Coordenação de 15 organizações de saúde e parceiros tecnológicos nacionais
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) alcançou mais um feito notável no campo da investigação em saúde em...

Conhecido como "Odyssey", o OHDSI é uma rede colaborativa interdisciplinar que visa agregar valor aos dados de saúde por meio de sua colheita e harmonização em larga escala. O objetivo é estabelecer evidências científicas precisas, reproduzíveis e calibradas para apoiar a tomada de decisões, de forma acessível a todos os interessados.

A criação do Nó Português foi impulsionada pelo desejo de promover a colaboração entre as organizações de saúde portuguesas interessadas em participar neste movimento, cujo objetivo principal é a transversalidade dos dados de saúde. Essa abordagem permitirá a partilha segura e anónima de informações de saúde entre diferentes instituições e investigadores, o que pode acelerar novas descobertas e melhorar os resultados em saúde para os doentes.

O CHUC, com sua vasta experiência e reconhecimento em investigação e inovação em saúde, foi escolhido para liderar este esforço de coordenação. A instituição está comprometida em promover a excelência em investigação e inovação, e o OHDSI representa uma oportunidade única para avançar nesta área.

Ao assumir o papel de instituição coordenadora do Nó Português do OHDSI, o CHUC estará na vanguarda da investigação baseada em dados de saúde em Portugal. Além disso, o envolvimento ativo no OHDSI permitirá ao CHUC estabelecer colaborações com instituições e investigadores internacionais, contribuindo para o avanço do conhecimento em saúde à escala global.

Espera-se que essa iniciativa traga benefícios significativos para a saúde pública em Portugal, fornecendo uma base sólida para a investigação científica, melhorando a eficiência dos cuidados de saúde e ajudando a informar políticas e práticas médicas baseadas em evidências. A colaboração entre as instituições e a harmonização dos dados de saúde certamente abrirão novas possibilidades para a investigação em saúde e trarão benefícios tangíveis para os doentes e a sociedade como um todo.

 

 

Enxaqueca afeta cerca de 15% da população
A enxaqueca é uma perturbação crónica caracterizada por episódios de dor de cabeça, mais ou menos in

No verão, com temperaturas altas e excesso de luminosidade e humidade, as crises e dores de cabeça são mais comuns. Durante a exposição ao sol, o centro modulador de dor é ativado e há uma maior dilatação das artérias das meninges e do córtex cerebral, o que leva ao surgimento de uma crise.

Outro fator que se pode revelar um problema é a claridade. Quem tem enxaquecas sofre, normalmente, de fotofobia e a tendência natural destas pessoas é a de evitar a luz, porque a luminosidade as incomoda. Nesses casos, uma maior exposição à luz pode tornar uma enxaqueca mais forte, mais evidente e mais dolorosa. Além disso, fatores com os hábitos alimentares, a desidratação, o consumo excessivo de álcool, a má qualidade do sono, além do desgaste causado por longas viagens em veículos com fraca ventilação, podem também ser apontados como desencadeadores das dores de cabeça.

Ana Pedro afirma que a enxaqueca é, muitas vezes, desvalorizada e encarada como sendo apenas uma dor de cabeça. É importante estabelecer as diferenças e perceber que a enxaqueca é uma doença crónica incapacitante, cujo tratamento preventivo é a melhor forma de evitar crises intensas e frequentes e diminuir a sensibilidade a fatores externos que funcionam como gatilho da dor, principalmente nos meses de verão”.

Por forma a prevenir enxaquecas durante o verão, recomenda a adoção de medidas como:

  • Beber bastante água ao longo do dia para manter o corpo hidratado, já que isso ajuda no equilíbrio da temperatura corporal;
  • Evitar exposição direta ao sol e usar óculos escuros para evitar a penetração de muitos estímulos luminosos na retina;
  • Consumir alimentos mais leves e ricos em água, como frutas e verduras, e controlar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Tomar banhos mais frios ou fazer compressas de água fria na cabeça para diminuir a temperatura corporal, principalmente se estiver num risco iminente de crise;
  • Praticar atividade física em horários em que a temperatura esteja mais amena e beber água durante a realização da mesma;
  • Procurar ter boas noites de sono, dormir num ambiente arejado, silencioso e com roupas confortáveis;
  • Quando possível, optar por viagens menos desgastantes, em ambientes mais confortáveis e bem ventilados.

A enxaqueca afeta cerca de 15% da população, sendo mais frequente nas mulheres do que nos homens e a prevalência máxima incide na faixa etária entre os 22 e os 55 anos de idade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica as enxaquecas como a perturbação crónica mais incapacitante e dispendiosa.

As causas das enxaquecas não estão completamente clarificadas. São estímulos internos e externos, a que as pessoas que sofrem de enxaqueca são especialmente sensíveis e que, noutras pessoas, não têm qualquer consequência.

Embora exista uma componente hereditária, as enxaquecas também podem ser desencadeadas por determinados alimentos, pela abstinência de cafeína, pelo consumo de álcool, pela falta de sono, por fadiga, determinados cheiros (perfumes, tabaco), ruídos fortes ou luzes brilhantes e alterações nos níveis hormonais (por exemplo, durante o ciclo menstrual das mulheres).

Foto: 
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Iniciativa da SPOT e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
A Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) apoia a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e voltam a lançar mais...

“Antes de mergulhar, avalie primeiramente o espaço, perceba onde há mais profundidade bem como se há rochas envolventes e/ou correntes de água. Evite locais desconhecidos, não vigiados e sem as devidas condições de segurança para mergulhar. Informe-se, fale com frequentadores do local e com as equipas de nadadores-salvadores. Garanta que existe água debaixo de água, para não bater no fundo. Mergulhe em segurança”, aconselha João Gamelas, presidente da SPOT.

A campanha “Mergulho Seguro” de 2023 foi totalmente produzida, realizada e editada pela equipa da Direção de Comunicação e Marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e será veiculada em vários meios. Lançada em 2013, dez anos depois o alerta mantém-se, porque “mais vale prevenir do que remediar”.

Caso presencie um acidente ou suspeite de um caso de eventual lesão da coluna, contacte de imediato o número de emergência médica (112). Não mexa na vítima, pois qualquer movimento pode causar danos maiores e permanentes.

Vai (mesmo) mergulhar? Informe-se sobre as medidas de precaução.

Assista ao vídeo:

Com o lema “este verão renova o diploma solidário de “Dador Salvador”
O Serviço de Sangue e Medicina Transfusional (SSMT) do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai proceder ao...

Jorge Tomaz, Diretor do SSMT, refere que “o consumo de componentes plaquetários no doente oncológico tem vindo a aumentar o que obriga a um apelo constante à dádiva de sangue, em especial, no que concerne à dádiva de plaquetas, pois são muitos os doentes do CHUC que necessitam de transfusão de componentes sanguíneos para serem sujeitos a tratamentos de quimioterapia, radioterapia, auto transplante de medula óssea e cirurgias.”

Como enfatiza o Diretor do Serviço “apesar de desenvolvermos permanentemente ações de sensibilização junto de dadores e potenciais dadores, com o objetivo de mantermos um volume de dádivas que nos permita responder às necessidades crescentes dos doentes que tratamos, o alargamento do período de agendamento de dádiva de plaquetas, para os fins-de-semana e feriados, já a partir do próximo dia 22, vai proporcionar um conjunto de possibilidades mais alargadas e flexíveis, no sentido de irmos, também, ao encontro de uma eventual maior disponibilidade por parte de dadores e de potenciais novos dadores“.

Jorge Tomaz esclarece ainda que “a dádiva por aférese, nomeadamente a dádiva de plaquetas, é segura, evita a exposição a múltiplos dadores, reduzindo reações adversas, sendo utilizado material estéril e de uso único para cada dador”.

Os critérios para a seleção de dadores de multicomponentes por aférese são idênticos aos utilizados para a dádiva de sangue convencional.

  • Quem já for dador de sangue
  • Quem estiver de boa saúde
  • Quem tiver idade entre 18 e 65 anos
  • Quem pesar mais de 50 quilos

Com o lema “este verão renova o diploma solidário de “Dador Salvador”, o Serviço recorda aos mais jovens que a dádiva de sangue ou de componentes é também um dever de cidadania simples e solidária, permitindo salvar uma ou mais vidas.

 

Campeonato do Mundo de Futebol Feminino da FIFA
Com claims assentes em “ambição”, “confiança” e “determinação”, a CUF acaba de lançar uma campanha de apoio à Seleção Nacional...

A CUF, através desta campanha, protagonizada pelas jogadoras da Seleção A Feminina, demonstra que as atletas de elevada performance, que requerem cuidados diferenciados e altamente especializados, confiam a sua saúde à CUF.  O mote «A SELEÇÃO FEMININA VAI À CUF» afirma-o de forma clara, transmitindo a diferenciação e competência das equipas clínicas que diariamente contribuem não só para a saúde, performance e bem-estar das jogadoras de alta competição, como também de toda a população.  

Esta campanha, que reforça a associação positiva entre a saúde e o desporto, salienta que, enquanto parceira da Federação Portuguesa de Futebol e prestadora de cuidados de saúde, a CUF apoia de perto a Seleção A Feminina. Fá-lo cuidando, tratando e acompanhando as jogadoras, com a garantia que os cuidados de saúde promovem o bem-estar e performance desportiva da equipa. 

Com presença em rádio, outdoor e no digital, a campanha, cuja criatividade esteve a cargo da agência BBDO, estará disponível até ao início de agosto.

 

O cancro de pele tem aumentado nas últimas décadas
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) lança a campanha “Verão com Prevenção”, uma iniciativa que pretende alertar para o...

“Evite a exposição solar das 11:30 às 16:30” é o mote da campanha “Verão com Prevenção” que tem, como principal mensagem, uma das recomendações que podem ajudar a evitar o cancro de pele. No entanto se conseguirmos cumprir devidamente este horário já estamos a prevenir.

Esta campanha relembra ainda outras boas práticas que devem ser introduzidas nos seus hábitos diários.

Utilizar camisola de mangas compridas, chapéu de abas largas e óculos escuros, aplicar protetor solar com fator de proteção de pelo menos   30 e ainda preferir as sombras à exposição solar direta são algumas das recomendações que também não devem ser esquecidas.

Este projeto de prevenção de cancro da pele   surge numa altura em que a exposição aos raios ultravioleta é elevada, sensibilizando as pessoas para a prevalência cada vez maior, a nível mundial, deste tipo de cancro.

“Uma das missões da Liga Portuguesa Contra o Cancro é alertar e sensibilizar as pessoas para uma menor exposição a fatores de risco. A campanha “Verão com Prevenção”, tem como principal objetivo proteger a população dos riscos associados a uma exposição solar inadequada, nas horas não recomendadas das 11:30 às 16h30.  Estas boas práticas e hábitos saudáveis permitirão a todos desfrutar do verão de forma plena, mas em segurança”, reforça o Presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Eng.º Francisco Cavaleiro de Ferreira.

A iniciativa está disponível durante o período de verão nos vários meios e plataformas e conta ainda com um spot de vídeo, divulgado a partir desta segunda-feira, 17 de julho.

Portugal apresenta, anualmente, cerca de 1500 novos casos de melanoma maligno, número que tem tendência a aumentar. Este tipo de cancro pode ser detetado precocemente e o principal fator de risco é a exposição aos raios ultravioleta, para os quais existem fatores de proteção.

O cancro de pele é o cancro mais frequente a nível mundial entre as populações de pele predominantemente clara e a sua ocorrência tem aumentado de forma drástica ao longo das últimas décadas.

 

Dia Mundial das Hepatites assinala-se a 28 de julho
A Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) está a promover uma ação de consciencialização sob o mote “A Hepatite...

“A Hepatite é uma doença evitável, tratável e, no caso da Hepatite C, curável. As Hepatites virais B e C afetam 350 milhões de pessoas em todo o Mundo, causando 1,4 milhões de mortes por ano. Em Portugal poderão ainda existir milhares de doentes com Hepatites B e C não diagnosticados. Frequentemente, os doentes infetados não têm sintomas. O diagnóstico faz-se quando se encontram análises hepáticas alteradas ou quando se suspeita que houve exposição a fatores de risco (ter feito transfusões de sangue antes de 1992, ter prática de sexo inseguro ou ter partilhado seringas ou outros materiais, entre outros). É, contudo, desejável que qualquer pessoa faça os testes de rastreio das Hepatites B e C pelo menos uma vez na vida”, explica Arsénio Santos, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF).

E acrescenta: “A taxa de cura para a Hepatite C situa-se em 97 por cento, sendo fundamental que o diagnóstico seja feito atempadamente. A Hepatite B é igualmente tratável. Se não forem tratadas, as Hepatites B e C podem evoluir para cirrose hepática, e nalguns casos, para cancro do fígado. Lembre-se que a cada 30 segundos morre uma pessoa com uma doença relacionada com as Hepatites. Os tratamentos são simples, rápidos e sem custos para o doente”.

“Existe já vacina para a Hepatite B mas ainda não para a Hepatite C, que só se pode prevenir evitando os fatores e comportamentos de risco”, conclui Arsénio Santos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou uma Estratégia Global do Setor da Saúde sobre Hepatites Virais: eliminar a hepatite viral como uma ameaça à saúde pública até 2030. Esteja atento e consulte o seu médico para fazer o diagnóstico e, em caso positivo, um tratamento atempado. Não fique à espera. Atue.

A Hepatite caracteriza-se por uma inflamação das células do fígado, que pode ter várias causas, nomeadamente os vírus da Hepatite A, B, C, D e E, sendo a B e a C as que têm maior impacto na saúde pública. O fígado é um importante órgão do sistema digestivo e, no caso de inflamação ou lesão, pode haver comprometimento da sua função, podendo originar diversas complicações a curto ou a longo prazo.

Saúde auditiva
Quando quis escrever este contributo, realmente pensei em fazê-lo, não na qualidade de presidente de

Queríamos e gostaríamos de realçar, que cada vez mais deparamo-nos com a interpelação de pessoas (não apenas sócios) que procuram não somente a solução (auditiva) do seu problema. Estas pessoas avançam "pelo próprio pé" e de forma desadequada e desaconselhada, gastando, por vezes despropositada e inconscientemente, na aquisição da solução mais simples (normalmente de próteses auditivas) e nem sempre a mais adequada. A perceção que temos, é o que o negócio das soluções auditivas não é frequentemente rentável, e quem vende este tipo de dispositivos pretende sobretudo vender. No entanto, a pessoa com a perda auditiva tem a atitude mais cómoda, e recorre de um centro de reabilitação auditiva (vendedor de aparelhos auditivos) que está mais próximo, nem sempre credenciado, e em que a conduta de ética e os conhecimentos necessários não são exigíveis e nem as têm. Isto realmente, porque infelizmente, estas pessoas se acomodam à sua bolha, ou à sua zona de conforto, sem se informarem e sem procurarem uma ajuda especializada, a quem deveria efetivamente recorrer (que poderia passar pela deslocação a um Centro Hospitalar de Referência no Serviço de Otorrinolaringologia, e inicialmente, procurarem um Centro de Saúde, ou o médico de família).

Tudo começa mal, quando as pessoas fazem a sua autoanálise de forma leiga e infundamentada, sem uma base sustentável e lógica. E aí, é que começa o problema! Porque com os sintomas de perda auditiva, em vez de iniciarem o processo pelos Cuidados de Saúde Primários (o médico de família... que muitos infelizmente não têm, ou não têm acesso a), procuram uma solução "à medida", e mais cómoda, através da internet, se "automedicando" (na farmácia), ou recorrendo ao senhor que se diz ser "audiologista", sem se quer conhecerem a causa nem a patologia, e sem saberem se podem receber até (outro) tratamento, e até de poderem vir a ter de adquirir um, em que o processo da surdez seja reversível. Para tal, necessitam de se dirigir mais além, a um local que lhes possibilite fazer um pouco mais do que preveem, e em obter a ajuda adequada.

Em primeiro lugar, as pessoas devem conhecer (assim como, qualquer patologia, de outra índole) como prevenir a perda auditiva.

Existem várias maneiras de prevenir a perda auditiva (quando não é inevitável):

  1. Proteger os ouvidos de ruídos altos, usando protetores auriculares ou mantendo o volume baixo em auriculares ou auscultadores de ouvido e através de altifalantes;
  2. Evitar a exposição prolongada a ruídos altos, como música alta ou maquinaria pesada;
  3. Tratar rapidamente as infeções de ouvido, e outras condições que possam afetar a audição;
  4. Fazer exames auditivos regulares para detetar os problemas precocemente;
  5. Evitar o uso de cotonetes ou outros objetos para limpar o ouvido, pois isso pode causar danos ao canal auditivo;
  6. Manter uma alimentação saudável e equilibrada, pois alguns nutrientes, como vitaminas e minerais, são importantes para a saúde auditiva.

Quando origina a perda auditiva (mesmo sem uma perceção real do problema), deve-se começar por identificar os sintomas.

Alguns sintomas de surdez contemplam:

  • Dificuldade em ouvir conversas em ambientes barulhentos;
  • Dificuldade em entender a fala de mulheres e crianças;
  • Aumento do volume da televisão ou do rádio;
  • Dificuldade em ouvir o toque do telefone, do telemóvel ou da campainha;
  • Zumbido nos ouvidos;
  • Sensação de ouvido entupido;
  • Dificuldade em ouvir sons de alta frequência, como o canto dos pássaros ou o som de um alarme.

E caso se experimente qualquer um destes sintomas, é importante procurar um profissional de saúde auditiva para uma avaliação auditiva completa, um audiologista devidamente qualificado, e em caso de dúvida, procurar médico/a de família.

Seria interessante, antes de mais, explicar como funciona a audição:

O ouvido humano é um órgão complexo que é responsável por captar e processar os sons. A audição começa quando o som entra no canal auditivo externo e atinge o tímpano. O tímpano vibra em resposta às ondas sonoras, e essas vibrações são transmitidas para os ossos do ouvido médio (martelo, bigorna e estribo). Os ossos do ouvido médio amplificam as vibrações e as transmitem para o ouvido interno, onde as células ciliadas transformam as vibrações em sinais elétricos que são enviados para o cérebro através do nervo auditivo. O cérebro então interpreta esses sinais elétricos como sons.

Deve-se procurar ajuda médica e recorrer a médico de família, se ainda não for acompanhado/a, e quando têm conhecimento de algum médico otorrinolaringologista, deve ser a este que deve procurar ajuda para descobrir a causa da surdez. O mais provável, é que vai necessitar de realizar exames. E se for confirmado, dever-se-á encontrar a solução possível ou qual a solução mais adequada, que poderá passar por um tratamento reversível da sua condição.

Contudo, só se deve recorrer a medicação e/ou audiologista, com recomendação e prescrição de um médico devidamente qualificado!

Quando é recomendado o recurso a um especialista em audição (refira-se, um audiologista ou médico otorrinolaringologista, conceituado!), é exigível o profissionalismo e a conduta de ética por parte desse. (E quando é necessário recorrer a um terapeuta da fala também!).

Por último, não se pode (ou deve) vender/adquirir aparelho(s) auditivo(s) sem se conhecer a "verdadeira" causa ou patologia que deriva a sua surdez!

A perda auditiva é geralmente classificada em quatro graus, com base na intensidade do som que uma pessoa é capaz de ouvir:

  1. Leve: a pessoa tem dificuldade em ouvir sons suaves e muito baixos (como sussurros), especialmente em ambientes barulhentos;
  2. Moderada: a pessoa tem dificuldade em ouvir sons moderados, como conversas normais, especialmente em ambientes ruidosos;
  3. Severa: a pessoa tem dificuldade em ouvir sons altos, como o barulho de um aspirador de pó ou de um secador de cabelo;
  4. Profunda: a pessoa não consegue ouvir quaisquer sons, a menos que sejam muito altos, como o barulho de um avião a jato.

Existem três tipos principais de perda auditiva:

  1. Perda auditiva condutiva: ocorre quando há um problema no ouvido externo ou médio que impede a transmissão adequada de som para o ouvido interno. As causas podem incluir cera (ou "cerúmen") no ouvido, infeções do ouvido médio, perfuração do tímpano, entre outros;
  2. Perda auditiva neurossensorial: ocorre quando há um problema no ouvido interno ou no nervo auditivo que impede a transmissão adequada de sinais elétricos para o cérebro. As causas podem incluir: exposição a ruído intenso, envelhecimento, lesões na cabeça, entre outras;
  3. Perda auditiva mista: ocorre quando há uma combinação de perda auditiva condutiva e neurossensorial.

Para verificação e confirmação da perda auditiva, devem-se realizar exames específicos, por forma a encontrar a causa da mesma, ou quando não é possível determiná-la, pelo menos detetar que se está perante um caso de surdez.

Existem vários tipos de exames de audição, mas um dos mais comuns é o teste de audiometria ou audiograma. Esse teste é geralmente realizado por um profissional de saúde auditiva e envolve o uso de auscultadores de ouvido e uma série de sons em diferentes frequências e intensidades. O objetivo é determinar quais os sons que se podem ouvir e em que volume. A partir desses resultados, o profissional pode avaliar se há algum problema de audição e, em caso afirmativo, qual é o grau de perda auditiva.

Existem outros exames aos ouvidos, tais como: timpanograma, TAC, Ressonância Magnética; e outros, entre os quais se podem avaliar as condições de vertigens e equilíbrio, assim como outros.

Depois de identificada a causa, a patologia, deve-se proceder então ao adequado tratamento, solucionar com a correção auditiva (nem sempre, ou tão bem conseguida, para uma audição normal natural).

Existem vários tipos de tratamento para perda auditiva:

  • Aparelhos auditivos: são dispositivos que amplificam e processam o som e ajudam a melhorar a audição;
  • Implantes auditivos (cocleares, do ouvido médio, ou do tronco cerebral): são dispositivos eletrónicos que são implantados cirurgicamente no ouvido e ajudam a estimular o nervo auditivo;
  • Terapia de reabilitação auditiva: envolve a prática de exercícios para ajudar a melhorar a compreensão da fala e a capacidade de distinguir diferentes sons;
  • Cirurgia: em alguns casos, a cirurgia pode ser usada para tratar a perda auditiva, como em casos de perfuração do tímpano ou remoção de tumores;
  • Medicamentos: em alguns casos, os medicamentos podem ser prescritos para tratar problemas de audição, como infeções de ouvido ou zumbidos.

O tipo de tratamento recomendado dependerá do tipo e grau de perda auditiva e da causa subjacente do problema. É importante consultar um profissional de saúde auditiva, devidamente qualificada e credenciado, para determinar o melhor tratamento.

Antes de terminar, gostaria de abordar dois assuntos de extrema importância, muitas vezes esquecidos, ou por desconhecimento ou por falta de sensibilização, como são o caso: de alguns e importantes cuidados a ter com os ouvidos (em casa), e a forma como comunicar com uma pessoa com deficiência auditiva.

Existem algumas maneiras simples de cuidar dos ouvidos em casa:

  • Limpar os ouvidos com cuidado: usar apenas uma toalha macia e nunca colocar objetos pontiagudos ou cotonetes no ouvido;
  • Proteger os ouvidos: usar protetores auriculares em ambientes barulhentos ou ruidosos ou ao nadar.
  • Manter os ouvidos secos: evitar ficar com os ouvidos molhados por muito tempo e usar um secador de cabelo em temperatura baixa para secar os ouvidos após nadar ou tomar banho;
  • Evitar objetos estranhos: não colocar objetos estranhos nos ouvidos, como cotonetes, pois isso pode empurrar a cera para dentro do ouvido e causar danos;
  • Manter uma dieta saudável: uma dieta saudável pode ajudar a prevenir infeções de ouvido;
  • Manter-se hidratado: beber bastante água pode ajudar a prevenir a acumulação de cera;
  • Consultar um profissional de saúde auditiva caso tiver (e persistir) algum problema de audição ou dor de ouvido.

Para comunicar com pessoas com deficiência auditiva pode ser desafiador, mas existem alguns cuidados a ter e tomar algumas maneiras por forma a tornar a comunicação mais fácil, tais como:

  • Falar claramente e a um ritmo natural (ou mais lento);
  • Manter o contato visual com a pessoa;
  • Usar gestos e expressões faciais para ajudar a transmitir a mensagem;
  • Reduzir o ruído de fundo sempre que possível;
  • Escrever notas ou usar aplicativos de tradução de texto em tempo real (legendagem) ou de transcrição;
  • Considerar aprender Língua Gestual Portuguesa, quando a perda auditiva é grave ou não há reabilitação auditiva possível;
  • Respeitar as necessidades individuais da pessoa e perguntar se há alguma coisa que se pode fazer para ajudar a melhorar a comunicação.

Esperamos que este artigo possa ter a utilidade pública que merece, e ser um guia. Existe alguma informação fornecida, que não apenas serve ou aplica-se somente à deficiência auditiva, bem como a outras deficiências ou patologias (ou doenças).

A deteção deve ser tão precocemente quanto possível de qualquer problema de saúde, e essa continua a ser a forma mais correta e adequada de o contornar, ou evitar que mais tarde possa tornar-se mais difícil de tratar, ou de eventualmente, levar a outras complicações (mais graves, mais incómodas, e sem qualquer solução possível).

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Até 8 de setembro
Já se encontra a decorrer a fase de candidaturas à 10.ª edição do Prémio Healthcare Excellence, promovido pela Associação...

Podem candidatar-se ao Prémio Healthcare Excellence equipas de profissionais de saúde compostas por administradores hospitalares e/ou outros profissionais de saúde desde que tenham na sua equipa um administrador hospitalar e cujos projetos tenham sido desenvolvidos e implementados no ano 2022 e 2023. As candidaturas podem ser submetidas por organizações públicas, sociais e privadas do Sistema de Saúde com atividade de prestação de cuidados de saúde e/ou projetos na área da saúde.

As candidaturas ao Prémio Healthcare Excellence são formalizadas mediante a apresentação de uma descrição resumida do projeto, que permita compreender e evidenciar o seu contributo, submetida para o email [email protected].

Todas as candidaturas serão avaliadas por um Júri independente que integra quatro profissionais de reconhecido mérito na área da saúde, a quem caberá a seleção dos melhores projetos.

Os Projetos finalistas serão apresentados publicamente pelo administrador(a) hospitalar como elemento da equipa na reunião final do Prémio Healthcare Excellence, a realizar no dia 24 de outubro de 2023. No decurso desta sessão será eleito o vencedor do Prémio Healthcare Excellence 2023, sendo-lhe atribuído um prémio no valor de 5.000 euros.

O regulamento do Prémio Healthcare Excellence está disponível no site da APAH em https://apah.pt/noticia/candidaturas-ao-premio-healthcare-excellence-ate-08-setembro-participe/.

 

 

 

 

Programa de estágios da Pfizer Portugal
A Pfizer Portugal anuncia a terceira edição do “Pfizer Genious”, um programa de estágios profissionais remunerados para...

Este ano, o programa de estágios vai abrir vagas para perfis na Área Médica, na Área de Global Health Outcomes Research e, pela primeira vez, na Área Financeira. Os estágios têm duração de 12 meses, com início no mês de outubro. As candidaturas estão abertas até dia 3 de setembro.

“A Pfizer Portugal está muito entusiasmada por anunciar a abertura das candidaturas de mais uma edição do Pfizer Genious. Das edições anteriores, nasceram ótimos colaboradores Pfizer e conseguimos concluir que todos beneficiamos deste modelo de aprendizagem mútua. O Pfizer Genious é um projeto de sucesso, ao qual queremos dar continuidade.”, afirma Noelia Sánchez Redondo, Diretora dos Recursos Humanos da Pfizer Portugal.

Os candidatos passarão por um processo de seleção, com base numa análise multidisciplinar, coordenada por colaboradores das diferentes áreas da companhia.

À semelhança das edições anteriores, o programa deste ano terá colegas da Pfizer Portugal a providenciar formação contínua aos candidatos selecionados, nas diversas áreas de estágio disponíveis. Esta experiência garante a oportunidade de estabelecer contacto com colegas de diversas origens e competências, pessoas que contribuem para construir o futuro da ciência no mundo.

Agilidade, proatividade, dinamismo, entusiasmo, integridade e compromisso são algumas das características pretendidas nos candidatos.

Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação assinala-se amanhã
A propósito do Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação, que se assinala a 20 de julho, a Sociedade Portuguesa de...

A SPT e o IPST pretendem nesta sessão refletir sobre os desafios e as oportunidades que estes fenómenos trazem para esta área da transplantação. A digitalização permite aos profissionais de saúde que lidam com a doação, colheita e transplantação de órgãos, bem como com os que acompanham os candidatos a transplante e dadores de órgãos, no pré transplante e no pós transplante, ter acesso a informação atualizada, fiável e segura.  A informação digital facilita também a comunicação entre os profissionais envolvidos nesta área. E pode contribuir para a sua formação, atividades de investigação ou de gestão deste complexo sistema da doação e transplantação.

A globalização permite a partilha de informação relevante entre os profissionais, que lidam com a doação e transplantação de órgãos. Por outro lado, permite a uniformização de critérios e procedimentos, trazendo vantagens para todos os envolvidos neste sistema – os profissionais de saúde e os doentes. E há também vantagens para o próprio sistema como por exemplo, evitar a repetição de exames pela partilha dos seus resultados.

A digitalização e globalização proporcionam a extensão da atividade da transplantação além-fronteiras. É disto exemplo o programa internacional de doação renal cruzada, ou a troca de órgãos entre países, quando, por exemplo, não há recetores para órgãos colhidos no país do dador. Neste evento será possível conhecer o testemunho de um dador e de um recetor de órgãos que beneficiou de um destes programas de doação renal cruzada, um dos mais importantes avanços na área da transplantação dos últimos anos. Serão ainda ouvidas as perspetivas de um dador altruísta e de vários profissionais envolvidos na atividade da colheita e transplantação de órgãos.

Cristina Jorge, Presidente da SPT, sublinha que “este ano dedicamos a sessão comemorativa do Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação à reflexão sobre a forma como a globalização e a digitalização podem impactar esta atividade de forma positiva, sendo a doação renal cruzada um bom exemplo de como o cruzamento de informação clínica pode beneficiar a saúde quem precisa de um transplante de rim. Mas a SPT e o IPST reconhecem que a globalização e a digitalização também implicam riscos e dificuldades, como a necessidade de harmonizar critérios, normas e legislações, garantir a equidade, qualidade e segurança, e respeitar os princípios éticos e os direitos humanos. Por isso, apelamos à responsabilidade, à ética e ao humanismo na utilização destas ferramentas, tendo sempre em vista o interesse do doente”.

Este evento comemorativo do Dia Nacional da Doação de Órgãos e Transplantação conta com a participação de um painel de oradores diversificado e que inclui representantes de organizações relevantes do panorama nacional da transplantação, associações de doentes e outras entidades, assim como profissionais de saúde envolvidos na colheita e transplantação de órgãos.

A sessão de abertura ficará a cargo de Maria Antónia Escoval, Presidente do Conselho Diretivo do IPST, Cristina Jorge, Presidente da SPT, e de Margarida Tavares, Secretária de Estado para a promoção da Saúde, que vão abordar os desafios e as oportunidades que tanto a globalização como a digitalização apresentam para a área da doação e transplantação de órgãos.

Recorde-se que o Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação foi oficialmente instituído em 2019, por proposta da SPT, para comemorar o aniversário do primeiro transplante renal realizado em Portugal, em 1969, no então Hospital da Universidade de Coimbra, sob a responsabilidade do Prof. Doutor Linhares Furtado. No entanto, a SPT já promovia, desde 2009, diversas atividades para celebrar este dia, como convívios com os doentes transplantados e dadores, cerimónias com intervenções dos profissionais de saúde e dos envolvidos nesta atividade, e divulgação de informação sobre a doação e transplantação de órgãos.

Mais informação em: https://spt.pt/event/dia-nacional-da-doacao-de-orgaos-e-da-transplantacao-3/.

Opinião
Os serviços de ambulância de nível paramédico revolucionariam o sistema de resposta médica de emergê

Atualmente, o país conta predominantemente com TAT´s TAS´s e TEPH´s mas a integração de Técnicos de Emergência Médica e Paramédicos no sistema tem o potencial de melhorar os resultados dos pacientes e salvar vidas. (2) A distinção entre EMTs e paramédicos está nos respetivos programas de educação, treino, responsabilidades e capacidades.

Os Técnicos de Emergência Médica (EMT´s) recebem treino focado em cuidados básicos de emergência, incluindo RCP, controle de hemorragias e estabilização de fraturas. Este treino pode ser concluído dentro de alguns meses. Por outro lado, tornar-se um paramédico envolve uma extensa jornada educacional, muitas vezes resultando num diploma. O seu treino abrange procedimentos de suporte avançado de vida semelhantes aos realizados por médicos e enfermeiros, como administração de medicamentos para o coração e dor. Por outro lado, os paramédicos estão equipados para executar procedimentos médicos de emergência avançados, normalmente realizados por médicos de salas de emergência.

Embora a implementação de um programa paramédico possa exigir um investimento inicial significativo em treino e equipamentos, os benefícios a longo prazo são substanciais. (3) A capacidade dos paramédicos de tratar pacientes no local e potencialmente evitar internamentos hospitalares pode levar a economia geral de custos, eficiência logística, e maior qualidade de atendimento. Os paramédicos contribuem para melhores resultados dos pacientes, tanto do ponto de vista físico quanto logístico. A pesquisa indica que a intervenção paramédica pode melhorar os resultados do paciente em casos de trauma grave, paragem cardíaca, acidente vascular cerebral e outras condições com risco de vida. (4, 5, 6)

Ao contrário dos EMT´s que reagem principalmente aos sintomas, os paramédicos são treinados para discernir possíveis diagnósticos. Este nível de especialização permite

intervenções avançadas imediatas e identificação de situações de emergência que requerem médicos especializados. Consequentemente, as ambulâncias paramédicas podem contornar os hospitais locais sem demora quando se justifica a necessidade de intervenção imediata de um médico especialista.

Para áreas rurais onde o acesso a instalações médicas pode ser limitado ou demorado, os paramédicos podem fornecer tratamento avançado no local, que pode salvar vidas. (7) Se um paciente num hospital rural precisar ser transferido para outra instalação devido à necessidade de equipamento avançado, uma ambulância de nível paramédico pode facilitar esse processo. Sem esses recursos, os pacientes em estado crítico podem não conseguir ser transferidos. Se forem transferidos, podem não sobreviver até à chegada à unidade. O parto de emergência é outra área em que os paramédicos têm treinamento especial. (8) O parto, embora natural, às vezes pode representar riscos tanto para o bebê quanto para a mãe. Como paramédico, tenho sido fundamental na gestão de situações de parto de emergência, como sangramento excessivo, prolapso do cordão umbilical e morte infantil. Os paramédicos estão dotados com treino para lidar com essas situações, prestando cuidados vitais se uma mulher tiver um trabalho de parto complicado e não puder chegar ao hospital a tempo para uma cirurgia de emergência.

Investir em cuidados de ambulância de nível paramédico pode melhorar significativamente o sistema de resposta médica de emergência de Portugal, salvando mais vidas e melhorando o atendimento ao paciente. Ao promover um maior nível de atendimento pré-hospitalar, podemos garantir que a resposta médica de emergência seja o mais eficaz, eficiente e abrangente possível.

Referências

1. Razzak, J. A., & Kellermann, A. L. (2002). Emergency medical care in developing countries: is it worthwhile?. Bulletin of the World Health Organization, 80(11), 900-905.

2. Ryynänen, O. P., Iirola, T., Reitala, J., Pälve, H., & Malmivaara, A. (2010). Is advanced life support better than basic life support in prehospital care? A systematic review. Scandinavian journal of trauma, resuscitation and emergency medicine, 18, 1-14.

3. Agarwal, G., Angeles, R., Pirrie, M., McLeod, B., Marzanek, F., Parascandalo, J., & Thabane, L. (2019). Reducing 9-1-1 emergency medical service calls by implementing a community paramedicine program for vulnerable older adults in public housing in Canada: a multi-site cluster randomized controlled trial. Prehospital Emergency Care.

4. Shüster, M., & Shannon, H. S. (1994). Differential prehospital benefit from paramedic care. Annals of emergency medicine, 23(5), 1014-1021.

5. Sun, Jen-Tang, et al. (2018). The effect of the number and level of emergency medical technicians on patient outcomes following out of hospital cardiac arrest in Taipei. Resuscitation, 122, 48-53.

6. Woodall, J., McCarthy, M., Johnston, T., Tippett, V., & Bonham, R. (2007). Impact of advanced cardiac life support-skilled paramedics on survival from out-of-hospital cardiac arrest in a statewide emergency medical service. Emergency medicine journal, 24(2), 134-138.

7. Kriegsman, W. E., & Mace, S. E. (1998). The impact of paramedics on out-of-hospital cardiac arrests in a rural community. Prehospital Emergency Care, 2(4), 274-279.

8. Taylor, N. (2015). Paramedic care for the pregnant woman. Managing Childbirth Emergencies in the Community and Low-Tech Settings, 202.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“A saúde do coração não tira férias”
A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) está a dinamizar a terceira edição de uma campanha de...

“Apesar de a pausa de verão ser sinónimo de descanso, é importante cuidar da saúde do coração mesmo no período de férias. É crucial garantir a hidratação, não exagerar nos alimentos ricos em açúcar, gordura e sal, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar. Além disso, é importante continuarmos ativos, caminhar ou participar em atividades recreativas são excelentes opções para manter o coração saudável. Estes fatores são importantes não só para o coração, como para o bem-estar geral”, afirma Rita Calé Theotónio, presidente da APIC.

Com as medidas preventivas, reduz-se a probabilidade de desenvolver ou agravar a doença coronária, uma condição caracterizada pela acumulação de depósitos de gordura no interior das artérias que fornecem sangue ao coração. Esses depósitos causam um estreitamento ou obstrução das artérias, o que provoca uma diminuição dos níveis de oxigénio e nutrientes que chegam às células do músculo cardíaco. As principais manifestações da doença coronária são a angina de peito e o enfarte agudo do miocárdio.

“As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal e no mundo. É necessário continuar a consciencializar a população de que a rotina influencia diretamente a saúde. O coração não tira férias e, independentemente da circunstância, devemos continuar atentos a sinais como dores no peito; náuseas; vómitos; falta de ar e ansiedade. Não pode existir o “deixar para depois” quando nos referimos ao nosso coração, sendo essencial continuar regrado na toma de medicação e no agendamento de consultas”, finaliza Rita Calé Theotónio.

Dor no peito, suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade são sintomas de alarme para o enfarte agudo do miocárdio. Na presença destes sintomas é importante ligar imediatamente para o número de emergência médica – 112 – e esperar pela ambulância. A via verde coronária tem uma cobertura nacional podendo ser ativada 24 horas por dia, todos os dias da semana, mesmo em tempo de férias.

Para evitar um enfarte é importante adotar um estilo de vida saudável: não fumar; reduzir o colesterol; controlar a tensão arterial e a diabetes; fazer uma alimentação saudável; vigiar o peso, evitar o sedentarismo e o stress.

Multinacional farmacêutica especializada na saúde da mulher
Sofia Ferreira é a nova Managing Director da Organon Portugal, multinacional farmacêutica especializada na saúde da mulher,...

Sofia traz mais de vinte anos de experiência em cargos de alta responsabilidade e liderança em Gestão e Marketing em empresas multinacionais, incluindo Schering-Plough e MSD, tendo trabalhado em diferentes áreas terapêuticas em mercados de ambulatório, hospitalares e vacinas, com funções em Portugal e na Europa.

Em 2021, integrou a equipa da Organon Portugal como Diretora de Marketing e Vendas, responsável por gerir um vasto portfólio de produtos. Foi uma das fundadoras da empresa em Portugal, tendo tido um papel determinante no estabelecimento de uma cultura de colaboração, pertença e foco nos resultados da Organon Portugal.

“Estou muito grata pela oportunidade de liderar a equipa fantástica da Organon Portugal. Apesar de todos os desafios, vamos continuar a trabalhar para contribuir para um dia a dia mais saudável para todas as mulheres.”

Sofia é também professora convidada de marketing e comunicação do programa executivo HBE da AESE, assim como um membro activo dos grupos de Liderança Feminina e speaker recorrente em conferências e podcasts da mesma matéria.

Sofia é licenciada em Ciências Farmacêuticas, com formação em Marketing e um MBA pela AESE.

É casada, tem dois filhos, adora ler, jogar padel, viajar em família e estar com amigos.

22 de julho
A BebéVida vai assinalar o Dia da Grávida em Terras de Santa Maria da Feira, com um evento presencial imperdível para futuras...

Durante a sessão, serão abordados diversos temas relevantes para a jornada da maternidade, começando pelos benefícios de desporto, com Teresa Lima, que estará responsável por uma aula de Pilates para grávidas. Esta iniciativa visa promover o bem-estar físico e emocional das participantes, prevenindo doenças como a diabetes gestacional, assim como o parto prematuro e por cesariana.

Em seguida, o workshop “BabyBlues”, conduzido por Catarina Gomes, psicóloga e terapeuta familiar, irá explorar a parentalidade consciente e a importância de contar com uma rede de apoio sólida, especialmente nos primeiros meses de vida do bebé, altura onde 80% das mulheres afirma sentir mudanças de humor leves ou tristeza e onde 30% desenvolve doenças mentais.

A criopreservação das células estaminais será outro tópico em destaque, através do contributo de Diana Santos, formadora do Laboratório BebéVida, que visa abordar as potencialidades e segurança que essa prática proporciona para a família, no que diz respeito ao tratamento de mais de 80 doenças, como Tumores, Leucemia, Síndromes Mielodisplásicos, Linfomas e Anemia.

Além disso, acontecerá um workshop dedicado ao Plano de Parto, apresentado pela enfermeira Vânia Alves, especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, e ainda uma aula de relaxamento, dinamizada por Catarina Lino, onde as participantes poderão desfrutar de momentos de serenidade e de fortalecimento de laços com o seu bebé.

Ao inscreverem-se neste evento, todas as mães ficam ainda habilitadas a ganhar um cabaz Babiage, uma mala maternidade Uriage, babiage e um estojo de higiene BebéConfort. Além disso, a BebéVida oferecerá um Kit de Amostras às participantes!

Faça aqui a sua inscrição gratuita: https://bebevida.com/event/dia-da-gravida-em-terras-de-santa-maria-da-feira/

Opinião
Conservar ou não conservar é a dúvida que paira entre os pais que são confrontados com as potenciali

O primeiro grande marco da história da criopreservação das células estaminais data o ano de 1988, quando foi realizado o primeiro transplante de sangue do cordão umbilical, no Hospital Saint-Louis, em Paris. Este transplante foi realizado numa criança de cinco anos, Mattew Farrow, portador de Anemia de Fanconi, uma doença hematológica rara que leva à insuficiência da medulo óssea e, portanto, com uma elevada taxa de mortalidade.

Atualmente, já adulto, o paciente encontra-se totalmente curado, mas sem o sangue do cordão umbilical da sua irmã a história teria tido outro desfecho. Em Portugal, só se começa a encarar esta hipótese já perto da mudança do século, quando é realizado o primeiro transplante, em 1994, no IPO de Lisboa, mas desde aí os resultados de sucesso não têm parado.

O transplante de sangue do cordão umbilical apresenta características 100% de compatibilidade com a própria pessoa e com os irmãos apresenta 75% de hipótese de ter algum tipo de compatibilidade (25% de compatibilidade total e 50% de compatibilidade parcial).

Assim, as células estaminais do sangue do cordão umbilical, quando conservadas, podem tratar doenças como leucemias, linfomas, anemias, doenças hereditárias do sistema imunitário, doenças metabólicas hereditárias e oncológicas. Apresentam ainda resultados no âmbito da Medicina Regenerativa, em condições do foro cardíaco, Alzheimer e Parkinson.

Existem sempre novos casos de sucessos a surgirem, mesmo em adultos. Como por exemplo, o caso anunciado pela Organização Mundial de Saúde como “Primeiro caso de cura de VIH após transplante de células estaminais.” Este ano foi divulgado que uma mulher de meia-idade de ascendência mestiça desenvolveu Leucemia Mieloide Aguda de alto risco após 4 anos de ter sido diagnosticada com sida. Em 2017, foi realizado um transplante de células estaminais do cordão umbilical que apresentavam uma mutação que confere resistência ao vírus da sida. Este transplante foi complementado com a doação de medula óssea de um parente adulto. Após 100 dias do transplante, esta paciente não apresentava HIV detetável e após 37 meses do transplante, a paciente interrompeu a terapia. Desta forma, podemos ver que o sangue do cordão umbilical pode também ser aplicado em combinação com outros transplantes e terapias como neste caso. É de facto importante sublinhar, que neste caso, foi pela particularidade das células estaminais do cordão umbilical não necessitarem de compatibilidade rigorosa e apresentarem resistência ao HIV que esta a paciente teve a hipótese de ser curada da leucemia e sida.

No entanto, a lista de terapias não termina por aqui e adiciona-se ainda o facto de o tempo não ser um fator de risco, já que existe uma disponibilidade imediata para recorrer às amostras de sangue e tecido. Destaca-se que tanto para a mãe como para o filho, a colheita é não invasiva e indolor e segura, além de que a recuperação pós-transplante tem um bom prognóstico, especialmente nas terapias com o próprio sangue, onde não existe qualquer perigo.

Este é o caso de Salvador, um menino autista português com seis anos, que fez um tratamento inovador, através de um procedimento com as suas células estaminais. A sua mãe, Liane Paixão, refere que, apesar dos resultados serem só visíveis após seis meses a um ano, ao fim de cerca de dois a três meses começou a notar melhoria dos sintomas de hiperatividade e que, entretanto, começou a falar.

Por este motivo, importa refletir que prevenir é melhor que remediar, quando falamos do nosso bem-estar e da nossa família. Nunca se sabe quando os problemas de saúde vão bater à porta e nem sempre os tratamentos convencionais são suficientes. Guardar ou não guardar o sangue do cordão umbilical? A resposta está a cargo de cada mãe e pai, contudo, é impossível ignorar os benefícios desta alternativa.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
“A Saúde no Saber”
Na próxima quinta-feira, dia 20 de julho, vai decorrer o lançamento do livro “A Saúde no Saber”, produzido por investigadores...

Criada no âmbito de um projeto de comunicação de ciência com o mesmo nome, a publicação pretende aproximar a população da ciência, ao apresentar de forma acessível – com recurso a textos e ilustrações – temas relacionados com a saúde, como cancro, fertilidade, sono, imunidade, doenças neuropsiquiátricas, doenças neurodegenerativas, desenvolvimento neuronal, terapia génica, microbiologia, metabolismo e biotecnologia.

«Este livro é parte integrante de uma campanha de comunicação de ciência que visa promover a literacia em saúde, que envolveu mais de 50 investigadores da Universidade de Coimbra e diversos parceiros sociais. Resultou de um trabalho de coprodução aliando diferentes saberes. É um exemplo de interdisciplinaridade e compromisso da ciência e dos cientistas com a sociedade», explica a coordenadora do projeto “A Saúde no Saber”, Sara Varela Amaral.

Para o Vice-Reitor da Universidade de Coimbra para a Investigação, João Ramalho-Santos, «este é um exemplo excelente de promoção da cultura científica promovida por investigadores. A comunicação de ciência e promoção de literacia em saúde deve ser uma importante missão da academia. O livro A Saúde no Saber visa ser um veículo de informação científica fidedigna e aproximar os cidadãos da investigação que é feita na academia».

O projeto “A Saúde no Saber” foi financiado pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, no âmbito da edição de 2019 do concurso Comunicar Saúde. Entre 2020 e 2023, o projeto criou vários conteúdos para a promoção da literacia em saúde em diferentes formatos: um podcast com entrevistas, animações, rubricas de rádio, crónicas ilustradas (publicadas mensalmente em 2021 no jornal Público), e também o livro “A Saúde no Saber”, que é apresentado esta semana.

O evento tem entrada gratuita. Na sessão, vão ser distribuídos exemplares do livro.

Mais informações sobre o projeto “A Saúde no Saber” estão disponíveis em https://cnc.uc.pt/pt/scicomm-projects/a-saude-no-saber.

Serviços globais de imunização alcançaram mais 4 milhões de crianças em 2022
Os serviços globais de imunização alcançaram mais 4 milhões de crianças em 2022 em comparação com o ano anterior numa altura em...

De acordo com dados publicados hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela UNICEF, em 2022, 20,5 milhões de crianças não receberam uma ou mais vacinas administradas através dos serviços de imunização de rotina, em comparação com 24,4 milhões de crianças em 2021. Apesar desta melhoria, o número continua a ser superior aos 18,4 milhões de crianças que ficaram sem vacinação em 2019, antes das interrupções relacionadas com a pandemia, destacando a necessidade de esforços contínuos de recuperação e de fortalecimento do sistema.

A vacina contra difteria, tétano e tosse convulsa (DTP) é utilizada como indicador global de cobertura de imunização. Das 20,5 milhões de crianças não receberam uma ou mais doses da vacina DTP em 2022, 14,3 milhões não receberam nenhuma dose, designadas por "dose zero". Este número representa uma melhoria em relação aos 18,1 milhões de crianças dose zero em 2021, mas continua a ser superior aos 12,9 milhões de crianças em 2019.

"Estes dados são encorajadores e representam uma homenagem àqueles que trabalharam arduamente para restaurar os serviços de imunização vitais, após dois anos de declínio sustentado na cobertura de imunização", refere Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS. "Mas as médias globais e regionais não contam a história completa e mascaram desigualdades graves e persistentes. Quando os países e regiões ficam para trás, as crianças é que pagam o preço", conclui o responsável.

As primeiras fases da recuperação da imunização global não ocorreram de forma equilibrada, tendo a melhoria ficado concentrada em alguns países. O progresso em países com bons recursos e populações infantis grandes, como a Índia e a Indonésia, disfarça a recuperação mais lenta ou mesmo o declínio contínuo na maioria dos países de baixo rendimento, especialmente para a vacinação contra o sarampo.

Dos 73 países que registaram diminuições substanciais* na cobertura durante a pandemia, 15 recuperaram os níveis pré-pandemia, 24 estão a recuperar e, o mais preocupante, 34 estagnaram ou continuaram a diminuir. Estas tendências preocupantes refletem os padrões observados noutras métricas de saúde. Os países devem garantir que estão a acelerar os esforços de recuperação e de fortalecimento para alcançar todas as crianças com as vacinas de que necessitam e – porque a imunização de rotina é um pilar fundamental dos cuidados de saúde primários –, aproveitar a oportunidade para progredir noutros setores relacionados com a saúde.

Na vacinação contra o sarampo – um dos patógenos mais infeciosos – não se verificou uma recuperação tão positiva como aconteceu com outras vacinas, colocando mais 35,2 milhões de crianças em risco de infeção por sarampo. A cobertura da primeira dose da vacina contra o sarampo aumentou para 83% em 2022, em comparação com 81% em 2021, mas continuou abaixo dos 86% alcançados em 2019. Como resultado, no ano passado 21,9 milhões de crianças não receberam vacinação de rotina contra o sarampo no seu primeiro ano de vida – mais 2,7 milhões do que em 2019 –, enquanto outras 13,3 milhões não receberam a segunda dose, colocando as crianças em comunidades com baixa cobertura vacinal em risco de surtos.

"Por detrás da tendência positiva, há um alerta grave", afirma Catherine Russell, Diretora Executiva da UNICEF. "Até que mais países corrijam as lacunas na cobertura da imunização de rotina, crianças em todo o mundo continuarão em risco de contrair e morrer de doenças que podemos prevenir. Os vírus, como o sarampo, não reconhecem fronteiras. É urgente fortalecer os esforços para chegarmos às crianças que não foram vacinadas, enquanto se restauram e melhoram os serviços de imunização para atingirmos os níveis pré-pandemia."

Os dados indicam que os países que mantiveram uma cobertura estável e sustentada nos anos anteriores à pandemia conseguiram estabilizar os serviços de imunização desde então. Por exemplo, o Sul da Ásia, que registou aumentos graduais e contínuos na cobertura na década anterior à pandemia, demonstrou uma recuperação mais rápida e robusta do que as regiões que sofreram declínios prolongados, como a América Latina e as Caraíbas. A região africana, que está atrasada na recuperação, enfrenta um desafio adicional. Com o aumento da população infantil, os países precisam de expandir os serviços de imunização de rotina todos os anos para manter os níveis de cobertura.

A cobertura da vacina DTP3 nos 57 países de baixo rendimento apoiados pela Gavi, a Aliança Global para Vacinas e Imunização, aumentou para 81% em 2022 – um aumento significativo em relação aos 78% em 2021 – com uma redução de 2 milhões no número de crianças dose zero nestes países. No entanto, o aumento na cobertura da DTP3 nos países apoiados pela Gavi concentrou-se nos países de rendimento médio-baixo, enquanto os países de baixo rendimento ainda não aumentaram a cobertura – o que indica que ainda há muito a fazer para ajudar a reconstruir os sistemas de saúde mais vulneráveis.

"É incrivelmente reconfortante, após a enorme interrupção causada pela pandemia, ver a imunização de rotina recuperar de forma tão vincada nos países apoiados pela Gavi, especialmente no que diz respeito à redução do número de crianças dose zero", afirmou Seth Berkley, CEO da Gavi. "No entanto também está claro, a partir deste importante estudo, que precisamos de encontrar formas de ajudar cada país a proteger a sua população, caso contrário, corremos o risco de criar duas trajetórias diferentes, com os países de maior dimensão e com rendimento médio-baixo a superarem os restantes."

Pela primeira vez, a cobertura vacinal contra o HPV ultrapassou os níveis pré-pandemia. Os programas de vacinação contra o HPV que começaram antes da pandemia alcançaram o mesmo número de raparigas em 2022 do que em 2019. No entanto, a cobertura em 2019 ficou aquém da meta de 90% e isso ainda se manteve em 2022, com coberturas médias nos programas de HPV de 67% nos países de alto rendimento e 55% nos países de baixo e médio rendimento. A recém-lançada revitalização da vacinação contra o HPV, liderada pela Gavi, tem como objetivo reforçar a implementação dos programas existentes e facilitar mais introduções.

Várias entidades estão a trabalhar para acelerar a recuperação em todas as regiões e em todas as plataformas de imunização. No início de 2023, a OMS e a UNICEF, juntamente com a Gavi, a Fundação Bill & Melinda Gates e outros parceiros do IA2030, lançaram a ”The Big Catch-Up", uma campanha global de promoção da imunização, apelando aos governos para chegaram às crianças que não foram vacinadas durante a pandemia, restaurarem os serviços de imunização aos níveis pré-pandemia e fortalecerem os mesmos no futuro através de:

  • Reforço do compromisso de aumentar o financiamento para a imunização e trabalhar com as partes interessadas para desbloquear os recursos disponíveis, incluindo os fundos da COVID-19, para restabelecer com urgência os serviços interrompidos e sobrecarregados, e implementar esforços de recuperação.
  • Desenvolvimento de novas políticas que permitam aos agentes de imunização chegar às crianças que nasceram antes ou durante a pandemia e que já passaram a idade em que deveriam ser vacinadas através dos serviços de imunização de rotina.
  • Fortalecimento dos serviços de imunização e de cuidados de saúde primários – incluindo os sistemas de saúde comunitários –, e abordagem dos desafios sistémicos da imunização para corrigir a estagnação a longo prazo na vacinação e alcançar as crianças mais marginalizadas.
  • Construção e manutenção da confiança e a aceitação das vacinas através do envolvimento com as comunidades e profissionais de saúde.
Iniciativa tem o apoio da Lilly Portugal
A Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), com apoio da Lilly Portugal, atribuiu a 1.ª Bolsa Luís Medina, com um prémio...

Da autoria de Adriana Capucho, investigadora e estudante de doutoramento, e coautoria de Inês Almeida, Joana F. Sacramento, Fátima O. Martins, Hugo Vicente Miranda, Sílvia Vilares Conde e Rosalina Fonseca, é a 1.ª edição deste projeto premiado entre os vários promovidos pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia em áreas multidisciplinares que, além de contribuir para o enriquecimento do conhecimento clínico e científico na área da Diabetologia, pretende também homenagear José Luís Medina, uma figura incontornável no ensino, investigação e prática da Endocrinologia no nosso país. Teve também um papel preponderante nos desígnios da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, onde assumiu os cargos de secretário-geral e presidente.

Encerradas as candidaturas e anunciado o projeto vencedor no decorrer do 19.º Congresso Português de Diabetes, esta 1.ª edição da Bolsa José Luís Medina comprova-se um sucesso a repercutir nos próximos anos e promete continuar a incentivar a investigação da diabetes na área das neurociências e diabetologia.

Os vencedores dos prémios atribuídos pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia, e respetivos projetos galardoados de 2023, podem ser conhecidos em www.spd.pt.

 

 

O que é e quais os cuidados a ter
Desidratação e dificuldade no arrefecimento corporal são as principais consequências de uma insolaçã

O golpe de calor (insolação) pode colocar a vida em risco. É uma doença resultante da exposição prolongada ao calor intenso, durante vários dias consecutivos, com consequente desidratação, dificuldade no arrefecimento corporal, podendo até impedir a descida da sua temperatura por incapacidade na libertação do suor e bloqueio na reposição dos valores normais da temperatura corporal habitual.

Caracteriza-se por ser uma doença de instalação súbita, muito grave,  implicando a necessidade de tratamento intensivo imediato que passa pela hidratação de grande volume de líquidos de forma a minimizar o risco  do golpe de calor.

Esta situação ainda se torna mais complicada se surge em pacientes portadores de certas doenças crónicas (diabetes, insuficiência  renal, alcoolismo, patologia respiratória, fibrose quística, hipertensão, arritmia cardíaca,  patologia psiquiátrica, esclerodermia…), que só por si se encontram já comprometidos na resposta fisiológica normal, à qual acrescem as  terapêuticas medicamentosas instituídas, que poderão agravar  ainda mais este quadro.

Importa, contudo referir que outros grupos vulneráveis, designadamente as crianças, os idosos, os obesos, pacientes aletuados, as pessoas que desenvolvem a sua atividade profissional com uma grande exposição solar são pessoas ainda com maior risco.

Cuidados gerais e atitudes durante os períodos de temperaturas ambientais elevadas:

  • Fornecer uma grande ingestão de líquidos (água, sumos naturais, sem açúcar).
  • Impedir a ingestão de bebidas com açúcar ou de bebidas alcoólicas.              
  • Fazer refeições leves e com uma frequência de 6 a  7 vezes por dia e de pequena quantidade.
  • Permanecer em ambientes frescos de preferência com ar condicionado, tomar um duche de água tépida ou fria, sempre que possível.
  • Não permanecer ao sol nos períodos do dia compreendidos  entre as 11.00 e as 17.00 horas, usar protetores solares, aplicando-os de 2 em 2 horas.
  • Proteger o corpo com roupas suaves e que cubram o máximo da superfície corporal.
  • Sempre que possível viajar de noite, não permanecer dentro das viaturas estacionadas  e ao sol, procurar ter um ambiente nas habitações fresco e não frequentar a praia nos dias  em que as temperaturas sejam elevadas.

A sintomatologia do golpe de calor pode ser de instalação súbita,  muito rápida, sem prévios sinais de alarme, designadamente cefaleias, vertigens ou fadiga.

De uma forma geral, surge febre alta, a pele fica seca, vermelha e quente, sem produção de suor,  náuseas e tonturas.

A nível cardíaco surge uma taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), que pode atingir 160-180 batimentos por minuto, sem variação dos valores tensionais.

As temperaturas corporais podem ser de 40, 41°C, originando uma sensação de desconforto interior (como se de fogo se tratasse), confusão e desorientação mental, podendo mesmo levar à perda de consciência ou desencadear um quadro convulsivo.

Quando o paciente atinge uma temperatura de 41°C, desencadeia um quadro clínico grave em que pode bastar apenas o aumento de mais 1 grau  para ser mortal, devido ao facto de provocar uma lesão  permanente nos órgãos vitais, designadamente  no cérebro.

Se não formos céleres na instalação do tratamento o golpe de calor pode ser fatal.

O tratamento do golpe de calor é urgente, exige uma transferência imediata para uma unidade hospitalar, sendo uma obrigação de quem suspeita ou de quem diagnostica  este síndrome chamar o 112, iniciar rapidamente medidas de suporte, nomeadamente envolver a pessoa com panos ou lençóis humidos, colocar a vítima

numa banheira de água fria, num riacho se for essa a alternativa, ou mesmo aplicando gelo para a arrefecer enquanto se aguarda o transporte pelo Instituto Nacional de Emergência Medica (INEM).

É importante fazer o controlo da temperatura corporal para prevenir o arrefecimento excessivo e ministrar a terapêutica necessária para evitar as convulsões.

O internamento dos pacientes que foram vítimas de um golpe de calor é feito durante um período de alguns dias para monitorizar as oscilações de temperatura, repor o equilíbrio hidro-eletrolítico - provocado pela perda excessiva de água e eletrólitos -,  fazer a estabilização hemodinâmica dos pacientes que só deverão ter alta hospitalar quando estiverem completamente equilibrados.

Em suma, sem prejuízo de outras informações complementares, trata-se de um quadro clínico muito grave mas com bom prognóstico se tivermos uma atitude terapêutica assertiva e se os pacientes responderem adequadamente às medidas recomendadas.

Em caso de dúvida contate as linhas de apoio da Direcção Geral de Saúde:

Saúde 24: 808 24 24 24

Email: [email protected]

Professora Doutora Maria Antonieta Dias

Faculdade de Medicina do Porto

Especialista em Medicina Geral e Familiar

Especialista em Medicina Desportiva

Perita Médico-Legal

Competências: Avaliação do Dano Corporal -  Medicina Legal ; Avaliação do Dano - Segurança Social; Climatologia e Hidrologia, Geriatria.

Medicina em Viagens 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.

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