Dia dos Avós | 26 de Julho
A Saúde Oral é um dos indicadores importantes da nossa saúde global.

Segundo o Barómetro da Saúde Oral de 2022, desenvolvido pela Ordem dos Médicos Dentistas, 67.4% dos portugueses visitam o médico dentista, apenas uma vez por ano. Com o passar dos anos, a probabilidade de desenvolver doenças na boca aumenta, o que torna a aposta na prevenção ao longo da vida uma decisão essencial. 

A população sénior e o papel do cuidador

Com o aumento mundial da esperança média de vida, há uma necessidade acrescida de atuar com mais incisão e cuidado nesta faixa etária. Não só porque normalmente têm outras patologias sistémicas associadas, mas também, porque têm um aumento acrescido da dificuldade de destreza na realização da sua higiene oral e mobilidade/deslocação a um profissional de saúde, estando assim mais dependentes da ajuda de terceiros.

O cuidador tem um papel fundamental a ajudar o sénior a manter uma correta higienização da sua boca e na ajuda a deslocar-se com regularidade a consultas de medicina dentária. Assim, irá contribuir para o seu bem-estar e aumento da sua auto-estima, contrariando a crença popular que envelhecer é sinónimo de perda da dentição. Contudo, relativamente à faixa etária de mais de 65 anos, segundo o III Estudo Nacional de Prevalência das doenças orais (2015), apenas 53,2% escova os dentes 2 ou mais vezes por dia e 82,9% nunca utiliza o fio dentário.

Em resumo, contrariando estes dados, com uma boa higiene oral e visitas frequentes ao médico dentista, os dentes podem durar a vida toda.

Quais as consequências de uma má higienização oral nos seniores?

Segundo a FDI, estima-se que 2,3 mil milhões de pessoas de toda a população mundial apresente cáries dentárias em dentes definitivos, sendo esta uma das principais causas da destruição e perda dos dentes. Esta situação tem graves consequências a nível físico e emocional.

Com a perda de dentes, a mastigação torna-se mais difícil, verificando-se a tendência de escolher alimentos mais fáceis de mastigar e, consequentemente, um aumento do desequilíbrio nutricional e possibilidade do aparecimento ou agravamento de outras doenças sistémicas. Quanto ao nível emocional, a falta de dentes afeta tanto a auto-estima, como a dificuldade de comunicação interpessoal, o que pode criar mais isolamento social e, em alguns casos, levar à depressão.

A falta de higiene pode também provocar o aparecimento de doenças inflamatórias dos tecidos de suporte dos dentes. Inicialmente nas gengivas (gengivite), avançando, se não for tratada, para os tecidos mais profundos, nomeadamente o osso e o ligamento periodontal, conduzindo a periodontite. A doença periodontal é também uma das principais causas da perda de dentes. Cerca de 39,4% da população com mais de 65 anos (III Estudo Nacional de Prevalência das doenças orais - 2015) apresenta hemorragia gengival e pelo menos, 15,3% apresenta periodontite.

Como evitar estas consequências?

O segredo para manter uma boa saúde oral passa pela prevenção e por uma rotina de higiene adequada às necessidades. Hábitos fundamentais:

  • Escovar os dentes duas vezes por dia, de manhã e à noite.
  • Trocar de escova de dentes de 3 em 3 meses.
  • Usar pasta de dentes com flúor, que torna os dentes mais fortes e previne as cáries.
  • Limitar o consumo de alimento e bebidas açucaradas, principalmente entre refeições.
  • Consultar o seu médico dentista com regularidade.
  • Se usar prótese dentária, deve escová-la diariamente, de forma a eliminar os resíduos e bactérias acumuladas, prevenindo assim, o aparecimento de outro tipo de doenças. 

Soluções de reabilitação oral

Existem várias soluções que vieram revolucionar a medicina dentária e ajudar na reposição dos dentes perdidos.

Os implantes dentários, por exemplo, são colocados no osso por baixo da gengiva, ajudam a estabilizar próteses e coroas, permitindo mais conforto na mastigação e confiança para voltar a sorrir. Além destas vantagens, o processo de recuperação é bastante rápido.

As próteses removíveis dentárias são também uma solução para preencher o espaço deixado pela perda de dentes. Estas próteses devem ser removidas para higienização e são uma solução mais económica, mas que ajudam igualmente a melhorar a mastigação e a recuperação da estética do sorriso.

Outra opção, quando as raízes dos dentes ainda estão saudáveis, são a colocação de coroas ou pontes fixas sobre essas raízes.

Conclusão

Os séniores têm neste momento novos objetivos e metas mais desafiantes a atingir, o que antigamente não acontecia. Uma higienização correta, a consulta regular com o seu médico dentista e a reabilitação de zonas desdentadas/cariadas contribui tanto a nível funcional como emocional para ajudar a atingir esses resultados e melhorar substancialmente a qualidade de vida.

Fonte: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
38.º Healthcare User Group
A GS1 Portugal, entidade responsável pelo desenvolvimento de standards para a saúde, promoveu, no passado dia 13 de julho, o 38...

Esta iniciativa, realizada em formato híbrido, contou com um grupo restrito de especialistas nas instalações da entidade anfitriã, a APORMED – Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos. APORMED, Zebra, The Leeds Teaching Hospitals (NHS Trust) e GS1 Portugal analisaram os desafios e as tendências no setor da saúde, nomeadamente no âmbito da regulamentação, inovação e sustentabilidade.

Regulamentação dos Dispositivos Médicos

Após a intervenção de João de Castro Guimarães, Diretor-Executivo da GS1 Portugal, que marcou o arranque do evento, Ana Domingos, Regulatory Affairs Specialist da APORMED, partilhou as atualizações relativas ao Regulamento dos Dispositivos Médicos.

Debruçando-se sobre o “estado da arte” em Portugal, nomeadamente no que diz respeito à inovação e à competitividade da indústria dos dispositivos médicos no processo, tendo em conta a intervenção dos organismos notificados, Ana Domingos reflete: “Se estamos a dificultar tanto estes processos e não temos organismos para certificar os produtos, alguma empresa quer investir (…) e pagar taxas sem fim para colocar aqui os produtos ou há outros mercados mais fáceis?”.

A Regulatory Affairs Specialist da APORMED relata que 24 Ministros da Saúde da União Europeia propuseram a aplicação de medidas legislativas que permitissem otimizar o Regulamento dos Dispositivos Médicos, mas, ainda assim, este processo está repleto de desafios.

A Visão do Solution Provider na Cadeia de Abastecimento da Saúde

Posteriormente, João Ramos, Territory Account Manager da Zebra, e Thomas Duparque, Healthcare Business Development EMEA da mesma organização, apresentaram o ponto de vista do Solution Provider no setor da saúde.

A Zebra oferece soluções de digitalização em toda a cadeia de abastecimento, desde o laboratório até ao paciente. Nesse sentido, João Ramos destaca que o seu papel é fundamental para garantir que os processos de comunicação e gestão de stocks acontecem de forma ágil e segura. “O número de patentes que temos registadas representa um compromisso muito grande e constante para com a profissionalização do processo”, que, por sua vez, contribui para a eficiência das cadeias de valor e para a inovação tecnológica no setor da saúde, explica.

Em Portugal, a falta de profissionais de saúde, bem como a percentagem elevada de população envelhecida que procura serviços primários de saúde, acarreta inúmeros desafios e, por isso, a digitalização e a existência de dispositivos médicos capazes de responder a esta procura são fundamentais.

Tendo isto em conta, Thomas Duparque acrescentou que um dos grandes objetivos e desafios da Zebra passa por “tentar tornar o trabalho dos profissionais de saúde mais eficiente, promovendo a segurança do paciente e reduzindo o erro médico”. Os hospitais em Portugal têm bons níveis de digitalização, notórios a nível global, no entanto, o processo de investimento em certificação digital ainda é moroso, mostrando pouca maturidade digital. “Ainda há trabalho a fazer nesse aspeto”, conclui o Healthcare Business Development EMEA da Zebra.

 

Implementação do Programa Scan4Safety

De seguida, Mark Songhurst, WYAAT Scan4Safety Project Manager do The Leeds Teaching Hospitals (NHS Trust), abordou a perspetiva internacional sobre o uso dos standards GS1 para a codificação de produtos nas cadeias de valor, através do programa Scan4Safety.

Este programa visa melhorar a segurança dos doentes, a rastreabilidade, a produtividade operacional e a eficiência da cadeia de abastecimento. Nos últimos sete anos, tem vindo a ser implementado em grande escala no seguimento de dois incidentes ocorridos em 2012, no Reino Unido, que trouxeram ao de cima as vulnerabilidades dos sistemas hospitalares.

Mark Songhurst afirma que esses incidentes foram o impulso para a adoção deste programa em busca da melhoria da eficiência e segurança dos processos hospitalares. “Utilizamos os standards GS1 para facilitar a recolha dos produtos” e graças a este projeto, atualmente, “é possível detetar todos os produtos com defeito em menos de duas horas e melhorar a segurança do paciente”, acrescenta, reforçando a importância dos standards e da codificação no setor.

Redução da Pegada de Carbono na Cadeia de Valor

Por fim, a importância da redução da pegada de carbono na cadeia de valor da saúde, foi o principal tópico da intervenção de Gonçalo Dias, Gestor de Projetos da GS1 Portugal.

Gonçalo Dias reforçou a necessidade de investir na literacia para a sustentabilidade no setor da saúde, nomeadamente no que diz respeito ao tratamento de resíduos, e na criação de dispositivos mais eficientes, que utilizem menos energia e consigam resistir a climas mais extremos. “Cada vez mais, podemos observar cenários extremos a nível climático, pelo que é importante promover infraestruturas resilientes, que tenham capacidade de dar resposta a esses mesmos eventos”, sublinha.

Ainda no âmbito da sustentabilidade, o Gestor de Projetos da GS1 Portugal relembrou a iniciativa Lean & Green, a maior plataforma europeia de colaboração com vista à redução de emissões de CO2 associadas às operações logísticas e de transportes, que visa incentivar as empresas a alcançar um nível de sustentabilidade mais elevado, pela redução da pegada carbónica. Este projeto da GS1 Portugal atua como um “catalisador para a inovação que permite preparar-nos para o futuro”, conclui.

O encerramento do evento foi da responsabilidade de Sofia Perdigão, Healthcare Manager na GS1 Portugal.

Vida saudável
É já nos dias 26 e 27 de julho que o Parque Atlântico sensibiliza os seus visitantes para a importância da adoção de hábitos de...

Na próxima quarta e quinta-feira, dias 26 e 27 de julho, o Parque Atlântico junta-se ao Centro de Saúde de Ponta Delgada para uma ação de rastreio gratuitos que sensibiliza a comunidade para a importância da adoção de hábitos de vida saudável. As avaliações decorrem no piso 0, do Parque Atlântico, entre as 16h e as 21h.

Durante o rastreio, os participantes realizam várias medições que visam avaliar a sua saúde. Os exames incluem parâmetros como o Índice de Massa Corporal e Tensão Arterial, o peso, a idade e a altura, mas também são avaliados outros parâmetros como hábitos tabágicos, alimentares e de exercício e uma avaliação da saúde mental.

Para esta ação vai estar presente no Parque Atlântico uma equipa multidisciplinar do Centro de Saúde de Ponta Delgada com profissionais de saúde composta por médicos e enfermeiros, um nutricionista, um fisioterapeuta e um profissional de coaching. Esta ação de rastreio, não substitui uma consulta média.

Entre 20 e 22 de julho, na Universidade Católica Portuguesa no Porto
Investigadores, académicos, estudantes e profissionais da área da educação vão estar na Faculdade de Educação e Psicologia da...

Ilídia Cabral, docente da Faculdade de Educação e Psicologia e presidente da comissão organizadora do Seminário Internacional, refere “a educação escolar é, atualmente, atravessada por várias tensões e desafios, como a compulsividade e o abandono, o acolhimento de todos e as aprendizagens de cada um, o projeto societário e a integração comunitária, a vivência escolar e a formação para a vida adulta, o currículo prescrito e o currículo oculto, a forma escolar e as modalidades de educação não formal.” A área da educação entronca-se, ainda, com diferentes áreas e domínios do conhecimento e da ação e articula-se com territórios geográficos, sociais e culturais com especificidades próprias.

A pandemia recentemente vivida veio acentuar algumas destas tensões e colocar novos desafios às escolas e às instituições educativas, nomeadamente ao nível das potencialidades da tecnologia e da inovação pedagógica para o desenvolvimento humano, das escolas enquanto organizações educativas e dos territórios em que elas se inserem.

Durante três dias, investigadores, académicos, estudantes e profissionais da área da educação de sete países diferentes, através de mais de 100 comunicações, vão ter a oportunidade de debater temas como: Uma Avaliação ao Serviço do Desenvolvimento Humano; Inovação Pedagógica e Avaliação: tensões e desafios; Lideranças, Culturas organizacionais e Aprendizagens; Liderança e educação de qualidade: ensinar como um esforço colaborativo.

O Seminário Internacional “Educação, Territórios e Desenvolvimento Humano" realiza-se na Universidade Católica Portuguesa, no Porto, entre os dias 20 e 22 de julho de 2023.

 

E com que resultados?
O AVC é uma das principais causas de morte e a principal causa de incapacidade adquirida na idade ad

Assim, torna-se cada vez mais importante proporcionar-lhes a melhor reabilitação possível em tempo útil. Isto é, quando as lesões que sofreram ainda estão em processo recuperação neurológica, de forma a que, através de uma intervenção multimodal e multiprofissional em Medicina Física e de Reabilitação, possamos potenciar a reabilitação da funcionalidade e prevenir a adopção de estratégias mal adaptativas ou o aparecimento de complicações secundárias que venham agravar o prognóstico funcional e mesmo vital.

Para que os sobreviventes de AVC cheguem de forma atempada aos serviços dos Centros de Reabilitação, para serem integrados em programas multimodais, multiprofissionais e intensivos, a referenciação dos mesmos deve ser célere e criteriosa. Por outro lado, às equipas destes serviços, compete-nos trabalhar de forma concertada e focada nos objetivos de cada utente e seus próximos. Procurando assim potenciar as melhorias funcionais e as adaptações sociais e ambientais necessárias à redução do grau de limitação funcional e social, para possibilitar o retorno do sobrevivente de AVC ao seu domicílio e ao seu contexto social o mais precocemente e com menor número de alterações possíveis.

Somos serviço de reabilitação que trata o maior número de doentes com sequelas de AVC para reabilitação em regime de internamento a nível nacional (Serviço de Reabilitação de Adultos 3, do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão). Na senda da melhoria contínua dos serviços prestados e dos resultados obtidos com o nosso trabalho, realizámos o trabalho científico cujo resumo aproveitamos para partilhar neste fórum, e que já partilhámos no Congresso Mediterrânico de MFR de 2023, em Roma, mas voltaremos a partilhar em mais detalhe no próximo Congresso da Sociedade Portuguesa de MFR, em setembro próximo:

O estudo intitulado “Quando chegam e quanto melhoram os doentes com sequelas de AVC num Centro de Reabilitação?”, pretendeu analisar os doentes internados por sequelas de AVC no Serviço de Reabilitação de Adultos 3 do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (SRA3-CMRA) durante o ano de 2022. Os principais objetivos foram: investigar as características sociodemográficas dos pacientes, determinar a proporção de casos de AVC isquémico e hemorrágico, analisar os tempos de espera e de internamento, bem como os ganhos em funcionalidade e o destino dos após a alta.

Da base de dados de todos os doentes internados no CMRA ao longo de 2022, foram analisados os adultos internados no SRA3-CMRA por sequelas de AVC.

O Serviço internou 333 doentes com sequelas de AVC em 2022: 63% masculinos, em média com 60,6 anos de idade; 32% AVC hemorrágicos e 68% AVC isquémicos.

À admissão, no primeiro internamento a Medida de Independência Funcional - MIF foi, em média, 72.8/126.

O número de dias desde o AVC até à primeira Consulta no SRA3-CMRA para primeiro internamento foi de 50 dias e desde a primeira consulta até à admissão no internamento foi, em média, 34 dias, ou seja, em média os utentes chegaram ao internamento de MFR 84 dias após o evento cerebral.

O tempo médio de internamento no SRA3-CMRA foi de 64 dias e a evolução da funcionalidade desde a admissão até à alta, medida pela MIF, foi, em média, de 15 pontos. Após a alta hospitalar, 87% dos pacientes regressaram ao domicílio (22% com apoio domiciliário).

Os resultados descritos não são ideais no respeitante aos tempos de espera, mas podemos verificar que, em 2022, o SRA3-CMRA admitiu os doentes para primeiro internamento antes dos 3 meses (ainda na janela post-aguda) após o evento e a evolução da MIF foi de 1 ponto a cada 5 dias, demonstrando eficácia do Programa de Reabilitação intensivo realizado em regime de internamento. Apenas 1/5 dos casos corresponderam a re-internamentos e nesses casos verificou-se uma melhoria de 11 pontos na MIF (1 ponto a cada 7 dias), o que revela: seleção criteriosa de doentes, com necessidade/potencial para melhorar mais num segundo episódio de internamento. O facto de estes reinternamentos terem ocorrido em média 14 meses depois do AVC, veio demonstrar que em casos selecionados, podemos continuar a obter melhoria funcional com programas de reabilitação após a marca dos 12 meses.

A grande maioria dos pacientes (87%) teve alta para o domicílio após a alta, revelando que os resultados funcionais conseguidos permitiram em geral a integração no contexto prévio e que incluir nas equipas de reabilitação os técnicos de serviço social é relevante.

Continuaremos a trabalhar com todos os parceiros envolvidos na referenciação atempada e, internamente, na agilização dos processos administrativos e dos programas de reabilitação.

A nossa missão é a de otimizar os resultados logrados pelos nossos utentes e diminuir os impactos negativos do AVC nas suas vidas, nas dos seus próximos e na sociedade em geral.

Autores:

Dr. Jorge Jacinto - Médico Especialista de MFR e membro da SPAVC

Dra. Joana Saldanha- Médico Interno do IFE de MFR

Dr. António Neto - Médico Interno do IFE de MFR

Dr. Daniel Cardoso - Médico Especialista de MFR e membro da SPAVC

Serviço de Reabilitação de Adultos 3

Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão

Diretor de Serviço: Dr. Jorge Jacinto

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Já são mais de 800 os doentes incluídos em estudos clínicos
Todos os anos, milhares de pessoas são diagnosticadas com doenças que podem necessitar de tratamento com recurso a transplante...

No entanto, este tipo de transplante apresenta algumas limitações, já que cerca de 10.000 a 15.000 doentes por ano não conseguem encontrar, entre os milhões de dadores listados a nível mundial, um dador de medula óssea compatível e, além disso, há ainda pessoas para quem, devido à rápida progressão da doença, o tempo para encontrar um dador compatível seja um fator crítico.

Por sua vez, o sangue do cordão umbilical tem-se estabelecido como uma alternativa à medula óssea, tornando a transplantação hematopoiética acessível a um maior número de doentes. De acordo com os registos, já se realizaram 60 mil transplantes de sangue do cordão umbilical em crianças e adultos para o tratamento de mais de 90 doenças.

“A colheita fácil e indolor desta fonte de células estaminais, a disponibilidade imediata para transplante, a maior tolerância nos fatores de compatibilidade HLA e o menor risco de doença do enxerto contra o hospedeiro, são algumas das vantagens dos transplantes de sangue do cordão umbilical” sublinha Carla Cardoso, diretora do Departamento de I&D da Crioestaminal.

A quantidade limitada de células de algumas amostras era, até há bem pouco tempo, o grande desafio da transplantação com sangue do cordão umbilical. Contudo, esta limitação foi ultrapassada com a aprovação, por parte da agência norte americana do medicamento (FDA), a uma das metodologias de expansão, em laboratório, das células do sangue do cordão umbilical, com um produto de terapia celular (omidubicel).

Já são mais de 800 os doentes incluídos em estudos clínicos sobre novas aplicações terapêuticas do sangue do cordão umbilical, sendo a descoberta de que a administração de sangue do cordão umbilical a crianças com paralisia cerebral está associada a melhorias na função motora decorrentes do aumento da conectividade cerebral total, observada após infusão de sangue do cordão umbilical, um dos avanços mais importantes na área da medicina regenerativa com sangue do cordão umbilical.

Desta forma, o sangue do cordão umbilical não só é importante na área da transplantação hematopoiética, como a sua crescente utilização em novas aplicações clínicas vem reforçar o valor terapêutico desta fonte de células estaminais.

Resultados do inquérito “A visão dos portugueses sobre a depressão”
Nove em cada dez portugueses afirmam que se fossem aconselhados a ir a um psiquiatra, iriam. Um resultado revelado nas...

Nesta questão destacam-se os inquiridos do Alentejo que são unânimes (100%) em afirmar que iriam a este tipo de especialista sem qualquer tipo de constrangimento. Esta é também a região do país em que mais inquiridos (90,2%) assumem que tomariam um antidepressivo se este lhes fosse receitado, embora 80,5% considerem que este tipo de medicamentos causa dependência.

Considerando estes resultados, e na opinião de Susana Almeida, médica psiquiatra, «o facto de 9 em 10 pessoas afirmarem procurar a psiquiatria para a abordagem clínica da depressão, se a tal fossem aconselhadas, está em concordância com a significativa maioria dos inquiridos revelar ter adequada perceção da depressão como uma doença (86,2%), para a qual o tratamento é relevante (94,8%). A perceção da depressão como doença, implica que seja tido em conta o seu maior risco, o risco de suicídio, um grave e sério problema de saúde pública. Atenta ao facto de, em Portugal, o Alentejo ser a região paradigmática deste fenómeno, inequivocamente associado a depressão não identificada ou não tratada, é compreensível que os inquiridos desta região se tenham mostrado mais sensíveis à necessidade do correto diagnóstico e necessário tratamento desta doença e, por tal, tenham sido unânimes ao considerar procurar a psiquiatria, sem qualquer constrangimento. De igual modo se compreende que 90,2% tenham assumido tomar um antidepressivo, caso lhe fosse prescrito, independentemente de considerarem que esta medicação causa dependência (80,5%).»

Além da posição dos portugueses sobre as consultas de psiquiatria, o estudo quis ainda perceber qual a perceção dos inquiridos em relação às terapêuticas para a depressão. São vários os efeitos indesejáveis que os portugueses associam à toma de antidepressivos e que segundo o inquérito “A visão dos portugueses sobre a depressão”, mostram que a sonolência (70,5%), a dependência (64,9%), as alterações de peso (47,2%), a lentificação de raciocínio (44,9%) e as alterações na vida sexual (37,3%) continuam a ser os mais citados e identificados com este tipo de tratamento.

Para Maria Moreno, médica psiquiatra, estes resultados são reveladores de como em Portugal ainda são encarados os antidepressivos e da importância de salientarmos os seus benefícios no âmbito da saúde mental: «O medo da Psiquiatria persiste. Os antidepressivos ainda têm rótulos errados. Apenas 7 em 10 portugueses tomavam um antidepressivo se este lhes fosse prescrito e tanto quanto 7 em cada 10 portugueses associa a sonolência e a dependência como os efeitos secundários mais comuns dos antidepressivos. Os antidepressivos não dão dependência (não têm essa capacidade). A maioria dos antidepressivos que prescrevemos, hoje em dia, são ativadores pelo que a sonolência não é de todo um efeito secundário comum. Muitas pessoas entram no consultório e pedem “Não quero ficar zombie”, “Quero conseguir funcionar, preciso muito de trabalhar”. Costumo dizer que se fosse medicar alguém para ficar pior estaria a trabalhar muito mal.» Por outro lado, e conforme sublinha a psiquiatra «o objetivo é a pessoa retomar a sua funcionalidade e maximizar o seu potencial. Os efeitos secundários vão surgir às vezes, mas é para isso que servem as consultas de seguimento – para chegarmos a uma medicação que melhora os sintomas e não provoca outros menos bons. O medo dos antidepressivos faz com que muitas vezes as pessoas abandonem a medicação antes do tempo e, por causa disso, haja recorrências. Todos sabemos que quando tomamos um antibiótico, mesmo depois de melhorarmos, devemos continuar a fazer tudo certinho até terminar a caixa. Mas, por alguma razão, ainda não conseguimos aplicar a mesma regra aos antidepressivos. Há um tempo certo para iniciar a medicação e um tempo certo para a deixar.»

O mesmo inquérito revela também que a maioria dos portugueses (94,8%) defende que o tratamento para a depressão é de extrema importância, contudo quando questionados se tomariam um antidepressivo se lhes fosse receitado, dois em cada 10 dá uma resposta negativa.

Por outro lado, os dados salientam ainda que são os mais jovens e o público feminino que afirmam ter um maior conhecimento sobre depressão. Mas, são também os mais jovens (18 aos 24 anos) os mais céticos em relação à toma de antidepressivos, cerca de 30% afirmam que não iam tomar antidepressivos se lhes fossem receitados e também são os que afirmam em maior número que este tipo de medicamento causa dependência.

O inquérito “A visão dos portugueses sobre a depressão” foi promovido pela Lundbeck Portugal e envolveu um total de 1.215 inquiridos, telefonicamente, entre os dias 27 de setembro e 3 de outubro de 2022. Todos os indivíduos inquiridos são maiores de idade e residem em território nacional. A margem de erro do estudo é de 2,81% para um intervalo de confiança de 95%.

Em julho assinala-se o Mês dos Miomas Uterinos
No Mês dos Miomas Uterinos, assinalado em julho, a Gedeon Richter Portugal alerta a comunidade para a urgência de se...

É um tumor benigno com prevalência elevada em mulheres em idade fértil, podendo atingir os 70% nas mulheres à volta dos 50 anos.  30-50% das mulheres com miomas têm sintomas que afetam significativamente a qualidade de vida.

O impacto da doença ultrapassa as consequências da hemorragia menstrual abundante e da dor ou compressão pélvica, podendo levar a outros quadros com influência na saúde física e psicológica, nomeadamente infertilidade, complicações obstétricas, perturbação na vida sexual da mulher e absentismo laboral.

Para Maria Geraldina Castro, ginecologista, Diretora Médica da Gedeon Richter Portugal e membro do Núcleo de Ecografia Ginecológica da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, “torna-se urgente esclarecer e desmitificar esta doença. É preciso que estas mulheres percebam que não estão sozinhas e que devem procurar ajuda numa fase precoce, sobretudo em idade fértil. Trata-se de uma doença comum, benigna, mas que pode influenciar muitos aspetos importantes da vida de uma mulher e do seu parceiro. Os números falam por si e uma em cada quatro mulheres em idade reprodutiva tem miomas uterinos. Na dúvida, devem sempre procurar o médico assistente e não desvalorizar os sintomas, que muitas vezes entendem como sendo normais.”

Para ver e ouvir opiniões e dicas de vários especialistas, testemunhos de mulheres em Portugal e no mundo, afetadas com esta patologia, consulte a plataforma falardemiomas.pt.

 

Solução integra tecnologia que facilita a captura de gases anestésicos
O Hospital de São Sebastião, E.P.E., em Santa Maria da Feira, que integra o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, E.P.E,...

Dos três anestésicos inalatórios mais utilizados em procedimentos cirúrgicos, em regime de internamento ou ambulatório, apenas uma pequena fração (menos de 5%) é metabolizada pelo doente e, quando exalados, permanecem no ar e contribuem para a emissão de gases de efeito de estufa na atmosfera. Os coletores desenvolvidos que se ligam aos ventiladores permitem a captura 99%1 do gás anestésico halogenado exalado do doente no bloco operatório, prevenindo a sua libertação na atmosfera. Depois de cheios são substituídos por novos coletores e recolhidos para processamento numa unidade especializada. O gás capturado pelo coletor é extraído, separado e esterilizado para ser utilizado como nova substância ativa para gases anestésicos. Uma vez purificado e reembalado, no futuro, espera-se que seja novamente distribuído nos hospitais, em novas embalagens, criando um sistema completo de economia circular.

Com esta tecnologia de captação de gases, os hospitais podem optar por um anestésico inalatório com base nos benefícios clínicos que melhor respondem às necessidades do doente e aos objetivos de sustentabilidade aliados aos cuidados de saúde.

Dulce Brito, responsável pelo Grupo de Trabalho “CHEDV – Uma instituição Hospitalar Verde” do CHEDV refere que “A utilização desta solução inovadora trará benefícios não apenas para o doente, que se refletirão na melhoria dos resultados clínicos, ao mesmo tempo que dará resposta aos desafios de redução de resíduos e da sustentabilidade ambiental”.

Embora a utilização de agentes anestésicos inalatórios tenha um contributo relativamente reduzido para a emissão de gases com efeito de estufa quando comparada com outros procedimentos, a Baxter está a dedicada a investigar tecnologias inovadoras que permitam reduzir estas emissões. "Na Baxter trabalhamos em conjunto com os hospitais no sentido de aumentar a sua eficiência, ao mesmo tempo que desenvolvemos soluções inovadoras que permitem reduzir o impacto ambiental e contribuem para a sustentabilidade da cadeia de valor, assim como para salvar e prolongar a vida do doente”, recorda Filipe Granjo Paias, Country Lead da Baxter Portugal.

“A aposta na sustentabilidade dos recursos, dos procedimentos, das técnicas e dos equipamentos utilizados é uma preocupação crescente do CHEDV, tendo sido reconhecido com uma menção honrosa na categoria “Excellence Award for Green Hospitals”, na edição de 2022 do Congresso da Federação Internacional dos Hospitais (IHF-International Hospital Federation)”, acrescenta [Marcos Pacheco, Director do Serviço de Anestesiologia do CHEDV.

Risco de encerramento da unidade de diálise TECSAM
A Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL) manifesta a sua preocupação com o possível fecho da unidade de diálise...

“Estamos a acompanhar este caso com grande consternação. Por mais de duas décadas, a TECSAM deu resposta aos doentes insuficientes renais crónicos de Vila Real, proporcionando-lhes cuidados de saúde indispensáveis para sobreviverem, uma vez que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não dispunha de meios para o fazer”, explica Rui Filipe, nefrologista e vice-presidente da ANADIAL.

Em Portugal, os Centros de Diálise privados são responsáveis por cerca de 93% dos tratamentos de hemodiálise realizados às pessoas com doença renal crónica submetidas a esta terapêutica de substituição.

“Ao longo dos últimos 40 anos, têm sido os prestadores privados que verdadeiramente asseguram a hemodiálise, absolutamente vital para a sobrevivência destes cidadãos, participando assim na missão do SNS e fazendo-o de forma eficaz, com um custo controlado e com qualidade largamente reconhecida como das melhores ao nível mundial”, reforça Serafim Guimarães, nefrologista e membro da Direção da ANADIAL.

Nos últimos anos, o setor da diálise debate-se com a inexistência de diálogo por parte do Ministério da Saúde, desconhecendo-se totalmente qual seja a estratégia do Governo nesta área da saúde.

“Consideramos preocupante o Ministério da Saúde não estar disponível para dialogar com as empresas que asseguram o tratamento da maioria dos insuficientes renais crónicos no nosso país. A situação que a TECSAM de Vila Real está a viver é um exemplo vivo das dificuldades que o sector tem vindo a sofrer, para as quais temos tentado alertar o Ministério e que carecem de medidas de revisão prementes”, conclui Sofia Correia de Barros, presidente da ANADIAL.

Atualmente, o setor privado de diálise emprega cerca de 5.500 trabalhadores e é responsável pelo tratamento de 11.974 doentes, em 101 unidades de diálise espalhadas pelo país.

 

Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) alerta
Existe um ditado que diz que ‘os olhos são o espelho da alma’ e, por vezes, podem mesmo revelar muit

A saúde neurológica e a visão andam lado a lado e, quando se trata de distúrbios neurológicos, uma alteração visual pode ser um dos primeiros sintomas da doença.[1] Tal acontece porque a informação visual captada pelos olhos é transportada pelos nervos óticos e restante via visual até à parte posterior do cérebro, responsável por interpretar essa informação e formar imagens. Para uma visão normal, é ainda importante que os dois olhos se movam de forma perfeitamente coordenada.

“Há problemas oculares que podem requerer um tratamento que vai além do uso de óculos ou lentes de contacto. É importante desmistificar que sintomas e sinais de perda de visão nem sempre significam a necessidade de mudar a graduação, ou de começar a utilizar óculos. Por vezes, podem ser um indício de outras patologias não específicas dos olhos, mas que se manifestam neles”, sublinha Rita Flores, médica oftalmologista e presidente da SPO.

Uma queixa visual como perda de visão, central ou periférica, ou visão dupla, que não tenha uma causa intrinsecamente ocular, pode traduzir uma doença neurológica, que revela sintomas nos olhos e tem origem no cérebro, mais concretamente nas regiões com funções responsáveis pela visão. Neste caso, é importante uma avaliação neuro-oftalmológica e investigação complementar.

Lígia Ribeiro, coordenadora do Grupo Português de Neuroftalmologia da SPO, explica que “a neuroftalmologia é a subespecialidade de fronteira entre a Neurologia e a Oftalmologia e está vocacionada para o diagnóstico e tratamento de distúrbios visuais relacionados com doenças do sistema nervoso.[2] O exame neuro-oftalmológico poderá confirmar se determinada queixa visual está (ou não) relacionada com um problema no sistema nervoso central ou periférico, permitindo nalguns casos saber com precisão a localização da lesão.”

Segundo a médica oftalmologista, a intervenção precoce é fundamental para que os sintomas sejam controlados com eficácia e atempadamente, evitando o agravamento do problema e, quando possível, restaurando a visão.

Para que conheça as doenças neurológicas ligadas à perda de visão, a SPO partilha uma lista com as mais comuns[3]:

  1. Esclerose Múltipla – É uma doença inflamatória do sistema nervoso central, que acontece quando o sistema imunológico ataca a substância que reveste as células nervosas (mielina), causando dano e tecido cicatricial na zona afetada, o que pode impedir que o cérebro envie sinais corretamente para todo o corpo. Em 20 a 30% dos doentes, a apresentação inicial da doença é uma nevrite ótica, ou seja, uma inflamação do nervo ótico, que gera desmielinização. Manifesta-se por perda de visão, dor ocular e perceção anormal das cores.3
  2. Acidente Vascular Cerebral (AVC) – Quando ocorre um AVC, o fluxo sanguíneo para o cérebro é reduzido ou bloqueado, impedindo que este obtenha o oxigénio e os nutrientes de que necessita. Esta quebra de ligação pode causar a morte das células cerebrais e ter consequências a longo prazo, incluindo na saúde visual.As lesões cerebrais mais posteriores podem provocar ausência de visão em metade do campo visual do lado oposto em ambos os olhos (hemianopsia). Outra das alterações de visão num AVC pode ser a visão dupla, que resulta da perturbação da coordenação dos movimentos oculares, ocorrendo principalmente, em lesões do tronco cerebral. Estas transformações podem ser permanentes.[4]
  3. Doença de Alzheimer – Sendo um distúrbio neurológico, as células nervosas morrem e levam ao comprometimento geral do funcionamento mental. Tanto a doença de alzheimer, como outras demências e ataxias causam a perda de visão por afetarem as regiões do cérebro que processam a informação visual dos olhos. Os doentes têm problemas em reconhecer objetos, perdem a perceção de profundidade e diminui a visão periférica.3
  4. Tumores cerebrais (mesmo os benignos), aneurismas ou malformações venosas - Podem comprimir áreas importantes do sistema visual e levar a perda de visão de um olho ou de parte do campo visual dos dois olhos. Podem ainda comprimir os nervos responsáveis por comandar os movimentos oculares, provocando desalinhamento dos olhos; significa que o cérebro vai receber duas imagens ligeiramente diferentes causando visão dupla.[5]
  5. Miastenia Gravis – É uma doença autoimune da junção neuromuscular, em que existe um defeito na normal transmissão dos impulsos nervosos à membrana muscular para que o músculo possa contrair. Os sintomas vão depender dos músculos que estão envolvidos. A miastenia ocular é secundária a fraqueza dos músculos oculares e palpebrais, pode surgir queda de uma ou ambas as pálpebras e/ou visão dupla.[6]

Referências:

1 Neurology Insights (2023). Neurological Disorders and Vision Loss. Disponível em: https://neurologyoffice.com/neurological-disorders-and-vision-loss/

2 North American Neuro-Ophthalmology Society (2023). Disponível em: https://www.nanosweb.org/i4a/pages/index.cfm?pageid=3279

3 Neurology Insights (2023). Neurological Disorders and Vision Loss. Disponível em: https://neurologyoffice.com/neurological-disorders-and-vision-loss/

4 NVision Eye Centers (2023). Neurological Disorders and Eyesight. Disponível em: https://www.nvisioncenters.com/neurological-disorders/

5 The Brain Tumour Charity. Change in vision. Disponível em: https://www.thebraintumourcharity.org/brain-tumour-signs-symptoms/adult-brain-tumour-symptoms/changes-vision/

6 North American Neuro-ophthalmology Society. Myasthenia Gravis. Disponível em: https://www.nanosweb.org/i4a/pages/index.cfm?pageid=4155

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Coordenação de 15 organizações de saúde e parceiros tecnológicos nacionais
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) alcançou mais um feito notável no campo da investigação em saúde em...

Conhecido como "Odyssey", o OHDSI é uma rede colaborativa interdisciplinar que visa agregar valor aos dados de saúde por meio de sua colheita e harmonização em larga escala. O objetivo é estabelecer evidências científicas precisas, reproduzíveis e calibradas para apoiar a tomada de decisões, de forma acessível a todos os interessados.

A criação do Nó Português foi impulsionada pelo desejo de promover a colaboração entre as organizações de saúde portuguesas interessadas em participar neste movimento, cujo objetivo principal é a transversalidade dos dados de saúde. Essa abordagem permitirá a partilha segura e anónima de informações de saúde entre diferentes instituições e investigadores, o que pode acelerar novas descobertas e melhorar os resultados em saúde para os doentes.

O CHUC, com sua vasta experiência e reconhecimento em investigação e inovação em saúde, foi escolhido para liderar este esforço de coordenação. A instituição está comprometida em promover a excelência em investigação e inovação, e o OHDSI representa uma oportunidade única para avançar nesta área.

Ao assumir o papel de instituição coordenadora do Nó Português do OHDSI, o CHUC estará na vanguarda da investigação baseada em dados de saúde em Portugal. Além disso, o envolvimento ativo no OHDSI permitirá ao CHUC estabelecer colaborações com instituições e investigadores internacionais, contribuindo para o avanço do conhecimento em saúde à escala global.

Espera-se que essa iniciativa traga benefícios significativos para a saúde pública em Portugal, fornecendo uma base sólida para a investigação científica, melhorando a eficiência dos cuidados de saúde e ajudando a informar políticas e práticas médicas baseadas em evidências. A colaboração entre as instituições e a harmonização dos dados de saúde certamente abrirão novas possibilidades para a investigação em saúde e trarão benefícios tangíveis para os doentes e a sociedade como um todo.

 

 

Enxaqueca afeta cerca de 15% da população
A enxaqueca é uma perturbação crónica caracterizada por episódios de dor de cabeça, mais ou menos in

No verão, com temperaturas altas e excesso de luminosidade e humidade, as crises e dores de cabeça são mais comuns. Durante a exposição ao sol, o centro modulador de dor é ativado e há uma maior dilatação das artérias das meninges e do córtex cerebral, o que leva ao surgimento de uma crise.

Outro fator que se pode revelar um problema é a claridade. Quem tem enxaquecas sofre, normalmente, de fotofobia e a tendência natural destas pessoas é a de evitar a luz, porque a luminosidade as incomoda. Nesses casos, uma maior exposição à luz pode tornar uma enxaqueca mais forte, mais evidente e mais dolorosa. Além disso, fatores com os hábitos alimentares, a desidratação, o consumo excessivo de álcool, a má qualidade do sono, além do desgaste causado por longas viagens em veículos com fraca ventilação, podem também ser apontados como desencadeadores das dores de cabeça.

Ana Pedro afirma que a enxaqueca é, muitas vezes, desvalorizada e encarada como sendo apenas uma dor de cabeça. É importante estabelecer as diferenças e perceber que a enxaqueca é uma doença crónica incapacitante, cujo tratamento preventivo é a melhor forma de evitar crises intensas e frequentes e diminuir a sensibilidade a fatores externos que funcionam como gatilho da dor, principalmente nos meses de verão”.

Por forma a prevenir enxaquecas durante o verão, recomenda a adoção de medidas como:

  • Beber bastante água ao longo do dia para manter o corpo hidratado, já que isso ajuda no equilíbrio da temperatura corporal;
  • Evitar exposição direta ao sol e usar óculos escuros para evitar a penetração de muitos estímulos luminosos na retina;
  • Consumir alimentos mais leves e ricos em água, como frutas e verduras, e controlar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Tomar banhos mais frios ou fazer compressas de água fria na cabeça para diminuir a temperatura corporal, principalmente se estiver num risco iminente de crise;
  • Praticar atividade física em horários em que a temperatura esteja mais amena e beber água durante a realização da mesma;
  • Procurar ter boas noites de sono, dormir num ambiente arejado, silencioso e com roupas confortáveis;
  • Quando possível, optar por viagens menos desgastantes, em ambientes mais confortáveis e bem ventilados.

A enxaqueca afeta cerca de 15% da população, sendo mais frequente nas mulheres do que nos homens e a prevalência máxima incide na faixa etária entre os 22 e os 55 anos de idade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica as enxaquecas como a perturbação crónica mais incapacitante e dispendiosa.

As causas das enxaquecas não estão completamente clarificadas. São estímulos internos e externos, a que as pessoas que sofrem de enxaqueca são especialmente sensíveis e que, noutras pessoas, não têm qualquer consequência.

Embora exista uma componente hereditária, as enxaquecas também podem ser desencadeadas por determinados alimentos, pela abstinência de cafeína, pelo consumo de álcool, pela falta de sono, por fadiga, determinados cheiros (perfumes, tabaco), ruídos fortes ou luzes brilhantes e alterações nos níveis hormonais (por exemplo, durante o ciclo menstrual das mulheres).

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Iniciativa da SPOT e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) apoia a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e voltam a lançar mais...

“Antes de mergulhar, avalie primeiramente o espaço, perceba onde há mais profundidade bem como se há rochas envolventes e/ou correntes de água. Evite locais desconhecidos, não vigiados e sem as devidas condições de segurança para mergulhar. Informe-se, fale com frequentadores do local e com as equipas de nadadores-salvadores. Garanta que existe água debaixo de água, para não bater no fundo. Mergulhe em segurança”, aconselha João Gamelas, presidente da SPOT.

A campanha “Mergulho Seguro” de 2023 foi totalmente produzida, realizada e editada pela equipa da Direção de Comunicação e Marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e será veiculada em vários meios. Lançada em 2013, dez anos depois o alerta mantém-se, porque “mais vale prevenir do que remediar”.

Caso presencie um acidente ou suspeite de um caso de eventual lesão da coluna, contacte de imediato o número de emergência médica (112). Não mexa na vítima, pois qualquer movimento pode causar danos maiores e permanentes.

Vai (mesmo) mergulhar? Informe-se sobre as medidas de precaução.

Assista ao vídeo:

Com o lema “este verão renova o diploma solidário de “Dador Salvador”
O Serviço de Sangue e Medicina Transfusional (SSMT) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai proceder ao...

Jorge Tomaz, Diretor do SSMT, refere que “o consumo de componentes plaquetários no doente oncológico tem vindo a aumentar o que obriga a um apelo constante à dádiva de sangue, em especial, no que concerne à dádiva de plaquetas, pois são muitos os doentes do CHUC que necessitam de transfusão de componentes sanguíneos para serem sujeitos a tratamentos de quimioterapia, radioterapia, auto transplante de medula óssea e cirurgias.”

Como enfatiza o Diretor do Serviço “apesar de desenvolvermos permanentemente ações de sensibilização junto de dadores e potenciais dadores, com o objetivo de mantermos um volume de dádivas que nos permita responder às necessidades crescentes dos doentes que tratamos, o alargamento do período de agendamento de dádiva de plaquetas, para os fins-de-semana e feriados, já a partir do próximo dia 22, vai proporcionar um conjunto de possibilidades mais alargadas e flexíveis, no sentido de irmos, também, ao encontro de uma eventual maior disponibilidade por parte de dadores e de potenciais novos dadores“.

Jorge Tomaz esclarece ainda que “a dádiva por aférese, nomeadamente a dádiva de plaquetas, é segura, evita a exposição a múltiplos dadores, reduzindo reações adversas, sendo utilizado material estéril e de uso único para cada dador”.

Os critérios para a seleção de dadores de multicomponentes por aférese são idênticos aos utilizados para a dádiva de sangue convencional.

  • Quem já for dador de sangue
  • Quem estiver de boa saúde
  • Quem tiver idade entre 18 e 65 anos
  • Quem pesar mais de 50 quilos

Com o lema “este verão renova o diploma solidário de “Dador Salvador”, o Serviço recorda aos mais jovens que a dádiva de sangue ou de componentes é também um dever de cidadania simples e solidária, permitindo salvar uma ou mais vidas.

 

Campeonato do Mundo de Futebol Feminino da FIFA
Com claims assentes em “ambição”, “confiança” e “determinação”, a CUF acaba de lançar uma campanha de apoio à Seleção Nacional...

A CUF, através desta campanha, protagonizada pelas jogadoras da Seleção A Feminina, demonstra que as atletas de elevada performance, que requerem cuidados diferenciados e altamente especializados, confiam a sua saúde à CUF.  O mote «A SELEÇÃO FEMININA VAI À CUF» afirma-o de forma clara, transmitindo a diferenciação e competência das equipas clínicas que diariamente contribuem não só para a saúde, performance e bem-estar das jogadoras de alta competição, como também de toda a população.  

Esta campanha, que reforça a associação positiva entre a saúde e o desporto, salienta que, enquanto parceira da Federação Portuguesa de Futebol e prestadora de cuidados de saúde, a CUF apoia de perto a Seleção A Feminina. Fá-lo cuidando, tratando e acompanhando as jogadoras, com a garantia que os cuidados de saúde promovem o bem-estar e performance desportiva da equipa. 

Com presença em rádio, outdoor e no digital, a campanha, cuja criatividade esteve a cargo da agência BBDO, estará disponível até ao início de agosto.

 

O cancro de pele tem aumentado nas últimas décadas
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) lança a campanha “Verão com Prevenção”, uma iniciativa que pretende alertar para o...

“Evite a exposição solar das 11:30 às 16:30” é o mote da campanha “Verão com Prevenção” que tem, como principal mensagem, uma das recomendações que podem ajudar a evitar o cancro de pele. No entanto se conseguirmos cumprir devidamente este horário já estamos a prevenir.

Esta campanha relembra ainda outras boas práticas que devem ser introduzidas nos seus hábitos diários.

Utilizar camisola de mangas compridas, chapéu de abas largas e óculos escuros, aplicar protetor solar com fator de proteção de pelo menos   30 e ainda preferir as sombras à exposição solar direta são algumas das recomendações que também não devem ser esquecidas.

Este projeto de prevenção de cancro da pele   surge numa altura em que a exposição aos raios ultravioleta é elevada, sensibilizando as pessoas para a prevalência cada vez maior, a nível mundial, deste tipo de cancro.

“Uma das missões da Liga Portuguesa Contra o Cancro é alertar e sensibilizar as pessoas para uma menor exposição a fatores de risco. A campanha “Verão com Prevenção”, tem como principal objetivo proteger a população dos riscos associados a uma exposição solar inadequada, nas horas não recomendadas das 11:30 às 16h30.  Estas boas práticas e hábitos saudáveis permitirão a todos desfrutar do verão de forma plena, mas em segurança”, reforça o Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Eng.º Francisco Cavaleiro de Ferreira.

A iniciativa está disponível durante o período de verão nos vários meios e plataformas e conta ainda com um spot de vídeo, divulgado a partir desta segunda-feira, 17 de julho.

Portugal apresenta, anualmente, cerca de 1500 novos casos de melanoma maligno, número que tem tendência a aumentar. Este tipo de cancro pode ser detetado precocemente e o principal fator de risco é a exposição aos raios ultravioleta, para os quais existem fatores de proteção.

O cancro de pele é o cancro mais frequente a nível mundial entre as populações de pele predominantemente clara e a sua ocorrência tem aumentado de forma drástica ao longo das últimas décadas.

 

Dia Mundial das Hepatites assinala-se a 28 de julho
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma ação de consciencialização sob o mote “A Hepatite...

“A Hepatite é uma doença evitável, tratável e, no caso da Hepatite C, curável. As Hepatites virais B e C afetam 350 milhões de pessoas em todo o Mundo, causando 1,4 milhões de mortes por ano. Em Portugal poderão ainda existir milhares de doentes com Hepatites B e C não diagnosticados. Frequentemente, os doentes infetados não têm sintomas. O diagnóstico faz-se quando se encontram análises hepáticas alteradas ou quando se suspeita que houve exposição a fatores de risco (ter feito transfusões de sangue antes de 1992, ter prática de sexo inseguro ou ter partilhado seringas ou outros materiais, entre outros). É, contudo, desejável que qualquer pessoa faça os testes de rastreio das Hepatites B e C pelo menos uma vez na vida”, explica Arsénio Santos, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF).

E acrescenta: “A taxa de cura para a Hepatite C situa-se em 97 por cento, sendo fundamental que o diagnóstico seja feito atempadamente. A Hepatite B é igualmente tratável. Se não forem tratadas, as Hepatites B e C podem evoluir para cirrose hepática, e nalguns casos, para cancro do fígado. Lembre-se que a cada 30 segundos morre uma pessoa com uma doença relacionada com as Hepatites. Os tratamentos são simples, rápidos e sem custos para o doente”.

“Existe já vacina para a Hepatite B mas ainda não para a Hepatite C, que só se pode prevenir evitando os fatores e comportamentos de risco”, conclui Arsénio Santos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou uma Estratégia Global do Setor da Saúde sobre Hepatites Virais: eliminar a hepatite viral como uma ameaça à saúde pública até 2030. Esteja atento e consulte o seu médico para fazer o diagnóstico e, em caso positivo, um tratamento atempado. Não fique à espera. Atue.

A Hepatite caracteriza-se por uma inflamação das células do fígado, que pode ter várias causas, nomeadamente os vírus da Hepatite A, B, C, D e E, sendo a B e a C as que têm maior impacto na saúde pública. O fígado é um importante órgão do sistema digestivo e, no caso de inflamação ou lesão, pode haver comprometimento da sua função, podendo originar diversas complicações a curto ou a longo prazo.

Saúde auditiva
Quando quis escrever este contributo, realmente pensei em fazê-lo, não na qualidade de presidente de

Queríamos e gostaríamos de realçar, que cada vez mais deparamo-nos com a interpelação de pessoas (não apenas sócios) que procuram não somente a solução (auditiva) do seu problema. Estas pessoas avançam "pelo próprio pé" e de forma desadequada e desaconselhada, gastando, por vezes despropositada e inconscientemente, na aquisição da solução mais simples (normalmente de próteses auditivas) e nem sempre a mais adequada. A perceção que temos, é o que o negócio das soluções auditivas não é frequentemente rentável, e quem vende este tipo de dispositivos pretende sobretudo vender. No entanto, a pessoa com a perda auditiva tem a atitude mais cómoda, e recorre de um centro de reabilitação auditiva (vendedor de aparelhos auditivos) que está mais próximo, nem sempre credenciado, e em que a conduta de ética e os conhecimentos necessários não são exigíveis e nem as têm. Isto realmente, porque infelizmente, estas pessoas se acomodam à sua bolha, ou à sua zona de conforto, sem se informarem e sem procurarem uma ajuda especializada, a quem deveria efetivamente recorrer (que poderia passar pela deslocação a um Centro Hospitalar de Referência no Serviço de Otorrinolaringologia, e inicialmente, procurarem um Centro de Saúde, ou o médico de família).

Tudo começa mal, quando as pessoas fazem a sua autoanálise de forma leiga e infundamentada, sem uma base sustentável e lógica. E aí, é que começa o problema! Porque com os sintomas de perda auditiva, em vez de iniciarem o processo pelos Cuidados de Saúde Primários (o médico de família... que muitos infelizmente não têm, ou não têm acesso a), procuram uma solução "à medida", e mais cómoda, através da internet, se "automedicando" (na farmácia), ou recorrendo ao senhor que se diz ser "audiologista", sem se quer conhecerem a causa nem a patologia, e sem saberem se podem receber até (outro) tratamento, e até de poderem vir a ter de adquirir um, em que o processo da surdez seja reversível. Para tal, necessitam de se dirigir mais além, a um local que lhes possibilite fazer um pouco mais do que preveem, e em obter a ajuda adequada.

Em primeiro lugar, as pessoas devem conhecer (assim como, qualquer patologia, de outra índole) como prevenir a perda auditiva.

Existem várias maneiras de prevenir a perda auditiva (quando não é inevitável):

  1. Proteger os ouvidos de ruídos altos, usando protetores auriculares ou mantendo o volume baixo em auriculares ou auscultadores de ouvido e através de altifalantes;
  2. Evitar a exposição prolongada a ruídos altos, como música alta ou maquinaria pesada;
  3. Tratar rapidamente as infeções de ouvido, e outras condições que possam afetar a audição;
  4. Fazer exames auditivos regulares para detetar os problemas precocemente;
  5. Evitar o uso de cotonetes ou outros objetos para limpar o ouvido, pois isso pode causar danos ao canal auditivo;
  6. Manter uma alimentação saudável e equilibrada, pois alguns nutrientes, como vitaminas e minerais, são importantes para a saúde auditiva.

Quando origina a perda auditiva (mesmo sem uma perceção real do problema), deve-se começar por identificar os sintomas.

Alguns sintomas de surdez contemplam:

  • Dificuldade em ouvir conversas em ambientes barulhentos;
  • Dificuldade em entender a fala de mulheres e crianças;
  • Aumento do volume da televisão ou do rádio;
  • Dificuldade em ouvir o toque do telefone, do telemóvel ou da campainha;
  • Zumbido nos ouvidos;
  • Sensação de ouvido entupido;
  • Dificuldade em ouvir sons de alta frequência, como o canto dos pássaros ou o som de um alarme.

E caso se experimente qualquer um destes sintomas, é importante procurar um profissional de saúde auditiva para uma avaliação auditiva completa, um audiologista devidamente qualificado, e em caso de dúvida, procurar médico/a de família.

Seria interessante, antes de mais, explicar como funciona a audição:

O ouvido humano é um órgão complexo que é responsável por captar e processar os sons. A audição começa quando o som entra no canal auditivo externo e atinge o tímpano. O tímpano vibra em resposta às ondas sonoras, e essas vibrações são transmitidas para os ossos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo). Os ossos do ouvido médio amplificam as vibrações e as transmitem para o ouvido interno, onde as células ciliadas transformam as vibrações em sinais elétricos que são enviados para o cérebro através do nervo auditivo. O cérebro então interpreta esses sinais elétricos como sons.

Deve-se procurar ajuda médica e recorrer a médico de família, se ainda não for acompanhado/a, e quando têm conhecimento de algum médico otorrinolaringologista, deve ser a este que deve procurar ajuda para descobrir a causa da surdez. O mais provável, é que vai necessitar de realizar exames. E se for confirmado, dever-se-á encontrar a solução possível ou qual a solução mais adequada, que poderá passar por um tratamento reversível da sua condição.

Contudo, só se deve recorrer a medicação e/ou audiologista, com recomendação e prescrição de um médico devidamente qualificado!

Quando é recomendado o recurso a um especialista em audição (refira-se, um audiologista ou médico otorrinolaringologista, conceituado!), é exigível o profissionalismo e a conduta de ética por parte desse. (E quando é necessário recorrer a um terapeuta da fala também!).

Por último, não se pode (ou deve) vender/adquirir aparelho(s) auditivo(s) sem se conhecer a "verdadeira" causa ou patologia que deriva a sua surdez!

A perda auditiva é geralmente classificada em quatro graus, com base na intensidade do som que uma pessoa é capaz de ouvir:

  1. Leve: a pessoa tem dificuldade em ouvir sons suaves e muito baixos (como sussurros), especialmente em ambientes barulhentos;
  2. Moderada: a pessoa tem dificuldade em ouvir sons moderados, como conversas normais, especialmente em ambientes ruidosos;
  3. Severa: a pessoa tem dificuldade em ouvir sons altos, como o barulho de um aspirador de pó ou de um secador de cabelo;
  4. Profunda: a pessoa não consegue ouvir quaisquer sons, a menos que sejam muito altos, como o barulho de um avião a jato.

Existem três tipos principais de perda auditiva:

  1. Perda auditiva condutiva: ocorre quando há um problema no ouvido externo ou médio que impede a transmissão adequada de som para o ouvido interno. As causas podem incluir cera (ou "cerúmen") no ouvido, infeções do ouvido médio, perfuração do tímpano, entre outros;
  2. Perda auditiva neurossensorial: ocorre quando há um problema no ouvido interno ou no nervo auditivo que impede a transmissão adequada de sinais elétricos para o cérebro. As causas podem incluir: exposição a ruído intenso, envelhecimento, lesões na cabeça, entre outras;
  3. Perda auditiva mista: ocorre quando há uma combinação de perda auditiva condutiva e neurossensorial.

Para verificação e confirmação da perda auditiva, devem-se realizar exames específicos, por forma a encontrar a causa da mesma, ou quando não é possível determiná-la, pelo menos detetar que se está perante um caso de surdez.

Existem vários tipos de exames de audição, mas um dos mais comuns é o teste de audiometria ou audiograma. Esse teste é geralmente realizado por um profissional de saúde auditiva e envolve o uso de auscultadores de ouvido e uma série de sons em diferentes frequências e intensidades. O objetivo é determinar quais os sons que se podem ouvir e em que volume. A partir desses resultados, o profissional pode avaliar se há algum problema de audição e, em caso afirmativo, qual é o grau de perda auditiva.

Existem outros exames aos ouvidos, tais como: timpanograma, TAC, Ressonância Magnética; e outros, entre os quais se podem avaliar as condições de vertigens e equilíbrio, assim como outros.

Depois de identificada a causa, a patologia, deve-se proceder então ao adequado tratamento, solucionar com a correção auditiva (nem sempre, ou tão bem conseguida, para uma audição normal natural).

Existem vários tipos de tratamento para perda auditiva:

  • Aparelhos auditivos: são dispositivos que amplificam e processam o som e ajudam a melhorar a audição;
  • Implantes auditivos (cocleares, do ouvido médio, ou do tronco cerebral): são dispositivos eletrónicos que são implantados cirurgicamente no ouvido e ajudam a estimular o nervo auditivo;
  • Terapia de reabilitação auditiva: envolve a prática de exercícios para ajudar a melhorar a compreensão da fala e a capacidade de distinguir diferentes sons;
  • Cirurgia: em alguns casos, a cirurgia pode ser usada para tratar a perda auditiva, como em casos de perfuração do tímpano ou remoção de tumores;
  • Medicamentos: em alguns casos, os medicamentos podem ser prescritos para tratar problemas de audição, como infeções de ouvido ou zumbidos.

O tipo de tratamento recomendado dependerá do tipo e grau de perda auditiva e da causa subjacente do problema. É importante consultar um profissional de saúde auditiva, devidamente qualificada e credenciado, para determinar o melhor tratamento.

Antes de terminar, gostaria de abordar dois assuntos de extrema importância, muitas vezes esquecidos, ou por desconhecimento ou por falta de sensibilização, como são o caso: de alguns e importantes cuidados a ter com os ouvidos (em casa), e a forma como comunicar com uma pessoa com deficiência auditiva.

Existem algumas maneiras simples de cuidar dos ouvidos em casa:

  • Limpar os ouvidos com cuidado: usar apenas uma toalha macia e nunca colocar objetos pontiagudos ou cotonetes no ouvido;
  • Proteger os ouvidos: usar protetores auriculares em ambientes barulhentos ou ruidosos ou ao nadar.
  • Manter os ouvidos secos: evitar ficar com os ouvidos molhados por muito tempo e usar um secador de cabelo em temperatura baixa para secar os ouvidos após nadar ou tomar banho;
  • Evitar objetos estranhos: não colocar objetos estranhos nos ouvidos, como cotonetes, pois isso pode empurrar a cera para dentro do ouvido e causar danos;
  • Manter uma dieta saudável: uma dieta saudável pode ajudar a prevenir infeções de ouvido;
  • Manter-se hidratado: beber bastante água pode ajudar a prevenir a acumulação de cera;
  • Consultar um profissional de saúde auditiva caso tiver (e persistir) algum problema de audição ou dor de ouvido.

Para comunicar com pessoas com deficiência auditiva pode ser desafiador, mas existem alguns cuidados a ter e tomar algumas maneiras por forma a tornar a comunicação mais fácil, tais como:

  • Falar claramente e a um ritmo natural (ou mais lento);
  • Manter o contato visual com a pessoa;
  • Usar gestos e expressões faciais para ajudar a transmitir a mensagem;
  • Reduzir o ruído de fundo sempre que possível;
  • Escrever notas ou usar aplicativos de tradução de texto em tempo real (legendagem) ou de transcrição;
  • Considerar aprender Língua Gestual Portuguesa, quando a perda auditiva é grave ou não há reabilitação auditiva possível;
  • Respeitar as necessidades individuais da pessoa e perguntar se há alguma coisa que se pode fazer para ajudar a melhorar a comunicação.

Esperamos que este artigo possa ter a utilidade pública que merece, e ser um guia. Existe alguma informação fornecida, que não apenas serve ou aplica-se somente à deficiência auditiva, bem como a outras deficiências ou patologias (ou doenças).

A deteção deve ser tão precocemente quanto possível de qualquer problema de saúde, e essa continua a ser a forma mais correta e adequada de o contornar, ou evitar que mais tarde possa tornar-se mais difícil de tratar, ou de eventualmente, levar a outras complicações (mais graves, mais incómodas, e sem qualquer solução possível).

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Até 8 de setembro
Já se encontra a decorrer a fase de candidaturas à 10.ª edição do Prémio Healthcare Excellence, promovido pela Associação...

Podem candidatar-se ao Prémio Healthcare Excellence equipas de profissionais de saúde compostas por administradores hospitalares e/ou outros profissionais de saúde desde que tenham na sua equipa um administrador hospitalar e cujos projetos tenham sido desenvolvidos e implementados no ano 2022 e 2023. As candidaturas podem ser submetidas por organizações públicas, sociais e privadas do Sistema de Saúde com atividade de prestação de cuidados de saúde e/ou projetos na área da saúde.

As candidaturas ao Prémio Healthcare Excellence são formalizadas mediante a apresentação de uma descrição resumida do projeto, que permita compreender e evidenciar o seu contributo, submetida para o email [email protected].

Todas as candidaturas serão avaliadas por um Júri independente que integra quatro profissionais de reconhecido mérito na área da saúde, a quem caberá a seleção dos melhores projetos.

Os Projetos finalistas serão apresentados publicamente pelo administrador(a) hospitalar como elemento da equipa na reunião final do Prémio Healthcare Excellence, a realizar no dia 24 de outubro de 2023. No decurso desta sessão será eleito o vencedor do Prémio Healthcare Excellence 2023, sendo-lhe atribuído um prémio no valor de 5.000 euros.

O regulamento do Prémio Healthcare Excellence está disponível no site da APAH em https://apah.pt/noticia/candidaturas-ao-premio-healthcare-excellence-ate-08-setembro-participe/.

 

 

 

 

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