Consumismo infantil

O “corte” no consumismo infantil… um caminho para lidar com a frustração

Atualizado: 
08/01/2014 - 11:32
A nossa sociedade está voltada para o consumismo, dando-se demasiada importância ao “ter” para se poder “ser”. Esta cultura desde cedo influencia a criança, logo na primeira infância, mesmo antes de esta começar a falar.

Muitos pais associam que o amor por o filho é demonstrado, pela cedência a todos os seus pedidos. Por vezes, esta é a forma encontrada para compensar a ausência diária e a falta de tempo. Apesar da criança apenas procurar atenção e afeto, com o tempo aprende a preencher esta ausência com bens materiais, tornando-se instável e querendo mais e mais bens, sem nunca se sentir preenchida.

Como a criança na infância ainda não desenvolveu as estruturas associadas à capacidade crítica, são os pais que tem de mediar o acesso ao consumo. Nesse sentido, será importante:
- Controlar o que os nossos filhos vêm na televisão, pois este é o meio mais apelativo ao consumo.
- Trocar as recompensas materiais (como brinquedos e consolas) por reforços positivos (como um passeio pelo parque ou escolher uma atividade para jogar em família).
- Procurar dar presentes apenas em datas especiais.
- Permitir que ela opine sobre duas ou três coisas que gostaria de receber e opte apenas por uma.

É importante percebermos que, para acedermos a uma coisa, temos de abdicar da outra. Isto permitirá que a criança aprenda a lidar com a frustração ao interiorizar que a felicidade não depende da quantidade de bens materiais que possuímos.

Desta forma, estaremos a educar as nossas crianças para valorizar a amizade, a família, o amor e a simplicidade… na realidade estaremos a criar filhos felizes e capazes.
 

Autor: 
Dra. Patrícia Vitorino - Psicóloga Clínica
Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
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