Limitação à deslocação de e para a Área Metropolitana de Lisboa não respeita os interesses dos cidadãos
O advogado Dantas Rodrigues, sócio-partner da Dantas Rodrigues & Advogados, teme que a criação, pelo Governo, de uma...

“É necessário que fique muito claro na lei quais são limites que o novo quadro legislativo vai impor, em que situações concretas se vão impor essas restrições e, sobretudo, quais as condições necessárias para que esse novo quadro legislativo entre em vigor”, sustenta Dantas Rodrigues. Que acrescenta ainda que ao longo do último ano “foram adotadas medidas com pouco sentido e que, não raras vezes, apenas contribuíram para lançar a confusão junto dos portugueses, funcionando até como um incentivo ao incumprimento das normas”.

A título de exemplo, Dantas Rodrigues critica duramente a forma como o governo tem imposto limitações à deslocação e circulação de e para a Área Metropolitana de Lisboa, durante os fins-de-semana. “É uma medida que não respeita os interesses dos cidadãos e cuja aplicação, por simples regulamento, como o são as Resoluções do Conselho de Ministros, viola nitidamente a Constituição”, frisa. O advogado acrescenta ainda que “é, no mínimo, difícil de entender por que razão governo e Presidência da República entendem que as condutas de risco são mais perigosas aos sábados e aos domingos do que nos dias úteis”. “Também não se compreende porque é que até às 15h30 estamos solidamente couraçados contra vírus e peçonhas afins e, com o cair da noite, temos todos de nos aferrolhar em casa porque, com o nascer da lua, ficamos vulneráveis a terríficos efeitos de maléficas vampirizações covidescas”, acrescenta.

Dantas Rodrigues estranha ainda a recente posição do Supremo Tribunal Administrativo, em resposta ao processo de intimação para «defesa de direitos, liberdades e garantias», contra as restrições aplicadas pelo governo. “Resulta claro, no nosso entender, que os juízes não quiseram decidir e embrulharam-se em explicações à volta do princípio da proporcionalidade, fazendo tábua rasa da jurisprudência do Tribunal Constitucional”, admite.

O advogado apela, por isso, aos membros da nova comissão técnica que amanhã entra em funções para que sejam muito cautelosos no processo de revisão da legislação. “A ser mesmo necessário criar novos normativos, que sejam claros e explícitos, sem leituras ambíguas nem interpretações díspares em função dos interesses de cada momento”, conclui Dantas Rodrigues.

Guia será apresentado no dia 5 de julho na Fundação Calouste Gulbenkian
“Modelos e estratégias centrados na autonomia, participação social e promoção do bem-estar das pessoas idosas” é o subtítulo do...

A temática do envelhecimento nunca esteve tanto na ordem do dia como nos dias de hoje. Em Portugal, apesar da larguíssima maioria dos portugueses envelhecer nas suas casas, as medidas de promoção de envelhecimento em casa e na comunidade – ageing in place – continuam a ter pouca visibilidade pública quando comparadas com a atenção que se atribui a soluções institucionais, nomeadamente, ao papel das estruturas residenciais na proteção e promoção da vida dos mais velhos. Em oposição à visão convencional de assistência à população idosa por via da resposta institucional, a valorização de respostas de ageing in place significa responder às necessidades de assistência a partir do contexto onde a pessoa vive, procurando assim respostas articuladas através de uma integração progressivamente mais alargada de serviços, sejam eles de âmbito local, regional e nacional.

O guia, organizado pelo professor António Fonseca, explora o conceito de ageing in place através da recolha, organização e divulgação de iniciativas atualmente implementadas em Portugal e que classifica como boas práticas neste domínio. Além disso, apresenta um enquadramento sobre o envelhecimento populacional e as respostas tradicionais e a relação entre as pessoas mais velhas e a comunidade.

O evento de apresentação contemplará vários momentos, começando pela apresentação do estudo e livro pelo professor António Fonseca e de seguida, irá haver espaço para comentários acerca da publicação e sobre a temática do envelhecimento em casa e na comunidade com outros profissionais e docentes na área do envelhecimento. O terceiro momento contará com a apresentação de alguns projetos promotores do envelhecimento na comunidade apoiados pela Fundação, onde haverá a oportunidade de assistir a registos audiovisuais com testemunhos e atividades em curso. A conferência será transmitida em direto através do Facebook da Fundação Calouste Gulbenkian.

nova Solução para o Mercado Healthcare
A Glintt, multinacional de tecnologia e consultoria, cotada na Euronext, anuncia a criação de uma nova solução – VIEWER, que...

Mais do que um software, o Viewer é uma plataforma para profissionais de saúde com uma abordagem ágil aos cuidados do paciente. “Centrada na agregação e análise de dados, o Viewer traz disrupção ao tradicional ecossistema da saúde: é uma ferramenta para apoiar a decisão clínica*, ajudando na monitorização e gestão da doença, transformando a informação em conhecimento”, refere em comunicado.

A criação desta nova solução surge da necessidade de colmatar uma lacuna que existia no acesso à informação relevante dos pacientes, por parte dos profissionais de saúde. Neste sentido, o Viewer foi pensado e construído, juntamente com este público, para dar resposta a essa mesma necessidade. A solução acompanha os profissionais de saúde e fornece todas as informações relevantes ao longo do percurso clínico do doente, possibilitando uma abordagem focada e consolidando a informação crucial para o profissional, no momento certo e no local certo.

De acordo com Filipa Fixe, Administrativa Executiva da Glintt, “para a Glintt, uma multinacional tecnológica com mais de 20 anos de experiência com provas dadas na área da saúde, é fulcral continuar a evoluir e a reinventar-se. Os cuidados de saúde estão a evoluir e nós queremos fazer parte desta evolução, mas só o conseguiremos fazer se combinarmos estratégia com tecnologia e investigação dos utilizadores, de modo a proporcionarmos novas abordagens aos nossos Parceiros e – muito importante - em co-criação com eles.”

Desta forma, a criação desta solução irá permitir aos profissionais de saúde maior mobilidade Nos sistemas tradicionais de gestão de informação clínica, disponíveis nas unidades de saúde, existe a necessidade de recorrer a computadores tradicionais, “longe do utente” para avaliar a sua situação clínica e solicitar novos meios de diagnóstico. A transcrição da informação de registos em papel para formatos eletrónicos consome tempo e pode adicionar fontes de erro ao ato médico. Dotar os profissionais de saúde dos meios tecnológicos necessários para identificar a situação do utente e tomar decisões de forma informada, junto à cama do mesmo, pode agilizar os cuidados de saúde e facilitar o dia-a-dia destes profissionais.  

Por outro lado, salienta-se que os sistemas tradicionais são “depósitos de informação” que disponibilizam aos profissionais de saúde informação histórica dos utentes de forma dispersa e não filtrada. Os profissionais têm que navegar constantemente entre grandes quantidades de informação, que podem ser relevantes ou não para o caso que estão a avaliar, perdendo tempo e, por vezes, também dados importantes. “A possibilidade de aceder à informação relevante previamente filtrada para o caso particular, no momento certo, é uma mais-valia para agilizar o diagnóstico e o tratamento mais adequado para o utente. Integrar, agregar e consolidar a informação, e conseguir apresentar de forma filtrada os dados relevantes para o profissional no momento certo, pode simplificar o seu dia-a-dia”, pode ler-se em comunicado.  No entanto, é igualmente importante garantir caminhos rápidos para as áreas de processo clínico a utilizar. Por outro lado, a customização individual do processo vem poupar tempo ao profissional de saúde, garantir a segurança e evitar o copypaste que representa um esforço adicional nos registos.

No campo do apoio à decisão clínica, a criação de “um sistema inteligente, dotado de conhecimento, que permita fazer uma monitorização ativa e que identifique o momento certo para apresentar a alarmística relevante para o caso particular do utente (como por exemplo quais os próximos passos do protocolo de cuidados; resultados de exames ainda não visualizados; interações de medicamentos; ...) pode ser um mecanismo relevante para a eficiência na prestação de cuidados de saúde e segurança dos doentes”. Sendo o apoio à decisão é fundamental, a existência de informação com a visão rápida e integrada do doente, a existência de uma única folha terapêutica ativa (apresentando as interações medicamentosas ou alergias) e a possibilidade de aceder a regras e avisos customizados são ferramentas de extrema importância.

De modo garantir estas funcionalidades, acrescenta a Glintt, “o Viewer integrará ainda módulos específicos no âmbito de dispositivos médicos que se encontram e/ou serão alvo de processos de certificação de acordo com a evolução da solução, enquanto software de apoio à decisão médica em contexto clínico, por forma a garantir a qualidade do seu funcionamento e segurança dos doentes”

Primeira fábrica em Portugal virá a empregar mais de 100 pessoas
A farmacêutica suíça Labatec inaugurou hoje a sua primeira fábrica em Portugal, na presença do Secretário de Estado da...

O projeto arrancou em janeiro de 2018, e três anos depois, após um investimento de 15 milhões de euros e a contratação de 40 colaboradores portugueses a tempo inteiro, a Labatec inicia agora, oficialmente, a produção de medicamentos em Portugal, mais precisamente em Sintra, Mem Martins. Toda a produção de medicamentos é destinada aos mercados de exportação da Suíça, do Médio Oriente e do Norte da África.

Em 2008, a Labatec foi adquirida pelo Dr. Samih Darwzah (1930-2015), fundador da Hikma Pharmaceuticals PLC, uma farmacêutica global, cotada na bolsa de Londres e a operar em mais de 31 países, incluindo Portugal.

“Um dos principais objetivos da Labatec é vir a produzir para o mercado europeu e mercados de exportação, sendo que Portugal se encontra geograficamente muito bem posicionado para esse efeito. Viemos para ficar e para investir a longo prazo, pelo que nos próximos três a cinco anos temos em plano a contratação de mais 100 novos colaboradores para integrarem os quadros da Labatec em Portugal”, refere Faisal Darwazeh, CEO da Labatec.

Eurico Brilhante Dias, Secretário de Estado da Internacionalização, comenta que “A Labatec é um projeto alinhado com as prioridades de captação de IDE e o espelho do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido de atração de investimento de elevado valor acrescentado, criador de posto de trabalho qualificados, em setores altamente exportadores. Graças a um esforço conjunto, entre diferentes parceiros, desde logo a Câmara Municipal de Sintra”.

“Sintra é um território de esperança, com força e capacidade de acreditar e construir futuro. Mas Sintra, é também um território fértil para o investimento e para a inovação. A inauguração da primeira fábrica da Labatec, em território nacional, e mais concretamente no nosso concelho, é mais um exemplo de que o futuro passa por Sintra. Congratulamo-nos por receber no nosso concelho uma empresa que investiu cerca de 15 milhões de euros na construção da sua nova fábrica e na criação de postos de trabalho”, acrescenta Basílio Horta, Presidente da Câmara Municipal de Sintra.

A Labatec dedica-se à produção e distribuição de medicamentos dedicados a diversas áreas, como músculos e dores, saúde da mulher, analgésicos, oftalmologia e anti TB, incluindo injetáveis ​​e orais para uso hospitalar. A nova fábrica da Labatec em Sintra ficará responsável pela produção de medicamentos orais para tratamento de doenças relacionadas com o sistema musculoesquelético, tais como esclerose múltipla, contraturas musculares e outras doenças musculares.

Com cerca de 4.000m2 de área, que inclui escritórios, produção, embalamento, laboratórios e armazém, a nova unidade fabril Labatec foi equipada com tecnologia de última geração e projetada seguindo os mais recentes e elevados padrões europeus de Boas Práticas de Fabrico (GMP). Desenhada a pensar no futuro, esta nova fábrica tem uma capacidade inicial de produção de 250 milhões de comprimidos, sendo possível, e de forma rápida, expandir a sua produção para os 2 mil milhões de comprimidos por ano, na sua capacidade máxima atual.

“A ideia é oferecermos esta nossa capacidade extra de fabrico a outras empresas farmacêuticas europeias que procurem fabricar os seus produtos a partir de Portugal”, explica o CEO. “Em 1989 inaugurámos a farmacêutica Hikma em Sintra, pelo que temos já uma longa história de investimento em Portugal na nossa família. O principal atrativo de Portugal era, na altura, e continua a ser, até hoje, as pessoas, a força de trabalho altamente qualificada que existe em Portugal”, acrescenta.

A Labatec é uma empresa farmacêutica com sede na Suíça, com mais de 60 anos de experiência no fornecimento de produtos de alta qualidade para 12 países, incluindo Suíça, Médio Oriente e África, com mais de 70 produtos e 280 referências no seu portfolio atual.

Cada português pode fazer quatro testes por mês
Os testes rápidos de antigénio para detetar a Covid-19 realizados nas farmácias ou em laboratórios passam a ser comparticipados...

A medida que entrará em vigor já dia 1 de julho vai vigorar até ao final do mês, “sem prejuízo da sua eventual prorrogação”. Ficam de fora deste regime, aqueles que já têm vacinação completa há pelo menos 14 dias, os que tendo tido a infeção, recuperaram da mesma há menos de 180 dias e os menores de 12 anos.

Face ao aumento de novos casos por Covid-19, a Direção-Geral da Saúde quer “intensificar a realização de testes para deteção do SARS-CoV-2, realizados de forma progressiva e proporcionada ao risco, que contribuam para o reforço do controlo da pandemia Covid-19”.

Com esta medida o Governo pretende ainda “facilitar o acesso dos cidadãos à emissão do certificado digital, permitindo a obtenção de um resultado de teste às pessoas que ainda não reúnam condições para a emissão de certificado de vacinação, afastando assim constrangimentos financeiros resultantes da sua realização”, salienta a portaria.

 

Situação Epidemiológica está a agravar
Desde ontem foram registados mais 2.362 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e quatro mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela onde se registou o maior número de mortes – três das quatro registadas em todo o território nacional.  A região Autónoma da Madeira, registou um óbito, deste ontem.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 2.362 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.336 novos casos e a região norte 435. Desde ontem foram diagnosticados mais 224 na região Centro, 64 no Alentejo e 254 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 14 infeções e 35 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 504 doentes internados, mais 12 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 120 pacientes, mais um doente internado que no dia anterior.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.021 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 828.990 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 33.471 casos, mais 1.337 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 2.166 contactos, estando agora 53.275 pessoas em vigilância.

Porto Technology Sessions
Excelência Robótica – a empresa que opera em Portugal para a distribuição e implementação do sistema de cirurgia robótica da...

O objetivo desta iniciativa passa pela organização de sessões práticas de cirurgia robótica da Vinci Xi para cirurgiões, enfermeiros de bloco operatório e internos de cirurgia, de diferentes especialidades. O curso está organizado em sessões específicas para cada equipa de trabalho. Cada módulo terá a duração de quatro horas – das 8h30 às 12h30 e das 14h às 18h - e conta com a presença de seis participantes. Entre 28 de junho e 1 de julho a formação é dirigida a cirurgiões especialistas. Dia 2 de julho destina-se a internos de cirurgia e a 3 de julho realiza-se o módulo para as equipas de enfermagem cirúrgica.

Durante cada sessão, um especialista clínico da Excelência Robótica explicará as características técnicas do sistema robótico da Vinci Xi, as avançadas tecnologias associadas a este equipamento - fluorescência, selagem de vasos, sutura mecânica robótica e o simulador virtual de exercícios. As sessões terão uma componente de simulação virtual, para formação no modo intuitivo de controlo dos pedais e manipuladores da consola cirúrgica. Após a realização destes passos, os participantes poderão utilizar o sistema da Vinci Xi em modelo prático.

Cirurgia robótica da Vinci

O sistema da Vinci foi desenvolvido para disponibilizar a tecnologia mais avançada aos cirurgiões que optam por um tratamento minimamente invasivo em patologias complexas. Atualmente, o sistema da Vinci Xi (IS4000) é a plataforma mais avançada para cirurgias minimamente invasivas. Integra uma tecnologia inovadora e precisa que permite adaptabilidade e versatilidade para diferentes especialidades: da Urologia à Cirurgia Geral, passando pela Ginecologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Pediátrica e Otorrinolaringologia. O sistema Da Vinci Xi é constituído por três componentes: uma consola cirúrgica, um carro do paciente e, por fim, uma torre de visão.

Com o sistema cirúrgico da Vinci, o cirurgião não opera diretamente no paciente, mas sentado numa consola, a partir da qual manuseia os comandos dos instrumentos. O sistema traduz os movimentos das mãos do médico em impulsos que são literalmente transmitidos aos braços robóticos, permitindo-lhes alcançar áreas de difícil acesso. A visão tridimensional com ampliação até 10 vezes permite ao cirurgião trabalhar com grande precisão.

As vantagens são inquestionáveis em termos de precisão, quer na fase de intervenção, aumentando o controlo e reduzindo as perdas de sangue, quer na fase reconstrutiva. Com o sistema cirúrgico da Vinci, o acesso é mais fácil em anatomias complicadas, permite uma excelente visualização dos pontos de referência anatómicos e planos teciduais, são eliminados tremores fisiológicos ou movimentos involuntários do cirurgião e minimizada a fadiga postural após longas horas de intervenção.

O recurso a este sistema de cirurgia robótica apresenta diversas vantagens clínicas, para as equipas médicas, para o sistema nacional de saúde e, sobretudo, para os pacientes. A cirurgia assistida pelo sistema robótico da Vinci Xi permite ao doente aceder a um tratamento minimamente invasivo, com pequenas incisões e melhores resultados estéticos, menor necessidade de transfusões, redução da dor pós-operatória e do tempo de internamento hospitalar, o que possibilita um regresso mais rápido às atividades normais.

Pablo Diaz, Diretor Ibérico de Negócio da ABEX – Excelência Robótica, salienta: " A cirurgia robótica com recurso ao sistema da Vinci apresenta vantagens importantes para os sistemas de saúde, nomeadamente a redução de tempo de internamento, a minimização complicações pós-operatórias e o aumento da rapidez de recuperação dos pacientes, o que contribui para uma melhor alocação dos recursos médicos e para a melhoria da eficiência das unidades hospitalares".

O primeiro sistema robótico utilizável numa sala de cirurgia foi lançado em 1999 quando a Intuitive Surgical Inc., fundada na Califórnia em 1995, introduziu o primeiro e único sistema robótico cirúrgico, denominado da Vinci, em homenagem ao cientista italiano, que já em 1400 tinha idealizado este conceito de equipamento automático. O primeiro sistema cirúrgico da Vinci chegou a Portugal em 2010 e a Espanha em 2005. Desde então, já foram instalados mais de 80 equipamentos na Península Ibérica. O modelo da Vinci Xi é o sistema da Vinci tecnologicamente mais avançada para realizar cirurgias robóticas minimamente invasivas.

Em 2020, realizaram-se mais de 9 000 intervenções em Portugal e em Espanha, o que traduz um crescimento superior a 10%, em relação a 2019. Desde 2005, já foram operados mais de 50.000 pacientes com o sistema da Vinci, na Península Ibérica. No ano passado, 59 % das intervenções cirúrgicas realizadas com o sistema da Vinci, a nível ibérico, foram efetuadas por urologistas - em casos de patologia de próstata e rim - cerca de 10% das intervenções foram de ginecologia oncológica e benigna, e 24% das intervenções realizadas com este sistema foram de cirurgia geral.

Atualmente, existem mais de 6 000 sistemas cirúrgicos da Vinci disponíveis em centros hospitalares, em todo o mundo. Depois dos Estados Unidos, onde estão localizados mais de 3.000 sistemas robóticos da Vinci, a Europa representa a principal área de utilização, com mais de 900 equipamentos da Vinci em atividade. A nível mundial, só em 2020 foram realizadas mais de 1,2 milhões de novas operações com o sistema cirúrgico da Vinci, o que significa que já foram efetuadas mais de 8,5 milhões de intervenções desde que foi realizada a primeira operação com o sistema robótico da Vinci.

 

Iniciativa realizada no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia
O Ministério da Saúde e a Direção-Geral da Saúde lançaram ontem o “Lisbon Call to Action - Para proteger as crianças dos...

Este apelo à ação surge no âmbito de uma conferência que foi organizada em conjunto com a OMS para a Região Europeia e que pretendeu debater os desafios e as oportunidades do mundo digital para as políticas de prevenção da obesidade.

Há muito que se reconhece o papel determinante dos ambientes obesogénicos no contexto da luta contra a obesidade, por promoverem o consumo de uma alimentação inadequada. Porém, estes ambientes apresentam atualmente novas configurações, apresentando uma forte componente digital. Compram-se cada vez alimentos pela Internet (supermercados online e food delivery apps), procura-se informação sobre alimentação saudável em plataformas digitais e o período de tempo (cada vez maior) “a navegar” expõe a população continuamente à publicidade de alimentos, que em geral são pouco saudáveis.

O mundo digital parece estar a modificar o consumo alimentar, o comportamento de compra e de preparação de alimentos. As poderosas estratégias de marketing que emergiram no contexto digital, a utilização frequente das food delivery apps e o risco acrescido de desinformação no que toca à alimentação saudável são algumas das principais ameaças que se colocam ao combate à obesidade.

Porém, os ambientes alimentares digitais podem também trazer oportunidades. Com a digitalização surgem também novas e inovadoras ferramentas para monitorizar a oferta e o consumo alimento, ferramentas que podem ser essenciais para o planeamento e monitorização das políticas públicas para a prevenção da obesidade.

Estas ações, que se pretende promover, dirigem-se aos governos, pais e famílias, academia, escolas e comunidade escolar, organizações da sociedade civil e não governamentais, criadores de conteúdo digital, marketeers, produtores de tecnologia e operadores económicos do setor alimentar.

Aos governos pede-se ação para reduzir a exposição das crianças ao marketing digital de alimentos não saudáveis; aos pais e famílias pede-se para reconhecerem os riscos associados à excessiva exposição das crianças aos ecrãs, procurando encorajar a sua redução; às escolas e toda a comunidade escolar pede-se colaboração no sentido de contribuírem para o aumento da literacia digital e mediática das crianças e jovens e aos operadores económicos do setor agroalimentar e marketeers pede-se o compromisso de não publicitarem alimentos de má qualidade nutricional para crianças. A Call to Action de Lisboa pode ser consultada e subscrita aqui.

Reduzir mais 10% a média de açucares adicionados
A UNESDA – Soft Drinks Europe, que representa a indústria de bebidas refrigerantes na Europa, anunciou hoje um novo compromisso...

A PROBEB – Associação Portuguesa das Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas, enquanto membro da UNESDA, tem desenvolvido a sua atuação em linha com estes objetivos apoiada pela indústria de refrigerantes que, em Portugal, reconhece que tem um papel a desempenhar, razão pela qual assumiu um papel de liderança na redução de açúcar e calorias e tem procurado ir além dos objetivos definidos a nível europeu.

Assumindo, perante o Ministério da Saúde, o compromisso de reduzir em 25% o teor calórico dos refrigerantes entre 2013 e 2020. “Entre 2013 e 2019 foi alcançada uma redução de 30,5%”, refere em comunicado.

A indústria de refrigerantes reafirmou que irá cumprir o novo compromisso continuando a adotar “uma ampla gama de ações”, incluindo a reformulação de receitas para reduzir os açúcares e manter o sabor.

 

Utilização na Medicina Estética
Silicones são compostos quimicamente inertes, inodoros, insípidos e incolores, resistentes à decompo

Os silicones são altamente resistentes ao ultravioleta e intemperismos, tais como efeito ozono, altas ou baixas temperaturas ambientes (em geral de -45 a +145°C). Tecnicamente chamados de siloxanos polimerizados ou polissiloxanos, eles são polímeros mistos de material orgânico e inorgânico. Podem variar de consistência líquida a de gel, borracha ou plástico duro. As características físico-químicas dos silicones são especialmente determinadas pelo fato da grande mobilidade da sua cadeia, uma vez que o impedimento espacial é pequeno neste grupo de produtos.

A Sílica (dióxido de silicone) é nada mais, nada menos do que um dos componentes principais da areia e materiais similares naturais, são o material inicial para a produção do silicone. É também a principal matéria-prima para o vidro.

É um dos óxidos mais abundantes na crosta terrestre.

Em Medicina, o silicone faz parte de materiais utilizados em muitas Especialidades – Oftalmologia, Ortopedia, Cirurgia Plástica e Estética, Otorrinolaringologia, etc.

O silicone faz parte da composição de materiais elétricos, vestuário, revestimentos, etc.

Há silicone por todo o lado, faz parte da nossa vida. Por isso, pelas suas qualidades específicas e únicas este material também foi escolhido em Medicina.

Em Cirurgia Plástica e Estética, o seu uso mais conhecido é em próteses de mama. São muito antigas as primeiras descrições de material menos puro usado para encher mamas com resultados maus ou desastrosos. Podemos dizer que é a partir de 1963 que aparece o silicone já com outro preparo e tratamento para este fim. Decorridos 50 anos o silicone nas próteses de mama passou por cinco gerações até chegar ao estado atual do gel coesivo de silicone, a última geração.

Mas em Cirurgia Estética o silicone não é só usado para aumentar mamas. Pode ser usado da cabeça aos pés, imagine.

Os tipos, modelos, consistência, forma, tamanhos variam de acordo com a aplicação.

As motivações são variadas, e as perturbações causadas por uma parte da pessoa que não está bem, muitas vezes fazem estragos difíceis de reparar. Estas cirurgias recorrendo ao uso do silicone pretendem melhorar a qualidade de vida das pessoas, melhorando a sua autoestima, confiança e segurança.

As causas dessas alterações são na maioria genéticas, mas podem ter outras como acidentes, etc.

Há doenças e malformações genéticas que podem ser solucionadas recorrendo a próteses específicas e apropriadas. É exemplo o “peito escavado”, atrofia ou ausência de músculos (peitoral, deltoide, gémeos, etc.).

Para melhorar e definir o contorno do rosto podem-se colocar próteses de silicone nas “maçãs do rosto”, no queixo, no nariz.

No corpo são mais as suas indicações e algumas se calhar nem imaginava que se podiam fazer. As mamas são, sem dúvida, as mais aplicadas, sendo a cirurgia estética mais praticada e procurada atualmente.

Nádegas, pernas, parte interna das coxas, parte externa das coxas, tanto em homens como em mulheres. Mais específico para homens são as próteses peitorais, dos bicípites, tricípites e deltoides. Estas para os “fanáticos” do ginásio e que mesmo com muita malhação não conseguem os volumes e contornos desejados. Hoje em dia também há mulheres que procuram estes tipos de ajudas, as adeptas de culturismo ou outras atividades físicas semelhantes.

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
SPO lança PROGO e portal dedicado ao Cancro Hereditário
O Grupo de Trabalho dedicado ao Cancro Hereditário, da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO), apresenta o Programa Nacional...

O PROGO tem como principal objetivo uniformizar a prática clínica do diagnóstico genético de forma a garantir a universalidade dos cuidados a doentes e a portadores de síndromes hereditários de cancro. 

Nos próximos anos, o PROGO será desenvolvido em várias vertentes: a uniformização de prática clínica através da publicação dos Requisitos Mínimos para teste genético em 2021 e de linhas orientadoras de atuação para cada síndrome hereditário, o Programa Educacional dirigido a médicos não geneticistas (e-learning) de modo a reforçar competências específicas; a disponibilização de informação a doentes e familiares com o intuito de aumentar a literacia da população em síndromes de predisposição familiar para o cancro e potenciar a capacidade de participação dos utentes no seu processo terapêutico, a proposta de circuitos de referenciação que assegurem todas as etapas de assistência aos portadores de síndromes hereditários de cancro.

Este programa visa ainda a criação de uma estrutura nacional necessária para uma organização em rede, permitindo uma melhor integração de Portugal na Rede de Referenciação Europeia. “Estamos a trabalhar em articulação com a Rede Europeia de Referência sobre Síndromes Genéticos ligados ao cancro (ERN-GENTURIS), e este portal servirá como plataforma para a divulgação das guidelines mais recentes, incluindo as desenvolvidas e aceites a nível Europeu” explica a coordenadora nacional da Rede Europeia de Referenciação, Carla Oliveira, Investigadora no I3s e elemento deste grupo de trabalho.

Outro importante objetivo é o incentivo à investigação na área do Cancro Hereditário, pelo que foi criado um prémio anual de 25.000 Euros, que premiará um projeto de investigação em cada ano. O vencedor será anunciado no Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Oncologia, em novembro.

“Dada a crescente importância do cancro hereditário no dia-a-dia de doentes e famílias, entendemos que se impunha a necessidade de definirmos padrões clínicos e uniformizar práticas ao nível da referenciação, diagnóstico e abordagem profilática! Queremos melhorar a prática clínica oferecendo a todos os doentes oncológicos com critérios para diagnóstico genético, este mesmo diagnóstico, definindo circuitos na abordagem de doentes e portadores assintomáticos e contribuir para a literacia facilitando o acesso à informação para a toda a população”, afirma Gabriela Sousa, coordenadora do Grupo de Trabalho dedicado ao Cancro Hereditário.

“O teste genético poderá dar importante informação sobre a causa do cancro com impacto na decisão do tratamento e também ajudar os familiares saudáveis de doentes com cancro, sobretudo na estimativa do risco de poder vir a ter doença e na oportunidade de decidir medidas redutoras de risco”, explicou a médica oncologista.

Criado em 2019, o Grupo de Trabalho dedicado ao Cancro Hereditário tem foco em quatro das principais síndromes hereditárias de cancro, sendo elas: síndrome hereditário de cancro da mama/ovário (HBOC), síndrome hereditário de cancro colorretal não polipoide (Síndrome de Lynch), cancro gástrico difuso hereditário (HDGC) e síndrome de Li-Fraumeni. O Grupo de Trabalho reúne peritos nacionais e representantes de várias Sociedades Científicas, representante da Rede Europeia (ERN-GENTURIS), bem como representantes de doentes e suas famílias (EVITA).

Análise dá conta da ligação entre o uso de antibióticos e a resistência bacteriana
A utilização de antibióticos diminuiu e é hoje mais baixa nos animais destinados ao consumo humano do que nos seres humanos,...

Seguindo uma abordagem One Health, o relatório das três agências da UE apresenta dados sobre o consumo de antibióticos e o desenvolvimento de resistência antimicrobiana (REM) na Europa para 2016-2018.

A redução significativa da utilização de antibióticos nos animais para consumo humano sugere que as medidas tomadas a nível nacional para reduzir a sua utilização estão a revelar-se eficazes. O uso de uma classe de antibióticos chamada polimixinas, que inclui colistina, caiu quase para metade entre 2016 e 2018 em animais usados para a alimentação. De acordo com a EMA, este é um desenvolvimento positivo, “uma vez que as polimixinas também são usadas em hospitais para tratar pacientes infetados com bactérias multirresistentes”.

"O relatório conjunto mostra, pela primeira vez, que o consumo total de antibióticos é menor nos animais destinado ao consumo humano do que nos seres humanos. Os dados relativos ao consumo de antibióticos em animais recolhidos pela EMA confirmam que as medidas tomadas pelas três agências e autoridades nacionais são eficazes", disse Emer Cooke, Diretor Executivo da EMA.

"O combate à resistência antibiótica continua a ser uma prioridade para a EMA e continuaremos a recolher dados veterinários de consumo antimicrobiano para orientar a política e a investigação."

O panorama na UE é diverso – a situação varia significativamente por país e por classe antibiótica. Por exemplo, as aminopenicilinas, cefalosporinas e quinolonas de terceira e 4ª geração (fluoroquinolonas e outras quinolonas) são mais utilizadas em humanos do que em animais destinados para consumo humano, enquanto as polimixinas (colistina) e as tetraciclinas são mais utilizadas nestes animais do que em seres humanos.

A ligação entre o uso de antibióticos e a resistência bacteriana

O relatório mostra que o uso de carbapenemas, cefalosporinas e quinolonas de terceira e quatro gerações em humanos está associado à resistência a estes antibióticos nas infeções de Escherichia coli em humanos. Foram encontradas associações semelhantes para animais destinados ao abate.

O relatório identifica igualmente as ligações entre o consumo antimicrobiano em animais e a resistência antimicrobiana em bactérias provenientes de animais destinados ao consumo humano, o que por sua vez está associado à resistência antimicrobiana em bactérias provenientes do homem. Um exemplo disso é a bactéria Campylobacter jejuni que é encontrada nos alimentos com base animal e que causa infeções alimentares em humanos. Os especialistas encontraram uma associação entre a resistência nestas bactérias em animais e a resistência nas mesmas bactérias em humanos.

Estudo
A subnutrição durante a gravidez tem um forte impacto no coração do feto, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças...

Este estudo, que pretendeu avaliar se a subnutrição materna provoca alterações ao nível das mitocôndrias (os organelos celulares produtores de energia) no coração dos fetos, sugere que estes bebés deverão receber seguimento médico ao longo da vida, dado o seu risco aumentado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Segundo os resultados da investigação, realizada com recurso a um modelo animal, uma redução moderada de 30% na quantidade de alimento fornecida às mães durante a gravidez produz alterações profundas na função das mitocôndrias cardíacas dos bebés. Verificou-se que estas alterações interferem na forma como as mitocôndrias produzem energia e na forma como estas participam em várias funções celulares indispensáveis, o que pode promover o aparecimento de disfunções cardíacas mais cedo na idade adulta.

De uma forma inovadora e controlada, «foi possível estabelecer uma relação de causa entre a alimentação das mães durante a gravidez e a função cardíaca dos descendentes. Este trabalho tornou evidente uma relação que há muito suspeitávamos existir, agora torna-se essencial definir qual a alimentação ideal durante a gravidez para potenciar a saúde dos descendentes», explica Susana Pereira, primeira autora do artigo científico e investigadora do CNC-UC e do CIAFEL - Centro de Investigação em Atividade Física, Saúde e Lazer, da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.

Também se observou que o efeito da subnutrição durante a gravidez é mais acentuado no coração dos fetos do sexo masculino. Esta diferença, segundo os autores, pode explicar a diferente suscetibilidade de homens e mulheres para doenças cardíacas durante a vida.

Este trabalho, já publicado na revista científica Clinical Science, faz parte de um projeto alargado, iniciado em 2009, que pretende identificar os efeitos da nutrição durante a gravidez na saúde dos fetos, nomeadamente ao nível da função da mitocôndria, e que, além da Universidade de Coimbra, envolve a Universidade do Porto e duas universidades dos EUA - Universidade do Wyoming e Universidade do Texas Health Science Center em San Antonio.

Paulo Oliveira, líder de grupo no CNC-UC e também autor do estudo, esclarece que, «juntamente com outros artigos resultantes deste projeto, concluímos que a subnutrição e a sobrenutrição durante a gravidez têm efeitos muito semelhantes na função mitocondrial da descendência, promovendo alterações que poderão explicar a maior suscetibilidade a doenças hepáticas, renais ou cardíacas observadas em filhos de mães sobre ou subnutridas durante a gravidez».

As alterações na estrutura e função mitocondrial cardíaca devido à má nutrição materna estão implicadas na programação do desenvolvimento cardíaco e provavelmente influenciam a saúde cardíaca a longo prazo. Por isso, concluem Paulo Oliveira e Susana Pereira, os resultados deste estudo «podem contribuir para o desenvolvimento de novos biomarcadores para o diagnóstico precoce, permitindo intervenções oportunas para melhorar a saúde cardiovascular ao longo da vida».

Investigação
Cientistas da Universidade Estatal de Iowa estão a usar inteligência artificial inovadora para estudar como o microbioma...

Gregory Phillips, professor de microbiologia veterinária e medicina preventiva na Faculdade de Medicina Veterinária da ISU e investigador principal na bolsa, disse que os investigadores estão focados em bactérias intestinais que se adaptaram para viver no sistema digestivo humano. Estas bactérias interagem com os sistemas hospedeiros para promover a saúde de várias maneiras.

"Estas (bactérias) encontraram no nosso intestino um ambiente onde podem prosperar, crescer, ajudando o nosso sistema digestivo a converter alguns dos alimentos que não temos a capacidade de digerir", revela.

Um microbioma saudável também afeta o sistema imunitário, e a equipa de pesquisa vai procurar partes do microbioma que influenciem a eficácia das vacinas. Como a pandemia coronavírus mostrou, nem todos respondem às vacinas de forma idêntica. O nível de imunidade conferido por uma vacina, bem como a durabilidade dessa imunidade, podem oscilar de um indivíduo para outro. Phillips e os seus colegas vão estudar se as condições do microbioma podem melhorar a resposta da vacina. Por exemplo, existem bactérias particulares cuja presença fortalece a resposta da vacina, ou mesmo genes particulares dentro das bactérias? E os humanos podem ajustar os seus microbiomas para otimizar a sua resposta à vacina, como por exemplo através do uso de probióticos?

Phillips vai liderar testes em ratos monitorizando mudanças na microbiota e resposta imune estimulada pela toma da vacina. Mas como as interações que os investigadores estão a observar são tão complexas, espera-se que as experiências gerem grandes quantidades de dados. É por isso que Phillips se juntou a cientistas da Universidade de Indiana para usar inteligência artificial para encontrar padrões em todos esses dados.

"Como cientistas, queremos encontrar causa e efeito", disse. "Queremos ir além das associações para chegar a causas, algo na microbiota que influencia o hospedeiro, pelo que as vacinas podem ser melhoradas."

O Departamento de Defesa americano está a financiar a investigação devido ao seu interesse em manter os combatentes no auge da saúde física. Phillips disse que os EUA enviam militares para todo o mundo, onde podem encontrar uma grande variedade de vírus e agentes patogénicos. “Melhorar a resposta às vacinas é uma forma importante de garantir que estes funcionários se mantenham saudáveis e ativos nas suas missões."

Mas a investigação também pode ter implicações para além das aplicações militares, disse Phillips. Os investigadores vão testar as vacinas que visam a proteína de pico do vírus SARS-CoV-2 para avaliar se as mudanças no microbioma podem melhorar as respostas imunes ao COVID-19. É provável que as suas descobertas se apliquem à saúde dos animais de estimação e dos animais de produção também.

Phillips será o principal investigador do projeto global e supervisionará as experiências de microbioma animal no Estado de Iowa. Michael Wannemuehler, professor de microbiologia veterinária e medicina preventiva e investigador do Instituto Nanovaccine, também contribuirá. Paul Macklin da Universidade de Indiana servirá como co-investigador principal e liderará a modelação de IA. Aarthi Narayanan, diretor de pesquisa de tradução e transferência de tecnologia na American Type Culture Collection, sediada na Virgínia, vai liderar as experiências de desafio viral.

Literacia em Saúde
Todos os profissionais, familiares e doentes têm responsabilidade na prevenção das IACS.

Assim, higienize sempre as mãos com água e sabão ou com uma Solução Antissética de Base Alcoólica (SABA) antes de comer, depois de utilizar as instalações sanitárias ou se tocar em algum objeto/equipamento que possa estar contaminado.

Peça aos seus familiares para perguntarem onde podem encontrar SABA para colocar perto de si (por ex. na mesa de cabeceira). Peça também aos seus familiares e visitas que higienizem as mãos assim que entrarem no quarto, antes de lhe tocarem.

Já ouviu falar nos 5 momentos para a Higiene das Mãos?

Estes momentos são válidos também para as visitas. Mostre aos seus familiares quando deve utilizar os cinco momentos para a higiene das mãos conforme apresentado na figura abaixo:

Se alguém se esquecer de higienizar as mãos, peça educadamente para o fazer mesmo aos médicos ou enfermeiros. Lembre-se que as luvas só protegem o doente se foram colocadas em mãos limpas (entre outras razões porque as luvas podem ter micro-perfurações não visíveis).

Se o profissional tiver de colocar um cateter central (por exemplo no pescoço, junto à clavícula ou na virilha) ou um cateter periférico, verifique se os profissionais cumprem sempre os seguintes procedimentos:

  • Higienizam as mãos imediatamente antes de tocar no doente e no cateter central ou periférico;
  • Usam instrumentos e materiais esterilizados;
  • Desinfetam a pele onde vai ser colocado o cateter central ou periférico;
  • Escolhem o local mais seguro para inserção do cateter (a veia da sub-clávia é o local mais seguro e menos propício para contrair infeções). Se escolherem a virilha pergunte-lhes “Qual o motivo”;
  • Usam lençóis limpos para cobrir o doente;
  • Estão a usar máscara;
  • Cobrem a área da intervenção com campos esterilizados;
  • Higienizam as mãos após retirarem as luvas.

Durante o tempo que o cateter central ou periférico estiver a ser utilizado os profissionais de saúde devem:

  • higienizar sempre as mãos antes de manipularem os cateteres ou as torneiras dos sistemas de administração de soros ou de medicamentos;
  • desinfetar com álcool a 70% as torneiras ou conexões dos sistemas antes da administração dos medicamentos.

Medidas Complementares:

Caso tenha dúvidas em relação ao estado de limpeza de algum dos objetos que se encontram no seu ambiente envolvente informe o enfermeiro ou responsável do serviço, ou peça aos seus familiares para o informarem de forma a procederem à limpeza dos objetos. Tenha igualmente atenção aos seus objetos pessoais como telemóveis, computador ou canetas (pode utilizar toalhitas para limpar os mesmos quando necessário).

É muito importante o estado de limpeza dos seguintes itens: Controlo da TV; telefone; suporte de soros; botão de chamada; maçanetas das portas; cadeira de levante; grades de cama; torneiras e cadeiras de rodas.

Atenção!

Chame o Enfermeiro se sentir ou verificar alguma alteração nos locais onde haja uma quebra da integridade da sua pele (local da cirurgia, local de inserção do cateter central ou cateter venoso periférico): sensibilidade, secreção, pús e/ou vermelhidão.

Se sentir ou verificar alguma das seguintes alterações na sua pele: feridas ou erupção cutânea.

Se tiver algum dos seguintes sintomas: calafrios, tremores, dor de cabeça, dores no corpo, confusão, diarreia, cólicas, dores intensas, náuseas, falta de apetite, pulsação acelerada, respiração acelerada ou tensão arterial muito baixa

Pergunte sempre que tiver dúvidas e não tenha receio de alertar os profissionais.

Fonte: http://atuasaude.org/wp-content/uploads/2017/08/checklist_atua_saude_infecoes.pdf

     

Autores:
Maria Helena Junqueira

Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE- [email protected]

Pedro Quintas
Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal - [email protected]

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Perturbações do olfato
O Kit TOP COVID, desenvolvido para treino do desvio olfativo destinado, em particular, a pacientes afetados pela COVID-19, vai...

Numa primeira instância, a utilização do kit resultará num ensaio clínico que vai permitir à comunidade médica e científica fazer história ao apoiar os setores de atividade mais impactados pela perda de olfato, bem como criar uma base de conhecimento para o futuro.

Com a missão de servir a comunidade e assente nas suas competências técnicas e científicas, a UA, em parceria com a Sogrape, partiu à procura de uma solução eficaz na recuperação e tratamento de desvios olfativos. Assim, nasceu o TOP COVID, um kit 100% vegetal para o treino de desvios olfativos, incluindo em pacientes com COVID-19.

O kit TOP COVID – Treino Olfativo Pacientes Covid-19 – é constituído por cinco discos de aromas naturais, criados a partir de matérias-primas 100% vegetais e sem qualquer tipo de conservante, como pó de alecrim, pó de casca de tangerina com pó de bagaço de Baga, pó de bagaço de Touriga Nacional com grãos de erva doce, pó de gengibre com pó de bagaço de Baga e folhas de orégãos. A seleção destes produtos teve como base a utilização racional dos recursos naturais e o facto de serem produtos conhecidos pela população portuguesa, que desencadeiam memórias olfativas positivas associadas a alimentos ou à natureza e nos permitiram criar várias notas de aromas, com diferentes intensidades.

A Sogrape, enquanto parceira do projeto, contribui com todo o seu know-how na análise de aromas, bem como com o fornecimento dos elementos vegetais que compõem o kit, com destaque para uvas de uma casta presente em muitos vinhos portugueses: a Touriga Nacional, proveniente das suas propriedades na região do Douro. “Parceira de longa data da Universidade de Aveiro, a Sogrape associou-se desde o primeiro momento a este projeto a favor da criação de conhecimento científico para apoiar a Comunidade, num passo alinhado com o seu compromisso para com a Sustentabilidade e, em particular, em prol do setor vitivinícola, em que a relação com o olfato é intrínseca”, explica Miguel Pessanha, Administrador da Sogrape e enólogo.

As perturbações do olfato têm um impacto direto na qualidade de vida, principalmente para quem tem neste sentido o seu principal instrumento de trabalho, como é o caso dos enólogos, mas também dos Chefs ou dos perfumistas. Não sendo exclusiva da infeção por SARS CoV-2, esta pandemia trouxe notoriedade a este tema, dado que está entre os sintomas mais prevalentes da doença.

Foi neste contexto que o grupo de investigação da Universidade de Aveiro, especializado na área da química de aromas e dos produtos naturais, desenvolveu o TOP COVID. De acordo Sílvia M. Rocha, professora do Departamento de Química e líder do grupo de investigação da UA, “É fundamental compreender que tipo de moléculas libertadas pelos discos de aromas são mais eficazes na recuperação do olfato ou se o seu impacto é igual nos diferentes tipos de desvios olfativos. Este conhecimento, que pode ser criado pela combinação de diferentes domínios de informação, é crucial para o desenvolvimento de futuras estratégias de intervenção no contexto clínico.”

Numa primeira fase, foram produzidos 100 kits doados ao Centro Hospitalar do Baixo Vouga que irá agora avaliar, através da realização de um ensaio clínico, em colaboração com a UA, a sua eficácia no treino de estimulação e regeneração do epitélio olfativo em indivíduos com comprovada perda olfativa e/ou com desvios olfativos resultantes da infeção pela COVID-19.

É de realçar, ainda, que este kit foi desenvolvido num forte compromisso com a sustentabilidade do produto. Os materiais são recicláveis e os elementos vegetais utilizados na produção dos discos foram selecionados de forma a valorizar produtos nacionais e locais. Mais tarde, existe ainda a hipótese deste kit vir a ser comercializado.

O kit vai ser apresentado numa sessão hoje, dia 30 de junho, a partir das 17h00, reservada a convidados, mas que poderá ser visualizada através da ligação: https://youtu.be/boOgAvZ15rs. A mesma contará com uma mesa redonda sobre o tema ‘Vamos falar de olfato’, que junta Lourenço de Lucena, compositor de perfumes e sensorialista, Luísa Azevedo, Diretora do Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar Baixo Vouga, Miguel Pessanha, Administrador Sogrape e enólogo, Ricardo Costa, Chef do restaurante The Yeatman, Sílvia M. Rocha, Professora do Departamento de Química da Universidade de Aveiro e especialista em química de aromas e Tiago Santos, Psiquiatra e Membro do Programa Nacional para Saúde Mental.

Ação lançada hoje nas redes sociais
Para apoiar doentes oncológicos, suas famílias e cuidadores, a Sanofi lança neste Dia Mundial das Redes Sociais, 30 de junho, a...

O tópico cancro apresenta um elevado número de pesquisas, no entanto, os temas relacionados com aconselhamento/como viver com cancro assumem-se como pouco desenvolvidos em Portugal. Além disso, a maioria da informação disponibilizada ao doente oncológico adota um carácter formal e analítico, e menos dirigido a preocupações reais específicas do doente oncológico e dos seus cuidadores, famílias e amigos.

Ultimamente, e tendo em conta o contexto pandémico, as Redes Sociais têm assumido uma importância crescente na vida de todos, mas mais ainda na vida de todos os que lidam com a complexidade da doença Oncológica.

‘Dar a Volta ao Cancro’, através de uma comunicação clara e pessoal, pretende fomentar a discussão e a partilha de experiências nas duas principais redes sociais, o Facebook e Instagram.

“Esta iniciativa, através de uma comunidade digital inclusiva e aberta ao diálogo quer ajudar a responder às reais necessidades do doente oncológico, dos seus cuidadores, família e amigos. Não queremos criar apenas mais uma comunidade para falar para as pessoas, queremos ajudá-las a dar a volta por cima, proporcionando informação sobre bem-estar psicológico, exercício, comunidade, hábitos, nutrição, entre outras”, afirma Francisco del Val, Country Lead Sanofi Portugal.

 

 

 

Reaproveitamento das folhas de mirtilo para gerar biomassa
O projeto BB RELeaf, liderado por Sofia Viana, docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra ...

O objetivo passa por “converter resíduos agrícolas em novos ativos de valor acrescentado, otimizando o rendimento de recursos naturais, fomentando circuitos de retorno e facilitando a transição para sistemas que exponenciem a bioeconomia circular”, explica Sofia Viana que, além de docente da ESTeSC-IPC, é investigadora integrada no Coimbra Institute for Clinical and Biomedical Research da Universidade de Coimbra. Os ensaios pré-clínicos realizados pela equipa BB RELeaf (que integra o projeto “Biomassa inovadora da folha senescente do mirtilo: convertendo resíduos em recursos nutracêuticos sustentáveis de valor acrescentado”) demonstram os benefícios funcionais das biomassas geradas a partir das folhas de mirtilo, cuja aplicação poderá ser possível em três segmentos de mercado: como aditivo antioxidantes de base natural; como ingrediente funcional para rações animais superiores; e como suplemento nutracêutico.

A ideia é que a participação no concurso “From Linear to Circular Ideas” sirva de alavanca para a abertura do projeto ao mercado. “O objetivo do concurso é fomentar a transferência de conhecimento da academia para a sociedade, através do estreitamento de relações com o tecido empresarial das equipas cujos projetos foram considerados mais inovadores, disruptivos e com potencial de acrescentar valor. É esta agora a expectativa”, assume Sofia Viana.

Promovido pela Rede Campus Sustentável, o concurso “From Linear to Circular Ideas” – que se realizou este ano pela primeira vez –  contou com 144 participantes, de mais de 20 Instituições do Ensino Superior português e brasileiro.

 

 

CoronaVac
A China aprovou, no início do mês, a vacinação de crianças e jovens entre os três e os 17 anos de idade, devendo ser cumprido o...

A notícia foi confirmada pela televisão estatal CCTV, seguindo-se as explicações do subdiretor da Comissão Nacional de Saúde (CDC), Zeng Yixin, à agência Xinhua. De acordo com o especialista, o objetivo é que pelo menos 70% da população seja vacinada antes do final do ano.

Segundo as autoridades sanitárias vacinar crianças é fundamental para o país alcançar a imunidade de grupo. "A China usará vacinas para crianças com cautela, distinguindo-as em diferentes faixas etárias ou inicialmente vacinando as que vivem em regiões mais suscetíveis ao vírus", disse um porta-voz do CDC citado pelo El Mundo.  

Embora o uso de vacinas em menores tenha vindo a ser um tema controverso devido à falta de dados e ensaios clínicos, o Canadá foi o primeiro país a aprovar vacinas para crianças com idade igual ou superior a 12 anos. Os Estados Unidos, o Reino Unido e Singapura juntaram-se então à aprovação da vacina de coronavírus Pfizer/BioNTech para utilização em crianças destas idades.

Resposta imunitária da CoronaVac alcançada em 96% das crianças vacinadas

Na segunda-feira, a revista científica The Lancet publicou os resultados de um ensaio clínico com a vacina CoronaVac em crianças e adolescentes dos 3 aos 17 anos, sugerindo que esta é  segura e desencadeia uma forte resposta de anticorpos entre as crianças. "Mais de 96% das crianças e adolescentes que receberam duas doses da vacina, fabricada pela Sinovac, desenvolveram anticorpos contra a SARS-CoV-2. A maioria das reações adversas foram leves ou moderadas, sendo a dor no local da injeção o sintoma mais relatado", lê-se no estudo. "Apenas uma reação adversa grave, um caso de pneumonia, foi reportada no grupo de controlo; no entanto, isso não estava relacionado com a vacina", continua.

O ensaio clínico foi realizado na China, no condado de Zanhuang, uma área rural da província de Hebei, no norte do país, e envolveu 550 crianças saudáveis. "As crianças e adolescentes com Covid-19 geralmente têm infeções ligeiras ou assintomáticas em comparação com adultos; no entanto, um pequeno número pode ainda estar em risco de doença grave. Podem também transmitir o vírus a outros, pelo que é vital testar a segurança e eficácia das vacinas em faixas etárias mais jovens", explica no relatório Qiang Gao, vice-presidente de investigação e desenvolvimento da Sinovac.

O estudo também chama a atenção para uma secção que indica que as respostas imunitárias entre crianças e adolescentes são superiores às de adultos entre os 18 e os 59 anos e às dos idosos com idade igual ou superior a 60 anos. "A nossa constatação de que a CoronaVac foi bem tolerada e induziu fortes respostas imunitárias, sugerindo que estudos adicionais noutras regiões, envolvendo populações maiores e multiétnicas, podem fornecer dados valiosos para definir estratégias de imunização envolvendo crianças e adolescentes", nota Qiang.

O relatório da Lancet diz que não foram detetadas diferenças significativas na resposta imunitária numa análise das faixas etárias que participaram no ensaio. Embora reconheça algumas limitações no estudo. "As respostas das células T, que desempenham um papel importante nas infeções SARS-CoV-2, não foram avaliadas no estudo, embora tenham sido investigadas em estudos relacionados.

Por outro lado, não foram disponibilizados dados sobre segurança a longo prazo e resposta imunitária, embora os participantes sejam monitorizados durante pelo menos um ano. “Devido ao reduzido número de participantes no estudo, os resultados devem ser interpretados com cautela, uma vez que não foi possível tirar conclusões estatísticas sólidas”, sublinham os autores.

Vídeos e infografias
A Associação Portuguesa para as Doenças Congénitas da Glicosilação e Outras Doenças Metabólicas Raras (APCDG), em conjunto com...

De acordo com Vanessa Ferreira, fundadora da APCDG e co-fundadora e investigadora da rede de investigação CDG & Allies – PPAIN: “Os ensaios clínicos no âmbito das CDG são complexos e não estão acessíveis ao público em geral, pelo que consideramos de extrema importância clarificar alguns conceitos.”

“O acesso à informação sobre saúde, torna as pessoas mais autónomas em relação à sua saúde e à dos que as rodeiam. Neste sentido, produzimos uma série de materiais educativos, tais como vídeos e infografias, de forma a simplificar a linguagem científica das CDG, que é na sua maioria complexa de descodificar", acrescenta. 

Os materiais educativos estão disponíveis em https://worldcdg.org/resources

Ainda com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de todos os que vivem com CDG e identificar as suas principais necessidades, está a decorrer a segunda fase do estudo internacional “CDG Experiences over time from families and professionals views”, destinado a famílias e profissionais CDG. Só através destas diferentes perspetivas é possível oferecer uma resposta adaptada às necessidades de todos aqueles que vivem com esta doença.

As CDG são um grupo de 150 doenças hereditárias que afetam a glicosilação, um processo pelo qual todas as células humanas acumulam açúcares de cadeia longa que estão ligados a proteínas ou lípidos (gorduras), essenciais para muitas funções biológicas. Estas doenças são altamente incapacitantes, com uma elevada taxa de mortalidade pediátrica e com significativo impacto negativo na qualidade de vida dos doentes e das famílias. As CDG são uma família de doenças muito raras, estimando-se que a forma mais comum (PMM2-CDG) tenha uma incidência de 1 em cada 20 mil pessoas.

 

Páginas