Nos Açores
O programa de saúde oral dos Açores permitiu que em 10 anos se passasse de 20 para 30 mil consultas anuais nos centros de saúde...

O secretário regional da Saúde, Luís Cabral, disse que o programa regional de saúde oral, projecto iniciado em 2002, já permitiu “instalar a cadeira de dentista” e médicos nessa área “em todos os concelhos” dos Açores, à excepção da Calheta, na ilha de São Jorge, onde está a ser instalado o equipamento.

O programa iniciou-se com o objectivo de uma melhor acessibilidade na saúde oral “das crianças, idosos e grávidas, mas os bons resultados têm permitido alargá-lo à restante população”, nomeadamente “a doentes crónicos e grupos mais carenciados”, disse o secretário regional da Saúde.

De acordo com Luís Cabral, “em 2002 foram realizadas 20 mil consultas anuais de saúde oral pública e 30 mil em 2013”, frisando que o objectivo é “continuar a aumentar” o acesso da população aos médicos dentistas.

O titular pela pasta da Saúde nos Açores destacou ainda os “bons resultados” do programa regional de saúde oral que tem permitido assegurar “uma cobertura eficaz da população”.

Este programa de saúde oral, que tinha como ponto central a dotação de cada centro de saúde com médicos dentistas e um gabinete devidamente equipado, inclui ainda um Boletim Individual de Saúde Oral e a vigilância de crianças, grávidas e idosos e respectivo encaminhamento.

“É um documento inédito no país, que é entregue pelo médico no acto da consulta no centro de saúde e o objectivo é que toda a população possa ter um Boletim Individual de Saúde Oral. Estamos a trabalhar na sua digitalização para um registo fidedigno e um acompanhamento regular”, disse Luís Cabral. Semelhante a um boletim de vacinas, o documento é gratuito e permite registar toda a informação e historial clínico. Com a criação deste documento, o executivo açoriano pretendeu dotar o Serviço Regional de Saúde de um instrumento de registo e consulta para a promoção da saúde e prevenção das doenças orais nas nove ilhas.

Actualmente existem nos Açores 22 médicos dentistas a trabalhar nos centros de saúde da região, segundo a Secretaria Regional da Saúde.

Conheça as diferenças
As epidemias de gripe sazonal ocorrem anualmente em todo o mundo.

Diferenças entre epidemia e pandemia

Epidemia
- É a ocorrência em larga escala de uma doença numa comunidade, população ou região;
- Tem uma duração limitada no tempo e a sua extensão geográfica é variável.

Exemplos:

Epidemia de papeira em Portugal, em 1998.
Epidemia de cólera em Angola, em 2006.

Pandemia
- É a ocorrência de uma doença em todo o mundo, atingindo vários milhares ou milhões de pessoas em diversos países e continentes;
- Tem duração e extensão geográfica ilimitadas;
- É uma "epidemia com extensão mundial".

Exemplo:

Pandemia de SIDA/VIH (ocorre há várias décadas em todos os países do mundo).

Diferenças entre gripe sazonal e gripe pandémica

Gripe sazonal (epidémica)
- Ocorre todos os anos, sobretudo durante os meses de Inverno;
- Geralmente afecta 5-10% da população;
- Pensa-se que, em todo o mundo, o número total de mortes, por ano, varia entre 500 mil e um milhão;
- É geralmente uma doença pouco grave, que cura em 1-2 semanas sem tratamento médico;
- As mortes por gripe sazonal ocorrem sobretudo em grupos de risco: idosos, crianças muito jovens, pessoas com doenças crónicas (pulmonares, renais, cardíacas, cancro, diabetes) e imunodeprimidos (transplantes, SIDA, etc.);
- A vacina contra a gripe sazonal é eficaz porque é possível prever as estirpes virais circulantes durante o Inverno. Esta vacina, adaptada anualmente, deve ser administrada sobretudo aos grupos de risco;
- Existem fármacos antivirais que podem ser prescritos nos casos mais graves de gripe sazonal e em casos especiais.

Gripe pandémica
- Ocorre esporadicamente, em qualquer estação do ano;
- Pode atingir mais de 25 % da população;
- A mortalidade é muito superior à da gripe sazonal – durante a pandemia de 1918 morreram 40-50 milhões de pessoas;
- É uma doença muito mais grave que a gripe sazonal, com maior risco de morte;
- A infecção pode atingir qualquer pessoa, em qualquer idade;
- Na fase inicial de uma pandemia de gripe não existem vacinas eficazes, por se desconhecer a nova estirpe viral. Não é possível prever o novo tipo de vírus, e só existe uma certeza: a estirpe será diferente das que circularam no Inverno anterior;
- A quantidade disponível de fármacos antivíricos pode ser limitada. A prescrição depende da sua eficácia, que só pode ser determinada após a eclosão da pandemia.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Causada por substâncias químicas e bactérias
Este tipo de pneumonia ocorre quando ocorre a entrada de substâncias tóxicas ou bactérias para dentr

A pneumonia por aspiração desenvolve-se quando substâncias químicas irritantes e bactérias da boca e do estômago entram para as vias aéreas e pulmões. A partir daí, é desenvolvida a pneumonia que, geralmente, é causada por um anaeróbio – bactéria que pode conseguir viver na ausência de oxigénio. De um modo geral essas substâncias são eliminadas pelos mecanismos normais de defesa antes que possam chegar aos pulmões ou causar inflamação ou infecções.

Por isso, esta pneumonia é mais comum nas pessoas que sofreram acidentes vasculares cerebrais (AVC) e que têm dificuldade em controlar os reflexos de deglutição, ou em pessoas que estão inconscientes em resultado da ingestão de álcool ou de uma sobredosagem de medicamentos ou de drogas ilícitas.

Por outro lado, quando a pneumonia é contraída por pessoas hospitalizadas, o quadro clínico tende a ser mais grave uma vez que as bactérias hospitalares são, geralmente, resistentes a muitos antibióticos e o próprio doente já está com o sistema imunológico debilitado devido a outra doença/causa.

No entanto, mesmo uma pessoa saudável que aspirar uma grande quantidade desse tipo de substâncias irritantes pode contrair pneumonia por aspiração.

A aspiração de bactérias é a forma mais frequente de pneumonia por aspiração. A sua causa deve-se, geralmente, à deglutição e à consequente aspiração de bactérias para o interior dos pulmões.

A obstrução mecânica das vias aéreas pode ser causada pela aspiração de partículas ou de objectos. As crianças pequenas correm um risco muito elevado porque, com frequência, levam objectos à boca e podem aspirar pequenos brinquedos ou parte desses brinquedos.

Quando um objecto fica bloqueado na parte superior da traqueia, a pessoa é incapaz de respirar ou de falar. Se o objecto não for extraído imediatamente, a morte ocorre com rapidez. A manobra de Heimlich, efectuada para extrair o objecto, pode salvar a vida do afectado.

Se o objecto ficar bloqueado na parte inferior das vias aéreas, pode produzir uma tosse crónica irritante e infecções recorrentes. O objecto extrai-se, em geral, através de uma broncoscopia (um procedimento que utiliza um instrumento que permite ao médico observar a via respiratória e extrair amostras e corpos estranhos.

Pneumonite química
Pode acontecer que a substância tóxica aspirada provoque uma pneumonite química, isto é, uma irritação nos pulmões que não chega a ser uma infecção. Por exemplo, um produto tóxico aspirado frequentemente é o ácido do estômago. O resultado imediato é a súbita falta de ar e uma aceleração do ritmo cardíaco. Pode surgir também febre, expectoração com espuma cor-de-rosa e uma tonalidade azulada na pele, causada pelo sangue escassamente oxigenado (cianose).

O diagnóstico da pneumonite química é habitualmente confirmado com uma radiografia ao tórax e medições da concentração de oxigénio e de anidrido carbónico no sangue arterial. Já o tratamento consiste na administração de oxigénio e na respiração artificial, se for necessária. Pode aspirar-se o conteúdo da traqueia para eliminar as secreções e as partículas das vias aéreas. Pode em alguns casos ter de se administrar antibióticos para a prevenir a infecção.

De um modo geral, os indivíduos com pneumonite química recuperam rapidamente ou evoluem para a síndroma de dificuldade respiratória aguda do adulto. Podem ainda desenvolver uma infecção por bactérias.

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Circular Informativa N.º 062/CD/8.1.6. Data: 13/03/2014
Foi emitida uma circular informativa para esclarecimento do preço dos dispositivos comparticipados destinados a pessoas com...

Em aditamento à circular informativa n.º 054/CD/8.1.6, de 06/03/2014, e na sequência das questões que têm sido colocadas, clarifica-se que os preços dos dispositivos comparticipados destinados a pessoas com diabetes se regem pelo regime de preços máximos, o que significa que podem ser praticados preços inferiores ou iguais ao preço máximo, desde que devidamente notificados ao Infarmed.

Deste modo, os preços que decorriam da aplicação do Despacho n.º 4294-A/2013, de 20 de Março, atendendo a que são inferiores aos preços máximos em vigor a partir de 07-03-2014, são considerados preços válidos, pelo que não têm um prazo de escoamento.

Assim, informa-se o seguinte:

Fabricantes e mandatários de dispositivos médicos

- Podem escoar os stocks que dispõem ao preço anterior (sem necessidade de notificação);

- Podem remarcar os produtos que têm em stock ou que se encontrem no circuito comercial;

- Podem notificar ao Infarmed outros preços para os seus produtos, desde que estes sejam inferiores ao preço máximo.

Distribuidores e farmácias

- Podem escoar os stocks que dispõem ao preço marcado;

- A marcação do preço é da responsabilidade do fabricante ou mandatário, pelo que estes produtos não podem ser remarcados por outras entidades;

Em Programa de Controlo da Diabetes Mellitus está disponível a lista de Dispositivos Médicos abrangidos pelo regime de preços e comparticipações definidos na Portaria n.º 364/2010, de 23 de Junho, que inclui todos os preços válidos.

Circular Informativa N.º 046/CD/8.1.7. Data: 26/02/2014
O Infarmed emitiu uma circular informativa sobre a revogação da AIM das formulações líquidas orais contendo metoclopramida.

Na sequência do parecer do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) divulgado através da Circular Informativa n.º 183/CD/8.1.7, de 30 de julho de 2013, e da Circular Informativa n.º 237/CD/8.1.7, de 25 de outubro de 2013, a Comissão Europeia proferiu a Decisão de Execução n.º C(2013)9846, de 20 de dezembro, que determina:

- A revogação das Autorizações de Introdução no Mercado (AIM) das formulações líquidas orais contendo metoclopramida com concentração superior a 1 mg/ml;

- A alteração dos termos da AIM dos restantes medicamentos contendo metoclopramida referidos no Anexo I da Decisão e a utilização de um dispositivo de medição para as formulações líquidas orais que permanecem autorizadas.

Embora a relação risco-benefício dos medicamentos contendo metoclopramida tenha sido considerada positiva, o CHMP limitou a concentração máxima das formulações líquidas orais a 1 mg/ml como uma medida de minimização dos riscos de reacções adversas neurológicas graves.

Esta revogação resulta do facto de o CHMP considerar que as formulações líquidas orais com 1 mg/ml de concentração são adequadas para todas as indicações, mas a disponibilidade de concentrações mais elevadas acarreta um risco de sobredosagem na população pediátrica.

Em Portugal, o único medicamento com AIM com estas características é o medicamento Metoclopramida Medinfar, 2,6 mg/ml, gotas orais, solução.

Para dar cumprimento à Decisão supracitada, o Infarmed deliberou o seguinte:

1. Revogação da AIM do medicamento Metoclopramida Medinfar, 2,6 mg/ml, gotas orais, solução, com o número de registo 9651620, de que é titular a empresa Laboratório Medinfar - Produtos Farmacêuticos, S.A..

2. Prazo para a recolha

O titular da AIM do medicamento supracitado deve proceder à retirada do mercado de todos os lotes do medicamento em causa, fornecendo à Direção de Inspecção e Licenciamentos do Infarmed (através do e-mail [email protected]) o relatório de reconciliação e informação sobre o destino das embalagens recolhidas.

O Infarmed relembra ainda o seguinte:

- os profissionais de saúde dispõem de outras alternativas terapêuticas disponíveis no mercado;

- os distribuidores e as farmácias devem separar este medicamento dos restantes e proceder à sua devolução;

- os doentes em tratamento com Metoclopramida Medinfar, 2,6 mg/ml, gotas orais, solução, devem falar com o médico para identificação de uma alternativa terapêutica.

16 de Março
A Direcção-Geral da Saúde - PN VIH/SIDA associa-se à 24ª Meia Maratona de Lisboa no próximo dia 16 de Março.

No próximo dia 16 de Março realiza-se a 24ª Meia Maratona de Lisboa, com início marcado para as 10h30. No âmbito da Campanha “VIH/SIDA em Portugal - 30 anos: reflectir e agir", a Direcção-Geral da Saúde - PN VIH/SIDA associa-se à Maratona Clube de Portugal, e participa na maior manifestação popular do atletismo português, a 24ª Meia Maratona de Lisboa, cujas inscrições encerraram a duas semanas da prova.

A Direcção-geral da Saúde - PN VIH/SIDA vai estar no local a distribuir preservativos e folhetos informativos, após a meta, junto ao Mosteiro dos Jerónimos.

Os preservativos vão ser distribuídos pelos Embaixadores da Campanha "VIH/SIDA em Portugal - 30 anos: reflectir e agir", membros da Comissão Executiva e por jovens entre os 16 e os 23 anos. Vestidos com t-shirts alusivas à Campanha “VIH/SIDA em Portugal - 30 anos: reflectir e agir", pretendemos alertar e sensibilizar os já 38 mil atletas inscritos para a importância do uso do preservativo na prevenção da infecção pelo VIH/SIDA, bem como para a realização do teste de diagnóstico.

Para mais informações por favor contacte: Cátia Lemos | 93 985 3438 | [email protected]

 

 

Dia Mundial da Saúde
O Dia Mundial da Saúde, que se comemora no dia 7 de Abril, é dedicado este ano às doenças transmitidas por vectores.

Comemora-se a 7 de Abril o Dia Mundial da Saúde que este ano é dedicado às oenças transmitidas por vectores. A campanha é organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e todas as informações podem ser consultadas no respectivo website.

Semana da Incontinência Urinária
Cerca de 600 mil portugueses sofrem de incontinência urinária, mas a taxa de cura é de cerca de 90%.

Durante a Semana da Incontinência Urinária, celebrada de 10 a 16 de Março de 2014, a Associação Portuguesa de Urologia (APU) e a Associação Portuguesa de Neuro-Urologia e Uro-Ginecologia (APNUG) indicam que a incontinência urinária (IU) pode ter uma taxa de cura de 90% pelo que a procura de ajuda médica quando se sentem os primeiros sintomas, é essencial para o tratamento adequado. Cerca de 600 mil portugueses sofrem com esta doença.

Miguel Ramos, urologista do Hospital de Santo António e membro da APU e APNUG, refere que “não faz sentido as pessoas esconderem a doença e isolarem-se, com vergonha e medo que os outros percebam”. O médico explica também que existem “terapêuticas capazes de controlar a maior parte das situações. Algumas formas de IU são, inclusivamente, tratadas com medicamentos ou técnicas de reabilitação, e a maioria das cirurgias quase não implica internamento”.

A IU reduz a qualidade de vida de quem dela sofre e mesmo as perdas ligeiras de urina têm implicações graves no quotidiano, afectando a relação conjugal. A Semana da Incontinência Urinária visa contrariar esta tendência e provar que existe esperança no tratamento da patologia. A marcação de uma consulta médica assim que surgem os sinais de que algo de errado se passa é o primeiro passo na cura da IU.

Estado poupa 1,6 milhões
Cada dose da vacina contra o vírus do papiloma humano vai ficar 7,90 euros mais barata ao Estado.

Este ano a vacinação das raparigas a partir dos 13 anos contra o vírus do papiloma humano (HPV), principal responsável pelo cancro de colo do útero, vai custar aos cofres do Estado cerca de 4,5 milhões de euros, menos 26% do que em 2013, anunciou esta quinta-feira a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), escreve o jornal Público, citado pelo Sapo Saúde.

A SPSM, a central de compras do Serviço Nacional de Saúde, informa que poupou mais de 1,6 milhões de euros graças à aquisição centralizada das doses destas vacinas que são dadas às raparigas nos centros de saúde do Continente e regiões autónomas, no âmbito do Plano Nacional de Vacinação. O preço de cada dose da vacina baixou para 22 euros (antes era de 29,90), na sequência do concurso público.

O Plano Nacional de Vacinação recomenda a imunização das raparigas contra o HPV a partir dos 13 anos para “maximizar a efectividade da vacina porque, à medida que a idade aumenta, sobe o risco de se contrair uma infecção sexualmente transmitida”, explica a entidade. A introdução desta vacina foi aprovada em Março de 2008.

Em Portugal, anualmente cerca de 350 mulheres morrem de cancro do colo do útero e são diagnosticados quase mil novos casos.

Ordem e sindicatos juntam-se
Se o projecto do Governo de revisão do regime de internato médico avançar nos moldes em que está definido, muitos licenciados e...

Primeiro foi a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) a alertar para o risco de os jovens clínicos deixarem de poder escolher uma especialidade no final do curso, se o projecto de decreto-lei do Ministério da Saúde que altera o regime do internato médico avançar nos moldes em que foi apresentado. Agora, a contestação a esta proposta governamental avoluma-se: a Ordem dos Médicos (OM) vai preparar com os sindicatos uma resposta conjunta.

As duas organizações sindicais do sector, o Sindicato Independente dos Médicos e o Sindicato dos Médicos do Norte, organizaram um debate cujo objectivo é concertar uma resposta a nível nacional, estando previstas outras reuniões no Centro e no Sul.

Mas o presidente da OM/Norte, Miguel Guimarães, admite que “o momento é grave e merece uma resposta concertada e firme de todos”. Em causa está, entre outras coisas, a eventualidade de os licenciados e mestres em Medicina deixarem de poder escolher uma especialidade, no final do curso, se não obtiverem nota superior a 50% na futura prova de selecção, que vem substituir a prova de seriação. Actualmente todos os jovens médicos podem escolher uma especialidade, independentemente da classificação final na prova de seriação.

“Está em causa o futuro dos mais novos e o futuro do SNS. A prova de admissão ao internato da especialidade já em tempos foi de exclusão e não queremos que a experiência se repita”, defende Merlinde Madureira, do Sindicato dos Médicos do Norte. “O conteúdo do projecto de decreto-lei representa um retrocesso de anos e anos”, corrobora Mário Jorge Neves, da FNAM, que teme a multiplicação de médicos indiferenciados, sem especialidade. “Se a actual prova de seriação visa apenas escalonar os candidatos, a futura prova de avaliação tem carácter eliminatório”, explica.

A OM não põe em causa a imposição de uma nota mínima na prova, “porque as faculdades de medicina não oferecem todas a mesma garantia de qualidade, mas deverá sugerir uma percentagem mais baixa”, adianta Miguel Guimarães. O mais grave do projecto de diploma, no seu entender, é a passagem, para a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), das tarefas de definição das idoneidades dos serviços e respectivas capacidades formativas, actualmente a cargo da Ordem. “Passar [isto] da OM para o Estado é querer baixar a qualidade da formação médica que é reconhecida internacionalmente”, considera.

Cientistas acreditam:
Foi descoberta uma ligação entre a baixa pressão sanguínea e a aparência mais jovem nas mulheres.

Uma investigação sobre aparência e envelhecimento foi realizada por cientistas da Unilever e da Leiden University Medical Center, na Holanda, e revela que as mulheres que aparentam ser mais jovens tendem a ter a tensão arterial baixa.

Um estudo designado "Leiden Longevity" da Unilever e da Leiden University Medical Center, na Holanda, revela que um envelhecimento mais tardio nas mulheres pode estar relacionado com a baixa tensão arterial. Isso significa também que o risco de contraírem doenças cardiovasculares é mais reduzido.

A investigação revela existir uma forte relação entre a idade aparente de uma pessoa e as doenças cardiovasculares - como um ataque cardíaco ou um enfarte.

Os cientistas chegaram a esta conclusão depois de estudarem um grupo de mulheres - com base em fotografias do seu rosto - e verificarem que aquelas que corriam menor risco de contraírem doenças cardiovasculares aparentavam ser, no mínimo, dois anos mais novas.

David Gunn, investigador da Unilever, explicou terem identificado “que a pressão sanguínea nos conduzia à relação que existia entre a doença cardiovascular e a aparência. É a primeira vez que essa relação é comprovada”.

Descobriram também que “a forma como a pressão sanguínea se manifesta no rosto de uma pessoa não é através de rugas, mas naquilo a que chamamos de 'pele flácida'. O mais interessante é que investigações futuras vão permitir localizar, em detalhe, no rosto, a pressão sanguínea de uma pessoa”, acrescenta David Gunn.

O 'Leiden Longevity' envolveu irmãos com idades superiores a 89 anos, os seus descendentes e os parceiros destes (650 descendentes e parceiros). Para o estudo os cientistas analisaram a severidade do enrugar da pele nos braços e a sua idade aparente, usando um método que envolve fotografias faciais.

Lançado em Coimbra segunda-feira 17 de Março
Saber comunicar em Enfermagem, por profissionais e nos órgãos de Comunicação Social, é o objectivo da obra Do Silêncio À Voz,...

Com a chancela da Lusodidacta, ‘Do Silêncio À Voz - O que as Enfermeiras Sabem e Precisam de Comunicar ao Público’, será apresentada publicamente segunda-feira [17 de Março], pelas 16 horas, no Auditório da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, em Coimbra.

Trata-se da tradução da segunda edição americana, publicada em 2006, e que constitui praticamente uma obra nova, com os ensinamentos que já se encontravam na primeira, mas muito revistos e clarificados, com exemplos recolhidos ao longo de vários anos de contacto de Bernice Buresh e Suzanne Gordon com enfermeiros no mundo inteiro, incluindo Portugal.

“Na realidade, esta segunda edição é uma obra preciosa também para jornalistas e outros profissionais que se interessam pela visibilidade das profissões de saúde junto do público em geral, e dos meios de comunicação social em particular”, afirma no prefácio a Professora Ana Albuquerque Queiroz.

Contribui para que as competências de comunicação pública dos profissionais de enfermagem se tornem uma ferramenta a ser estudada desde a escola e praticada no dia-a-dia do exercício profissional.

Na opinião da autora do prefácio, o trabalho de cada enfermeiro e enfermeira deve ser conhecido e reconhecido com uma tónica no que os profissionais fazem e nos conhecimentos que têm de possuir para o desempenho de cuidados de qualidade, em vez de ser valorizado pela bondade e sacrifício.

“Para exercer enfermagem de qualidade e cuidar no sentido humano e cientifico exige-se muito mais do que virtude, exige-se que cada um de nós saiba utilizar os conhecimentos técnicos e científicos de forma apropriada, pois só assim salvamos vidas, só assim aliviamos o sofrimento, só assim confortamos na dor e na morte”, acentua a Professora Ana Albuquerque Queiroz.

Nesta obra os enfermeiros encontram uma base orientadora para potenciarem as suas energias e para interiorizarem de uma forma mais confiante o poder que possuem e que na realidade e no quotidiano faz a diferença nos cuidados aos doentes e utentes dos serviços de saúde.

“Aprender a usar a Voz da Enfermagem é aprender a escutar verdadeiramente o sofrimento dos que estão lá, nas camas dos hospitais ou nas salas de espera dos centros de saúde, ou ainda nos lares de idosos, ou em casa, por vezes sozinhos e com poucos recursos”, refere.

Na opinião da Professora Ana Albuquerque Queiroz, a actuação dos enfermeiros portugueses precisa de ser reforçada no trabalho que dê contributos significativos para uma vida melhor do povo português, num país com uma grande diversidade cultural e com o positivo e o negativo do seu processo de desenvolvimento.

“O contributo do livro será tanto maior quanto mais os enfermeiros, os professores de enfermagem e os estudantes usarem efectivamente a sua voz, criando renovadas energias de forma a contribuir para que todos os nossos concidadãos usufruam de uma vida mais saudável e harmoniosa”, conclui.

Mais informações em:

http://www.lusodidacta.pt/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=309&category_id=6&option=com_virtuemart&Itemid=1&vmcchk=1&Itemid=1

Estudos recentes demonstram:
A oxitocina, hormona produzida no cérebro - também conhecida como a “hormona do amor” - estimula a produção de dopamina e...

Pesquisas recentes têm mostrando que a substância pode também contribuir com o combate a doenças como depressão e obesidade, além de ajudar no comportamento de crianças autistas. Agora, um estudo aponta para uma nova possibilidade do uso da hormona: tratar a anorexia, doença para a qual ainda não existem medicamentos, avança o RCM Pharma.

De acordo com os autores da pesquisa, a anorexia envolve problemas relacionados não somente à alimentação e formato do corpo, mas também à ansiedade e sensibilidade a emoções negativas. “Doentes com anorexia apresentam uma série de dificuldades sociais que geralmente começam na adolescência e antes de a doença se manifestar. E essas dificuldades são importantes para entender a anorexia”, diz Janet Treasure, investigadora do Instituto de Psiquiatria da King’s College London e coordenadora do estudo, publicado no jornal Psychoneuroendocrinology.

Os investigadores deram doses de placebo a 64 mulheres com e sem anorexia e pediram que elas olhassem e descrevessem imagens de alimentos, de pessoas com formatos de corpo variados e de partes específicas do corpo, como olhos ou da boca. Depois, os autores repetiram o mesmo procedimento, mas, em vez de placebo, deram doses de oxitocina às participantes.

O estudo mostrou que, com o placebo, as mulheres com anorexia deram muito mais atenção às figuras de alimentos e de pessoas mais gordas – que, para elas, são imagens negativas — do que as mulheres saudáveis. No entanto, com a oxitocina, o foco das participantes anoréxicas nessas imagens diminuiu e a reacção delas aos alimentos e formatos de corpo maiores ficou mais parecida com a das participantes saudáveis.

“Esse é um estudo inicial com um número pequeno de participantes, mas é extremamente animador ver o potencial que esse tratamento pode ter”, diz Treasure. “Agora, precisamos de realizar pesquisas maiores antes de podermos começar a fazer diferença em como esses doentes são tratados”, concluiu.

Estudo conclui:
Pensamentos de suicídio, dificuldades sexuais e torpor emocional como resultado do uso de antidepressivos parecem ser muito...

Numa pesquisa com 1.829 pessoas que tomavam antidepressivos com receita médica, os investigadores descobriram que mais da metade deles podem apresentar problemas psicológicos devidos à medicação, avança o RCM Pharma. O resultado aumenta as já grandes preocupações com a escalada do problema do excesso de prescrição destes medicamentos.

“A medicalização da tristeza e da angústia atingiu níveis bizarros. Uma em cada 10 pessoas em alguns países estão a tomar antidepressivos com receita médica”, disse o Dr. John Read, da Universidade de Liverpool no Reino Unido.

Mais da metade das pessoas com idade de 18 a 25 anos no estudo relataram sentimentos suicidas e, na amostra total, houve uma grande percentagem de pessoas que sofrem de “dificuldades sexuais” (62%) e “sentir-se emocionalmente entorpecido” (60%).

As percentagens para outros efeitos incluíram: “sentindo-me como se não fosse eu” (52%), “redução dos sentimentos positivos” (42%), “ligando menos para os outros” (39%) e “efeitos de abstinência do medicamento” (55%).

Por outro lado, 82% afirma que o medicamento tinha ajudado a aliviar a sua depressão.

“Embora os efeitos secundários biológicos dos antidepressivos, tais como ganho de peso e náuseas, estejam bem documentados, problemas psicológicos e interpessoais têm sido largamente ignorados ou negados. E eles parecem ser assustadoramente comuns”, disse o Dr. Read.

“A nossa descoberta de que mais de um terço dos entrevistados relata ideação suicida como resultado de tomar os antidepressivos sugere que os estudos anteriores podem ter subestimado o problema”, concluiu.

Espanha
Um doente espanhol foi diagnosticado na Corunha com uma pneumonia provocada pela utilização de cigarros electrónicos. Este foi...

O primeiro caso de pneumonia provocada pelo uso de cigarros electrónicos foi detectado e tratado no Hospitalar Universitário da Corunha.

O homem, de 50 anos, estava a tentar deixar de fumar e, para isso, trocou os tradicionais cigarros pelos electrónicos. Contudo, teve de ser hospitalizado e foi-lhe diagnosticada uma pneumonia que terá sido provocada por estes cigarros.

De acordo com a agência Efe, citada pelo Notícias ao Minuto, a pneumonia foi provocada pela presença de glicerina vegetal nos componentes dos cigarros electrónicos, a componente responsável pela vaporização da nicotina líquida que assim chega aos pulmões sem uma combustão prévia.

Esta glicerina, que é no fundo um lípido, obstrui as vias pulmonares, dificultando desta forma a respiração.

Sobre alimentação e exercício
Ensaio clínico que relaciona os benefícios da alimentação e da prática de exercício físico arranca em Abril.

Uma equipa de investigadores da Universidade do Porto (UP) vai dar início, no mês de Abril, a um ensaio clínico que pretende estudar a influência que uma refeição pode ter quando consumida antes da prática desportiva. Serão ainda avaliadas as consequências para a saúde da paragem repentina da actividade física.

O MERIIT Project - Meal-Exercise Challenge and Physical Activity Reduction Impact on Immunity and Inflammation - resulta de uma parceria entre as Faculdades de Medicina, Desporto e Nutrição da UP e parte do princípio de que as alterações motivadas pelo stress do quotidiano podem ter consequências graves para a saúde. “Pretendemos perceber de que forma uma refeição consumida antes do exercício e o sedentarismo agudo afectam, de forma imediata, a nossa resposta inflamatória e o sistema imunológico”, adianta André Moreira, coordenador do estudo e professor de Imunologia na Faculdade de Medicina da UP (FMUP).

Todos os interessados em participar como voluntários do estudo podem inscrever-se no site da Faculdade de Medicina da UP, sendo que apenas 60 inscritos serão seleccionados. A selecção dos candidatos será feita de forma a reunir uma amostra representativa da população, ou seja, de diversas faixas etárias e características físicas. Para além de duas refeições gratuitas, os participantes terão ainda acesso aos resultados de todas as avaliações e testes médicos realizados.

 

Estudo em três fases

O ensaio dividir-se-á em três fases distintas. Para o primeiro momento está planeada uma avaliação antropométrica dos voluntários (avaliação de peso, altura, perímetro abdominal, entre outros factores), testes cutâneos e alérgicos, avaliação da função respiratória e preenchimento de questionários de avaliação nutricional e actividade física.

Na segunda fase do ensaio, a Eat and Run (Come e Corre), será oferecida aos participantes uma refeição seguida de uma prova de esforço físico, concretizada através da corrida em tapete rolante. Uma semana depois, o mesmo ritual de refeição e corrida será repetido. As refeições serão distintas nas duas etapas e os seus componentes estarão a cargo da equipa de Nutrição.

A terceira e última etapa, Slow Down (Abranda), pede aos voluntários que durante duas semanas reduzam ao máximo a sua actividade física. “Devem passar muito tempo deitados, a ver televisão e utilizar o elevador em vez das escadas, por exemplo”, explica Diana Silva, uma das imunoalergologistas da FMUP envolvidas no projecto. Os participantes serão reavaliados após este processo e as consequências para a saúde aferidas.

O estudo não pretende avançar com generalizações, mas antes estudar casos concretos uma vez que “todos somos diferentes, por isso, procuramos o atleta, o cidadão normal, o asmático ou o obeso e o impacto das situações testadas vai ser diferente em cada um”, esclarece Diana Silva. O projecto MERIIT venceu já o prémio SPAIC, da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, mas os resultados do estudo só são esperados para o final do ano.

Associadas a agentes físicos
O ruído, as vibrações e as radiações são alguns dos principais factores de risco físicos que podem o
Doenças profissionais agentes físicos

A actividade profissional pode ser responsável por alterações da saúde se não for executada em condições adequadas. Existem diferentes tipos de factores de risco que podem interferir directa ou indirectamente no desempenho de cada trabalhador e que podem contribuir para o aparecimento de doenças. As chamadas doenças profissionais.

 

Constam na lista de doenças profissionais – publicada em Diário da República - os factores ou agentes físicos e que podem ser subdivididos em quatro grandes áreas de intervenção:

• Ruído
• Vibrações
• Ambiente térmico
• Radiações ionizantes

Ruído
Os especialistas definem o ruído como todo o som que causa sensação desagradável ao homem. Assim, quando nos encontramos num ambiente de trabalho e não conseguimos ouvir perfeitamente a fala das outras pessoas no mesmo recinto, isso é uma primeira indicação de que o local é demasiado ruidoso.

O ruído é pois, um agente físico que pode afectar de modo significativo a qualidade de vida do trabalhador. Este mede-se utilizando um instrumento denominado medidor de pressão sonora, e a unidade usada como medida é o decibel (ou abreviadamente dB).

Quando os níveis de ruído são excessivos, em condições de exposição prolongada e sem protecção, as perdas de audição são frequentes. Inclusive, uma única exposição a um valor de 140 dB(A) pode provocar a surdez, a segunda doença profissional com maior incidência em Portugal, e uma das grandes causas responsáveis pela incapacidade permanente nos trabalhadores portugueses.

Assim, sem qualquer medida de controlo ou protecção o excesso de intensidade do ruído acaba por afectar o desempenho do trabalhador na execução da sua actividade laboral, e provoca distúrbios ao nível do cérebro e do sistema nervoso.

As medidas de protecção que se podem tomar de forma a eliminar ou minimizar os efeitos nocivos de exposição ao ruído, passam por:

• Formação e informação dos trabalhadores;
• Sinalização e limitação de acesso das zonas muito ruidosas;
• Vigilância médica e audiométrica da função auditiva dos trabalhadores expostos;
• Encapsulamento de máquinas;
• Barreiras acústicas;
• Montagem de elementos absorventes do som;
• Limitação da duração do trabalho em ambientes muito ruidosos;
• Organização da rotatividade de mudanças nos postos de trabalho;
• Utilização de protectores de ouvido, etc.

Vibrações
As vibrações caracterizam-se pela sua amplitude e frequência e exprimem-se em m/s2 ou em dB. Apresentam, geralmente, baixas frequências e conduzem-se por materiais sólidos, sendo que, em geral, as massas pequenas estão mais sujeitas a altas-frequências e as massas grandes às baixas frequências.

Consoante a posição do corpo humano (de pé, sentado ou deitado), a sua resposta às vibrações será diferente, sendo igualmente importante o ponto de aplicação da força vibratória. Para tal, é importante distinguir dois tipos de vibrações:

As vibrações transmitidas ao sistema mão – braço: vibrações mecânicas que, quando transmitidas ao sistema mão – braço, implicam riscos para a saúde e para segurança dos trabalhadores.

As vibrações transmitidas a todo o organismo: vibrações mecânicas que, quando transmitidas a todo o organismo, implicam riscos para a saúde e para a segurança dos trabalhadores.

Os efeitos no homem das forças vibratórias que degeneram muitas vezes em incapacidades permanentes, podem ser resumidos a:

• Complicações nos vasos sanguíneos e articulações;
• Diminuição da circulação sanguínea;
• Danos ao nível da epiderme;
• Afecções ao nível da coluna;
• Perturbações neurológicas;
• Perturbações musculares;

As principais medidas a serem implementadas para a eliminação ou redução dos riscos inerentes à exposição do corpo humano às vibrações, passam, entre outras, pela:

• Adopção de métodos de trabalho alternativos que permitam a redução da exposição a vibrações mecânicas;
• Escolha de equipamento de trabalho adequado;
• Concepção e disposição ajustada dos locais e postos de trabalho;
• Informação e formação adequada dos trabalhadores;
• Limitação da duração e da intensidade de exposição;
• Vigilância médica adequada;
• Horário de trabalho adequado, com períodos de repouso frequentes.

Ambiente térmico
As mudanças bruscas de temperatura de um ambiente quente para um ambiente frio, provocam alterações no desempenho dos trabalhadores, sendo simultaneamente prejudiciais à sua saúde.

Os ambientes térmicos podem ser classificados como:

• Quentes - por exemplo nas fundições, cerâmicas, padarias, indústria vidreiras;
• Frios - por exemplo nos armazéns frigoríficos, actividades piscatórias;
• Neutros - por exemplo nos escritórios;

Ambiente térmico quente:
Nos ambientes onde há a necessidade do uso de equipamentos, como fornos e maçaricos, associados ao tipo de material utilizado e às características das construções (insuficiência de janelas, portas ou outras aberturas necessárias a uma boa ventilação), pode-se gerar altos níveis de temperatura prejudicial à saúde do trabalhador. Desta forma, a sensação de calor que sentimos é proveniente da temperatura existente no local de trabalho e do esforço físico que fazemos para executar uma tarefa, e pode provocar o que se designa de Stress Térmico.

O conceito de Stress Térmico está relacionado com o desconforto do trabalhador em condições de trabalho em que a temperatura ambiente é muito elevada, podendo conjugar-se com humidade baixa e com circulação de ar deficiente. Sendo assim, a temperatura registada, estabelece-se em função dos seguintes factores:

• Humidade relativa do ar;
• Velocidade e temperatura do ar;
• Calor radiante (produzido por fontes de calor do ambiente, como fornos, maçaricos, luzes intensas);

Os sintomas de exposição a ambientes térmicos quentes podem ser descritos por:

• Aumento da temperatura superficial da pele (vasodilatação dos capilares, o indivíduo cora);
• Aumento ligeiro da temperatura interna;
• Sudação;
• Mal-estar generalizado;
• Tonturas e desmaios;
• Esgotamento e morte;

As medidas que podem ser implementadas para minimizar os efeitos do Stress Térmico devem passar por uma correcta dieta alimentar de modo a fortalecer o organismo, evitar uma alimentação rica em gorduras, ingestão de bastante água à temperatura ambiente, não ingerir bebidas alcoólicas, bem como, moderação do consumo de cafeína.

Podem ainda ser tomadas medidas de carácter mais geral que passam por:

• Implementação de sistemas de ventilação;
• Adopção de medidas de protecção colectiva (como o enclausuramento ou arrefecimento de máquinas) e/ou medidas de protecção individual (viseiras, vestuário térmico especial);

Ambiente térmico frio:
Como nos casos de ambientes térmicos quentes, os ambientes térmicos frios são igualmente prejudiciais para a saúde dos trabalhadores, bem como para a boa execução das suas tarefas.

Os sintomas mais vulgarmente associados a ambiente térmicos frios são:

• Frieiras localizadas nos dedos das mãos e dos pés;
• Alteração circulatória do sangue, que leva a que as extremidades do corpo humano adquiram uma coloração vermelha – azulada;
• "Pé das Trincheiras”, que surge em situações de grande humidade, ficando os pés extremamente frios e com cor violácea;
• Enregelamento, que consiste na congelamento de tecidos devido a exposição a temperaturas muito baixas ou ao contacto com superfícies muito frias.

Radiações ionizantes
Entende-se por radiação ionizante "a transferência de energia sob a forma de partículas ou de ondas electromagnéticas com um comprimento de onda igual ou inferior a 100 nm ou uma frequência igual ou superior a 3 x 1015 Hz e capazes de produzir iões directa ou indirectamente” (Decreto lei 165/2002, art.3 alínea q).

Os dados disponíveis sobre os efeitos das radiações ionizantes a que o homem está sujeito indicam que cerca de 68 por cento resultam da exposição natural e que cerca de 30 por cento resultam ou provêm de utilizações médicas. Nos restantes cerca de 2 por cento estão incluídas várias origens, das quais se destacam cerca de 0,15 por cento atribuíveis a descargas de indústrias nucleares.

No entanto, este cenário tem vindo a sofrer alterações significativas quer em termos qualitativos como quantitativos. Seja como for, todas as actividades que envolvam exposição a radiações ionizantes deverão ser previamente justificadas pelas eventuais vantagens que proporcionam, sendo que toda a exposição ou contaminação desnecessária de pessoas e do meio ambiente deve ser evitada, e os níveis de exposição devem ser sempre tão baixos quanto possível em cada instante.

As medidas de protecção e segurança deverão ser implementadas em função do grau de risco e passam, entre outros:

• Pela formação e informação dos trabalhadores;
• Por medidas limitativas de exposição às radiações;
• Pela organização da vigilância física e médica;
• Pela organização e manutenção de processos e registos adequados;
• Pela implementação de sinalização de segurança;
• Pela planificação da eliminação e armazenamento dos resíduos radioactivos.

Os tipos de lesões ou doença, tipicamente, associados às radiações ionizantes, são:

• Anemias;
• Leucemias;
• Radiodermites;
• Radiolesões das mucosas;
• Carcinomas e sarcomas, entre outras.

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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
A doença do carvão
O pulmão negro é uma doença ocupacional que tem como causa o depósito de pó de carvão nos pulmões.

O pulmão negro, também designada de pneumoconiose dos carvoeiros, é uma doença pulmonar causada pela acumulação de pó de carvão nos pulmões.Ou seja, é consequência da aspiração do pó de carvão durante muito tempo.

Apesar de o pó de carvão ser relativamente inerte e não provocar demasiadas reacções, estende-se por todo o pulmão e numa radiografia observa-se sob a forma de pequenas manchas. Isto porque o pó do carvão acumula-se à volta das vias respiratórias inferiores (bronquíolos) dos pulmões, mas não obstrui as vias respiratórias.

Segundo os dados existentes, todos os anos, 1 a 2 por cento das pessoas com pulmão negro simples desenvolvem uma forma mais grave da doença, denominada fibrose maciça progressiva, na qual se formam cicatrizes em áreas extensas do pulmão (com um mínimo de 1,5 cm de diâmetro).

A fibrose maciça progressiva piora mesmo que a pessoa já não esteja exposta ao pó de carvão. O tecido pulmonar e os vasos sanguíneos dos pulmões podem ficar destruídos pelas cicatrizes.

Habitualmente, o pulmão negro simples não produz sintomas, contudo a tosse e a falta de ar aparecem, com facilidade, em muitos dos afectados com fibrose maciça progressiva, uma vez que também têm enfisema (causado pelo fumo dos cigarros) ou bronquite (causada pelo fumo dos cigarros ou pela exposição a outros poluentes industriais). Por outro lado, na fase de maior gravidade há tosse e, às vezes, uma dispneia incapacitante.

O médico deve estabelecer o diagnóstico, quando detecta as manchas características na radiografia feita ao tórax do indivíduo que esteve exposto ao pó do carvão durante muito tempo, em regra alguém que trabalhou nas minas, no subsolo, pelo menos 10 anos.

Assim, os trabalhadores do carvão deverão fazer radiografias ao tórax, de modo a que a doença possa ser detectada na fase inicial. Quando esta se detecta, o trabalhador deve ser transferido para uma zona com baixas concentrações de pó de carvão para prevenir a fibrose maciça progressiva. A única forma de prevenir o pulmão negro é eliminando o pó do carvão no local de trabalho, uma vez que não existe cura para esta doença.

Os doentes com esta enfermidade podem beneficiar dos tratamentos utilizados para a doença pulmonar obstrutiva crónica, bem como dos fármacos que permitem manter as vias aéreas abertas e livres de secreções.

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As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.
Jaba Recordati promove
Os cursos práticos de simulação na área do risco cardiovascular, promovidos pela Jaba Recordati, com enfoque na dislipidémia,...

O Curso conta já com 15 edições e a participação de 225 médicos. A última edição decorreu em Ponte Lima, no início do mês de Março.

O curso é ministrado por uma equipa de médicos especialistas de Cardiologia, em colaboração com o Prof. Pedro Monteiro, do Hospital Universitário de Coimbra, com recurso a simuladores de última geração.

O curso de simulação biomédica, patrocinado pela Jaba Recordati, tem como objectivo desenvolver os conhecimentos no diagnóstico e abordagem do risco cardiovascular, recorrendo às últimas tecnologias de simulação de casos clínicos. No Hospital virtual criado para o efeito, estão disponíveis desfibrilhadores, soros cristalóides e colóides, carros e fármacos de emergência, dispositivos de via aérea, etc.

Os simuladores respondem em termos fisiológicos e em tempo real às intervenções clínicas e estão preparados para intervenções invasivas e procedimentos de emergência como acessos venosos, compressões cardíacas externas, desfibrilhação, pace externo, etc. A semiologia clínica é rica: auscultação cardíaca e pulmonar, débito urinário, pulsos centrais e periféricos.

Os formandos são convidados a tratar doentes com dislipidémia e risco cardiovascular, em situações práticas e em tempo real. Os formandos enfrentam uma situação de paragem cardio-respiratória em doente dislipidémico com enfarte agudo do miocárdio e de enfarte anterior em diabético com antecedentes de AVC isquémico e hipertensão arterial.

O Curso, que conta com o apoio da Jaba Recordati, pretende abordar as novas estratégias de abordagem de risco cardiovascular e da dislipidémia nomeadamente no diabético, no doente com efeitos secundários a estatinas clássicas, o doente a fazer fibratos, o idoso e o doente com co-morbilidades.

 

Sobre a Jaba Recordati

A Jaba Recordati atua em três áreas de negócio, produtos inovadores sujeitos a prescrição médica, genéricos e produtos de venda livre. A subsidiária portuguesa foi responsável em 2012 por um volume de negócios de 33,9 milhões de euros, correspondente a 4,2% da facturação global do grupo Recordati. O peso da actividade em Portugal mantém-se acima do mercado do Reino Unido. A Jaba Recordati tem operações nos PALOP, nomeadamente Angola, Cabo Verde e Moçambique.

www.jaba.pt e www.recordati.com

Mais do que uma questão estética
Cuidar da pele é mais do que um acto de estética.

A pele é o maior órgão do corpo humano e, tal como os outros órgãos, precisa de cuidados de saúde que vão para além de meras questões de estética. Constitui a barreira protectora entre o meio ambiente e o nosso corpo, exercendo funções como a regulação térmica, a defesa orgânica, o controlo do fluxo sanguíneo, passando pela protecção contra os agentes do meio ambiente, para além das funções sensoriais (calor, frio, pressão, dor e tacto). É, portanto, vital à sobrevivência do homem no ambiente envolvente, tornando-se impreterível cuidar bem dela. 

Tipos de pele
Existem diferentes tipos de pele, pelo que se torna importante conhecer o seu para tomar a decisão acertada na hora de escolher os cuidados específicos adequados às necessidades.

Assim, conhecer o seu tipo de pele é fundamental para conseguir tomar a decisão acertada ao escolher os cuidados específicos de acordo com as necessidades da sua pele.

Os seus genes são os maiores responsáveis pelo seu tipo de pele, embora outras questões interfiram para que a sua pele seja mais seca ou mais oleosa. A alimentação, a qualidade dos produtos cosméticos que usa, o nível de stress, a toma ou não de medicamentos, se é ou não fumadora, etc. são factores que também interferem no seu tipo de pele.

Habitualmente o tipo de pele é determinado pelo equilíbrio/desequilíbrio hidrolipídico, pelo que é possível classificar a pele humana nas seguintes categorias:

  • Pele Normal
  • Pele Seca
  • Pele Oleosa
  • Pele Mista
  • Pele Sensível
  • Pele Desidratada
  • Pele Envelhecida

Cuidados a ter
Ter uma pele cuidada e saudável exige o estabelecimento de uma rotina. Convém encontrar uma que seja própria para o seu rosto e se adapte ao seu estilo de vida.

Contudo, regra geral deve ter em conta os seguintes cuidados:

  1. Limpar sempre a pele, com um produto adequado, antes de aplicar qualquer creme;
  2. Remover a maquilhagem com um produto criado para o efeito;
  3. Proteger a pele do sol, usando protector solar com factor de protecção adaptado à cor da sua pele e tendo em conta o tempo de exposição solar;
  4. Fazer uma limpeza de pele profunda por um especialista, pelo menos uma vez por ano, de modo a desobstruir os poros, libertando-os de impurezas, poluição e pontos negros, e permitindo uma melhor oxigenação dos tecidos.

Para manter a pele limpa e hidratada, a sua rotina deverá incluir limpeza, esfoliação e hidratação.

  • A limpeza da pele deve realizar-se duas vezes por dia (manhã e noite);
  • Use um produto que se adapte ao seu tipo de pele;
  • O tónico usa-se como complemento da limpeza. Tem como finalidade remover o excesso de produto de limpeza usado e outras impurezas, suavizando a pele e preparando-a para uma correcta hidratação;
  • A esfoliação faz-se, regra geral, uma vez por semana. Tem como objectivo remover as células de pele morta e estimular a renovação celular. Peles muito oleosas e mais resistentes podem usar esfoliante duas a três vezes por semana;
  • Depois de limpa e tonificada, a pele tem de ser hidratada. Deverá escolher um hidratante com uma fórmula que se adapte ao seu tipo de pele, e de preferência com protecção solar, de modo a evitar o envelhecimento precoce provocado pelos raios solares. Uma pele desidratada apresenta-se mais áspera, menos elástica e com um aspecto mais envelhecido.
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Nota: 
As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

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