Os tutoriais são dirigidos aos familiares cuidadores
Em junho, a aTTitude IPSS, com o apoio da SIC Esperança, disponibilizou tutoriais de apoio aos cuidadores informais de crianças...

A visão dos cuidados paliativos pediátricos consiste em assegurar que desde o diagnóstico todos os utentes em idade pediátrica (recém-nascidos, crianças e jovens até aos 18 anos) que vivem com uma doença crónica complexa, grave ou limitante, e suas famílias, recebam cuidados que vão ao encontro das suas necessidades, desejos e preferências, até e para além da morte.

“De acordo com esta premissa e a atual situação de pandemia, que comprometeu significativamente a prestação de cuidados de saúde, a aTTitude criou o Projeto “Tutoriais para cuidadores informais em cuidados paliativos pediátricos, por considerar prioritário e urgente o investimento na área dos cuidados paliativos pediátricos. Esta plataforma é única em Portugal e inteiramente dedicada às crianças com doenças crónicas, progressivas e limitantes e aos seus cuidadores, com conteúdos que farão a diferença no dia a dia destas famílias e na qualidade de vida dos seus doentes. Relembramos que Portugal continua a ser um dos países da Europa Ocidental que apresenta menor desenvolvimento nesta área de cuidados de saúde”, explica Bibi Sattar Marques, Presidente da aTTitude.

O projeto teve início em 2018, quando a aTTitude foi distinguida com o prémio da SIC Esperança para o desenvolvimento de uma iniciativa com o objetivo de capacitar famílias de utentes em idade pediátrica, através da produção de vídeos tutoriais de boas práticas na prestação de cuidados e de conteúdos diversos que visassem melhorar a prestação de cuidados no domicílio e aumentassem a literacia em saúde. O projeto contou ainda com o apoio financeiro da Porto Editora, Allianz, Delta, IMGA, KPMG, Mazars, Multicare, Pingo Doce, com a parceria da Indigo, L´Agence e Play Solutions e ainda com o apoio científico da APCP (Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos) e a SPP (Sociedade Portuguesa de Pediatria).

Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, também dedicou uma mensagem ao projeto, que pode ser lida na íntegra no site da IPSS: “Conheço a realidade dos cuidadores informais, tantas vezes esquecidos ou remetidos a uma certa periferia da nossa sociedade, situação agravada no período vivido de pandemia e confinamento. Conheço a realidade das pessoas cuidadas, neste caso crianças e jovens em idade pediátrica, para quern o apoio dos que lhes estão mais próximos é tão importante. Conheço as dificuldades que enfrentam diariamente. Saúdo por isso esta iniciativa, que lhes é dirigida, renovando o desafio à aTTitude para que 2021 não feche o ciclo das iniciativas nesta área.”

Os tutoriais, que podem ser consultados no site oficial da aTTitude- http://www.attitude.org.pt/ -, contam com a voz da apresentadora Andreia Rodrigues e contemplam diferentes temas: atividades da vida diária; utilização de dispositivos; a casa como centro de cuidados; comunicação de más noticias; gestão de perda e luto; controlo de sintomas e por fim cuidar do cuidador.

Estima-se que vivam em Portugal pelo menos 8.000 crianças com necessidades paliativas e destas, cerca de 200 morrem anualmente, na sua maioria em unidades hospitalares.

“São várias as preocupações que identificamos nesta área, desde logo pelo facto de serem crianças, na sua maioria, com elevada complexidade e dependência, nomeadamente de dispositivos e equipamentos, o que faz com que os cuidados prestados ainda estejam muito centralizados em hospitais terciários. Além disso, a dificuldade na coordenação entre os profissionais dos diferentes níveis de cuidados, a escassez de apoio domiciliário, a negligenciação da família cuidadora, por parte das entidades competentes, no que diz respeito às necessidades de cariz sócio-económico e a escassez de estruturas de apoio com capacidade de resposta a nível comunitário fazem com que recaia sobre as famílias uma enorme responsabilidade naquilo que é o processo de cuidar, tornando-se muitas vezes, os únicos cuidadores, de forma contínua, 24 horas por dia.

De acordo com a literatura, os cuidadores mais capacitados apresentam menos ansiedade e dificuldade na prestação de cuidados a estas crianças, o que promove uma melhoria do bem-estar e dos cuidados que prestam, assim como da sua confiança, para além da óbvia melhoria da qualidade de vida dos seus filhos”, conclui a Dra. Cândida Cancelinha, Coordenadora do Conselho Técnico Científico da aTTitude.

Os tutoriais são dirigidos aos familiares cuidadores que lidam diariamente com as crianças com doença crónica, grave e limitante, prestando-lhes os cuidados paliativos pediátricos necessários a sua dignidade e qualidade de vida.

Webinar “Não deixe a sua saúde para trás”
"Não deixe a sua saúde para trás” é o mote do webinar, destinado a doentes, cuidadores e público em geral, que decorre no...

Com moderação da jornalista Fernanda Freitas, o webinar pretende apresentar a perspetiva de médicos, administradores hospitalares e associações de doentes sobre os cuidados de saúde em tempos de pandemia.

A sessão conta com a participação de Cátia Duarte, reumatologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Tiago Torres, dermatologista no Centro Hospitalar e Universitário do Porto, Raquel Chantre, administradora hospitalar no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Arsisete Saraiva, presidente da Associação Nacional de Doentes com Artrite Reumatoide (ANDAR), Elsa Frazão Mateus, presidente da Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas e Jaime Melancia, presidente da PSOPortugal (Associação Portuguesa da Psoríase).

A importância de estar atento aos sintomas e consultar o médico regularmente, as medidas implementadas pelos hospitais para continuar a receber os utentes com segurança e o papel das associações de doentes em tempos de pandemia serão alguns dos temas abordados durante a sessão.

A participação é gratuita, sendo apenas necessário o registo prévio em: https://events.cognipharma.com/saude/

A iniciativa é promovida pela Cognipharma, uma empresa especializada em projetos digitais na área da Saúde, com o apoio da biofarmacêutica AbbVie.

 

 

Neste verão, seja um "dador salvador"
O Serviço de Sangue e de Medicina Transfusional do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), com apoio da Associação...

O evento terá um dos seus momentos mais relevantes com a atribuição da distinção máxima ao dador com mais de 100 dádivas e contará ainda com a presença de 30 dadores que, em representação de toda a comunidade dadora de sangue do CHUC, irão receber os galardões de ouro, prata e bronze, atribuídos pelo Ministério da Saúde.

“O CHUC conta com cerca de 18 000 dadores/ano inscritos, resultando em cerca de 14 000 unidades de sangue total, número insuficiente para as necessidades atuais, daí o nosso continuado apelo à dádiva de sangue, relembrando que cada dádiva de sangue de um dador pode ajudar a salvar até três vidas”, escreve em comunicado o centro hospitalar.

Recorda-se que podem dar sangue, todas as pessoas com bom estado de saúde e com hábitos de vida saudáveis, peso igual ou superior a 50 kg e idade compreendida entre os 18 e 65 anos. Para uma primeira dádiva de sangue, o limite de idade é aos 60 anos. “A dádiva de sangue é benévola e não remunerada e pode ser efetuada de quatro em quatro meses pelas mulheres e de três em três meses pelos homens”, acrescenta o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

 

Novos dados
A Johnson & Johnson reportou, na passada sexta-feira, dados de um estudo laboratorial que demonstram que a sua vacina de...

No que diz respeito à nova análise da Delta, os investigadores analisaram amostras de sangue de oito pessoas inscritas no estudo fulcral da Fase III do ENSEMBLE utilizado para apoiar os arquivos regulamentares da Johnson & Johnson para o Ad26.COV2.S. A vacina recebeu luz verde para uso de emergência pela FDA em fevereiro, com reguladores na UE, Reino Unido e outros mercados a seguirem o exemplo. No entanto, a procura pela vacina caiu, nomeadamente nos EUA, depois de estar ligada a uma doença rara de coagulação sanguínea, enquanto uma possível contaminação numa fábrica de Baltimore forçou a empresa a deitar fora milhões de doses.

A Johnson & Johnson adiantou que, na nova análise, a Ad26.COV2.S produziu a neutralização da atividade de anticorpos contra a Delta "a um nível ainda mais elevado do que o observado recentemente para a variante Beta (B.1.351) na África do Sul, onde foi demonstrada uma elevada eficácia contra doenças graves/críticas". Os dados do ensaio do ENSEMBLE mostraram que a vacina era 85% eficaz contra a doença Covid-19 grave/crítica, e "consistentemente eficaz" em todos os locais de estudo globais, disse a empresa, incluindo na África do Sul e no Brasil, onde havia uma elevada prevalência de variantes beta e Zeta (P.2) rapidamente emergentes.

Análises separadas realizadas recentemente em Inglaterra e na Escócia descobriram que a vacina da Pfizer e da BioNTech Comirnaty (BNT162b2) e a Vaxzevria da AstraZeneca (AZD1222) também ofereceram uma proteção substancial da variante Delta contra casos graves de Covid-19 e hospitalização.

Entretanto, a Johnson & Johnson afirmou que uma sub-análise de 20 pessoas que participam numa fase I/IIa da sua vacina mostrou que as respostas imunes humorais e celulares duraram pelo menos oito meses, o último ponto de tempo registado no estudo até à data. Os dados mostram que as respostas das células T, incluindo as células T CD8+, persistiram ao longo desse prazo. Além disso, uma única dose provocou anticorpos neutralizantes que "aumentaram ao longo do tempo" contra uma série de variantes de preocupação SARS-CoV-2, disse a empresa, com a média de neutralizações a oito meses a exceder o nível produzido à marca de um mês. De acordo com a Johnson & Johnson, isto foi verdade para a Delta, bem como para as estirpes Beta, Gamma (P.1), Alpha (B.1.1.7), Epsilon (B.1.429) e Kappa (B.1.617.1).

 

Odontogénese
A formação dos dentes, denominada Odontogénese inicia-se ao nível dos germens dentários instalados d

No nascimento do bebé a maioria dos germens dentários já possuem a sua coroa desenvolvida, faltando apenas a raiz para que o dente esteja completo. Este facto demonstra a alguma relação entre uma gravidez saudável e uma dentição bem desenvolvida. O primeiro dente de leite nasce por volta dos 6 meses de vida, ficando a dentição decídua totalmente erupcionada até cerca dos 3 anos. No total é constituída por 20 dentes, 10 na mandíbula e 10 na maxila. A mastigação é um dos principais fatores de estímulo para a erupção dentária.

Por volta de um ano de idade começa a odontogénese dos dentes permanentes. No entanto, a sua erupção apenas ocorre normalmente a partir dos 6 anos com a erupção do primeiro molar e incisivos superiores e inferiores permanentes. A partir desta idade ocorrerá a substituição gradual dos dentes decíduos por permanentes. Por volta dos 12 anos ocorre a erupção dos 2ºs molares e entre os 17 e 21 anos a erupção dos 3ºs molares, ficando a dentição permanente definitiva 32 dentes (16 em cada maxilar).

Qual a função dos dentes?

A principal função dos dentes é logicamente realizar a mastigação dos alimentos. Os dentes são classificados de acordo com a posição e a função. Assim, temos:

  • Incisivos: dentes situados na parte da frente da boca e que servem para cortar os alimentos.
  • Caninos: possuem formato pontiagudo e servem para rasgar os alimentos.
  • Pré-molares e molares: localizam-se na parte posterior da boca e são responsáveis por triturar os alimentos.

No entanto, para além da função principal, os dentes auxiliam igualmente na fonética e são determinantes para estética facial.

Por que possuímos duas dentições?

Após a erupção os dentes param de crescer. Como os dentes de leite erupcionam em idade infantil, possuem dimensões reduzidas adaptadas aos maxilares que os suportam. No entanto, ao contrário dos dentes, os ossos maxilares continuam o seu crescimento. Desta forma existe a necessidade de substituição destas peças dentárias decíduas por outras com maior maturação e de tamanho mais adaptado ao diâmetro dos maxilares de um adulto.

Para uma dentição permanente completa consideram-se os dentes do siso?

Os dentes do siso ou terceiros molares possuem uma função de mastigação semelhante aos outros molares. No entanto, cada vem é mais comum a falta de espaço para estes dentes. Isto leva a que seja frequente a sua erupção parcial ou falta de erupção sendo necessária a sua extração cirúrgica. Existem muitas teorias que tentam explicar este fenómeno, provocado pelo encurtamento do perímetro dos maxilares e diretamente das respetivas arcadas dentárias. Uma das explicações mais consensuais deve-se ao facto de a alimentação ter evoluído ao longo dos anos de alimentos crus de maior dureza para alimentos cozinhados ou processados bastantes mais moles, onde um número tão grande de peças dentárias deixou de fazer sentido. Desta forma, hoje em dia é comum considerar-se no adulto uma dentição completa quando 28 dentes estão presentes.

O que significa terceira dentição?

Ao contrário de outros animais, tais como os tubarões que possuem diversas dentições, para já o ser humano apenas continua a possuí duas dentições. No entanto, diversos avanços ao nível da bioengenharia com recurso à utilização de células estaminais, já permitiram a nível laboratorial a regeneração de novas peças dentárias em animais. Até que esta técnica esteja desenvolvida o suficiente para que seja possível utilizar com segurança no Homem, a reposição fixa de um dente perdido continuará a passar pela implantologia. Curiosamente na reabilitação de desdentados totais com recurso a próteses fixas implanto-suportadas, o facto desta solução se assemelhar muito em termos estéticos e funcionais à dentição natural faz com que por vezes esta solução já seja apelidada pelos pacientes de terceira dentição.

Dr. João Almeida Nunes
Medico Dentista diretor clínico do Instituto Dentário Alto dos Moinhos
Prática exclusiva na área da Implantologia e Reabilitação Oral

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Walk thru disponibiliza relatórios para viajantes
Albufeira é a localização escolhida para o primeiro posto de testagem da Covid-19 do Grupo Lusíadas Saúde no Algarve. Situado...

Com o selo de qualidade e excelência dos profissionais da Lusíadas, o posto de testagem ambulatório, disponível num quiosque no Hotel Aldeia na Oura, funcionará diariamente, das 16h às 22h, até pelo menos ao final de agosto.

Os testes serão realizados por profissionais de saúde especializados do Hospital Lusíadas Albufeira, sem ser necessária marcação prévia, podendo-se optar pelo teste RT-PCR ou Antigénio (zaragatoa).

Com a realização de testes neste Walk thru, os viajantes têm acesso a um relatório para apresentar nos destinos que exigem o resultado de um teste à Covid-19.

O Walk thru do Grupo Lusíadas Saúde, que garante um serviço de excelência rápido, seguro e de conveniência, contribuirá também para ajudar a travar a evolução da pandemia na região do Algarve.

A realização dos testes COVID-19 RT-PCR não requer jejum, ou preparação especial, ficando os resultados disponíveis, no máximo, em 24 horas após a testagem.

 

Investigação
Uma nova descoberta publicada na revista científica Nature Neuroscience mostra que o cérebro dos ratos responde de forma...

A descoberta vai ao encontro do estudo e teoria elaborados pelo neurocientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu, que teve o seu estudo utilizado por uma produtora de filmes na Suíça, onde a realidade virtual condiciona uma melhor saúde mental para as pessoas.

Em entrevista, Abreu chegou a dizer que o projeto do filme não é ainda o que ele procura e que precisa de uma produtora que possa projetar a realidade virtual como processo terapêutico relacionado a personalidade da pessoa.

“Isso vai ao encontro à neuroterapia que criei recentemente, onde trabalho a terapia direcionada à personalidade primária e às subjacentes. Moldando assim o cenário correto para a liberação de neurotransmissores relacionados ao bem-estar”, disse o cientista membro da Federação Europeia de Neurociência.

No estudo 'Enhanced hippocampal theta rhythmicity and emergence of eta oscillation in virtual reality’ os investigadores mediram a atividade do cérebro de ratos que experimentaram a realidade virtual e encontraram um ritmo elétrico diferente da experiência no mundo real e as conexões dendríticas. O estudo mostrou que a frequência precisa do ritmo nas duas situações, real e virtual, fazem uma enorme diferença na plasticidade neuronal.

Os estudos de laboratório tinham como foco principal a região do cérebro chamada hipocampo, responsável pela transformação de memória de curto para longo prazo. O estudo em ratos, tinham como objetivo compreender o processo de aprendizagem e memória, enquanto submetidos à realidade virtual.

“Na experiência, a realidade virtual permitiu que os ratos pudessem ir à fonte virtual beber água, olhar ao redor, ver brincadeiras que gostam de fazer, saltarem, entre outras coisas divertidas. Os neurónios no hipocampo, medidos por elétrodos minúsculos, revelaram que há uma distinção na realidade virtual da realmente vivida. Um mundo em uma realidade virtual experiência um grupo diferente de estímulos, podendo assim, trazer maiores possibilidades do uso da realidade virtual como processo terapêutico mediante a uma amplitude maior de opções de forma gradativa. Amenizando possíveis erros de imagens que não tragam à sensação desejada, entre outras vertentes”, conclui o neurocientista.

Este tipo de terapia poderia ajudar no processo de aprendizagem e as desordens memória-relacionadas que variam incluindo ADHD, autismo, doença de Alzheimer, epilepsia e depressão.

Referências:
https://ineews.eu/priscila-guedes-and-fabiano-de-abreu-competes-in-cannes/
https://www.nature.com/articles/s41593-021-00871-z
http://www.journalijdr.com/psychoconstruction-architecture-human-mind-memory-through-pituitary-protected-sphenoid-mitochondrial

Webinar de inscrição obrigatória
A Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar (SPEPH), vai realizar no próximo dia 8 um webinar subordinado ao tema ...

“Este webinar tem como intenção a exposição por parte do painel sobre a importância da Paramedicina e dos Paramédicos em Portugal”, divulga a SPEPH em comunicado.

Sendo esta sociedade científica, “será também o momento da SPEPH, de forma superficial, dar a conhecer, alguns dos projetos que estão neste momento na ordem de trabalhos”.

A participação neste webinar é gratuita, mas carece de inscrição, aqui: https://forms.gle/ifXZUwXSQ5ZscPPz9.

Os certificados de participação têm um valor de 5€ para sócios e 10€ para não sócios.

Ordem dos Médicos Dentistas lamenta inação do Governo
Os projetos-piloto para incluir médicos dentistas nos centros de saúde assinalam cinco anos sem que as metas definidas estejam...

Miguel Pavão, bastonário da Ordem dos Médicos Dentista, considera que aquilo que teve início com “os projetos-piloto do Governo falha em praticamente toda a linha e defrauda as expectativas de doentes e profissionais. Serviu apenas como bandeira eleitoral”. 

 O Governo lançou há cinco anos este projeto para começar a colmatar uma grave falha no Serviço Nacional de Saúde que há 40 anos deixou de fora a medicina dentária. Os projetos-piloto foram criados para dar reposta à população mais desfavorecida, com um leque de tratamentos restringido.  

Miguel Pavão diz que “em cinco anos, pouco mudou. Ainda que o nome tenha mudado para Programa de Saúde Oral para Todos, os moldes mantém-se. Na prática continuam a ser projetos-piloto, apenas para quem tem grande carência económica e embora seja de saudar o número de tratamentos e intervenções já realizados, que seguramente mudaram a vida dos doentes, a verdade é que as limitações continuam a ser enormes”.  

Em relação aos médicos dentistas integrados nos projetos-piloto, o bastonário da OMD denuncia “as condições precárias em que trabalham. A maioria dos médicos dentistas são contratados por empresas, através de contratos de prestação de serviços de 12 meses, sem subsídio de férias nem de Natal, sem direito a apoio no desemprego e sem qualquer hipótese de serem integrados nos quadros do Estado. Também não têm acesso a formação integrada no posto de trabalho, o que aportaria claros benefícios para o seu trabalho. O melhor exemplo de que o atual programa não funciona é que dos 13 médicos dentistas iniciais já nenhum subsiste no Centro de Serviços Partilhados do SNS, um claro sinal das escassas condições que lhes foram oferecidas”. 

Miguel Pavão lembra que “existe uma carreira específica para a medicina dentária no SNS, aprovada pelo Ministério da Saúde, mas está há anos à espera de luz verde do Ministério das Finanças. Uma situação inaceitável que deixa os médicos dentistas sem possibilidade de fazerem carreira no SNS como os outros profissionais de saúde.”  

Para o bastonário da OMD é “urgente voltar a olhar para este projeto-piloto e torná-lo definitivo, em cinco anos já houve tempo para saber como o fazer. É preciso garantir médicos dentistas em todos os centros de saúde, implementar a carreira de medicina dentária no SNS, contratar médicos dentistas sem contrato a termo, para acabar com a rotatividade dos profissionais, alargar o conceito de carência económica para abranger mais população e aumentar o número de tratamentos disponíveis, eventualmente com recurso a uma convenção com o sector privado”. 

Webinar
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) comemora, na próxima segunda-feira (5 de julho), o seu Dia Eco-Escolas...

Com início às 14h00, esta mesa-redonda virtual contará, primeiramente, com as intervenções do professor da ESEnfC, Carlos Marques Silva (coordenador do Programa Eco-Escolas na instituição), que falará sobre “O que temos e o que desperdiçamos”, e do vice-presidente da ESEnfC, Fernando Dias Henriques, com uma comunicação a proferir sobre “Ambições e potencial da ESEnfC”.

 Do subtema seguinte, “Reaproveitamento das águas cinzentas e pluviais”, ocupar-se-ão Emanuel Silva, diretor-geral da Environmental Waves - Water Intelligence, e Bernardo Taneco, diretor-geral da ECODEPUR - Tecnologia de Proteção Ambiental.

Finalmente, virá à discussão a questão da “Regulamentação, planos e projetos visando o aproveitamento das águas”, a cargo de Nuno Silva, chefe de Serviços de Desenvolvimento Organizacional da empresa municipal Águas de Coimbra.

Antes de um workshop (16h30) sobre “Agricultura biológica e compostagem” (pela engenheira florestal Marta Clemente e pela professora da ESEnfC, Ana Bela Caetano), serão também apresentadas (15h00) as atividades desenvolvidas na ESEnfC em prol de melhor sustentabilidade (professor Luís Paiva) e os desafios e projetos Eco-Escolas ESEnfC (professora Anabela Salgueiro, técnicas superiores Clara Simões e Marta Clemente e estudantes Ana Lopes, Letícia Cara e Marlene Pinho).

A sessão de abertura, às 13h45, será feita pela Presidente da ESEnfC, Aida Cruz Mendes, e pelo diretor do Departamento de Desenvolvimento Social, Saúde e Ambiente da Câmara Municipal de Coimbra (parceira Eco[1]Escolas), Pedro Carrana.

 Sensibilizar a comunidade educativa para a necessidade de preservar e poupar a água, divulgando soluções (produtos e serviços certificados) para o aproveitamento adequado das águas das chuvas e residuais, bem como educar para os objetivos do desenvolvimento sustentável e para a saúde global, são alguns propósitos desta iniciativa.

Coordenado em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), o Eco-Escolas é um programa internacional da “Foundation for Environmental Education” que «pretende encorajar ações e reconhecer o trabalho de qualidade desenvolvido pela escola, no âmbito da Educação Ambiental para a Sustentabilidade», lê-se na página online deste projeto.

As inscrições, no sítio do evento na Internet (http://www.esenfc.pt/event/diaecoescolas), são gratuitas e abertas a toda a comunidade.

Ensaio clínico
A Johnson & Johnson avançou, esta quinta-feira, com novos dados que mostram que a sua vacina contra a Covid-19 de dose...

Os dados mostram ainda que a resposta imunitária chega pelo menos até oito meses, o período de tempo avaliado até à data.

"Os estudos reforçam a capacidade da vacina Covid-19 da Johnson & Johnson ajudar a proteger a saúde das pessoas em todo o mundo. Acreditamos que a nossa vacina oferece proteção duradoura contra a Covid-19 e causa atividade neutralizante contra a variante Delta. Isto para além do conjunto robusto de dados clínicos que suportam a capacidade da nossa vacina de dose única de proteger contra várias variantes de interesse", disse o vice-presidente da Comissão Executiva da Johnson &johnson e diretor científico Paul Stoffels.

Estes novos dados foram obtidos tanto em estudos laboratoriais como num ensaio realizado com trabalhadores sul-africanos a quem foram administradas doses únicas de J&J/Janssen.

De quase meio milhão de pessoas que foram imunizadas ao abrigo desta iniciativa, apenas 1% ficou infetada e, do número total destas infeções, 98% eram uma doença leve; 4% dos infetados apresentavam sintomas moderados e apenas 2% desenvolveram sintomas graves.

Os dados recolhidos pelo Conselho de Investigação Médica sul-africana sugerem ainda que a fórmula desenvolvida pela farmacêutica Janssen para a J&J "funciona melhor", sublinhou Gray, contra a variante Delta (a primeira detetada na Índia) do que contra a Beta (identificada por especialistas sul-africanos no final de 2020).

Esta notícia traz alguma esperança face ao rápido avanço da variante delta na África do Sul e em outros locais em África, onde o acesso às vacinas continua muito baixo (até agora apenas 2,66% receberam vacinas).

 

Circular informativa
Com o objetivo de promover a utilização de Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) enquanto medida de proteção da saúde pública no...

Assim de acordo com a informação hoje avançada pelas autoridades de saúde, de entre as regras que ditam o acesso à comparticipação, consta a “obrigatoriedade” de estes testes terem de ser realizados em farmácias e laboratórios de análises clínicas ou patologia clínica devidamente autorizadas pela Entidade Reguladora de Saúde (ERS). “A lista das entidades aderentes será disponibilizada no site do Infarmed e será progressivamente atualizada”, pode ler-se na circular divulgada.

Para verificar que testes estão incluídos nesta medida, deve consultar a lista publicada no site do Infarmed.

Quanto ao regime de comparticipação, a circular faz saber que “nas entidades aderentes, os testes serão comparticipados integralmente”. Ou seja, não terá de pagar nada quando realizar o teste. Esta medida permite a realização de até quatro testes comparticipados por mês. No entanto, se quiser fazer mais testes no mesmo mês, embora possa fazê-lo, estes já não vão ser comparticipados.

Para a realização do teste, apenas tem de se dirigir à farmácia ou laboratório aderente, mostrar o número nacional de utente e preencher uma declaração. Nesta declaração deve confirmar que “não tem a vacinação completa, não teve Covid-19 há menos de seis meses e não realizou nesse mês mais de quatro testes comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.

Para além disso, a entidade aderente onde realizou o teste deve notificar o resulta do teste na plataforma SINAVELab.

Estas regras constam de uma circular informativa conjunta da Direção-Geral da Saúde (DGS), da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ACSS) e SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde publicada a 30 de março.

 

 

 

 

 

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais 2.436 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e sete mortes em território nacional. Há...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi aquela onde se registou o maior número de mortes – cinco das sete registadas em todo o território nacional.  A região norte e o Alentejo registaram um óbito cada.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 2.436 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.371 novos casos e a região norte 553. Desde ontem foram diagnosticados mais 178 na região Centro, 92 no Alentejo e 213 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 13 infeções e 16 nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 532 doentes internados, mais 23 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 118 pacientes, mais cinco doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.255 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 831.479 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 35.855 casos, mais 1.174 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 2.588 contactos, estando agora 55.848 pessoas em vigilância.

Comércio não alimentar encerra as 15h30 aos fins de semana
Um total de 45 concelhos portugueses, incluindo os do Porto e de Lisboa, deram um passo atrás face ao aumento das infeções por...

"A situação é grave", disse a ministra de Estado e da Presidência de Portugal, Mariana Vieira da Silva, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, embora não esteja fora de controlo, disse. Das 278 câmaras municipais do país, 19 estão em risco muito elevado (mais de 240 positivos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias), incluindo Lisboa ou Cascais, e 26 em risco elevado (mais de 120), incluindo Porto, Braga ou Faro.

Nos 45 concelhos com maior incidência, o teletrabalho é mais uma vez obrigatório e os espetáculos culturais encerrarão às 22h30. Cafés e restaurantes vão fechar às 22h30, embora nos 19 concelhos de alto risco fechem às 15h30 aos fins de semana e feriados.

O relaxamento das medidas, as férias, a grande transmissão da variante delta, o turismo estrangeiro e os eventos de futebol têm favorecido a disseminação do vírus no último mês e meio em Portugal, razão pela qual a situação se tornou mais complicada, sobretudo na área metropolitana de Lisboa.

 

Estudo
Investigadores do Instituto de Imunologia de La Jolla, nos Estados Unidos, descobriram que as células T de pessoas que...

O seu novo estudo, publicado na revista científica Cell Reports Medicine, mostra que tanto as células T "ajudantes" CD4+ como as células "assassinas" DO CD8+ podem continuar a reconhecer formas mutantes do vírus.

Segundo os investigadores, esta reatividade é fundamental para a complexa resposta imune do corpo ao vírus, que permite ao corpo eliminar as células infetadas e parar infeções graves.

"Este estudo sugere que o impacto das mutações encontradas nas variantes que nos preocupam é limitado. Podemos assumir que as células T ainda estariam disponíveis como uma linha de defesa contra a infeção viral", explica o professor Alessandro Sette, principal autor do estudo.

"Estas variantes ainda são motivo de preocupação, mas o nosso estudo mostra que, embora haja uma diminuição de anticorpos, como outros estudos têm demonstrado, as células T não são afetadas em grande medida", acrescenta Alba Grifoni, outra pessoa responsável pelo trabalho.

 

 

 

 

Estudo sobre a caracterização das quedas acidentais
Segundo um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) a “doença neurológica e reumática, bem...

O estudo mostra que dois em cada dez portugueses (24,1%) sofrem quedas acidentais, sendo que as mulheres, com o dobro do risco dos homens, e as pessoas com mais de 75 anos são aquelas que apresentam maiores probabilidades de cair.

A investigação avaliou as características das quedas acidentais que ocorrem na população adulta portuguesa e constatou que, a par do sexo e da idade, existem outras condições crónicas de saúde como principais fatores determinantes, nomeadamente a hipertensão arterial, a diabetes mellitus ou níveis elevados de colesterol.

“As quedas são uma grande questão de saúde pública, dada a sua prevalência e impacto social”, explica Carlos Vaz, professor da FMUP e um dos autores do estudo. De acordo com o médico reumatologista, as quedas são responsáveis pela principal causa de lesões fatais e não fatais entre os adultos a partir dos 65 anos.

“Efetivamente, são um fator de risco de fraturas e hemorragias, mas também contribuem para a deterioração da qualidade de vida e o aumento da mortalidade, sem esquecer o impacto substancial que representam nos custos dos cuidados de saúde”, alerta o investigador do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.

O estudo, que juntou investigadores da FMUP e da NOVA Medical School, observou que a percentagem de quedas acidentais na população é superior nas regiões do Alentejo e Centro (25,8%), mas também nas regiões Norte (24,8%) e nos Açores (24,1%).

Para reduzir o número e as complicações das quedas, os autores traçam um caminho que passa pela implementação de estratégias de prevenção específicas e adaptadas que permitam melhorar a saúde geral dos portugueses.

“Os médicos, por exemplo, devem ser conscientes do maior risco que estes doentes enfrentam e devem ter um papel mais proativo, informando-os de como evitar uma queda e de como reagir quando isso acontece”, defendem os investigadores.

O estudo sobre a caracterização das quedas acidentais dos portugueses surge no âmbito do projeto nacional EpiReumaPt, que visava estimar a prevalência de doenças reumáticas e músculo-esqueléticas e determinar o seu impacto na função, qualidade de vida, saúde mental e utilização de recursos de cuidados de saúde.

 

Análise mostra redução de consultas e contactos presenciais nos centros de saúde e nos hospitais
O Movimento Saúde em Dia vai lançar uma petição pública e uma campanha de sensibilização aos cidadãos, apelando a que o poder...

Constituído pela Ordem dos Médicos, pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e pela Roche, este Movimento promove, no próximo dia 7 de julho, uma sessão pública de apresentação de resultados de estudos feitos pela GfK a doentes, médicos e profissionais de saúde sobre a prestação de cuidados durante a pandemia, com o objetivo de preparar a retoma dos serviços de saúde.

Será também apresentada uma análise dos dados assistenciais no Serviço Nacional de Saúde (SNS) no primeiro ano de pandemia, comparando com o ano anterior.

Desta análise, realizada pela MOAI Consulting, fica evidente a redução de consultas e contactos presenciais nos centros de saúde e nos hospitais. Dos dados que serão apresentados no dia 7 de julho, destaca-se que foram realizados menos 13,5 milhões de contactos médicos e de enfermagem presenciais nos cuidados de saúde primários (comparando março 2020/fevereiro 2021 com março 2019/fevereiro 2020) e menos 4,5 milhões de contactos de saúde hospitalares (consultas, cirurgias, urgências e internamentos analisados no mesmo período).

A sessão de dia 7 de julho decorre no auditório da Ordem dos Médicos e pode ser seguida em direto nos canais de Facebook da Ordem dos Médicos e da APAH, bem como em www.roche.pt .

Link para a petição pública:https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=movimentosaudeemdia

 

 

Com base em estudo britânico
Face à propagação da variante Delta, a comissão alemã de vacinas (STIKO) recomendou a inoculação de uma segunda dose de...

"A resposta imunitária que combina os dois tipos de vacinas é "claramente superior à resposta imune" desencadeada por duas injeções da vacina AstraZeneca, refere a comissão em comunicado.

De acordo com os especialistas, a segunda dose deve ser inoculada quatro semanas após a primeira dose de AstraZeneca, e não importa a idade do paciente, disse o STIKO.

A comissão baseia-se, em particular, num estudo britânico que indica que duas doses de vacinas são, em princípio, eficazes contra a variante Delta do coronavírus. Em vez disso, a eficácia de uma única dose seria "significativamente reduzida" face a essa estirpe particularmente contagiosa do coronavírus, alerta a comissão. O Governo liderado por Angela Merkel terá agora de decidir se segue ou não esta recomendação.

 

Ministra da Presidência
As pessoas com mais de 60 anos que estavam à espera de levar a segunda dose da vacina da AstraZeneca devem estar todas...

A vacinação completa dos mais de 60 anos estava prevista para a última semana deste mês, mas, com o encurtamento do prazo de 12 para as oito semanas entre as duas tomas vacina da AstraZeneca e a aceleração do ritmo de vacinação, esse prazo foi antecipado, disse Mariana Vieira da Silva.

“Temos hoje condições para dizer que, neste cenário, as pessoas com mais de 60 anos vacinadas com a vacina AstraZeneca, que estavam à espera da segunda dose, poderão estar todas vacinados no dia 11 de julho”, avançou ontem a ministra em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros.

A ministra esclareceu que “a incidência nos vacinados é muito menor do que nos não vacinados” e, por isso, todos devem ser vacinados na sua vez para evitar a doença grave, a hospitalização e a morte, mas também para reduzir o peso da doença Covid-19.

 

Literacia em Saúde
O Banco Português de Cérebros (PBB), fundado em 2014, está sediado na Unidade de Neuropatologia do D

Este tecido está armazenado em parafina ou congelado, estando disponível para estudos devidamente autorizados. Os investigadores realizam estudos neste tecido para tentar compreender estas doenças, permitindo desenvolver tratamentos futuros.

Doação de tecido cerebral para investigação

O programa de doação de tecido cerebral tem uma relação estreita com vários hospitais da região norte do país. Apesar de a doação de tecido não beneficiar o individuo diretamente, ela contribui para o avanço do conhecimento médico acerca das doenças neurológicas.

As doenças neurológicas afetam profundamente a vida dos doentes e da sua família. A investigação é crucial para compreender melhor as causas da doença e desenvolver tratamentos para a mesma, sendo para isso essencial a doação de tecido cerebral por parte das pessoas doentes.

Porque é necessária a doação de cérebros?

Muitas doenças neurológicas envolvem alterações ao nível das células cerebrais. Quando uma pessoa com uma doença neurológica morre, informação muito importante pode ser obtida analisando o cérebro, o que nos ajudará a compreender o que de errado está a acontecer. O objetivo final de qualquer investigação nesta área será encontrar uma cura ou um tratamento eficaz para a doença. Apesar do aumento crescente na investigação das doenças neurológicas, o seu progresso depende muito da doação de tecido cerebral.

Quem pode ser dador?

Todas as pessoas que sofram de uma doença neurológica, seguidas em consulta na área geográfica de influência do PBB ou em instituição com protocolo com PBB. Informe-se com o seu médico assistente (neurologista, psiquiatra ou médico de família) sobre esta possibilidade ou contacte o PBB (contactos no final do artigo). O registo como dador terá de ser efetuado sempre via médico assistente.

Porque é que o consentimento é pedido nesta altura?

Este pedido faz-se de forma antecipada para poder criar todas as condições necessárias à doação e causar o mínimo transtorno após a morte.

O que tenho de fazer para ser dador?

Se concordar com a doação do tecido cerebral, deve preencher o Consentimento informado e o Registo de dador e devolver os documentos ao seu médico assistente ou enviá-los por correio para a morada que se encontra no final deste artigo. Nessa altura, irão ficar com uma cópia e enviarão de volta o original do Consentimento informado, junto com instruções a seguir para a doação do tecido cerebral (Protocolo de doação) e o cartão de dador. Estes documentos deverão ser apresentados ao médico que estiver sob responsabilidade na altura da morte. Enviarão igualmente uma carta ao seu médico de família para o informar da sua intenção de ser dador.

O que é que a sua família terá de fazer na altura da sua morte?

O médico responsável na altura da morte (médico de família ou hospitalar) poderá já estar informado sobre a sua intenção de doação, contudo, no caso de ainda não ter conhecimento, o seu familiar mais próximo deverá entregar-lhe os seguintes documentos: Consentimento informado e Protocolo de doação. Estes documentos contêm informação sobre quem devem contactar para que a doação se possa realizar.

O que acontecerá se morrer em casa?

Será necessário ser transferido para um hospital por um período breve após a morte. Normalmente processa-se rapidamente e não interferirá com as exéquias fúnebres.

O que vai acontecer após a doação do tecido cerebral?

O cérebro será inicialmente examinado por neuropatologistas que realizarão o diagnóstico histológico. Esta informação será encaminhada para o seu médico assistente e familiar mais próximo, se assim o desejar, assim que a análise tiver sido realizada.

Após a realização do diagnóstico o tecido cerebral será armazenado nos laboratórios da Unidade de Neuropatologia do Hospital de Santo António, sob a proteção do responsável do Banco Português de Cérebros e ser-lhe-á atribuído um código alfanumérico de forma a tornar a sua identificação anónima. Toda a informação clínica será armazenada numa base de dados segura.

O tecido poderá ser utilizado por médicos e/ou cientistas dedicados à investigação de doenças neurológicas em projetos de investigação do hospital onde é seguido ou outros

centros nacionais e internacionais de excelência na investigação em neurociências.

Por quanto tempo vai durar a investigação e o que irá acontecer com os resultados?

A investigação continuará até a doença ser completamente compreendida e uma cura desenvolvida. Não conseguirão prever quanto tempo irá durar.

Os resultados obtidos na investigação serão publicados em jornais científicos e/ou apresentados em conferências científicas. Os achados poderão igualmente ser utilizados no âmbito da formação e treino médico. Em qualquer das situações em que seja utilizado o material biológico toda a informação será sempre anónima de forma a garantir confidencialidade.

Se assinar o consentimento agora pode alterar a sua vontade depois?

Sim, é livre de desistir a qualquer altura sem que isso afete os cuidados de saúde que lhe estão a ser prestados.

Se tem alguma questão ou se gostaria de discutir mais aprofundadamente alguma dúvida existente, não hesite em entrar em contacto com o PBB.

 

Contatos úteis:

Banco Português de Cérebros Unidade de Neuropatologia – Departamento de Neurociências Centro Hospitalar Universitário do Porto Largo Prof. Abel Salazar – 4099-001 Porto

[email protected]

Tel +351 913504401

Para acesso aos Formulários consulte: http://www.bancodecerebros.chporto.pt/research/

Folhetos informativos disponíveis em http://www.bancodecerebros.chporto.pt/dador/

Pode colocar questões através do link http://www.bancodecerebros.chporto.pt/info/

Pode ver reportagens televisivas em http://www.bancodecerebros.chporto.pt/news/

Fonte Bibliográfica: http://www.bancodecerebros.chporto.pt/

     

Autores:
Maria Helena Junqueira
- Enfermeira Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Serviço de Medicina do Hospital de Pombal – Centro Hospitalar de Leiria EPE
[email protected]

Pedro Quintas - Enfermeiro Especialista em Enfermagem Comunitária na área de Enfermagem de Saúde Familiar - Unidade de Cuidados na Comunidade Pombal
[email protected]

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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