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Alergias de Primavera

Atualizado: 
27/06/2019 - 11:27
Estamos em pleno período de alergias sazonais. Estas são caracterizadas pela manifestação de alguns sintomas, num determinado período do ano.
Menina com ar feliz no campo para ilustrar as alergias de primavera

As alergias não são todas iguais. Esta é uma verdade que diz respeito não só à forma como se manifestam, mas também aos agentes que causam as alergias. Quer isto dizer, que a manifestação de alguns sintomas, num determinado período do ano, caracteriza as alergias de sazonais. Habitualmente, o que causa as alergias de primavera são os pólenes. Já os alergénios, como os ácaros do pó, são responsáveis por alergias perenes, ou seja, as que ocorrem durante todo o ano.

Apesar de haver pólenes no ar atmosférico durante todo o ano, é na Primavera que as concentrações são mais elevadas. Mas, quer nesta estação quer no Verão, surgem outros agentes - por exemplo a alergia a veneno de insectos - que causam reacções alérgicas. Algumas são muito graves, podendo até ser fatais, embora a frequência seja baixa.

É ainda no decorrer da época estival, em que as elevadas temperaturas e as mudanças de ambiente e hábitos, muitas vezes dependentes do período de férias, condicionam o aparecimento de urticárias físicas, como a urticária solar. Estes doentes devem usar filtros solares de alta protecção e tomar anti-histamínicos.

Em Portugal a principal causa de alergia a pólenes são as gramíneas (fenos), muito frequentes na Primavera, atingindo o seu pico máximo habitualmente durante os meses de Maio e Junho. As concentrações dos pólenes existentes no ar, dependem da época de polinização, que é específica para cada planta, coincidindo para a maioria das plantas com a Primavera, pois dá-se uma subida da temperatura. Por isso, de ano para ano, existem variações na época polínica principal, em relação à altura do ano em que ocorre o pico de maior intensidade e em relação às concentrações observadas.

A explicação reside na influência de variáveis meteorológicas: a ocorrência de chuva (previamente à época polínica) condiciona fortes concentrações de pólenes quando a precipitação se interrompe, com os dias quentes e ventosos de Primavera; pelo contrário, um ano seco condiciona uma vaga polínica menos intensa, em particular das plantas mais sensíveis à falta de água, como as gramíneas.

Aconselha-se que consulte regularmente o Boletim Polínico que se encontra disponível todo o ano no site oficial da SPAIC, Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (www.spaic.pt).

Os sintomas

Os sintomas ocorrem na época de maior concentração dos pólenes, sendo desencadeados, em especial, no exterior dos edifícios, sobretudo com tempo quente, seco e ventoso e alteram em muito a qualidade de vida dos doentes alérgicos.

A alergia a pólenes é uma causa frequente de manifestações alérgicas, que podem ser do aparelho respiratório (asma e rinite), dos olhos (conjuntivite) ou da pele (urticária e eczema).

A rinite alérgica é a manifestação mais frequente. Pode atingir até 1/3 da população portuguesa e é caracterizada pela ocorrência de espirros, pelo nariz entupido, pela comichão e o pingo no nariz. Estes sintomas podem ser acompanhados por conjuntivite alérgica (olho vermelho, lacrimejo, comichão e inchaço).

Além da rinite, são igualmente frequentes a asma – dificuldade em respirar, pieira, cansaço fácil e tosse –, a urticária e o eczema – sintomas alérgicos da pele.

Lembrar que a alergia é uma resposta do nosso sistema imunitário a uma substância estranha ao organismo. Quando o sistema imunitário detecta a presença de elementos exteriores que considera perigosos (neste caso, o alergénio) liberta uma proteína designada por Imunoglobulina E (IgE). Esta proteína fixa-se na substância que provocou o alerta imunológico e fomenta a libertação de histamina e outras substâncias. É principalmente a histamina que, nos primeiros minutos, provoca os sintomas alérgicos: espirros, dispneia, prurido, etc.

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Fonte: 
paraquenaolhefalteoar.com
Nota: 
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