave da CMA."

Na CMA, as proteínas chamadas acompanhantes ligam-se a proteínas danificadas ou defeituosas nas células do corpo. As acompanhantes transportam a sua carga para os lisossomas das células — organelas ligadas à membrana cheias de enzimas, que digerem e reciclam resíduos. No entanto, para conseguir colocar a sua carga em lisossomas, os acompanhantes devem primeiro fixar o material num recetor proteico chamado LAMP2A que brota das membranas dos lisossomas. Quanto mais recetores LAMP2A, maior o nível de atividade da CMA. O novo fármaco, chamado CA, funciona aumentando o número desses recetores LAMP2A.

"Produz-se a mesma quantidade de recetores LAMP2A ao longo da vida", disse a investigadora "Mas esses recetores deterioram-se mais rapidamente à medida que envelhecemos, por isso os idosos tendem a ter menos destes recetores disponíveis para entregar proteínas indesejadas em lisossomas. A AC restaura o LAMP2A para níveis juvenis, permitindo à CMA livrar-se de tau e outras proteínas defeituosas para que não possam formar esses aglomerados proteicos tóxicos." (Também este mês, a equipa do Dr. Cuervo informou na Nature Communications que, pela primeira vez, tinham isolado os lisossomas do cérebro dos doentes com Alzheimer e observou que a redução do número de recetores LAMP2A causa a perda de CMA em humanos, tal como acontece em modelos animais de Alzheimer.)

Os investigadores testaram a AC em dois modelos diferentes de rato da doença de Alzheimer. Em ambos os modelos de rato da doença, as doses orais de CA administradas ao longo de 4 a 6 meses levaram a melhorias na memória, depressão e ansiedade que fizeram com que os animais tratados se assemelhassem ou se assemelhassem a ratos saudáveis e de controlo. A capacidade de caminhada melhorou significativamente no modelo animal em que era um problema. E nos neurónios cerebrais de ambos os modelos animais, o fármaco reduziu significativamente os níveis de proteína tau e aglomerados proteicos em comparação com animais não tratados.

"Os animais em ambos os modelos já apresentavam sintomas de doença, e os seus neurónios estavam entupidos com proteínas tóxicas antes de os medicamentos serem administrados", explicou a investigadora. "Isto significa que o fármaco pode ajudar a preservar a função neuronal mesmo nas fases mais tardias da doença”

O tratamento com AC não parece ter prejudicado outros órgãos mesmo quando dado diariamente por longos períodos de tempo. O fármaco foi desenhado por Evripidis Gavathiotis, professor de bioquímica e de medicina e co-autor do estudo.

Inovação de tratamento
A Comissão Europeia (CE) aprovou recentemente a autorização de introdução no mercado da forma subcutânea do natalizumab, um...

A nova via de administração oferece um perfil de eficácia e segurança comparáveis à formulação intravenosa (IV) do fármaco, com base nos dados de longo prazo da terapêutica, benefícios clínicos e perfil de segurança bem estabelecidos.

“A administração subcutânea de natalizumab aumenta as opções terapêuticas para controlar a esclerose múltipla muito ativa”, explica Sven G. Meuth, Professor de Neurologia e Diretor do Departamento de Neurologia do Hospital Universitário de Dusseldorf. “Acredito que a formulação subcutânea apresenta uma oportunidade para os doentes com esclerose múltipla receberem um medicamento com eficácia e segurança comparáveis à via intravenosa, mas com um tempo de administração reduzido, o que pode ser significativo para os doentes.”

A aprovação da Comissão Europeia da via de administração subcutânea de natalizumab é baseada nos dados dos estudos DELIVER e REFINE, cujos resultados demostraram ser comparáveis à administração intravenosa de 300 mg de natalizumab a cada 4 semanas, relativamente ao perfil de eficácia, farmacocinética e farmacodinâmica. A segurança deste fármaco, em ambos os estudos, foi geralmente consistente com o perfil de benefício-risco bem estabelecido em outros estudos clínicos e em contexto de pós-comercialização, com exceção da dor no local da injeção que pode ocorrer com as injeções.

“Esta é uma terapêutica de alta eficácia com um perfil de segurança bem estabelecido para doentes que vivem com esclerose múltipla. Quase 15 anos de experiência de mundo real ajudam a reforçar a sua efetividade na redução da atividade da doença, mostrando que o tratamento precoce leva a melhores resultados clínicos”, afirma Rita Lau Gomes, Diretora Médica da Biogen Portugal. “Com doenças crónicas como a Esclerose Múltipla, devemos continuar a procurar inovações que possam ajudar os doentes a integrar melhor as suas preferências de tratamento nas suas vidas. Esta aprovação reflete o nosso compromisso em explorar novas possibilidades e atender às necessidades crescentes das pessoas que vivem com Esclerose Múltipla.”

A Esclerose Múltipla Surto-Remissão é a forma mais comum de Esclerose Múltipla (EM) – estima-se que represente cerca de 85% dos doentes com EM. Esta forma caracteriza-se pela ocorrência sucessiva de surtos, ou seja, períodos em que existe uma manifestação mais acentuada da sintomatologia da doença. A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crónica que afeta o sistema nervoso central e que, em consequência, poderá dar origem a sintomas neurológicos causadores de incapacidade progressiva. Os números mais recentes apontam para perto de 8 mil pessoas em Portugal com Esclerose Múltipla

Balanço
Portugal atingiu hoje o marco dos dez milhões de diagnósticos feitos ao SARS-CoV-2. O anúncio foi feito pelo Secretário de...

“Há dois dias tivemos um recorde de testes à Covid-19: mais de 94 mil testes. Relembro que, no início de março de 2020, tínhamos pouco mais de dois mil testes. Atingimos dez milhões de testes hoje, em números redondos, e fazemos mais de 970 mil testes por milhão de habitantes”, revelou Lacerda Sales, após a inauguração das ampliações das unidades de ambulatório de Gastrenterologia e da Pneumologia do Hospital de Santo André.

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, explicou, no entanto, que a massificação da testagem não está relacionada com o aumento de incidência da Covid-19 em Portugal.

Quando aos números da vacinação em Portugal, António Lacerda Sales, adiantou que foram vacinadas mais de 180 mil pessoa no último fim de semana, o que se revela como “um verdadeiro teste à nossa capacidade de planeamento e de organização”.

O Secretário de Estado falou ainda sobre a recente revisão do plano de vacinação, que passa pela imunização de faixas etárias decrescentes, entre os 16 e os 79 anos, com patologias graves, como “doenças oncológicas em fase ativa, transplantação, imunodepressão» e «doenças mentais e neurológicas graves”, acrescentando que espera, que a partir da próxima semana os portugueses já se possam inscrever para vacinação num portal criado para o efeito.

 

Monitorizado por videochamada
Depois de lançar uma solução de testagem ao domicílio, a Oporto Pain Free Clinic (OPFC), lança agora um serviço online para...

À distância de um click é possível requisitar um autoteste e realizá-lo, no prazo de 24 horas, com toda a segurança, através do sistema de monitorização realizado por um profissional de saúde, via videochamada.

 Como explica Cláudia Bernardo, Directora Clínica da OPFC “apesar de estar regulamentada a autotestagem com recurso a testes rápidos nasais, é importante que o processo seja realizado da forma mais correta e com toda a segurança, de modo a eliminar qualquer erro de interpretação dos resultados. A solução de monitorização por um profissional de saúde além de garantir que todo o procedimento será realizado da forma mais correta garante que, casos positivos ou negativos de COVID-19, sejam devidamente notificados no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE)”.

A OPFC utiliza testes rápidos de antigénio com recolha por amostra nasal, que se encontram devidamente autorizados pelo INFARMED para o efeito. 

 

Pequenos equipamentos, pilhas e baterias
A campanha «Todos pelo IPO» superou todas as expetativas e continua em 2021. Para contribuir, basta entregar pequenos...

A campanha “Todos Pelo IPO” fechou o ano de 2020 com resultados que superaram todas as expectativas e culminou com a entrega de um donativo para a aquisição de 40 PDA (Personal Digital Assistant) ao Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa). Estes equipamentos serão utilizados no projeto de implementação de sistema de segurança transfusional e analítico LabTrack, que visa o reforço da segurança do doente durante os processos de transfusões de sangue e de componentes sanguíneos.

O donativo resulta da parceria entre o IPO Lisboa e a ERP Portugal, entidade gestora de resíduos elétricos e eletrónicos e pilhas usadas, que se associou pela primeira vez ao Instituto no ano de 2020, parceria renovada para o ano 2021 que continua a desafiar os portugueses a participarem na reciclagem dos seus resíduos, ajudando simultaneamente o IPO a cumprir a sua missão.

Sandra Gaspar e Júlio Pedro, vogais executivos do Conselho de Administração do IPO Lisboa, agradecem a todos os que contribuíram colocando pilhas usadas e pequenos eletrónicos nos pontos de recolha de empresas, escolas e do próprio IPO e destacam a relevância desta iniciativa referindo que a mobilização das pessoas e das empresas em torno desta ação reflete o reconhecimento do trabalho dos profissionais do Instituto.

Rosa Monforte, Diretora Geral da ERP Portugal, adianta que “estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos e queremos muito continuar a apoiar o IPO e o trabalho desenvolvido pelos seus profissionais. Acreditamos que uma causa solidária é um ótimo incentivo para que os portugueses reciclem mais, especialmente conhecendo o espírito com que os portugueses abraçam e contribuem para causas nobres como esta. Esperamos em 2021 superar os resultados obtidos e contribuir para a aquisição de outros bens necessários a este Instituto, que é tão essencial para tantas famílias portuguesas”.

Para continuar a participar na ação “Todos pelo IPO”, basta entregar os seus pequenos equipamentos elétricos e eletrónicos e pilhas em fim de vida nos mais de 5000 pontos de recolha da ERP Portugal, distribuídos por todo o país, incluindo também as instalações do próprio IPO (lista disponível aqui).

Cada entrega de pilhas usadas ou de pequenos elétricos e eletrónicos (comandos, lanternas, relógios, torradeiras, secadores de cabelo, ferros de engomar, computadores, impressoras, telemóveis, etc.) faz a diferença numa causa em que a saúde e o ambiente estão de mãos dadas.

Os resíduos recolhidos até ao final do ano de 2021 voltarão a serão «transformados» em mais um donativo a entregar ao IPO.

Equipamento será instalada na unidade Covid A
No próximo dia 26 de abril, pelas 12h, vai ser entregue ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), um equipamento...

No evento, vão estar presentes o Conselho de Administração do CHUC, elementos da Unidade Covid A do Hospital Geral (unidade onde vai ficar instalado o equipamento), Sérgio Correia e Peter Santos da empresa STREAK – Engenharia em Automação, Lda., Joana Branco, Diretora Executiva do Biocant, que procedeu à certificação do equipamento e Paulo Santos, Diretor Executivo da Incubadora de Empresas do IPN, que tem vindo a apoiar a STREAK no financiamento de projetos de inovação e incubação da empresa spin-off criada para explorar esta nova área de negócio.

Este equipamento foi cedido ao HG do CHUC, durante os ensaios Biocant, em novembro de 202, “para ser utilizado numa sala de mudança dos equipamentos de proteção individual (EPIs), contribuindo para que os profissionais de saúde sentissem mais segurança, num momento tão delicado e desgastante, tanto física como mentalmente”

De acordo com o comunicado do CHUC, “o PureTower é um equipamento que passou por vários testes e rigorosos processos de certificação elaborados por laboratórios independentes”. Os testes bacteriológicos segundo a norma ISO 15714:2019, (primeiro equipamento desenvolvido e validado microbiologicamente em Portugal segundo esta norma) realizados pelo Biocant, obtiveram taxas de esterilização de 95.4% do ar numa passagem apenas. O Pure Tower tem uma dose de radiação de 24,600 mJ/cm2 o que garante a inativação do Covid-19 a uma taxa superior a 99.9%.

 

Tecnologia Click2Care
A União Freguesias Lordelo do Ouro e Massarelos (UFLOM) desenvolveu uma resposta social direcionada à população idosa da região...

“O serviço de teleassistência prestado pela Click2Care na população da UFLOM tem um impacto social positivo, no sentido em que cada pessoa que possui este dispositivo se encontra "protegido" 24h por dia, 7 dias por semana, o que através de meios humanos seria impossível de garantir.” – defende o Gabinete de Ação Social da UFLOM.

Atualmente encontram-se 68 idosos com o dispositivo Click2care, cinco em fase de instalação, sendo que os restantes sete serão implementados à posteriori. A população abrangida por esta iniciativa tem, na sua grande maioria, mais que 80 anos e muitos vivem sozinhos. Associadas a esta faixa etária estão algumas patologias como a demência ou alterações motoras, que diminuem a sua autonomia. Sendo esta ferramenta “uma enorme mais-valia, porque os faz sentir mais protegidos e acompanhados, deixando também os familiares mais descansados.” - segundo o Gabinete de Ação Social da UFLOM, que sublinha ainda que “a vantagem deste dispositivo é funcionar dentro e fora de casa, permitindo e promovendo a mobilidade destas pessoas.”

Click2Care é uma solução tecnológica facilitadora de cuidados de saúde que permite ajuda em casos de emergência, permitindo a localização e teleassistência, bem como a facilitação no despacho de meios de socorro. Esta tecnologia é constituída por um dispositivo móvel pessoal, e uma plataforma de gestão onde toda a informação é acedida pelas entidades competentes.

 

Para ajudar as pessoas com dificuldades de visão ou dificuldades de leitura
No Dia Mundial do Livro e Direitos de Autor, decretado pelas Nações Unidas, e comemorado por milhões de pessoas em mais de 100...

O OrCam Read, pretende ajudar as pessoas com dificuldades de visão ou dificuldades de leitura. Este, traz uma nova abordagem aos assistentes de leitura, já que é o primeiro dispositivo feito para ser agarrado, que captura páginas de texto e as lê em voz alta ao utilizador. O aparelho está desenhado para pessoas com dificuldades de leitura derivadas de fadiga, dislexia, afasia ou outras condições, bem como para pessoas que leem grandes quantidades de texto.

Utilizando tecnologia baseada em inteligência artificial, o leitor portátil lê e captura em tempo real, texto de qualquer superfície ou ecrã digital. É o único leitor que captura duas páginas inteiras, e é ativado por dois lasers de precisão, que o guiam para ler o texto na zona selecionada ou para selecionar onde começar a ler.

O OrCam MyEye é o único dispositivo portátil de tecnologia de assistência que é capaz de seguir o olhar do utilizador, permitindo uma utilização mãos-livres. Combina o poder da visão artificial com um dispositivo do tamanho de um dedo, adequado para qualquer pessoa, de qualquer idade ou nível de visão.

Este inovador dispositivo de auxílio visual com uma interface discreta, móvel e fácil de utilizar permite ao utilizador executar funções do dia-a-dia como ler, reconhecer cores, produtos de supermercado, dinheiro e caras – convertendo esta informação em áudio.

Através de tecnologia sofisticada e fácil de operar, tanto a OrCam Read como o OrCam MyEye abriram um novo mundo de sistemas de acessibilidade na leitura para pessoas cegas e com dificuldades de visão que não existia antes.

Os mesmos tornam mais acessível o Dia Mundial do Livro, pois tornam a leitura instantaneamente acessível a todos. “Uma das limitações na leitura das pessoas com dificuldades de visão prende-se com o difícil acesso aos livros. A maioria das pessoas cegas ou com dificuldades de visão utiliza livros em formato Braille, com letras impressas em tamanho maior ou audiobooks. Todos estes formatos têm em comum a escassez de oferta e a demora no tempo de publicação do livro, face à edição base, o que limita estes leitores,” nota Fabio Rodriguez, regional director de Portugal e Espanha da OrCam Technologies.

“Pode ser desafiador não ter mais nenhuma alternativa para a leitura no trabalho, escola ou mesmo por prazer, e foi nesse sentido que desenvolvemos as nossas inovações. Esta possibilidade de ouvir o texto, alivia o encargo colocado no utilizador de encontrar forma de ler, permitindo que o mesmo se foque no conteúdo.”

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, quatro mortes e 636 novos casos de infeção por Covid-19. O número de internamentos...

Segundo o boletim divulgado, a região norte foi aquela que registou maior número de óbitos: 2 das quatro mortes assinaladas desde ontem. Seguem-se a regiões centro e Lisboa e Vale do Tejo, ambas com um óbito. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores, não têm mortes a assinalar nas últimas 24 horas.  

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 636 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 203 novos casos e a região norte 269. Desde ontem foram diagnosticados mais 58 na região Centro, 30 no Alentejo e 37 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 17 infeções e nos Açores 22.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 395 doentes internados, menos dois que ontem. As unidades de cuidados intensivos passaram a ter também menos seis doentes internados. Atualmente, estão em UCI 104 pessoas.

O boletim desta quinta-feira mostra ainda que, desde ontem, 521 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 791.171 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 24.764 casos, mais 111 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 755 contactos, estando agora 22.436 pessoas em vigilância.

Material contrafeito
A farmacêutica norte-americana Pfizer diz ter identificado versões falsas da sua vacina contra a Covid-19 no México e na...

As doses falsas das vacinas foram apreendidas pelas autoridades em investigações separadas nos dois países.

No México, sabe-se agora que cerca de 80 pessoas receberam uma versão falsa do medicamento, que parecia ter sido fisicamente inofensiva, mas que não ofereceu proteção contra o coronavírus, referiu o Wall Street Journal (WSJ).

O porta-voz do governo do México em Covid-19, Hugo Lopez-Gatell, revelou, entretanto, que as vacinas falsas tinham sido detetadas pela polícia depois de terem surgido anúncios nas redes sociais que cobravam até 2.500 dólares (1.800 libras) por dose. Várias pessoas acabaram detidas.

Já as autoridades polacas, país onde as falsas vacinas eram vendidas como tratamentos antirrugas, disseram que as doses falsas que aparecem em circulação são “praticamente inexistentes”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) as vacinas falsas "representam um sério risco para a saúde pública global", por isso a organização apela que estas sejam identificadas e retiradas de circulação.

 

Cimeira Climática
Para o Presidente dos EUA, Joe Biden, estamos numa "década decisiva" para enfrentar as alterações climáticas. Por...

Esta foi a meta revelada na cimeira virtual sobre alterações climáticas, na qual participam cerca de 40 líderes mundiais. Uma meta ambiciosa que duplica a promessa anterior.

Desta forma, espera-se que o plano de Biden seja um incentivo para que outros países, como a China ou a Índia a iram mais longe antes da reunião da COP26 agendada para novembro.

"Os cientistas dizem-nos que esta é a década decisiva - esta é a década que temos de tomar decisões que evitarão as piores consequências da crise climática", disse o Presidente Biden no discurso de abertura da cimeira.

"Temos de tentar manter o aumento da temperatura da Terra abaixo de 1,5C. Ir além de 1,5 graus significa enfrentarmos incêndios mais frequentes e intensos, inundações, secas, ondas de calor e furacões - rasgando comunidades, arrancando vidas e meios de subsistência”, referiu.

"Como comunidade global, é imperativo que ajamos rapidamente e em conjunto para enfrentar esta crise. Isto requer inovação e colaboração em todo o mundo”, acrescentou a vice-presidente Kamala Harris.

Clima tem sido foco central dos primeiros meses de mandato da administração Biden

Além de se juntar ao pacto climático de Paris e de organizar a cimeira desta quinta-feira, a equipa Biden tem estado a trabalhar numa forte promessa de convencer o mundo a reduzia as emissões de gases.

"Ao anunciar uma meta ousada de reduzir as emissões 50-52% abaixo de 2005 até ao final da década, o Presidente Biden cumpriu o momento e a urgência que a crise climática exige", disse Nathaniel Keohane, do Fundo de Defesa ambiental dos EUA.

"Este objetivo alinha-se com o que a ciência diz ser necessário para colocar o mundo no caminho de um clima mais seguro, e coloca os EUA no topo dos líderes mundiais na ambição climática”, acrescenta.

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