Entre 08 de julho e 08 de setembro
O Prémio Maria José Nogueira Pinto está de regresso para a sua 9.ª edição, com o lançamento das candidaturas no website oficial...

Ao projeto que melhor corresponde ao conceito “socialmente responsável na comunidade em que está inserido”, defendido por Maria José Nogueira Pinto ao longo da sua vida, é atribuído, anualmente, um valor de 10.000€, estando previsto ainda, para cada uma das menções honrosas, um valor monetário de 1.000€, com o propósito de apoiar e incentivar as instituições a continuarem o seu trabalho, reconhecendo a importância social do projeto, o número de pessoas beneficiadas, o impacto na comunidade e a sua natureza inovadora. 

No âmbito do Prémio Maria José Nogueira Pinto, já foram apresentadas mais de 727 candidaturas e distinguidos 35 projetos de diversas áreas de intervenção social, provenientes de instituições privadas de vários pontos do país, incluindo ilhas. O vencedor da 8.ª edição foi o projeto da Associação “A música Portuguesa a gostar dela própria”, que vai ao encontro dos idosos, nas suas aldeias, nas janelas ou nos quintais de suas casas, para construir um registo de todo o património de tradição oral e de uma memória coletiva existente no país, ao mesmo tempo que promove a estimulação cognitiva dos idosos e que combate o isolamento e a solidão, fazendo com que se sintam acompanhado e valorizados, assumindo-se de extrema importância durante a pandemia que vivemos.

O Júri do Prémio é presidido por Maria de Belém Roseira e constituído por mais seis elementos de reconhecido mérito, idoneidade e reputação: Anacoreta Correia, Clara Carneiro, Isabel Saraiva, Monsenhor Vítor Feytor Pinto, Jaime Nogueira Pinto e Pedro Marques, em representação da MSD Portugal. 

Para consultar o regulamento do Prémio e a ficha de candidatura, visite o site

 

 

 

Máscara de proteção
A pandemia por COVID-19 levou a que o uso da máscara faça parte do dia-a-dia em muitas partes do mundo. Mas para quem sofre de...

Embora o uso da máscara seja essencial para a saúde pública, os resultados do novo inquérito online, no qual participaram 220 pessoas do Canadá e da Alemanha, revelam que quase dois terços dos inquiridos (63%) estão a experienciar um agravamento dos sintomas relacionado com o uso da máscara, como vermelhidão (75%), borbulhas e/ou pústulas (72%) e mais surtos (53%).

Um estudo clínico recente e independente realizado em Itália, que investiga o impacto do uso da máscara em doentes com rosácea e acne, também revelou que o uso prolongado de máscaras aumenta a gravidade da doença e afeta significativamente a qualidade de vida dos doentes com rosácea e acne.

Apesar do agravamento dos sintomas, mais de 1 em cada 2 (52%) inquiridos admitiram usar a máscara como forma de ocultar a doença e 40% referiu não sair tão frequentemente para evitar o uso de máscara. O inquérito também evidenciou que quase um terço (30%) está a dedicar mais tempo à sua rotina de cuidado da pele durante a pandemia.

Adicionalmente, quase metade (48%) alterou a forma como gere a doença desde que usa máscara; 51% tem experimentado produtos não sujeitos a receita médica e só 27% recebeu por parte do médico a prescrição de um novo tratamento.

O Departamento Médico Global da Galderma comenta estes resultados: “Com apenas um terço dos doentes com rosácea a agendar uma consulta com o seu médico durante a pandemia, há um enorme motivo de preocupação. O nosso inquérito sugere que mais doentes estão a automedicar-se, o que poderá significar que estão a utilizar produtos que não são adequados para a sua patologia cutânea, e isto poderia acabar por fazer mais mal do que bem”.

Durante a atual pandemia, a automedicação e a fraca adesão aos tratamentos prescritos para a rosácea são uma preocupação. Se sofrer de rosácea, não tenha medo de contactar com o seu médico pelo telefone, videochamada, ou se possível, de forma presencial. É importante cumprir com os tratamentos prescritos e procurar ajuda médica no caso de notar o agravamento dos sinais e sintomas da rosácea devido ao uso da máscara.

O inquérito demonstrou que apenas um terço (33%) dos inquiridos consultou um médico de forma presencial desde o início da pandemia, e que só 8% realizou uma consulta através de videochamada. Dos que não agendaram consulta, 47% afirmou que não queria agendar, enquanto que 21% afirmou não ter conseguido agendar.

 

Candidaturas até dia 16 de agosto
No âmbito dos 25 anos das Jornadas Nacionais Patient Care, um evento organizado pela Ad Médic, a Alfasigma Portugal vai...

As candidaturas podem ser submetidas individualmente ou integradas em equipa, até dia 16 de agosto de 2021, referindo que os participantes devem estar inscritos nas Jornadas. Os prémios são distribuídos mediante a posição dos vencedores, nomeadamente, 1 500€ para o primeiro lugar, 1 000€ para o segundo lugar e 500€ para o terceiro lugar, sendo os mesmos atribuídos na Sessão de Encerramento das Jornadas, que este ano vai ser prestar uma homenagem ao Dr. José Canas da Silva, que ao longo destes anos teve como objetivo contribuir para a formação dos seus Pares por forma a melhorar a prática médica.

“Na Alfasigma trabalhamos com paixão, sendo esta a base da nossa empresa, e procuramos que todas as pessoas sejam movidas por esta mesma paixão naquilo que fazem. É este sentimento que queremos trazer com este projeto, com casos originais e com relevância clínica que se traduzam numa melhor saúde para todas as pessoas” destaca Rui Martins, diretor de Marketing e Vendas e responsável pela área de Relações Públicas da Alfasigma.

Para cumprir com esta missão, os trabalhos poderão apresentar material original, não publicado ou apresentado previamente à realização das Jornadas. A sua estrutura deve ser organizada em casos clínicos, com uma introdução, apresentação do caso e respetiva conclusão, e com a casuística, com a sua introdução, objetivos, material e métodos utilizados, e, por fim, os resultados e conclusões.

O júri, nomeado para o efeito pela organização das Jornadas, baseará a sua decisão mediante a originalidade, relevância clínica, estrutura e organização da informação clínica, e descrição e discussão do projeto. Em caso de empate, o Presidente do Júri tem voto de qualidade.

Para mais informações sobre o prémio e regulamento consultar a informação disponível aqui.

Vacinação Covid-19
A funcionar desde dia 7 de julho o sistema de semáforos virtuais mostra aos utentes o tempo espera previsto nos centros de...

No caso de a luz do semáforo virtual estar vermelha, estima-se que o tempo de espera seja superior a uma hora. Se estiver amarela a previsão do atendimento é entre 30 minutos a uma hora e quando a cor for verde o período provável de espera é de 30 minutos.

O coordenador da task force que coordena a vacinação contra a Covid-19, Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo, já veio apelar para que os horários de cada centro de vacinação sejam respeitados, de modo a diluir o fluxo de utentes a vacinar nas várias modalidades disponíveis.

A equipa que gere a logística da vacinação em Portugal continental solicitou também que “todos os utentes respeitem os horários estabelecidos, quer no agendamento por mensagem SMS e telefonema, quer para as modalidades “casa aberta” e de antecipação da segunda dose da AstraZeneca», definidos para cada centro de vacinação”.

Disponível em https://covid19.min-saude.pt/cvc , basta pesquisar pelo centro de vacinação onde deverá ser vacinado para aceder a esta informação. 

 

Estudo
Cerca de 42% dos portugueses já tiveram um efeito indesejável de um medicamento e, destes, 68,9% afirmam ter contactado um...

O estudo realizado no início de 2021 envolveu cerca de 500 participantes representativos da população adulta nacional, entre os 18 e os 74 anos, e o objetivo passou por entender o que é que a população portuguesa já fez ou tem intenções de fazer perante um episódio de efeitos indesejáveis de um medicamento, caracterizando o seu grau de sensibilização para a importância da notificação destes efeitos às autoridades de saúde, nomeadamente ao INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

Os efeitos indesejáveis, ou reações adversas dos medicamentos (RAM), resultam de reações não intencionais do corpo da pessoa que os utiliza a um medicamento e são geralmente conhecidos, estando descritos no folheto informativo.

Na maioria das vezes, estes efeitos são passageiros (57,9%) ou sem consequências (20,1%), como é o caso das náuseas, tonturas ou dores de cabeça. No entanto, em casos mais raros, estes podem deixar sequelas ou incapacidade (1,4%) ou até provocar perigo de vida (1,0%), casos que são mais recorrentes em pessoas acima dos 60 anos. Um em cada quatro inquiridos respondeu já ter tido efeitos indesejáveis graves, com necessidade de toma de medicação para resolver ou recorrer a uma urgência médica.

“A notificação de efeitos indesejáveis de um medicamento, por parte das pessoas, é absolutamente essencial, pois desta forma as farmacêuticas conseguem assegurar o desenvolvimento de terapêuticas com perfis de segurança cada vez mais elevados. Na Bayer estamos empenhados em perceber qual é o nível de sensibilização dos portugueses para este tema”, começa por afirmar Rita J. Duarte, farmacêutica e responsável de Farmacovigilância na Bayer Portugal.

Apesar de a maioria dos participantes – sete em cada dez – ter respondido que falou com um médico e alguns – um em cada dez – afirmarem que falaram com o farmacêutico ou enfermeiro, existe ainda uma fatia significativa – dois em cada dez – que respondeu não ter feito nada e apenas uma em cada 100 pessoas afirma ter notificado o INFARMED sobre um efeito indesejável experienciado.

“Os resultados deste estudo demonstram a necessidade que existe em, quer por parte do setor, quer dos profissionais de saúde, continuar a trabalhar na educação e sensibilização da população para a importância de relatarem os efeitos indesejáveis dos medicamentos, pois desta forma estão também a contribuir para o aumento da segurança dos medicamentos”, conclui Rita J. Duarte.

Quando questionados sobre o futuro, cerca de 65% dos inquiridos indicaram ser provável/ muito provável notificarem o INFARMED sobre um futuro efeito indesejável de um medicamento.

A notificação de um efeito indesejável não é uma responsabilidade exclusiva dos profissionais de saúde, mas sim uma ação que está acessível a qualquer pessoa, podendo notificar o INFARMED da suspeita de um efeito indesejável de um medicamento, através do Portal RAM na página do INFARMED ou notificar diretamente a empresa farmacêutica que comercializa o medicamento, cujo contacto está na embalagem.

"Faça análises antes que o seu fígado dê que falar"
A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) chama a atenção para a importância da realização de análises ao fígado numa...

O fígado é indispensável à nossa sobrevivência e desempenha cerca de 5000 funções desde processar nutrientes, ao combate de infeções e filtração de substâncias tóxicas. Há várias patologias que impactam o bom funcionamento deste órgão e a sua prevalência e mortalidade são bastante elevadas junto da população portuguesa.

A natureza silenciosa das doenças do fígado justifica que os sintomas se possam manifestar só quando a doença está já num estado muito avançado. Esta situação realça a importância da monitorização clínica com um médico gastrenterologista, que deve ser feita regularmente e não apenas em caso de urgência. Mas, acima de tudo, sublinha a necessidade de realizar análises ao fígado. Para tal a SPG, reforça esta mensagem com um FILME de sensibilização à população.

Todos os indivíduos devem estar conscientes dos sintomas e sinais associados a estas doenças e estar atentos: desconforto abdominal, febre, mal-estar, fadiga, perda de apetite, urina escura, fezes claras e icterícia.

Uma análise ao sangue permite averiguar valores como a ALT, AST, GGT e Fosfatase Alcalina e Bilirrubinas, que quando alterados podem ser tradutores de possíveis patologias do fígado. Este procedimento é rápido, simples e indolor e possibilita um diagnóstico atempado que poderá fazer a diferença no tratamento da doença.

“A cirrose pode estar na origem do cancro do fígado, assumindo-se então como uma das doenças mais graves deste órgão. O diagnóstico precoce de uma hepatite pode evitar que progrida até à cirrose e esta à doença oncológica, consequentemente, reduzindo a mortalidade associada a ambas as doenças”, explica Guilherme Macedo, presidente da SPG e acrescenta que “por isto mesmo, o teste à hepatite C é também amplamente aconselhado. Recomendamos que seja feito, pelo menos, uma vez na vida para que, quando for diagnosticada, o seu tratamento, que tem uma taxa de eficácia praticamente total, leve à sua cura”.

As análises ao fígado são tão importantes como outros comportamentos preventivos como a alimentação correta e a prática de desporto regular.

"Consulte com frequência o seu médico gastrenterologista, para o bem da sua Saúde Digestiva, e antes que o seu fígado dê que falar, não deixe de fazer análises", aconselha. 

Fraqueza muscular, lentidão, perda de peso não intencional, diminuição da atividade física e exaustão
Um grupo de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e do CINTESIS – Centro de Investigação em...

O estudo publicado na revista científica Nutrition, Metabolism & Cardiovascular Diseases, revela que 57,4% das pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca apresentam pré-fragilidade e 15,4% já têm fragilidade. O critério de fragilidade mais comum é a exaustão (90%), seguido da baixa atividade física (81%).

Segundo Rui Valdiviesso, investigador do CINTESIS e primeiro autor do estudo, 8,1% dos doentes com insuficiência cardíaca e fragilidade – uma condição classicamente geriátrica – têm menos 65 anos de idade.

A fragilidade é um fator de risco independente para mortalidade entre os doentes com insuficiência cardíaca, caracterizando-se pela existência de três ou mais dos seguintes critérios: fraqueza muscular, lentidão, perda de peso não intencional, diminuição da atividade física e exaustão. A pré-fragilidade existe na presença de um ou dois dos referidos critérios.

Ao analisarem os fatores associados à fragilidade nestes doentes, os investigadores concluíram que a massa muscular é o preditor mais importante de evolução para este fenótipo.

A equipa entende, por isso, que a massa muscular deve ser tida em conta quando são delineados planos de intervenção, no sentido de monitorizar os doentes, inclusivamente os mais novos, e, eventualmente, de reverter a fragilidade.

Ao todo, o estudo incluiu 136 participantes seguidos num hospital universitário português. As idades estavam compreendidas entre os 24 e os 81 anos (59 anos em média), sendo que as mulheres representavam 33,8%.

 

16 de julho
Se é médico, interno ou especialista, independentemente da especialidade, e tem um Caso Clínico na área do HPV, tem até 16 de...

Sob o mote “HPV como um TODO!”, a edição deste ano procura dar destaque à importância da abordagem transversal e multidisciplinar deste problema de saúde pública, que afeta cerca de 600 milhões de pessoas, a nível mundial. O objetivo é sensibilizar para a importância das doenças associadas ao HPV nas mais diversas áreas, de forma a promover o seu controlo e contribuir para uma melhoria nos cuidados a prestar a estes doentes.

Depois do sucesso das duas primeiras edições, que somaram mais de 170 casos clínicos submetidos, o HPV Clinical Cases volta a recolher, selecionar e divulgar, junto da classe médica nacional, os melhores Casos Clínicos resultantes da infeção por HPV. Para tal, a avaliação independente dos Casos Clínicos é assegurada pelo Comité Científico composto por Cândida Fernandes (dermatologia e venereologia), Daniel Pereira da Silva (ginecologia oncológica), José Maria Moutinho (ginecologia oncológica),  Luís Varandas (pediatria), Pedro Montalvão (otorrinolaringologia),  Sandra Pires (gastrenterologia) e Teresa Fraga (ginecologia e obstetrícia).

Os Casos Clínicos submetidos serão avaliados segundo os seguintes critérios: pertinência, originalidade, rigor científico, raciocínio clínico e o impacto que o caso terá no conhecimento da comunidade médica e nos cuidados a prestar aos doentes. Os que tiverem melhor classificação serão apresentados posteriormente sob a forma de comunicação oral ou e-póster no Congresso Virtual HPV Clinical Cases 2021 e publicados no livro digital do evento.

O projeto HPV Clinical Cases 2021 conta com o patrocínio científico / apoio de várias sociedades médicas: Associação Portuguesa de Urologia (APU),  Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC), Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), Grupo de Estudos de Cancro da Cabeça e Pescoço (GECCP), Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV), Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SPORL), Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), Sociedade de Infeciologia Pediátrica (SIP), Sociedade Portuguesa de Contraceção (SPC) e Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia (FSPOG).

Para mais informações e consulta do regulamento aceda a: https://hpvclinicalcases.pt/

 

Prevenção e tratamento
Acaba de ser publicada em Diário da República, após a aprovação na Assembleia da República (AR), uma recomendação ao Governo,...

Entre as medidas enumeradas no documento, a Assembleia da República recomenda ao Governo que dê cumprimento efetivo às medidas previstas nos programas de saúde prioritários da “Promoção da Alimentação Saudável” e “Promoção da Atividade Física”, reforce a implementação da estratégia do combate à obesidade com medidas preventivas, direcionadas às causas da obesidade nos cuidados primários e inicie e desenvolva o tratamento do doente com obesidade na rede hospitalar pública.

Por outro lado, incita a que sejam adotadas “as medidas necessárias para que os fármacos atualmente utilizados no combate à obesidade e devidamente autorizados pelo INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, IP, sejam comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde, criando um subgrupo farmacológico para tratamento da obesidade e prevendo a sua comparticipação máxima”.

Para além das principais medidas enunciadas que apontam o caminho estratégico que o Governo deve seguir para promover a prevenção e combate à obesidade, existem ainda outros caminhos apontados para grupos etários mais específicos como é o caso dos mais jovens – através do aumento do tempo dedicado à prática de atividade física em contexto escolar – e dos adultos, através da cooperação com o Ministério da Segurança Social e do Trabalho, em conjunto com as entidades públicas e as organizações sindicais, para serem disponibilizadas refeições energeticamente equilibradas nos locais de trabalho.

O movimento “Recalibrar a Balança”, que reúne os principais stakeholders na área da obesidade em Portugal – a Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), a Associação de Doentes Obesos e Ex-Obesos de Portugal (ADEXO) e a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes  e Metabolismo (SPEDM) – é uma plataforma que reúne consensos sobre a necessidade de uma resposta holística e equitativa contra a obesidade, assente em cinco prioridades muito alinhadas com a estratégia apontada por este texto comum: recalibrar a abordagem da obesidade, recalibrar a formação médica, recalibrar o papel dos cuidados de saúde primários, recalibrar o tratamento da obesidade e recalibrar a perceção pública.

As três entidades, SPEO, ADEXO e SPEDM veem com satisfação a aprovação e publicação desta recomendação ao Governo em Diário da República que esperam que permita a implementação, por parte do Governo e por consequência do Sistema Nacional de Saúde, de ações concretas na prevenção e tratamento da obesidade em Portugal.

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 650 milhões de adultos a viver com obesidade, em todo o mundo, e de acordo com o último estudo do Instituo Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), divulgado em 2020, mais de metade (62%) dos portugueses são obesos ou pré-obesos.

Investigação
Henrique Duarte, investigador do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), venceu a...

Henrique Duarte descobriu recentemente um mecanismo molecular através do qual os glicanos (cadeias de açúcares presentes nas células) conferem resistência a um anticorpo terapêutico. A identificação deste mecanismo explica a resistência de alguns doentes com cancro gástrico a este agente, que representa uma das poucas terapias personalizadas aprovadas para o tratamento de pacientes com cancro gástrico de estádio IV (avançado e com metástases) positivo para o recetor oncogénico ErbB2 (cerca de 10-15% dos casos de cancro do estômago).

Na senda desta descoberta, o investigador pretende encontrar novos marcadores de prognóstico em pacientes com cancro do estômago e de previsão da sobrevida ou evolução clínica destes doentes.

Segundo o júri do Prémio, constituído por Manuel Sobrinho Simões, presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), Mário Dinis Ribeiro, professor catedrático convidado da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP), e José de Almeida Vicente, investigador do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico, este projeto destacou-se pelo “potencial de aplicação em produtos ou processos destinados ao diagnóstico, prognóstico, tratamento ou prevenção de doenças cancerosas ou pré-cancerosas”.

 

 

Substitui a aplicação “MySNS Carteira”
Já está disponível na loja de aplicações móveis da Google, a nova aplicação para telemóveis do “SNS 24”, que permite a emissão...

De acordo com a informação divulgada pela DGS, cada cidadão pode obter, consultar e armazenar o seu certificado digital COVID da UE, através da nova aplicação.

Além da consulta aos certificados digitais COVID da UE, a nova “app” possibilita ainda, através de uma navegação e linguagem simples, o acesso rápido a outras funcionalidades e serviços digitais do Serviço Nacional de Saúde, tais como aceder facilmente a uma teleconsulta, renovar a medicação habitual, consultar a informação no boletim de vacinas, entre outros.

Desenvolvida pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), a aplicação móvel “SNS 24” vem substituir a “app” “MySNS Carteira”.

Em nota refere-se que “esta aplicação vai permitir que as entidades que precisem de validar os Certificados Digitais COVID da União Europeia (UE), que entraram em vigor no passado dia 1 de julho, possam fazê-lo de forma digital e mais rápida”.

A “app”, desenvolvida pela Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM), pode ser descarregada e utilizada por todos, nomeadamente transportadoras aéreas, organizadores de eventos culturais, corporativos, desportivos e familiares (como casamentos e batizados). 

E há três tipos de certificados que podem ser validados: o certificado de vacinação, o certificado de teste e o certificado de recuperação.

 

Crianças e jovens mais felizes e seguros
Com tradução em Portugal para “atenção plena”, o Mindfulness é um conjunto de práticas e ferramentas

O objetivo desta prática é que todos tenham uma consciência muito ativa e consigam viver segundo ela, no momento presente. É a solução para quem procura começar a sentir-se bem, a estar ativo, atento e focado, determinado e a ganhar alguma agilidade na resolução de eventuais problemas que possam surgir. É viver a vida consciente do momento presente, dos sentimentos e sensações que nos rodeiam, é aproveitar bem os dias e perceber que é possível vivermos melhor.

O Mindfulness na Educação

Quer a nível empresarial, na saúde e na política – dadas as vantagens cientificamente comprovadas – a prática do Mindfulness já começa a ser notória em alguns dos setores do nosso país. Mas… e na Educação?

Na Educação, as escolas e os colégios assumem um papel fundamental e impactante na formação dos adultos de amanhã. É na formação que se deve investir e criar boas práticas que permitam a criança conhecer-se de uma forma leve, criar boas emoções, saber o que é certo e lidar com o errado e gerir emoções menos positivas. Através de um mergulho interior, a criança começa a ganhar consciência de si, a saber relacionar-se consigo, mas também com o outro. Este saber ser reflete-se, inevitavelmente, na construção da relação com o outro – que constitui um dos   aspetos fundamentais para o desenvolvimento e progresso da sociedade.

Com o aumento da prática de bullying na educação, o aumento dos níveis de ansiedade e o stress a que as crianças e adolescentes estão expostos… e acreditando na importância, a nível pessoal e existencial, que estas entidades exercem no desenvolvimento da sua personalidade e consequentemente, como estrutura essencial para o desenvolvimento de um trabalho mais intelectual, penso que é sobre esta temática que todos devem ter em atenção.

Com a introdução do Mindfulness a nível escolar, as crianças começam a dar conta do que acontece à sua volta: no seu corpo, nas suas emoções e nos seus pensamentos. Com isto, é possível verificar e comprovar inúmeras vantagens que permite a obtenção de melhores resultados a nível escolar e académico, não só ao nível da concentração e foco como, por exemplo:

  1. Ansiedade e stress diminuem e as crianças percebem, com muita consciência, o que esta acontecer ao seu redor, que querem ou não querem;
  2. Consegues identificar as suas próprias emoções e conseguem aprender a lidar com elas;
  3. Vivem momento a momento e são elas que escolhem como querem viver o dia a dia – mesmo tendo um acontecimento negativo, conseguem voltar ao ambiente que querem viver e sentir;
  4. Melhoram a memória e a concentração;
  5. Diminuem os impulsos e aumentam o autocontrolo;
  6. Desenvolvem habilidades naturais na resolução de conflitos, através da empatia e da compreensão dos demais;
  7. Desenvolvem valores como a generosidade sentida, o altruísmo forte, a compaixão por todos.

 A nível escolar, estudos realizados em países da União Europeia que já adotam esta prática salientam que os professores expressam que o stress diminui, os atestados médicos também e têm uma sala mais produtiva, silenciosa e harmoniosa. Já a nível familiar, os pais expressam que a comunicação se torna mais fácil, possibilitando a criação de laços mais confiantes e fortes com as crianças – que ficam mais concentradas e motivadas, que estabelecem objetivos e começam a perceber alguns passos necessários para conseguirem atingir o que pretendem.

Vamos formar crianças e jovens mais felizes e seguros de si mesmos prontos para a vida adulta de uma forma mais plena e consciente?

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação
As nossas células combatem invasores microbianos envolvendo-os em sacos de membrana – ambientes hostis em que os agentes...

Uma equipa de cientistas liderada pelo líder do grupo Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL), Nassos Typas, revelou novos detalhes das estratégias de sobrevivência da Salmonella. Os investigadores analisaram as interações proteicas em células infetadas por Salmonella para identificar os diversos processos biológicos da célula hospedeira que a bactéria utiliza.

A Salmonella tem como alvo e modifica as proteínas celulares, com a ajuda das chamadas proteínas efetivas que injeta nas células hospedeiras. Ao todo, a Salmonella é conhecida por libertar mais de 30 proteínas efetivas em células infetadas para sequestrar nutrientes e proteger-se. No entanto, as funções de muitas destas proteínas, e com as quais as proteínas das células hospedeiras interagem, são em grande parte desconhecidas.

Para encontrar estas interações enigmáticas, os cientistas da EMBL criaram 32 estirpes de Salmonella geneticamente, adicionando etiquetas de identificação a proteínas de Salmonella individuais – atribuindo uma proteína em cada estirpe bacteriana. As etiquetas de identificação funcionam como um cabo que os cientistas podem agarrar nas suas experiências. Esta abordagem de modificar as proteínas efetivas diretamente no seu hospedeiro é uma descoberta. Permite que os investigadores capturem as proteínas bacterianas depois de terem sido segregadas em células infetadas, e retirá-las juntamente com quaisquer proteínas das células hospedeiras que estejam ligadas a elas. Estas proteínas em interação são então identificadas usando uma técnica chamada espectrometria em massa.

"A nova abordagem tem muitos benefícios em relação a estratégias experimentais anteriores. Em particular, caracteriza todo o conjunto de interações proteicas entre a proteína hospedeira e patogénica em células infetadas com um agente patogénico vivo, assemelhando-se muito ao que ocorre num organismo hospedeiro sobre a infeção de Salmonella", diz Joel Selkrig, cientista do grupo Typas e um dos dois principais autores do estudo.

Usando a sua nova abordagem, os cientistas do EMBL identificaram 421 interações anteriormente desconhecidas entre as proteínas da salmonela e as proteínas das células hospedeiras – juntamente com 25 interações que tinham sido descritas anteriormente.

"Descobrimos que vários efetores de Salmonella interagem fisicamente com várias proteínas que a célula hospedeira usa para transportar o colesterol. Desta forma, o tráfico de colesterol pode ser sequestrado para os próprios fins de Salmonella", diz Philipp Walch, que recentemente completou o doutoramento na EMBL Heidelberg e partilha a primeira autoria do estudo com Joel.


Imagem de microscopia de fluorescência de uma célula e representação simbólica de uma rede de proteínas
Créditos: Aleksandra Krolik/EMBL

O colesterol é um componente essencial das membranas biológicas que rodeiam as nossas células e as estruturas dentro delas. A Salmonella usa o colesterol para modificar a composição dos sacos de membrana que a rodeiam, potencialmente tornando a membrana mais rígida e reforçando a barreira que separa Salmonella dos sistemas de deteção celular e defesa, que estão presentes no citoplasma da célula hospedeira.

Os cientistas também encontraram novas pistas de como duas outras estratégias de sobrevivência funcionam. Uma dessas estratégias é remodelar a rede de fibras proteicas que são usadas para transportar material dentro da célula. Outra estratégia envolve interferir com a função de uma proteína celular hospedeira que media os contactos entre membranas para facilitar a troca de lípidos e pequenas moléculas. Ambas as estratégias podem ajudar a Salmonella a fortalecer o seu escudo protetor de membrana e evitar a deteção pelos sistemas de defesa da célula hospedeira.

Os resultados recentes seguem uma pesquisa publicada pelo grupo Typas em 2020, na qual os investigadores descreveram como a infeção por Salmonella pode levar a uma forma inflamatória de morte celular. O estudo atual envolveu cientistas do EMBL e colegas do Imperial College de Londres, Reino Unido; O Centro Helmholtz de Investigação de Infeções em Braunschweig, Alemanha; e Laboratórios Rocky Mountain em Hamilton, Montana, EUA – parte do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infeciosas.

Relatório semanal da OMS
As infeções de Covid-19 voltaram a aumentar, ainda que “ligeiramente”, pela segunda semana consecutiva, em todo o Mundo De...

De 28 de junho a 4 de julho, foram registadas cerca de 54 mil mortes, menos 7% de óbitos do que na semana anterior. Segundo o relatório epidemiológico semanal da OMS, este é o número mais baixo, até agora registado, desde o início de outubro de 2020.

Este cenário mantem-se todas as regiões, como avança o jornal El Mundo, "com exceção das Américas e do Sudeste Asiático", que registaram um aumento do número de mortes na semana anterior.

 

OMS alerta para dados preocupantes
O número de mortos devido à pandemia Covid-19 acaba de ultrapassar a marca dos quatro milhões, anunciou hoje o diretor-geral da...

Este número, disse em conferência de imprensa, "é seguramente uma estimativa inferior ao número real" de mortes numa pandemia que "está num momento perigoso", nas palavras do especialista.

Tedros alertou que, embora muitos países apresentem elevadas taxas de vacinação e já estejam a flexibilizar as suas medidas de prevenção da saúde, outros continuam a lutar contra a doença, registando um aumento no número de novas infeções e internamentos, causando uma preocupante escassez de oxigénio e outros tratamentos.

 

 

 

Relatório INSA
A última análise sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal, realizada pelo Núcleo de Bioinformática do seu...

Entre as novas sequências analisadas, a variante Delta (B.1.617.2) é a variante mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 89.1% na semana 25 (21-27 junho). De acordo com o INSA, “a sua frequência tem aumentado em todas as regiões durante o mês de junho”, como esperado, tendo tido um forte incremento nas Regiões do Norte (de 17.7%, na semana 22, para 71.1%, na semana 25) e Regiões Autónomas da Madeira (de 12.5%, na semana 22, para 85.7%, na semana 25) e Açores (de 0.0%, na semana 22, para 64.7%, na semana 25).

“Do total de sequências da variante Delta analisadas, 55 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sub-linhagem AY.1). A frequência relativa da sublinhagem Delta (B.1.617.2) AY.1 na amostragem nacional de junho não tem evidenciado uma tendência crescente, tendo sido detetada a uma frequência relativa inferior a 1% na semana 25”, pode ler-se no relatório.

No que diz respeito à variante Alpha (B.1.1.7), associada inicialmente ao Reino Unido, registou-se um “forte decréscimo de frequência a nível nacional, apresentando uma frequência relativa de 9.8% na semana 25”.

A frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respetivamente, “mantém-se baixa e sem tendência crescente nas últimas amostragens a nível nacional”.

Para além destas variantes, encontram-se em circulação outras como a variante/linhagem B.1.621 (detetada inicialmente na Colômbia), com “frequências relativas entre 1.0% e 0.4%, entre as semanas 22 e 25”.

A variante Lambda (C.37), com circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile, foi detetada em apenas dois casos em Portugal, desde abril de 2021.

“No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2 que o INSA está a desenvolver, foram obtidas, até ao momento, 2022 sequências a partir de amostras colhidas em junho de 2021. De acordo com o relatório do INSA, esta amostragem envolveu laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo um total de 160 concelhos”, refere o documento.

Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais 3.285 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e oito mortes em território nacional. No...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a que mais mortes registou, nas últimas 24 horas, em todo o território nacional: sete de oito. A região Centro contabilizou mais um óbito.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela DGS, foram ainda diagnosticados 3.285 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1.717 novos casos e a região norte 821. Desde ontem foram diagnosticados mais 290 na região Centro, 75 no Alentejo e 321 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais 24 infeções e 37nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 603 doentes internados, menos 10 que ontem.  As unidades de cuidados intensivos têm agora 130 pacientes, menos três doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta quarta-feira mostra ainda que, desde ontem, 1.507 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 838.642 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 40.258 casos, mais 1.770 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 3.033 contactos, estando agora 67.055 pessoas em vigilância.

Diagnóstico Covid-19
De acordo com a Ministra da Saúde, Marta Temido, a média diária da realização de testes de diagnóstico do vírus SARS-CoV-2...

“A campanha de testagem tem sido reforçada. Nestes poucos dias de julho, a média diária de testes é a mais alta desde o início da pandemia, também acima de janeiro”, disse hoje Marta Temido na Comissão de Saúde.

Segundo os dados divulgados em 29 de janeiro pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), no primeiro mês de 2021, a média de testes efetuados por dia rondou os 52 mil.

A ministra aproveitou a ocasião para reiterar as metas de vacinação até ao final do verão já antes expressas pelo coordenador da task force, Henrique Gouveia e Melo.

“Chegar a meados de setembro com a vacinação completa em mais de 70%” da população e acima de 90% com uma dose da vacina “é o plano»”, sublinhou Marta Temido, referindo que a vacinação é a “melhor aposta para se sair da crise sanitária”.

 

Serão as primeiras apps de rastreio e treino auditivo a ser lançadas em Portugal
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) vai desenvolver, em parceria com a Sensing...

Representando um investimento total de 1,4 milhões de euros (financiando em cerca de 1 milhão de euros pelo programa Portugal 2020), o projeto, denominado “Audiology 4all”, pretende democratizar o acesso à Audiologia. “Num mundo cada vez mais digital, o desenvolvimento de apps que permitam rastrear, avaliar e treinar a audição é de suma importância”, assume Margarida Serrano, docente e investigadora principal do projeto pela ESTeSC-IPC. Até porque, acrescenta, as perturbações na audição, quando não acompanhadas, “podem causar problemas de aprendizagem, isolamento, frustração, depressão ou mesmo aumentar a probabilidade de declínio cognitivo entre os 40 e os 50 anos”.

São três as principais perturbações na audição que contribuem para este cenário: a hipoacusia (diminuição do nível de audição), os acufenos (quando uma pessoa ouve sons/zumbidos que mais ninguém ouve – um sintoma que se estima atingir 10 a 15% da população) e alterações no processamento auditivo central (processo de transferência neurológica do som desde o ouvido até ao cérebro). O projeto “Audiology4all” vai criar apps para trabalhar cada uma destas áreas, em populações dos três aos 95 anos. As aplicações poderão ser utilizadas por profissionais de saúde ou por cidadãos comuns, como forma de autocuidado e monitorização.


Margarida Serrano, a investigadora principal do projeto pela ESTeSC-IPC

Com uma equipa composta por quatro docentes e dois estudantes bolseiros, caberá à ESTeSC-IPC fazer a validação científica das aplicações. O trabalho arranca já em setembro, com a realização de experiências de pré-teste, de modo a decidir a melhor metodologia e os melhores estímulos a introduzir nas diferentes aplicações. Em abril de 2022, e após o desenvolvimento dos primeiros protótipos, a ESTeSC-IPC fará a avaliação e validação das apps, comparando os resultados com aqueles que são obtidos nos laboratórios de Audiologia da Escola, em experiências realizadas com equipamento clínico especializado. Para cada experiência de validação serão utilizadas amostras de 20 a 50 sujeitos, identificados a partir de parcerias com infantários, escolas e centros de dia.

O projeto “Audiology 4all” estende-se até dezembro de 2023, estimando-se que as aplicações sejam lançadas no último ano do projeto.

 

Cuidados com a visão no verão
O verão é uma época do ano caraterizada não só pelas altas temperaturas, como também pelo aumento da

Em quantidades moderadas, a radiação UV torna-se bastante benéfica, principalmente por estimular a produção de vitamina D, essencial para a nossa pele, sistema cardiovascular, entre outros. Contudo, a exposição excessiva, pode causar lesões oculares em diversas estruturas dos nossos olhos, nomeadamente na córnea, no cristalino, nas pálpebras e/ou na retina.

Apesar da necessidade de reforçar a prevenção destes problemas durante a estação mais quente do ano, importa referir que os cuidados deverão estender-se a todo o ano. Isto porque dois dos principais efeitos negativos dos raios UV na saúde da nossa visão devem-se a uma exposição recorrente ao longo de vários anos. Entre esses problemas estão as cataratas e a degeneração macular.

Os óculos de sol são muitas vezes adquiridos como acessório de moda. Ainda que a opção por determinado modelo possa ser feita pelo aspeto estético, há um requisito fundamental que deve ser sempre assegurado: a proteção que conferem contra os raios UV e o efeito pretendido na filtragem da intensidade luminosa. Estes requisitos estão definidos em normas ISO específicas e reportam-se a especificidades, parâmetros e características físicas que requerem conhecimentos avançados em física e radiação. Recomenda-se vivamente que se faça aconselhar por profissionais qualificados e especializados na matéria. Tenha sempre presente que ao adquirir óculos de sol, deve certificar-se de que:

  • As lentes de proteção solar são equipamento de proteção individual (EPI), devem ostentar a marcar CE e indicar a categoria de transmissão luminosa, de 0 a 4;
  • Assegure-se que têm proteção UV de acordo com a norma ISO em vigor. Uma lente escura sem filtro UV provoca dilatação da pupila e uma maior penetração ocular da radiação solar;
  • A armação deve ser suficientemente grande para proteger os anexos oculares e evitar radiação lateral – quanto maior a armação, maior a proteção;
  • A coloração e filtragem luminosa escolhidas devem ser confortáveis e adequadas à atividade e uso pretendido;
  • A proliferação de venda de óculos de sol em qualquer tipo de contexto e sem controlo, exponencia a probabilidade de venda de óculos de sol sem qualidade e proteção;
  • A melhor forma de evitar esse risco de saúde pública é certificar-se que adquire os seus óculos de sol num estabelecimento de material ótico – só aí terá a garantia de que as lentes dos seus óculos cumprem todos os requisitos para uma proteção solar eficaz.

É muito importante que se certifique que os seus óculos de sol tenham as caraterísticas necessárias para proteger eficazmente os seus olhos, pois caso não as tenham, os raios UV podem causar mais e maiores danos do que aqueles que teria na ausência de óculos de sol.

Outras medidas para proteção da visão passam por: usar chapéu, de preferência com abas largas, de modo a impedir a emissão direta da radiação; utilizar protetor solar específico para a zona peri-ocular; se for o caso, ao usar lentes de contacto, escolher os modelos com filtro UV, sem dispensar a utilização de óculos de sol; evitar a exposição solar nos períodos de maior radiação solar, a saber entre as 11 e as 17 horas; e optar sempre por se manter na sombra, sem retirar os óculos de sol (na praia, por exemplo, a água e a areia refletem os raios UV).

 

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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