Estudo
Um novo estudo da DECO PROTESTE, a maior organização portuguesa de defesa dos consumidores, analisou o preço de um cabaz de 26...

Desde que os medicamentos não sujeitos a receita médica deixaram de ser vendidos exclusivamente nas farmácias (passando, também, a estar disponíveis noutros pontos de venda autorizados, tais como em supermercados e parafarmácias), o preço deixou de ser fixado pelo Estado. Desde então, a diferença de preços entre as grandes superfícies e as farmácias tem sido constante.

Alguns exemplos – Ben-u-ron, Daflon, Voltaren, que são alguns dos medicamentos mais vendidos em Portugal. Assim, de acordo com esta análise, foi possível verificar que o Ben-u-ron (500 mg) custava 2,52€ em média num hipermercado e, 2,79€, em média, na farmácia.

Já o Daflon (1000 mg) custava 18.84€ em média num hipermercado e, 21,36€, em média, na farmácia.

Quanto ao Voltaren Emulgelex Gel (20 mg/g), uma embalagem de 180g custava 21.35€ em média nas parafarmácias e, mais dois euros (23,36€, em média), na farmácia.

Estes são três dos 26 medicamentos que compõem a amostra do estudo. Segundo dados do Infarmed, as farmácias continuam a deter o maior volume de vendas (78% do mercado).

No entanto, na esmagadora maioria dos casos, o consumidor poupa mais se optar por comprar nos espaços de saúde dos hipermercados ou supermercados – aqui, os 26 medicamentos analisados custam no total cerca de 218€, em contraponto com as parafarmácias de rua (232€), e com as farmácias e farmácias online (245€ e 252€, respetivamente).

Diferenças por distrito

O mesmo medicamento, de acordo com a DECO PROTESTE, pode sofrer uma variação de preço considerável de distrito para distrito.

Em Castelo Branco e Guarda, o cabaz custa em média 210€. Já em Beja, a média atinge os 252€. Traçando a média para Portugal Continental, estes 26 medicamentos custariam 237 euros.

“Na verdade, a diferença de preços entre as grandes superfícies e as farmácias tem sido constante ao longo dos anos. Foi exatamente o que aconteceu entre 2018 e 2023: a percentagem situa-se nos 14%, entre os preços praticados nas farmácias e os que as parafarmácias nas grandes superfícies apresentam. No entanto, existem exceções à regra e nem todas as parafarmácias responderam ao inquérito que serve de base ao teste. O consumidor deve estar atento para fazer as escolhas mais económicas”, alerta Susana Santos, Coordenadora da área da saúde da DECO PROTESTE.

“Este é um problema que se adiciona a outro”, acrescenta a mesma responsável. “O inquérito comparou os preços deste ano com os de 13 produtos analisados em 2018 e, em média, todos os medicamentos estão mais caros. Por exemplo, o Trifene 200, 20 comprimidos, que está 89% mais caro em 2023 por comparação com 2018. No atual momento de estrangulamento financeiro, estas variações de preço podem ser decisivas para que um consumidor possa ou não comprar medicação”, conclui.

Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra o Idoso
Nunca é demais a sensibilização para este dia e para uma população que se apresenta cada vez mais en

Tendo em conta a correria em que se vive nos dias de hoje, a prontidão com que tudo tem de ser feito, a impaciência para imprevistos e entraves faz com que haja uma menor tolerância face àquele que precisa de mais atenção, cuidado e apoio. Devido a estas exigências que a sociedade incute parece deixar de haver espaço para se compreender o outro, marginalizando-o. Por vezes até mesmo no seio de uma família regista-se uma maior reatividade, impaciência e irritabilidade face aos comportamentos e necessidades dos pais ou avós. A disponibilidade para ajudar e alocar tempo é visto como um problema. Até as falhas de memória, que levam à repetição de perguntas, deixam de ser bem aceites. É neste âmbito que podem começar a surgir comportamentos ou verbalizações mais agressivas e/ou violentas face ao idoso.

Fora do contexto familiar e quando se procura ajuda, por não haver forma de acompanhar a situação, torna-se difícil encontrar um lar ou um serviço de acolhimento cujos valores e princípios básicos prevaleçam acima de tudo. Infelizmente, há registo de violência física e verbal nestes contextos ou por outro lado um excesso de medicação como forma de atenuar a expressão do idoso. Este cenário é inconcebível. Estamos a falar de instituições que provocam enormes encargos financeiros a uma família e que nem sempre garantem aquilo que prometem. Cuidadores supostamente qualificados por vezes são os primeiros a corromper com os direitos humanos do idoso em questão. Julgo também ser fundamental falar-se da falta de uma rede de apoio psicológico não só para os idosos, mas também para os seus cuidadores (familiares e profissionais). Uma parte da percentagem destas ocorrências pode dever-se a um desgaste físico e mental, uma vez falando-se de funções de enorme exigência, que pode até levar a quadros de Burnout.

Por todos estes motivos e mais alguns, ser idoso é continuar a ter o direito de ser um ser humano como qualquer um. Desenvolver a capacidade de empatizar é cada vez mais urgente não esquecendo que todos nós um dia também seremos idosos e que merecemos sê-lo com dignidade até aos últimos dias das nossas vidas.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“Re-Humanize Our World”
Gerard Ryle (Pulitzer 2017), Richard Roberts (Nobel da Medicina 1993) e Aaron Ciechanover (Nobel da Química 2004) são alguns...

“Re-Humanize Our World” é o tema deste ano, a partir do qual líderes mundiais influentes em diversas áreas de especialidade são convocados a partilhar a sua ciência e a sua experiência com todas as gerações, desafiando-as a pensar e a agir, no presente e no futuro, com consciências mais formadas.

Gerard Ryle, Diretor do International Consortium of Investigative Journalists (ICIJ) e vencedor de mais de 50 prémios internacionais, incluindo um Emmy e um Pulitzer em 2017, ganho em equipa, irá participar logo no primeiro dia do evento, partilhando a sua experiência na área do jornalismo de investigação e o contributo do verdadeiro jornalismo para construir uma sociedade mais justa e equitativa.

Sir Richard Roberts, vencedor do Prémio Nobel da Medicina em 1993 e Aaron Ciechanover, vencedor do Prémio Nobel da Química 2004, integram os debates dos dois dias de conferências contribuindo com as suas experiências para a discussão sobre como a pobreza e as alterações climáticas podem influenciar o acesso a cuidados de saúde e intervir nas condições de saúde mental da população mundial. Sir Richard Roberts, mais especificamente vai defender como os Organismos Geneticamente Modificados (GMOs) podem contribuir decisivamente para o combate da fome em geografias como o continente africano, posição que é defendida por 155 Prémios Nobel.

A estes três nomes, reconhecidos internacionalmente, juntam-se, ainda, Sameera Chukkapalli, Líder da Fundação Obama, e Erden Eruç, a primeira pessoa a completar a circunavegação da Terra totalmente a solo e exclusivamente movida por força motriz humana. Ambos sobem a palco para ajudar a refletir sobre como travar a devastação da Terra, bem como discutir formas de cooperação para uma ação conjunta na defesa das comunidades e dos recursos naturais do planeta.

Outro nome já confirmado é o de Alexandra Palt, da L'Oreal Foundation. Advogada de formação, Alexandra, especializou-se em direitos humanos e trabalhou para a Amnistia Internacional na Alemanha.  João de Macedo será outro orador de peso. Surfista de ondas gigantes com palmarés internacional, é ambientalista e co-fundador da organização Save The Waves Coalition.

“As Conferências do Estoril têm um papel muito importante por inspirarem todas as gerações e nos desafiarem, enquanto comunidades estratégicas da sociedade, a construir um mundo melhor, mais justo e equitativo.  Estamos empenhados em sensibilizar todas as gerações e em provocar um pensamento crítico sobre as realidades à nossa volta, principalmente junto dos mais jovens, pois só desta forma podemos colaborar na mudança que o mundo tão urgentemente precisa” afirma a Diretora Executiva das Conferências do Estoril, Laurinda Alves, acrescentando” queremos ser um dos motores de mudança explorando novos caminhos para um futuro mais sustentável e humanizado”.

 

CHUC é o único Centro de Referência Europeu – EuroBloodNet – no país, para o diagnóstico, tratamento e seguimento dos doentes
No próximo dia 19 de junho, celebra-se o Dia Internacional da Drepanocitose, também conhecida como Anemia Falciforme, doença do...

A Drepanocitose é reconhecida como um grave problema de saúde global pela Organização Mundial de Saúde. Celeste Bento e João Gomes, membros da EuroBloodNet, Rede de Referência Europeia das Doenças Hematológicas Raras do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), falam sobre esta doença e dão conta que “atualmente, a única cura para a Drepanocitose é o transplante alogénico da medula óssea. Contudo, poucos doentes com Drepanocitose têm sido transplantados devido à variabilidade do quadro clínico, à limitação da elegibilidade dos doentes pelo estado avançado da doença, à dificuldade em obter dadores compatíveis e à taxa de mortalidade associada ao transplante. A terapia génica para o tratamento destes doentes está em fase de ensaios clínicos, com resultados bastante promissores. Também existem terapias que ajudam a evitar as crises, a melhorar e prolongar a vida dos doentes. Para isso, é essencial que estes sejam diagnosticados o mais precocemente possível, de preferência logo à nascença.”

Celeste Bento e João Gomes prosseguem referindo que “a Drepanocitose é uma doença rara, com cerca de 1200 doentes em seguimento em Portugal, tanto adultos como crianças e o CHUC é o único Centro de Referência Europeu – EuroBloodNet – no país, para o diagnóstico, tratamento e seguimento destes doentes, através da Unidade de Eritropatologia e Metabolismo do Ferro do Serviço de Hematologia Clínica. Esta Unidade recebe doentes de todo o país, para diagnóstico, tratamento e seguimento. Participa em vários projetos nacionais e internacionais em colaboração com o Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS) da Universidade de Coimbra e tem uma forte ligação com a Associação Portuguesa de Pais e Doentes com Hemoglobinopatias (APPDH), com delegação no Hospital Pediátrico-CHUC.”

Celeste Bento dá conta também que a identificação precoce destes doentes “é fundamental para a implementação de medidas profiláticas, que reduzem a mortalidade infantil e aumentam a qualidade de vida. A colaboração da Associação Portuguesa de Pais e Doentes com Hemoglobinopatias (APPDH)i com o Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP) permitiu a realização dum estudo piloto para a implementação universal do diagnóstico neonatal de Drepanocitose, incluído no teste do pezinho. O estudo decorreu entre 2022 e 2023 foi já proposto às entidades competentes para que seja oficialmente integrado no PNDP. Os resultados do estudo piloto apontam para uma prevalência de Drepanocitose em Portugal muito superior à esperada.”

Sobre a doença, Celeste Bento explica que “existe produção de uma hemoglobina anormal, a hemoglobina S. A hemoglobina é um dos elementos mais importantes do sangue, presente nos glóbulos vermelhos, que em formato de disco asseguram que o oxigénio chega a todos os pontos do corpo. No entanto, com a hemoglobina S, estes glóbulos ficam com a forma de foice e não só impedem a correta oxigenação dos tecidos como obstruem os vasos sanguíneos, com consequências graves.”

Os sintomas surgem após os 6 meses de idade, como esclarece João Gomes, dando nota de que “habitualmente, manifesta-se como anemia hemolítica, acidente vascular cerebral (AVC), infeções recorrentes e, acima de tudo, crises vaso-oclusivas com muita dor associada. Estas últimas são das manifestações clínicas mais comuns, debilitantes e responsáveis por um maior número de hospitalizações, tanto na criança como no adulto. Estas crises podem ser desencadeadas por fatores como desidratação, hipotermia, atividade física intensa, altitude ou stress emocional.”

Na África Sub-Sahariana é a doença genética mais prevalente, onde diariamente nascem cerca de 1000 bebés com esta condição. Se nos países desenvolvidos a sua esperança média de vida já se situa acima dos 50 anos, nesta região a maioria dos doentes não sobrevive mais de 5 anos. Dado tratar-se de uma doença que afeta principalmente pessoas negras, tem sido constantemente negligenciada, apesar do alto impacto que tem não só na vida dos doentes, como nos próprios sistemas de saúde.

Dado o impacto significativo nas populações africanas, a APPDH criou a DrepaComunidade, destinada a todos os que falam desta doença em português.

Sobre a DrepaComunidade

É uma plataforma que pretende reunir doentes, cuidadores e profissionais de saúde de todos os países da CPLP. A DrepaComunidade pretende contribuir para uma aprendizagem multidisciplinar através da criação e divulgação de conteúdos informativos relevantes para os doentes, seus cuidadores e para a população em geral. Tornar a informação, a partilha e o diálogo acessíveis possibilitará um melhor conhecimento da doença e suas vivências, aumentando a autoestima e capacitação dos doentes e cuidadores assim como o seu envolvimento nos processos de decisão em saúde.

No dia 19 de junho, a DrepaComunidadeii vai participar numa maratona online de 24h organizada pelo Cayenne Wellness Center&Children’s Foundation e Sickle Cell Consortium.

Das 13h às 14h (hora de Lisboa) vamos dizer “Como se fala de Drepanocitose em Português” numa sessão zoom moderada pela Solange Pinto (São Tomé e Principe), com presença de Celeste Bento (Portugal); Celdidy Monteiro (São Tomé e Principe), Winnie Samanú (Brasil), Priscilla Lemos (Angola), Taila Carrillo (Moçambique). A divulgação e envio do link será feita através das redes sociais.

Demora no atendimento e tratamento clínico indevido são os principais motivos de reclamação
No primeiro semestre do ano, foram dirigidas às entidades de saúde públicas perto de 800 reclamações. Demora no atendimento,...

O mês de junho faz coincidir calendários muito relevantes no setor da Saúde. Esperam-se novas Unidades Locais de Saúde (ULS), o fim do calendário negocial com os sindicatos médicos e o concurso para diretor-geral de Saúde. E como estará a satisfação dos utentes perante os serviços públicos de saúde? Um estudo do Portal da Queixa revela que as reclamações dirigidas aos prestadores de cuidados de saúde do sistema público continuam a aumentar.

Até ao dia 11 de junho de 2023, foram registadas no Portal da Queixa 798 reclamações relacionadas com as entidades públicas do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo indica a análise do Portal da Queixa, entre os principais motivos de reclamação dos utentes dirigidos às entidades de saúde do sistema público estão: a demora no atendimento, a gerar 29,3% das queixas, com casos de utentes a reclamarem da demora para realização do atendimento, agendamento de consultas e exames. O tratamento clínico indevido é o segundo caso mais reportado a absorver 22% das reclamações, com denúncias dirigidas a médicos e enfermeiros que referem tratamento indevido, negligência, descaso, etc. A motivar 20,8% das queixas está o atendimento na receção/administração, referentes a casos sucedidos desde a triagem até ao atendimento realizado por enfermeiros e médicos.

Hospital Beatriz Ângelo lidera queixas

Entre as entidades de saúde do SNS mais reclamadas, 321 queixas são dirigidas aos vários prestadores do sistema público (Unidades Locais de Saúde, Centros de Saúde, Maternidades).

A nível hospitalar, lidera o ranking o Hospital Beatriz Ângelo (47), segue-se o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (33), o Hospital de Santa Maria (26), Hospital de Faro (21), o Hospital de Braga (20), o Hospital Vila Franca de Xira (19), o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho (17), o Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (16) e Hospital do Espírito Santo Évora (14). Relativamente às emergências médicas, no primeiro semestre do ano, o INEM registou 14 queixas. 

30% das queixas geradas nas Urgências

Segundo apurou a análise, 30% das reclamações foram geradas por ocorrências nas Urgências; segue-se a especialidade de Pediatria a recolher 10% das queixas e a Obstetrícia com 7%.

Situações referentes a realização de Exames, acolheram 22% das reclamações apresentadas pelos utentes no Portal da Queixa, durante o primeiro semestre.

Ângelo Carvalho é um dos utentes que registou, em maio, uma reclamação contra o Hospital Pedro Hispano, no distrito do Porto: Venho por este meio reclamar o facto da utente NR processo 770875 estar desde setembro a receber continuamente mensagens a cancelar consulta de hematologia.

A utente fez análises a pedido do centro de saúde e está pior, referindo o médico do centro de saúde que só o médico de hematologia é que faz a prescrição da medicação.”

De referir que, o SNS regista baixos indicadores de performance no Portal da Queixa face à resolução dos problemas reportados. Na avaliação dos consumidores, o Índice de Satisfação do organismo está pontuado em 10 (em 100), tem uma Taxa de Resposta de 8% e uma Taxa de Solução de 8,4%.

Recorde-se que, no ano de 2022, o Portal da Queixa recebeu mais de 5.000 reclamações dirigidas ao setor da Saúde, com o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a liderar com 2.044 queixas registadas (51,25%).

Opinião
A infância e a adolescência são uma etapa do ciclo vital em que os jovens estão mais vulneráveis e a

A missão de um assistente social que desempenha funções numa Residência de Treino de Autonomia (internamento) e numa Unidade Socio ocupacional (ambulatório) é, essencialmente, a recuperação do jovem com doença mental. A estes, prestamos cuidados que fomentem a sua integração na sociedade, tendo em vista a sua reabilitação e inserção social. Paralelamente, capacitamos as famílias, que, na maioria das vezes, têm o papel parental comprometido e/ou se encontram num desgaste emocional sem medida.

Neste sentido, como a família é fundamental para a reabilitação das crianças e jovens, trabalhamos em simultâneo ambas as partes. Aqui, começamos por identificar as necessidades da criança/jovem, bem como as necessidades e capacidades dos pais, preparando-os, gradualmente, para receberem estas crianças/jovens no “novo” contexto familiar. Contudo, mediante as necessidades e/ou capacidades dos pais (ou a falta delas), por vezes, temos de recorrer ao encaminhamento para equipas especializadas em parentalidade.

Assim, quando uma criança/jovem tem alta da UCCI, regressa a um domicílio mais contentor, com uma “nova” relação com os pais, baseada na confiança, no respeito e segurança, associada à assertividade, que é tão importante nestas faixas etárias.

 

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17 de junho
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL), em colaboração a International Myeloma Foundation (IMF), vai organizar, no...

Coordenado pelo Fernando Leal da Costa, hematologista no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, o evento apresenta um programa de palestras, conduzidas por médicos especialistas na área, apresentação de um estudo sobre o mieloma múltiplo e uma mesa redonda sobre o tema. Esta conta com a participação da Cristina João, hematologista, Rita Bruto da Costa, assistente social, Filipa Lopes, doente de mieloma múltiplo e Lara Cunha, membro da APCL, de forma a ter vozes de pessoas com diversos papeis face o mieloma múltiplo, sendo o debate moderado pelo Fernando Leal da Costa.

A APCL, juntamente com a IMF, pretende promover um espaço de partilha de conhecimento sobre o mieloma múltiplo entre pessoas que vivem ou lidam com esta doença.

Este seminário destina-se a doentes, cuidadores, enfermeiros, médicos e outros profissionais de saúde relacionados com esta área. A entrada é livre mediante inscrição prévia através do email [email protected] ou através do telefone 213 422 205.

 

Com tecnologia 5G
O primeiro sistema português de ecografias à distância em tempo real, através de tecnologia robótica, funciona através da rede...

O ROSE é composto por duas estações robotizadas (uma do lado do profissional de saúde e outra do lado do utente), um conjunto de sondas ecográficas, e estruturas de comunicação assentes em 5G da NOS, que usam as caraterísticas desta rede móvel – baixa latência, elevada velocidade e resiliência superior – para garantir que todo o processo é realizado em tempo real, com uma experiência fluída e sem falhas.

Cria-se, assim, um novo paradigma de diagnóstico por tele-ecografia, mediante o qual médicos e utentes podem interagir, mesmo sem proximidade física, com feedback instantâneo visual, de áudio e háptico. Abre-se, ainda, a porta a novas possibilidades como a formação ou supervisão técnica à distância e a colaboração internacional. Desta forma, aumenta-se a capacidade e rapidez dos serviços, melhora-se o acesso da população à saúde, e otimiza-se recursos.

Manuel Ramalho Eanes, Administrador Executivo da NOS, sublinhou: “A saúde é uma das áreas estruturantes da sociedade onde o potencial do 5G é maior, enquanto impulsionador da inovação e da aproximação e humanização dos cuidados de saúde. Por isso mesmo, a NOS continua empenhada em liderar no 5G, não só através do desenvolvimento daquela que é a melhor rede do País, mas também promovendo uma série de iniciativas inovadoras que permitem ajudar a construir um futuro com mais e melhor saúde para todos, encurtando distâncias e alargando o acesso a cuidados médicos especializados a mais pessoas.”

Segundo António Lindo da Cunha, Diretor Executivo do Laboratório de Automática do IPN, “Garantir o acesso aos cuidados de saúde de forma ampla sem deixar de fora a parte da população que reside longe dos grandes centros, parece ser uma missão impossível tendo em conta a tendência global de concentração dos cuidados. Será de facto impossível, se mantivermos os modelos de cuidados e de pagamento que foram desenhados num período onde a capacidade tecnológica e os níveis de literacia eram bem diferentes dos atuais. O sistema de tele-ecografia ROSE é um exemplo de como é possível ter acesso a meios complementares de diagnóstico de qualidade mesmo fora dos grandes centros urbanos.”

Neste momento, esta solução encontra-se a ser testada e validada por profissionais de saúde especializados em radiologia. Estima-se que, a partir de setembro, se possa utilizar o sistema para realizar as primeiras ecografias à distância através de 5G entre um hospital de referência e uma instalação remota, onde normalmente não está disponível este meio complementar de diagnóstico.

 

Jogos cerebrais gratuitos
A app CLEO, aplicação da empresa de biotecnologia pioneira nas Neurociências Biogen, acaba de disponibilizar aos seus...

A partir de agora, qualquer pessoa com acesso a um dispositivo Android ou iOS poderá instalar a aplicação e pôr o seu cérebro à prova com os cinco novos jogos cerebrais da CLEO, sendo estes: o “Toca a fazer Contas”, em que o desafio é contar letras, sílabas e vogais de palavras em contrarrelógio; ”Olha o passarinho!”, onde o jogador tem de encontrar todos os rostos sorridentes no menor tempo possível; “Faz a correspondência!”, em que o objetivo é organizar objetos por padrões; “Lembra-te de mim”, um jogo onde memorizar formas faz ganhar pontos; e o “Localizador isolado”, em que a concentração é desafiada enquanto o jogador é incentivado a localizar formas específicas perante diversos estímulos.

Em cada um destes jogos, os utilizadores são desafiados a melhorar a sua pontuação, podendo alcançar os diferentes níveis de classificação, que vão desde o nível principiante, passando pelo nível básico, novato, intermédio, avançado, especialista, mestre e terminando no nível grão-mestre.

Para Anabela Fernandes, Diretora Geral da Biogen Portugal, “é importante estimular o cérebro para exercitar as suas capacidades e mantê-lo saudável. E a tecnologia ajuda-nos nisso, uma vez que torna possível a criação de jogos dinâmicos e atrativos, que estimulam a memória e concentração, enquanto alguém pratica uma simples atividade no telemóvel ou computador. Foi por isso que investimos nesta nova funcionalidade. Queríamos ajudar as pessoas que vivem com Esclerose Múltipla a exercitar o seu cérebro, mas também outros utilizadores que queiram, de uma forma divertida, manter o seu cérebro mais saudável.”

A app CLEO, que foi lançada em Portugal em 2020 pela Biogen, com o intuito de prestar suporte diário às pessoas com Esclerose Múltipla, bem como aos seus familiares e cuidadores, passa assim a ter como destinatário todos aqueles que queiram exercitar o seu cérebro. Para além desta funcionalidade, a aplicação tem como missão facilitar o dia a dia dos doentes com Esclerose Múltipla, ao oferecer um conjunto de funcionalidades, tais como: o diário pessoal, uma ferramenta que permite a cada utilizador acompanhar o seu estado de saúde, podendo partilhar essa informação com a equipa de profissionais de saúde que o acompanham; e um conjunto de informações, artigos e histórias de pessoas com Esclerose Múltipla, com recomendações úteis para o quotidiano dos doentes, assim como diversos programas de saúde e bem-estar.

A aplicação pode ser instalada de forma gratuita em qualquer dispositivo Android ou iOS.

Estudo
O que sabem os portugueses sobre a fertilidade, como pode ser preservada, tratada ou diminuir os riscos de dificuldade em...

Os resultados confirmam que há um desconhecimento quanto à idade fértil e a partir da qual começa a diminuir a capacidade reprodutora, qual a análise que pode ser realizada para conhecer a reserva ovárica das mulheres, quais as formas de prevenir a infertilidade ou o que é a doação de gâmetas.

Dos inquiridos, 52,3% garantiram saber com que idade se atinge o potencial máximo da fertilidade, sendo que destes, 27,2% indicaram os 20 anos como resposta correta, e 27,8% os 25 anos. Na realidade, é considerado que a mulher está na sua melhor fase fértil entre os 20 e os 25 anos. Quanto à idade a partir da qual a fertilidade começa a diminuir, 72,5% indicaram que sabiam a resposta, mas apenas 33,2% acertaram que seria aos 35 anos.

E o que pode causar infertilidade? De acordo com o estudo, 31,8% dos inquiridos não sabia responder, e dos 68,2% que apontaram vários fatores, a idade da mulher surgiu como a principal causa (33,4%), seguida dos hábitos tabágicos (30,1%) e da obstrução/bloqueio das trompas de Falópio (26,0%).

Uma outra questão colocada no inquérito pretendeu apurar se os portugueses já tinham questionado um profissional de saúde sobre o tema, ou se, por outro lado, tinham sido inquiridos em unidades de saúde sobre fertilidade ou formas de prevenção. As respostas são clarificadoras quanto ao desinteresse em procurar esclarecimento (48,7% dos inquiridos) ou não ter existido necessidade para tal (39,5%). Por sua vez, quando a curiosidade partiu dos profissionais de saúde, 34,4% indicaram que foram questionados por ginecologistas, 33,9% pelo médico de família e 22,4% por um médico de outra especialidade.

Na altura de colocar dúvidas, são as mulheres a tomar mais vezes a iniciativa (22,4%) do que os homens (11,3%), e as pessoas com as idades entre os 31 e os 44 anos (24,9%) tendem a ser as mais curiosas.

Em relação às formas de prevenir a fertilidade, 54,4% dizem desconhecer as que existem. Dos 45,6% que conhecem, a alimentação equilibrada (28,1%), a prática de exercício físico (24,2%) e o não fumar (24,1%) são as formas referidas de proteção para as mulheres, sendo a alimentação equilibrada (23,7%), não fumar (21,7%) e a prática de exercício físico (18,3%) as que mais se destacam como protetoras dos homens.

Quanto à preservação da fertilidade, apenas 20,2% das mulheres e 26,1% dos homens não sabem em que consiste, e que é possível através do congelamento de óvulos ou espermatozoides. Existe ainda desconhecimento entre as mulheres quanto à forma de avaliar a sua reserva ovárica e poderem tomar medidas e procurar apoio, caso esta se revele baixa. De acordo com o estudo, 79,7% das inquiridas não sabe da possível realização do teste à hormona anti-mulleriana (AMH), enquanto 69,5% nunca pensou fazê-lo.

E se no momento de quererem ser pais, for necessário recorrer a tratamentos de fertilidade com ajuda de doação de óvulos e/ou espermatozoides? Mais de 48% das mulheres não sabe o que é a dádiva de gâmetas, sendo que nos homens essa percentagem ascende aos 56%.

Perante as conclusões do inquérito, que revelam um desconhecimento generalizado sobre a saúde reprodutiva, são os inquiridos a confirmar que já ouviram falar em infertilidade - 46,5% através da comunicação social; 42,5% por amigos/colegas e 40,9% em campanhas nos media -, mas que é importante ter acesso a mais informação para aumentar a sua literacia (82,8%), sendo as escolas (30,5%), os centros de saúde (30,5%) e o médico de família (30%), as principais fontes de informação.

Fica ainda a indicação quanto à pergunta principal quando se fala de infertilidade: ter filhos. Do total de inquiridos, 60,2% já eram pais e dos restantes, 37,4% indicaram que pretendem concretizar o seu projeto de parentalidade nos próximos 10 anos.

Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa Idosa assinalado com encontro
O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) assinala o Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra a Pessoa...

“É um problema de saúde pública e uma violação dos direitos humanos, que muitas vezes resulta em trauma psicofísico, podendo levar a vítima a um quadro de incapacidade, dependência e até mesmo à morte.”, afirma Maria João Peixoto, coordenadora da Equipa de Prevenção da Violência em Adultos (EPVA) do CHUSJ.

Assim, o hospital considera essencial a sensibilização junto da sociedade civil, procurando ser um agente de prevenção deste fenómeno. “A sensibilização para esta problemática é obrigatória, porque o apoio da comunidade onde a pessoa idosa se insere é inibidor da ocorrência de violência/abuso”, explica a psiquiatra.

Por ser um fenómeno multidimensional relacionado com as características das vítimas, dos agressores e do contexto social, o Fórum traça um olhar por todo o espetro da violência, com painéis dedicados à “Intervenção na Pessoa Idosa e Cuidadores” e à “Abordagem à Pessoa Idosa como Vítima de Violência”, os quais contam com vários profissionais do CHUSJ, tais como psiquiatra, psicólogo, enfermeiro, assistente social e terapeuta ocupacional, mas também convidados da Cruz Vermelha e da Escola Superior de Saúde do Politécnico do Porto.

“Os idosos vítimas sentem-se geralmente culpados dos abusos que lhes são infligidos, sendo a avaliação de profissionais de saúde essencial”, assim “entendemos que esta avaliação representa uma oportunidade, no sentido em que esse momento pode ser a porta de entrada destas pessoas nos sistemas de proteção e judicial”, acrescenta a responsável pela EPVA.

Existem vários fatores que colocam a pessoa idosa em situação de vulnerabilidade, nomeadamente a necessidade de assistência financeira, dependência nas atividades de vida diária, dificuldade de acesso às instituições de apoio à vítima, sentimento de vergonha e medo de ser abandonado, castigado ou institucionalizado, o que leva a vítima a negar e a justificar a violência sofrida para proteger membros da família ou os cuidadores.

 

Universidade de Coimbra
Na próxima terça-feira, dia 20 de junho, o Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de...

A atividade, que vai decorrer a partir das 14 horas na Subunidade 3 da FMUC (no Polo III da UC), vai juntar pessoas com autismo, famílias, associações e movimentos de doentes, clínicos e investigadores, que vão partilhar conhecimentos e experiências sobre o diagnóstico, a intervenção e a transição para a vida adulta.

Esta iniciativa pretende «dar voz às pessoas que lidam todos os dias com os desafios que a Neurodiversidade coloca às pessoas com autismo, famílias e instituições que os acolhem, incluindo o contexto laboral. Ao juntar pessoas com autismo, familiares, profissionais de saúde e de educação pretende-se compreender as diferentes perspetivas que existem nesta área, como reforçar a inclusão e de que forma a investigação na área do Autismo e da Neurodiversidade pode contribuir», destaca o docente da FMUC e coordenador científico do CIBIT, Miguel Castelo-Branco.

A participação no evento é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia até à próxima sexta-feira, dia 16, em https://forms.gle/xAjrqWxQz685KeqG6. Para quem não tiver a oportunidade de assistir presencialmente, o encontro vai ter também transmissão online.

 

 

 

Dia Mundial do Dador de Sangue
Dia Mundial do dador de Sangue, por que é que se comemora a 14 de junho?

O sangue não é todo igual, mesmo dentro da mesma espécie.

Existem à superfície dos glóbulos vermelhos pequenas proteínas a que chamamos antígenos e que terminam o “tipo de sangue”. Existem pessoas que têm à superfície dos seus glóbulos vermelhos antigénios A, outras possuem antigénios B, há ainda quem tenha os dois tipos de antigénios (são os chamados AB), e há aqueles que não possuem nenhum antigénio na sua superfície e são chamados 0 ou O.

As pessoas que são do grupo A se forem transfundidas com o grupo B, não vão reconhecer essas células e vão ataca-las e destrui-las. Dizemos que o sangue é incompatível. O mesmo se passa com as pessoas do Grupo B que ao receberem Sangue A também não o vão reconhecer e irão destruir os glóbulos vermelhos que desconhece. As pessoas que são 0 podem dar a todos porque como não têm nenhuma proteína na superfície não são reconhecidas como estranhas. Já as AB serão reconhecidas como estranhas por todos os outros, uma vez que na sua superfície contem sempre alguma(s) proteínas que quer os A, quer os B, quer os 0, reconhecem como estranha.

Esta descoberta foi feita por um cientista chamado Karl Landsteiner que nasceu no dia 14 de junho de 1868. E por esse motivo e como forma de o homenagear a Organização Mundial de Saúde, em 2005 instituiu essa data para efeméride do Dia Mundial do Dador de Sangue.

Qual o tipo de sangue que faz mais falta?

Todos os tipos de sangue fazem falta. Todos são necessários.

Alguns pelas suas características universais podem ser aparentemente mais requeridos (como é o caso do grupo 0), outros pela sua frequência são igualmente requeridos (como é o caso do grupo A); outros embora não sejam dadores universais nem os mais frequentes (como o grupo B e AB) são igualmente necessários. Todos os grupos são o grupo de alguém, por isso TODOS SÃO NECESSÁRIOS.

Este ano o lema da campanha do Dia Mundial do Dador de Sangue é “Doe sangue, doe plasma, compartilhe vida, compartilhe com frequência”

Este dia serve não só para agradecer a todos os dadores de sangue que dão um pouco de si e do seu tempo, para dar ao outro, o que pode ser TUDO … e mais um TEMPO.

É também um dia para relembrar e consciencializar para a necessidade diária de sangue e que todos podemos e devemos contribuir. Hoje pelo outro, amanhã quem sabe por mim, pelo meu familiar ou ente querido.

Várias frases são usadas em campanhas de sensibilização desde o super-herói ao cidadão comum (como eu ou quem me está a ler).

Para quem dá é um ato altruísta, prazeroso momento de entrega, um pouco do seu tempo, um momento para fazer um selfie e tentar influenciar com o exemplo os amigos, conhecidos e seguidores.

Para quem recebe, uma fonte de esperança, força, fé, gratidão e acima de tudo VIDA

Todos necessitamos de tudo isto todos os dias, porque não partilhar com regularidade? Se é saudável, tem mais de 50 Kg, mais de 18 anos e menos de 60 (se for a primeira vez) ou até 65 anos se já é dador. Tome uma decisão… Dê Sangue!! Faz sempre falta!

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
1 em cada quinze portugueses com mais de 80 anos sofre de doença grave da válvula aórtica
“Listas de espera para a intervenção valvular aórtica” foi o tema de uma das sessões do Congresso 2VRT, com foco na estenose...

Estes números requerem especial atenção, uma vez que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal registou, nos últimos anos, um agravamento do fenómeno de envelhecimento e de longevidade da população, sendo que cerca de 23% desta é idosa.

O envelhecimento da população reflete, por sua vez, um maior número de doentes com estenose aórtica, que necessitam de intervenção por cirurgia ou cateterismo. Este aumento da prevalência não foi, contudo, acompanhado pelo aumento da capacitação, em termos de meios humanos e técnicos estruturais, para fazer face à patologia. Segundo Rui Campante Teles, “O aumento do tempo de espera também se deve ao facto de existir uma sobrecarga nos Serviços de Cardiologia e Cirurgia Cardíaca”.

O médico especialista em cardiologia conclui que “Cerca de 50% dos doentes acabam por morrer dois anos após o diagnóstico desta patologia, sendo que provavelmente muitos não conseguem obter um tratamento rápido para a estenose aórtica.” Assim, para inverter esta situação, será necessário, pelo menos, dobrar a capacidade de oferta para estas técnicas, pois só assim se conseguirá dar resposta à prevalência estimada de estenose aórtica em Portugal.

O 2VRT decorreu entre os dias 4 e 5 de maio, no Crowne Plaza Caparica, e teve como objetivo incentivar ao debate informal e aberto entre todos os cardiologistas de intervenção e de várias referências nacionais e internacionais de renome na área.

A edição deste ano contou com o patrocínio da European Association of Percutaneous Cardiovascular Interventions (EAPCI) e da European Society of Cardiology (ESC).

 

 

Opinião
O Dia Internacional do Ritmo Cardíaco, celebrado a 13 de junho, é uma data significativa para nos le

Alterações do ritmo cardíaco, as arritmias, podem ter sérias consequências para a saúde cardiovascular. A fibrilhação auricular é a arritmia cardíaca mais frequente e estima-se que um em cada três adultos com mais de 55 anos irá sofrer de fibrilhação auricular. A fibrilhação auricular é uma arritmia cardíaca irregular e, por vezes, com frequência cardíaca acelerada, na qual as câmaras superiores do coração - as aurículas - não contraem em sincronia. Em vez de um padrão de contração organizado, ocorrem contrações caóticas e descoordenadas. Quando as aurículas não se contraem adequadamente, existe um risco elevado de se formarem coágulos sanguíneos que podem estar na origem de acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Por outro lado, a fibrilhação auricular compromete a eficiência do coração em bombear o sangue corretamente para o resto do corpo, havendo uma estreita correlação com a insuficiência cardíaca.

Conhecer os sintomas da fibrilhação auricular é fundamental para um diagnóstico precoce. Os sintomas podem incluir palpitações, falta de ar, tonturas, desmaios e cansaço excessivo.

Monitorizar o próprio pulso regularmente pode ajudar a identificar ritmos cardíacos anormais. Uma forma simples de o fazer é verificar o pulso no punho ou no pescoço e contar o número de batimentos cardíacos por minuto. Caso note uma frequência cardíaca irregular, é recomendável procurar atendimento médico para uma avaliação mais detalhada.

Outra ferramenta que pode ser útil para o diagnóstico de alterações de ritmo cardíaco são os relógios digitais, que se têm tornado cada vez mais populares e avançados em termos de recursos de monitorização da saúde. Alguns modelos de relógios inteligentes são capazes de medir a frequência cardíaca de forma contínua e alertar o usuário sobre ritmos cardíacos irregulares. Esses dispositivos podem ser úteis para monitorizar o ritmo cardíaco ao longo do dia, fornecendo informações valiosas para um possível diagnóstico precoce de fibrilhação auricular.

A Medicina Interna desempenha um papel fundamental no diagnóstico, avaliação da gravidade e fatores de risco e identificação de doenças subjacentes que possam contribuir para o desenvolvimento de arritmias. Em relação ao tratamento, existem várias opções disponíveis. O plano de tratamento deve ser individualizado, levando em consideração o estado geral de saúde, a gravidade dos sintomas e a presença de outras condições médicas associadas.

Neste dia 13 de junho, é crucial ressaltar e consciencializar sobre a extrema importância da deteção de arritmias cardíacas para a saúde cardiovascular. O diagnóstico precoce permite um tratamento mais eficaz e a prevenção de complicações futuras. É essencial que as pessoas estejam atentas aos sinais e sintomas de ritmos cardíacos irregulares e procurem avaliação médica adequada.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Dia Mundial do Ritmo Cardíaco assinala-se amanhã
O nosso coração bate 100 000 vezes por dia, de forma regular, ritmada, todos os dias da nossa vida.

As arritmias têm um grande espectro de gravidade – desde situações completamente benignas até à morte súbita.

Existe também uma grande variedade de sinais e sintomas: desde ausência de queixas, palpitações (que podem ser incapacitantes), desmaio, ou mesmo paragem cardíaca.

Faz assim todo o sentido, existir um dia em que se chama a atenção para as doenças do ritmo cardíaco.

A arritmia (com gravidade) mais frequente é a fibrilhação auricular. O número de pessoas afetadas aumente com a idade. É rara antes dos 40 anos e atinge > 10% das pessoas com mais que 80 anos. É um ritmo completamente irregular. Este ritmo pode ser detetado na palpação do pulso e o diagnóstico é confirmado por eletrocardiograma.

As queixas mais frequentes são palpitações (mais ligeiras ou mais intensas consoante as pessoas), ou cansaço, ou sensação mal definida de algo não estar bem. Por vezes, não origina qualquer queixa.

Existem 2 problemas principais com esta arritmia: os sintomas e o risco de acidente vascular cerebral (AVC).

Nesta arritmia podem formar-se coágulos dentro das aurículas, que depois se libertam e viajam na corrente sanguínea. Podem ocluir um vaso do cérebro e originar um AVC. É uma das principais causas de AVC. Daí a importância do diagnóstico – sobretudo em pessoas sem queixas e daí a importância de um gesto tão simples como aprender a palpar o pulso. A maioria dos doentes com fibrilhação auricular tem indicação para medicação crónica com anticoagulante, para proteção do acidente vascular cerebral. Os medicamentos anticoagulantes que se utilizam hoje em dia têm um excelente perfil de segurança e são de toma muito simples (1 ou 2 vezes dia).

A questão dos sintomas pode ser abordada de várias formas: utilizando medicamentos para controlar o ritmo cardíaco (ou para manter a pessoa em fibrilhação auricular controlada), com recurso a cardioversão elétrica (um choque no tórax que reverte o ritmo para o ritmo normal) ou com recurso a um exame invasivo para tratamento da arritmia. Este chama-se ablação. Consiste na aplicação de energia em zonas específicas do coração, responsáveis pela manutenção da arritmia. No ano de 2022 foram efetuadas cerca de 2000 ablações de fibrilhação auricular no nosso país.

A fibrilhação auricular é assim uma arritmia com consequências potencialmente graves. É importante um diagnóstico precoce, de forma a conseguir um tratamento atempado, sendo que o mais importante é o início de medicação anticoagulante. É um dos exemplos, pelo qual é importante este dia do ritmo cardíaco – é importante que a comunidade saiba que as arritmias existem, que são frequentes e que há tratamento.

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Novo workshop "Especial Grávida"
A BebéVida vai realizar no dia 17 de junho, no Eva Senses Hotel entre as 10h00 e as 13h00, um workshop “Especial Grávida”...

O Plano de Parto será abordado por Olga Santos, enfermeira e especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, na primeira sessão.

O segundo tema estará a cargo de Inês Pulquério, formadora do laboratório BebéVida, que vai explicar as mais valias da criopreservação e o potencial de cura das células estaminais. Segue-se a intervenção de Cláudia Nunes, médica nutricionista, sobre a alimentação na gravidez.

A sessão termina com exercícios de Yoga para grávidas a cargo da professora Rita Ramires.

A todas as grávidas inscritas no evento a BebéVida oferece um Voucher de uma Ecografia Emocional 3D/4D.

Ao inscreverem-se no evento, todas as mães ficam habilitadas a ganhar um cabaz com babiage, mascotes BebéVida e um estojo de higiene BebéConfort.

Faça aqui a sua inscrição gratuita - https://bebevida.com/event/

 

Saúde e bem-estar
O verão está a chegar com força total, e é hora de brilhar.

Endermologia - Desperte a sua Pele Radiante

Quer dizer adeus à celulite e ter uma pele irresistivelmente lisa? A endermologia é a resposta! Com nossa avançada técnica não invasiva, estimulamos o metabolismo, melhoramos a circulação sanguínea e reduzimos medidas. Imagine-se com uma pele deslumbrante, pronta para exibir durante todo o verão.

Radiofrequência - Brilhe com uma Pele Firme e Tonificada

Deseja uma pele mais firme e rejuvenescida? A radiofrequência é o tratamento ideal! Utilizando energia eletromagnética, estimula a produção de colágeno, reduz rugas e linhas de expressão e melhora a textura da pele. Sinta-se confiante com uma pele radiante e tonificada neste verão.

Massagem Modeladora - Esbanje Confiança

Quer moldar o seu corpo e realçar as curvas de maneira natural? A massagem modeladora é a resposta! Com técnicas especializadas, estimulam a queima de gordura localizada, melhora a circulação e reduz medidas. Diga adeus às inseguranças e esteja pronta para exibir seu corpo este verão.

Drenagem Linfática - Sinta-se Leve, Renovada e Revigorada

O segredo para se sentir leve e renovada neste verão é a drenagem linfática. Elimine o inchaço, melhore a circulação e promova a desintoxicação do seu corpo. Com nossos especialistas treinados, oferecemos uma experiência relaxante e revigorante. Deixe-se levar pelos benefícios revolucionários da drenagem linfática.

Mesoterapia - Um Impulso Vital para sua Pele

Deseja uma pele radiante e hidratada? A mesoterapia é a solução. Através de injeções superficiais, fornecem vitaminas, minerais e ácido hialurónico diretamente na pele, promovendo a revitalização e o rejuvenescimento. Dê à sua pele o impulso vital que ela merece e brilhe neste verão!

Prepare-se para abraçar o Verão com confiança e luminosidade!

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Proposta de Modelo Organizacional dos Cuidados Paliativos nas ULS
No seguimento da apresentação do novo modelo para os cuidados paliativos e da sua discussão pública, a Associação Portuguesa de...

Após a análise do documento, a APCP alerta para o desajuste da proposta face a realidade do nosso país, apelando ainda a que sejam tidos em conta os contributos dos profissionais das equipas e serviços de cuidados paliativos que, ao longo destes anos, contribuíram ativamente para o desenvolvimento dos Cuidados Paliativos em contextos bastante distintos. O documento proposto é omisso nas experiências prévias e não representa a realidade nacional, apenas a das regiões onde será implementado o projeto piloto.

A proposta não refere a experiência das Unidades Locais de Saúde (ULS) já existentes ignorando também que, em ULS e não ULS, as Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos (ECSCP) e os serviços hospitalares trabalham eficazmente e em integração. Assim, não concordamos com a generalização de que “a organização atual é disfuncional, obsoleta e sem continuidade”.

A APCP reconhece que implementar o acesso a cuidados paliativos ao longo das 24 horas, 7 dias por semana, a nível nacional, e melhorar a integração das equipas de CP nos diversos contextos, é sem dúvida uma mais-valia para todos, mas requer uma adequada estruturação, que vá ao encontro das necessidades da população em cada região, tendo em conta as características locais e regionais.

Na opinião da APCP, o modelo apresentado é muito específico, pouco detalhado em alguns pontos e pouco flexível, sendo também preocupante o facto de não estar discriminada a formação exigida às equipas quer de adultos quer pediátricas, necessariamente distintas, nem como se prevê a articulação entre as diferentes equipas.

Neste sentido, a APCP faz saber que irá um documento com as considerações mais relevantes sobre o documento em consulta, integrando não só a perspetiva dos seus corpos gerentes, como as preocupações e comentários que lhe chegaram de muitos sócios, profissionais e peritos em cuidados paliativos.

De junho a setembro nas farmácias Holon
De junho a setembro todas as pessoas com sintomatologia de urticária ou pele alérgica podem participar na campanha de...

A Urticária Crónica Espontânea (UCE) é caracterizada pelo aparecimento súbito de lesões avermelhadas com relevo na pele, que provocam prurido (comichão) ou, até sensação de “queimadura”. É uma doença com fortes repercussões a nível emocional e social, que afeta entre 8 a 22% da população em algum momento da sua vida, sendo mais frequente em mulheres entre os 20 e 40 anos de idade.

“Por se tratar de uma situação clínica com fortes repercussões no bem-estar físico e na autoestima, as pessoas que apresentam esta patologia tendem muitas vezes a isolar-se. Neste sentido, é importante que os profissionais de saúde de proximidade, como os farmacêuticos, assumam uma postura pró-ativa na sensibilização da população sobre a doença, no sentido de aumentar a informação sobre a mesma, desmistificando os medos e apresentando soluções.

Com esta campanha pretende-se sensibilizar a população para esta patologia e para as soluções de saúde disponíveis, promovendo um atendimento diferenciado às pessoas com Urticária Crónica Espontânea (UCE).

Enquanto espaços de saúde de excelência, privilegiamos o atendimento personalizado, baseado na relação de proximidade e confiança com os nossos utentes, e assumimos o papel de informar e capacitar a comunidade que vive com urticária para uma melhor qualidade de vida”, explica a Ana Teresa Gonçalves, farmacêutica e coordenadora da equipa do Serviço de Dermofarmácia Holon.

O rastreio dermatológico consiste num Pré-rastreio, realizado em farmácia, a aplicação do questionário “Como medir a gravidade da urticária?” de preenchimento durante 7 dias que é entregue no dia do rastreio.

O Rastreio no Serviço de Dermofarmácia consiste na avaliação do Índice de Qualidade de Vida – Dermatologia (DLQI), a valiação do valor de hidratação da pele com a máquina Softplus e aconselhamento especializado de uma dermofarmacêutica.

Após o rastreio, a pessoa diagnosticada com UCE passa a ser acompanhada pelo Serviço Especializado de Dermofarmácia.

“Os nossos farmacêuticos têm como objetivo sensibilizar e aumentar o conhecimento da população em geral sobre a Urticária, promover a identificação precoce de pessoas com sinais e/ou sintomas sugestivos de Urticária e promover o acompanhamento das pessoas com Urticária no Serviço de Dermofarmácia, no sentido de melhorar o controlo da patologia”, conclui Ana Teresa Gonçalves.

A Campanha “Urticária... Será? Vamos descobrir!” é promovida pelas Farmácias Holon em parceria com a To Life.

 

 

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