Plano de ação objetivo e estratégico
A União das Associações das Doenças Raras (RD-Portugal) tem vindo, desde a sua fundação, em 2021, a associar-se a um conjunto...

Como principal linha de orientação estratégica, a RD-Portugal define como primordial o Registo Nacional de Doenças Raras, com vista, entre outros, a alavancar o conhecimento e a investigação das doenças raras, ainda muito limitado no entender da RD-Portugal. Paulo Gonçalves, presidente da RD-Portugal, afirma que “é imperativo a recolha e centralização de registos de doentes a nível nacional para o aumento de conhecimento sobre patologias raras”.

A nível nacional desenvolve iniciativas para escolas, profissionais de saúde e o público em geral, participa em inúmeros fóruns e intervém junto das entidades públicas e privadas nas áreas da saúde, educação, serviços sociais, economia, transição digital, emprego, direito e justiça. Fora de portas é membro do Conselho das Alianças Nacionais da EURORDIS, é o membro português do Dia Mundial das Doenças Raras e tem uma parceria com a Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (FEBRARARAS), congénere no Brasil.

Resultado do trabalho realizado, a RD-Portugal foi recentemente convidada a integrar o Grupo de Trabalho com vista à elaboração de um Plano Nacional Intersectorial para as Doenças Raras, à luz dos objetivos estratégicos da Comissão Europeia para as Doenças Raras, liderado pelo Ministério da Saúde. Este grupo tem como objetivo garantir a prossecução do Registo Nacional e a devida atenção a cada pessoa com doença rara, integrada na sua situação biopsicossocial, além de acautelar o acesso equitativo às condições de educação, saúde, emprego e de melhores práticas, associadas a uma melhoria da qualidade de vida.

Já no que respeita ao Cartão da Pessoa com Doença Rara, na linha de defesa dos direitos e garantias da pessoa com doença rara, a RD-Portugal tem feito diligências para a utilização plena desta ferramenta, com emissão efetiva a todas as pessoas com doença rara que o solicitem e integração no Registo de Saúde Eletrónico pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Neste contexto, em todas as suas esferas de atuação, a RD-Portugal posiciona-se como entidade colaborativa, capacitada e essencial para a construção e implementação de iniciativas viradas para a promoção de literacia em saúde, mas também como um parceiro estratégico na elaboração de medidas e políticas de saúde direcionadas para os doentes, salvaguardando os seus direitos e interesses em toda a sua dimensão humana e social.

Bolsas NMS – Novo Nordisk
A NOVA Medical School (NMS) vai disponibilizar, na segunda edição da Summer Medical School: LifeStyle, que arrancou no início...

Esta parceria entre a NMS e a Novo Nordisk contou com o apoio da Gebalis, empresa que tem sob sua responsabilidade a gestão do património habitacional municipal e que assumiu, na segunda edição da Summer Medical School: LifeStyle, o processo de identificação das famílias da cidade de Lisboa.

As Bolsas NMS-Novo Nordisk pretendem reduzir as desigualdades sociais que impedem a frequência de programas que estimulem a adoção de estilos de vida saudáveis com impacto direto no futuro das crianças. Têm ainda como missão estimular, junto destas crianças, uma cultura de prevenção, incentivando a adoção de hábitos saudáveis que possam ser replicados em cada comunidade, junto das famílias e amigos.

Os 20 participantes identificados vão, assim, poder participar numa das turmas do primeiro campo de férias a decorrer numa Escola Médica e que tem como foco a promoção de um estilo de vida saudável junto dos mais novos.

A Summer Medical School: Lifestyle tem lugar durante o mês de julho e destina-se a crianças, entre os 6 e os 14 anos, e a jovens, entre os 15 e os 18 anos, sendo o programa adaptado em função da faixa etária. 

 

Opinião
Todos os dias somos bombardeados com as mais variadas dicas e dietas para ter uma alimentação que pr

Comecemos pelo pequeno-almoço. Será crucial tomarmos esta refeição? Não necessariamente. Deve existir uma individualização das recomendações. Cada caso é um caso e a chave principal é manter a consistência na nossa rotina alimentar, uma vez que a irregularidade está associada à pior saúde metabólica e ao ganho ou estagnação de peso. No entanto, se é a favor do pequeno-almoço, temos o argumento de que a digestão será melhor de manhã. Isto acontece porque, neste horário, produzimos mais enzimas, apresentamos melhor tolerância aos hidratos de carbono e menor resistência à insulina.

Um pequeno-almoço saudável, independentemente da hora a que o tomamos, deve apresentar vários grupos de nutrientes, como é o caso dos macronutrientes. A presença das gorduras saudáveis e as proteínas é crucial. Aposte num produto que o sacie e permita uma fome estável ao longo do dia. Se considera o pão e os cereais nesta refeição, não estará a fazer uma boa escolha. Um dos melhores alimentos para o pequeno-almoço, caso não seja vegan, são os ovos. Os ovos são ricos em proteína, não aumentam o colesterol, promovem a saciedade e não apresentam açúcar, farinha ou gordura hidrogenada.

A primeira refeição do dia deve ser vista como um almoço em ponto pequeno, em que devemos evitar os alimentos processados. Se não é fã de comer ovo, pode optar por umas panquecas de farinha de aveia, desde que não seja colocado açúcar e a gordura utilizada seja saudável, como o óleo de coco. Para quem pretende apenas tomar o pequeno-almoço ao meio-dia, as saladas, ou até mesmo as sopas, são uma solução interessante.

Mas e se optarmos pelo jejum, que é algo que se tem tornado tendência e apresenta muito interesse clínico? A evidência científica mostra que horas de jejum mais prolongadas podem não só ter impacto a nível da perda de peso como da saúde de reparação. A famosa ideia de que é necessário comer de três em três horas já não está atualizada e não é, de todo, otimizadora da saúde.

O jejum intermitente traz imensos benefícios em vários parâmetros do nosso organismo, seja na produção de neurónios, no descanso dos nossos órgãos, no aumento da hormona de crescimento, na limpeza das células ou no gasto das reservas de gordura. Portanto, este hábito não está só associado à gestão de peso, mas à própria longevidade.  Existem vários formatos desta organização de refeições, mas o mais popular é o jejum de 16 horas seguido por oito horas onde se pode comer. Ainda assim, este padrão deve ser inserido nas nossas rotinas aos poucos e ajustado às nossas características e necessidades.

Quando se quebra o jejum intermitente, por exemplo, através de um pequeno-almoço que se insere numa rotina mais matutina, a refeição deve ser nutritiva. Apesar do pão branco ser um produto considerado “tipicamente português” e comum nas mesas, a quantidade de açúcar refinado que o constitui não o torna um produto interessante para início de dia. O sal refinado, os alimentos fritos e gorduras queimadas, como as torradas, devem ser evitados.

Por este motivo, é importante estar atento aos rótulos no momento da compra. O pão escuro é uma boa ilustração disto, uma vez que a sua cor leva a que se pense que seja um produto integral e não é exatamente assim. Na maioria dos casos, é um produto fabricado com farinha refinada, extremamente processado e além de não acrescentar nutrientes, vai resultar num pico de açúcar no sangue. Portanto, um pão verdadeiramente integral só pode ser feito de farinhas integrais e, idealmente, de fermentação lenta.

Estar informado sobre as características dos alimentos e rotinas alimentares que adotamos é meio caminho para a promoção de um estilo de vida saudável, que resulte numa saúde mais fortificada e no corpo que se objetiva.

O equilíbrio é a palavra que deve estar sempre presente em mente no processo. Demasiada restrição ou relaxamento em demasia não irão contribuir para os resultados pretendidos. Cuide-se, com a moderação em vista e com o acompanhamento do profissional de saúde. Sempre.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Despesas das famílias portuguesas no sistema de saúde ascendem a 7 mil milhões de euros
Portugal é um dos países europeus com maior peso dos pagamentos diretos das famílias no financiamento do sistema de saúde...

Cerca de 29% da despesa em saúde é financiada diretamente pelas famílias portuguesas no momento da prestação de cuidados de saúde. Os pagamentos diretos das famílias portuguesas, que em 2021 ascenderam a sete mil milhões de euros, correspondem quase exclusivamente a pagamentos a prestadores privados (cidadãos sem seguros de saúde, copagamentos realizados a prestadores privados por cidadãos com seguros de saúde, taxas moderadoras nos serviços públicos de saúde) e a aquisição de medicamentos nas farmácias comunitárias (pagamento das despesas com medicamentos pelos cidadãos, em particular na parte não comparticipada pelo SNS).

A evidência descrita na presente Nota Informativa coloca Portugal como um dos países europeus com maior peso dos pagamentos diretos das famílias no financiamento do sistema de saúde (em 2021 apenas quatro países – Lituânia, Látvia, Grécia e Bulgária - apresentavam valores de pagamentos diretos mais elevados). O desvio face à média europeia é evidente ao longo dos anos e desde 2000 que o peso dos pagamentos diretos em Portugal é superior ao registado na maioria dos países da Europa. Além disso, em anos mais recentes, verifica-se uma divergência da tendência em Portugal face aos restantes países europeus.

O elevado peso dos pagamentos diretos em Portugal levanta, segundo os investigadores, sérias preocupações ao nível de proteção financeira conferida pelo sistema de saúde português sugerindo a existência de uma significativa ‘desproteção financeira no momento de acesso aos cuidados de saúde em Portugal’. De facto, embora a quase totalidade dos pagamentos diretos das famílias corresponda a pagamentos realizados a entidades privadas, tal acontece como consequência dos mecanismos de proteção públicos e o ‘setor público tem responsabilidade em parte desses pagamentos, por os originar’ (por exemplo, uma receita médica comparticipada pelo SNS implica um copagamento do utente num prestador privado – a farmácia. Neste caso, o pagamento direto realizado numa entidade privada é consequência da pouca proteção conferida pelo SNS).

Quando analisado o valor médio gasto pelas famílias nas várias categorias, verifica-se que o valor das taxas moderadoras – quer nos cuidados de saúde primários, quer nos cuidados de saúde hospitalares – é bastante reduzido tendo em consideração o total de despesas reportadas (valor que tende ainda a cair mais com a classe económica uma vez que as classes mais desfavorecidas tendem a estar isentas do seu pagamento).  A grande maioria dos pagamentos diretos das famílias é realizada em duas grandes categorias de prestadores beneficiados: prestadores de ambulatório (copagamentos feitos por utentes em consultas, exames ou outros procedimentos realizados em prestadores privados e pagamentos realizados por utentes que não estejam cobertos por seguros ou subsistemas de saúde) que atualmente representa 38% da despesa das famílias face a 31% verificado no ano 2000 e farmácias (copagamentos de medicamentos comparticipados pelo SNS e pagamentos de medicamentos ou outros produtos não comparticipados pelo SNS) cujos pagamentos em 2000 representavam o principal destino dos pagamentos diretos das famílias (32%) registando em 2020 um decréscimo para 24%. 

Os hospitais privados têm vindo a ganhar relevância no total de pagamentos diretos, aumentando a sua quota de 10% para 15% entre 2000 e 2020, o que sinaliza ‘uma maior procura por cuidados de saúde hospitalares no setor privado, uma maior diferenciação dos próprios prestadores, bem como uma maior concentração de médicos em hospitais privados, ao invés dos tradicionais consultórios particulares’.

Desagregando as despesas reportadas em saúde por nível de rendimento do agregado familiar, verifica-se que os pagamentos diretos em saúde, em 2015, correspondiam em média a cerca de 6% do rendimento total líquido do agregado familiar. Os pagamentos diretos referentes a medicamentos e produtos farmacêuticos constituem a principal fonte de despesa em saúde das famílias (63%), seguindo-se a despesa em cuidados de ambulatório (28%), aquisição de aparelhos e material terapêutico (7%) e serviços hospitalares (2%). No entanto são também reportadas outras despesas, como por exemplo transportes que – não sendo contabilizadas como despesa em saúde na contabilidade oficial sobre a despesa na área da saúde – são suportadas pelas famílias nos acessos aos cuidados de saúde, razão pela qual a estimativa do custo direto suportado pelas famílias surge sempre inferior à real.

No que se refere ao peso das despesas em saúde no total do rendimento verifica-se que diminui com a melhoria das condições socioeconómicas. Nas famílias mais desfavorecidas as despesas em saúde representam mais de 10% do seu rendimento anual líquido, com uma despesa de 75% para compra de medicamentos, o que revela um esforço significativo para aquisição de medicamentos e um fraco recurso a prestadores privados. Nas famílias mais favorecidas, as despesas em saúde representam menos de 4%, com as despesas de recurso a cuidados ambulatórios ou hospitalares a representarem cerca de 36% dos pagamentos em saúde (face a 17% das famílias menos favorecidas, cujo principal gasto é associado a serviços de medicina dentária que representam quase metade destas despesas em ambulatório).

O impacto assimétrico das despesas em saúde nos níveis de rendimento coloca um desafio em termos de acesso a cuidados de saúde para as classes socioeconómicas mais desfavorecidas revelando uma ‘pressão elevada sobre as famílias de menores rendimentos’ apresentando-se como uma potencial barreira de acesso aos cuidados de saúde que, segundo os investigadores poderá ser ultrapassada ‘reduzindo os pagamentos diretos das famílias na comparticipação de medicamentos e no acesso a cuidados de ambulatório, em particular saúde oral para famílias com mais dificuldades económicas’.

Dia 16 de julho
O que são alimentos funcionais, qual a sua importância para a saúde e de que forma a ciência pode contribuir são alguns dos...

Identificada como uma necessidade básica, a alimentação e a forma como nos alimentamos tem um impacto grande na saúde. Uma alimentação desregrada, seja por défice ou por excesso pode, como consequência, originar o aparecimento de uma doença. “Para enfrentar este desafio, é necessário olhar para os alimentos, não apenas como algo que tem uma função nutricional, mas também como elementos capazes de prevenir doenças relacionadas com a nutrição,” salienta Ana Maria Gomes, investigadora que tem vindo a trabalhar no desenvolvimento e caracterização de alimentos funcionais. Neste sentido, a investigadora questiona “Cabe à ciência conseguir responder ao desafio de produzir mais e melhores alimentos para o bem-estar e para a saúde das populações, mas como?”

Nesta sessão vão ser apresentados e debatidos alguns dos exemplos que o Centro de Biotecnologia e Química Fina (CBQF/ESB/UCP) tem vindo a estudar neste domínio desde, aprimorar a qualidade nutricional dos alimentos pela redução de sal, de açúcares adicionados ou de gorduras saturadas e trans, otimizar a fortificação com micronutrientes para uma nutrição adequada, formular novos alimentos funcionais com um enfoque na promoção da saúde pela via da adição de ingredientes benéficos (probióticos, pré-bióticos, esteróis vegetais, ómega-3 entre outros) ou melhorar a qualidade de vida dos cidadãos com necessidades alimentares específicas com o desenvolvimento de alimentos modificados dirigidos (por exemplo alimentos para intolerantes à lactose).

A sessão “Funcionalização dos alimentos e saúde”, que integra o Ciclo de Conversas “Alimentar uma Causa”, uma iniciativa promovida pela Fundação de Serralves, em parceria científica com a Universidade Católica Portuguesa no Porto, irá decorrer no próximo dia 16 de julho, na Sala Panorâmica da Quinta do Parque de Serralves. A entrada é gratuita mediante inscrição prévia.

19 de julho
A Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca (AADIC) realiza, no próximo dia 19 de julho, às 21h, um webinar...

O tema desta sessão online tem por objetivo explicar o que é a fibrilhação auricular e a relação com a Insuficiência Cardíaca, quais os fatores de risco, como se manifesta, os sintomas, de que forma pode ser detetada e quais os tratamentos adequados.

A fibrilhação auricular é a arritmia crónica mais frequente. “Nesta arritmia, podem formar-se coágulos dentro das aurículas, que depois se libertam e viajam na corrente sanguínea. Podem ocluir um vaso do cérebro e originar um AVC. É uma das principais causas de AVC. Dai a importância do diagnóstico - sobretudo em pessoas sem queixas - e dai a importância de um gesto tão simples como aprender a palpar o pulso. A maioria dos doentes com fibrilhação auricular tem indicação para medicação crónica com anticoagulante, para proteção do acidente vascular cerebral. Os medicamentos anticoagulantes que se utilizam, atualmente, têm um excelente perfil de segurança e são de toma muito simples (1 ou 2 vezes)”, refere Diogo Cavaco.

“Sabe-se que o número de pessoas afetadas aumenta com a idade. A fibrilhação auricular é rara antes dos 40 anos e atinge > 10% das pessoas com mais de 80 anos. É um ritmo completamente irregular. Este ritmo pode ser detetado na palpação do pulso e o diagnóstico é confirmado por eletrocardiograma”, explica o especialista.

“Os sintomas podem ser tratados de várias formas: utilizando medicamentos para controlar o ritmo cardíaco (ou para manter a pessoa em fibrilhação auricular controlada); com recurso a cardioversão elétrica (um choque no tórax que reverte o ritmo irregular para o ritmo normal); ou com recurso a um exame invasivo para tratamento de arritmia chamado de ablação, que consiste na aplicação de energia em zonas específicas do coração, responsáveis pela manutenção da arritmia. Em Portugal, em 2022, foram realizadas cerca de 2000 ablações de fibrilhação auricular”, acrescenta ainda Diogo Cavaco.

No final da sessão, haverá espaço para os doentes e cuidadores na assistência partilharem dúvidas e pontos de vista com os oradores.

De 14 a 16 de julho
O Safe & Fest, campanha de sensibilização da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) para a importância da...

“O ‘Sons No Parque’ não podia ficar de fora do périplo do Safe & Fest da ANEM pelos festivais de música do país. A iniciativa é muito importante para os jovens da região que não usufruem das alternativas de eventos deste género existentes no litoral. Para a ANEM é o palco ideal para veicular a nossa mensagem”, afirma João Cardoso, Diretor de Saúde Sexual e Reprodutiva da ANEM. E acrescenta “a realização do Safe & Fest nos festivais de música permite-nos chegar, anualmente, a centenas de jovens que, num ambiente informal e de grande proximidade, estão muito mais recetivos às mensagens de educação sexual e, claro, à distribuição de preservativos”.

O Safe & Fest é uma iniciativa que tem como objetivo alertar os jovens – grupo da população mais afetado pelas doenças sexualmente transmissíveis – para a relevância de adotar comportamentos sexuais seguros, prevenir doenças sexualmente transmissíveis e divulgar os diferentes métodos de contraceção disponíveis, exemplificando a sua utilização.

 

Campanha #ShopForGoodness
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) realiza entre 13 e 30 de julho a última campanha deste ano da #ShopForGoodness, que recolhe...

A Cruz Vermelha Portuguesa apoia, por ano, mais de 50 mil famílias com cabazes de alimentos e bens essenciais, cartão solidário, ajuda monetária para rendas, despesas gerais ou consultas médicas. Esta campanha #ShopForGoodness vem permitir reforçar a capacidade de respostas sociais no terreno.

Em julho, a iniciativa #ShopForGoodness volta às grandes superfícies do país. Nomeadamente, Auchan, El Corte Inglés, Lidl, lojas Continente, Mercadona, Pingo Doce e É’leclerc.

O contributo pode ocorrer em três modalidades, dependendo da cadeia de supermercados e hipermercados (ver detalhes em baixo): através da recolha de bens essenciais, ou na compra de vales alimentares (arroz, atum, azeite, cereais, feijão, leite, massa, salsichas) e de vales monetários de 1, 3 e 5 euros.

Só na última campanha, realizada em junho nas lojas Sonae e E’leclerc, foi possível juntar cerca de 133 mil euros e recolher 110 mil produtos.

Com um aumento significativo dos pedidos de ajuda nos primeiros meses de 2023, a CVP continua a precisar da contribuição de todos para reforçar a sua capacidade de resposta às famílias situação de grande fragilidade.

 

 

"O Meu Caminho pelo Coração e através da Vida”
José Fragata, Professor Catedrático de Cirurgia, Coordenador da área Académica de Morfologia e Cirurgia da NOVA Medical School...

Na sua lição intitulada "O Meu Caminho pelo Coração e através da Vida” José Fragata irá recordar os quase 50 anos que tem dedicado à Medicina e à Academia.

Antes da Lição de Jubilação, pelas 9h30, será lançado o livro "Coração e Pulmão", coordenado por José Fragata e Helena Antunes. A obra será apresentada pelos Professores Fausto Pinto e Agostinho Marques. O livro "Coração e Pulmão" plasma a unidade curricular com o mesmo nome na NOVA Medical School.

Os dois eventos decorrem no dia 14 de julho, a partir das 9h30, no Auditório da Reitoria da NOVA, em Campolide.

 

Inquérito
Quando se trata da saúde, os jovens portugueses preocupam-se mais com a saúde emocional do que com a saúde física. Para mais de...

Para as gerações mais jovens, o tema da equidade e justiça entre géneros é também muito importante e, a par dos jovens gregos (84%) e italianos (87%), os portugueses (84%) são os que mais valorizam a equidade de género na vida.

Questionados sobre os seus hábitos de autocuidados com a saúde, os jovens portugueses revelam algum descuido, sobretudo ao nível da realização de check-ups regulares, com apenas 30,6% a admitirem fazê-los regularmente, o que nos coloca no conjunto dos quatro países que menos têm este hábito. Em Espanha, o valor situa-se em 24,6%, no Reino Unido, 25,4% e nos Países Baixos, em 27,7%. O hábito de autocuidado que os portugueses mais cultivam é dormir e descansar (80,6%).

As redes sociais foram também alvo de avaliação pela Geração Z e Millennials e o cenário traçado pelos jovens, tradicionalmente os mais adeptos destas formas de comunicação, não é o mais animador, com 54,2% dos inquiridos portugueses a considerarem que as redes sociais lhes causam ansiedade e stress, 60,4% a afirmarem que lhes reduzem a atenção e 44,7% a partilharem o receio de, se não estiverem nas redes, perderem alguma coisa e sentirem-se, desta forma, excluídos (o chamado FOMO – “Fear Of Misssing Out”). No entanto, de forma positiva, quase 79% dos inquiridos olha para as redes sociais como uma inspiração para aprender novas competências e a experimentar coisas novas.

E em quem confiam os jovens como fonte de acesso à informação na área da saúde? Os portugueses (93%) e italianos (90%) são os europeus que mais confiam na informação prestada pelos profissionais de saúde, sendo a confiança em recursos que recorrem a Inteligência Artificial, como o ChatGPT, ainda muito baixa (20,5%).

Ao olhar para o futuro da investigação na área da saúde, os jovens portugueses da Geração Z e Millennials são, entre os europeus, os que mais gostariam que a investigação fosse vista pelos sistemas de saúde como um investimento e não como uma despesa, mostram ainda os dados do inquérito realizado pela Merck.

Segundo Pedro Moura, Diretor-Geral da Merck Portugal, “Sentimos a necessidade de perceber o que sentem estas gerações, uma vez que são os próximos médicos, doentes, colaboradores e parceiros. E porque tudo o que fazemos é pelo progresso da sociedade, nada melhor do que examinar, questionar e conhecer as suas preocupações, para os ajudar, pensando no futuro da melhor forma possível. A curiosidade e o espírito de descoberta são o que nos define.”

Teste ao sangue permite a pesquisa de anticorpos passíveis de deteção anos antes
A Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) acaba de lançar a RADAR1, uma consulta de avaliação do risco de...

A avaliação do risco em crianças e jovens é feita através de um teste ao sangue e posterior pesquisa de anticorpos associados à diabetes tipo 1. Estes podem ser detetados alguns anos antes de a doença se manifestar. No entanto, a sua presença não implica, necessariamente, o aparecimento da diabetes tipo 1.

“Hoje sabe-se que é possível identificar, anos antes, as pessoas que vão desenvolver diabetes tipo 1. Através desta identificação, é possível alertá-las antecipadamente e encaminhá-las para novos tratamentos e ensaios clínicos com medicamentos que tenderão a atrasar ou inibir o seu início”, explica José Manuel Boavida, presidente da APDP.

Por isso, “quanto mais cedo se identificar o risco de DT1, mais cedo poderemos intervir e prevenir uma descompensação metabólica grave na altura do diagnóstico.”, frisa Raquel Coelho, pediatra especialista na Diabetes Tipo 1.

A DT1 é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico da própria pessoa compromete o funcionamento das células do pâncreas que produzem insulina. A sua causa não é totalmente conhecida, mas sabe-se que existe uma predisposição genética que leva, em condições não esclarecidas, ao aparecimento da diabetes.

A progressão para DT1 é mais frequente em crianças e jovens com múltiplos anticorpos (>2), face aos que têm um ou nenhum anticorpo. Através deste teste, é possível avaliar o risco de cada criança ou jovem, dando-lhe de forma antecipada conhecimento dos sinais de alerta. “Urinar muito, ter muita sede ou fome, emagrecer rápido e sentir fadiga são os sintomas mais característicos de DT1.”, alerta a pediatra.

A consulta inclui uma sessão de apresentação, esclarecimento de dúvidas e realização de um teste ao sangue para analisar a existência de anticorpos. Todos os participantes são informados dos resultados, sendo que as crianças e os jovens com teste positivo repetem a análise para confirmar os resultados. Os casos confirmados, devem manter acompanhamento, realizando as consultas adequadas a cada situação, e, quando necessário, realizar testes complementares.

Desta forma, é possível prevenir complicações agudas e internamento hospitalar na altura do eventual diagnóstico. Esta identificação possibilita ainda o acesso a intervenções precoces.

A iniciativa conta com a organização da NOSCITO, uma spin-off dedicada à criação de soluções de prevenção e gestão das doenças crónicas não-transmissíveis, nomeadamente a diabetes, baseadas em inovação desenvolvida nas áreas da medicina de precisão e da educação, contando também com o apoio da Fundação Ernesto Roma.

Para mais informações, enviar email para [email protected].

 

 

38.º Healthcare User Group
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, promove amanhã, dia 13 de julho, quinta...

Esta iniciativa propõe-se a debater e analisar as tendências no setor da saúde, nomeadamente no que diz respeito à regulamentação, inovação e sustentabilidade, e, para isso, contará com a participação de especialistas da entidade anfitriã, a APORMED, da Zebra, do The Leeds Teaching Hospitals (NHS Trust) e da GS1 Portugal.

A participação é gratuita, devendo os interessados inscrever-se através do envio de e-mail para [email protected].

 

 

Opinião
Assinala-se a 28 de julho o Dia Mundial das Hepatites, dia em que pessoas e organizações de todo o m

O dia 28 de julho foi escolhido em 2010 durante a 63ª Assembleia Mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS), por ser o dia de aniversário de Baruch Blumberg, que descobriu o vírus da hepatite B e por isso ganhou o Prémio Nobel da Medicina em 1976. Nos últimos anos, a comemoração deste dia ganhou particular destaque pelo facto de a OMS ter assumido o objetivo de, até 2030, reduzir em 90% o número de novos casos de hepatite B e C e em 65% a mortalidade associada a estas infeções.

Existem cinco diferentes vírus causadores de hepatite (A, B, C, D e E), mas as hepatites B e C são as mais importantes, por poderem evoluir para a cronicidade e assim causarem graves problemas de saúde: provocam inflamação crónica do fígado, que, quando não tratada, pode evoluir para cirrose e para cancro hepático.

A OMS estima que vivam em todo o mundo cerca de 300 milhões de pessoas infetadas com o vírus da hepatite B, que é responsável anualmente por 820 000 mortes. Para a hepatite C, as estimativas apontam para cerca de 58 milhões de portadores do vírus, falecendo anualmente 290 000 pessoas. Em Portugal, foram já identificados e tratados largos milhares de doentes com hepatite B ou C, mas pensa-se que poderão ainda existir alguns milhares de casos não diagnosticados.

Os testes de diagnóstico estão recomendados não apenas em pessoas com sintomas relacionados com o fígado (cansaço fácil, coloração amarelada da pele, dor na área hepática, distensão abdominal, equimoses fáceis) ou alteração das análises hepáticas, mas também naqueles em que se considere a mínima possibilidade de prévia exposição a estes vírus (por exemplo, utilizadores de drogas endovenosas, prática de sexo desprotegido, história pessoal de transfusões antes de 1990, ter um familiar com antecedentes de hepatite, ter estado em zonas do mundo com elevada prevalência destas infeções). No nosso país, os testes de diagnóstico das hepatites estão acessíveis através de todos os serviços de saúde, incluindo centros de saúde, hospitais, laboratórios de análises e farmácias.

O diagnóstico precoce traz grandes benefícios para as pessoas infetadas, pois permite o tratamento antes que se instalem lesões hepáticas, e para a saúde de toda a comunidade, já que ao eliminar o foco de infeção se evita a propagação do vírus.

Atualmente, todas as formas de hepatite são tratáveis. O tratamento da hepatite C é um dos maiores casos de sucesso da Medicina moderna, existindo medicamentos que, tomados durante 8 a 12 semanas, curam a infeção em quase 100% dos casos; a hepatite B exige em muitos casos medicação crónica, mas que impede a progressão da doença hepática.

Para consciencializar para a importância do diagnóstico precoce das hepatites, a Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma ação de consciencialização sob o mote “A Hepatite não pode esperar”. Não fique à espera. Atue. Faça o diagnóstico precoce desta doença. Aconselhe-se jun­to do seu médico ou outro profissional de saúde.

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Num total de 100 mil dólares
Está a decorrer o processo de submissão de propostas a um Programa Competitivo de Bolsas, promovido pela Pfizer, para apoiar...

Está prevista a atribuição de 2 bolsas no valor de 50 mil dólares cada e as submissões consideradas para financiamento deverão ser focadas em projetos de educação médica nas áreas específicas abaixo definidas. Apenas serão aceites as propostas que sejam submetidas até dia 1 de agosto de 2023.

Posteriormente, os projetos serão analisados por um painel de revisores independente, que irá selecionar os projetos para financiamento. A Pfizer não tem influência sobre qualquer aspeto dos projetos e apenas solicita relatórios sobre os resultados e o seu impacto, para partilha pública.

Estas bolsas estão inseridas no programa Pfizer Global Medical Grants (GMG), criado para apoiar iniciativas independentes, com o objetivo de melhorar os resultados em saúde e responder a necessidades médicas não satisfeitas, alinhadas com a estratégia científica da Pfizer.

 

A doença afeta cerca de 20% da população portuguesa com mais de 40 anos
A partir de junho, e até maio 2024, as Farmácias Holon, em parceria com a Menarini Consumer Healthcare, vão desenvolver uma...

A incontinência urinária tem uma incidência elevada na população mundial, cerca de 200 milhões de pessoas, e a população portuguesa não é exceção. A doença afeta cerca de 20% da população portuguesa com mais de 40 anos, o que significa que 1 em cada 5 portugueses sofrem da doença, numa proporção de 3 mulheres para cada homem.

A incontinência urinária define-se como a perda involuntária de urina, associada a um enfraquecimento dos músculos do pavimento pélvico e/ou hiperatividade não controlada da bexiga. Os sintomas de urgência e aumento de frequência miccional são, normalmente, os primeiros sinais de aparecimento de síndrome de bexiga hiperativa, precedendo-se ao aparecimento de perda urinária.

“A incontinência urinária tem grande impacto na qualidade de vida dos nossos doentes. São doentes que têm, por norma, fobia social. Evitam sair para locais onde não tenham uma casa de banho próxima e, muitas vezes, acabam por ver os seus empregos afetados, esclarece Dr. Paulo Pé Leve, Assistente Hospitalar no Serviço de Urologia do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa, EPE.

Os principais objetivos da campanha “Controle a agenda da sua bexiga” são: combater o estigma associado à incontinência urinária e mostrar que o controlo dos sintomas é a chave para uma melhor qualidade de vida.

“Os portugueses têm cada vez mais acesso a informações acerca desta patologia e procuram cada vez mais ajuda junto de profissionais qualificados. O farmacêutico, enquanto profissional de proximidade, promove a sensibilização acerca deste tema, contribuindo para a destruição do estigma, e tem ainda competências técnicas para ajudar a identificar os sintomas que podem levar ao diagnóstico precoce, bem como apoiar os utentes durante o seu tratamento”, conclui Ana Sofia Ramos, Gestora de Projetos & Serviços Holon.

Para prevenir a incontinência urinária é necessário:

  • Beber quantidades adequadas de líquidos. A desidratação aumenta a irritação da bexiga e facilita a incontinência;
  • Seguir uma dieta saudável;
  • Controlar o peso;
  • Mudar os hábitos de utilização da casa de banho. Ir sempre que necessita. Evitar a retenção frequente e prolongada pois pode lesar os músculos da bexiga e facilitar a infeção urinária. Esvazie completamente a bexiga;
  • Evitar a obstipação. A prisão de ventre pode agravar a incontinência urinária;
  • Exercitar os músculos do pavimento pélvico (exercícios Kegel).

 

Recomendações
O sol é fundamental à vida e, em doses moderadas, traz inúmeros benefícios para a saúde e bem-estar,

De forma a aproveitar os benefícios do sol sem correr riscos desnecessários para a saúde, é fundamental conhecer e respeitar algumas regras:

  • Evitar a exposição direta ao sol nas horas de maior intensidade da radiação solar (sobretudo entre as 12-16h, idealmente entre as 11-17h): deve-se procurar zonas de sombra neste horário, recorrendo por exemplo a toldos e guarda-sol. É importante não esquecer que os toldos e chapéus-de-sol não filtram toda a radiação ultravioleta, nem impedem a exposição à radiação refletida pelas superfícies, sendo fundamental a aplicação de protetor solar mesmo estando à sombra.
  • Usar vestuário adequado: roupa protetora (por exemplo, camisola de manga comprida e calças, dando preferência a tecidos opacos e escuros ou com fator de proteção incorporado), chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UVB e UVA.
  • Fazer uma exposição gradual e progressiva ao sol.
  • Aplicar protetor solar com índice elevado (factor de proteção solar igual ou superior a 30, que proteja das radiações UVA e UVB), resistente à água, em quantidade suficiente, em todas as áreas expostas. A sua aplicação deve ser feita 20 minutos antes da exposição solar e repetida ao longo do dia, de 2 em 2 horas e após nadar ou transpirar. Não esquecer de proteger os lábios, nariz, orelhas e dorso das mãos e dos pés.
  • Ter cuidados acrescidos junto à água, areia e neve, porque refletem os raios solares, aumentando a exposição real à radiação solar.
  • Ter atenção à medicação efetuada: alguns medicamentos tornam a pele mais sensível ao sol, desencadeando uma reação tipo queimadura mesmo com exposições moderadas ao sol.
  • Manter estes cuidados com a proteção solar durante todo o ano, mesmo nos dias nublados e fora da praia: embora seja mais intensa no verão, a exposição solar ocorre durante todo o ano e em todos os locais (o sol da praia é igual ao do campo e da cidade). As nuvens dão uma falsa sensação de segurança pela diminuição do calor, mas deixam passar os raios ultravioleta podendo em certas ocasionais até amplificar a sua intensidade.

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Pela Bureau Veritas
A Ordem dos Nutricionistas concluiu o processo de certificação do Sistema de Gestão da Qualidade, cumprindo os requisitos da...

O certificado de conformidade abrange designadamente os seguintes processos: Gestão Estratégica; Acesso à Profissão; Exercício Profissional; Especialidades; Capacitação e Desenvolvimento; Ato Eleitoral; Gestão de Recursos Humanos; Gestão Administrativa e Financeira e Comunicação e Eventos.

Para Alexandra Bento, Bastonária da Ordem, “esta certificação constituía mais um compromisso que conseguimos alcançar. A constante atualização em termos de padrões e standards de qualidade sempre foi um objetivo bem definido na nossa atividade, para garantirmos uma marca de confiança e credibilidade dos nossos serviços aos nutricionistas.”

Reforça, ainda que “a norma ISO 9001 constitui uma referência internacional para a Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade e todo o processo para a sua conclusão surge após um processo de auditoria extensivo aos serviços, processos e procedimentos da Ordem, garantindo a qualidade máxima nos serviços prestados aos nutricionistas. Foi um esforço claro para se assegurar a conformidade dos nossos serviços, num processo de constante melhoria contínua.”

A ISO 9001:2015 reflete a consolidação de processos seguros e confiáveis da Ordem dos Nutricionistas, com o objetivo de aplicar as melhores práticas e o alcance de uma maior eficiência, sustentabilidade, satisfação, rigor e exigência.

 

Dia 13 de julho
Após o lançamento do livro “77 Vozes pela nossa Saúde”, o Iscte EE apresenta um debate que pretende desconstruir algumas...

No próximo dia 13 de julho, pelas 18h30, na Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos no Porto, o Iscte Executive Education organiza um debate sobre a Saúde em Portugal.

Ana Povo (Centro Académico Clínico ICBAS-CHUdSA), Eurico Castro Alves (Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos), Francisco Pavão (Médico Saúde Pública) e Rita Veloso (Centro Hospitalar Universitário de Santo António), especialistas do setor com elevada relevância nas suas áreas, irão debater as várias linhas de pensamento abordadas na obra “77 Vozes pela nossa Saúde – Um debate plural por um direito fundamental”, e de que forma é possível fazer a diferença em Portugal. A conversa é moderada por José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education.

Com nota introdutória de Ana Maria Simões, Rui Vinhas da Silva e José Crespo de Carvalho (membros da Comissão Executiva do Iscte Executive Education), a obra de 688 páginas reúne visões de 77 personalidades - associações, empresários, professores, ordens profissionais, enfermeiros, médicos, investigadores e ex-ministros - sobre o estado da Saúde em Portugal, a necessidade de mudar, de crescer, de criar a diferença no Serviço Nacional de Saúde (SNS), na coexistência entre hospitais públicos e privados e na gestão da Saúde. Os leitores são ainda confrontados com algumas questões: a Saúde está mesmo mal em Portugal? Como é gerida? O SNS dá resposta às necessidades dos cidadãos? Os hospitais privados devem desaparecer, ou antes pelo contrário?

Coordenado pelo Iscte Executive Education e editado pela Oficina do Livro, do grupo LeYa, 77 Vozes pela nossa Saúde encontra-se à venda por 16,90 Euros, estando também disponível em e-book.

 

Doença hereditária rara
Com uma expressão clínica muito variável, “podendo ser diferente entre doentes da mesma família”, a

A XLH é uma doença multissistémica crónica, progressiva e debilitante, com prejuízo das funções físicas e da qualidade de vida. Segundo a endocrinologista do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, na maior parte dos casos, a XLH manifesta-se “durante o processo da aquisição da marcha, sendo particularmente evidente entre o primeiro e o segundo ano de vida”. O encurvamento progressivo dos membros inferiores é, como explica a médica, o primeiro sinal de alerta.

Outros sinais e sintomas pediátricos incluem “bossa frontal por fusão prematura de suturas cranianas, atraso da erupção dentária, dores ósseas, fraqueza muscular, atraso da aquisição da capacidade de marcha e marcha defeituosa”.

No entanto, alerta que, embora o diagnóstico seja feito quase sempre em idade pediátrica, não é raro que surjam casos cujo diagnóstico aconteça em fases mais tardias. Tudo depende da gravidade da doença. “Existem formas graves diagnosticadas na infância e formas menos graves com, por exemplo, apenas presença de baixa estatura sem deformidades ósseas que levam ao diagnóstico na idade adulta”, explica a médica.

Nos adultos, a clínica inclui, além de deformidades ósseas também dor óssea crónica ao nível das articulações, dor e fraqueza muscular, osteoartrites, pseudofraturas e fraturas recorrentes. Segundo Olga Gutu, é ainda frequente a ocorrência de abcessos (infeções) dentários espontâneos e alguns doentes podem desenvolver uma diminuição da acuidade auditiva.

Para além de condicionar a mobilidade dos doentes, esta patologia acarreta ainda um elevado impacto psicológico. “A incapacidade pode levar à depressão e influenciar a habilidade de trabalho e de executar as tarefas do dia-a-dia”, acrescenta a médica.

“Laura”, atualmente com 46 anos, conta que, no seu caso, a suspeita de sofrer de raquitismo chegou quando tinha apenas três meses de idade. “A minha mãe ficou desesperada com a notícia”, comenta recordando que foi imediatamente encaminhada para consulta no Hospital de Santa Maria, onde foi feito o diagnóstico de XLH. 

“Desde os dois anos, fui submetida a análises ao sangue, de três em três meses, para aferir os níveis de fósforo, cálcio, vitamina D, fosfatase alcalina, creatinina, no sangue. Os médicos sempre afirmaram que era uma doença ligada ao X”, adianta explicando que aos dois anos a curvatura das pernas tornava demasiado evidente o problema de que sofria.

“A minha mãe foi diagnosticada com raquitismo em criança, por ter as pernas arqueadas. Aconselhavam-na a ir para a praia e a tomar óleo de fígado de bacalhau…”, começa por contar quanto à hereditariedade da doença. “Quando a minha mãe estava grávida, informou os médicos de que tinha raquitismo, tendo-lhe sido transmitido que essa doença não passava de pais para filhos”, acrescenta.

“Maria” estava já grávida da segunda filha, quando “Laura” recebe o diagnóstico de XLH. Felizmente, o segundo bebé não herdou a mutação que está na origem desta patologia.

“Apenas quando eu tinha dois anos, se soube, que, tal como eu, também a minha mãe tinha raquitismo hipofosfatémico. Ela tinha 22 anos”, recorda “Laura”.

Após este diagnóstico deu início ao tratamento. Entre os 4 e os 5 anos, foi operada para endireitar as pernas. “Com o passar do tempo, voltaram a arquear, e voltei a ser operada aos 14, 16 e 18 anos, para realinhamento tibial”, explica “Laura” admitindo, no entanto, que desenvolveu, ao longo dos anos, algumas limitações ao nível da mobilidade. “Dificuldade em dobrar os joelhos, pouca força nas pernas, falta de elasticidade, mas vou-me adaptando. Faço o que posso e não faço o que não consigo”, comenta.

“Tenho problemas dentários, porque, com o passar do tempo, alguns dentes começam a abanar, até caírem de todo. Tenho 8 dentes em falta, substituídos por prótese. Dois estão a abanar e espero que não caiam tão cedo”, acrescenta, admitindo, no entanto, que é a mãe quem sofre com mais complicações. “A minha mãe tem ainda mais limitações do que eu e muitas dores no corpo todo, sobretudo nas articulações. Muitas vezes não pode andar durante muito tempo, devido às dores. Apenas possui meia dúzia de dentes originais, porque os outros caíram e usa placa, revela.

“Maria”, também foi operada: “aos 8 e aos 14 para endireitar as pernas, que estavam arqueadas. Aos 31, foi operada à anca, para corrigir a posição dos ossos”.

Para além do impacto físico, ambas admitem que o impacto psicológico desta doença nem sempre foi fácil de gerir.

“Sempre tive consciência de ter uma doença sem cura e de ter limitações que os meus colegas não tinham. Nas aulas de Educação Física sempre tive mais dificuldades do que eles”, recorda “Laura” acrescentando que apesar de nunca se ter sentido “propriamente mal” por isso, na adolescência sentia-se diferente. Em virtude das várias cirurgias, atualmente não usa saias, “para não mostrar as cicatrizes nas pernas”. E tomou a decisão de não ter filhos. “Não quero ter filhos, porque não quero que um filho meu tenha as mesmas limitações que eu tenho. Esta doença é causa de sofrimento e não quero que se perpetue na minha família. Quero que termine aqui”, afirma recordando o desespero que a mãe sentiu quando soube do seu diagnóstico.

Conhecer a doença é essencial para um diagnóstico precoce

“O raquitismo hipofosfatémico ligado ao X é uma doença multissistémica que se manifesta em idade precoce. Contudo, devido à sua raridade, existe muito desconhecimento da mesma por parte dos prestadores de cuidados de saúde o qual, acoplado à inespecificidade das suas primeiras manifestações, determina atrasos significativos no seu diagnóstico que condicionam pior prognóstico”, afirma Olga Gutu, a médica especialista do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.

De acordo com a especialista “existem várias plataformas que visam aumentar o conhecimento sobre a doença, a importância do diagnóstico atempado, do tratamento adequado e do seguimento a longo prazo” que importa conhecer.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Investigação da Universidade de Coimbra
Um programa de intervenção psicológica focado na compaixão, aplicado em casas de acolhimento residencial para crianças e jovens...

O estudo, conduzido por uma equipa de investigação da Universidade de Coimbra (UC), teve como objetivo central testar o efeito deste programa desenvolvido pela UC, denominado Treino de Mente Compassiva para Cuidadores (TMC-C), na qualidade das relações estabelecidas entre cuidadores e jovens e no clima emocional das casas de acolhimento residencial, promovendo, em simultâneo, a qualidade de vida dos jovens e dos seus cuidadores.

«Um ambiente acolhedor, afiliativo e seguro é um pré-requisito para a criação de ambientes terapêuticos e para melhores resultados nas casas de acolhimento, podendo otimizar as intervenções psicológicas individualizadas oferecidas às crianças e jovens, e facilitar a mudança de perceção que as mesmas poderão ter vindo a desenvolver ao longo da vida sobre si, os outros e o mundo», destaca a investigadora do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental (CINEICC) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC), psicóloga clínica e primeira autora do estudo, Laura Santos.

Esta é uma das conclusões da pesquisa que tem vindo a ser conduzida no âmbito do projeto “Mentalidade afiliativa no acolhimento residencial de jovens: implementação e estudos de eficácia de um programa de treino da mente compassiva com cuidadores”, que está a ser desenvolvido no âmbito do doutoramento de Laura Santos, orientado pelos docentes da FPCEUC e investigadores do CINEICC, Daniel Rijo e Maria do Rosário Pinheiro.

Laura Santos explica que este projeto de doutoramento foi pensado com o objetivo de «disponibilizar às casas de acolhimento um programa de treino baseado num modelo teórico e com evidência empírica, respondendo à necessidade reportada na literatura ao nível da qualificação dos profissionais deste setor social». «A promoção de uma mentalidade afiliativa, operacionalizada através do desenvolvimento da compaixão, pretende ampliar o foco de atuação das casas de acolhimento, frequentemente criticadas por se direcionarem exclusivamente para a proteção da criança através da provisão assistencialista de recursos (como abrigo, refeição, higiene e educação), no sentido da promoção de um ambiente seguro, facilitador de segurança emocional e afiliativa, necessário à recuperação psicológica das crianças e jovens que ali residem», contextualiza a investigadora.

O ensaio clínico realizado no âmbito do projeto decorreu em 12 casas de acolhimento do centro de Portugal, tendo envolvido 127 cuidadores e 154 jovens e revelado o impacto positivo do TMC-C em três níveis: 1) ao nível individual, no desenvolvimento de (auto)compaixão e melhorias na qualidade de vida profissional e saúde mental dos cuidadores; 2) ao nível interpessoal, contribuindo para uma maior proximidade e ligação entre cuidadores e jovens, bem como entre colaboradores; 3) e também ao nível organizacional, contribuindo para um ambiente mais afiliativo e seguro na casa de acolhimento, tanto para jovens, como para cuidadores. Durante a intervenção, os investigadores desenvolveram atividades com os cuidadores para lhes transmitir, por exemplo, estratégias adaptativas de regulação emocional e conhecimentos sobre o funcionamento da mente humana.

Além do impacto da intervenção nos cuidadores que foi possível validar com este estudo, «destaca-se também que as mudanças relatadas pelos cuidadores foram percecionadas pelos jovens das casas de acolhimento, com impacto positivo ao nível do sentimento de ligação aos outros e na perceção de segurança e afiliação no clima emocional da casa de acolhimento», avança Laura Santos.

«Adicionalmente, os resultados mostram que quando não é oferecido treino, os cuidadores tendem a deteriorar tanto a motivação compassiva, como indicadores de qualidade de vida profissional e de saúde mental, podendo comprometer a qualidade da prestação de cuidados», acrescenta a investigadora.

Sobre a importância de centrar esta pesquisa no papel dos cuidadores, Laura Santos clarifica que «nas casas de acolhimento, os cuidadores são agentes fundamentais na intervenção diária». «Cuidar de crianças maltratadas, que exibem necessidades complexas, requer que a prestação de cuidados seja intencionalmente terapêutica, e não meramente assistencialista. Neste contexto, problemas associados à falta de formação especializada e à incidência de níveis elevados de stress ocupacional entre profissionais têm sido apontados como potenciais ameaças à qualidade da prestação de cuidados em contexto de acolhimento residencial», elucida.

A equipa da UC está também a conduzir outras intervenções no âmbito do projeto, em articulação com a Unidade de Psicologia Clínica Cognitivo-Comportamental da Universidade de Coimbra (UpC3), em casas de acolhimento da IGAXES (organização não governamental da Galiza, que atua na área do apoio a crianças e jovens em risco) e em todas as casas de acolhimento da Região Autónoma da Madeira, que envolvem atualmente mais de 200 participantes.

Sobre a replicação deste programa, a investigadora esclarece que o Treino de Mente Compassiva para Cuidadores «poderá constituir-se como um programa útil na formação especializadas das equipas das casas de acolhimento, recomendando-se que possa orientar a intervenção e a supervisão efetuadas nas instituições», tendo sido pensado para «complementar as intervenções especializadas dirigidas a crianças e jovens já existentes (como psicoterapia e aconselhamento) e não vir a substituí-las», sublinha Laura Santos.

«Esperamos que os resultados deste trabalho de investigação possam informar as decisões políticas, as práticas e os processos de acolhimento, tendo em vista a otimização e a adequação da prestação de cuidados alternativos às necessidades das crianças e jovens que deles carecem», conclui a investigadora.

Os resultados do ensaio clínico em casas de acolhimento situadas no centro de Portugal estão disponíveis no artigo científico "Fostering an affiliative environment in residential youth care: A cluster randomized trial of a compassionate mind training program for caregivers enrolling youth and their caregivers", publicado na revista Child Abuse & Neglect, em https://doi.org/10.1016/j.chiabu.2023.106122.

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