Opinião
Sabia que o ar interior dos espaços pode conter substâncias prejudiciais tais como partículas ultraf

É, por isso, essencial as pessoas estarem cientes do seu impacto na saúde e bem-estar, além de saberem como ultrapassá-los. Ora, considerando que as pessoas passam cerca de 90% do seu tempo em ambientes fechados - casas, escritórios, escolas e outros edifícios - a qualidade do ar interior é fundamental para a sua saúde. Sabia que, e segundo a OMS, os espaços interiores podem estar 5 a 10 vezes mais poluídos do que o ar exterior? Não será por isso uma novidade afirmar que, quando o ar interior contém substâncias prejudiciais, podem ocorrer diversos impactos negativos na saúde. Partilho alguns exemplos:

Problemas respiratórios

A inalação de partículas ultrafinas e substâncias poluentes do ar interior, presentes em espaços pouco ventilados, pode levar a problemas respiratórios, como asma, bronquite, alergias e irritação das vias respiratórias.

Doenças infeciosas

Espaços fechados com ventilação inadequada podem facilitar a propagação de agentes patogénicos - bactérias e vírus - podendo aumentar o risco de infeções respiratórias e doenças contagiosas, como gripe, constipação comum e infeções respiratórias agudas.

Problemas cardiovasculares

Alguns poluentes do ar interior, como o ozono e partículas finas, estão associados a problemas cardiovasculares, incluindo doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e pressão arterial elevada. A exposição crónica a essas substâncias pode aumentar o risco de desenvolver tais condições entre outras.

Agravamento de condições pré-existentes

A exposição a substâncias prejudiciais no ar interior pode agravar os sintomas e piorar o estado de saúde geral em pessoas com condições de saúde pré-existentes, tais como doenças pulmonares crónicas, alergias ou com o sistema imunológico fragilizado.

Fadiga e diminuição do desempenho cognitivo

A exposição a poluentes do ar, em espaços fechados com défice de purificação do ar, como CO2 em níveis elevados, pode levar à fadiga, sonolência e diminuição do desempenho cognitivo, afetando negativamente a concentração, a tomada de decisões e a sua produtividade.

Irritação das mucosas

O ar interior contaminado pode irritar as mucosas do nariz, garganta e olhos, o que pode causar sintomas incomodativos – comichão, ardor, irritação, espirros e lacrimejamento ocular e nasal - afetando o conforto e a qualidade de vida.

Problemas dermatológicos

A exposição a substâncias químicas presentes no ar interior, como produtos de limpeza, formaldeído e compostos orgânicos voláteis (COVs), pode contribuir para o desenvolvimento de problemas dermatológicos, como irritação da pele, erupções cutâneas e dermatite de contato.

Vale a pena mencionar ainda que a exposição a substâncias prejudiciais, no ar interior, pode variar dependendo da fonte e grau da poluição, do nível de ventilação e da sensibilidade individual, e ressalvar que a qualidade do ar interior é influenciada por uma combinação de fatores, incluindo a ventilação adequada, a escolha de materiais de construção e móveis de baixa emissão.

Tendo em conta que uma pessoa saudável respira mais de 6.000 litros de ar de ambientes interiores todos os dias, ser capaz de criar espaços livres de agentes poluentes é por isso essencial para evitar contágios e outros problemas de saúde bem como para melhorar os níveis de concentração e bem-estar. Estratégias eficazes passam por utilizar sistemas de ventilação adequados, capazes de reduzir (também) a humidade interior, sendo crucial a manutenção regular dos sistemas de ar condicionado, a redução de fontes de poluição interna e a promoção de boas práticas de higiene, como a lavagem das mãos e a limpeza regular dos espaços.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Com componente prática em laboratório
A SGS Academy, unidade de formação técnica, da SGS Portugal anuncia o lançamento de um novo curso, desta feita, em...

“O mercado de produtos sustentáveis tem crescido exponencialmente nos últimos anos em resposta às preferências do consumidor. E, nesse sentido, a indústria cosmética tem prosseguido o seu caminho rumo à sustentabilidade, incorporando ingredientes mais ecológicos, processos e embalagens mais verdes, enquanto garante a funcionalidade dos produtos”, afirma Rita Costa, responsável pela área de Cosmética e Higiene da SGS Portugal. Acrescenta ainda, “esta formação pretende dar a conhecer estratégias que a indústria cosmética e os próprios consumidores podem optar para obter cosméticos mais sustentáveis, desde a escolha dos ingredientes, processo de fabrico, embalagens e novas formas de apresentação”.

Embalagens feitas de material reciclado, matérias-primas consideradas sustentáveis, fórmulas mais amigas do ambiente, a par do investimento em unidades fabris neutras em carbono, são algumas das apostas dos gigantes mundiais na área da cosmética. Assim, a formação “Sustentabilidade na Indústria Cosmética”, agendada para 26 de outubro e com uma duração de 8 horas, pretende dar a conhecer tendências de formulação mais sustentáveis, seleção de ingredientes e embalagens sustentáveis, bem como o significado de certificações sustentáveis.

Compreender a importância da poupança de água e redução da utilização de plástico na indústria cosmética; conhecer as estratégias que algumas marcas estão a implementar para se tornarem mais sustentáveis; compreender a aplicação de estratégias sustentáveis a diferentes tipos de produtos cosméticos, e ainda adquirir noções práticas sobre o fabrico de cosméticos sólidos, são apenas alguns dos objetivos desta formação.

"O futuro dos cosméticos depende de abordagens mais sustentáveis e, embora uma revolução não aconteça da noite para o dia, cada esforço em direção à sustentabilidade é um grande passo para um futuro melhor".

“Cuidar de quem Cuida” é o mote
No próximo dia 21 de junho comemora-se o Dia Mundial da Esclerose Lateral Amiotrófica. A exemplo de anos anteriores, a...

Este ano, a associação vai dedicar a comemoração da efeméride a todos aqueles que investem tantas horas do seu tempo a cuidar de quem amam e a melhorar a sua qualidade de vida. Sob o mote “Cuidar de quem Cuida”, serão proporcionados momentos de partilha entre doentes, cuidadores e profissionais de saúde

Teresa Moreira, diretora executiva da APELA, realça o papel que os cuidadores têm, pois são eles que acompanham os doentes em todas as tarefas no dia-a-dia, dando-lhes não só o apoio físico necessário, como emocional.

“É um trabalho essencial que é prestado. São estes cuidadores que garantem que a pessoa com ELA se mantém estável, com qualidade de vida e com um projeto que dê sentido a cada um dos seus dias, que deverão ser vividos com autonomia e dignidade”, acrescenta.

A ELA é a doença que vitimou o conhecido cientista britânico Stephen Hawking e o cantor português Zeca Afonso.

A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurológica degenerativa, rara, de progressão rápida, sem cura e com um prognóstico de vida muito reservado, de 3 a 5 anos, sendo a forma mais frequente de Doença do Neurónio Motor (DNM).

É caraterizada pela degeneração (morte precoce) dos neurónios motores (células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos) do cérebro, da medula espinal e do tronco cerebral, levando a fraqueza muscular global.

Como resultado, esses músculos, que são os que nos fazem mexer (músculos estriados esqueléticos), ficam mais fracos, levando o doente a uma imobilidade total, afetando a fala, a deglutição e a respiração, que os doentes deixam de conseguir fazer de forma autónoma.

As funções sensitivas e cognitivas são preservadas durante todo o curso da doença.

Esta progressão leva a uma dependência total de terceiros para todas as atividades, causando um impacto forte no doente e em toda a família.

Evento organizado em Coimbra
Sysmex, uma empresa especializada em tecnologia de saúde e líder mundial em diagnósticos e serviços de hematologia, realizou a...

Embora a filial portuguesa tenha sido instituída em dezembro de 2020, a tecnologia e as soluções da Sysmex estão presentes em Portugal há mais de 50 anos, através de um distribuidor, e, agora, em plena fase de crescimento e expansão da organização, arrancou a primeira reunião científica no país, destinada a clientes e a outros profissionais do setor.

A conferência centrou-se nas soluções da Sysmex no âmbito da Hematologia e da Urianálise, abrangendo tanto os novos desenvolvimentos como a experiência do utilizador, por parte dos profissionais médicos. Com isto, o encontro converteu-se num espaço aberto à discussão, entre oradores e participantes, entre os quais se destacam alguns especialistas pertencentes a hospitais de referência, como é o caso do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, e membros da Sysmex Europa. 

Além disso, os participantes tiveram oportunidade de ver, em primeira mão e de forma exclusiva, uma cadeia de hematologia da nova série XR da Sysmex.

A tecnologia que permite ver mais além: soluções para o diagnóstico em hematologia e urianálise

A conferência teve início com as palavras de Peter Georgi, Business Unit Manager da Sysmex Iberia, que se encarregou de dar as boas-vindas e, oficializar o início do evento, passando para o painel sobre Urianálises.

“Fluorescence Flow Cytometry: Technology that allows you to see more” e “Urianálise: CKD detection and monitoring with UN-SERIES”, apresentadas por Jarob Saker, diretor assistente do departamento médico-científico e de Investigação e Desenvolvimento Clínico da Sysmex e María Salinas, diretora do Serviço de Análises Clínicas do Hospital Universitário San Juan de Alicante (Espanha), foram as primeiras duas intervenções a que os presentes puderam assistir.

Após o coffee break, Catarina Chaves, responsável do laboratório de bacteriologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, tomou a palavra e partilhou os seus conhecimentos sobre “Urianálise: Screening de ITU e processamento de amostras urgentes com UF-5000”, destacando que “O diagnóstico rápido é crítico para a melhoria dos processos nos vários fluxos do laboratório de bacteriologia (nomeadamente infeções do trato urinário, sepsis, infeções respiratórias, etc) e a implementação de novas metodologias é um desafio, mas um desafio possível, que contribuirá para a melhoraria do “outcome” dos nossos doentes”. O painel da Urianálise terminou com um breve debate entre estes especialistas.

Seguiu-se a área da Hematologia, que teve início com a intervenção de Margarida Peixinho, Interna do 4º ano de Patologia Clínica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, com uma apresentação sobre “Hematologia: Aplicações do Extended-IPU na rotina laboratorial”. “A implementação do E-IPU e a utilização dos seus canais e aplicações na rotina do nosso serviço levou a uma otimização e maior celeridade na disponibilização dos resultados aos nossos pacientes”, sublinhou a doutora.Por fim, Marc Avilés, Business Sector Manager da unidade de Hematologia da Sysmex Iberia, apresentou “Hematology: New XR series and automation solutions” e encerrou o painel de apresentações com uma discussão sobre Hematologia.

A nova geração de analisadores hematológicos: a série XR da Sysmex

O evento organizado em Coimbra foi o local escolhido pela empresa para apresentar ao mercado português a nova série XR de analisadores hematológicos, que estará disponível para ser comercializada, provavelmente, até ao final do ano.

Para além de melhorar o rendimento até 10%, a série XR pode ser integrada com módulos automatizados para a preparação de amostras de sangue, análises digitais da morfologia celular, classificação de tubos para outros exames de diagnóstico e arquivo final das amostras.

Em combinação com a série XR, serão lançados três novos módulos de automatização, um deles equipado com uma função para automatizar o arranque do sistema e a medição do controlo de qualidade interno.

Debate expõe estas conclusões
A “Saúde Mental” foi o mote da conferência “Vet Mental Summit” que reuniu a comunidade veterinária em Lisboa, no dia 14 de...

O debate sobre um tema considerado urgente para a profissão da Medicina Veterinária reuniu especialistas de várias áreas, com o propósito de promover a saúde mental e promover a partilha de conhecimento de forma a contribuir para a prevenção de problemas, tais como burnout, depressão e ansiedade. Recorde-se que em Portugal a profissão apresenta níveis de stress e burnout dos mais elevados, quando comparada com outras profissões e países da Europa.

Na parte da manhã, Manuela Peixoto, Psicóloga, apresentou o estudo sobre a saúde mental nos Médicos Veterinários. Realizado no âmbito da sua apresentação “Burnout e Fadiga por Compaixão na área da veterinária” e “Bem-estar psicológico na comunidade veterinária”, o estudo, realizado entre o final de 2022 e março de 2023, junto de 833 profissionais da comunidade veterinária, incluiu Médicos Veterinários, enfermeiros veterinários e auxiliares. Entre as principais conclusões destaque para os elevados níveis de burnout e estados vulneráveis depressivos. Numa profissão com a maior taxa de suicídio, os resultados revelaram que 29 dos inquiridos tentaram pelo menos uma vez o suicídio, 13 desejavam morrer, 124 ameaçaram pelo menos, uma vez, que se iriam suicidar. Entre os principais fatores de risco destacam-se o excesso de horas de trabalho semanais (superiores às 40 horas/semana), problemas anteriores de saúde mental, ou discordância em relação à eutanásia.

A privação de sono da comunidade médico veterinária foi também um dos temas em destaque durante a conferência. Hugo Lopes, Médico Veterinário, salientou na sua apresentação que “os veterinários não andam a dormir, mas deviam!”, e que os problemas e as doenças associadas à privação de sono contribuem para diminuir a produtividade, e elevar os custos associados e de turnover. Apresentou ainda estratégias para minimizar o impacto dos turnos noturnos na saúde dos profissionais de saúde e melhorar o bem-estar dos Médicos Veterinários, relacionadas, por exemplo, com a alimentação e pausas no trabalho e chamou a atenção para o funcionamento dos hospitais veterinários frequentemente em incumprimento com a legislação laboral.

A tarde foi marcada pelo debate sobre o tema “Saúde Mental em Medicina Veterinária em Portugal” que contou com a participação de Sónia Miranda, Vice-presidente do Conselho Diretivo da Ordem dos Médicos Veterinários (OMV).

O debate contou ainda com as presenças de Hugo Lopes, do Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários (SNMV) e Mafalda Gonçalves, da Associação Portuguesa de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de Companhia (APMVEAC) que apresentaram as estratégias que estão a ser criadas pelas respetivas instituições para ajudar os profissionais de saúde animal.

Sónia Miranda, Vice-presidente do Conselho Diretivo da OMV, destacou a criação do gabinete de apoio individual aos Médicos Veterinários, um programa estruturado para promover o bem-estar e prevenir situações de stress, ansiedade e burnout, comuns na atividade da Medicina Veterinária, “ajudando a criar estratégias de gestão do tempo da vida profissional e pessoal”.

O tema da empregabilidade, um dos fatores diretamente associados à saúde mental, esteve igualmente em debate. “Aumentar a retaguarda que todos os profissionais devem ter no seu dia-a-dia, para um trabalho de mais qualidade e reconhecido pela sociedade, com uma legislação adequada à realidade e articulação com a Academia, fazem parte da solução”, referiu Sónia Miranda.

Concluiu-se ainda que, apesar do elevado número de Médicos Veterinários que estão a ser formados nas Universidades, o mercado depara-se com uma enorme falta de Médicos Veterinários, especialmente no interior do país e em pequenas clínicas, o que leva a aumentar o número de horas de trabalho dos profissionais em exercício, com impacto na sua saúde mental.

 

Reimagining Better Health, realizado pela GE HealthCare
A GE HealthCare, líder em tecnologia médica, diagnóstico farmacêutico e soluções digitais inovadoras, apresenta o Reimagining...

Com o objetivo de ajudar a definir um caminho a seguir, uma vez que fatores de stress como o esgotamento, o desgaste da força de trabalho e os atrasos testam a resiliência dos sistemas de saúde, foi pedido aos participantes que respondessem a perguntas sobre o sistema de saúde no seu conjunto, com base nas suas experiências e observações pessoais. Os resultados revelam que muitos dos desenvolvimentos que estão a impulsionar o sistema são também uma fonte de desafios que os doentes e os médicos enfrentam.

"O progresso tem muitos aspetos positivos, mas pode ser fonte de problemas que, numa área como a da saúde, não é fácil de resolver. No entanto, o caminho começa por ouvir aqueles que estão no centro dos cuidados, que foi o que se procurou aqui fazer", afirma Rui Costa, Diretor-geral da GE HealthCare em Portugal. "Este estudo confirma que são várias as barreiras a ultrapassar, sendo essencial uma união entre todos os intervenientes nos cuidados de saúde para que tal seja possível, sem nunca esquecer as necessidades dos doentes e dos médicos. Todos Juntos sermos capazes de ajudar a tornar o sistema de cuidados de saúde mais humano e flexível."

Reconhecimento da promessa da Inteligência Artificial (IA) associado a um baixo nível de confiança

Atualmente, as tecnologias de IA nos cuidados de saúde são concebidas para melhorar a experiência e os resultados dos doentes, automatizar tarefas e aumentar a produtividade. Embora a maioria dos médicos inquiridos (61%) acredite que a IA pode apoiar a tomada de decisões clínicas, permite intervenções de saúde mais rápidas (54%) e ajuda a melhorar a eficiência operacional (55%), o estudo mostra, aqui, que a desconfiança e o ceticismo em contextos médicos é predominante entre todas as partes interessadas.

Apenas 42% dos médicos em geral indicam que se pode confiar nos dados da IA, número que aumenta entre os médicos com mais de 16 anos de experiência, ainda mais céticos, com apenas 33% a confiar na qualidade dos dados de IA.

Além disso, os médicos acreditam que, embora a IA possa ajudar a reduzir as disparidades de atendimento (54%), a tecnologia também está sujeita a vieses embutidos (44%).

Pouca confiança nos novos modelos de prestação de cuidados

Para os doentes, a sua principal prioridade para o futuro, mesmo à frente das soluções tecnológicas que permitem uma deteção mais rápida de potenciais problemas de saúde, é uma maior flexibilidade na forma como, onde e quando os serviços de saúde são prestados.

No entanto, a flexibilidade dos cuidados administrados além das paredes da clínica pode criar desafios. De resto, metade dos médicos não se sente muito à vontade para prestar cuidados clínicos fora do ambiente clínico tradicional (50%).

Os doentes também estão apreensivos com os novos métodos de prestação de cuidados e não se sentem muito confortáveis com a realização de testes em casa ou fora da clínica (62%) sem supervisão.  Além disso, quem presta os cuidados é importante para os doentes. Embora a maioria (67%) tenha um elevado nível de confiança no seu médico de família, estes diminuem quando se consideram outros profissionais de saúde. Um pouco mais de metade dos doentes (52%) não confia nos profissionais de saúde que não são médicos ou enfermeiros hospitalares, parteiras ou farmacêuticos para dar conselhos de saúde adequados.

Conectividade num sistema fragmentado

Talvez parte deste desconforto associado aos novos modelos de prestação de cuidados possa ser atribuído à baixa interoperabilidade tecnológica em todo o sistema de saúde.  Pouco mais de metade dos médicos afirma que as tecnologias médicas se integram perfeitamente entre si e são fáceis de utilizar e intuitivas (51% e 53%, respetivamente).

Embora os doentes e os médicos desejem que os dados de saúde relevantes estejam disponíveis em todos os sistemas e plataformas, este objetivo ainda não foi totalmente concretizado: 41% dos clínicos não estão convencidos de que têm acesso atempado a registos eletrónicos fiáveis dos doentes e cerca de um terço dos doentes (35%) estão preocupados com o facto de os médicos que os tratam não terem acesso aos seus dados de saúde relevantes.

A força de trabalho é definida pelo Burnout

De acordo com o estudo, 42% dos clínicos inquiridos afirmaram estar a pensar em abandonar o setor da saúde, com 39% a revelarem não sentir orgulho na sua profissão.

Nos oito países inquiridos, a remuneração inadequada e o fraco equilíbrio entre a vida profissional e a vida privada foram os principais motivos citados para a saída do mercado de trabalho. Além disso, 47% dos médicos afirmaram que não se sentem totalmente apoiados pela direção.

Os doentes estão a sentir o impacto do esgotamento dos médicos, com 43% a dizer que não se sentem ouvidos pelos médicos e menos de metade (42%) a dizer que os médicos têm empatia com a sua situação pessoal e com a forma como esta afeta o seu tratamento.

Um objetivo unificado

Em termos de visão do futuro, 99% dos médicos concordam totalmente ou de alguma forma com uma definição de futuro em que os doentes e as equipas de cuidados de saúde estão mais intimamente ligadas, numa parceria através de soluções tecnológicas; em que os cuidados de saúde e os tratamentos médicos têm lugar dentro e fora dos ambientes clínicos tradicionais, como em casa dos doentes; e em que o ecossistema de cuidados de saúde é alargado para incluir uma gama mais variada de profissionais de saúde, alguns dos quais que podem estar ausentes atualmente.

Reimaginar uma saúde melhor define um objetivo claro - um sistema de cuidados de saúde mais humano e flexível, para o qual é necessário debate, parcerias e ações entre as partes interessadas: doentes, profissionais de cuidados de saúde, líderes de cuidados de saúde, governantes, líderes da indústria tecnológica e o público.

Doença hereditária rara
Tratando-se de uma doença hereditária rara, causada por uma mutação genética, que afeta o normal des

Ainda que nunca tivesse ouvido falar de XLH, que manifestações clínicas ou sinais que a levaram a procurar o médico, suspeitando de que algo não estaria bem? 

Maria, 66 anos - Os meus pais levaram-me ao médico, por ter as pernas arqueadas. Foi nesse contexto, ainda muito jovem, que soube que sofria de raquitismo. Sempre me foi transmitido que a doença não era hereditária, pelo que, quando soube que a minha filha mais velha sofria da mesma doença, tive um grande choque e senti um grande desespero por não saber como a poderia ajudar.

Quando engravidei da minha segunda filha, tomei suplementos de vitamina D - os mesmos que a minha filha mais velha tomava - para proteger a criança que aí vinha. Só depois do seu nascimento soube que este era um raquitismo renal hipofosfatémico, ligado ao X, de acordo com informação que me foi prestada no Hospital de Santa Maria, onde a minha filha era seguida, na nefrologia.

Laura, 46 anos – Quando eu tinha três meses, o pediatra que me acompanhava no Centro de Saúde diagnosticou-me raquitismo. Informou, desde logo, os meus pais que se sentiram desesperados, sobretudo a minha mãe, com a notícia. Fui encaminhada para o Hospital de Santa Maria, onde o Dr. Coelho Rosa me diagnosticou Raquitismo Renal Hipofosfatémico, ligado ao X. À medida que fui crescendo, a primeira manifestação clínica que tornou evidente o que seria a doença foram as pernas arqueadas. Fui operada, pelo que o problema foi levemente corrigido. Já adulta, fiz um estudo genético para perceber melhor a doença e as possibilidades de transmissão genética.  Decidi não ter filhos, para não contribuir para perpetuar a doença. Até porque a medicação abranda um pouco o agravar da doença, mas não a cura. É uma doença incapacitante. Degenerativa.

Catarina, 18 anos - O facto de começar a andar tarde e quando comecei a andar parecia um pinguim.

Para si, quais foram os principais desafios no diagnóstico da XLH? Como foi receber a notícia de que sofre de uma doença rara e sem cura?  

Maria, 66 anos – Para os meus pais, foi um choque saberem que eu tinha uma doença rara, mas eu sempre vivi com essa realidade. Custou-me mais saber que a minha filha sofria da mesma doença.

Laura, 46 anos – Saber que a doença de que sofro é rara e sem cura não me fez qualquer diferença. O sofrimento de ter as pernas arqueadas e de ter passado por tantas operações já eu o tinha tido. O facto de ter sido dado nome às coisas não abrandou nem agravou a minha perceção da doença.

Catarina, 18 anos - Foi um choque para meus pais pois nunca ouviram falar e não houve nenhum caso parecido na família.

O que é mais difícil de lidar relativamente à XLH? O que espera do futuro?  

Maria, 66 anos – As dores provocadas pela doença e ver as pernas a arquearem novamente, sem poder fazer nada que o possa impedir. De facto, sigo a medicação que me é prescrita pelos médicos, que não impede o agravar dos sintomas. É desesperante perceber que a minha incapacidade se agrava a cada passo e nada a está a parar.

Laura, 46 anos – Aquilo com o que é mais difícil de lidar relativamente à XLH são as limitações em termos de mobilidade. Tenho muito pouca flexibilidade, dificuldade em dobrar os joelhos e em baixar-me. Para além disso, uso prótese porque já perdi alguns dentes. Sei que perderei mais. Tenho dificuldades, que se estão a acentuar, de audição. Sei que a situação se vai agravar. Portanto, espero um futuro difícil em termos de saúde. E, como o que importa é ter saúde, e como as soluções médicas que me são disponibilizadas são apenas de remedeio, para ir lidando com os sintomas, as esperanças vão-se desvanecendo.

Catarina, 18 anos – O mais difícil é ter que levar injeções em 15 em 15 dias. Espero que o futuro traga um novo tratamento para ajudar os próximos que possam vir a ter o XLH.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Ferramenta para identificação de crianças e jovens com pior saúde oral
O projeto da Associação Portuguesa Promotora de Saúde e Higiene Oral (APPSHO) para aumentar a capacidade de diagnóstico da...

Com início em 2022 o projeto vencedor (que propõe o desenvolvimento de  uma ferramenta de IA, escalável e eficiente, para identificação de crianças e jovens com pior saúde oral) resultou da participação da APPSHO no programa Data for Change que capacitou a Associação em temas de ciência de dados (análise e tratamento de dados, desenvolvimento e implementação de modelos de Machine Learning (ML).

Na base do projeto esteve a análise de que as cáries dentárias constituem a doença oral mais prevalente a nível mundial, com cerca de 2 mil milhões de casos. Segundo os últimos dados disponíveis, em 2013/2014, cerca de 68% dos jovens portugueses de 18 anos tinham pelo menos uma cárie ativa, apresentando, em média, 2,5 dentes cariados, perdidos ou obturados (índice CPO-D). A percentagem de alunos de 6 e 12 anos com pelo menos uma cárie ativa foi de 45% e 47%, respetivamente.

Em 2019, estima-se que os custos diretos com saúde oral em Portugal se tenham situado na ordem dos €75,65 per capita. Uma parte desses custos é coberta por programas financiados pelo Estado, como o Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO), designadamente através da emissão de cheques-dentista. De acordo com informação disponibilizada pelo Portal da Transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em 2022, a percentagem de cheques-dentista utilizados em relação ao total de cheques-dentista emitidos para crianças e jovens até aos 18 anos  foi de 64%.

Antes do projeto, a APPSHO avaliou o estado de saúde oral dos estudantes através da realização de rastreios orais efetuados por profissionais de saúde nas escolas. Embora forneça informações precisas e completas sobre o estado de saúde oral dos estudantes, esta é uma opção exigente em termos do tempo, logística e recursos humanos, o que limita a escalabilidade desta opção. Além disso, não associa o estado de saúde oral dos estudantes aos comportamentos que possam estar a contribuir para o problema.

Para dar resposta a este desafio, o projeto procurou identificar os alunos com pior saúde oral através de outra fonte de dados: questionários sobre os comportamentos, crenças e atitudes face à saúde oral, preenchidos pelos próprios alunos.

Trabalhando em parceria com a APPSHO, a equipa da NOVA SBE Data Science Knowledge Center desenvolveu um modelo de ML, através da utilização de dados históricos anonimizados, que relaciona as respostas dos alunos nos questionários e o seu estado de saúde oral, identificando, assim, os padrões comportamentais e de atitude mais frequentemente associados a uma pior saúde oral.

Este processo possibilita não só a identificação de alunos com maior potencial de necessidades de cuidados extra de saúde oral (que podem inclusivamente ser priorizados no encaminhamento para consultas de medicina dentária, através do PNPSO) como também sugerir mudanças de hábitos mais prejudiciais à saúde oral de cada aluno e ainda desenvolver estratégias para potenciar a utilização dos cheques-dentista por esta população.

A utilização destes questionários permite a criação de uma solução acessível e escalável, que pode ser utilizada em qualquer escola do país, destacando-se, neste sentido, o seu potencial de integração com o PNPSO e de reforço para a utilização efetiva dos cheques-dentista emitidos. 

O desenvolvimento do projeto contou com o apoio de um conselho consultivo, que integrou profissionais com reconhecida experiência e conhecimento do setor, sendo de destacar a colaboração de um perito em economia, um investigador um representante de um núcleo escolar e representantes de municipais.

Quase 60% devido a conflitos e violência
No final de 2022, havia 43,3 milhões de crianças em situação de deslocamento forçado em todo o mundo, o maior número de sempre,...

O número de crianças deslocadas das suas casas duplicou na última década, superando a capacidade de inclusão e proteção das crianças refugiadas e deslocadas. A guerra na Ucrânia obrigou mais de dois milhões de crianças ucranianas a fugir do país e deslocou mais de um milhão dentro da Ucrânia.

“O número de crianças forçadas a fugir das suas casas tem aumentado a um ritmo alarmante há mais de uma década e a nossa capacidade global de resposta está sob forte pressão”, afirma a Diretora Executiva da UNICEF, Catherine Russell. “Este aumento reflete o impacto dos conflitos, crises e desastres climáticos em todo o mundo, mas também mostra a resposta insuficiente de muitos governos para garantir que todas as crianças refugiadas e deslocadas internamente possam continuar a aprender, manter-se saudáveis e a desenvolver todo o seu potencial”.

Em 2022, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF)[1], Portugal registou um total de 1.992 pedidos de proteção internacional, incluindo 354 crianças, 83 das quais não estavam acompanhadas. A maioria dos requerentes de asilo em Portugal provém de países como Afeganistão, Índia, Gâmbia e Paquistão. Além disso, somam-se a estes números os 14.111 pedidos de proteção temporária concedidos por Portugal a crianças deslocadas da Ucrânia durante um ano de guerra. 

Beatriz Imperatori, Diretora Executiva da UNICEF Portugal, refere: “Acolher e integrar crianças refugiadas e requerentes de asilo em Portugal é um compromisso de solidariedade e humanidade que reconhecemos e valorizamos. Em paralelo é também uma questão que transcende as fronteiras nacionais e que requer uma resposta conjunta e coordenada a nível internacional. Só assim podemos assegurar a proteção efetiva das crianças em movimento e o seu acesso aos direitos fundamentais que lhes são devidos.”

“As crianças refugiadas e requerentes de asilo em Portugal, enfrentam vários desafios para a sua integração, como a barreira linguística, a discriminação, a falta de oportunidades educativas e profissionais, o risco de pobreza e exclusão social. É fundamental que estas crianças sejam acolhidas com dignidade e respeito pelos seus direitos, que tenham acesso aos serviços essenciais que lhes permitam desenvolver o seu potencial e contribuir para a sociedade portuguesa”, conclui a responsável.

Causas e consequências do deslocamento

Dos 43,3 milhões de crianças que estavam em situação de deslocamento forçado no final de 2022, quase 60% (25,8 milhões) foram deslocadas internamente devido a conflitos e violência. O número de crianças refugiadas e requerentes de asilo também atingiu um novo recorde de 17,5 milhões, sem contar com os recém-deslocados em 2023, incluindo pelo conflito no Sudão, que afetou mais de 940 mil crianças até agora. Além disso, eventos climáticos extremos, como as cheias no Paquistão e a seca no Corno de África, resultaram em mais 12 milhões de deslocamentos de crianças ao longo de 2022.

As consequências do deslocamento são devastadoras para as crianças. As crianças deslocadas internamente e as refugiadas estão entre as mais vulneráveis. Muitas não têm acesso à educação e aos cuidados de saúde, não são vacinadas regularmente e não beneficiam de proteção social.

Para muitas crianças, o deslocamento é cada vez mais prolongado. A maioria das crianças deslocadas hoje passará toda a sua infância longe das suas casas. Prevê-se que o deslocamento induzido pelas alterações climáticas aumente rapidamente se não houver uma ação urgente para mitigar o aquecimento global e preparar as comunidades mais afetadas pela crise climática.

Soluções para as crianças em movimento

A UNICEF apela aos governos que não deixem nenhuma criança para trás, reconhecendo "as crianças refugiadas, migrantes e deslocadas como crianças em primeiro lugar – com direito à proteção, inclusão e participação". "Fornecer vias seguras e legais para as crianças se movimentarem, procurarem asilo e reunirem-se com as suas famílias, garantindo que nenhuma criança seja detida ou devolvida devido ao seu estatuto migratório, a menos que o retorno tenha sido determinado como sendo do melhor interesse da criança. Reforçar os sistemas nacionais de educação, saúde, proteção infantil e proteção social para incluir crianças deslocadas sem discriminação e investir em sistemas nacionais de proteção infantil para melhor proteger as crianças em movimento em risco de exploração e violência, especialmente as crianças não acompanhadas.

E por úlimo "ouvir e envolver de forma significativa as crianças deslocadas na procura de soluções sustentáveis e inclusivas que possam ajudá-las a realizar todo o seu potencial". 

“A Linguagem da Fertilidade”
Embora se fale mais hoje sobre infertilidade do que há uma ou duas décadas, nem sempre é com as palavras certas e o tom...

Para Joana Folgado, uma das fundadoras da Associação Vida Mais Fértil e coach de fertilidade, “não basta dar visibilidade ao problema da infertilidade e encará-lo como uma realidade, mas é preciso observar toda a sua dimensão e perceber que os aspetos emocionais são essenciais na perceção da pessoa infértil”. Daí a necessidade de criar um manifesto, para acabar com generalizações sobre o tema, com expressões menos felizes, conselhos paternalistas e linguagem inadequada. 

A linguagem que a sociedade usa coletivamente para descrever problemas relacionados com questões de fertilidade e o aborto pode ter um impacto enorme nos sentimentos da pessoa que vive este desafio, nas escolhas que faz e nos seus resultados. 

O Manifesto contém testemunhos de quem enfrenta ou passou pela infertilidade e exemplos em que a linguagem utilizada pelos profissionais de saúde, jornalistas, família ou amigos teve um impacto emocional negativo. Mas o Manifesto desafia também a sociedade a abraçar compromissos para dizer o mesmo de forma mais empática, para que o problema não seja vivido com dor e solidão. 

“Sentimos que é nossa obrigação, estar ao lado das mulheres e de todos aqueles que gostariam de poder falar sobre os seus problemas com a gravidez sem comentários inapropriados ou silêncios incómodos”, explica  Filipa Santos, psicóloga do IVI Lisboa. A especialista defende que é preciso valorizar as emoções e não disfarçar o impacto da infertilidade. “Temos de ter em consideração que estas pessoas, mulheres e homens, que não podem ter um filho naturalmente, são as principais afetadas. E negar esta condição, mais do que desconforto, gera frustração, dor e sentimento de incompreensão”, sublinha.

Em termos genéricos, a infertilidade pode ser definida como a incapacidade de se alcançar uma gravidez após 12 meses de tentativas de conceção sem recurso a qualquer meio anticoncecional, nos casos em que a mulher tenha uma idade inferior a 35 anos. O Dr. Samuel Ribeiro, especialista em medicina da reprodução e coordenador científico do IVI Lisboa, explica que, se a mulher tiver uma idade superior, este período é reduzido para seis meses.  

Neste contexto, e tendo em conta que a quantidade e a qualidade dos ovócitos diminuem consideravelmente a partir dos 35 anos e que há uma idade limite para a mulher poder aceder a tratamentos de Procriação Medicamente Assistida (PMA) – 50 anos, tanto para o SNS como em clínicas privadas – é de extrema importância despistar eventuais problemas de fertilidade no casal o mais precocemente possível.   

Estima-se que 15 a 20% da população em idade reprodutiva tem dificuldade em engravidar. E segundo um relatório do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida, de 2020, 3,3% das crianças nascidas em Portugal, nesse ano, nasceram com recurso a tratamentos de procriação medicamente assistida. 

Aceda ao  Manifesto “A Linguagem da Fertilidade” e assuma também o compromisso de abordar as questões relacionadas com a fertilidade de forma mais ajustada e empática.  

23 de junho
É já no próximo dia 23 de junho que a Joaquim Chaves Saúde vai promover a II Reunião Clínica de Ortopedia, especialmente...

Inserida nas CORE Sessions, esta iniciativa faz parte de um ciclo de eventos científicos para partilha de conhecimento, conduzidos por profissionais de saúde de diferentes especialidades e realizados no Auditório do Edifício CORE, da Joaquim Chaves Saúde, em Carnaxide.

Dedicada à Ortopedia, uma especialidade médica que diagnostica e trata a patologia dos ossos, músculos, ligamentos e articulações (elementos do sistema musculoesquelético) em todos os grupos etários, a II Reunião Clínica de Ortopedia pretende ser um espaço de partilha de experiências, projetos e realidades, permitindo a criação das sinergias e ferramentas necessárias entre diferentes especialidades médicas para a evolução do serviço prestado nas unidades do Grupo Joaquim Chaves Saúde.

Com início às 17h00, a sessão conta com abertura por parte da Dr.ª Bárbara Campos e Dr. João Strecht seguida da participação de vários especialistas na área da Ortopedia e Radiologia para abordar temas como a Instabilidade Femoropatelar, a Rizartrose ou o Canal Lombar Estenótico.

Para conhecer o programa desta CORE Session em detalhe e fazer a sua inscrição no evento, aceda ao link: II Reunião Clínica de Ortopedia

 

 

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia
O solstício de verão acontece todos os anos a 21 de junho e marca a chegada do tempo quente e das fé

A pele não é a única a que deve dar atenção quando as temperaturas estão mais altas. Também os seus olhos precisam de um cuidado especial para manter uma boa saúde ocular. Se já está de olhos postos no verão, há sete conselhos que deve pôr em prática para proteger a sua visão, como:

  1. Use óculos escuros e uma proteção complementar: Os raios solares são prejudiciais para a saúde ocular e podem contribuir para o desenvolvimento de tumores malignos da pele e do olho. No verão, a radiação solar é ainda mais intensa, pelo que é importante evitar expor-se ao sol nas horas de maior calor, quer diretamente, quer por reflexão da mesma em superfícies, como o mar ou o areal da praia. Durante o dia, utilize sempre óculos escuros, com máxima proteção UV possível, mesmo quando se encontra à sombra ou o tempo estiver nublado. Para prevenir as queimaduras solares e melanoma e minimizar o prurido (comichão) e a sensação de irritação nos olhos, além da utilização de óculos de sol, é ainda recomendado o uso de bonés e chapéus de aba longa.
  2. Lubrificação nos olhos é essencial: Com o calor, sal do mar e cloro da piscina, os olhos ficam mais secos. Para prevenir irritações ou infeções lembre-se de ter consigo um colírio lubrificante para aplicar quando for necessário. Nas idas à praia deve ter cuidado com a areia. Caso esta entre em contacto com os seus olhos, evite esfregar e limpe com água abundante ou soro fisiológico.
  3. Cuide das suas lentes de contacto: Geralmente, não existem problemas associados à utilização de lentes de contacto na prática de desporto. Relativamente ao seu uso na praia, nos dias de verão, recomenda-se que tenha um cuidado especial com a sua higienização e use preferencialmente lentes de uso diário. Deve evitar a utilização de lentes em piscinas, lagos ou águas estagnadas.
  4. Cuidado antes e depois de nadar: A água do mar, rios ou piscina pode conter diversas bactérias, microrganismos e outros resíduos que podem ser prejudiciais para os nossos olhos. Caso queira abrir os olhos debaixo de água, utilize óculos de mergulho ou natação de forma a reduzir o risco de infeções ou irritações oculares. Se não usar óculos, evite abrir os olhos debaixo de água. Para quem utiliza lentes de contacto é recomendado retirá-las antes dos mergulhos, reduzindo o risco de contaminações por microrganismos presentes na água.
  5. Evite o contacto direto do protetor solar ou outros produtos com os olhos: A utilização de protetor solar é fundamental para a proteção da nossa pele, mesmo a que existe em redor dos olhos. Importa ter cuidado com a sua aplicação, uma vez que o protetor solar pode causar irritação em contacto direto com os nossos olhos. O mesmo cuidado deve ser tido em conta com outros produtos, como protetores de cabelo, que têm produtos químicos na sua composição. Se por alguma razão, o produto escorrer ou entrar nos olhos, é crucial que lave imediatamente os olhos com água em abundância. Se for possível, utilize protetores que sejam adequados para o rosto e resistentes à água.
  6. Cuidado com as conjuntivites: A conjuntivite alérgica pode ocorrer em várias épocas do ano, mas ocorre com maior frequência nas estações quentes devido às temperaturas, ao clima seco e aos níveis de pólen das plantas. No caso da conjuntivite infeciosa, bacteriana ou vírica, é necessário evitar o contacto próximo com uma pessoa que esteja com conjuntivite, ou o contacto com objetos contaminados, tais como óculos de sol, toalhas de praia, camisolas ou roupas de cama.
  7. Consulte um médico oftalmologista regularmente, inclusive nas férias de verão: Consultar um médico oftalmologista é extremamente importante e deve acontecer ao longo da vida. Mesmo sendo verão, não descure das idas às consultas de oftalmologia. As necessidades e assiduidade vão depender da sua idade, histórico familiar ou presença de doenças que necessitem um maior acompanhamento. Lembre-se que a prevenção e o diagnóstico precoce de algumas doenças oculares podem aumentar a probabilidade de que o tratamento seja bem-sucedido.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Conferência Internacional
No âmbito do Transforma – Programa para uma Cultura Inclusiva do Alentejo Central, a CIMAC irá realizar uma Conferência...

A Conferência irá contar com oradores nacionais e internacionais, especialistas que apresentarão evidências do sucesso da prescrição médica de atividades culturais e artísticas na melhoria dos níveis de saúde e bem-estar dos cidadãos.
O programa da conferência está disponível em https://www.cimac.pt/transforma/,

Nesta conferência vão ser apresentados modelos de cruzamento de várias áreas como boas práticas no contexto internacional e nacional e será feito um enquadramento à luz das políticas de saúde públicas nacionais. Será revelada uma fotografia da Saúde Mental no Alentejo e no país e será ainda apresentado o projeto de prescrição cultural em implementação em 8 dos 14 municípios do Alentejo Central.
 
Relacionada com a implementação do Projeto de Prescrição Cultural, a temática da conferência pretende trazer ao debate público uma abordagem multidisciplinar sobre problemáticas no âmbito da Saúde, em concreto as de Saúde Mental, o que implica e resulta na criação de redes de parcerias entre os setores cultural, municipal e cuidados de saúde primários. Os oradores estrangeiros irão demonstrar as práticas e os números do que já se encontra, há muito, a ser implementado na Europa nesta matéria.
 
Tratando-se a prescrição cultural de um projeto experimental dentro do Transforma, a CIMAC pretende lançar o desafio da introdução de uma lógica de utilização de recursos existentes nos três setores referidos, com a Cultura e o seu tecido a destacarem-se na construção de comunidades saudáveis, sendo este o grande mote para a realização do evento.
 
O Transforma é um programa financiado pelo Fundo Social Europeu – Alentejo 2020, e pretende estabelecer uma abordagem diferenciadora na forma como a cultura pode ser geradora de coesão e inclusão social, de crescimento económico, de práticas ambientais sustentáveis, numa lógica de cidadania participativa e de proximidade territorial.

Apenas 5 a 10% dos cancros identificados têm origem hereditária
O auditório do Museu do Oriente vai ser palco, entre os dias 22 e 23 de junho, da segunda edição do Lusíadas Oncology Summit...

As doenças oncológicas têm, atualmente, um elevado impacto na sociedade e o aparecimento de novos casos continuam a aumentar, todos os anos. Segundo a American Cancer Society, estima-se que apenas 5 a 10% dos cancros identificados tenham origem hereditária, resultando os restantes casos de alterações genéticas provenientes de fatores ambientais e de estilos de vida pouco saudáveis. Por isso, a importância da visão holística do doente oncológico é hoje uma preocupação crescente da comunidade científica.

Para debater este tema, o evento irá reunir vários profissionais de saúde de renome, cuja partilha de conhecimento e de experiências será essencial para desenhar o futuro da prevenção, do diagnóstico e do tratamento na área da Oncologia.

O evento conta com um programa científico diversificado, onde serão abordados temas como, o acesso e a inovação, tromboembolismo, cardioncologia, cancro do cólon e reto, cancro hematológico, cancro da mama, cancro do pulmão e cancro do urotélio, apresentados num formato interdisciplinar que visa promover o conhecimento, a inovação e a criação de valor. Vão existir ainda quatro simpósios satélite patrocinados, que abordam temas atuais e inovadores.

 

Aplicação é gratuita funcionando como rede social
Muitas dúvidas e pouca informação credível e confiável. Este é um dos problemas que mais afeta a maioria dos doentes que sofrem...

“Por vezes falamos de doenças tão raras que chegam a existir menos de 3 por mil pessoas em países como em Portugal com o mesmo problema”, explica Rodrigo Pimenta, mentor da aplicação lançada em 2022 e que agora entra em total funcionamento. Segundo explica, mais do que aceder a informação sobre a doença, “a maior dificuldade destas pessoas passa ter forma de resolver pequenos problemas do dia a dia, como onde deixar os filhos nas férias escolares, cuidadores informais para que não precisem de faltar ao trabalho ou até se despedirem”. E, por isso, estão mais predispostas para integrar esta rede, mais focada num tema específico, ao contrário do que sucede nas redes sociais tradicionais, onde tudo é partilhado e debatido.

A RTG – Rares Together foi criada por um pequeno grupo de pessoas, entre familiares e profissionais de saúde, envolvidos com crianças com necessidades especiais e doenças raras. Rodrigo Pimenta, criador da RTG, admite que “o isolamento do doente é uma realidade”. Por isso, “a vivência de cada um pode ser fundamental para outros doentes e seus familiares, pois uma simples troca de informação pode contribuir para uma grande melhoria ou mesmo a satisfação de alguém”, acrescenta.

A aplicação é gratuita e está acessível a qualquer pessoa a partir das lojas online da Google ou Apple. Na fase de registo, basta preencher um breve questionário para que a aplicação possa perceber qual é a doença e a necessidade de cada utilizador, bem como as informações que procura no dia a dia. “Essas poucas, mas importantes informações, são primordiais para que a app possa ‘apresentar’ e envolver os utilizadores uns aos outros”, diz Rodrigo Pimenta, explicando ainda que a navegação é bastante intuitiva.

Ao contrário das redes sociais generalistas, esta comunidade funciona num ambiente um pouco mais controlado e onde uma das preocupações está relacionada com a qualidade e veracidade da informação partilhada. “Os utilizadores têm elementos visuais identificativos, que ajudam a facilmente perceber se quem está a partilhar uma informação é doente, familiar ou profissional de saúde”, acrescenta Rodrigo Pimenta.

O criador da RTG explica que é dado um peso diferenciado à partilha de conteúdo qualificado, pelo que “a aplicação possui um botão de denúncia que rapidamente leva a que a partilha fique suspensa até ocorrer uma verificação por profissionais da área que fazem parte de um pequeno Conselho”. Se se confirmar que a informação é falsa, a partilha é removida e o utilizador alvo de uma advertência. Se houver reincidência, o utilizador é banido da rede. “Não se trata de censura, mas de garantir que a informação que chega aos utilizadores é realmente fiável”, frisa.

Rodrigo Pimenta recorda que “estamos a falar de doentes que já sofrem muito com a falta de acesso à informação e tratamentos, e que não podem ser ‘massacrados’ com mais desinformação”. Diferente, assevera, é se a informação se reportar “a uma linha de pensamento, teses ou tratamentos diferenciados e, nesses casos, são positivos e não são passiveis de serem considerados denúncia”.

Atualmente a RTG – Rares Together está disponível apenas em formato móvel. No entanto, os criadores estão a trabalhar para, a médio prazo, alargarem a presença da RTG e “universalizar as experiências e os conhecimentos”. Sem qualquer vertente comercial envolvida no projeto, até porque todo o investimento até ao momento foi financiado pelos criadores da aplicação, amigos e familiares, o objetivo a prazo passa por desenvolver a aplicação de desktop. Neste momento, o objetivo passa por angariar apoios através de patrocínios na rede por parte de possíveis interessados em apresentar os seus produtos ou serviços e conteúdos, como é o caso da indústria farmacêutica, de laboratórios e empresas na área da Saúde. “Não procuramos investidores, apenas patrocinadores e apoiantes”, salienta Rodrigo Pimenta.

Adicionalmente, sustenta, “é também pedido a estes players que alimentem a aplicação e disponibilizem conhecimento e informações que possam melhorar a qualidade de vida dos doentes, dos seus familiares e cuidadores, profissionais de saúde e de educação especial”.

Rodrigo Pimenta espera que “a aplicação possa chegar a cada vez mais pessoas, pois não podemos ficar sempre à espera de que o Estado e os governos resolvam todos os problemas”. “A Sociedade deve também assumir a sua missão de proteger e apoiar os familiares, amigos e cuidadores dos doentes e, mais particulares, as pessoas que padecem de doenças raras e transtornos como autismo, Transtorno Desafiador de Oposição ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), além da síndrome de Down”, frisa. Essa é, aliás, outra das “grandes razões de existir da RTG – Rares Together”.

Campanha “Nós percebemos”
O Ispa-Instituto Universitário vai lançar esta segunda-feira uma nova campanha digital para atrair novos alunos para o próximo...

Com uma comunicação e linguagem adaptadas a um público jovem, o Ispa assume o claim “Nós percebemos”, onde assume um posicionamento de Conhecimento sobre a forma de gestão da frustração de não compreender alguns comportamentos e poder atuar sobre eles.

“O Ispa-Instituto Universitário tem as ferramentas essenciais para poder ensinar a contornar certos comportamentos do dia a dia, como uma anorexia ou a obesidade, a birra duma criança num supermercado e gestão de emoções”, Miguel Roque Dias, gestor de comunicação do Ispa.

A Campanha chega ao Instagram e Tik Tok a partir de 19 de junho, com imagens fortes e que se relacionam com o quotidiano dos jovens.

De acordo com o gestor de comunicação do Ispa-Instituto Universitário, “Os meios digitais oferecem uma oportunidade única para conseguirmos conectar com os jovens de forma eficiente, relevante e interativa. Os jovens estão constantemente ligados às plataformas digitais. Eles são uma parte integrante da vida da instituição e, portanto, este caminho deve ser explorado para construir uma relação com estes jovens, dando a conhecer as nossas ofertas e o reconhecimento da nossa instituição. Portanto, é fundamental ter uma presença forte e estratégica nestes canais”.

A campanha conta com a criatividade da agência Stream and Tough Guy.

 

6 e 7 de julho em Coimbra
A Sociedade Portuguesa de Oncologia realiza nos próximos dias 6 e 7 de julho em Coimbra, o BEST OF ASCO 2023, um evento inédito...

Além de reconhecida mundialmente, esta reunião anual assinala uma nova oportunidade de destaque para a área oncológica nacional contribuindo para uma maior visibilidade dos mais recentes progressos nos cancros da mama, ginecológico, pulmão, pâncreas e vias biliares, esófago-gástrico, cabeça e pescoço, pele, cólon e reto, entre outros. Para isso,  contará com a moderação e preletores das várias unidades de Oncologia do país, representando assim toda a comunidade oncológica. As intervenções permitirão discutir de que forma é que os resultados dos estudos apresentados no maior Congresso Mundial de Cancro serão transpostos para a prática clínica portuguesa. Sendo uma reunião oficial e licenciada pela ASCO todos os participantes terão acesso aos materiais dos estudos.

Cerca de 21 em cada 100 homens e 18 em cada 100 mulheres aos 75 anos, terão desenvolvido cancro. A nível mundial, e no ano de 2020, ocorreram cerca de 19,3 milhões novos diagnósticos de cancro, prevendo-se que, em 2040, este número aumente para 30,2 milhões. Embora o número de diagnósticos oncológicos tenha vindo acrescer, a sobrevivência dos doentes com cancro também tem registado um aumento significativo, dada a melhoria na deteção precoce e as evoluções no tratamento, além dos estudos profundos na área que têm permitido alcançar novas conclusões preponderantes ao promissor futuro do doente.

“A reunião, “Best of ASCO”, é mundialmente reconhecida pela sua excelência científica. A oportunidade que confere de discutir os estudos de maior relevância apresentados na conferência da American Society of Clinical Oncology (ASCO), desse ano, é considerada por todos os participantes como uma mais-valia. (…) Temos a forte convicção que será um marco indelével”, refere Miguel Abreu, presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia e membro da comissão organizadora desta iniciativa, a par de outros dois colegas da Direção da SPO, a Drª Cátia Faustino, do Instituto Português de Oncologia do Porto e o Porf. José Luís Passos Coelho, do Hospital da Luz de Lisboa.

As inscrições encerram no dia 23 de junho sendo que os profissionais de saúde que pretendam assistir devem registar a sua inscrição em http://www.sponcologia.pt/bestofasco, website oficial do evento onde pode ser consultada mais informação de relevo.

Dias 21 e 28 de junho
Nestes eventos gratuitos e online, as grávidas vão poder aprender a preparar a mente para o parto, descobrir dicas para a muda...

Muitos casais ambicionam criar a sua família, mas não sabem exatamente o que esperar desta nova fase, principalmente aqueles que vão ser pais pela primeira vez. No mês de junho, as Conversas com Barriguinhas organizam duas sessões online, nos dias 21 e 28, para ajudar estes casais a prepararem com confiança o parto e a rotina familiar depois da chegada do bebé.

O momento mais aguardado pelas grávidas, o parto, exige muito da mulher a nível físico, e, por isso, é essencial que a hormona do amor, também conhecida por oxitocina, esteja ativa nesta altura para impulsionar a dilatação do colo do útero, auxiliando a expulsão do bebé. Para ajudar as futuras mães a prepararem-se emocionalmente para o parto, a enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia Teresa Coutinho vai estar presente na sessão do dia 21 de junho, pelas 21h00, explicando como podem construir o seu kit de oxitocina.

Neste dia, a enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia Núria Durães também vai marcar presença para dar a conhecer o guia completo da muda da fralda, para manter o bebé limpo, confortável e livre de assaduras.

Com a mudança de corpo, provocada pela gravidez, muitas mulheres não sabem o que vestir em ocasiões especiais, como as festas. Por isso, a consultora de imagem e estilo Cristiana Silva vai explicar como criar looks para brilharem e arrasarem na gestação.

Já no dia 28, pelas 21h00, o pediatra Manuel Magalhães vai explicar aos pais como se processam os primeiros dias do recém-nascido em casa, um tema muito procurado pelos pais, uma vez que surgem muitas dúvidas a partir do momento em que saem do hospital e ficam sozinhos, pela primeira vez, com o bebé.

Fugir à rotina e ter uns dias de férias é sempre muito benéfico, mas com um bebé, que gosta e precisa de rotina, pode ser um pouco mais desafiante. Para ajudar os pais a planearem as férias com o seu bebé, estará presente a enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia Bárbara Sousa.

Ainda nesta sessão, Rafaela Peixoto, a fundadora de sling dance, vai mostrar às grávidas e recém-mamãs esta modalidade de dança para ser realizada com os seus bebés e explicar os seus efeitos.

A Crioestaminal também vai marcar presença em ambas as sessões, com a conselheira em células estaminais Joana Gomes e a responsável pelo departamento de Investigação e Desenvolvimento, Carla Cardoso, que vão explicar como se processa a adesão ao serviço de criopreservação e as várias potencialidades terapêuticas das células estaminais.

Uma das participantes nos eventos online de junho vai ter a oportunidade de receber um kit de proteção de praia, que engloba uns óculos de sol para adultos, um bikini bag, assim como um leite de proteção solar de SPF50+ de rosto. As inscrições estão disponíveis nas plataformas.

Sessão online e gratuita
A Mamãs Sem Dúvidas vai realizar no dia 22 de junho, entre as 18h00 e as 18h30, uma nova edição do “Barrigas Ativas” dedicada a...

Susana Lopes, Professora de Yoga e Fundadora do projeto Yoga&Maternidade, vai dedicar esta sessão a exercícios que permitam controlar e reduzir os níveis de ansiedade nas grávidas.

A sessão decorre exclusivamente em formato online e a inscrição é gratuita, mas obrigatória.

Faça aqui a sua inscrição gratuita - https://mamassemduvidas.pt/ciclo/

 

Dia Mundial da Consciência Sobre Doença Falciforme
A anemia falciforme, também denominada de drepanocitose, é uma doença genética do sangue associada à

Esta condição hereditária apresenta ligação a complicações com alguma gravidade, nomeadamente a destruição dos glóbulos vermelhos (anemia), impedindo o transporte adequado de oxigénio para os órgãos. Por esse motivo, de acordo com os dados da Associação Portuguesa de Pais e Doentes com Hemoglobinopatias (APPH), evidencia-se que a esperança média de vida destes doentes é de 40 anos.

Sobre a sua sintomatologia, a maioria dos indivíduos com a alteração genética não apresenta sinais, nem qualquer tipo de doenças. Ainda assim, a chance de ser afetado não é descartada e manifesta-se através de quadros de crises dolorosas, inchaço e fadiga crónica, motivada pelo bloqueio dos vasos sanguíneos, alguns dos grandes alertas para procurar diagnóstico.

No que diz respeito ao tratamento, os doentes identificados estão sujeitos a transfusões de sangue regulares, terapias intravenosas e toma de medicação, mas a deterioração gradual do organismo continua a ser um cenário comum, que pode ser evitado com planificação das gravidezes, através da testagem dos pais e do bebé.

Idealmente, aconselha-se que a pesquisa sobre os progenitores seja feita anteriormente à conceção ou nos primeiros meses de gestação, recorrendo a recolhas de sangue periférico, teste de hemoglobinopatias e testes genéticos. Se existir presença da anemia falciforme em ambos os pais, deve-se proceder à realização de amniocentese ou colheita das vilosidades coriónicas no feto, de modo a detetar se este foi ou não afetado.

Com a adoção destes cuidados prévios, existirão mais oportunidades para os portadores diminuírem o risco de terem um filho doente, contudo, já existe uma luz ao fundo do túnel para a doença, com a ajuda do potencial das células hematopoéticas. Deste modo, é possível curar a anemia falciforme com o transplante hematopoético, que utiliza as fontes de células estaminais hematopoiéticas da medula, sangue periférico ou do sangue do cordão umbilical de um doador compatível, destacando-se o papel dos irmãos, visto que 30% dos agregados familiares apresentam irmãos compatíveis.

Porém, só é dada luz verde a esta terapia alternativa se o familiar ou doador tiver o sangue do cordão umbilical armazenado num banco de sangue. Esse foi o caso de Kamsiyochukwu Bryan Peter Ezenwa, um menino nigeriano que foi curado através da junção do regime de quimioterapia com o transplante de células estaminais do sangue do cordão umbilical do irmão mais novo, no ano de 2018. Desde aí que a sua mãe relata que Ezenwa não sofreu de mais crises nem sintomas.

Sem dúvida que preservar o sangue do cordão umbilical é uma opção a considerar, especialmente devido aos seus pontos fortes: estar imediatamente disponível para utilização clínica nos bancos de armazenamento e não necessitar de um nível de compatibilidade tão elevado, o que se traduz numa taxa de rejeição de transplante menor. Em contrapartida, o sangue do cordão umbilical apresenta um número limitado de células estaminais, o que pode exigir uma recuperação mais lenta ou infusão de mais uma unidade de sangue, devidamente preservada.

Lembre-se que preservar as células estaminais nunca é um desperdício de recursos, mas sim uma forma de prevenir cenários onde o leque de tratamentos disponível é reduzido. Neste Dia Mundial da Consciência Sobre Doença Falciforme, pense no futuro da sua família e coloque a saúde em primeiro plano. Previna para não ter de remediar, desde o primeiro minuto de vida.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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