Perturbações do olfato
A Sogrape e a Universidade de Aveiro aliaram-se no desenvolvimento do projeto TOP COVID, um kit 100% vegetal para treino dos...

A apresentação do TOP COVID vai estar a cargo do Reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira e do Administrador da Sogrape e enólogo, Miguel Pessanha. Uma sessão que termina com a entrega de 100 kits ao Centro Hospitalar Baixo Vouga.

De seguida, há lugar uma mesa redonda sobre o tema ‘Vamos falar de olfato’, que vai juntar Lourenço de Lucena, compositor de perfumes e sensorialista, Luísa Azevedo, Diretora do Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar Baixo Vouga, Miguel Pessanha, Administrador Sogrape e enólogo, Ricardo Costa, Chef do restaurante The Yeatman, Sílvia M. Rocha, Professora do Departamento de Química da Universidade de Aveiro e especialista em química de aromas e Tiago Santos, Psiquiatra e Membro do Programa Nacional para Saúde Mental

"A pandemia da COVID-19 trouxe notoriedade às perturbações do olfato, dado que está entre os sintomas mais prevalentes da doença e que tem um impacto direto na qualidade de vida, principalmente para quem tem neste sentido o seu principal instrumento de trabalho, como é o caso dos enólogos, dos Chefs ou dos perfumistas", pode ler-se em comunicado. 

Foi neste contexto que o grupo de investigação da Universidade de Aveiro, especializado na área da química de aromas e dos produtos naturais, iniciou a procura de uma solução eficaz na recuperação e tratamento dos desvios olfativos, a qual deu origem ao TOP COVID.

 

Iniciados tratamentos com abertura de Hospital de Dia e Unidade especializadas
O Hospital Lusíadas, em Braga, iniciou o tratamento de doentes oncológicos com abertura do Hospital de Dia Médico. Esta Unidade...

Trata-se de "um local onde tudo é pensado, desde a admissão do doente até ao acesso a profissionais de saúde especializados nas diversas áreas oncológicas", garante a Diretora Clínica, Sónia Vilaça. A multidisciplinariedade, a excelência clínica e os cuidados centrados no doente são "os pilares desta Unidade de Oncologia".

Desta forma, Sónia Vilaça salienta que a Unidade de Oncologia do Hospital Lusíadas Braga vem "otimizar os recursos existentes, promovendo maior interligação entre diferentes especialidades", que elevará "o padrão dos cuidados de saúde do doente oncológico, assim como da família e do cuidador, para um patamar de referência, não só na vertente física, mas também psicossocial" e que permitirá "aumentar o grau de satisfação e apoio aos doentes, familiares e também profissionais de saúde”.

A Unidade de Oncologia, coordenada pela médica oncologista Diana Santos Freitas, alargou os seus serviços, criando várias unidades em cada área de intervenção.

Unidades Oncológicas: Mama, Pulmão, Urológico, Ginecológico, Digestivo e de Cabeça e Pescoço

De acordo com Luís Castro, responsável pela Unidade da Mama, trata-se de uma “unidade multidisciplinar, especializada na prestação de cuidados de saúde de elevada qualidade, dotada dos recursos técnicos e humanos necessários para abordagem integral de doentes com cancro da mama, desde o diagnóstico precoce até ao tratamento da doença avançada, com a máxima eficiência e qualidade”.

Com o acesso às mais recentes formas de tratamento, esta Unidade pretende estabelecer-se como uma mais valia no tratamento do cancro da mama em Braga. Para além disso, foi concebida de forma a proporcionar às doentes com patologia mamária uma abordagem rápida e integrada, em condições de conforto e privacidade e respeito pela sua dignidade.

Foram também criadas as Unidade de Cancro Urológico e de Cancro de Pulmão; as Unidades de Cancro Digestivo e Cancro de Cabeça e Pescoço; a Unidade de Cancro Ginecológico e uma consulta de Hemato-Oncologia para o diagnóstico e tratamento das doenças do sangue.

O objetivo destas unidades é centralizar todos os especialistas no tratamento de cada patologia maligna específica, desde o Cirurgião ao Oncologista, Radioterapeuta, Imagiologista e Anatomo-patologista, através da discussão em Consulta de Grupo Multidisciplinar e personalizar o tratamento de cada doente oncológico.

Assim, o Hospital Lusíadas Braga dispõe para além de uma equipa de profissionais totalmente dedicados a cada patologia especificamente, os meios complementares de diagnóstico e o tratamento mais inovador e adequado a cada situação. Unidade de Oncologia possui uma equipa de enfermagem diferenciada nesta área, de modo a oferecer cuidados especializados ao doente e apoiar a família/cuidadores.

Transversal a todas as Unidades, a existência de uma ligação estreita com várias especialidades realçando a Genética, Psiquiatria, Psicologia, Nutrição, Controlo da Dor e Cuidados Paliativos.

A Unidade de Cuidados Paliativos, que para além de consulta externa possui consulta ao domicílio, permitindo através de uma equipa médica e de enfermagem especializada, cuidar do doente e da família durante todas as fases de uma doença oncológica avançada.

A partir de hoje
O Reino Unido foi incluído na lista de países cujos cidadãos vão estar sujeitos a quarentena de 14 dias após entrada em...

De acordo com o despacho que entra em vigor a partir de hoje, os passageiros provenientes do Reino Unido podem, no entanto, ficar dispensados de confinamento “se munidos de comprovativo de vacinação realizada nesse país, e que ateste o esquema vacinal completo do respetivo titular, há pelo menos 14 dias, com uma vacina contra a Covid-19 com autorização de introdução no mercado nos termos do Regulamento (CE) n.º 726/2004”.

O diploma, publicado ontem no Diário da República, aprova as listas dos países e das competições desportivas internacionais a que se aplicam as regras em matéria de tráfego aéreo, aeroportos, fronteiras terrestres, marítimas e fluviais.

A essa lista de países – até agora composta pela África do Sul, Brasil, Índia, e Nepal – junta-se o Reino Unido, cujos cidadãos dali provenientes também devem cumprir, após a entrada em Portugal continental, “um período de isolamento profilático de 14 dias, no domicílio ou em local indicado pelas autoridades de saúde”.

 

 

Sessões online gratuitas
A Academia Mamãs sem Dúvidas promove no dia 29 de junho entre as 18h00 e as 20h00 uma nova edição do “Especial Grávida”, uma...

Com início marcado para a 18h00, e duração aproximada de duas horas, a 11.ª edição do “Especial Grávida” é destinada a futuras mamãs e tem programados os temas: “O que acontece no dia do parto?” com a participação da Enfermeira Carla Duarte, especialista em saúde materna e obstetrícia e fundadora do centro de preparação para o parto Pronto a Nascer, que vai explicar o que as futuras mães devem saber e esperar no tão aguardado dia do nascimento do seu bebé; “O presente e o futuro das células estaminais” em que Ana Silva, formadora do laboratório BebéVida, vai abordar as principais vantagens da criopreservação que começa com a recolha do sangue do cordão umbilical no momento do parto e “A muda da fralda”, com o contributo de Ana Ruvina, formadora da Bambo Nature, que vai partilhar conselhos e aspetos que os pais devem ter em conta no momento de mudar a fralda.

A inscrição é gratuita, mas para participar é necessário inscrever-se aqui. Os participantes ficam habilitados a receber um cabaz de produtos no valor de 450€, composto por: uma mala de maternidade Bioderma, uma bomba tira-leite manual Nuvita, uma Pegada Baby Art, um intercomunicador Miniland, um Baby Nest Voksi, um Kit Pré-Mamã Elifexir, as Mascotes BebéVida, fraldas e toalhitas Bambo Nature e ainda um Coffret Skin Care Essentials da Bambo Nature. O vencedor do cabaz será conhecido no dia 30 de junho no perfil de Instagram da Mamãs Sem Dúvidas.

Esta é mais uma iniciativa promovida pela Mamãs sem Dúvidas a pensar nos futuros e recém papás, visando dar apoio em questões ligadas à maternidade e à parentalidade. Para saber mais sobre iniciativas como esta ou aceder a conteúdos informativos visite o website mamassemduvidas.pt .

 

Ferramenta complementar de apoio permanente
Graças ao Ageas INsure, o Programa de Inovação Aberta da Ageas, a LactApp está finalmente disponível na língua portuguesa,...

Através de um algoritmo de inteligência artificial esta aplicação consegue apoiar mães, de forma automática e personalizada, respondendo a questões, acompanhando a amamentação - como a pega, os horários e a sua duração - analisando a evolução de tamanho e peso, e até as fraldas sujas.

Para além deste aconselhamento, é possível encontrar dicas práticas sobre gravidez, sono e picos de crescimento.

A LactApp é uma ferramenta complementar de apoio permanente, essencial para as mães de 1.ª viagem, disponibilizando artigos e posts de blogs, que vão ajudá-las a tomarem algumas decisões.

Dispõe de uma área privada, onde é possível registar-se as principais informações, nomeadamente os horários em o bebé foi amamentado e os períodos em que o mesmo esteve a dormir.

Dado o modelo de negócio valioso para o ecossistema empreendedor que as startups representam, este Programa de Inovação Aberta da Ageas, o Ageas INsure, tem como objetivo colaborar na cocriação de soluções inovadoras que atribuam valor não só para a Ageas mas para a Sociedade.

Assim, das mais de 200 candidaturas de 35 países diferentes, foram selecionadas as 5 startups mais promissoras, entre as quais a LactApp, que se encontram a desenvolver uma Prova de Conceito em conjunto com o Grupo Ageas Portugal.

 “Este projeto está alinhado com o compromisso da Médis em ser um Serviço Pessoal de Saúde e surge no âmbito deste programa de inovação aberta que liga o Grupo Ageas Portugal a startups de todo o mundo, para desenvolver soluções inovadoras que façam o mundo mais seguro e feliz. Queremos continuar a trazer novas soluções que ajudem a área de saúde mental, saúde materno-infantil e análise e prevenção de riscos”, sublinhou Nuno Horta, Responsável de Inovação do Grupo Ageas Portugal.

A LactApp, que conta com mais de 500 mil utilizadores em todo o mundo, o que corresponde a 100 mil consultas por semana, está agora disponível na APP Store e Google Play em português.

 

Opinião
O confinamento imposto pela pandemia gerou o aparecimento de queixas de dores na coluna em doentes s

O número total de consultas sobre patologia da coluna tem vindo a aumentar todos os anos, e o último não foi exceção. Não posso atribuir esse aumento diretamente ao estado da pandemia e à situação de confinamento imposta, até porque o aumento verificado esteve em linha com os anos anteriores. Claro que podemos justificar que talvez as restrições de deslocação e o próprio receio por parte dos doentes sejam fatores que tenham justificado não se ter verificado um aumento ainda maior.

Durante este período verificamos a presença de um maior número de doentes com queixas inespecíficas de lombalgias, com contracturas musculares paravertebrais. Verificámos ainda uma diminuição significativa da traumatologia da coluna vertebral na sequência de acidentes de trabalho.

O teletrabalho piora

Esse é um aspeto muito relevante. O confinamento imposto pela pandemia gerou o aparecimento de queixas de dores na coluna em doentes que anteriormente não tinham ou o agravamento naqueles que já possuíam alguma patologia. O sedentarismo motivado pelas restrições de deslocação e pelo encerramento de ginásios aumenta as contracturas musculares para-vertebrais, diminui a elasticidade da coluna vertebral e condiciona uma atrofia muscular progressiva dos músculos do tronco. Todos estes fatores determinam um aumento da dor e incapacidade funcional. Por outro lado, o teletrabalho, a utilização mais frequente de computadores condiciona horas prolongadas em posições fixas, muitas vezes incorretas, contribuindo definitivamente para o aumento das queixas.

SARS-CoV-2 agrava problemas de coluna

O SARS-CoV-2 gera uma resposta desregulada do sistema imunitário atingindo diversas articulações e a coluna vertebral não é exceção. São gerados processos inflamatórios de forma exacerbada contra tecidos com lesões na coluna vertebral como discos intervertebrais, facetas articulares, desenvolvendo artrites, e inflamações musculo-ligamentares. Por outro lado, é conhecida a capacidade do SARS-CoV-2 de atingir células do sistema nervoso, mas não estão ainda bem definidas quais as alterações que tal pode condicionar na coluna vertebral.

Conselhos para quem está em teletrabalho

Atenção às condições do novo local de trabalho:

  • Ver a ergonomia da cadeira – deverá ter regulação em altura, apoio de braços e costas não rígidas preferencialmente com apoio lombar
  • Monitor deve ser colocado ao nível da cabeça para evitar flexão excessiva da coluna cervical
  • A secretária ideal deve ter uma inclinação de 15º ainda que tal mobiliário seja extremamente difícil de encontrar

Atenção à postura corporal

  • Regular a altura da cadeira de forma a conseguir apoiar os pés no chão, tendo os joelhos fletidos a cerca de 90.
  • Manter o corpo ereto, ombros relaxados e costas apoiadas na cadeira evitando curvar a coluna
  • Apoiar os cotovelos nos braços da cadeira ou na mesa de trabalho

Outros conselhos gerais

  • Antes de iniciar o trabalho faça alguns alongamentos
  • Faça pausas de 40 em 40 minutos, caminhando um pouco pela sala e fazendo alguns exercícios de flexão, extensão, rotação e inclinação lateral da coluna vertebral.
  • Beba líquidos. Mantenha-se bem hidratado.
  • Pratique exercício físico durante 45 a 60 minutos três vezes por semana, envolvendo os músculos do tronco.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Portugal entre os promotores de estratégia para aquisição conjunta de medicamentos
Os representantes dos países membros do Comité Técnico de La Valletta reuniram esta quinta-feira virtualmente no âmbito da...

A décima reunião desta colaboração regional que integra Itália (presidente), Portugal (vice-presidente), Espanha, Malta, Chipre, Grécia, Eslovénia, Croácia e Roménia foi organizada pelo INFARMED para discutir a continuidade e aprofundamento da cooperação e partilhar conhecimento na negociação e aquisição de medicamentos.

Na reunião acordou-se criar um pequeno grupo para analisar opções de contratação conjunta no âmbito dos países integrantes do Comité que tenha em conta a experiência adquirida durante a pandemia e as melhores práticas dela resultantes. Esta análise visa propor um modelo futuro para negociação e aquisição conjunta de medicamentos em situações normais.

O objetivo de uma futura proposta neste domínio será facilitar e acelerar os processos de negociação sustentabilidade neste tipo de aquisições de medicamentos.

Os participantes partilharam e debateram ainda as suas experiências relacionadas com diferentes medicamentos, nomeadamente de terapia avançada e, sobretudo, na área das doenças oncológicas.

O INFARMED aproveitou a reunião para apresentar os resultados obtidos sobre os objetivos assumidos pela Presidência Portuguesa. Foram apresentadas as Conclusões do Conselho, aprovada na reunião EPSCO da semana passada, relativas ao Acesso a Medicamentos e Dispositivos Médicos, que estabelecem um conjunto de ações estratégicas para os Estados-Membros e Comissão em matérias tão variadas como a disponibilidade, acessibilidade e sustentabilidade do medicamentos e dispositivos médicos.

O INFARMED informou o grupo sobre o acordo atingido já esta semana sobre a proposta legislativa relativa à avaliação das tecnologias de saúde (HTA) que irá beneficiar o acesso dos doentes a medicamentos e dispositivos médicos e simplificar os procedimentos de apresentação para os fabricantes dessas tecnologias de saúde que visa em benefício dos doentes e facilitar o trabalho conjunto sobre a avaliação das tecnologias da saúde.

O grupo La Valletta tem como objetivo melhorar o acesso dos medicamentos e terapias novas e inovadoras e apoio à sustentabilidade dos seus sistemas nacionais de saúde para o benefício mútuo dos cidadãos dos países que constituem o grupo. Tem um foco particular em medicamentos oncológicos, tratamentos para doenças autoimunes, medicamentos órfãos, biossimilares e produtos com um impacto orçamental substancial.

Investigação
A tuberculose é uma das dez principais causas de morte em todo o mundo, infetando cerca de um quarto da população mundial....

A tuberculose é causada por uma bactéria – Mycobacterium - que infeta os pulmões humanos e outros órgãos utilizando estruturas moleculares complexas. Estas incluem complexos proteicos conhecidos como sistemas de secreção tipo VII, que permitem a M. tuberculose libertar moléculas no seu hospedeiro, que desarmam e, em última análise, matam a célula humana infetada. Cinco desses sistemas de secreção, rotulados ESX-1 a ESX-5, encontram-se entre m. tuberculose e outras micobactérias estreitamente relacionadas, muitas das quais são patogénicas. Sem elas, as bactérias são incapazes de infetar as células humanas.

O grupo Wilmanns do Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL, sigla em inglês) Hamburgo tem usado biologia estrutural de alta resolução para estudar proteínas micobacterianas nas últimas duas décadas. A compreensão molecular da maquinaria bacteriana usada para infetar as células resultou em colaborações com a indústria para desenvolver novos fármacos contra a tuberculose.

No seu estudo mais recente, determinou a estrutura molecular do sistema de secreção ESX-5 com um alto nível de detalhe. Os investigadores do grupo viram que o núcleo do ESX-5 é construído de 30 unidades proteicas, que formam um poro dinâmico da membrana para permitir a secreção de proteínas que permitem que a bactéria sobreviva e se multiplique dentro das células humanas. O conhecimento da estrutura ESX-5 em alta resolução é essencial para direcionar locais específicos com drogas de pequenas moléculas.

"A nossa nova estrutura do complexo de secreção ESX-5 fornece uma visão profunda de um grande portão que separa o interior destas bactérias do ambiente exterior do hospedeiro. A abertura deste portão permite que o agente patogénico cuspa as suas armas mortais para infetar os humanos para desenvolver tuberculose. Podemos usar esta estrutura como uma caixa de ferramentas com literalmente milhares de potenciais alvos de drogas. Isto abrirá um campo inteiramente novo de estudos sobre a tuberculose", diz Matthias Wilmanns, que lidera o estudo. Kate Beckham, que desenvolveu uma forma inovadora de isolar o ESX-5, acrescenta: "O poro central que vimos no ESX-5 pode servir como um novo alvo de drogas. Bloqueá-lo poderia prevenir a infeção com micobactérias patogénicas."

O estudo também pode ajudar os cientistas a desenvolver novas vacinas para a tuberculose. A vacina bacillus Calmette-Guérin (BCG) muito utilizada, que tem este ano o seu 100º aniversário, baseia-se numa estirpe de micobacterium que perdeu a capacidade de causar doenças devido a um defeito no sistema ESX-1. No entanto, uma vez que a vacinação BCG oferece uma proteção insuficiente e é mais eficaz apenas em bebés jovens, são necessárias vacinas alternativas. Devido à sua estreita relação estrutural e funcional com o ESX-1, o sistema de secreção ESX-5 pode estimular o desenvolvimento de novas vacinas que possam complementar ou substituir as atualmente utilizadas.

Determinar a estrutura molecular do ESX-5 foi particularmente desafiante devido ao seu grande tamanho e complexidade. Nenhum método de biologia estrutural pode fornecer o quadro completo. Neste caso, a chave para o sucesso foi a utilização de biologia estrutural integrativa, na qual os dados obtidos utilizando diferentes métodos – microscopia crio-eletrão, cristalografia de raios-X, espectrometria em massa e métodos computacionais – foram usados conjuntamente para criar um modelo coerente.

"Há 18 meses, resolver esta estrutura parecia uma missão impossível", diz Matthias Wilmanns. “Conseguimos juntar as peças do puzzle porque cada membro da equipa contribuiu com uma experiência única. Para resolver a estrutura completa, colaborámos com o grupo de Jan Kosinski no EMBL Hamburgo e com o Centro de Biologia de Sistemas Estruturais, que forneceu os conhecimentos necessários em biologia estrutural integrativa. Também recebemos uma grande ajuda dos nossos colegas do EMBL Heidelberg, que realizaram experiências de microscopia crio-electrária."

Investigadores identificaram alterações moleculares que são comuns em amostras metastáticas
As análises exaustivas dos dados dos primeiros 381 doentes incluídos no programa de investigação europeu AURORA revelaram...

O AURORA é um programa internacional de investigação académica baseado no rastreio molecular e dedica-se a melhorar a nossa compreensão do cancro de mama metastático.

Até agora, os investigadores identificaram alterações moleculares que são mais comuns em amostras metastáticas. Estas incluem mutações nos genes condutores (em 10% das amostras) e nas variações do número de cópia (em 30% das amostras). Estas descobertas podem levar ao desenvolvimento futuro de novas estratégias de tratamento para doentes com cancro de mama metastático.

O programa já gerou o maior conjunto de dados de sequenciação de ARN (RNAseq) na doença. As análises de dados de RNAseq de amostras primárias e metastáticas emparelhadas dos mesmos pacientes mostraram que, em 36% dos casos, o subtipo intrínseco do cancro de mama muda entre a doença primária e a doença metastática, geralmente para uma forma mais agressiva. Isto pode ter implicações no tratamento e merece uma avaliação mais aprofundada.

As análises também indicaram que as metástases expressam menos genes imuno-relacionados e tinham uma composição celular imune diferente, o que pode criar um microambiente mais favorável ao desenvolvimento de metástases.

A análise de quanto tempo os pacientes sobreviveram com a doença mostrou que aqueles com cancro da mama her2-negativo (HR+) que também tinha um elevado fardo de mutação tumoral (TMB) nos seus tumores primários tinham uma sobrevivência global mais curta e um menor tempo para recaída, indicando que o TMB é um fator prognóstico pobre independente.

Finalmente, os investigadores também descobriram que mais de 50% dos pacientes tinham alterações moleculares que poderiam ser combinadas com as terapias direcionadas existentes, destacando o impacto potencial do rastreio molecular na gestão do cancro de mama metastático.

Estes resultados serão ainda validados na coorte completa dos pacientes da AURORA. Até à data, o AURORA é o maior programa de rastreio molecular envolvendo biópsias emparelhadas, amostras de sangue, e um rico conjunto de dados clínicos e moleculares recolhidos longitudinalmente de pacientes com cancro de mama metastático.

"Este estudo oferece uma oportunidade única para gerar descobertas robustas que nos ajudarão a entender melhor a evolução do cancro de mama metastático, que continua a ser a principal causa de morte relacionada com o cancro entre as mulheres em todo o mundo. Fiel ao seu nome, o AURORA trará luz à paisagem escura do cancro da mama avançado", diz Martine Piccart, a investigadora que impulsionou este estudo.

"O conhecimento que está a ser gerado no AURORA abre caminho ao desenvolvimento de novas estratégias de tratamento para doentes com cancro da mama metastático. Estamos firmemente empenhados em continuar este esforço para que os nossos pacientes possam viver mais e melhor num futuro próximo", acrescenta Mafalda Oliveira, Investigadora Co-Diretora do AURORA, Investigadora Clínica do Instituto Vall d'Hebron de Oncologia em Barcelona, Espanha, e membro da Comissão Executiva do Grupo de Investigação do Cancro da Mama SOLTI.

Primeiro estudo na Europa é português
A COVID-19 é mais severa nas pessoas que apresentam desequilíbrio da microbiota intestinal. A conclusão é de um estudo...

Este estudo, financiado pela Biocodex e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), é o primeiro realizado na Europa sobre o impacto da microbiota intestinal na severidade da COVID-19 e envolveu 115 portugueses com diagnóstico da doença em diversos hospitais de norte a sul do país, entre abril e julho de 2020. 

“O desequilíbrio da microbiota intestinal é um dos fatores de risco para a gravidade da doença. E isso explica-se pelo facto de este desequilíbrio envolver menor diversidade de bactérias, menor presença de bactérias benéficas e, por consequência, impacto negativo na imunidade, no processo inflamatório, entre outras consequências metabólicas”, explica a investigadora. 

Conceição Calhau sublinha que o sistema imunitário é modulado pela microbiota intestinal, que tem um papel determinante na saúde e particularmente no sistema imunológico. “Cerca de 70% das células produtoras de anticorpos residem no nosso intestino”, acrescenta.  

 A investigadora espera agora que a evidência obtida neste estudo, intitulado Gut microbiota, Spark and Flame of COVID-19 Disease, abra caminho para que sejam impulsionadas “novas intervenções médicas direcionadas à microbiota intestinal contra este tipo de vírus, por exemplo, com prebióticos e/ou probióticos associados a outras intervenções farmacológicas COVID-19 em desenvolvimento”. E frisa: “Mais importante ainda, fica reforçada a importância de cuidar da microbiota intestinal prevenindo os piores cenários quando acontecem ameaças como esta!”. 

Os participantes do estudo foram recrutados no Serviço de Medicina Interna do Hospital São Sebastião (Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga), no Serviço de Cuidados Intensivos Polivalente do Hospital Curry Cabral (Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central), no Serviço de Atendimento Permanente do Hospital CUF Infante Santo, em Lisboa, na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente do Hospital de São Francisco Xavier (Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental) e na Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Universitário de São João. Os critérios de inclusão foram ter COVID-19 e mais de 18 anos. Esta investigação contou ainda com o envolvimento de uma equipa de investigadores associados ao Centro laboratorial Germano de Sousa. 

Para explorar as bactérias (espécie, género ou filo) que podem estar representadas nos doentes infetados, em menor ou maior quantidade, foi analisado o perfil da microbiota em diferentes estados de doença: doença leve (autoisolamento em casa); doença grave (isolamento no quarto do hospital) e pacientes críticos (Unidade de Cuidados Intensivos hospitalar). 

Mas vai diminuindo com a idade
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tem vindo a levar a cabo um estudo de grande dimensão relativo à resposta...

Esta análise demonstrou ainda que o título médio de anticorpos em resposta à vacina vai diminuindo com a idade, sendo esta descida mais marcada nos indivíduos do sexo masculino. Também se verificou que a resposta humoral à vacina é mais acentuada em indivíduos que estiveram anteriormente expostos ao vírus SARS-CoV-2, quando comparada com os indivíduos naïve (i.e. indivíduos que nunca foram expostos a SARS-CoV-2), revela a nota de imprensa enviada pela Unidade Hospitalar. 

A avaliação aos 3 meses após a conclusão do processo de vacinação, revelou uma acentuada descida dos anticorpos, sendo esta mais marcada em indivíduos naïve, o que poderá não ser forçosamente sinónimo de perda de imunidade, já que esta poderá ser assegurada pela imunidade celular e pela presença de linfócitos B de memória. No entanto, aguardam-se as próximas avaliações dos 6 e 12 meses, que permitirão tirar conclusões mais exatas sobre a imunidade a longo prazo.

"A imunidade celular é, igualmente, um componente importante na proteção contra o SARS-CoV-2, estando demonstrado em outros coronavírus que é ela que assegura a imunidade a longo prazo, quando os níveis de anticorpos descem", pode ler-se no documento. 

Este estudo, realizado no CHUC, mostra que 98,2% dos indivíduos naive vacinados desenvolveram imunidade celular adequada contra SARS-CoV-2, 21 dias após completarem o processo de vacinação. "Curiosamente, os indivíduos que não desenvolveram imunidade celular adequada, apresentam uma resposta humoral (i.e. por anticorpos) eficiente. E, de forma similar ao observado para a resposta humoral, indivíduos anteriormente expostos a SARS-CoV-2 apresentam uma resposta celular mais forte do que os indivíduos naive", indica. 

Os resultados preliminares deste estudo indicam que a vacina contra a COVID-19 leva ao desenvolvimento de uma resposta imune adequada na grande maioria dos indivíduos (mais de 97%), tanto a nível da imunidade humoral, como da imunidade celular; a resposta imune à vacina é mais acentuada em indivíduos anteriormente expostos a SARS-CoV-2.

"É ainda importante salientar que, dos poucos indivíduos que não desenvolveram uma resposta celular adequada após a vacinação, essa falha está compensada pelo desenvolvimento de uma resposta humoral adequada. O acompanhamento dos indivíduos vacinados durantes os próximos meses irá permitir tirar conclusões importantes sobre a proteção conferida pela vacina contra a COVID-19 a longo prazo", avança o CHUC. 

Estes estudos têm sido elogiados por parte da comunidade científica e têm merecido a maior atenção e curiosidade de diversas entidades, dada a sua dimensão e qualidade, tendo, inclusive, já ganho o 1º prémio no Congresso Nacional das Pandemias.

Para diagnóstico e tratamento de doenças graves do foro digestivo
A Lusíadas Saúde inaugura hoje o primeiro Centro de Endoscopia Avançada do país, no Hospital Lusíadas Lisboa, uma forte aposta...

Equipado com os mais modernos aparelhos endoscópicos a nível mundial e composto por uma equipa de profissionais diferenciados, o Centro de Endoscopia Avançada de Lisboa (CEAL) possibilita a realização de um vasto conjunto de exames endoscópicos que permitem identificar todo o espectro de doenças digestivas benignas e malignas.

Para além da capacidade de diagnóstico preventivo, o CEAL promove o tratamento de lesões oncológicas precoces, como a remoção de tumores em fase inicial, sem necessidade de cirurgia, através de técnicas diferenciadas, como a Dissecção Submucosa ou FTRD, assim como meios de paliação oncológica endoscópica dos mais avançados, como a radioterapia endoluminal nos tumores do pâncreas e via biliares.

A criação de protocolos com profissionais de outras áreas, como Radiologia, Anatomia Patológica, Oncologia, Radioterapia e Cirurgia, dá origem a uma “Via Verde Oncológica”, através da qual os doentes passam a ter acesso, num prazo de sete dias após o diagnóstico, a um parecer interdisciplinar com estadiamento e com uma solução terapêutica integrada.

Simultaneamente, o Hospital Lusíadas Lisboa cria também uma Unidade de Prevenção do Cancro Colorrectal (Clínica do Pólipo) com consultas especializadas, realizadas em simultâneo por gastroenterologistas e cirurgiões, para diagnóstico, tratamento e aconselhamento sobre pólipos ou lesões colo-rectais.

Outra área de destaque é a Terapêutica Endoscópica da Obesidade, ao disponibilizar a inovadora cirurgia endoscópica minimamente invasiva (“Sleeve Endoscópico”, Método Apollo), que permite tratar de casos de Obesidade tipo I e II, através de uma simples endoscopia, sem qualquer incisão cirúrgica abdominal.

Precursor a nível nacional nas modernas técnicas de cirurgia endoscópica, em doenças como a Acalásia ou o Divertículo de Zenker, no seio do CEAL é igualmente possível encontrar um moderno laboratório de estudos funcionais, que permite estudar as doenças motoras do esófago e anorretais.

“Pela primeira vez em Portugal, o CEAL concentra os melhores meios de diagnóstico e tratamento de doenças graves do foro digestivo. Juntando esse facto a uma equipa clínica com provas dadas na vertente assistencial, estou certo de que temos todas as condições para dar uma resposta atempada e de qualidade aos desafios que enfrentamos nesta especialidade", afirma David Martins Serra, médico Coordenador do Centro de Endoscopia Avançada de Lisboa.

Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose assinala-se a 26 de junho
A escoliose é uma deformidade em que existe uma curvatura lateral da coluna no plano frontal.

A sua causa é, na maioria dos casos, desconhecida e por isso não é possível preveni-la. A escoliose afeta principalmente mulheres saudáveis na adolescência (escoliose idiopática adolescente) e em idades mais precoces: escoliose idiopática infantil (antes dos três anos) e escoliose juvenil idiopática (entre os três anos de idade e a puberdade). Estima-se que esta deformidade afete cerca de 2 a 3 por cento dos adolescentes.

Embora a causa da escoliose permaneça desconhecida, o seu desenvolvimento não tem sido relacionado a fatores nutricionais ou posturais, à prática de desporto, ao uso de mochilas ou ao transporte de uma mala pesada. A escoliose em que se conhece a sua origem está usualmente relacionada com uma doença subjacente, com fatores genéticos e hereditários. Pode estar associada a doenças neuromusculares (como a paralisia cerebral) ou doenças do tecido conjuntivo (como o síndrome de Marfan). Quando a escoliose é secundária a uma malformação vertebral, é conhecida como escoliose congénita.

O problema mais importante relacionado com a escoliose é a progressão da deformidade e os efeitos colaterais resultantes, como distúrbios respiratórios. Os principais sinais de alerta são os ombros a alturas diferentes, uma das ancas mais levantada, cintura desigual, inclinação do corpo para um dos lados e proeminência da grelha costal (bossa torácica) ao fletir a coluna para a frente.

Após a deteção da doença (onde os pais e professores desempenham um papel importante), a criança ou adolescente deve ser seguido por um especialista médico. A confirmação do diagnóstico e o acompanhamento geralmente são feitos por métodos radiológicos.

As escolioses com menos de 20-25 graus exigem apenas uma vigilância regular até à conclusão do crescimento da coluna vertebral. Em escolioses com uma curvatura entre os 20-25 e os 40-45 graus em adolescentes que ainda não terminaram o seu crescimento, o uso de um colete pode ser recomendado para impedir o agravamento da curva.

O tratamento deve ser individualizado e deve ter em conta o risco de progressão da deformidade. O exercício e a fisioterapia não reduzem a magnitude da curva ou o risco de progressão, mas essas opções podem ser usadas como terapia coadjuvante para melhorar a postura e fortalecer os músculos.

A cirurgia, quando necessária, destina-se às escolioses mais graves (cerca de 1 em cada 5000 casos). O procedimento cirúrgico é feito com recurso a anestesia geral e geralmente obriga a um regime de internamento entre 4 a 7 dias.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Situação Epidemiológica
Desde ontem foram registados mais 1604 novos casos de infeção pelo novo coronavírus e duas mortes em território nacional. O...

A região de Lisboa e Vale do Tejo foi a única região em todo o território nacional a registar mortes (duas) por Covid-19, desde o último balanço, mostra o boletim divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.

De acordo com o documento, foram ainda diagnosticados 1604 novos casos. A região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 1049 novos casos e a região norte 239. Desde ontem foram diagnosticados mais 120 na região Centro, 31 no Alentejo e 159 no Algarve. Quanto às regiões autónomas, no arquipélago da Madeira foram identificadas mais cinco infeções e uma nos Açores.

Quanto ao número de internamentos, há atualmente 431 doentes internados, mais quatro que ontem.  Sendo que as unidades de cuidados intensivos têm agora 108 pacientes, mais dois doentes internados que no dia anterior.

O boletim desta sexta-feira mostra ainda que, desde ontem, 857 pessoas recuperaram da Covid-19, elevando para 823.960 o total daqueles que conseguiram vencer a doença desde o início da pandemia.

No que diz respeito aos casos ativos, o boletim epidemiológico divulgado hoje pela DGS, revela que existem 30.442 casos, mais 745 que ontem.  As autoridades de saúde mantêm sob vigilância mais 2.687 contactos, estando agora 47.357 pessoas em vigilância.

Projeto europeu MOAI Labs
E se forem os idosos, aqueles que sentem cada vez mais na pele a solidão e o isolamento, a indicarem de que forma o mundo...

Os Laboratórios de Inteligência Coletiva e Tecnologia Social e de Saúde para combater o isolamento e a solidão das pessoas idosas – assim se designa o Moai Labs – vão usar uma metodologia inovadora - os Living Labs - para caracterizar a solidão e o isolamento dos mais velhos, perceber os desafios que vivem e, com eles, criar soluções digitais inovadoras que ajudem a promover a sua participação social.

“O projeto já está em marcha”, congratula-se Sara Guerra. “A nossa equipa já recrutou um grupo de pessoas com 60 ou mais anos que se sentem sozinhas ou que vivem isoladas e que, ao longo de alguns meses, irão partilhar a sua perspetiva sobre estes fenómenos e orientar o desenho de soluções digitais que possam ajudar a responder aos desafios que vivem”, explica a investigadora do CINTESIS que, a par com Liliana Sousa e Oscar Ribeiro, coordena o projeto no terreno.

As primeiras sessões, designadas de cocriação, “têm como objetivo a partilha de perspetivas, em profundidade, sobre o significado de solidão, e como é vivida e sentida, explorar os diferentes fatores que podem contribuir para que uma pessoa se sinta sozinha e aprofundar as suas experiências sobre os diferentes tipos de solidão”. As sessões seguintes, aponta a investigadora, servirão para explorar necessidades, desafios e soluções, com recurso a ferramentas de codesign. As últimas sessões servirão para prototipagem de inovações tecnológicas identificadas.

As sessões do Living Lab português estão a decorrer no Instituto Superior de Serviço Social do Porto (ISSSP), um dos parceiros da equipa portuguesa, e prolongar-se-ão até janeiro de 2022.

Para além do Living Lab português, representado pela equipa da UA/CINTESIS, o projeto conta com mais dois Living Labs em Espanha e dois em França, que já iniciaram também as primeiras sessões de cocriação. O objetivo será estabelecer o primeiro laboratório europeu transnacional dedicado à investigação, desenvolvimento e inovação para responder a situações de solidão e o isolamento social dos adultos mais velhos, usando o potencial da inteligência coletiva para conceber e criar soluções inovadoras com grande impacto social.

 

 

Através de programas de fisioterapia respiratória online gratuitos
A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) associou-se à associação Inspiro para apoiar a...

“A COVID-19 trouxe o desafio de uma monitorização e acompanhamento destes doentes, justificando uma avaliação e intervenção precoce sobre eventuais sequelas e ajudando na sua recuperação”, sublinha o Presidente da ESTeSC-IPC, João José Joaquim, lembrando que a Escola “tem como missão promover a relação com a comunidade envolvente, transferindo competências e ferramentas que possam criar ganhos em Saúde para as populações”. É nesse contexto, e com o objetivo de garantir oportunidade de recuperação a todos os doentes com sequelas da infeção por COVID-19, que surge a colaboração, através da Unidade Científico-Pedagógica de Fisioterapia, com a associação Inspiro, explica.

Para já, a ESTeSC-IPC tem dois docentes e dois estudantes de Fisioterapia envolvidos no projeto, mas a expectativa é que o número de participantes seja alargado no arranque do próximo ano letivo. A equipa desenvolve programas de reabilitação ao longo de oito semanas (com duas a três sessões semanais, de 45 minutos), com exercícios adequados às necessidades específicas dos participantes. Treino aeróbio, fortalecimento muscular, treino de equilíbrio e flexibilidade são algumas das componentes do plano, aberto a todos os interessados. Para solicitar apoio, basta preencher o formulário disponível no site do projeto (https://inspiro.pt/).

A iniciativa original partiu da Inspiro, associação nascida em tempos de pandemia para “assegurar que pessoas que tenham ficado com sequelas decorrentes da infeção por Covid-19 encontrem atempada e gratuitamente oportunidades de recuperação”. Este tipo de trabalho deve ser realizado com a maior celeridade possível, uma vez que “o tempo é um fator primordial na recuperação dos músculos respiratórios”, alertam os responsáveis da associação.

A ESTeSC-IPC associou-se ao projeto no início de junho. Além de garantir os programas de acompanhamento, a Escola vai trabalhar num estudo observacional, a realizar com todos os parceiros da Inspiro.

 

Combate à pandemia
A partir de agora, todos os utentes, acompanhantes e visitantes dos estabelecimentos e serviços do SNS vão ser submetidos a...

Esta medida tem como objetivo a “contenção da pandemia com a identificação precoce, célere e eficaz de casos de infeção por SARS-CoV-2, como resultado de uma estratégia de testagem programada e dirigida, complementada com a criação de oportunidades adicionais de testagem, mediante articulação interinstitucional”.

Esta decisão é sustentada na atual situação epidemiológica, sendo que, “não obstante a já implementada realização programada e regular de rastreios, a prossecução da estratégia de medidas de desconfinamento determina a necessidade de intensificar os rastreios oportunísticos nas referidas unidades de saúde”.

Os rastreios vão ser realizados, preferencialmente, com recurso a testes rápidos de antigénio (TRAg), sem prejuízo da possibilidade de realização de testes de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN), sendo assegurados pelos profissionais de saúde de cada estabelecimento ou serviço do SNS.

“Os rastreios oportunísticos terão lugar sem prejuízo da realização de rastreios programados nestas unidades, de acordo com as normas e orientações da Direção-Geral da Saúde”, salienta-se em comunicado.

 

 

 

 

Monitorização contínua das variantes em circulação
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças...

De acordo com a nota divulgada pelo INSA, esta nova estratégia vai permitir “uma melhor caracterização genética do SARS-CoV-2, uma vez que os dados serão analisados continuamente, deixando de existir intervalos temporais entre análises, os quais eram dedicados essencialmente a estudos específicos de caracterização genética solicitados pela Saúde Pública”.

A identificação mais atempada de variantes genéticas que estejam a emergir no país e monitorização contínua da prevalência das várias variantes em circulação, que permitirão um “apoio mais robusto e atempado à tomada de decisão em Saúde Pública”, são apontadas como as grandes mais-valias da nova abordagem do INSA.  

O INSA procederá à sequenciação de mais de 500 amostras positivas de SARS-CoV-2 por semana, “sendo este o número considerado como ideal pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças para um sistema de vigilância genética robusto”.

 

Relatório do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo 2020
O consumo de tabaco em Portugal continental diminuiu nos últimos cinco anos, de acordo com o Relatório do Programa Nacional...

Dados do último Inquérito Nacional de Saúde, em 2019, revelam que 16,8% da população residente em Portugal continental com 15 ou mais anos era fumadora, 14% da qual fumadora diária. Entre as mulheres, que desde 1987 vinham a registar uma tendência crescente, também houve uma redução da prevalência do consumo (onde se inclui o tabaco aquecido), que passou de 13,2%, em 2014, para 10,9% em 2019.

Segundo o documento, a redução do consumo de tabaco verificou-se em todas as regiões do país. A Região Autónoma dos Açores continua a ser a que apresenta as prevalências de consumo mais elevadas (23,4% de fumadores), seguida da Região do Alentejo (19,1%).

Entre as faixas etárias mais jovens, houve também uma redução do consumo de tabaco.  No entanto, consumo de tabaco para cachimbo de água e de tabaco aquecido aumentou no período em análise.

De acordo com as últimas estimativas elaboradas pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME), em 2019 morreram em Portugal mais de 13 500 pessoas por doenças associadas ao consumo do tabaco.

 

 

 

Investigação
Investigadores da Universidade de Oxford divulgaram hoje as suas conclusões sobre as chamadas "correlações de proteção...

Utilizando uma análise baseada em casos de COVID-19 detetados no Reino Unido, e dados do sistema imunitário, recolhidos a partir das amostras de sangue de voluntários que participaram nos testes do Reino Unido da vacina de Oxford, os investigadores comparam os níveis de anticorpos nos recetores da vacina 28 dias após a sua segunda dose, e os casos COVID-19 que ocorreram mais de 7 dias após a colheita da amostra de sangue.

Segundo os investigadores, os níveis mais altos de anti-pico, anti-RBD IgG, e marcadores de anticorpos neutralizantes foram associados a um maior grau de proteção contra COVID-19 – definido como um teste pcR positivo com pelo menos um sintoma presente.

Estes dados foram então utilizados para construir um modelo para extrapolar os níveis de anticorpos associados a diferentes graus de proteção, fornecendo estimativas para uma gama de eficácias da vacina de 50% a 90%, utilizando três ensaios diferentes. Os valores-padrão também são fornecidos para fazer a ponte entre ensaios de diferentes laboratórios.

O estudo também confirma indicações anteriores de que não existe um único nível em nenhum dos ensaios de anticorpos vinculativos ou neutralizantes utilizados, que proporciona uma proteção total contra a COVID-19. Os resultados ligam as respostas imunitárias à proteção da população esperadas após 2 doses, mas não podem ser utilizados para verificar a proteção de um indivíduo que tenha sido vacinado ou proteção conferida por uma única dose.

Andrew Pollard, Diretor do Grupo de Vacinação de Oxford, e Investigador Chefe no Ensaio de Vacinação de Oxford, disse que “é urgente aumentar o fornecimento de vacinas para o mundo, mas o desenvolvimento e aprovação de novas vacinas demora muitos meses. Esperamos que a utilização de correlações por parte dos desenvolvedores e dos reguladores possa acelerar o processo."

Segundo Merryn Voysey, estatístico líder do Grupo de Vacinação de Oxford da Universidade de Oxford, “estes resultados são importantes, pois permitem a estimativa da eficácia da vacina usando amostras de sangue de ensaios clínicos muito menores do que foram necessários anteriormente."

As conclusões também foram submetidas para revisão pelos pares, e os investigadores esperam comunicar plenamente as suas descobertas na literatura científica em devido tempo.

 

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