Global Physician Summit - Family Medicine Edition
O Global Physician Summit - Family Medicine Edition vai juntar os médicos de família nos próximos dias 17 e 18 de junho de 2021...

A equipa que organiza este primeiro encontro virtual construiu a ideia assente na perspetiva de capacitar estes profissionais para praticarem uma Medicina ainda mais centrada no doente, colaborativa e multidisciplinar, procurando apresentar soluções para os desafios existentes nas Unidades de Cuidados de Saúde personalizados e Unidades de Saúde Familiar.

Tiago Taveira-Gomes explica que a ideia para este encontro “resulta da vontade de contribuirmos para a educação médica contínua num formato que tire proveito das capacidades que a tecnologia digital permite, pensado ao mais pequeno pormenor, de modo a ter aplicabilidade imediata na realidade das unidades de cuidados de saúde primários portuguesas”. O especialista em MGF e engenheiro informático que integra a equipa organizadora acredita “que esta iniciativa permitirá aos colegas refinar competências ao longo da carreira profissional de um modo leve, informal e divertido, nas três grandes vertentes que pautam o trabalho da Medicina Geral e Familiar - a clínica, a gestão e a visão holística”, sendo que o GPSummit pode ser encarado como uma formação “complementar às demais iniciativas pensadas para os médicos de família”.

Partindo da inquestionável necessidade dos médicos de família (MF) na “atualização de conhecimentos, perante um volume de informação que cresce continuamente”, acrescenta Nuno Capela, “o GP Summit constitui uma ferramenta que ajuda os clínicos neste processo, pois os conteúdos são abordados de forma a ir ao encontro às necessidades dos MF e são entregues de uma forma objetiva e prática, para que possam ser exequíveis e impactantes”, acrescenta o também especialista em MGF.

Nessa medida, o programa foi construído de forma muito alargada e criativa, incluindo desde conferências sobre temas clínicos – insuficiência cardíaca, lesões ortopédicas, interações farmacológicas, doença renal crónica e diabetes ou depressão – até intervenções dedicadas a temas mais práticos do dia-a-dia do médico de família, como a criação de um processo assistencial integrado, a organização de uma pasta partilhada, a comunicação e a inteligência emocional em ambiente de consulta. O programa completo pode ser consultado no website doGPSummit.

Inês Campos Costa, também da equipa organizadora evento, explica as escolhas para este programa de abordagem multiperspetiva e multitemática, com a consciência, neste cenário de pandemia pelo novo coronavírus, da relevância e responsabilidade dos cuidados de saúde primários. “Para nós era claro que um evento de referência na área da Medicina Familiar tinha de abordar temas técnicos, mas também temas relacionais, sociais e de gestão”, já que “a Medicina vai muito além da análise de sinais e sintomas, como todos sabemos e em algum momento sentimos”.

A inovação deste primeiro GPSummit inclui também a criação de um jogo, o GP Quiz, baseado em questões de escolha múltipla que ajudará a consolidar conhecimentos entre os participantes.

Os profissionais podem igualmente apresentar trabalhos, projetos ou ideias desenvolvidas no âmbito da MGF sob a forma de poster eletrónico ou apresentação em vídeo, sendo que a submissão é feita após criação de conta no GPSummit. É possível submeter resumos até 1 de junho de 2021, às 12:00.

“Temos a certeza que será inesquecível não só pela qualidade como também pela inovação que traz à formação médica contínua”, reforça a equipa organizadora do evento. As inscrições estão abertas e com preços reduzidos até ao próximo dia 31 de maio.

 

Campanha para prevenção da Doença Invasiva Meningocócica
Impactante e 100% positivo, “O Meu Maior Sonho” é o mote da mais recente campanha para a prevenção da Doença Invasiva...

Interpretado por protagonistas de várias idades, o vídeo conta a história de nove crianças, desde a infância, quando sonhavam com um futuro, até à idade adulta, altura em que assistimos à sua concretização. De uma veterinária a um chef de cozinha, passando por dois gémeos que se tornaram mecânicos, uma basquetebolista, uma polícia, um gamer, uma tatuadora e pelo próprio Fernando Daniel, hoje artista, todos estes sonhos se transformaram em realidade.

Com a campanha “O Meu Maior Sonho” pretende-se mostrar que todos os sonhos são possíveis de concretizar. Mas não nos podemos deixar travar. E isso passa pela prevenção de doenças graves, como a Meningite Meningocócica.

«Apesar de rara, a Meningite Meningocócica é uma doença grave. Pode deixar sequelas e causar a morte em 24 a 48 horas. Em países industrializados, a incidência da doença é maior na infância, e apresenta um pico secundário na adolescência. O impacto desta doença, tanto no doente como na sua família, é muito relevante e devastador. Um diagnóstico de Meningite Meningocócica pode pôr em causa todos os sonhos de uma vida muito rapidamente. Felizmente, esta doença pode ser prevenida, e é isso que pretendemos reforçar com esta campanha.», explica Susana Castro Marques, Diretora Médica da Pfizer Portugal.

A campanha “O Meu Maior Sonho” tem uma forte componente digital, com particular incidência sobre as redes sociais da companhia farmacêutica, do cantor e de vários outros influenciadores.

Pode assistir ao vídeo AQUI.

Ensaio clínico com voluntários
Jovens saudáveis que tiveram Covid-19 estão a ser convidados para se voluntariarem para participarem de um ensaio que irá,...

Ao todo, cerca de 64 pessoas com idades entre os 18 e os 30 anos, vão ser vigiados durante 17 dias numa unidade de quarentena onde vão realizar vários exames e testes, incluindo exames pulmonares.

De acordo com os autores deste estudo, todos os voluntários vão ser novamente expostos à estirpe original de Wuhan, num “ambiente seguro e controlado”, enquanto uma equipa médica monitoriza a sua saúde.

Segundo a BBC, a primeira fase deste estudo, financiado pela Wellcome Trust, tem como objetivo estabelecer a menor dose de vírus que pode dar origem à doença, mas produzindo poucos ou nenhum sintoma. Depois de estabelecia, esta dose será então usada para infetar os participantes na segunda fase do estudo, e que se espera que começa no verão.

Os voluntários que desenvolverem sintomas vão receber um tratamento anticorpo para ajudá-los a combater a infeção, recebendo alta apenas quando for eliminada a carga viral.

Para Helen McShane, uma das principais investigadoras da Universidade de Oxford, este tipo de estudos “dizem-nos coisas que outros não podem porque, ao contrário da infeção natural, são rigorosamente controlados”.

"Quando reinfectarmos estes participantes, saberemos exatamente como o seu sistema imunitário reagiu à primeira infeção Covid, exatamente quando a segunda infeção ocorre, e exatamente quanto vírus eles têm”, explicou.

"Além de melhorar o nosso entendimento básico, isso pode ajudar-nos a conceber testes que possam prever com precisão se as pessoas estão protegidas”, acrescentou.

Segundo Lawrence Young, investigador da Universidade de Warwick, este estudo irá ainda “permitir que a eficácia da vacinação seja avaliada com precisão”.

Apoio às famílias, utentes e profissionais de saúde
Em funcionamento há um mês, Eduardo Carqueja, diretor do Serviço de Psicologia do CHUSJ, faz um balanço “mais do que positivo”...

De acordo com a nota do Centro Hospitalar, “os profissionais de saúde que trabalham nas urgências são um dos principais alvos do acompanhamento psicológico, uma vez que estavam a ser muito sobrecarregados com as múltiplas tarefas que enfrentavam”. Deste modo, Eduardo Carqueja percebeu que a presença de um psicólogo era muito importante, "não só no serviço que eles teriam de prestar aos doentes e aos seus familiares, mas também no autocuidado que eles deviam ter".

Segundo Nelson Pereira, diretor da UAG de Urgência e Medicina Intensiva do CHUSJ, “esta ajuda tem sido uma mais-valia para os profissionais de saúde da unidade, onde tantas vezes se joga a diferença entre a vida e a morte. O psicólogo passa a fazer parte desta família, é alguém que está ao lado e a quem podemos recorrer em cada momento".

Nos primeiros 20 dias de atividade foram registadas 15 ocorrências, que passam "pela transmissão de más notícias, maus diagnósticos ou mortes", explica Margarida Capela, uma das psicólogas afetas a este serviço.

Para integrar as urgências do São João, a psicóloga Margarida Capela teve de receber formação específica nas áreas "do apoio às famílias, na intervenção com os profissionais de saúde, na intervenção das más notícias".

“Apesar de não ser inédito no mundo, o Serviço de Urgência do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) é o primeiro do país a contar com o contributo de um psicólogo em permanência. O diretor do serviço de psicologia adianta que "imensos colegas de outros hospitais" pediram a estratégia implementada no São João para poderem adotar nas respetivas unidades de saúde.

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, uma morte e 220 novos casos de infeção por Covid-19. O número de internamentos voltou...

Segundo o boletim divulgado, a única morte associada à infeção provocada pelo novo coronavírus, foi registada na região autónoma dos Açores. As restantes regiões do país, incluindo a região autónoma da Madeira, não registaram nenhum óbito.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 220 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 56 novos casos e a região norte 97. Desde ontem foram diagnosticados mais 24 na região Centro, nove no Alentejo e cinco no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 15 infeções e nos Açores 14.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 454 doentes internados, mais 26 que ontem. Também as unidades de cuidados intensivos passaram a ter mais três doentes internados. Atualmente, estão em UCI 112 pessoas.

O boletim desta segunda-feira mostra ainda que, desde ontem, 547 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 789.216 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 25.059 casos, menos 328 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 111 contactos, estando agora 20.823 pessoas em vigilância.

Comissão Europeia
A Comissão Europeia (CE) aprovou a expansão da indicação do pembrolizumab, a terapêutica anti-PD-1 da MSD em monoterapia para o...

Esta aprovação baseia-se nos resultados do ensaio pivotal de Fase 3 KEYNOTE-204, em que o pembrolizumab em monoterapia demonstrou melhoria significativa na sobrevivência livre de progressão (SLP) em comparação com brentuximab vedotina (BV), um tratamento frequentemente utilizado.

Este ensaio demonstrou ainda que o fármaco reduziu o risco de progressão da doença ou morte em 35% e mostrou SLP mediana de 13,2 meses versus 8,3 meses para doentes tratados com BV.

A aprovação também se baseia em dados de análise atualizada do ensaio KEYNOTE-087. Em 2017, KEYNOTE-087 foi a base para a aprovação dada pela Comissão Europeia do pembrolizumab para o tratamento de doentes adultos com LHc recidivado ou refratário, após falência de o TACE e a BV, ou que não são elegíveis para transplante e falharam BV. Esta aprovação é a primeira aprovação pediátrica para o fármaco na União Europeia (UE).

 “A aprovação dada pela Comissão Europeia para uma utilização alargada do KEYTRUDA constitui outra opção para doentes adultos e pediátricos com linfoma de Hodgkin clássico, que apresentam progressão da doença após linhas terapêuticas anteriores ou recidiva após transplante”, afirmou Vicki Goodman, vice-presidente de investigação clínica da MSD.

“Estamos empenhados em desenvolver terapêuticas para ajudar a melhorar os resultados de doentes com doenças malignas hematológicas, incluindo aqueles com linfoma de Hodgkin clássico recidivado ou refratário, através do nosso amplo programa clínico.”

Esta aprovação permite a comercialização do pembrolizumab como monoterapia em todos os 27 Estados-Membros da UE, para além da Islândia, Lichtenstein, Noruega e Irlanda do Norte.

Conferência digital
A Sociedade Portuguesa de Pneumologia vai apresentar, em conferência digital, um tratamento que tem revelado elevada eficácia...

Nesta conferência, que será transmitida na plataforma digital e na página de Facebook da SPP,  no próximo dia 21 de abril, pelas 21h00, vão estar presentes vários especialistas em saúde respiratória, entre os quais, representantes da SPP, assim como representantes da RESPIRA.

Este tratamento demonstrou que reduz a falta de ar e o cansaço do doente com doença respiratória crónica, aumenta a capacidade de o doente realizar as tarefas diárias que requerem maior esforço físico, promovendo uma maior autonomia e participação em todas as vertentes da sua vida laboral e/ou social e a adoção de estilos de vida saudáveis. Melhora os níveis de ansiedade e depressão. Reduz o risco de hospitalização e reduz os custos de cuidados de saúde.

Do ponto de vista da segurança, tem revelado poucos efeitos secundários, desde que sejam garantidos todos os cuidados na correta avaliação do doente e monitorização durante a intervenção terapêutica.

Assista e participe na conferência na plataforma https://pneumologia-elearnings.pt/

Ou no Facebook da SPP https://www.facebook.com/sociedadeportuguesadepneumologia.

 

 

A Comunicação salva vidas
A EUPRERA, com as associações profissionais e académicas internacionais de relações públicas e comunicadores, lançou a...

Mais de um ano depois de a Organização Mundial da Saúde ter declarado pela primeira vez o surto de COVID-19 uma emergência de saúde pública de preocupação internacional sob o Regulamento Sanitário Internacional (RSI), vários problemas surgiram em relação à coordenação da comunicação entre as instituições sobre o vírus, medidas de proteção, respostas adequadas e vacinação.

Apesar de vários avisos da comunidade científica e da disponibilidade de informações e lições de emergências de doenças infeciosas anteriores, governos e autoridades em todo o mundo mostraram uma capacidade limitada para responder com eficácia à emergência de surtos de saúde.

Evidências de pesquisas recentes da EUPRERA Com-Covid Network, uma série global de projetos de pesquisa nacionais organizados pelas Associações Europeias de Educação e Pesquisa em Relações Públicas, mostraram uma pobre gestão de comunicação, bem como baixa confiança em fontes de informação e autoridades. Ángeles Moreno, Presidente da EUPRERA, disse: “Sabemos que a comunicação profissional ética pode salvar vidas. Profissionais de excelência são essenciais para gerir uma pandemia, pelo modo como facilitam e mantêm relações e compreensão mútua entre as instituições e o público”.

A capacidade de transmitir as informações certas rápida e claramente em diferentes plataformas de media é essencial para gerir uma emergência de saúde pública num cenário de media ilimitados. Em contrapartida, informações pouco claras e desonestas podem multiplicar as oportunidades de falhas de comunicação, além de levar à disseminação de notícias falsas, teorias da conspiração e disseminação de contra comportamentos que podem comprometer a capacidade das sociedades de controlar o vírus. Mensagens enganosas e dicas contraditórias de líderes e instituições comprometem a confiança, o que pode dificultar uma resposta coletiva bem-sucedida.

Com esta declaração, as associações internacionais profissionais e académicas de comunicação estratégica e relações públicas querem identificar os erros das autoridades e dos cidadãos e ajudar com soluções eficazes.

Ángeles Moreno, Presidente da EUPRERA, afirma: “Alguém tinha de o dizer de um ponto de vista de especialista: primeiro, as autoridades internacionais e nacionais não geriram corretamente as comunicações durante a pandemia em demasiados casos e segundo, os profissionais reconhecidos de Relações Públicas e comunicação estão aqui para ajudar."

A Declaração completa está anexada e disponível em: https://euprera.org/covid-comm-statement/  

Pelo fim das desigualdades entre Enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde
O Grupo Greve Cirúrgica acaba de apresentar uma proposta de diploma à Ministra da Saúde e à Ministra da Modernização do Estado...

O Grupo, que junta centenas de Enfermeiros e conta com o apoio do sindicato SITEU, “pretende reverter todas as situações de desigualdades resultantes da evolução legislativa relativa à regulação da carreira de Enfermagem, culminando numa carreira única aplicável a todos os Enfermeiros, independentemente do vínculo ao abrigo do qual exercem as suas funções”

De acordo com um comunicado enviado à comunicação social, “as desigualdades tiveram início em 2002 com o início do fenómeno de empresarialização dos Hospitais Públicos e os seus efeitos perduram no tempo, até hoje, levando a que centenas de profissionais tenham recorrido aos Tribunais para ver os seus direitos reconhecidos”.

No início do ano, “o Provedor-Adjunto da Justiça alertou para a necessidade do reconhecimento do direito à contagem de pontos referentes aos anos anteriores a 2018 para efeitos de progressão de carreira dos Enfermeiros em regime de Contrato Individual de Trabalho”, solicitando a intervenção do Secretário de Estado Adjunto da Saúde.  “Já em 2018, a Comissão de Revisão da Lei de Bases da Saúde tinha proposto a unicidade das carreiras dos profissionais de saúde do SNS, independentemente da relação jurídica de emprego”, revela o Grupo Greve Cirúrgica.

“Atento às dificuldades no exercício profissional e à forma como tem sido tratada a profissão pelos Governos que se têm sucedido, o Grupo Greve Cirúrgica foi criado em novembro de 2018, numa tentativa de chamar a atenção de toda a população para a real importância desta classe profissional e para os graves problemas que têm vindo a enfrentar”, escreve em comunicado.

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Reparam, hidratam, suavizam, clareiam, tonificam, mas o que mais atrai a indústria cosmética é uma n

Segundo Whitney Bowe1, reconhecida dermatologista norte-americana, “os peptídeos são cadeias de aminoácidos, blocos de construção que compõem as proteínas do nosso corpo, incluindo o colagénio”. Sem estas proteínas ver-se-á rugas, unhas quebradas e cabelos quebradiços.

Assim, pode dizer-se que os peptídeos são como blocos de construção, não só para novas fibras de colagénio, mas também de elastina. “Essas fibras são os blocos de construção da nossa pele e aumentam a firmeza e a elasticidade do tecido”, explica Deanne Robinson2, dermatologista e docente na Universidade de Yale.

Mensageiros biológicos

Os peptídeos são, assim, essenciais para uma estrutura e função da pele. São importantes na firmeza, textura e aparência. Os peptídeos são encontrados em todas as células humanas, explicam como especialistas, desempenham um papel importante na forma como o corpo funciona e atuam como 'mensageiros biológicos'.

Investigadores de uma das maiores empresas dinamarquesas de biotecnologia, focada na descoberta e desenvolvimento de medicamentos inovadores baseados em peptídeos, explicam que os peptídeos - moléculas biológicas naturais - são encontrados em todos os organismos vivos e desempenham um papel fundamental em todo tipo de atividade biológica.

“Como proteínas, os peptídeos são formados (sintetizados) naturalmente a partir da transcrição de uma sequência do código genético, o ADN. A manutenção da concentração e dos níveis de atividade dos peptídeos é necessária para atingir a homeostasia e manter a saúde.”

Em busca da Felicidade

Então, mas se os peptídeos estão no organismo porque é que precisamos de mais? A resposta é clara: porque envelhecemos. As dermatologistas explicam que após os 30 anos começamos a perder 1% por ano do colagénio que nos resta. Portanto, é só fazer contas.

De acordo com a investigadora Dolores González de Llano - coautora da obra Enciclopédia de Ciências Alimentares e Nutrição -, os peptídeos incorporados em produtos cosméticos antienvelhecimento dividem-se em três categorias: peptídeos 'sinalizadores', peptídeos 'transportadores' e peptídeos bloqueadores 'de neurotransmissores.

“Os peptídeos de sinal mimetizam como sequências de proteínas encontradas no colagénio e na elastina e estimulam a produção de novo colagénio e elastina. Os peptídeos transportadores atuam como veículos para outros ingredientes para auxiliar nos processos enzimáticos que aumentam a síntese de colagénio. Alguns peptídeos são fragmentados e podem bloquear uma neurotransmissão, que pode levar à redução das contrações faciais, que acabariam por quebrar o colagénio e criar uma aparência de rugas”, explica a especialista.

A investigadora considera, assim, que a utilização de peptídeos em formulações de cuidados com a pele é ilimitado.

Benefícios

A dermatologista Deanne Robinson também alerta para a questão de os peptídeos não serem todos iguais e enumera o que fazem. “Os peptídeos transportadores libertam minerais na pele para estimular o colagénio, enquanto os peptídeos inibidores da enzima trabalham para abrandar o colapso natural da pele do colagénio. Peptídeos de sinal enviam mensagens para diferentes partes da pele para promover colagénio, elastina e outras proteínas; e os neurotransmissores dos peptídeos, conhecidos como 'tipo botox', bloqueiam a libertação de substâncias que causam a contração muscular das linhas de expressão, suavizando como rugas.”

Assim, de acordo com Dolores González de Llano, os peptídeos comuns têm como função:

  • Atenuar linhas de expressão;
  • Redução de rugas e papos nos olhos;
  •  Aumentar a síntese de colagénio;
  •  Aumentar a firmeza da pele;
  • Atenuar as linhas finas.

Não será, pois, de estranhar que a introdução dos peptídeos em produtos cosméticos esteja a ser um sucesso em todo o mundo pelos resultados comprovados.

Porém, conforme as pesquisas continuam e os cientistas estão à procura de outros benefícios dessas moléculas. Um grupo de pesquisadores da Turquia deu um conhecimento, em 2015, que peptídeos bioativos adquiriu de Spirulina platensis têm várias atividades biológicas, entre as atividades antioxidante, anti-hipertensiva, antimicrobiana, antidiabetes e atividade antiobesidade.

Os produtos de cuidados de pele e os suplementos dos laboratórios Suta Spirulina Technology , à base de Spirulina, confirma o poder antioxidante da microalga.

Referências: 
1. https://drwhitneybowe.com/
2. https://www.deannemrazrobinsonmd.com/

 

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Especialistas esclarecem dúvidas
A Academia Mamãs sem Dúvidas realiza na próxima quarta-feira, 21 de abril, a 6.ª edição do evento online “Especial Grávida”,...

O parto é um momento muito aguardado pelos futuros pais, mas que por vezes representa alguns receios para as gestantes. Se, por um lado, é uma ocasião de grande felicidade, por outro, é um momento de grande ansiedade para que tudo corra da melhor forma para a mãe e para o bebé.

Com a colaboração de profissionais de saúde, a próxima edição do “Especial Grávida” tem em destaque três grandes temáticas relacionadas com o momento do nascimento do bebé: “Mitos sobre a Epidural”, com a participação da Enfermeira Sónia Ferreira, especialista em saúde materna e obstetrícia; “Células Estaminais: Para que servem? Vale mesmo a pena guardar?”, em que Joana Marques, Formadora do Laboratório BebéVida, explica as potencialidades terapêuticas dos tecidos e células do sangue do cordão umbilical, recolhidos após o parto, mediante um procedimento simples e indolor e “Como é que a Mãe e o Bebé podem trabalhar em equipa para garantirem uma experiência de parto positiva?”, com as dicas da Enfermeira Telma Cabral, fundadora da Academia Telma Cabral.

Garanta a sua presença neste evento 100% online aqui. A participação é gratuita, ainda que a inscrição seja obrigatória. Ao inscreverem-se as futuras mamãs ficam habilitadas a receber um cabaz de produtos no valor de 300€, composto por: um intercomunicador Miniland; uma almofada Nuvita; uma mala Bioderma com produtos para o bebé; um estojo de higiene para o bebé; e ainda uma chupeta Philips Avent.

Esta é mais uma iniciativa promovida pela Academia Mamãs sem Dúvidas, que procura dar apoio às mulheres grávidas através do esclarecimento de dúvidas e do fornecimento de informação relevante sobre o universo da gravidez e da parentalidade, contribuindo para uma experiência positiva desta altura tão especial dos futuros e recém pais.

Para mais informações sobre eventos e materiais informativos da Mamã sem Dúvidas consulte o website mamassemduvidas.pt . 

Estudo
Um estudo, realizado por especialistas da Universidade de Santiago de Compostela (USC) em colaboração com a Associação de...

A presença de SARS-CoV-2 nas fezes de doentes infetados e, por consequência, nas águas residuais, chamou a atenção dos autores deste estudo para a possibilidade de uma via de transmissão fecal-oral do coronavírus através de águas residuais. Como outros vírus humanos geralmente presentes em fezes (vírus entéricos), o SARS-CoV-2 pode ser libertado através de águas residuais em cursos de água que eventualmente atingem as áreas costeiras.

Assim, para investigar a possível presença de SARS-CoV-2 no meio marinho, foram analisadas 12 amostras de sedimentos e 12 amostras de amêijoas (Ruditapes philippinarum e R. decussatus), recolhidas entre maio e julho de 2020 em dois bancos naturais localizados em dois pequenos estuários galegos.

De acordo com o estudo, foi detetada matéria viral em nove amostras de amêijoas e três amostras de sedimentos. Apenas quatro das nove amostras foram positivas para duas regiões-alvo e os sinais de RNA desapareceram no teste de viabilidade.

Os resultados demonstraram ainda um e presença de um não infecioso do vírus e um elevado grau de degradação do seu ácido nucleico, o que se traduz num risco praticamente nulo de adquirir SARS-CoV-2 através do consumo de moluscos.

No entanto, os autores desta investigação propõem aprofundar o estudo de modo a avaliar a persistência do vírus nos sistemas aquáticos e utilizar organismos marinhos, como os moluscos, como sentinelas de contaminação fecal humana em ambientes costeiros, revela o jornal El Mundo.

 

Pandemia
Segundo a Universidade Johns Hopkins, a pandemia Covid-19 já fez mais de três milhões de mortes em todo o mundo. Este número...

Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou na passada sexta-feira que "os casos e mortes continuam a aumentar a taxas preocupantes". “Globalmente, o número de novos casos por semana quase duplicou nos últimos dois meses”, afirmou.

Segundo a agência noticiosa AFP, durante a última semana, registou-se uma média de 12 mil mortes por dia em todo o mundo.

Os EUA, a Índia e o Brasil - os países com mais infeções registadas - foram responsáveis por mais de um milhão de mortes entre eles.

No entanto, admite-se que estes números podem não refletir os dados reais da pandemia e que os números podem ser bastante mais elevados.

860 milhões de vacinas administradas

Os últimos balanços oficiais dão conta de que já foram administradas mais de 860 milhões de doses de vacinas contra a Covid19 em 165 países em todo o mundo.

No entanto, segundo o diretor-geral da OMS esta não está a chegar a todos os que precisam dela. “A equidade da vacina é o desafio do nosso tempo - e estamos a falhar”, referiu em conferência de imprensa.

Os dados mostram que, entre os países com acesso às vacinas, aqueles que apresentam taxas de vacinação mais elevadas, como é o caso do Reino Unido ou Israel, têm vindo a assistir a uma diminuição de novas infeções.

Aqueles com elevadas taxas de vacinação, como o Reino Unido e Israel, viram o seu número de novas infeções diminuir drasticamente.

De acordo com um médico israelita, o país está perto de alcançar a imunidade de grupo, tendo já sido vacinada mais de metade da sua população.

No entanto, e segundo dado Our World in Data da Universidade Oxford, apesar do país ter distribuído 119 doses por cada 100 pessoas, apenas 2,81 doses por 100 foram administradas nos territórios palestinianos. E muitos outros países, ao redor, do mundo ainda esperam que sejam entregues as primeiras doses de vacinas.

Isto demonstra que as vacinas não estão a ser partilhadas de forma justa entre os países ricos e os países mais pobres.

Tedros Adhanom Ghebreyesus salientou que nos países ricos, uma em cada quatro pessoas recebeu uma vacina, em comparação com apenas uma em cada 400 nos países mais pobres.

Consórcio liderado pela Universidade de Coimbra
Um consórcio liderado pela ICNAS-Produção, empresa da Universidade de Coimbra (UC), obteve meio milhão de euros de...

Mais especificamente, o consórcio, que envolve também a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e a Universidade do Minho (UMinho), vai centrar-se nas oclusões coronárias crónicas totais (CTO, na sigla inglesa), que são encontradas em cerca de 18 a 35% dos pacientes com doença coronária estável.

As oclusões coronárias crónicas totais caracterizam-se pela obstrução completa (100%) das artérias coronárias, responsáveis pelo fornecimento de oxigénio e nutrientes ao coração. A oclusão destas artérias pode impedir o coração de funcionar normalmente e condicionar o aparecimento de sintomas de insuficiência cardíaca e angina de peito.

Por isso, sublinha a coordenadora do projeto, Maria João Vidigal, «o sucesso do tratamento das CTO reflete-se na qualidade de vida e sobrevivência dos doentes com doença coronária». Atualmente, a terapêutica preferencial, esclarece, «de acordo com as recomendações internacionais sempre que associadas a sintomas e isquemia, é a revascularização percutânea (efetuada através de cateterismo cardíaco) ou cirúrgica, quando possível. No entanto, estudos já realizados, neste contexto, não conseguiram corroborar claramente as vantagens deste procedimento sobre a terapêutica médica otimizada».

Assim, o grande objetivo do projeto, com a duração de dois anos, é «investigar, desenvolver e validar novos biomarcadores na área da imagem molecular que permitam a estratificação do risco, bem como o tratamento apropriado dos doentes CTO. Trata-se de um projeto inovador na área da saúde que se propõe melhorar, e individualizar, práticas clínicas já consideradas de excelência, indo ao encontro de uma medicina personalizada», explica a investigadora do ICNAS e docente da FMUC.

Para que tal seja possível, a equipa do “BioImage2CTO” vai explorar as alterações da perfusão miocárdica, nomeadamente a extensão da área de miocárdio isquémico/viável, que ocorrem perante uma situação de CTO. Essas alterações, clarifica Maria João Vidigal, «são condicionadas por múltiplos fatores que se associam à obstrução coronária, entre os quais se pode destacar o desenvolvimento de circulação colateral, angiogénese, e a disfunção endotelial».

«Embora a angiogénese seja um processo complexo, a sua relação com a expressão de integrinas avb3 na membrana celular já foi demonstrada. No entanto, a relação entre a presença de circulação colateral numa CTO e o benefício da revascularização parece fundamental, mas ainda não foi explorada de forma plena. Com este projeto pretende-se desenvolver um novo marcador, de seletividade melhorada para as integrinas avb3, que possa ajudar a caracterizar in vivo o processo de angiogénese coronária», explica.

Em paralelo, este estudo visa «poder disponibilizar metodologia de caracterização das CTO, através da utilização de PET-CT (Tomografia por Emissão de Positrões-Tomografia computadorizada), que permita incluir, na abordagem habitual desta situação clínica, novos parâmetros de imagem que facultem uma seleção melhorada de cada doente para revascularização, procedimento não isento a riscos e com custos significativos», acrescenta.

A identificação de novos biomarcadores e o desenvolvimento de metodologias clínicas que permitam selecionar a melhor abordagem terapêutica para cada paciente irão permitir, no futuro, «otimizar a orientação dos doentes com doença coronária, em particular daqueles com oclusões coronárias crónicas. Pretende-se que estas tecnologias sejam amplamente utilizadas na comunidade clínica, tendo seguramente um grande impacto ao nível do diagnóstico não invasivo de doenças cardiovasculares», sustenta Maria João Vidigal.

A coordenadora do projeto “BioImage2CTO” nota ainda que a prevalência da doença coronária tem vindo a aumentar, «consequência da adoção de estilos de vida pouco saudáveis e do envelhecimento progressivo da população, sendo consideráveis os custos envolvidos com o seu diagnóstico e tratamento».

Vacinação
Cerca de 170 mil professores e funcionários das escolas receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 este fim de...

Na ocasião, estiveram ainda presentes a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a secretária de Estado da Educação, Inês Ramires.

De acordo com a informação divulgada pela task force na passada sexta feira, foram enviados enviados mais de 187 mil SMS para o agendamento da vacinação. Entre os docentes e não docentes contactados, a grande maioria (89%, o equivalente a cerca de 166 mil) confirmaram o agendamento. Por outro lado, cerca de 3% dos profissionais responderam que não vão ser vacinados para já.

O primeiro exercício de vacinação do pessoal das escolas decorreu no fim de semana de 27 e 28 de março, em que foram vacinados mais de 60 mil professores e não docentes do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino público e privado.

 

Opinião
Em poucos momentos da história recente tivemos noção tão clara de como é importante que o cidadão se

Num segundo plano a tecnologia desenvolve vacinas em tempo record e com eficácia comprovada. A ciência fez (e continuará a fazer) progressos notáveis no tratamento de novas e velhas doenças. Contudo, os custos implicados condicionam o acesso à inovação, aos tratamentos e às patentes, por vezes, como constrangimentos sufocantes. Os mais velhos, os portadores de multimorbilidade e os cidadãos de menores recursos, são os mais desvalidos e que mais se confrontam com a insuficiência de recursos para se cuidarem e tratarem. Só uma estratégia solidária e de corresponsabilização de todos pode minimizar essas desigualdades.

A experiência da pandemia nos lares e setor social, que se mantinham à parte do sistema de saúde, tornaram claro que as condicionantes sociais, a integração de cuidados e o acesso aos serviços de saúde são necessidades básicas na preservação da saúde e no combate à doença. O envelhecimento, a multimorbilidade, a doença complexa e a perda de faculdades para assegurar o autocuidado, não são correspondidas em hospitais, se não existir infraestrutura local e autárquica capaz de assegurar o acompanhamento e suporte. Também aqui aprendemos a lidar com as nossas especificidades e diversidade, compreendendo que o setor social e a saúde são facetas do mesmo poliedro. O acesso a unidades locais de saúde empenhadas e capazes de assumir a responsabilidade pelos seus utentes, são direitos básicos e essenciais quando coordenados com uma saúde pública interveniente, preventiva, integradora e capaz de informar e formar o cidadão.

A crescente digitalização da prestação de cuidados, da comunicação entre cidadãos, do acesso à informação e do crescendo de registos clínicos eletrónicos, mudou radicalmente a relação profissionais de saúde / cidadãos. São o maior e mais promissor desafio ao modelo de organização dos serviços de saúde. Os direitos do cidadão vivem uma oportunidade de crescimento e de capacitação da pessoa como nunca havia acontecido, mas ao mesmo tempo são ameaçados por inúmeras possibilidades de violação da privacidade e desigualdade de acesso para os infoexcluídos.

Se a Europa aprofundar a sua integração, a cooperação internações e a autossuficiência das necessidades básicas, pode ser uma oportunidade de complementaridade e subsidiariedade. O aumento de escala permite rendibilizar e racionalizar recursos, mas a sua legitimação depende da forma como reconhecer o primado do cidadão, a importância do cuidar da pessoa vulnerável no respeito pela dignidade da pessoa na definição das prioridades sociopolíticas.

Portugal tem dado passos nesse sentido e a experiência da pandemia provocou a rotura de inúmeros bloqueios e anquiloses ancestrais, criando outras tantas oportunidades para melhorar…”

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Estudo
Investigadores do Instituto de Investigação da Leucemia Josep Carreras, da Fundação Josep Carreras e do Instituto de...

O estudo, publicado na revista EBiomedicine, foi liderada por Manel Esteller, diretor do Instituto de Investigação da Leucemia Josep Carreras e Professor de Genética na Universidade de Barcelona, e Aurora Pujol, geneticista do Consórcio de Investigação da Rede de Doenças Raras (Ciberer) e responsável pelo Grupo de Doenças Neurometabólicas do Instituto de Investigação Biomédica de Bellvitge (Idibell).

Estes investigadores acreditam ter encontrado um possível indicador do porquê os sintomas de infeção provocada pelo novo coronavírus variarem tanto de pessoa para pessoa.

"Devido ao elevado número de pessoas infetadas com o vírus, que saturaram todos os sistemas de saúde do mundo, achámos que seria bom ter formas de prever antecipadamente se a infeção do vírus num dado indivíduo necessitará de hospitalização ou pode simplesmente ser monitorizada em ambulatório", justifica Manel Esteller.

"Sabemos que a idade avançada e a coexistência de outras patologias (cardiovasculares, obesidade, diabetes, defeitos imunológicos) estão associadas a uma maior gravidade da infeção, mas e o resto da população que também chega às UCI sem estes fatores?", questiona.

Para responder a esta pergunta, os investigadores decidiram estudar cerca de 400 pessoas que tinham testado positivo para a Covid-19, e que não pertenciam a nenhum destes grupos de risco, e analisaram o seu material genético.

"Descobrimos que havia variações epigenéticas nos interruptores químicos que regulam a atividade do ADN, nos casos positivos que desenvolveram doença grave", revela o investigador.  

Segundo Manuel Esteller, "estas modificações ocorrem principalmente em genes associados a uma resposta inflamatória excessiva e em genes que refletem uma tendência geral para um pior estado de saúde". "Curiosamente, 13% da população mundial apresenta esta assinatura epigenética, sendo esta, portanto a população que apresenta maior risco e sobre a qual nos devemos debruçar”.

 

The Guardian
A medida anunciada, durante a semana passada, pelo governo de Boris Johnson e que determinava que os ingleses podem ser...

A medida visava facilitar a reabertura do país e “quebrar a cadeia de contágios”, no entanto num dos emails a que o Guardian teve acesso, Ben Dyson, diretor executivo de estratégia do Departamento de Saúde e um dos conselheiros de Estado da Saúde sublinha a "necessidade muito urgente de tomar decisões" sobre "quando deixarmos de oferecer provas a respeito dos casos assintomáticos".

No dia 9 de abril, dia em que a campanha de testes rápidos e gratuitos começou, Dyson escreveu: "A partir de hoje, alguém que obtém um resultado positivo em Londres, por exemplo,  é no máximo 25% provável que seja um verdadeiro positivo, mas se for um autoteste pode descer para 10% (num pressuposto otimista sobre especificidade) ou mesmo 2% (numa suposição mais pessimista)."

Assim, de acordo com os e-mails, a principal preocupação é decidir se o isolamento é "razoável" sem que um PCR confirme o diagnóstico.

 

Boletim Epidemiológico
Portugal registou, nas últimas 24 horas, quarto mortes e 553 novos casos de infeção por Covid-19. O número de internamentos...

Segundo o boletim divulgado, foram registadas mais quatro mortes associadas à infeção provocada pelo novo coronavírus, duas na região Norte, uma no Centro e uma na região de Lisboa e Vale do Tejo. As restantes regiões do país, incluindo as regiões autónomas da Madeira e Açores, não registaram nenhum óbito.

Quanto ao número de novos casos, o boletim epidemiológico divulgado hoje, pela Direção Geral da Saúde, mostra que foram diagnosticados 553 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 182 novos casos e a região norte 228. Desde ontem foram diagnosticados mais 32 na região Centro, 25 no Alentejo e 23 no Algarve. No arquipélago da Madeira foram identificadas mais 25 infeções e nos Açores 38.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 429 doentes internados, mais seis que ontem. No entanto, as unidades de cuidados intensivos passaram a ter menos oito doentes internados. Atualmente, estão em UCI 101 pessoas.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 596 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 787.607 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 25.367 casos, menos 47 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 894 contactos, estando agora 19.940 pessoas em vigilância.

Dia Mundial da Hemofilia assinala-se a 17 de abril
As hemofilias são doenças hemorrágicas congénitas que se devem a diminuição ou ausência do fator VII

As hemofilias devem-se a alterações moleculares nos genes F8 e F9 que codificam o FVIII e o FIX, respetivamente. Ambos os genes se situam no cromossoma X, pelo que as hemofilias são quase que exclusivas do sexo masculino, sendo a HA responsável por cerca de 80% dos casos. A HA, classicamente descrita com uma incidência de 1/5000 de recém-nascidos (RN) do sexo masculino, tem uma prevalência estimada ao nascimento de cerca de 25 casos por 100 000 RN do sexo masculino. De igual modo se pensa atualmente, que o número de pessoas com hemofilia em todo o mundo seja superior a 1 milhão. Em Portugal, a prevalência estimada de hemofilia A é 15/100 000 indivíduos do sexo masculino e de hemofilia B é de 4/100 000 indivíduos do sexo masculino.

Deve-se suspeitar de hemofilia se equimoses fáceis de aparecimento precoce na infância, hemorragias espontâneas (particularmente nas articulações e nos músculos) ou hemorragia excessiva após trauma ou cirurgia. Muitas das crianças com hemofilia não apresentam sintomas até à idade em que começam a caminhar. Nas hemofilias mais leves, as pessoas podem não apresentar hemorragias até experimentarem um trauma ou cirurgia. O aparecimento precoce de hemorragias articulares em crianças muito pequenas, é um indicador de hemofilia grave.

As hemartroses (hemorragias articulares) principalmente, e as hemorragias musculares, são as hemorragias mais frequentes e mais características da hemofilia, representando cerca de 90% de todas as hemorragias na doença grave. A gravidade das manifestações hemorrágicas está de acordo com o nível do fator da coagulação, sendo que na hemofilia grave as hemorragias são espontâneas, na moderada a leve, as hemorragias surgem predominantemente após trauma ou cirurgia.

Ainda atualmente, a hemofilia é uma doença crónica e muitas vezes incapacitante, devido à recorrência da hemorragia na mesma articulação (articulação alvo) ao longo do tempo, o que pode levar a lesão progressiva e irreversível da articulação e ao desenvolvimento de artropatia, que se caracteriza por hipertrofia sinovial, lesão da cartilagem, perda do espaço articular e alterações ósseas. A artropatia hemofílica, associada a rigidez articular e dor crónica, que condicionam limitação da mobilidade e consequente atrofia muscular, é, pois, causa importante de morbilidade em doentes com hemofilia grave; a hemofilia é, portanto, não só uma doença hemorrágica, como também uma doença musculoesquelética.

O grande passo qualitativo no tratamento da hemofilia foi a disponibilidade de tratamento substitutivo, sendo que ainda atualmente, o tratamento se baseia na administração de concentrados de fatores VIII ou IX, quer para o tratamento do episódio agudo da hemorragia (tratamento on demand, ou a pedido), quer para prevenir as hemorragias pela administração regular dos concentrados de fatores (profilaxia). A profilaxia tem como objetivo transformar uma hemofilia grave em não grave e consequentemente prevenir as hemorragias articulares e a lesão articular. Atualmente, a profilaxia é considerada o tratamento de eleição da hemofilia grave, defendido pela Federação Mundial de Hemofilia e pela Organização Mundial de Saúde, e tem sido generalizada a todos os grupos etários.

Cada vez mais a profilaxia é ajustada às necessidades individuais de cada pessoa (profilaxia personalizada) com o objetivo de prevenir as hemorragias espontâneas de forma eficaz e melhorar a adesão ao tratamento. A profilaxia personalizada deve considerar o padrão hemorrágico, a condição músculo-esquelética, a atividade física diária, os objetivos e desejos individuais assim como a farmacocinética de cada pessoa com hemofilia.

O tratamento no domicílio permite o acesso imediato aos concentrados de fator, otimizando o tratamento on demand precoce e um mais eficaz controlo da hemorragia, assim como permite também a introdução de profilaxia, sobretudo em pessoas que vivem longe dos centros de hemofilia. São fundamentais os programas de ensino sobre administração do tratamento pela pessoa com hemofilia ou familiares, assim como sobre a necessidade de cumprir e melhorar a adesão ao tratamento.

A possibilidade do tratamento em casa e a profilaxia, permitem a redução do absentismo escolar e laboral e melhoram substancialmente a qualidade de vida das pessoas com hemofilia e suas famílias, permitindo mesmo na doença grave, uma vida praticamente normal.

Nos últimos anos, assistiu-se a avanços significativos no tratamento da hemofilia, pelo aparecimento de tratamentos substitutivos de ação prolongada, de tratamentos não substitutivos (modificadores da ativação ou inibidores de anticoagulantes naturais) ou de terapia génica. Em Portugal, encontram-se disponíveis os fatores de semivida prolongada que permitem diminuir o número de infusões dos fatores VIII/IX e em simultâneo melhorar a proteção articular em relação às hemorragias espontâneas e subclínicas, e um anticorpo monoclonal mimético do FVIIIa, usado na profilaxia de pessoas com hemofilia A e inibidores.

Um outro aspeto importante no tratamento destes doentes foi a implementação de centros especializados no tratamento de hemofilia, orientados segundo o conceito de cuidados integrais, ou seja, de prestação de cuidados globais e articulados por equipas multidisciplinares. Todos estes avanços permitem que muitas crianças nascidas com hemofilia possam usufruir de uma vida muito mais ativa e saudável, e que possam ter uma esperança média de vida semelhante à esperança de vida da população masculina para a mesma faixa etária.

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