De 7 a 9 de setembro
Com o regresso do festival de verão à capital algarvia para a sua décima edição, entre os dias 7 e 9 de setembro, a Lusíadas...

Este serviço médico irá também contar, nos três dias do festival, com duas ambulâncias e um buggy-maca, que estarão estrategicamente posicionados para suportar a ação da equipa clínica e serão úteis para agilizar a assistência e garantir a prestação de cuidados de saúde no evento.

Pedro Oliveira, CEO das unidades Lusíadas Saúde no Algarve afirma que “é gratificante voltar a ser o serviço médico oficial do Festival F, naquela que é a sua décima edição, por aquilo que o evento representa para a população algarvia. Esta parceria atesta a confiança no Saber Cuidar da Lusíadas Saúde e é, uma vez mais, o reconhecimento da vasta experiência dos profissionais do Grupo neste tipo de eventos”.

A associação da marca ao Festival F está alinhada com a missão da Lusíadas Saúde de saber cuidar das pessoas e das suas famílias, sendo indiscutível a relevância dos eventos lúdicos para a promoção do bem-estar dos portugueses.

Este ano, o Festival F conta com um cartaz exclusivamente nacional, com mais de 60 artistas, e estima receber cerca de 30 mil pessoas. Mimicat (dia 7), Calema (dia 7), Bispo (dia 8), Mariza (dia 8), Bárbara Tinoco (dia 9) e Pedro Abrunhosa (dia 9), são alguns dos nomes que irão atuar nos palcos do festival algarvio.

 

Mais de 16 anos de experiência na indústria farmacêutica
Luis Cordero Puentes é o novo diretor de Market Access para Espanha e Portugal. Neste seu novo cargo, Luis fará parte do Comité...

Luis tem mais de 16 anos de experiência na indústria farmacêutica e tem conhecimento profundo de tudo relacionado com acesso, precificação e reembolso, economia da saúde, etc. a nível europeu, nacional e regional. Cordero desenvolveu grande parte do seu percurso profissional na AstraZeneca. Na filial espanhola Luis ocupou vários cargos de responsabilidade, como vice-presidente de acesso ao mercado e assuntos governamentais ou vice-presidente da Fundação AstraZeneca, ocupando, na sua última etapa, o cargo de Global Market Access Director Vaccines and Infections da AstraZeneca para Europa e Canadá. Luis iniciou sua carreira na indústria farmacêutica na área de Acesso Regional da Lilly.

“Gostaria de agradecer à Ipsen a oportunidade de continuar a desenvolver a minha carreira profissional, numa área em que acredito poder contribuir, com um importante valor acrescentado, para a empresa e, especialmente, para os pacientes. Os projetos que a Ipsen enfrenta, tornam este novo desafio pessoal e profissional, apaixonante”, afirma Luis Cordero.

“Luis Cordero detém um profundo conhecimento na área de Market Access, pelo que estou certa de que será um apoio fulcral para enfrentar os desafios futuros, nos quais estamos a trabalhar ativamente, para dar resposta às necessidades dos nossos pacientes”, explica Aurora Berra de Unamuno, Diretora Geral da Ipsen Iberia.

Luis é formado em Farmácia e PdH pela Universidade de Santiago de Compostela; Mestrado em Farmacoeconomia pela Universidade Pompeu Fabra e vários programas de gestão do IESE Business School.

 

Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva
Mário Espiga de Macedo, presidente do júri que atribui o Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva, explicou a...

O elo entre Mário Espiga de Macedo e Pedro Marques da Silva começou há três décadas, durante um congresso da America Heart Association. O prémio é um tributo à memória de Pedro Marques da Silva, que defendia uma abordagem médica global.

Na arte de decifrar as doenças cardíacas, a investigação assume uma importância inquestionável. Mário Espiga de Macedo sublinhou que tem havido avanços significativos no conhecimento da fisiopatologia cardiovascular nos últimos anos. Assim, a investigação contínua nesta área é essencial para aprimorar os cuidados prestados aos pacientes e, consequentemente, melhorar a sua qualidade de vida.

O processo de candidatura para o Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva é anual, com os prazos a serem estabelecidos geralmente cerca de dois meses antes do congresso anual da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).

Os vencedores anteriores deste prémio tiveram um impacto significativo no avanço do conhecimento no campo do risco cardiovascular. As suas investigações rigorosas e metodologicamente sólidas têm o potencial de influenciar diretamente a prática clínica e, por conseguinte, a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes.

O presidente do júri deixou uma mensagem de incentivo aos investigadores e profissionais de Medicina que estão a ponderar participar no Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva: "Fazer investigação é uma componente essencial da formação médica de cada indivíduo e nunca deve ser considerado tempo desperdiçado. A investigação requer um rigor intelectual que é de grande utilidade na prática clínica diária."

O Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva é “uma celebração da amizade, dedicação científica e compromisso com a Medicina Interna. Através deste prémio, o legado de Pedro Marques da Silva é honrado e incentiva-se o progresso na compreensão e tratamento das doenças cardiovasculares”, concluiu.

As candidaturas à próxima edição do Prémio de Risco Cardiovascular Dr. Pedro Marques da Silva, no valor de cinco mil euros e com o patrocínio da Bayer, abrem no próximo mês de novembro.

Iniciativa da SPLS quer envolver população na literacia em saúde
Miguel Vieira, que se sagrou campeão mundial de judo nos Jogos Mundiais da Associação Internacional de Desportos para Cegos ...

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde (SPLS) lança um novo projeto para promover a literacia em saúde na comunidade. Os Embaixadores da SPLS, personalidades portuguesas de destaque, vão trabalhar com esta sociedade científica em iniciativas de proximidade. Miguel Vieira, campeão de judo paralímpico, é a primeira figura confirmada. 

“Os Embaixadores são pessoas de referência regional ou nacional, que se destacam pela sua capacidade, resiliência, conhecimento, forma de estar na vida, exemplo de estilo de vida saudável, responsabilidade social, de seriedade e de ética”, explica a presidente da SPLS, Cristina Vaz de Almeida. “São pessoas especiais que também estão entre os cidadãos comuns e a quem queremos dar relevância”. 

Através deste projeto, a SPLS ambiciona dar “bons exemplos de vida”. Para Cristina Vaz de Almeida, existem, no dia a dia, “vários heróis que podem dar a cara para uma melhor literacia em saúde, daí a necessidade de se partilhar a história de casos de sucesso com reflexos para a saúde das pessoas”.  

O primeiro Embaixador confirmado é o judoca Miguel Vieira. “A sua incapacidade acabou por se tornar o seu melhor desafio de superação”, diz a presidente. “O Miguel tem uma profundidade na análise que faz da vida, tem uma presença impactante pela sua personalidade e acredito que nos pode ensinar muito sobre como ultrapassar desafios e como ter uma melhor saúde e bem-estar mental, físico e social”. 

“Receber o convite para ser Embaixador da SPLS é uma oportunidade e privilégio únicos no desenvolvimento e colaboração em promover, junto das pessoas, a importância da literacia em saúde em Portugal. Como Embaixador, atleta e campeão do mundo, espero abraçar com responsabilidade o cargo que me é atribuído, podendo, assim, informar os cidadãos em Portugal e além-fronteiras sobre a influência e o principal papel da Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde”, acrescenta o atleta. 

Miguel Vieira sagrou-se campeão mundial de judo no final de agosto, depois de ter conquistado a medalha de ouro nos Jogos Mundiais da Associação Internacional de Desportos para Cegos (IBSA), que tiveram lugar em Birmingham, no Reino Unido. No início do mesmo mês, Miguel Vieira já tinha trazido para Portugal o ouro dos Campeonatos Paralímpicos Europeus.  

A Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde vai ainda anunciar brevemente os eventos que vão contar com a presença de Miguel Vieira. Todas as informações estarão disponíveis no site da sociedade científica, aqui.  

XLI Reunião Anual da Sociedade Espanhola de Epidemiologia
Maior poder de decisão e maior proximidade institucional. Estes são apenas dois aspetos positivos que a descentralização dos...

É o que o explica José Ramón Repullo , Professor Emérito de Planeamento e Economia da Saúde da Escola Nacional de Saúde (Instituto de Saúde Carlos III), que participará na mesa aberta ao público, que se realizará no dia 5 de setembro, no âmbito do XLI Reunião Anual da Sociedade Espanhola de Epidemiologia, sob o título “Aproximar as pessoas da saúde: ciência cidadã e epidemiologia para informar as decisões locais”.

Na sessão de debate aberto, que terá lugar às 17h00, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto, participarão também Catarina Araújo, vereadora da Saúde, Qualidade de Vida e Desporto da Câmara Municipal do Porto; Ricardo Mexia, Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar; Eduarda Neves, representante da Associação APRe!; Emília Santos, vice-presidente da Câmara Municipal da Maia – Educação e Ciência/Saúde; Marco Santos, Presidente da Federação Nacional das Associações Juvenis; José Cavalheiro, Professor aposentado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto; e José Ramón Repullo. O debate será moderado por Henrique Barros, Presidente da comissão científica do congresso e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.

Durante o painel, os especialistas irão refletir sobre como o conhecimento epidemiológico pode orientar ações e decisões políticas concretas, bem como o qual deve ser o papel da sociedade na tomada de decisões em saúde. Neste sentido, José Ramón Repullo considera que a descentralização dos cuidados de saúde em Espanha aumentou o poder de decisão dos cidadãos, tomando como exemplo a 'Maré Branca' de 2012 e a mobilização do Hospital Verín (Ourense) em 2019. No primeiro caso, a política de terceirização de hospitais e centros de saúde para o sector privado gerou uma ampla mobilização de profissionais de saúde e grupos de cidadãos, graças à qual o plano de privatização foi abandonado. No segundo, os poucos nascimentos levaram o governo regional a agendar, em 2019, a cessação da atividade obstétrica e o encaminhamento para o Hospital de Ourense, mas com os protestos, os cidadãos conseguiram que a medida fosse anulada.

“Há influência local na tomada de decisões. Além disso, as redes sociais facilitam a unificação das agendas dos meios de comunicação locais e centrais”, aponta José Ramón Repullo, que lembra ainda o papel que as associações de pacientes desempenharam em 2014 na compra de sofosbuvir e outros antivirais de ação direta para o tratamento de Hepatite C.

Segundo Repullo, outra das grandes vantagens da descentralização é a maior proximidade institucional com a sociedade: “É muito melhor do que depender de uma administração distante e impessoal ou de delegações locais com pouco poder de decisão”, destaca.

Além da tomada de decisões, o público em geral também desempenha um papel de liderança na ciência cidadã, entendida como ciência ou investigação que se realiza através da participação cidadã. “Ninguém melhor do que as pessoas ou as comunidades para conhecer os problemas verdadeiramente relevantes. Não pode haver saúde pública sem público”, lembra Henrique Barros. “Envolver os cidadãos em todo o processo de investigação epidemiológica é mais do que um desafio ou uma mudança de paradigma. Acima de tudo, é uma grande oportunidade para aproximar a ciência das necessidades sentidas pelas populações e pelas comunidades”, acrescenta.

Da mesma forma, Barros explica que, neste momento, o mundo da saúde enfrenta problemas importantes, como as dúvidas sobre vacinas, a necessidade de discutir uma nova regulamentação sanitária internacional ou de ter um tratado sobre pandemias. Em suma, é necessário redefinir a importância do conjunto de medidas a adotar em momentos excecionais, quando há crises sanitárias. Por isso, considera “fundamental” que os conhecimentos que os sustentam e a redação destes documentos “incorporem os cidadãos de uma forma muito ativa e muito representativa, porque desta forma a sociedade tomará como suas essas conclusões e ficará muito mais preparada para fazer parte da solução de qualquer crise sanitária.”

Voltando a um modelo centralizado, uma quimera

Em Espanha, nas últimas décadas, foram construídas e consolidadas dezassete instituições regionais, que constituem um bem essencial para o bem-estar dos cidadãos. Uma construção “desigual” de competências, mas que constitui o principal capital sobre o qual devem assentar futuras melhorias na governação da saúde. A desvantagem deste modelo, segundo Repullo, é a sua vulnerabilidade a interferências políticas e burocráticas. “A burocratização tornou a gestão lenta e pesada num serviço como o serviço de saúde, em que as exigências dos cidadãos e dos pacientes não admitem uma operação insensível às suas necessidades e preferências”, explica.

Neste sentido, Repullo é favorável à incorporação de uma melhor gestão do conhecimento no Sistema Nacional de Saúde, de mais recursos económicos para alocar aos programas, de sistemas de informação avançados, de avaliação de intervenções e de sistemas organizacionais modernos que apoiem o governo multinível. Da mesma forma, aponta a necessidade de contar o mais rápido possível com a Agência Estadual de Saúde Pública, cujo desenvolvimento foi adiado para a próxima legislatura.

No que diz respeito ao regresso a um modelo centralizado em que a competência sanitária é do Estado, proposta por certos partidos, Repullo considera que se trata de “uma proclamação política inviável”, uma quimera tendo em conta que a descentralização se baseia na Constituição e nos Estatutos de Autonomia. “O génio escapou da lâmpada há muitas décadas e não vai querer entrar novamente; trata-se de reeducar o génio para que ele se comporte da forma mais adequada e funcional possível”, conclui o especialista em relação ao sistema de saúde.

Próximas mesas

No dia 6 de setembro, pelas 11h30, terá lugar a Mesa de Abertura do XLI Encontro Anual da Sociedade Espanhola de Epidemiologia (SEE) e do XVIII Congresso da Associação Portuguesa de Epidemiologia (APE). Nela participarão Ana Isabel Ribeiro, Iván Martínez-Baz, Isabel Aguilar Palacio e Pello Latasa, que falarão sobre os desafios futuros que a epidemiologia terá de enfrentar.

Nesse mesmo dia 6 de setembro, às 14h30, realizar-se-á a mesa plenária “Que caminhos seguirão os métodos em epidemiologia?”.

Na quinta-feira, 7 de setembro, às 11h00, está marcada a segunda sessão plenária para falar sobre má conduta científica, como detetá-la e que papel desempenham as revistas e instituições científicas neste âmbito. À tarde, pelas 15h00, está marcada a terceira sessão plenária: “Registo eletrónico: uma ferramenta para a investigação clínica epidemiológica”. Discutirá o papel dos biobancos no estudo longitudinal de doenças crónicas não transmissíveis e a eficácia da vacina COVID-19, com base nos registos eletrónicos.

Na sexta-feira, 8 de setembro, às 12h00, uma mesa sobre como a epidemiologia tem contribuído para as decisões das políticas para saúde marcará o encerramento deste encontro científico.

 

 

Opinião
A diabetes é uma doença crónica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

O Deep Learning é uma abordagem avançada de inteligência artificial que permite que as máquinas aprendam a reconhecer padrões em grandes volumes de dados. No contexto da prevenção da diabetes, o Deep Learning é uma ferramenta valiosa para analisar vastos conjuntos de dados clínicos, permitindo identificar padrões e tendências que podem ser aplicados para aprimorar tanto a prevenção quanto o tratamento da doença.

Uma das principais áreas onde o Deep Learning pode ser aplicado na prevenção da diabetes é na identificação de fatores de risco. O uso de algoritmos de aprendizado de máquina pode ajudar a identificar padrões em grandes conjuntos de dados de pacientes com diabetes, permitindo que os prestadores de cuidados de saúde identifiquem fatores de risco com maior precisão. Isso pode levar a uma prevenção mais eficaz da doença, com intervenções direcionadas a pacientes com maior risco de desenvolver diabetes.

Outra área em que o Deep Learning pode ser útil na prevenção da diabetes é no rastreamento e diagnóstico precoce da doença. A análise de grandes conjuntos de dados clínicos pode ajudar a identificar padrões que possam indicar um risco aumentado de diabetes. Isso pode levar a um diagnóstico mais precoce e ao início do tratamento mais cedo, o que pode ajudar a prevenir ou retardar a progressão da doença.

O Deep Learning também pode ser usado para otimizar os esforços de prevenção da diabetes ao permitir a personalização do tratamento. Cada paciente com diabetes é único, com diferentes necessidades e respostas ao tratamento. O uso de algoritmos de aprendizado de máquina pode ajudar os prestadores de cuidados de saúde a identificar as melhores opções de tratamento para cada paciente, levando a um tratamento mais eficaz e uma melhor gestão da doença.

Em conclusão, o Deep Learning tem o potencial de transformar a prevenção da diabetes. Ao analisar grandes conjuntos de dados clínicos, o Deep Learning pode ajudar a identificar fatores de risco, rastrear e diagnosticar a doença precocemente e personalizar o tratamento para cada paciente. Isso pode levar a uma prevenção mais eficaz da diabetes e uma gestão mais eficaz da doença para aqueles que já a desenvolveram.

 

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Governo anuncia nova organização dos cuidados de saúde
A Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde (FNS) está indignada com a nova organização dos cuidados de saúde,...

“É com grande surpresa e preocupação que assistimos ao anúncio, através da comunicação social, sobre uma nova organização dos cuidados de saúde que se intitula como a grande reforma do SNS para 2024”, refere António Neves, Secretário-Geral da FNS.

E acrescenta: “A FNS desconhece totalmente os termos em que se vai concretizar a aludida reforma do SNS, uma vez que não foi informada acerca dos seus termos, nem foi contactada para dar o seu eventual contributo”.

A FNS é a entidade que representa, através das associações suas filiadas, a generalidade do setor convencionado de meios complementares de diagnóstico e terapêutica em ambulatório (MCDT´s), representando mais de 4.000 postos de atendimento espalhados pelo país.

A rede do setor convencionado produz para o SNS mais de 300.000 atos por dia, mais de 100 milhões de atos por ano, dando resposta a cerca de 60.000 requisições médicas ao dia, ou seja, mais de 20 milhões de requisições por ano, o que representa mais de 90% da produção total do SNS, de MCDT´s em ambulatório.

“Como representantes do setor privado de saúde, registamos, com grande preocupação, a total inexistência de diálogo e partilha de qual é a estratégia do Governo e da DE-SNS nesta matéria. Em especial, quando se “anuncia” a extinção das 5 ARS´s existentes e a pulverização das suas competências e responsabilidades por 39 ULS´S”, conclui António Neves. 

Os pedidos de audiência da FNS ao Ministério da Saúde e à Direção Executiva do SNS, até ao momento, não obtiveram qualquer resposta.

A FNS e as suas Associações federadas, atentas ao caráter profundo da anunciada reforma, renovam a sua inteira e total disponibilidade para discutir uma transição serena e pacífica na reforma do SNS pretendida.

A Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde (FNS) tem como associações federadas a Associação Nacional de Cardiologistas (ANACARD), a Associação Nacional de Centros de Diálise (ANADIAL), a Associação Nacional de Unidades de Diagnóstico por Imagem (ANAUDI), a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL) e a Associação Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação (APMFR). 

Vacinação com duas doses num intervalo de 28 dias
Entre 3 de maio de 2022 e 30 de agosto de 2023, foram identificados 1050 casos laboratorialmente confirmados de Mpox em...

Segundo avança a Direção Geral da Saúde, no passado mês de junho, foi identificado um novo surto, após cerca de 3 meses sem casos reportados. Relativamente a este novo surto, entre 1 de junho e 30 de agosto de 2023, foram identificados 97 casos laboratorialmente confirmados, numa média de 5 novos casos por semana a serem reportados.

A DGS reforça, deste modo, “a necessidade dos profissionais de saúde e da sociedade civil moverem os seus esforços na deteção precoce de novos casos, o isolamento (evicção de contacto físico íntimo) de doentes durante o período de contagiosidade e a vacinação com duas doses num intervalo de 28 dias de grupos elegíveis, inclusive por autoproposta”. 

lista de locais de vacinação nas diferentes regiões do país encontra-se para consulta na página oficial da DGS.

 

Colocação de drenos tunelizados de longa duração
O Hospital Distrital de Santarém (HDS) iniciou recentemente uma técnica inovadora para o tratamento e alívio de sintomas em...

Segundo o diretor do Serviço de Pneumologia, Gustavo Reis, esta técnica poderá vir a beneficiar muitos doentes. “Os dois grupos principais serão os doentes com cancro do pulmão ou de outros órgãos em que ocorra envolvimento pleural com acumulação de líquido e também doentes com insuficiência cardíaca que podem também desenvolver derrame pleural recorrente sintomático”, explica.

De acordo com Luís Rodrigues, pneumologista no HDS, “este é um procedimento minimamente invasivo, com baixo risco de complicações, que proporciona um alívio sintomático rápido e significativo e permite realizar drenagens periódicas do líquido acumulado sempre que os sintomas o justifiquem sem necessidade de novas punções. Em muitos casos, o próprio doente ou seus cuidadores podem ser ensinados a fazer a drenagem no domicílio evitando deslocações e recurso ao hospital”.

O procedimento é realizado em regime de ambulatório, demorando 20-30 minutos e o doente pode voltar ao domicílio imediatamente após a realização do mesmo.

Ana Infante, presidente do Conselho de Administração (CA) do HDS, salienta que “a aposta crescente na diferenciação técnica tem sido um dos grandes objetivos do CA, de modo a oferecer os melhores cuidados aos seus utentes”.

 

Nutrição e Saúde
A conexão entre o cérebro e o intestino mostra-nos a importância de termos uma vida saudável, com um

Dentro do nosso sistema digestivo existem cerca de 500 milhões de neurónios e mais de 30 neurotransmissores, o que faz com que este seja responsável por emitir respostas emocionais e comportamentais.

Se a nossa flora intestinal não está bem, pode impactar com a nossa saúde mental. O que resulta em situações como ansiedade, depressão, entre outras. A serotonina, por exemplo, é um neurotransmissor produzido no intestino, que é enviado para o cérebro e está diretamente ligada ao nosso humor.

Toda a nossa rotina diária, a nossa alimentação e pensamentos, fazem com que o nosso intestino capte essas informações e as reproduza para o cérebro.

Já pratica algumas das estratégias abaixo descritas? Elas podem ajudar a cuidar da sua flora intestinal, dando suporte à saúde do seu cérebro.

  • Diminuir/eliminar o consumo de açúcar;
  • Ter uma alimentação integrativa;
  • Usar suplementos como probióticos (quando necessário) e pré-bióticos (alimentos dos probióticos);
  • Praticar exercício físico e meditação diariamente;
  • Hidratação (pode fazer o seguinte cálculo: multiplique o seu peso por 32ml. Ex: uma pessoa de 60kg x 32ml deveria ingerir no mínimo 1.920 ml de água por dia.

O que é que já está a fazer para manter esta conexão positiva? Já pensou que o nosso intestino é o nosso segundo cérebro?

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Campanha de vacinação arranca na segunda quinzena de setembro
A vacina contra a gripe sazonal passa a ser gratuita, já em setembro, para todas as pessoas com 60 ou mais anos, bem como para...

Até agora, a vacina era recomendada a todos os cidadãos com 60 ou mais anos, mas só era gratuita acima dos 65 anos, inclusive, pelo que o alargamento agora aprovado garantirá uma maior equidade no acesso permitindo proteger ainda mais pessoas.

A gripe é uma doença viral aguda das vias respiratórias, que pode ter particular gravidade nas pessoas idosas ou com doenças crónicas. A vacinação é uma forma fundamental de prevenir ou de atenuar a doença. Deve proceder-se à vacinação anual, para manter uma proteção eficaz e adaptada às variações que o vírus da gripe apresenta de um inverno para outro, o que implica alterações na composição da vacina em cada época.

A campanha de vacinação terá início na segunda quinzena de setembro e os utentes com mais de 59 anos, assim como os elegíveis das outras faixas etárias, podem ser vacinados simultaneamente contra a COVID-19 e contra a gripe.

Recorde-se que, no último inverno, Portugal voltou a ultrapassar a meta de 75% de cobertura vacinal contra a gripe sazonal proposta pela Organização Mundial de Saúde. O sucesso da vacinação em Portugal deve-se ao empenho das profissionais de saúde e à adesão voluntária dos cidadãos, com quem voltamos a contar este inverno.

 

Regresso às aulas
Com o início de mais um ano letivo, a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) relembra alguns dos

Miopia (dificuldade em ver ao longe), astigmatismo (visão distorcida) e hipermetropia (esforço aumentado com dificuldade em ver sobretudo ao perto) são os erros refrativos que podem afetar a nitidez da imagem dos olhos. Na criança particularmente perigosos quando presentes de forma assimétrica, ou seja, um olho com a imagem mais nítida, outro com a imagem mais desfocada, dando a ilusão aos pais de que as crianças veem bem. Se não forem corrigidos atempadamente, podem causar défices visuais permanentes, porque a criança tem tendência a evitar usar o olho com a imagem menos nítida, levando a que este fique mais “preguiçoso”, processo que chamamos de ambliopia.

Nas crianças as doenças mais comuns são o estrabismo e a ambliopia. Estrabismo denomina a existência de um desalinhamento ocular. Surge habitualmente nas crianças podendo, em muitas delas, estar presente desde a nascença. É importante diagnosticar e tratar esta doença quando a criança ainda é pequena pois, caso contrário, a visão de um dos olhos poderá ficar irremediavelmente diminuída e em alguns casos pode perder-se a oportunidade de recuperar a visão binocular. A criança com estrabismo tem tendência a usar menos o olho desviado, levando a que este vá ficando mais “preguiçoso” (ambliope).

Ricardo Parreira, coordenador de Grupo Português de Estrabismo e Oftalmologia Pediátrica da SPO, alerta: “É muito importante a correção do estrabismo desde cedo, não apenas pelas questões relacionadas com a saúde ocular, mas também pelas consequências que pode trazer na entrada para o período escolar. Pode levar a uma menor autoestima por parte da criança e a um aumento do risco de sofrer bullying, além do impacto no seu rendimento escolar”.

Pais e professores devem, por isso, manter um elevado grau de vigilância e valorizar os pequenos sinais de que algo pode não estar bem na saúde ocular das crianças, tais como:

  • Desinteresse na televisão;
  • Lentidão ou rejeição das tarefas que exigem esforço visual;
  • Fechar ou tapar um dos olhos;
  • Lacrimejo;
  • Dificuldade em suportar a luz (fotofobia);
  • Olhos vermelhos e inchados;
  • Dificuldade na leitura;
  • Erros a copiar do quadro.

Por último, num mundo cada vez mais globalizado e tecnológico, é importante limitar o tempo de exposição das crianças aos ecrãs, respeitando a importância das pausas oculares. De acordo com as recomendações da Organização Mundial (OMS), em 2019, as crianças menores de dois anos não devem ter qualquer tipo de exposição a ecrãs e as de dois aos cinco anos não devem estar expostas mais do que uma hora por dia. Há também evidência científica de que o contacto com a luz natural pode evitar o início da miopia. Neste sentido, pais, professores e educadores têm a missão de incentivar a realização de iniciativas que privilegiem a interação direta e optar por atividades mais lúdicas e ao livre.

Para saber mais informações sobre a saúde ocular, visite: https://spoftalmologia.pt/.

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De 5 a 8 de setembro
A cidade do Porto vai acolher, de 5 a 8 de setembro, a edição de 2023 do mais importante evento científico da Epidemiologia...

Sob mote “Epidemiologia para construir o futuro”, este ano debater-se-á o futuro da profissão epidemiológica, ouvindo com especial atenção a análise dos jovens epidemiologistas. Discutir-se-ão as ferramentas que a epidemiologia tem ao seu dispor e o seu contributo para o desenho de políticas públicas de saúde, bem como para a descentralização das decisões em saúde. Haverá espaço para falar também de alterações climáticas, já mencionadas, de ecoansiedade, de vulnerabilidade social e de saúde e género. Da mesma forma, foram programados espaços para debater o acompanhamento e o rastreio do cancro, a saúde urbana, a COVID-19 e suas sequelas, o VIH/sida, a saúde mental, a saúde materno-infantil, entre outros.

No âmbito das atividades pré-congresso, a edição deste ano volta a contemplar uma sessão de debate aberta a todos os cidadãos, que decorrerá no dia 5 de setembro, às 17h00, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto e para a qual gostávamos de o/a convidar.

Esta mesa-redonda juntará convidados ligados à saúde, aos órgãos de decisão e às associações locais - nomeadamente Catarina Araújo, Vereadora da CM Porto, Emília Neves, Vereadora da CM Maia, Ricardo Mexia, Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, José Ramón Repullo, Professor no Instituto de Salud Carlos III, Eduarda Neves, representante da APRe!, Marco Santos, Presidente FNAJ e José Cavalheiro, da FEUP – que será moderada por Henrique Barros, Presidente da Direção do ISPUP -  e será moderada por Henrique Barros, médico e Presidente da Direção do ISPUP. A discussão centrar-se-á em como aproximar as pessoas das decisões e as decisões das pessoas na saúde e procurará explorar como o conhecimento epidemiológico pode e deve orientar as decisões políticas e guiar a implementação desta “ciência cidadã”.

 

 

 

 

 

Relacionamentos
Vivemos numa correria constante e isso leva a que muitos casais fiquem presos nessa rotina agitada c

Felizmente, a terapia de casal pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar casais ocupados a equilibrarem a vida pessoal e profissional. Em seguida deixo algumas sugestões que poderão ajudar os casais mais afastados e reencontrarem-se.

Em primeiro lugar, é importante combinarem dar um tempo de qualidade à relação. É essencial que estes momentos sejam especiais e vos ajudem a concentrarem-se apenas um no outro. Podem fazê-lo, por exemplo, através da marcação de um fim-de-semana especial, todos os meses. Nesse período, é importante desligarem todos os dispositivos eletrónicos (por exemplo, telemóveis ou tablets) e concentrarem-se inteiramente na vossa relação.

Outro aspeto muito importante é procurarem aperfeiçoar a vossa comunicação. É certo que com agendas apertadas, encontrar tempo para uma conversa mais profunda, pode ser um grande desafio. No entanto, procurem reservar alguns minutos, todos os dias, para compartilhar experiências e expressar as vossas emoções, preocupações e desejos. Procurem não se interromper, recorrendo a técnicas de comunicação ativa em que cada um ouve respeitosa e atentamente o que o outro tem para dizer.

Embora possa parecer uma batalha perdida, é muito importante estabelecerem limites claros entre a vida pessoal e o trabalho. Muitas pessoas levam trabalho para casa, ou, mesmo não levando trabalho para casa, não conseguem libertar-se mentalmente dele. Por isso, é essencial definirem um tempo específico para o trabalho e desligarem-se totalmente dele, fora desse período. Isto irá ajudar-vos a desfrutar mais e a evitar que o stresse do trabalho afete a vossa vida a dois.

Além disso, é fundamental praticarem o apoio mútuo. O que é isto? Basicamente, em vez de competirem pela atenção e pelo sucesso profissional, procurem apoiar-se mutuamente! Celebrem as conquistas de cada um e mostrem a vossa disponibilidade e compreensão nos momentos mais desafiantes. Encontrem formas de dividir as responsabilidades do trabalho e da vida pessoal, como tarefas domésticas.

Finalmente, criem rituais diários que possam desfrutar mutuamente, como preparar uma refeição juntos, fazer uma caminhada juntos, ou ir a um bar. Este tipo de rituais pode ajudar a manter a conexão e a tornar os vossos momentos mais calorosos.

Os casais que aderem a sugestões aprendem mais facilmente a priorizar o tempo de qualidade, a aprimorar a comunicação, a estabelecer limites claros e a criar rituais diários permitindo que (re)encontrem o equilíbrio entre o amor e a carreira profissional.

Porém, é importante lembrar que cada casal é único e que as necessidades e circunstâncias de cada um podem variar. Portanto, procurar ajuda de um terapeuta de casal/conjugal é sempre preferível a qualquer recomendação ou livro de auto-ajuda, pois poderá oferecer uma orientação personalizada e estratégias especificas para cada casal.

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Estudo da Mayo Clinic mostra ligação ao trauma
Uma em cada três crianças terá pelo menos uma experiência stressante ou traumática na infância, incluindo experiências como o...

Os investigadores estudaram um grupo de mais de 1500 mulheres de meia-idade (com idades compreendidas entre os 40 e os 65 anos, com uma média de idades de 53 anos) que visitaram a Clínica da Menopausa e Saúde Sexual da Mulher no campus da Mayo Clinic, no Minnesota, entre 2015 e 2016, para tratar de questões relacionadas com a menopausa e a saúde sexual. As mulheres foram convidadas a preencher um inquérito antes da visita. O inquérito incluía perguntas sobre o histórico de experiências adversas na infância, bem como sobre a função sexual, abuso recente, humor, ansiedade, sintomas da menopausa e satisfação com a relação.

As informações recolhidas foram registadas num registo de saúde feminina da Mayo Clinic, denominado Registo de Dados sobre Experiências de Envelhecimento, Menopausa e Sexualidade (DREAMS). Os investigadores analisaram então a associação entre a disfunção sexual feminina e as experiências adversas na infância, definidas no estudo como experiências traumáticas durante a infância e a adolescência que conduziram a abusos físicos, emocionais ou sexuais, ou ao crescimento num lar com violência, consumo de drogas, problemas de saúde mental ou insegurança devido à separação dos pais, divórcio ou encarceramento.

O que os investigadores descobriram

Os investigadores descobriram que as mulheres que viveram quatro ou mais experiências adversas na infância tinham quase o dobro da probabilidade de serem sexualmente inativas, em comparação com as mulheres que não tiveram qualquer exposição adversa na infância, e tinham duas vezes mais probabilidades de ter disfunção sexual na meia-idade. O estudo define a disfunção sexual feminina como uma perturbação que envolve problemas persistentes com o desejo sexual, a excitação sexual, a lubrificação, a satisfação, o orgasmo e/ou a dor sexual, que estão associados a sofrimento pessoal para a mulher que experimenta estes sintomas.

"Esta associação parece ser independente de outros fatores que também afetam a função sexual feminina, como a idade, o estado da menopausa, a utilização de terapia hormonal, a ansiedade, a depressão, a satisfação conjugal e a história de abuso recente", explica Mariam Saadedine, investigadora da Mayo Clinic na Florida e primeira autora do estudo.

"Esta investigação contribui para a literatura que explora a função sexual nas mulheres", explica a cirurgiã Ekta Kapoor, diretora adjunta do Centro de Saúde da Mulher da Mayo Clinic e autora sénior do estudo. "A disfunção sexual tem um impacto significativo na qualidade de vida da mulher. Em consonância com estes resultados, encorajamos os profissionais de saúde a rastrear experiências adversas na infância com disfunção sexual e a oferecer tratamento multidisciplinar, incluindo encaminhamento e aconselhamento, conforme necessário. Se as consequências da adversidade na infância não forem tratadas adequadamente, outras intervenções para melhorar a função sexual podem não ser bem-sucedidas."

Os próximos passos desta investigação consistem em avaliar as associações entre experiências adversas na infância e disfunção sexual feminina num grupo mais diversificado de mulheres, incluindo mulheres de meios socioeconómicos mais baixos e mulheres com acesso limitado a cuidados de saúde.

Pode ler o artigo completo, aqui.

Advertem enfermeiros
Publicado ontem em Diário da República, o Decreto-Lei n.º 75/2023, que define uma medida especial de aceleração do...

Tanto que, adverte o presidente do SE, Pedro Costa, “vai necessitar de uma circular orientadora” que permita uma “aplicação uniforme, igualitária e justa da lei”, para que a carreira dos enfermeiros com este vínculo profissional não fique “refém das diferentes interpretações das administrações dos estabelecimentos de saúde, à medida dos respetivos interesses”.

O diploma pretende abranger 350 mil trabalhadores, sendo que só 200 mil são contratos de trabalho em funções públicas.

A redação dada ao decreto-lei “permite que a lei seja aplicada a uns a não a todos os enfermeiros”, enfatiza Pedro Costa. “Se para os contratos em funções publicas é clara a sua abrangência, para os contratos individuais de trabalho, tal qual está plasmada, parece que não é para abranger todos”, reforça.

Segundo estipula o quinto parágrafo polémico do DL em questão, a medida tem “impacto nas entidades públicas empresariais integradas no Serviço Nacional de Saúde, por via dos acordos coletivos de trabalho existentes, mantendo-se para os demais contratos individuais de trabalho o desenvolvimento das carreiras previsto nos correspondentes instrumentos de regulamentação coletiva”.

Mas, na leitura do Sindicato dos Enfermeiros - SE, o decreto-lei n.º 75/2023, se não for acompanhado de uma circular orientadora, “vai criar uma divisão e uma discriminação na classe, como já aconteceu com decreto-lei n.º 80-B/2022”.

Aliás, foi na decorrência deste último, o qual estabeleceu os termos da contagem de pontos em sede de avaliação do desempenho dos trabalhadores enfermeiros à data da transição para as carreiras de enfermagem e especial de enfermagem, que o SE detetou e coligiu evidência de cerca de 800 irregularidades na aplicação da lei, “afetando milhares de enfermeiros devido a uma interpretação restritiva das diferentes intuições hospitalares”.

Irregularidades essas que, passado praticamente um ano, “ainda não estão resolvidas e algumas vão seguir mesmo para a via judicial”, acentua Pedro Costa.

Ou seja, o decreto-lei n.º 75/2023, assevera, “vem resolver uma parte do problema, mas volta a criar - e a prolongar - outro, daí dizermos que é um acelerador de remendos, que urge resolver e que tomaremos em mãos na próxima ronda negocial com o Ministério da Saúde”, previsivelmente já em setembro.

Saúde Mental
Caraterizados por “episódios intensos de medo que podem surgir de forma abrupta ou devido à exposiçã

Segundo Paulo Dias, neuropsicólogo e hipnoterapeuta, “quando somos confrontados com situações (reais ou imaginárias) que possam ser consideradas como ameaçadoras, o mecanismo de defesa do nosso cérebro desencadeia uma resposta de luta/fuga para nos proteger ou evitar o sofrimento”. O medo é, assim, uma emoção universal, natural, que sinaliza “possíveis situações de perigo”. O problema surge quando “esta resposta é ativada de forma excessiva ou inadequada, mesmo quando não há uma ameaça real”, podendo despoletar os chamados ataques de pânico. Estes podem começar a ser frequentes, “como se o sistema de alarme do corpo fosse ativado erroneamente, levando a uma cascata de sintomas físicos e emocionais intensos”, explica o especialista. Durante estes episódios de medo intenso, “é possível experimentar uma combinação de vários sintomas, tais como batimentos cardíacos acelerados, dificuldade em respirar, sudorese, tremores, dormência nas mãos e nos pés, oscilações da temperatura corporal, desrealização (sensação de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar separado de si mesmo), entre muitos outros”.

Embora as suas causas não sejam totalmente compreendidas, existem fatores “que se assumem enquanto risco para os desenvolver”, como por exemplo: “questões genéticas (Se um pai ou mãe tiver um histórico de ataques de pânico, pode existir um maior risco de um filho os desenvolver), experiências traumáticas (exposição a eventos geradores de emoções e pensamentos negativos), personalidade (tendência a preocupações excessivas, perfeccionismo ou alta sensibilidade à ansiedade), fatores ambientais (o uso excessivo de substâncias estimulantes, incluindo cafeína e drogas ilícitas, podem desencadear sintomas de pânico)”. De acordo com Paulo Dias, “a combinação destes fatores de risco pode variar de pessoa para pessoa e a sua origem pode ser complexa e multifacetada. Algumas pessoas podem desenvolver ataques de pânico sem qualquer fator de risco aparente, enquanto outras podem ter múltiplos fatores envolvidos”.

Curiosamente, embora os ataques de pânico possam surgir em qualquer pessoa, independentemente do género, estes são mais frequentes entre as mulheres, existindo ainda uma correlação com a ansiedade. “Por um lado, enquanto a ansiedade é uma resposta adaptativa a situações de stress, os ataques de pânico são episódios agudos de medo intenso que podem ocorrer inesperadamente e sem uma causa aparente, sendo caracterizados por sintomas físicos intensos e uma sensação de perigo iminente. Por outro lado, os ataques de pânico podem gerar uma ansiedade antecipatória, ou seja, a pessoa pode começar a preocupar-se excessivamente com a possibilidade de ter um ataque em determinadas situações. Essa preocupação constante pode agravar a ansiedade e criar um ciclo vicioso, no qual a ansiedade alimenta os ataques de pânico e os ataques de pânico reforçam a ansiedade”, explica o hipnoterapeuta.

«Os ataques de pânico podem condicionar a vida numa espécie de prisão»

 De acordo com o especialista das Clínicas Dr. Alberto Lopes, é muito comum, após sofrer um ataque de pânico, “a pessoa evitar a atividade que o desencadeou ou o ambiente em que ele ocorreu”.

“Uma das principais implicações desta condição é a limitação nas atividades diárias. Por exemplo, quem teve um ataque de pânico enquanto conduzia no trânsito, pode não querer mais conduzir e quem o teve no trabalho, pode desejar afastar-se do emprego ou até mesmo trocar de local de trabalho”, acrescenta.

Por outro lado, revela que “a ansiedade gerada pela preocupação constante e persistente de poder desenvolver um ataque sem aviso prévio, leva a que a pessoa comece a evitar determinados lugares ou situações e, por conseguinte, isola-se socialmente o que irá promover um declínio do seu autocuidado podendo reforçar sintomas que potencializem quadros depressivos, ansiosos e hipocondríacos”.

Maria José Rodrigues teve o seu primeiro ataque de pânico durante uma viagem de trabalho, fora da cidade de Londres, onde reside. “Estava a conduzir e, de repente, entrei em pânico e desde então deixei de conseguir conduzir e estar sozinha”, recorda adiantando que, como o seu emprego exigia a realização de muitas deslocações, acabou por se demitir. “Nunca mais conduzi, não entrava em autocarros, comboios e aviões, nunca mais consegui fazer uma vida normal”, conta acrescentando que a situação foi crescendo até não saber lidar com o que lhe estava a acontecer. “Eu já tinha um ataque de pânico só de pensar que ia sair de casa ou ficar sozinha (tinha um ataque de pânico só de pensar que ia ter um ataque de pânico)”, admite revelando que estes episódios surgiam diariamente, nas mais variadas situações.

Maria procurou ajuda médica tendo-lhe sido diagnosticada uma depressão. No entanto, acabou sem suporte psicológico, apenas com a prescrição de um medicamento SOS para ajudar a travar as crises.

“Como não sabia lidar com os ataques de pânico, comecei a sofrer de agorafobia e isso limitava-me a sair. Não respirava nem mesmo ao ar livre. Deixei de trabalhar, sair, conduzir... foi como se tivesse parado no tempo”, explica.

A conselho de um familiar, acabou por procurar ajuda junto da Clínica Dr. Alberto Lopes, recorrendo à hipnoterapia. “Eu nem queria fazer, já não tinha esperança...”, admite.

Acabou por fazer um tratamento mensal de 6 sessões “através de videochamada (porque vivo em Londres)”. E, apesar de ter sido um processo que levou o seu tempo, a pouco e pouco, retomou as atividades e regressou à vida. “Lentamente, consegui pegar no carro, apanhar o autocarro, o comboio e até viajar. É um processo lento, mas efetivo”, afiança revelando que com a hipnoterapia voltou a ganhar confiança em si própria e “a controlar o medo de ter ataques de pânico”. “A hipnoterapia é um passo muito importante nestes casos, recomendo a 100%”, diz feliz.

Segundo Paulo Dias, o tratamento dos ataques de pânico “geralmente envolve uma abordagem terapêutica multidimensional e, em alguns casos, é necessário a prescrição de medicamentos, com o objetivo de minimizar o impacto severo que os sintomas físicos podem gerar”.

No entanto, “a hipnoterapia, uma combinação entre a hipnose (estado alterado, modificado ou expandido da consciência que permite ultrapassar as resistências dos mecanismos de defesa do consciente) e de técnicas terapêuticas, tem demonstrado ser eficaz neste tipo de quadro clínico”. E explica: “Em hipnose a mente torna-se mais recetiva às sugestões positivas, permite explorar de uma forma mais profunda as origens emocionais (traumas) dos ataques de pânico e a identificar padrões de pensamento negativos, substituindo-os por pensamentos mais saudáveis e funcionais. Além disso, a hipnose também pode ser usada para ensinar técnicas de relaxamento que ajudem a reduzir a ansiedade e a promover um maior autocontrolo”.

Ressalva que este tratamento é estabelecido caso a caso, consoante a necessidade do paciente, sendo que, do mesmo modo, “a cura não é instantânea”. “Desde a avaliação prévia e definição de objetivos, ao conjunto de sessões onde serão utilizadas técnicas de intervenção com hipnose, o tratamento consistirá em ajudar a reduzir ou mesmo eliminar a frequência e intensidade dos ataques de pânico. Assim, através desta abordagem é ensinado técnicas de auto-hipnose que promovam um maior autocontrolo e relaxamento, identificar e restruturar determinados eventos traumáticos ocorridos no passado e dessensibilizar o medo intenso que possa estar relacionado com o aparecimento dos ataques de pânico”, revela reforçando que o sucesso desta terapia “requer tempo, esforço e comprometimento”. “Cada pessoa responde de maneira diferente ao tratamento e é importante ter expectativas realistas”, sublinha.

Que estratégias podem ser utilizadas para evitar um novo ataque de pânico?

“Embora seja difícil evitar ter um ataque de pânico, existem atitudes e comportamentos que podem prevenir que ele piore ou fique fora do controlo:

  1. Aprender sobre os ataques de pânico e entender os processos físicos e mentais envolvidos pode ajudar a reduzir o medo e a ansiedade associados a eles.
  2. Praticar técnicas de relaxamento, pode ajudar a reduzir a ansiedade e a tensão física, diminuindo a probabilidade de um ataque de pânico.
  3. Identificar as fontes de stress e desenvolver estratégias eficazes para lidar com elas pode ser útil.
  4. Promover o autocuidado, uma alimentação equilibrada, sono regulado e prática de exercício físico, irá ajudar a manter uma rotina diária consistente e saudável”, indica o especialista.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico, Enfermeiro, Farmacêutico e/ou Nutricionista.
Na próxima década 75% dos doentes deverão utilizar serviços de Saúde Digital
A partir do próximo ano letivo 2023/24, os estudantes do Mestrado Integrado de Medicina (MIM) do Instituto de Ciências...

Esta área, em forte expansão, que inclui o uso das tecnologias da informação e comunicação na saúde, permitirá aumentar as competências digitais, literacia em saúde digital, compreender o impacto e ganhos em saúde do uso de tecnologias como robótica, realidade mista, realidade virtual, entre outros, tem suscitado crescente curiosidade na comunidade académica e a sua incorporação era premente no ideal de vanguarda e inovação na formação da Universidade do Porto e do ICBAS.

Para o Diretor do Mestrado Integrado em Medicina, António Araújo, “a Medicina está a evoluir a passos largos e a incorporar todo o espectro do ‘digital’ na sua prática clínica diária, desde a telemedicina à realidade virtual, passando pela inteligência artificial e a robótica. Assim, o MIM do ICBAS tem a obrigação de facultar aos seus estudantes conhecimentos nesta área de futuro e que vai moldar uma Medicina diferente, permitindo-lhes, com esta nova unidade curricular, tomar contacto e aprofundar os seus conhecimentos nesta área”.
 
Esta nova UC, que será lecionada no 5.º ano do MIM, pretende “mostrar que a Saúde Digital é o garante da sustentabilidade da saúde no futuro e a forma de garantir equidade no acesso às práticas que clínicas que conduzem aos melhores outcomes em saúde para os cidadãos”, salienta Rita Veloso, coordenadora da futura UC de e-Saúde, assegurando que “no final os estudantes ficarão aptos a definir e compreender a transição digital na saúde, os principais desafios em matéria de segurança dos dados de saúde e as principais tendências atuais e futuras da saúde digital”.
 
Numa era em que as soluções digitais têm potencial para transformar os sistemas de saúde, proporcionando melhores e qualidade através de avanços tecnológicos. É expectável que, em dez anos, 75% dos doentes utilizem serviços de saúde digital, nomeadamente na gestão do bem-estar, no acesso aos cuidados de saúde e na gestão das doenças crónicas. 

Segundo Mariana Almeida, presidente da Associação de Estudantes do ICBAS para "a saúde como a conhecemos está a transformar-se de dia para dia, de geração em geração. Enquanto estudantes do Mestrado Integrado em Medicina do século XXI, torna-se fulcral que a nossa formação não se foque apenas nas competências técnico-científicas que servirão como base para a nossa prática enquanto profissionais de saúde, mas que também incida sobre as diversas temáticas que nos últimos anos têm vindo a crescer cada vez mais e a tornar-se não só relevantes como indispensáveis para o investimento nos serviços de saúde e na sua qualidade. 

Celebrar a natalidade em Portugal
A BebéVida, banco de tecidos e células estaminais cem por cento português, vai organizar a sétima edição da "Maratona da...

“O objetivo principal é reunir o maior número possível de grávidas, casais, familiares e amigos para celebrar a natalidade em Portugal” refere Luís Melo, Administrador da Bebé Vida. “Este evento é já um marco na história da BebéVida e das futuras mães e, acontece numa altura em que os últimos dados oficiais apontam para um crescimento de seis por cento de nascimentos em Portugal no primeiro semestre deste ano face ao ano passado”.

A desportista e blogger Maggy Santos, que está grávida, será a Madrinha desta 7ª Edição da Maratona da Maternidade.

A "Maratona da Maternidade" consiste numa caminhada de três quilómetros, entre o Edifício Transparente e a Praia do Molhe. Nesse mesmo dia o Edifício Transparente vai receber a Feira da Maternidade onde todos os participantes poderão receber amostras e brindes dos patrocinadores e desfrutar da experiência de uma ecografia emocional 4D gratuita, entre outras atividades.

A inscrição na caminhada terá um valor simbólico de três euros por pessoa, que dá acesso ao Kit Maratona a ser entregue no dia do evento no Edifício Transparente. O Kit Maratona é composto por uma t-shirt, mochila, vouchers e várias ofertas. As receitas vão poder ajudar a Vida Norte a continuar a sua missão de ajudar grávidas em situação de fragilidade e a Stand4Good a apoiar estudantes universitários com comprovadas carências económicas.

É importante destacar que o evento também terá uma componente online. Convidamos as famílias em todo o país a fazer uma caminhada, num local à sua escolha, e a partilhar fotos e vídeos nas suas redes sociais e identificando @bebevida.pt e as instituições @vidanorte e @stand4good. Desta forma, pretende-se envolver e incluir o maior número de pessoas a nível nacional.

Os interessados podem fazer a sua inscrição para o formato presencial ou online aqui - https://bebevida.com/product/inscricao-maratona-maternidade/

 

 

 

1 e 2 de setembro
O Grupo de Estudos de Cancro do Pulmão (GECP) vai marcar presença no The Tall Ships Race, que decorre de 31 de agosto a 3 de...

Nos dias 1 e 2 de setembro, o GECP vai levar a cabo uma campanha de sensibilização intitulada "Hoje é um bom dia para deixar de fumar". O expositor do GECP, no recinto do evento, vai estar aberto a todos aqueles que queiram conhecer mais sobre os malefícios do tabagismo, bem como as opções disponíveis para iniciar um caminho em direção a uma vida livre de tabaco. Vários membros do GECP estarão disponíveis para fornecer informações sobre estilos de vida saudáveis e responder a dúvidas sobre cessação tabágica e cancro do pulmão. Haverá ainda lugar à distribuição de brindes com mensagens que enaltecem o orgulho em ser não fumador.

Com esta campanha o GECP pretende mostrar, sobretudo às camadas mais jovens da população, porque razão devem abandonar o hábito de fumar ou, melhor ainda, nunca começar. De acordo com Teresa Almodovar, Presidente da Direção do GECP, “acreditamos que este evento é a oportunidade ideal para alcançar um público mais jovem e transmitir mensagens importantes sobre os riscos associados ao tabagismo e os benefícios de parar de fumar”. Ao impactar este público, o GECP pretende inspirar uma geração mais saudável e consciente, fornecendo-lhes “informações centradas, sobretudo, nos benefícios imediatos em deixar de fumar, tais como, a melhoria do aspeto físico e da aptidão física, o fim do mau hálito e dos dentes amarelos e a economia financeira. Hoje sabemos que, especialmente entre os jovens, enfatizar as vantagens a curto prazo tem um efeito extremamente benéfico em termos de consciencialização e tomada de decisões informadas”, refere a pneumologista.

O tabaco continua a ser o principal fator de risco para o aparecimento de várias doenças oncológicas, entre elas o cancro do pulmão, um dos mais mortais em Portugal e no mundo. “O cancro do pulmão já não é mais uma doença exclusiva dos homens acima dos 70 anos com hábitos tabágicos, tendo-se verificado, nos últimos tempos, uma mudança de paradigma com o aumento de diagnósticos em homens e mulheres na década de 40”, explica. Esta tendência destaca assim a importância de educar os jovens sobre os riscos do tabagismo, independentemente da sua idade ou género. Já as novas formas de tabaco (cigarros eletrónicos e tabaco aquecido), tão apreciadas por este público, apresentam igualmente riscos graves para a saúde, ideia que o GECP também pretende reforçar com esta campanha.

“A nossa presença no evento The Tall Ships Race tem como objetivo criar uma experiência agradável a todos aqueles que connosco se cruzem, mas também reforçar a mensagem de que a saúde pulmonar é um assunto sério que pode ser abordado de forma positiva”, conclui a especialista. 

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